Jornal da Pinheiro nº24

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 9 | 2015 | Nº 24

Whatsapp benefícios x malefícios Foto: Internet

A mulher no mundo do fisiculturismo Segundo o preparador físico Rômulo Maia, na última década o culto ao corpo tem aumentado cada vez mais a busca do corpo perfeito, tanto para o lado estético quanto para o lado da saúde. Pág.2

O progresso da tecnologia alterou as formas de relação entre os indivíduos. Há quem diga que a criação do Whatsapp aproximou os amigos e a família. Outros revelam que o aplicativo causou um déficit de atenção e influenciou o desempenho no trabalho e nas relações sociais. Criado em 2009, o aplicativo permite que usuários troquem imagens, áudios e, mais recentemente ligações de forma rápida e eficiente, basta estar conectado à internet. O uso do aplicativo cresceu monstruosamente e tornou-se fe-

Whatsapp: Benefícios e malefícios na mesma medida

bre entre os usuários. Hoje em dia, não há quem não use o aplicativo. Porém seu uso trouxe alguns malefícios, entre eles o vício de olhar o celular a todo o momento. Até onde o uso dessa ferramenta é saudável? Especialistas alertam para o uso desenfreado desse meio de comunicação. Usuários assumem que olham o celular mais de dez vezes em menos de um minuto por dia. ”Recebo e envio mensagem diariamente”, diz a design, Thaís Fontes. A jovem afirma que já perdeu o prazo de um trabalho por

conta dos bate-papos. “Nada que me atrapalhasse”. E você, sabe quantas vezes olha o seu celular? Já sentiu que se prejudicou em algum trabalho de faculdade ou perdeu algum compromisso por se distrair com o aplicativo? Pesquisas mostraram que a cada trinta segundos os usuários mexem em seus smartphones para trocar mensagens. Até mesmo os que colocam para vibrar, quando em sala de aula ou em ambiente de trabalho, não resistem à curiosidade de dar aquela olhadinha. Pág. 5

Veja mais... Um vôlei para ser jogado na praia pág.4 O lado B do futebol pág. 4

Uma passarela até o altar. pág. 8


Editorial Trabalho, dedicação e amor, assim é feito um jornal. Cada pauta planejada, cada apuração desenvolvida, cada matéria feita, correndo atrás de uma entrevista, correndo contra o tempo e correndo do tempo, cada segundo utilizado para explorar, planejar, organizar e executar este jornal para que a informação chegue de forma clara e verdadeira para os leitores. Assim foi o passo a passo da montagem do Jornal FPG, feito pelos alunos, do 7° período, do Mestre Sergio Xavier sob a revisão do Mestre Claudio Pimenta. O jornal aborda assuntos de entretenimento, moda, política, cultura, tecnologia, cidadania, esporte e educação com temáticas atualizadas, relevantes e envolventes, Com matérias variadas, busca agradar todos os gostos. Dinâmino, moderno, interessante, o Jornal Laboratório na sua décima edição sob as coordenadas do diretor-chefe Sérgio Xavier traz novos conhecimentos em áreas distintas e de perspectivas diferentes.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Anastácia Faria, Anderson Fernandes, Bárbara Menezes, Carlos de Oliveira, Charles Oliveira, Dionis Batista, Franciane Miranda, Francylene Pereira, Ismael Sousa, Jessica Rosa, Leonardo Peixoto, Lucas Ribeiro, Mariane Alves, Thaís Santos, Verônica Macêdo e Viviane Fernandes. Diagramação: turma de Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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A mulher no mundo do fisiculturismo ANASTÁCIA • anastaciafaria@yahoo.com.br

Fisiculturismo, culturismo ou bodybuilding (em inglês) é o esporte que tem como objetivo o aumento da massa muscular, levando-se em conta o volume, a definição, a proporção, a simetria e o desempenho das atletas nas etapas de exibição do concurso. Nos anos 70, as mulheres começaram a participar de competições que mediam a musculatura do corpo, a primeira competição aconteceu em Ohio, no ano de 1978. Esta foi a primeira vez em que as participantes tiveram um julgamento baseado apenas na observação dos músculos. Hoje a maior competição do mundo é o Arnold Classic de Ohio, em que atletas do mundo todo disputam em seus países para tentar uma vaga na competição. No Brasil, entre as mulheres existem quatro categorias e dentro delas divisões por tamanho e ou idade. São elas: Bikini Fitness: os grupos musculares devem ter uma forma natural e firme com baixo percentual de gordura corporal e sem volume muscular. A beleza deverá ser priorizada em todos os momentos. As atletas deverão apresentar físico longilíneo, presença de palco e simpatia. Wellness fitness: a categoria é destinada a mulheres que preferem desenvolver um físico menos musculoso, pouco atlético e esteticamente agradável, com uma relação de tronco e membros inferiores levemente desproporcionais. Bodybuilding: quanto mais massa e mais musculatura melhor. É a categoria mais escassa em competidoras, dadas às regras e a quantidade de exercícios necessários. Body Fitness: pouco volume muscular e definição sem marcações profundas obedecendo a um shape longilíneo “V”. A beleza deverá ser priorizada e em todos os momentos, a atleta deve ser visualizada com ênfase em um físico “Saudável, normal, atlético“. Músculos firmes e baixo percentual de gordura. Women’s Physique: volume muscular moderado, definições musculares sem exagero. O físico deve ser apresentado com

As mulheres modernas vão para as academias para manter o corpo e a saude em forma.

características entre o Body Fitness e Bodybuilding feminino. Cada vez mais as pessoas têm se interessado por praticar atividades físicas, aderindo ao esporte. Para Fábio Panagio, competidor na categoria Men’s Physique o número de mulheres nas competições tem aumentado devido à questão social. ‘Antigamente as mulheres pensavam que indo para academia ficariam masculinizadas. Com a chegada de algumas mulheres que se dedicavam à academia, as famosas panicats, as mulheres frutas, que apesar de não serem icones dentro da musculação, mas que tinham, um corpo razoável, acima da média, acabou fazendo com que virasse moda a academia entre as mulheres. As que eram mais dedicadas começaram a entram para o fisiculturismo, procuraram algo mais sério do que apenas ir para a academia para ficar bonitinha pra aparecer na TV.” – disse Panagio sobre

o aumento das mulheres no esporte. Segundo o preparador físico Rômulo Maia, na última década, o culto ao corpo tem aumentado. As pessoas buscam tanto o lado estético quanto o lado da saúde. “Quem imagina que é fácil ter uma vida de atleta está enganado. Exige uma rotina bem cansativa, muita força, muito suor, alimentação rígida. Tem que ter uma disciplina muito grande. A rotina de quem já compete é bem diferente. A pessoa já possui uma bagagem, uma estrutura de treino, de alimentação, uma estrutura de vida voltada para o esporte, então acaba se tornando mais fácil para quem já compete, mas isso, não deve desanimar os iniciantes, ganhando ou perdendo, vai ser bom porque essa pessoa virá muito mais preparada para a próxima. Deve sempre manter o foco.” – explica o preparador Rômulo sobre a rotina de um atleta.


EDUCAÇÃO

Coaching Educacional Entenda o que é e como funciona

Mariane Alves: mjalves.institucional@email.com Charles Oliveira: charlesoliveira@globomail.com

Mais importante do que ter sonhos, é realizá-los. É nesse momento que entra em ação a assessoria pessoal e profissional, para estabelecer e conquistar os objetivos almejados. Segundo a Consultora Coach da Global Corporate College, Luciana Kelly, o coaching é uma metodologia que favorece o alcance dos objetivos a partir do momento que torna o indivíduo consciente do estado atual que se encontra e motiva esse para a ação diante das suas problemáticas em busca de uma solução (estado desejado), por meio da utilização de técnicas e ferramentas que atuam para: controle de estados emocionais (como ansiedade, depressão, euforia, angústia), e na administração do tempo, focando uma grade de prioridades. Luciana Kelly além de ser professora universitária, pedagoga e psicopedagoga é diretora de Projetos da OWN Treinamento e Consultoria Ltda. Atualmente capacita jovens e adolescentes num projeto educacional em uma conceituada escola bilíngüe, na zona oeste do Rio de Janeiro. Esse trabalho é ideal para todas as pessoas que buscam-se aprimorar e atingir seus objetivos. Percebendo a importância desta metodologia Luciana Kelly. As técnicas são cientificamente comprovadas para que o estudante obtenha sucesso nos estudos e no alcance do objetivos desejados através do coaching educacional”. O nome da iniciativa pode variar entre países, mas o conceito é sempre o mesmo: treinar e desenvolver estudantes atendendo às necessidades que permeiam o ambiente da educação; Contribuir de diversas formas para o desenvolvimento do aluno. Potencializar a performance dos alunos; auxiliar no planejamento de carreira e também na escolha da profissão; maximizar as relações de confiança; potencializar o

Luciana Kelly à esquerda posa na foto com seu grupo de Coaching. (FOTO: Gustavo Souza)

desempenho dos alunos nas diversas áreas do conhecimento; propiciar maior autocontrole e estimular o desenvolvimento das habilidades que preparam o estudante para atingir a excelência”. O ato de ser guiado pelas mãos de pessoas mais experientes ultrapassa as fronteiras da consagrada convivência entre pais e filhos que entram com passos tímidos, porém firmes, em salas de aula brasileiras. Como tudo na nossa vida precisa de um plano, disciplina e organização, o coaching educacional traz para o ambiente essas premissas que não podem deixar de constar em nossas vidas para que atinjamos nossos objetivos e melhoremos nossa performance nas mais variadas habilidades. Luciana Kelly explica que todas as atividades aplicadas tem como foco principal, disseminar o senso de autonomia, consciência e

responsabilidade, enfim, controle equilibrado em relação às áreas: acadêmica, pessoal, qualidade de vida e relacionamentos. Trabalhamos atividades (perguntas) que favorecem o pensamento do aluno em relação ao autoconhecimento, objetivos, plano de ação, atitudes, pensamentos positivos, autoavaliação, acompanhamento do desempenho, responsabilização e habilidades. Através de uma metodologia personalizada de acompanhamento e parceria com o cliente, Coach (treinador) e Coachee (cliente) desenvolvem um Plano de Ação Individual, focado em transformações necessárias para cada participante. Segundo Luciana Kelly as estratégias metodológicas utilizadas no trabalho através da autorreflexão, testes comportamentais, músicas, vídeos e técnicas. Uma outra tutoria chamada de

coaching ou mentoring é uma prática na qual profissionais de educação orientam outros educadores para que possam ensinar com mais qualidade. O treinamento, longe de ser aplicado em oficinas, simpósios ou conferências, ocorre na própria escola, em um acompanhamento bem próximo entre mentor, professor e estudantes, e pode se tornar o fôlego. Carmen Lucia, 49 anos, bacharel em Educação Física, coordenadora da Educação Infantil e mãe de um adolescente, diz ter conhecido o coaching através de seu marido que contratou essa consultoria para aplicar em sua equipe de trabalho. Há necessidade de se aplicar essas técnicas na orientação educacional das escolas, pois o coaching é uma metodologia na qual os jovens necessitam de um direcionamento em função de suas habilidades, para que eles consigam fazer a escolha ano 9 • nº 24• Jornal da Pinheiro

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ESPORTES

Um Vôlei para ser jogado na praia LEONARDO • leopeixotocrvg199@gmail.com

Professor, Newton Padão, começou a fazer uma escola de vôlei na praia do Recreio dos Bandeirantes. Juntos com mais 4 professores, ele ele sai cedo de Campo Grande às 5 da manhã, para estar às 6:30 da manhã, na praia do Recreio para dar aula em frente ao posto 9. Todo final do mês, ele faz torneio entre os alunos. O Rio reúne as condições perfeitas para jogar vôlei de praia. Não é à toa, que a maioria dos principais nomes do esporte sai das praias cariocas ou vem treinar no Rio – conta Newton Padão, lembrando do crescimento da modalidade. O volei de praia surgiu nos anos 20, na Califórnia, e passou a fazer parte do programa olímpico a partir de Atlanta-1996. Desde então, o Brasil só ficou de fora da final

olímpica uma vez no masculino e outra no feminino. Isso não é ao acaso. Numa simples volta pela orla, é impossível não notar as inúmeras redes. O esporte faz parte da rotina carioca, seja entre amadores ou profissionais,independentemente da idade. - Joguei muito vôlei nas praias do Rio de Janeiro desde o inicio dos anos 80. Sempre fui um atletas e o vôlei sempre foi a minha paixão. A gente monta a rede todos os dias de segunda a sexta (no posto 9). Eu e a escolinha temos um casamento perfeito. Já dizia o velho ditado: Nada na vida é por acaso, completou Newton Padão. Antonio Carlos Cruz que mora no Recreio dos Bandeirantes e faz parte da escola de voleibol Newton Padão,

fala sobre a escolinha. - O Vôlei faz parte da minha vida de aposentado. Eu faço exercicios e convivo com pessoas maravilhosas, o que torna a minha vida mais saúdavel e alegre. Aluna Alexsandra Vidal fala de como o vôlei se entrou na sua vida. - Para mim o vôlei é um exercício do corpo e da mente e de quebra é onde encontrei novos amigos para vida. Ricardo Lessa, conta que pratica o vôlei também nos finais de semanas. - É muito gostoso jogar vôlei. Jogo todo final de semana. É bom para relaxar. O Professor Padão como é conhecido na escolinha, explica

como é o treinamento. - Nosso treinamento é de alto redimento. Treinamento tático e físico, Side-Out e jogos coletivos . Também temos as categorias masculina, feminina e dupla.

Alunos de Padão treinam forte no Recreio dos Bandeirantes

O lado B do futebol

Irmãos batalham em busca do reconhecimento e quebram os mitos sobre atletas profissionais ISMAEL • ismaelesportes@gmaiil.com

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O sonho mais comum entre os jovens e crianças no Brasil é alcançar o sucesso no meio do futebol. No entanto, a realidade pode ser bem diferente do que esses futuros jogadores planejam. Segundo números da CBF, 80% dos atletas filiados a entidade recebem até dois salários mínimos, números bem distantes dos grandes craques mundiais, como o brasileiro Neymar, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. “No futebol sempre vai ter o cara que ganha muito e outros nem tanto. Todo mundo acha que jogador é rico, ganha bem, tem carrões, mas não é sempre assim”, alerta Thiago Galhardo, meiocampo, 25 anos, que vem se destacando com a camisa do Madureira. O início Jornal da Pinheiro • ano 8 • nº 23

da carreira do camisa 10 foi na base do Bangu. Foi lá também que deu os primeiros passos profissionais no campo do estádio de Moça Bonita, subúrbio do Rio de Janeiro. Espelhado no irmão mais velho, outro membro da família Galhardo, Gabriel também buscou no futebol o futuro profissional. “Meu irmão falou tudo. A visão que todos têm de um jogador de futebol é a mesma. Salários altos, festas, carrões e glamour, mas é muita batalha”. Atualmente, a dupla segue em busca de atuar na elite do futebol brasileira. Thiago até passou pelo Botafogo em 2011, mas não obteve sucesso. Já Gabriel ainda trabalha na

esperança de chegar ao topo. Com 21 anos, o também meiocampista se

transferiu para o Gama, de Brasília, uma grande equipe brasileira.

Thiago e Gabriel Galhardo em 2013, quando atuaram juntos no Bangu pelo Campeonato Carioca e Copa Rio de Janeiro


CAPA

Whatsapp: benefícios x malefícios VIVIANE• vivianefefer@gmail.com

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Hoje em dia cenas como esta são comuns em rodas de amigos.

á alguns anos, uma roda de amigos conversando em um bar ou aquela agenda rabiscada com uma lista de nomes e telefones, poderia ser considerada uma rede social. Mas na era da informática esse termo mudou de figura. Começou pelo Orkut, que evoluiu para o Facebook, e depois veio o Twitter, Instagram. Todas essas ferramentas alteraram a forma de interação entre os indivíduos. Com os avanços tecnológicos o uso do computador foi ficando um pouco para trás e quase todas as funções foram transferidas para os celulares. Com o objetivo de facilitar ainda mais a vida moderna do indivíduo iniciou-se a era dos aplicativos. Nessa leva foi criado em 2009 o Whatsapp, a ferramenta criada inicialmente somente para o sistema IOS fez tanto sucesso entre os usuários que expandiu para o Android. Nesse momento

monstruosamente e tornou-se febre entre os usuários. Hoje em dia não há quem não use o aplicativo. O uso dele facilita a comunicação entre seus usuários, que podem enviar mensagens, fotos e áudios à vontade, desde que conectados à internet. Benefícios à parte, o uso da ferramenta trouxe alguns malefícios, entre eles o vício de olhar o celular a todo o momento. “Diariamente troco mensagens com amigos e família”, diz a design Thaís Fontes. Recentemente formada, a jovem assume que em alguns momentos a curiosidade em ler as mensagens a distraiu das aulas e atrasou alguns compromissos de trabalho. “Não a ponto de me prejudicar. Consegui recuperar o tempo perdido”. Há menos de um ano o sushiman, Vitor Paulo Sampaio usa o aplicativo e faz

pedido porque me distraí vendo as bobeiras que meus amigos mandam”, diz ele, que tem um grupo com os amigos no aplicativo. A coordenadora de Comunicação, Fernanda Galvão, declaradamente viciada em whatsapp, defende o uso do aplicativo desde seja usado de forma consciente. “É preciso bom senso”. Galvão, que é jornalista e mãe de dois filhos pequenos, usa a ferramenta como meio de monitorar seus pequenos. “Através de um grupo familiar, que criei no aplicativo, eu tenho contato constante com a minha família”. No trabalho, a comunicóloga diz que não priva seus estagiários do uso, “desde que não atrapalhe no desempenho do trabalho”. Ela afirma que nunca teve problemas, mas que algumas vezes o uso desenfreado distraiu e causou esquecimento de algumas tarefas.

o uso do aplicativo cresceu

uma confissão: “Já atrasei

“Mas isso já aconteceu comigo,

então eu perdoo”, brinca ela, que revela “não ter perdido a mania de anotar tudo na agenda para não esquecer seus compromissos”. Preocupados com o uso quase que desgovernado, profissionais de psicologia alertam aos usuários: “É preocupante ver que o indivíduo muitas vezes deixa de interagir com outras pessoas para mexer no celular”, diz a psicóloga Ana Fontes. A psicóloga diz ainda que “a falta de concentração pode acarretar em um déficit no desempenho no trabalho, no meio acadêmico ou até mesmo algo mais grave, como um acidente no trânsito”.

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CIDADANIA

Ajudar a quem precisa

Projeto do bem beneficia moradores de Santa Teresa FRANCINE • fmirandafpg@gmail.com VERÔNICA • veronicamjm@hotmail.com

Construído no início do século XX, o Casarão dos Prazeres abriga um importante projeto de inclusão social com crianças, jovens e adultos do bairro. O Centro de Desenvolvimento de Educação Integrada Amália Fernandes Conde foi inaugurado em julho de 2011, dando continuidade aos projetos educacionais e culturais desenvolvidos nos últimos 50 anos. O projeto desenvolve atividades ligadas ao esporte, lazer, artes e cultura com aulas de dança, música, desenho, pintura, judô, corte, costura, teatro, balé, capoeira, passeios culturais, esportivos e artísticos como: exposições, exibições de filmes e espetáculos teatrais desenvolvidas no próprio casarão. Segundo Marta Issa, diretora

adjunta, cerca de 420 crianças frequentam diariamente o casarão. A idade mínima para iniciar as atividades é de quatro anos. Para ela, este projeto aproxima pais e filhos, pois eles passam a interagir mais nas atividades e eventos realizados: “As crianças vem porque gostam”. Disse a diretora. Arthur Silva, dez anos, conheceu o projeto através da sua vizinha. Aluno há cinco anos, já ganhou diversas medalhas e participou de muitos campeonatos. Quando perguntado sobre seguir a carreira de judoca ele disse: “Prefiro ser jogador de futebol”. Mãe de duas meninas, Claudiceia Martins, contou que sua filha, Mirella Martins, sete anos, frequenta todas as aulas. A mais velha, Michelle Martins,

onze anos, não vai mais devido aos estudos e reclama que sente falta. As atividades ajudaram o desempenho escolar e melhoraram a disposição de suas filhas. Ela fala que o projeto é sempre elogiado: “Aqui no morro, todo mundo quer colocar seus filhos nas aulas, dou graças a Deus”. Para Sandra Santos, moradora dos Prazeres, este projeto é de grande importância para a comunidade. Segundo ela, todos os dias sua filha Bruna, seis anos, aprende coisas novas que ajudam no seu desenvolvimento familiar e escolar. “Esperamos que ela seja um exemplo a ser seguido por outros jovens e para comunidade”. Afirmou. Além das atividades para as crianças, o projeto oferece aulas

Alunas da turma de balé em apresentação Foto: Sandra Santos.

de ginástica para adultos que vem transformando a vida de muitas pessoas. De acordo com Sandra Santos, as aulas ajudaram sua disposição nas atividades diárias e no trabalho. Além disso, melhorou sua autoestima e a comunicação com outras pessoas. “Hoje, cuido mais de mim e me valorizo mais”. Concluiu ela.

TECNOLOGIA

#APPs:

As vantagens dos aplicativos de serviço CARLOS FERNANDO • cfocopa@yahoo.com.br FRANCYLENE SILVA • francylene.contatos@gmail.com

Com um mundo mais conectado, as pessoas cada vez mais vão em busca de facilidades para o auxílio em diversas tarefas. Nos últimos anos, os aplicativos para smartphones e IOS não mais representam apenas momentos de entretenimento, com seus diversos jogos e apps de redes sociais, mas também como facilitadores de serviços que antes demandavam tempo. Os aplicativos de bancos, por exemplo, que disponibilizam os serviços mais comuns que uma pessoa pode realizar em uma unidade física, como pagar contas, consultar extratos, ver saldos, realizar empréstimos pessoais e até mesmo fazer transferências entre contas e investimentos. “Para

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min não ter uma aplicativo de banco no celular é uma atraso para qualquer ser humano. Até porque os bancos estão sempre cheios, ou seja, eu ia perder um tempo precioso da minha vida em uma fila”, desabafou a professora Juliana Oliveira, de 28 anos. Outro serviço que oferece diversas facilidades são os Apps para aqueles que amam viajar. Estes auxiliam desde a compra da passagem aérea até a hospedagem em hotéis, pousadas ou hostels em um único lugar, com pacotes de diversos preços, otimizando assim o tempo dos usuários. É o caso da jornalista Mirian Motta, de 55 anos. Para ela, um aplicativo onde ela possa encontrar tudo que precisa para suas

viagens é de grande utilidade, já que viaja bastante por conta do trabalho. Até mesmo a tarefa de pedir comida em casa se tornou mais fácil, diversos apps conectam os clientes aos melhores restaurantes da sua região da forma mais prática. Eles costumam mostrar aos usuários os restaurantes que estão abertos, além de disponibilizar os cardápios. “Hoje acho que não conseguiria ficar sem o aplicativo Ifood. Ele é ótimo, como eu sou enfermeira sempre estou na correria de plantão de hospital, peço comida pelo App quando estou no trabalho e até mesmo em casa nos finais de semana quando não quero fazer comida. Os pedidos são bem facéis de fazer e

Serviços ao alcance das mãos Foto: Divulgação

chega bem rápido na minha casa, eu super indico!” falou Mariana Castro, 26 anos, sobre o aplicativo Ifood, um dos mais conhecidos da área.


CULTURA

Aniversário do Rio de Janeiro traz exposição da Pixar à cidade Evento reunirá uma progração especial para fãs JESSICA • jessicarosa09111991@yahoo.com.br ANDERSON • anderson.guimaraes2@gmail.com

O Rio de Janeiro completou 450 anos no dia primeiro de março, mas as comemorações não estarão limitadas a esta data. Em outubro, a exposição “Pixar: 25 anos de animação” chega ao Brasil para fazer parte de uma série de eventos que comemoram o aniversário da cidade. O Centro Cultural do Banco do Brasil irá sediar a mostra, que reunirá obras interativas, mais de 600 artes além dos filmes de animação. Pinturas e rascunhos também farão parte do conteúdo para mostrar toda a magia dos bastidores dos filmes. A mostra teve início na cidade de Nova York, em 2006, no MoMa (Museum of Modern Art). Na ocasião, os estúdios comemoravam seus 20 anos e agora, anos depois, a exposição foi atualizada e já passou por mais de 20 países em comemoração aos 25 anos da companhia. O Brasil será o primeiro da América Latina a receber a mostra. Em sua passagem por museus da Califórnia, Hong Kong, Paris e Amsterdã o evento mobilizou fãs de todo o mundo e no Brasil, não será diferente visto que jovens, crianças e até mesmo adultos aguardam com ansiedade a passagem da mostra pelo país. Em 25 anos de trabalhos, a Pixar quebrou até mesmo o recorde de bilheteria das primeiras animações produzidas pela Disney e se mostrou revolucionária por ir além das clássicas tramas que eram apresentadas nos desenhos. Sinônimo de Sucesso Primeiramente chamada de Graphics Group, a Pixar nasceu como uma pequena divisão da Lucasfilm, companhia do respeitado cineasta George Lucas. Muito antes de arrecadar milhões para os cofres da Disney, a empresa criava apenas softwares de computação gráfica e já em seus primeiros trabalhos, colaborou nos efeitos especiais dos filmes “Guerra das Estrelas 2 - A Ira de

(Centro Cultural Banco do Brasil), um lugar que comporta eventos de grande dimensão, cresce minha curiosidade em relação a como será abordada as produções da Pixar.

Exposição fez sucesso em mais de 20 países

Khan” e “O Enigma da Pirâmide”. Foi aí que chamou a atenção de ninguém menos que Steve Jobs, que adquiriu a companhia em 1986 e fez um de seus negócios mais bem sucedidos pelo valor de US$ 10 milhões. Foi então que a empresa ganhou o nome de Pixar em uma clara referência a arte de “fazer pixels”. Entretanto, mesmo que o nome fosse uma referência clara a criação de imagens, a companhia era mais especializada na produção de hardwares. O “Pixar Image Computer” foi um de seus primeiros produtos e teve o Walt Disney Studios como principal comprador. No entanto, o produto não vingou. Para alavancar as vendas, John Lassetter, ainda um funcionário da Pixar na época, começou a produzir pequenos curtas de animação para mostrar o potencial da máquina. A ideia agradou e a empresa desistiu de vender seu principal produto e fechou a primeira parceria com a Disney para a produção de três longas animados. Foi então que nasceu o fenômeno. Tudo começou com a produção de Toy Story, que arrecadou US$ 358 milhões mundiais e conquistou três indicações ao Oscar e duas ao Globo de Ouro. Por causa de todo este sucesso, o contrato entre a empresa e os estúdios

foi ampliado e a produção de mais cinco filmes nos próximos 10 anos foi encomendada. Desde então, a parceria se transformou em um tremendo sucesso com os filmes lançados posteriormente como História de Inseto, Toy Story 2, Monstros S.A, Procurando Nemo e Os Incríveis. Em 2006, a Disney anunciou a compra da Pixar por US$ 7,5 bilhões de dólares e a companhia se consagrou como a maior produtora de filmes de animação do mundo. Além do mais, os filmes realizados pela Pixar trouxeram o diferencial que a Disney precisava para superar as clássicas e cansativas histórias de contos de fadas. A companhia trouxe o diferencial para a indústria e já realizou até mesmo animações que também são voltadas para adultos como os filmes “Up Altas Aventuras” e “Wall-E”. A fã Francylene Silva, estudante de jornalismo, nos contou um pouco sobre sua expectativa para o evento: Jornal da Pinheiro: Qual é a sua expectativa para o evento? Eu tenho uma grande expectativa quanto ao evento já que exposições deste tipo raramente acontecem no Rio de Janeiro, sendo mais frequentes em São Paulo. Mesmo sem atrações confirmadas, por ser no CCBB

Jornal da Pinheiro: Em sua opinião, qual é o diferencial das produções da Pixar? Para mim, o diferencial das produções da Pixar é a busca pela inovação e em trazer animações inteligentes, com personagens humanizados. Eles não são totalmente bons e nem heroicos, apresentam falhas, erram e acertam, assim como qualquer um. Jornal da Pinheiro: Como começou a sua relação com esses filmes? Qual foi o primeiro que lhe chamou atenção? Eu sempre acompanhei os filmes da Pixar, eles são parte integrante da minha infância. De todos, dizer um favorito é muito difícil, mas posso destacar alguns como “Vida de Inseto”, “Procurando Nemo” e “Up - Altas Aventuras”.

Esculturas dos personagens fazem parte das atrações do evento

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POLÍTICA

“O Brasil é um Estado corrompido”, diz professor Em entrevista exclusiva, educador analisou o atual cenário político do país.

LUCAS • lucasdarr2@gmail.com THAIS • thaissantoslurco@gmail.com

Fernando Chagas Rocha, 70, foi por muitos anos um “esquerdopata”, como ele mesmo gosta de se definir. Hoje professor de ciências políticas aposentado, ele maestrou diversos alunos em universidades públicas e particulares no decorrer de sua carreira acadêmica. Ao longo da entrevista, o professor falou sobre a atual situação política do país, transcorrendo ainda, sobre suas crenças ideológicas. “Eu acreditava em um regime que faliu, por isso minha visão de Estado sempre estava acima do arco-íris, era doce e apalpável. Por eu também não acreditar na Direita, hoje reconheço que o Brasil é um Estado corrompido; é um fardo essa constatação.” Ontem um fiel credor do partido dos trabalhadores, PT, hoje, um ardo crítico, Fernando Rocha afirma: “Além de ser um admirador de práticas não aconselháveis, o PT

traiu todos os seus antigos filiados e admiradores. Eu me incluo nesta lista. Hoje o partido poderia ser definido como qualquer outro dos mesmos que criticava antes de chegar ao poder. Ele e suas diversas correntes atuam única e exclusivamente para fornecer atrativos que propiciem um projeto de poder maior. Um Estado vermelho.” Relembrando os tempos da ditadura militar que governou o Brasil por mais de vinte anos, o professor compara o regime a sua teoria do que seria um “Estado Vermelho”: “Seria um Estado em que liberdades individuais não seriam respeitadas, a mídia deixaria de existir como meio prestador de serviço, para atuar apenas no sentido de um projeto de poder, a desigualdade iria aumentar, entre outros. Esses partidos ditos socialistas/marxistas foram feitos para serem oposição. Quando eles chegam ao poder, se

lambuzam com a máquina pública. Vide os companheiros do “mensalão’ e agora da lava-jato. O PT morreu, e com ele a minha “esquerdopatia.” A alternância de poder como oxigênio da democracia é uma das bandeiras hoje defendidas pelo professor. No

final da entrevista realizada por e-mail, ele salientou: “Na verdade o que precisamos mesmo é de uma alternância no poder federal. Hoje nosso Estado faz parte da instituição PT, e quem não o respeita, é dito como defensor de regimes burgueses”.

“O que precisamos é de uma alternância no poder federal. Hoje nosso Estado faz parte da instituição PT, diz o professor.

MODA

Uma passarela até o altar

Não basta dizer “sim”, tem que ter estilo BÁRBARA• barbaraevelynm@gmail.com DIONIS • dionis.tavares@gmail.com

Que noiva não sonha ter um visual deslumbrante digno de princesa, ou melhor, digno de um desfile de moda? E é esse mercado que só cresce com o passar dos anos, com desfiles luxuosos nas passarelas e modelitos para todos os gostos. As noivas tem ficado mais exigentes atualmente tendo como referências estilistas nacionais, como Letícia Bronstein até as mais famosas grifes internacionais, como Vera Wang e Oscar de La Renta. Mas quem disse que é fácil fazer do casamento a sua passarela particular? Com preços cada vez mais altos, muitas noivas estão buscando viajar para fora do Brasil, para realizar o

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sonho de ter seu vestido de grife, ou simplesmente para não gastar uma fortuna com o mesmo. O destino mais procurado das brasileiras tem sido Miami, nos Estados Unidos, que possui até consultoras que fazem toda a assessoria para as noivas turistas que irão se aventurar por lá. Mas tem quem ache viajar arriscado, e com a alta do dólar, a dúvida sobre a possível economia aumenta, “Depende de muitos fatores, valor do dólar, valor da passagem aérea no período da viagem, lugar para hospedagem. Dependendo não irá valer a pena sair do Brasil para a tal compra.”, opina Cristine Octacílio, que casa em Dezembro deste ano. As lojas de noivas brasileiras, de olho

nas passarelas internacionais, sempre procuram traduzir as tendências de fora para o clima do país. Cristina Marques, gerente da loja Pronuptia Noivas, do Rio de Janeiro, acha interessante essa influência e como as noivas absorvem o que entra ou cai de moda no universo fashion casamenteiro, “Cair de moda é interessante. O godê, chamado bolo de noiva, por acaso, voltou mas com reformulações. Aquela manga de antigamente, por exemplo, não se usa mais. Ele volta, mas com tecidos mais leves. O Brasil não lança moda, ele copia moda “. O modelo bohô, estilo que é meio boêmio, meio hippie, anda ganhando espaço entre as noivas de Nova York

New York Fashion Week / Foto: Divulgação

e está vindo pro Brasil com força. E mostrando que a moda em todas as suas variantes é sempre cíclica e se renova. Mas um consenso entre todas as noivas e estilistas, é que o vestido perfeito tem que deixar a noiva confortável e fazê-la se sentir a mais linda de todas. (*)


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