Jornal da Pinheiro nº26

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 9 | 2015 | nº 25

LGBT - Por que eles incomodam tanto? Polêmicas envolvendo o movimento dividem opiniões dos brasileiros (Crédito da Foto)Arial, 8pt, negrito

Lições de vida Moradora do Vidigal transforma laje de sua própria casa em point de gastronomia. Feijoada da tia Léa é sucesso entre cariocas e turistas, em uma das vistas mais privilegiadas da cidade do Rio de Janeiro. p.03

COLOCAR FOTO

Veja Mais... Vídeos chamadas via celular p.06

O movimento LGBT está em alta nos últimos anos, com muitos famosos expondo suas orientações sexuais, personagens sendo mostrados cada vez mais em telenovelas e seriados e a sociedade aparentemente se acostumando com as diversas formas de amar. Até que ponto isso é real

ou apenas uma ilusão? Será que o preconceito realmente diminuiu? A última Parada Gay, de São Paulo, causou revolta e divergência de opiniões até entre os homossexuais, devido a exposição de uma transexual que representou Jesus Cristo, crucificada numa cruz. A atitude foi con-

siderada por muitos, um desrespeito e provocação, mas para outros foi considerada uma manifestação artística, retratando a humilhação, crucificação e mortes dentro da classe LGBT.

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O mundo do surf p. 04

Ônibus biblioteca percorre bairros do Rio p. 04


Editorial Trabalho, dedicação e amor, assim é feito um jornal. Cada pauta planejada, cada apuração desenvolvida, cada matéria feita, correndo atrás de uma entrevista, correndo contra o tempo e correndo do tempo. Cada segundo utilizado para explorar, planejar, organizar e executar este jornal para que a informação chegue de forma clara e verdadeira dos leitores deste jornal. Assim foi passo a passo da montagem do Jornal FPG, feito pelos alunos, do 7° período, do Mestre Sergio Xavier sob a revisão do Mestre Claudio Pimenta. O jornal aborda assuntos de entretenimento, moda, política, cultura, tecnologia, cidadania, esporte e educação com temáticas atualizadas, relevantes e envolventes.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Anastácia Faria, Anderson Fernandes, Bárbara Menezes, Carlos de Oliveira, Charles Oliveira, Dionis Batista, Franciane Miranda, Francylene Pereira, Ismael Sousa, Jessica Rosa, Leonardo Peixoto, Lucas Ribeiro, Mariane Alves, Thaís Santos, Verônica Macêdo e Viviane Fernandes. Diagramação: turma de Jornal Laboratório Revisão: Claudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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Jornal da Pinheiro • ano 9 • nº 25

Por uma vida mais saudável ANASTÁCIA • anastaciafaria@yahoo.com.br

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica apontou que o número de obesos mórbidos praticamente dobrou em sete anos no país, saindo de 3,5 milhões, em 2007, para 6,8 milhões, em 2014. Cerca de 18,5%, quase 25 milhões, da população Brasileira encontravam-se na faixa de obesos, no ano passado. Embora o número de pessoas com sobrepeso tenha diminuído de 51% para 40% nos últimos anos, os pesquisadores afirmam que esses indivíduos migraram para as faixas de obesidade, não de normalidade de peso. Cada vez mais, o governo, celebridades e grupos esportivos vêm fazendo ações para promover a saúde e o bem estar físico e mental. Um exemplo na geração de projetos voltados para entretenimento e esportes é a Yescom, que oferce eventos como forma de expor e fortalecer marcas e produtos. A Yescom é reconhecida no mercado como a principal realizadora e organizadora nas modalidades de ciclismo e corrida de rua no Brasil, produzindo grandes eventos como a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, Corrida de São Silvestre e muitas outras. Que caminhar e correr faz bem para a saúde, todos sabem, mas o que poucas pessoas sabem são os reais bens dessas atividades. Para o corredor de rua Richard Mendes depois que ele começou a treinar para participar das competições, sua vida mudou. Na alimentação adicionou alimentos que suprem a sua necessidade de comer as famosas “besteiras” e retirou os alimentos que não acrescentam em nada. “Comecei a correr em 2012, quando vi que estava ficando com o colesterol alto. Como moro próximo ao Aterro, juntei o útil ao agradável. Desde então já participei de cinco corridas: Nike Corre 2013, Rio Antigo Cinelândia

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos são obesas..

(dezembro-2013), Rio Antigo Carioca (agosto-2014), Lojas Americanas (Maio-2014) e Night Run Barra (Abril-2014).” – contou Richard Mendes. Muitas pessoas correm para melhorar a sua qualidade de vida e foi o que a restauradora do Museu Naval Juliana Pinho, fez. Ela começou a correr por volta dos 15 anos, desde então faz acompanhamento com um nutricionista e um preparador físico. Ela diz que os benefícios são muitos. “Desde que comecei a correr ganhei mais disposição, mais fôlego, tive um fortalecimento dos músculos do corpo, além de emagrecer.” Se você não praticava nenhuma atividade física antes e não sabe o que fazer para participar de corridas, aqui vai uma ajuda. Primeiramente, antes de começar qualquer atividade física, consulte o seu

médico. Assim que for liberado, procure um preparador físico para lhe orientar. O jornal da Pinheiro também procurou um e conversou com Rômulo Maia , preparador físico de corredores, atletas e fisiculturistas que nos deu algumas dicas. “Quem tem interesse em começar a correr precisa de um tempo de treino de pelo menos de 30 min a uma hora por dia e disciplina. Não necessariamente, você precisa de uma pista de corrida. Em qualquer lugar, você consegue. correr no dia-a-dia. Você fortalece os músculos e com o tempo você ganha força condicionamento, resistência e a prática vai aumentando.” Mais ainda lembra que em toda atividade física os hábitos devem mudar como uma boa alimentação e uma boa noite de sono, sempre com acompanhamento de profissionais qualificados.


LIÇÕES DE VIDA

Moradora do Vidigal transforma laje em point da gastronomia Feijoada da Tia Léa é sucesso entre cariocas e turistas

mjalves.institucional@gmail.com charlesoliveira@globomail.com

Uma laje, no morro do Vidigal, tem atraído turistas de várias partes do mundo e também integrantes da alta sociedade carioca. O que será que eles querem por lá? É simples: querem experimentar os quitutes da Tia Léa e de quebra, conhecer a favela, que tem uma das vistas mais privilegiadas do Rio de Janeiro. Léa Silva, conhecida como Tia Léa, recebe turistas famosos e diplomatas, desde 2009, em sua laje com vista para o mar, no Vidigal. Quando os clientes ligam, pedindo informações de como chegar à sua casa, a resposta da cozinheira é categórica: “Quando estiver no ´pé´ do Vidigal, pegue um moto táxi, ou então uma Kombi, e pede para descer em frente à associação de moradores. Não tem erro!” – tranquiliza Tia Léa, que mora no Vidigal, há mais de 20 anos. A ideia de fazer de sua laje um restaurante começou em 2009 por acaso. Na época, ela trabalhava na Câmara de Comércio França-Brasil e foi convidada pelo, então, cônsulgeral da França, Hugues Goisbault para um almoço em seu gabinete. Durante o almoço, que contava com todos os funcionários do prédio da Maison de France, Tia Léa convidou o cônsul para um almoço em sua casa. “Nesse dia, eu perguntei se ele não queria almoçar na minha casa, se gostaria de comer uma feijoada, um cozido, um churrasco, ou alguma coisa aqui na minha laje para inaugurar a minha churrasqueira”. Para surpresa dela, o convite foi aceito e o cônsul ainda levou seus amigos para conhecer a laje no Vidigal. Para ajudá-la na recepção ao cônsul, convidou a socialite Narcisa Tamborindeguy que imediatamente aceitou o convite. A partir disso, a cozinheira saiu em várias matérias de jornais e viu que poderia convidar outras personalidades para o seu restaurante na laje.Entre os convidados ilustres, podemos destacar o

ex-presidente Lula, Obama, Sarkozy e o empresário Ike Batista. Na ocasião, os assessores do ex-presidente da França, chegaram a enviar uma mensagem de agradecimento à Tia Lea. Atualmente, a laje só funciona para eventos fechados e agendados com antecedência de, no mínimo, cinco dias. “As pessoas ligam para mim, com antecedência, e agendam o dia. Eu trabalho com grupos de, no mínimo, 20 pessoas para feijoada e cozidos. Para comidas caseiras, dez pessoas, no mínimo. O depósito tem que ser feito cinco dias antes, para eu poder fazer as compras” – explica Tia Lea. A vida para a cozinheira nunca foi fácil. “Quando eu era pequena, minha mãe me colocou em um colégio interno. Fiquei lá até oito anos de idade. Depois morei com a minha mãe por um ano e pouco. Com 10 anos fui trabalhar em casa de família como empregada doméstica” - lembra emocionada. Alegre, falante e com bom humor, Tia Léa não desanimou com as dificuldades e agora acha graça da fama repentina. “As pessoas acham que só porque eu estou famosa, estou cheia da grana. Isso

não é verdade!” - brinca a cozinheira. Quando perguntada sobre os segredos do carro-chefe de sua cozinha, a feijoada, Tia Léa é econômica nas palavras: “A feijoada é feita com amor, e com um tempero especial.” Nas horas vagas, atua como apresentadora de TV, e comanda o programa “Cozinhando com a Lea”, na VDG TV, a televisão comunitária do Vidigal. A banqueteira abre todos os programas dançando hip hop e depois ensina receitas à lá Ana Maria Braga. Em 2011, Tia Léa foi escolhida como uma das personagens da campanha “Rio de Janeiro, marca registrada do Brasil”, promovida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Depois de ter realizado alguns sonhos, a cozinheira agora sonha em fazer uma reforma em sua laje para dar mais conforto aos clientes: “Está chegando o inverno e eu preciso colocar uns toldos transparentes, para que as chuvas não molhem as pessoas”, explica, mostrando também algumas infiltrações que precisam se reparadas.” Eu quero receber cada vez melhor os meus clientes.”

Ao conversar sobre homenagens, Tia Léa fala com muita empolgação do carnaval, “ eu fui a Musa do camarote de uma marca de cerveja, e me vi como celebridade”, conta aos risos. O estudante Vinicius de Oliveira, 22 anos, diz que depois de ver seus amigos falando sobre a deliciosa feijoada que a Tia Léa prepara, decidiu conhecer a famosa laje e provar a melhor feijoada do Rio de Janeiro. Outra moradora moradora do Vidigal Adriana Santos, 32 anos, ao ver a equipe saindo da casa da Tia Léa, diz que a feijoada tem um axé e é feita com muito amor. “Tenho várias amigos que fazem teatro e adoramos vir na lajé da Tia Léa, principalmente no verão, além da comida deliciosa, podemos curtir um banho na piscina de plástico”.

Tia Léa com celebridade do hip hop

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ESPORTES

O Mundo Do Surf

Surf é uma prática desportiva efetuadana superfície na água LEONARDO • leopeixotocrvg199@gmail.com

Marcelo Barbosa, o Hiena, professor da escolinha de surf Recreio Open Sport e também salvavidas, sai de casa cedo, todos os dias, em Vargem Pequena, para dar aulas no Recreio dos Bandeirantes a todos que desejam aprender a surfar. O professor fala da transformação que o surf passou nos últimos anos: - Há cerca de 15 anos,, a modalidade teve o seu renascimento mundial com a aplicação de novos materiais de confecção dos longboards, tornando-os menos pesados e possibilitando algumas manobras radicais. Surf é uma prática esportiva

efetuada na superfície da água considerada um esporte radical, cuja proficiência é verficada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados pelo surfista ao desligar em pé na prancha de surf, aproveitando a onda que quebra quando se aproxima da praia ou costa. Apaixonado pelo esporte, Barbosa diz que quando está no mar faz uma “grande viagem”. - Já peguei muitas ondas no Rio de Janeiro e no Brasil inteiro. Sempre fui um apaixonado pelo surf. Quando entro no mar parece que estou em outro planeta. Outro amante do surf, Hamilton Lemos, diz que pega onda na praia

do Recreio dos Bandeirantes, bairro onde mora. - Desde os 18 anos, pego onda no Recreio dos Bandeirantes. Vou também à Grumari e à Prainha. Essa região é a melhor para pegar a “tal onda perfeita”. Lemos fala, ainda, sobre os perigos que um surfista pode encontrar. - Mesmo que tenha habilidade, o surfista deve saber nadar para voltar com segurança à praia. No mar, o surfista profissional e o não profissional devem ter muita atenção. Na escolinha Recreio Open, muitos alunos sonham em ser, um dia, iguais aos seus ídolos no esporte. Daniel Travassos diz que deseja ser

um Kelly Slater. - Se estou dentro d´água todos os dias posso atingir o mesmo nível de Kelly Slater. Por que não?

O Professor Marcelo Barbosa, ensina os alunos aprender a surfar na praia do Recreio zona oeste do Rio de Janeiro

Jogos Olímpicos dos ‘amadores’

Prática de esportes ao ar livre no Rio crescem com a chegada do maior evento esportivo do mundo ISMAEL • ismaelesportes@gmail.com

Restam menos de 500 dias para o início dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A cidade já vive um clima especial na espera do maior evento esportivo da terra. Milhares de atletas recordistas, de alto nível e ídolos do esporte, estarão se apresentando em solo carioca. Longe de todas as estrelas e disputas, atletas amadores competem contra eles mesmos. A busca não é por medalha, recordes mundiais, e reconhecimento, mas sim pelo bem estar, saúde e entretenimento. - Correr é um estilo de vida. Tudo melhorou com o fim do sedentarismo. Emagreci, minha saúde melhorou e hoje tenho um

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melhor condicionamento físico afirmou Ana Luisa, jornalista, de 28 anos, que há três anos corre quase que diariamente na Lagoa: Não precisa ter um comprometimento. Treino sempre que posso, mas não levo como obrigação - complementou. Apesar do “amadorismo” na atividade física, provas são disputadas e medalhas distribuídas entre os participantes. Eventos como Circuito do Sol, Night Run, e provas segmentadas, como corridas para mulheres e crianças, são concorridos entre os praticantes, além de motivar as atividades físicas.

Foto: reprodução

- Existem eventos só para mulheres, e isso é muito bacana.

Eu e minhas amigas nos reunimos, treinamos e corremos juntas – declarou Ana. Com a proximidade dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, a busca pela prática do esporte só aumenta. - Ver grandes atletas de perto e competições de alto nível, vai ser sensacional. Aumenta até a inspiração no nosso dia-a-dia – finalizou a jornalista. Profissional ou não, o Rio de Janeiro vai ser a capital do esporte nos próximos meses. Atletas amadores e de alto rendimento podem até se diferenciar nos resultados, mas na vontade o ritmo segue o mesmo.


CAPA

LGBT - Por que ele(a)s incomodam tanto? BÁRBARA • barbaraevelynm@hotmail.com DIONIS • dionis.tavares@gmail.com

O movimento LGBT está em alta, nos últimos anos, com muitos famosos expondo suas orientações sexuais, personagens sendo mostrados cada vez mais em telenovelas e seriados e a sociedade aparentemente se acostumando com as diversas formas de amar. Mas até que ponto isso é real ou apenas uma ilusão? Será que o preconceito realmente diminuiu?

Casos de violência contra homossexuais e transexuais ainda ocupam os noticiários policiais e a rejeição contra personagens do gênero na ficção mostram que as pessoas ainda se incomodam e que muitas vezes o preconceito só se esconde. Segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia, feito nos últimos dois anos, o Brasil lidera

o ranking mundial de assassinatos contra homossexuais e travestis. Bárbara Aires que é modelo, produtora e transexual, relata que nunca sofreu nenhum preconceito descarado, mas que já presenciou não só agressões físicas como ataques com armas e isso prova que as agressões são constantes no universo gay. Alex e Carlos que se casaram em um programa de televisão em rede nacional, dizem que deboches ou mesmo olhares de recriminação para os grupos mais vulneráveis sempre são presenciados em locais públicos, além do aumento na fala preconceituosa nas redes sociais. Outra problemática é a ausência de leis e punições que protejam a população LGBT. “ Criminalizar a homofobia, e transformar crimes com características de crueldade em crimes de ódio seria essencial”, diz Bárbara. A opinião de Alex segue essa teoria, “Acredito que a criação de leis efetivas, hoje não existentes, sejam essenciais. Precisamos também de campanhas de educação permanente que permita retirar do gueto o grupo LGBT” , argumenta ele. Gays, lésbicas e transexuais, por sua

vez, esperam combater seus opositores com militância tão exagerada quanto, transformando essa luta numa guerra dos dois lados, em que o “excluído” pode se tornar o agressor, e da mesma forma que sofre de preconceito por intolerância, acaba sendo igualmente intolerante. A militância pode até servir para fiscalizar a política pública e trazer visibilidade ao tema, mas pode não ser a solução do problema que muitas vezes acaba gerando mais violência e discussões que não chegam a nenhuma

resolução consistente. Em uma sociedade, em que o conservadorismo ainda é dominante, há de se haver bom senso em certos tipos de comportamento. Seja ele vindo de qualquer indivíduo independente de sua orientação. Infelizmente em muitos casos a incoerência acaba falando mais alto. O que é necessário é que o respeito predomine nesses conflitos, e em vez de preconceito mútuo tenha as pessoas mais compreensão e tolerância ao outro.

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TECNOLOGIA

Face to face: Vídeos chamadas via celular Tecnologia feita para aproximar pessoas

CARLOS • cfocopa@yahoo.com.br FRANCYLENE • francylene.contatos@email.com

Telefonemas não são mais o bastante. Mensagens de texto já não interessam tanto. A nova sensação do momento são as chamadas de videoconferência. Elas aparecem como uma opção daqueles que queiram se sentir mais próximos das pessoas que amam ou, até mesmo, resolver assuntos relacionados ao trabalho, conseguindo aproximar uns aos outros, apesar da distância. A popularização de tal serviço aconteceu por conta de aplicativos como Facetime e Imo, que simplificam a vida das pessoas ao permitir que as videoconferências sejam realizadas por meio de Iphones e Smartphones. É o que explica o especialista em tecnologia Pedro Rangel, 29 anos. “Vivemos na era da tecnologia, hoje ter

um smartphone ou um Iphone é coisa básica na vida das pessoas. O recurso de videochamada ajuda em muito ao usuário falar com familiares e ainda, em pequenas reuniões de trabalho. Nada melhor do que falar e ver as pessoas, as reações que o outro está tendo durante uma transmissão desse tipo.” Porém, o especialista aponta falhas no serviço por conta da falta de investimento em tecnologia no Brasil. “O país tem de investir pesado nas novas fontes de tecnologias, assim como acontece no Japão. Seria tão bom se o governo direcionasse um pouco da nossa verba para área tecnológica”, disse ele. Tal deficiência tecnológica não se apresenta como um problema para a esteticista Tatiana Vasquez,

de 32 anos, que utiliza o aplicativo Imo há cerca de um ano. Destaca a eficiência dele em conexões 3G e 4G, nas quais a videoconferência é realizada sem maiores problemas. Ela diz que o aplicativo é uma ótima opção para pessoas que possuam o sistema android no celular. “Eu viajo e deixo meus filhos com a minha mãe e quero ver a carinha deles, fazer uma videoconferência pelo seu aparelho móvel é muito bom. E eu não só indico como também nenhum familiar meu pode deixar de ter um sistema como do Imo”, falou ela. Já para o produtor de TV, Charles Oliveira Barbosa, 28 anos, a melhor escolha é o aplicativo Facetime, por este ser um dispositivo exclusivamente para Iphone, aparelho

imagem: reprodução/internet

de sua preferência. Ele revela que umas das maiores vantagens do app Facetime é não precisar cadastro para sua utilização. Em contrapartida, de acordo com ele, o sistema ainda não permite fazer chamadas para pessoas que não sejam usuárias da Apple, o que configuraria uma desvantagem.

SAÚDE

Dupla jornada que pode acarretar em doença Evite problemas alinhando alimentação e exercício

VIVIANE • vivianefefer@gmail.com

A

rotina de quem trabalha e estuda é cansativa e pode se tornar um problema se não houver equilíbrio. São tarefas diárias que ao decorrer dos dias desgastam mente e corpo. Por isso, o médico Hilton Duarte faz um alerta: “Para quem tem essa dupla jornada é fundamental ter cuidados com a alimentação e alguma válvula de escape para amenizar o estresse acumulado durante a semana”. Para o médico, ter hábitos saudáveis vai além dos alimentos, é preciso buscar atividades que promovam o bem-estar. “Ler um livro, caminhar, se exercitar ou até mesmo usar roupas confortáveis ajudam no dia a dia”.

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Duarte, ainda, esclarece que o acúmulo de tarefas e a falta de descanso podem acarretar na estafa. De origem emocional ou física, ela pode atingir crianças e adultos e compromete o desempenho na faculdade, no trabalho e na relação com as demais pessoas no dia a dia, tornando todas as atividades antes prazerosas, em obrigações

desgastantes e chatas. Por alterar todo o funcionamento do organismo, pode desencadear outras doenças como hipertensão, fobias e ansiedade, problemas cardíacos e gastrite. Esses são alguns dos sintomas, que podem ser prevenidos seguindo as recomendações médicas. A nutricionista Daniela Trigueiro também aconselha um equilíbrio, masna alimentação. “É importante

o consumo de alimentos que deem energia, como cereais, banana”. À tarde, a profissional recomenda alguns lanches, como barrinhas de cereal e algum alimento que contenha linhaça, pode ser um sanduíche, por exemplo. São muitas as tarefas, porém a mais importante é cuidar da saúde para evitar problemas futuros.


LAZER

Esquecidos a própria sorte

Animais sofrem com a atual condição do zoo FRANCIANE • fmirandafpg@gmail.com VERÔNICA • veronicamjm@hotmail.com

A precária estrutura do RioZoo chama a atenção dos seus visitantes. A falta de conservação do ambiente revela o descaso com os animais e preocupa a população. O que era para ser um local de diversão e conhecimento transformou-se em um triste passeio. A falta de segurança da área é uma das principais reclamações de quem visita o parque. O abandono do Zoológico do Rio nos últimos anos é visível e denuncia a falta de cuidados com os animais. O espaço dos macacos necessita de uma cobertura para os primatas se protegerem do sol. Os recintos dos felinos são pequenos e deixam os animais fatigados. Falta nas jaulas um ambiente que simule o habitat natural. A estrutura mal conservada e as grades enferrujadas oferecem risco aos animais. A experiência de estar em contato com os bichos acaba frustrada para quem visita o Zoo. O estudante de Engenharia Lorran Quadra, reclama da falta de manutenção do local. “Péssimo, o zoológico precisa de manutenção urgente”. Além da pouca estrutura, ele também chama à atenção para a falta de estímulos e sedentarismo dos animais. “Toda vez que eu vou para lá, todos os bichos estão dormindo”, lamenta. A advogada Angela Darc, gosta de passear no zoológico com sua família e observar os animais. “os poucos que restam”, conta. Ela acredita que os recursos e o tratamento dado aos mesmos poderiam ser melhor. Esta mudança vai trazer mais qualidade de vida para os bichos. “O local necessita de mais funcionários para melhorar a conservação do ambiente”. Explica. A secretária Sandra Mattos, visita o zoológico poucas vezes. A falta de segurança é um dos principais motivos. “Não existe controle e policiamento nos arredores do Parque”. Ela afirma que a conservação

do zoológico precisa melhorar principalmente na limpeza. “Muita sujeira e lixo acumulado”. Apesar dos vários problemas, conta que gosta de caminhar e apreciar a bela paisagem da Quinta da Boa Vista. Já a recepcionista Taysa Rocha diz que visitou o parque durante toda sua infância. Para ela, a Quinta é um ambiente seguro e bem família. Entre as opções de lazer adora visitar o zoológico, andar de bicicleta, fazer piquenique, andar de patinho e curtir o dia com os amigos. Mesmo com todos os problemas, Taysa afirma que é suspeita para falar sobre o zoológico. “Além da beleza natural do parque, ele também preserva o palácio da família imperial, o que mantêm vivo em nossa memória as nossas origens”. Em entrevista para revista “Veja Rio”, vários artistas também relataram seu passeio frustrado. O ator Thiago Lacerda, afirmou. “Se continuar assim, é melhor fechar”. Outra celebridade que reclamou foi a atriz Daniele Suzuki, “Da última vez que fui ao zoo do Rio, tudo me pareceu muito triste. Animais em jaulas sem informações e apertadas”, contou. A apresentadora e nutricionista Cynthia Howlett relatou, “Fiquei tão deprimida na minha última visita que nunca mais voltei”. Muitos animais fizeram bastante sucesso no RioZoo e até hoje são lembrados por todos. Algumas vítimas da violência encontraram no Zoológico o cuidado que precisavam. O leão Oscar foi encontrado no bairro de Realengo com sérios problemas de locomoção e faleceu em 2012, de câncer. O macaco Tião ficou famoso por atirar excrementos e lama em seus visitantes, morreu em 1996. É lembrando principalmente por ter feito a brincadeira com o ex-prefeito Marcello Alencar. Outro artista do local foi a girafa Zagallo, que foi transferido para um zoológico de Brasília. A celebridade é

Sem estimulos chimpazé fica fatigado em jaula que não possui cobertura contra o sol (Foto: Franciane Miranda)

alvo de uma disputa judicial entre os dois zoológicos. O urso Zé Colmeia foi resgatado de um circo 2007, hoje, ele recebe tratamento para superar os traumas do passado. O macaco Paulinho ao lado do companheiro Pipo participou até de comercial na televisão. A fama deles não foi tanta quanto à do Tião. Os 70 anos do RioZoo faz lembrar muitas histórias tristes e felizes de tantas outras “celebridades” do mundo animal. Uma pesquisa realizada pelo site Tripadvisor elegeu os melhores aquários e zoológicos do mundo. Os Estados Unidos lideram o ranking com O Henry Doorly Zoo, em Nebraska, e o San Diego Zoo, na Califórnia. O Gramadozoo localizado na serra gaúcha foi o único brasileiro da lista com o décimo lugar. A nível nacional ficou em primeiro. O RioZoo não aparece na lista dos melhores zoológicos do Brasil. É neste cenário de abandono e descaso que o RioZoo completa seus

70 anos de existência. Em janeiro de 2015, o MPF (Ministério Público Federal) e IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), determinou em um relatório enviado à Prefeitura do Rio, a necessidade de obras de reestruturação e adequação do zoológico. As melhorias vão proporcionar bem-estar aos animais e visitantes. Caso essas medidas não sejam cumpridas, o jardim zoológico corre o risco de fechar as portas. O RioZoo não passa por reformas desde a década de 90. Segundo notícia veiculada no jornal “O Globo”, o edital para licitação das obras já está pronto e será enviado pela prefeitura ao Tribunal de Contas do Município. O projeto está estimado em torno 10 milhões. Entramos em contato com a assessoria do RioZoo, para mais informações sobre as medidas que estão sendo tomadas. Até o fechamento da matéria, não obtivemos resposta. ano 9 • nº 25 • Jornal da Pinheiro

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POLÍTICA

Redução da maioridade penal é tema de dualidade política Medida passa por processo de aprovação no Congresso Nacional

LUCAS • lucasdarrocha@gmail.com THAIS • thaissantoslurco@gmail.com

Tema de conflito histórico entre grupos representantes de minorias e partidários ligados à direita, a questão da maioridade penal, que já dividiu opiniões, hoje ganha voz na sociedade brasileira e caminha para obter uma larga aprovação no Congresso Nacional. O Congresso, comandado pelo opositor da Presidente Dilma Rousseff e Deputado do PMDB-RJ, Eduardo Cunha, e composto por uma extensa bancada conservadora, subdividida entre evangélicos, ruralistas e agentes ligados à segurança pública, traz o assunto à tona pelo legislativo

nacional, em 2015, após 20 anos em recesso. Questionado, o Diretor do Instituto Antônio Vilela, Daniel Gil, afirma que o tema em questão ainda é uma incógnita em diversos países, não só no Brasil. “Determinar a maioridade penal não é tarefa simples. Os países adotam diferentes idades mínimas a partir das quais o indivíduo deve responder por seus atos perante a justiça. Isso mostra que não há um consenso sobre o assunto no mundo. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) não possui uma indicação exata de idade, mas oferece

diretrizes que devem nortear as políticas nacionais dos países. Alguns países como Alemanha, Portugal e Escócia ainda adotam uma faixa intermediária pósmaioridade penal, geralmente entre os 18 e 21 anos, em que pode haver atenuação das penas e possibilidade de julgamento pela justiça juvenil ou comum, dependendo do caso. Há ainda outras exceções, como no caso da Irlanda, que determina uma idade mínima a partir da qual é permitida a privação de liberdade, ou seja, a internação”, explica. Já no Brasil, essa questão aparece dividida entre grupos

conservadores ou de direita. O modelo político-ideológio do partido dos trabalhadores, PT, é de esquerda, porém, em outros países do mesmo cunho, como Cuba, a menor idade já é de 16 anos. Sendo assim, para Daniel, o motivo para o tema ganhar tanta resistência de governantes e aliados é porque não existe a intenção real do Estado em recuperar os detentos, ou mesmo uma política penitenciária. Para ele “uma reforma prisional seria tão necessária e urgente quanto a reforma política”, já que nos 54 países que reduziram a maioridade penal não se registrou redução

CULTURA

Ônibus Biblioteca percorre bairros do Rio de Janeiro

“Livro nas Praças” disponibiliza espaço exclusivo para leitura e realiza empréstimos em regiões carentes do Estado. JESSICA • jessicarosa.contatos@outlook.com ANDERSON• anderson.guimaraes2@gmail.com

Desde 2012, o projeto “Livro nas Praças” percorre o Rio de Janeiro com um conceito inovador, ser uma biblioteca móvel. Idealizado pela carioca Cristina Figueiredo, ex-funcionária da Biblioteca Nacional, a iniciativa nasceu com o objetivo de suprir a carência de bibliotecas no Rio de Janeiro e estreitar a relação de regiões carentes com a leitura. Assim que o ônibus faz sua parada, o visitante pode entrar e desfrutar da estrutura oferecida para fazer uma boa leitura. Dentro do veículo há mesas, cadeiras, ar-condicionado, banheiro e até mesmo uma copa. Tudo para garantir o conforto e se assemelhar a uma biblioteca física. Para retirar a ideia dos papéis, a

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Jornal da Pinheiro • ano 9 • nº 25

Foto: Divulgação

criadora precisou procurar patrocínio durante três anos. A concessionária Lamsa, que administra a Linha Amarela, e o banco de investimento BTG Pactual foram um dos primeiros apoiadores. Portanto, o “Livro nas Praças” é fruto de uma parceria entre empresas privadas e a Secretaria Municipal da Cultura, que emprestou boa parte dos exemplares para a biblioteca. Assim, a iniciativa consegue levar a cultura para lugares onde antes não havia. Além

do mais, os visitantes podem fazer empréstimos sem grandes burocracias. Basta preencher uma ficha de cadastro. Para a moradora do bairro Curicica, Fátima Senna, a passagem do projeto pela sua região foi extremamente positiva. “Todo mundo precisa de um pouco mais de cultura e quando se mora longe, não há condições e nem tempo para se deslocar até uma biblioteca. Aquele ônibus mobilizou o bairro. A ideia em si desperta o

interesse pela leitura”, afirmou. Entre os títulos que mais lhe chamaram a atenção, a estudante não hesitou em dar uma conferida nas histórias adolescentes da autora Thalita Rebouças. Entretanto, na hora de levar um para casa, a escolha foi o autor Paulo Coelho. “Há uma atenção especial para os autores brasileiros e isso muito bom”, destacou. No mês de junho, o “Livro nas Praças” passará pelos bairros Estácio, Curicica, Caju, Botafogo, Cidade de Deus, além dos municípios de Belford Roxo, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Você pode conferir o itinerário diretamente na fan-page do Facebook, facebook.com/LivrosNasPracas.


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