Jornal da Pinheiro nº22

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 7 | Nº 22

Olimpíadas 2016: O desafio do Brasil é a despoluição Foto: Fábio Sousa

ESPORTES: Brasileiros se destacam na China Exclusiva: Hyuri ex Botafogo fala sobre os desafios no futebol asiático P.4

Veja também... POLÍTICA: Brasil, um gigante ou um anão diplomático? P.8

Localizado na praia do São Bento, na Ilha do Governador, esgoto é visto como um grande poluidor da Baía de Guanabara

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á pouco mais de dois anos para o início dos jogos Olímpicos, a Baía de Guanabara, local que sediará as provas de vela e canoagem, preocupa devido o nível de poluição. Muito antes do Rio de Janeiro ser cotado para concorrer

à sede das Olimpíadas, foi criado o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG). Em junho de 1991, foi assinado o acordo que previa a cooperação técnica entre os governos brasileiro e japonês, tendo em vista o trbalho realizado com

sucesso na despoluição da Baía de Tóquio. Mesmo com a existência de um conjunto de obras e atividades para reduzir o número de poluição na Baía de Guanabara as ações não se mostraram tão eficazes. Essa parceria durou até 2006.

CULTURA: “Deus e o diabo na terra do sol” P.7

EDUCAÇÃO Bullying nas escolas P.3


Decisão na escolha da carreira profissional

O jornal foi feito pelos alunos do sétimo período da Faculdade Pinheiro Guimarães, com habilitação em Comunicação Social, na disciplina Jornal Laboratório. A proposta do jornal é evidenciar os fatos ocorridos na atualidade com o um olhar dinâmico e moderno para atingir uma abordagem focada nos jovens e futuros leitores. O projeto foi experimental e envolveu as editorias de cultura, saúde, educação, política, esporte e tecnologia. Todo o projeto foi executado pelos alunos e supervisionado pelo professor Sérgio Xavier, titular na disciplina Jornal Laboratório. O conteúdo em geral foi pesquisado e apurado pela equipe do jornal. Todas as matérias foram preparadas com dedicação e responsabilidade para proporcionar a você, leitor, um jornal de qualidade, interessante e principalmente como prestador de serviço. O desenvolvimento do jornal foi um desafio para nós alunos e serviu como um passo profissional muito importante para todos os estudantes do sétimo período da Faculdade Pinheiro Guimarães. Enfim, todos os futuros jornalistas envolvidos no projeto agradece você ,leitor, por está aqui lendo e apreciando esse projeto tão trabalhado e satisfatório a nós alunos do sétimo período. “Jornalismo é um ofício que diverte o espírito e aguça o discernimento intelectual... escrever não é necessariamente um trabalho, se temos gosto em fazê-lo vira uma distração prazerosa”. CARMO do Evan.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier (sergiosx@gmail.com) Repórteres: Willians Rodrigues, Fábio Sousa, Nigangi Belone, Gustavo Esteves, Daniela Genúncio, Nathally Melo, Rangel Andrade, Joyce Nogueira, Thiago Lima, Érica Vicente, Camille Rodrigues, Lucileide Ramos, Marco Antônio, Pedro Igor e Raphael Fedoci. Diagramação: turma de Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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Uma das principais dúvidas que surge na cabeça dos jovens é optar por qual profissão seguir

GUSTAVO• gustavoesteves91@hotmail.com NIGANGI • nbelone1@gmail.com

Todo jovem sonha em ter o emprego perfeito, ganhando um bom salário e exercendo a profissão que sempre almejou. Mas nem tudo são flores. Para conseguir um bom salário é preciso passar pela faculdade e se formar, porém nem sempre a graduação escolhida é o curso que você sempre sonhou. Se você está passando por essa situação, fique calmo, pois há uma solução para isso, basta pedir ajuda a profissionais especializados neste assunto. Um desses especialistas é o profissional em recursos humanos que tem a finalidade de escolher quem esteja qualificado para trabalhar numa determinada empresa diante de uma seleção de vários pretendentes, além de ter uma ampla facilidade de percepção do candidato e fazer com que vários deles trabalhem motivados. Isso tudo ajuda na hora de orientar os jovens que estão ingressando na faculdade e buscam crescer profissionalmente. Há também profissionais que podem ajudar o jovem na escolha da profissão como os consultores em recursos humanos. A função deles é de auxiliar os candidatos dando dicas, informações e esclarecendo dúvidas. De fato, boa parte dos jovens já sabe qual carreira seguir, mas temem por estarem errados e se arrepender futuramente, porém a maioria tende a ser influenciados por alguém. Isso pode ser benéfico nesse momento difícil. O estudante de jornalismo Rodrigo Nogueira sempre optou por esse curso e a sua influência foi determinante para a escolha dele. “Eu tive uma grande influência da minha família, sobretudo, do meu primo que também optou por Jornalismo. Ele já estava terminando a faculdade e atuava na área. Com tudo que ele me disse, eu tive a certeza que era isso que eu queria. Tive até uma oportunidade de ir visitá-lo no trabalho e viver um pouquinho da adrenalina de uma dead line”. É preciso cuidado, a influência

pode ajudar, mas não basta. Pode até atrapalhar nessa importante decisão na sua vida. O professor de Comunicação Social, André Luiz Cardoso, acredita que antes de tudo, é preciso conhecer muito sobre a carreira, efetuando pesquisas e obviamente ter um perfil apto ao curso desejado. - Antes de escolher a profissão que fará parte de seu futuro, de sua vida profissional, pesquise, leia os variados guias de estudantes que são vendidos em livrarias e bancas de jornal e até mesmo em sites especializados. Veja os prós e contras da profissão, as dificuldades do curso que vai estudar, as disciplinas que fazem parte do currículo , só assim corre-se menos perigo de escolher o curso errado – .. Outro fator que acontece bastante entre os jovens é a dúvida entre a faculdade pública e particular. Em determinadas faculdades, o curso pode ser melhor ou menos disputado, às vezes, isso pode atrapalhar na escolha da carreira. O estudante Rodrigo, quase optou por outro curso. Por pouco, eu não entro na faculdade de administração, mas em cima da hora decidi abrir

mão e definir o que eu realmente queria. Tive uma pequena experiência com alguns cursos técnicos que eu já fiz, mas em nenhum deles eu me identifiquei –. Caso haja essa indecisão, a especialista em recursos humanos Cristiane Freitas, indica métodos para facilitar na escolha definitiva. - Os métodos que podem ser auxiliados para os candidatos seriam uma pesquisa bem detalhada sobre os cursos desejados e ver em qual deles o estudante vai se identificar ou procurar profissionais ligados na área de atuação dos cursos. Muitos jovens acabam mudando de ideia no meio do caminho. A especialista também aconselha aos estudantes um teste vocacional. Os testes vocacionais consistem em testar os interesses e aptidões a fim de indicar uma ou mais possíveis vocações. Isso serve como orientação para os jovens -. Evidentemente, o jovem tem ou já teve uma incerteza de qual carreira seguir, mas o mais importante é força de vontade para a aprendizagem. Só assim, . realizará seus objetivos e terá um futuro profissionalmente realizado.

No momento crucial para os jovens, surge a dúvida de qual carreira seguir


EDUCAÇÃO

Bullying nas escolas

Dados apontam peso corporal como um dos maiores motivadores DANIELA • daniela.genuncio@hotmail.com NATHALLY • melonathally@gmail.com RANGEL • eurangel@gmail.com

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ecentemente os casos de bullying têm aumentado nas escolas públicas e particulares. Crianças e adolescentes se dividem entre vítimas e agressores, instigando a violência e a destruição da autoestima em uma faixa etária em que a personalidade começa a ser moldada. O termo tem origem inglesa e significa valentão ou brigão. A prática se constitui em intimidar, agredir fisicamente ou verbalmente alguém de maneira contínua. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Brasília é a capital número um da prática, em todo o país. A maior parte das ocorrências acontece em escolas privadas. Para a educadora Marcela Oliveira, algumas crianças e adolescentes, além de pais, consideram as ofensas como algo natural: - Nós falamos o tempo todo com

Adolescentes brigam fora de colégio e põem imagens na internet (Foto: Reprodução)

os alunos em sala de aula. Tentamos os fazer entenderem que não é algo legal. Porém, percebemos que muitos alunos fazem para magoar e denegrir a imagem dos colegas. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o peso corporal é um dos maiores motivadores

na hora de ofender outra pessoa. Os pré-adolescentes são apontados como os maiores agressores e 60% deles são meninos. As reações para escapar dos insultos são as mais diversas, o que pode fazer com que a criança reveze entre vítima e agressor. O estudante João Nascimento, 14 anos, conta que procurou a direção do

Colégio Estadual São Antônio para se defender das ofensas e que também já fez uso das mesmas. Para ele, não há muita diferença entre o bullying que agride moralmente ou fisicamente: - Eu já pratiquei para me defender. Porque tanto sendo agredido quanto sofrendo com palavras, sua autoestima baixa –, disse. O bullying pode levar as vítimas ao isolamento social, a também se tornar um agressor e em casos mais extremos até ao suicídio. No último dia 21 de julho, a Comissão de Educação aprovou proposta que obriga escolas do país a fazerem campanhas de conscientização anti bullying. As ações devem englobar alunos do ensino fundamental e médio, e têm de ser anuais e com duração de uma semana.

Tecnologia invade escolas e contribue em alfabetização Aulas de informática podem propiciar alunos a oportunidade de aprender dentro do próprio ritmo

Faz-se

necessário nos dias atuais iniciar uma nova perspectiva nas escolas públicas no sentido de romper com a linearidade de aprendizagem, utilizando ferramentas que se tornaram imprescindíveis à Educação tais como o uso de computadores, internet e recentemente de tablets.. De acordo com a professora de literatura Cintia Coutinho as alterações e as concepções de alfabetização antes e depois da tecnologia para as escolas públicas pregam-se da seguinte maneira: “O que se espera de uma pessoa alfabetizada hoje em dia é bem diferente de antigamente e nem faz tanto tempo que isso ocorreu. Os registros apontam de uns dez anos pra cá (mais ou menos). ”

Um dos objetivos da informatização na Educação é o de conhecer as possibilidades de uso da informática e da internet. A escola não está contrária à entrada da tecnologia e informação no cotidiano dos alunos. Outra questão apontada é: “se entendermos que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto. Os novos meios entram não somente na vida profissional, mas no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e também fazê-los circular de maneira absolutamente inédita, de maneira nunca vista antes pelas crianças.”.

É necessário, ao programar a informática educativa nas escolas e dispor o acesso a tecnologias de acordo com as reais necessidades que surgirem ao longo das execuções das atividades complementares. Ou seja, não adiantaria ter o computador sem acesso a internet ou sem viabilidade técnica. As aulas de informática podem propiciar aos alunos a oportunidade de aprender dentro do seu próprio ritmo. A possibilidade desta nova fase em escolas públicas é o que vem sendo discutido até o momento. Para a professora Cintia os computadores podem ser alguma forma de estímulo para a alfabetização.

“Nos lugares em que as crianças têm computadores em casa, o fato de haver na escola não fascina muito, embora elas possam descobrir novos usos ao trabalhar em grupos na sala de aula. Mas nas camadas mais desfavorecidas da população os computadores possuem mais atrativos, porque todos sabem que é um objeto muito valorizado socialmente e tem múltiplos usos possíveis. O problema é que os computadores necessitam de suporte técnico e, quando são instalados na escola, ninguém se lembra disso. Portanto, muitas vezes as máquinas estão lá, só que inutilizadas.” ano 7 • nº 22 • Jornal da Pinheiro

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ESPORTES

Em franco crescimento, clubes chineses atraem cada vez mais jogadores brasileiros Seduzidos por altos salários, jovens atletas se aventuram em países pouco conhecidos; Hyuri, exBotafogo, revela as dificuldades em terras asiáticas THIAGO • thiagolima@jogadaensaiada.com.br JOYCE • nogueirajoy@yahoo.com.br

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Brasil é o país do futebol. Talvez isso explique o motivo pelo qual muitas de nossas crianças sonham em ser um jogador profissional. Elas crescem com o desejo de poder jogar em grandes clubes, ter o nome gritado pelas torcidas, ganhar milhões no exterior e chegar ao ápice: defender a Seleção Brasileira. Porém, essa caminhada é árdua e, após vários nãos em diversas peneiras, muitos desistem. Poucos são os que conseguem brilhar no cenário nacional. No internacional, então, é algo para muito poucos. Em uma rápida pesquisa realizada pela nossa equipe, com crianças e adolescentes entre onze e quinze anos, foi feita a seguinte pergunta: se você fosse um jogador de futebol, em que país gostaria de jogar? Além do Brasil, também foram citados Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália e França; países com um campeonato forte e clubes milionários. Nem todos têm a chance de trilhar esse caminho. Hoje, com a globalização do futebol, países com pouca tradição no esporte como Ucrânia, Turquia, Qatar, Japão e China tem se tornado o destino frequente de muitos jovens que, seduzidos pelos altos salários, se arriscam em terras e costumes desconhecidos.

“Saí muito cedo, precisei pensar bastante antes de tomar uma decisão, confesso que tive o medo de cair no esquecimento”

Foi o caso do atacante Hyuri, que se destacou no Campeonato Carioca de 2013, defendendo as cores do AudaxRio e em seguida foi contratado pelo Botafogo. Com apenas 21 anos, ele precisou de apenas cinco meses para

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No Guizhou Renhe, Hyuri sonha defender a Seleção Brasileira na Copa de 2018: “ Tenho potencial. Com trabalho eu chego lá” (Foto: Divulgação)

mostrar serviço e cair nas graças da torcida alvinegra. Já no seu jogo de estreia, contra o Coritiba, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, o então camisa 17, marcou um lindo gol de placa e ajudou a equipe carioca a sair com a vitória por 3 a 1. Na partida seguinte, novamente no Maracanã, contra o Corinthians, outro belo gol e novo triunfo do Bota, desta vez por 1 a 0. Virava naquele momento o novo xodó da torcida botafoguense. Suas boas atuações logo despertaram o interesse de clubes internacionais, entre eles o Guizhou Renhe, da China, que acabou fechando contrato de três temporadas com o atacante. Com 22 anos recém-completados, Hyuri se viu de malas prontas rumo à Ásia, um continente até então desconhecido para ele: “Pra falar a verdade, eu só conhecia o Guangzhou Evergrande, na época, time do Darío Conca, Muriqui e Elkesson, nada além disso. Sabia que era uma liga que muitos brasileiros estavam se encaminhando, Didier Drogba teve uma passagem por lá,

imaginei e sabia que não estava indo pra um buraco sem volta”, disse o jogador. Para os meninos que crescem sonhando com a fama e o estrelato, sair do Brasil muito cedo é um problema, já que, no futuro, podem não ser lembrados pelos torcedores locais: “Sim, saí muito cedo, precisei pensar bastante antes de tomar uma decisão, confesso que tive o medo de cair no esquecimento“, confessou. Essas dificuldades aumentam quando o destino são países com idioma, costumes e culturas tão diferentes. No caso de Hyuri, com um inglês básico, ele teve a sorte de encontrar um português na comissão técnica do Guizhou: “Fui bem recebido. Os chineses são mais fechados, mas os estrangeiros me receberam muito bem. Mas quem me ‘puxou’ para o time mesmo foi o português da comissão técnica, Bruno Oliveira. Ele quem me passa as instruções. Falo pouco inglês, mas alguns chineses nem falam”. Com relação a adaptação ao país, ele disse

ter tido menos problemas do que havia imaginado: “A minha adaptação não achei difícil. Diferente? Sim, porém não impossível. Evitei comer na rua pelas diferenças na alimentação. Não pedia muita informação para as pessoas, não me expus muito. Mas não foi ruim ou impossível como pensei quando estava a caminho daqui”. Mesmo longe, Hyuri afirmou estar feliz com o momento que vive na China. Artilheiro da equipe e adorado pelos torcedores, o jovem só lamenta a distância da família: “Sinto falta do meu dia-a-dia no Brasil, compromissos, encontro com amigos e família. Aqui não tenho muito o que fazer. Além de treinos e viagens, a vida é um pouco parada”, lamentou ele que, ainda alimenta o sonho de defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018, na Rússia: “Creio que tenho potencial pra defender a seleção brasileira e buscar um lugar na copa de 2018. É muito difícil, mas só com o trabalho e com a fé em Deus poderemos chegar. É preciso toda uma preparação para ter a primeira oportunidade”, finalizou.


CAPA

Olimpíadas 2016: O desafio do Brasil é a despoluição

Há pouco mais de dois anos para o início dos Jogos Olímpicos, a Baía de Guanabara, local que sediará as provas de vela e canoagem, preocupa devido ao nível de poluição FABIO • fabiorsousa@gmail.com WILLIANS • willrrodrigues2012@gmail.com

Muito antes de o Rio de Janeiro ser cotado para concorrer à sede das Olimpíadas, foi criado o “Programa de Despoluição da Baía de Guanabara” (PDBG). Em junho de 1991, foi assinado o acordo que previa a cooperação técnica entre os governos brasileiro e japonês, tendo em vista o trabalho realizado com sucesso na despoluição da Baía de Tóquio. Mesmo sendo criado um conjunto de obras e atividades para reduzir o número de poluição na Baía de Guanabara as ações não se mostraram tão eficazes. Essa parceria durou até 2006. De acordo com a Secretária estadual do Meio Ambiente, o Governo do Estado vem realizando uma série de ações planejadas e contínuas desde 2007 com o objetivo de sanear a Baía de Guanabara. Foram criados planos municipais de saneamento básico para definir ações de esgotamento sanitário, em curto, médio e longo prazo, levando em conta as áreas carentes em saneamento básico e a previsão de crescimento urbano para as próximas décadas. Em Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Magé, Tanguá, Rio Bonito e Nova Iguaçu o (PMSBs) já foram concluídos e entregues. Um novo convênio prevê novas atividades em Duque de Caxias, Nilópolis, Itaboraí e Niterói. Para o professor de recursos hídricos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Paulo Canedo, os procedimentos que vem sendo adotados pela CEDAE para a despoluição da Baía não são os mais eficazes. “Primeiramente, o que vem afetando muito para a poluição é a própria a forma como é coletado e tratado o esgoto. Os resíduos líquidos precisam ser bem tratados nas estações para que as sobras sejam o menos poluente possível para a Baía. E a parte sólida deve ser levada para aterros sanitários. O que percebemos são muitos esgotos e desembocando diversos tipos de sujeiras”, concluiu.

Foto Fábio Sousa

A beleza dos pássaros podem ser vistas mediante ao número de lixo que escoa para a Baía de Guanabara

Paulo Canedo As áreas da Marina da Glória e das praias do Flamengo, de Botafogo, da Guanabara, na Ilha do Governador, vão receber obras de esgotamento sanitário para garantir a qualidade da água nesses trechos da Baía de Guanabara até as Olimpíadas de 2016. As praias da Ilha de Paquetá e da Bica também passam por obras de saneamento que já favorecem sua balneabilidade. Com início de obras previsto para outubro, o tronco coletor Cidade Nova captará mil litros de esgoto por segundo que eram despejados no Canal do Mangue encaminhando para ETE Alegria. Outra importante obra prevista (em projeto executivo) é a construção e ampliação do sistema de coleta de esgoto da Baixada Fluminense que será interligado as estações de tratamento de esgoto de Pavuna e Sarapuí. Além dessas intervenções, está em licitação a construção dos troncos

coletores Faria-Timbó e Manguinhos que captarão o esgoto dos complexos da Maré e do Alemão encaminhando para a ETE Alegria. Outras obras de saneamento, também, já estão em curso em Itaboraí, Belford Roxo (tronco coletor Barro Vermelho) e, em breve, em Niterói. Em janeiro de 2014, a Secretaria de Estado do Ambiente iniciou a operação de três ecobarcos – embarcações especiais de coleta de lixo flutuante. Em julho, entraram em operação outros sete ecobarcos, totalizando dez embarcações que removem em média 1,2 toneladas de resíduos sólidos por dia (35 ton./mês). Atualmente, existem 11 ecobarreiras no entorno da Baía de Guanabara que retêm em média 11 toneladas de resíduos sólidos por dia (330 ton./mês). Outras oito ecobarreiras estão previstas para serem instaladas em rios e canais que desembocam na baía até 2016, totalizando 19 barreiras.

Segundo Canedo, ter metas curtas e transparentes para a população é importante para agilizar o processo de despoluição da Baía. “Nada ocorre se não houver metas e nós não temos. É preciso ter transparência, precisam ser estabelecidos indicadores claros e objetivos, que sejam divulgados e que possam ser acompanhados pela população, mais também não podem durar 30 anos porque aí ninguém consegue acompanhar”, disse o professor. A Baía de Guanabara mais de 20 anos vive um processo de despoluição e sem obter resultados significativos, Muito se fala no “legado” que os Jogos Olímpicos podem deixar para o Rio de Janeiro. Seria de suma importância que além dos resultados perceptíveis em melhorias no transporte publico e na infra estrutura da cidade, o meio ambiente tivesse a maior herança que o evento poderia deixar.

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TECNOLOGIA

Tecnologia digital: uma nova era nos dias de hoje

Conseguiríamos viver sem celular, computador, ipods, videogames, internet e redes sociais? Marco Antonio - marcantoniotijuca@gmail.com Lucileyde Ramos-lucileyde.ramos94@gmail.com

A história da tecnologia é tão antiga quanto à história da humanidade. Desde os primórdios da civilização, o homem busca soluções diversas para a sua sobrevivência e comodidade. As invenções mais antigas vinham de recursos naturais como a pedra lascada, o fogo até a invenção da roda; depois veio a máquina a vapor, o telégrafo, o rádio, o telefone, e a Imprensa, que foi uma das mais poderosas contribuições para o mundo moderno. Hoje em dia, lidamos com a Internet. Dá para perceber que é a invenção mais rapidamente adotada em toda a história. Hoje a tecnologia não está só ligada a celulares, computadores, redes sociais, e Ipods; se pararmos para pensar, a tecnologia já invadiu os lares há algum tempo, Antes era raro ver uma casa com um micro-ondas, TV a cabo, antena parabólica etc. Hoje, isso é comum, é quase impossível viver sem tecnologia, pois está tomando conta dos lares e mudando o hábito das pessoas, de qualquer classe social, crenças e culturas em todos os cantos do planeta.“ tudo que nos rodeia depende da tecnologia, desde a programação dos sinais de trânsito, até o sinal de televisão, Internet o que for, o que a gente sempre imagina é que o progresso traz sempre maior agilidade e conforto”, disse Murilo dos Santos, que é profissional (TI), na tecnologia da informação.Para termos uma noção da impotância da tecnologia, basta fazer uma observação na TV. Imaginem as pessoas sem a informação imediata que ela nos traz de todos os cantos do mundo, em tão pouco tempo? Viveriam desligadas do que está acontecendo ao seu redor e ficariam fora da realidade dos fatos que a TV nos passa através da informação no dia a dia. Na sociedade moderna, a tecnologia se tornou imprescindível na indústria, bancos, transportes, comércio, prestação de serviços, as

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Tecnologia avançada na época atual

grandes empresas estão cada vez mais investindo em tecnologia, com as máquinas, o processo de produção é mais rápido e mais lucrativo. Em contrapartida, um lado

negativo é a taxa de desemprego que aumentou, porque cada vez mais se prefere máquinas a operários. Outro lado negativo é o vício que a tecnologia causa principalmente sobre

os adolescentes. Os pais reclamam que os filhos estão cada vez mais sedentários e sem comprometimento com a vida escolar, por causa dos jogos de videogames.


CULTURA

Circuito Sesc apresenta “Deus e Diabo na terra do sol” Camille Rodrigues • camillejornalista@gmail.com

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streou sábado, 06 de Setembro, no Rio, o espetáculo “Deus e diabo na terra do sol”. Em cartaz pelo Circuito SESC, passará por nove unidades da rede, entre os dias 06/09 e 09/10. A montagem é uma adaptação do roteiro original de Glauber Rocha (lançado cinematograficamente em 1964), e não ficará apenas no SESC mais também fará ainda três apresentações no Teatro Glauce Rocha, como integrante da programação da ocupação Glauce (Com)Vida. Para ganhar vida nos palcos teatrais, o texto de Glauber Rocha passou por adaptações, visto que, nos anos 1960, a dramaturgia foi criada com os códigos e recursos próprios do Cinema. A montagem leva o espectador a um passeio pelo Sertão, a simplicidade e pobreza e a força da religiosidade. Uma boa reflexão cultural e histórica, os constantes conflitos entre o Bem e o Mal. A luta pela sobrevivência. No centro da história temos Manuel, um vaqueiro que em defesa de seu orgulho e dignidade, mata um coronel que tenta extorqui-lo. Perseguido por soldados do coronel, Manuel foge com sua mulher Rosa, e se une ao grupo religioso Santo Sebastião. A Definitiva que teve seu inicio a partir da montagem do musical Calabar… (Chico Buarque e Ruy Guerra), em 2008, na UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) se dedicou, então, a elaboração de um espetáculo no qual pudesse investigar ainda mais a fundo a relação da Música com a Cena, e poder discutir a relação questões pertinentes da história e da Cultura Brasileira. Em outubro de 2011, o espetáculo “Deus e diabo na terra do sol” estreou na universidade. Após participação em dezenas de festivais pelo país, a Cia. Provisória, tornou-se, a partir da estreia do espetáculo no circuito profissional, Definitiva Cia. de Teatro – com agenda cheia até novembro deste ano.

Conflito entre o bem e mal

SETEMBRO Cena do espetáculo Deus e Diabo na terra do sol - Foto: Piillip Lavra

O diretor e também ator Jeffersom Almeida conta como tudo começou: – Somos uma Cia. desde 2008, quando estreamos nosso primeiro trabalho: “Calabar…”. O “Deus e o diabo…” só estreia em 2011, depois de um pequeno recesso proveniente da longa circulação da nossa primeira peça (2008 a 2010). Quando resolvemos encarar o novo projeto, todos éramos alunos da UNIRIO, e três integrantes do elenco da Cia. não puderam estrear esse espetáculo – porque tinha que cumprir obrigações acadêmicas – passando a integrá-lo a partir de 2012. São eles a Paula (Sholl), o Hector (Gomes) e o Raphael (Marins). Jefferson dissee, ainda, que a ideia de montar um novo espetáculo surgiu porque o grupo buscava algo que o motivasse:Achamos! Nos encontramos com o filme “Deus e diabo…”. Eu propus para galera a leitura do roteiro, e aí embarcamos nessa de fazer. Além do assunto, eu intuía que o mote servia à nossa pesquisa, já considerando a emblemática trilha que Sérgio Ricardo compôs a partir de um cordel escrito pelo próprio Glauber. Lá [no filme], as músicas constituem uma narrativa paralela; Tamires e eu tínhamos, então, como adaptadores, a missão de achar uma forma de as músicas pertencerem ao texto, a cena, em vez

de ser uma “leitura de lado”. Achamos! Uma vez que o texto estava pronto, elencamos quais eram os assuntos dos quais ele tratava, e eu elaborei alguns laboratórios. Os personagens começaram a surgir enquanto ideias/ partituras nesses laboratórios. A produtora e também atriz do espetáculo com a personagem Rosa, Tamires Nascimento, contou o que esperam dessa nova fase, onde a produtora temporária se tornou Definitiva Cia de Teatro, e que esperam para do futuro, que o espetáculo tenha vida própria e renda novos projetos. Estreamos na Unirio, depois viajamos com um monte de festivais pelo Brasil, muitas vezes em situações muitas precárias. Este ano nós conseguimos, desde o inicio a nossa vontade é contar essa história, mostrar nossa história e a gente está batalhando, sendo agraciado por pessoas muito legais pelo caminho que gostaram da peça, olham para ela e falam: “nossa legal, isso aí, vou te ajudar a contar essa história”. Daqui a gente está querendo que esse circuito renda novos projetos, que a gente continue plantando para continuar colhendo com esses textos. novas temporadas e “mostrar para quem ainda não viu!”.

06 – Sábado 20h –Sesc Nova Iguaçu 12 – Sexta-feira – 20h – Sesc Campos 18 – Quinta-feira – 19:30h – Sesc Madureira 19 – Sexta-feira – 19h – Sesc Ramos 20 – Sábado – 20h – Sesc Nova Friburgo 26, 27, 28 – Teatro Glauce Rocha OUTUBRO 11 – Sábado – 20h – Sesc Engenho de Dentro 16 – Quinta-feira – 15h – Sesc Duque de Caxias 24 – Sexta-feira – 20h – Sesc Niterói NOVEMBRO 22 – Sábado – 20h – Sesc Teresópolis

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POLÍTICA

Em meio a um duelo diplomático com o governo de Israel, surge a questão: o Brasil é um anão ou um gigante na sua representatividade geopolítica? PEDRO • pedroigorpires@gmail.com RAPHAEL • raphael.fedoci@gmail.com

Diante do atual panorama em que vive o governo de Israel, dois comentários expõem e evidenciam o desentendimento diplomático ocorrido entre o país e Brasil, logo após o Itamaraty condenar “energicamente” o “uso desproporcional da força” pelo Exército israelense na Faixa de Gaza “Esta é uma infeliz e desafortunada demonstação de que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático.” (Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel) “Somos um dos onze países do mundo que têm fortes relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles.” (Luiz Alberto Figueiredo, ministro das Relações Exteriores do Brasil) No entanto, esse incidente em questão mostra um novo modo do governo brasileiro de se posicionar perante os conflitos e crises no cenário mundial, evidenciando um novo alinhamento político que não converge de forma coesa e semelhante, há outras potencias ocidentais, como os EUA. Analisando os desdobramentos que culminaram com um pedido formal de desculpas, do governo israelense, percebe-se que o Brasil mesmo não agradando com seu novo jeito de se posicionar, mostra ter cada vez mais personalidade e respaldo político. O professor de Ciência política, Marco Aurélio Sabino, definiu o desentendimento com Israel. “Quando Israel fala que o Brasil é um anão diplomático está totalmente equivocado. O Brasil já é um líder sul-americano no quesito diplomático, e no cenário mundial já dá mostras de ser um agente mediador nato. Por quê? Porque todos os lados envolvidos em conflitos ouvem o que o Brasil tem a dizer. Quando Israel desclassifica o Brasil nesse campo, é

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porque não olha para a própria imagem geopolítica, Israel no cenário mundial está totalmente isolado, tendo respaldo apenas dos EUA que mesmo sendo um aliado de peso, não impedem o país de ser rechaçado pelos países emergentes, que enxergam de maneira extremamente negativa e duvidosa a atual linha de ação do governo sionista”. No entanto, o gigante econômico Verde e Amarelo começou em que momento a deixar de ser um anão diplomático? Teria esse novo momento da política externa brasileira alguma relação com a participação no grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)? É evidente que todos têm em comum, transformar seu crescente poder econômico em uma maior influência na política externa, como um todo, o professor de Ciência Política, Marco Aurélio, fala sobre essas questões. ”A política externa brasileira hoje

em dia está totalmente norteada com os BRICS, já que foi o mesmo que deu visibilidade para o Brasil no contexto geopolítico, tanto que após esse novo alinhamento, o Brasil passa até mesmo a almejar um assento permanente no conselho de segurança da ONU, tendo respaldo da China e Rússia. Um dos maiores opositores para essa empreitada do governo brasileiro foram os EUA, juntando esse fato a outros incidentes como os casos de espionagem por parte do governo americano. A política brasileira se viu desalinhada com as potências Ocidentais, essa nova vertente não agrada muita gente, no entanto se o Brasil quiser mostrar uma identidade e posicionamento no cenário mundial, esse parece ser o caminho certo. Acontece que o alinhamento atenuado com países como Venezuela e Cuba, pode fazer o Brasil ser enxergado como um país unido a eixos fora da vertente ocidental, como se ele

estivesse negando sua anexação territorial em prol de reconhecimento político. O cuidado para evitar isso é essencial para que o Brasil não perca o que tem de mais importante: o seu caráter de interligar diversos campos e alcançar com agilidade uma aceitação de ideologias, o que faz do Brasil, um país com legitimidade para resolver crises e intermediar inumeros conflitos”. Tendo como base a análise do professor Marco Aurélio sobre os BRICS e a relação com o Brasil, fica evidente que é uma nova plataforma, no entanto não chega a ser um projeto antiamericano inspirado por aspirações esquerdistas. Para o Brasil, a plataforma dos BRICS é uma maneira efetiva de diversificar e facilitar suas parcerias e se adaptar a nova ordem mundial cada vez mais multipolar. Então, pelo menos por enquanto, essa forma de fazer politica por parte do

Encontro do grupo para a criação do banco dos Brics ( Brasil, Russia, Índia, China e Africa do Sul) da esquerda para direita Dilma, Vladimir Putin, Pranab Muherjee, Xi Jinping e Jacob Zuma


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