Jornal da Pinheiro nª 41 - 2019.2

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 12 | 2019.2| nº 41

Mais que uma Cidade Maravilhosa

JESSICA OLIVEIRA • jessevelynpo@hotmail.com CARLOS RENÊ • rener.ferreira26l@gmail.com

A Cidade do Rio de Janeiro encanta e atraí turistas com inovação abordando um novo modelo de turismo através da gastronomia

Foto: Renê Ferreira

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Passado e presente se encontram em Petrópolis Uma cidade imperial que por onde passa tem história para contar. O Funcionário Público Silas Sales e sua família embarcaram nesta viajem em busca de aprendizado e também de diversão. .

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Veja mais... Tecnologia e Futebol: Parceiros ou Inimigos? p.03

Tirar fotos em lugares paradisíacos e postar virou uma modinha p.07

Oferta gratuita de terapias alternativas oferecidas pelo SUS p.06


Editorial A cidade do Rio de Janeiro é o cartão postal do País, possui uma beleza incomparável, com grande diversidade de climas e paisagens, além de intensa vida cultural. Conhecidos por seus famosos pontos turísticos como o inconfundível Pão de Açúcar, o Bondinho de Santa Teresa, o Cristo Redentor, uma das 7 maravilhas do mundo, de braços abertos recebendo os milhares de turistas. Segundo o Ministério do Turismo e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), são em média 6.62 milhões de turistas, por ano, visitando a cidade maravilhosa. As atrações que chamam a atenção de quem busca o estado como passeio, incluem, além da exuberante natureza, as excelentes opções gastronômicas espalhadas pela cidade. Mostra que o Rio de Janeiro não possui apenas praias e vistas incríveis, que em um só lugar o visitante consegue embarcar para diferentes estados brasileiros, através das delícias que a gastronomia pode oferecer, e que a culinária nacional, pode sim atrair milhares de pessoas, mostrando que a cidade é realmente maravilhosa, mas em todos os sentidos.

Passado e presente se encontram em Petrópolis Foto Karen Nascimento.

Palácio imperial, onde viveu Dom Pedro II e sua família.

IVETE: ivetemartins2012@bol.com.br KAREN: karenradialistan@gmail.com

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Andreia, Andressa, Carlos, Denise, Fernando, Flavio, Igor, Ivete, Jessica, Jorge, Joyce, Karen, Luisa, Matheus, Renan, Philipe. Diagramação: turma de 7º da discciplina Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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No ano de 1822, durante a travessia pelo caminho do ouro, rota que liga Rio de janeiro a Minas Gerais, Dom Pedro I se hospedou na fazenda do Padre Corrêa. Encantado com a beleza do local, foi a partir daí que decidiu comprar o terreno e a fazenda, construindo ali a sua casa de veraneio. Mas foi com Dom Pedro II, que o palácio foi construído em 1845 e concluído em 1862. Hoje é um museu que é chamado de “Palácio Imperial”. Petrópolis, cidade que está localizada na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, segundo o IBGE, possui cerca de 295.917 habitantes e é conhecida como “Cidade Imperial”. Um lugar que é cercado de histórias por todas as partes. O local é rota certa para quem deseja desfrutar de um passeio calmo e em família. Foi o que fez o funcionário público Silas Sales, 54 anos, reuniu uma parte da família e colocou o pé na estrada rumo à Petrópolis. Apaixonado por história, Silas decidiu fazer um passeio turístico em Petrópolis e assim conhecer melhor a Cidade Imperial. Para compor a viajem, levou sua atual companheira Rosangela Santos, e o seu filho mais

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velho, Rafael da Costa Sales. A primeira parada foi a Catedral de São Pedro de Alcântara. “Uma arquitetura belíssima que se confunde com um castelo. Estava muito cheio para entrar, mas valeu a pena vê-la pelo lado de fora”, relatou Silas. As carruagens vem do tempo em que Brasil era colônia e chegou para ficar em Petrópolis com a vinda de Dom Pedro II e suas diligências. Naquele período, só existiam veículos com a tração animal. Hoje, elas fazem parte do museu das carruagens que está localizado no prédio anexo ao Palácio Imperial e é aberto para visitação gratuita. Para o funcionário público, o museu das carruagens foi que mais chamou atenção, pois cada veículo é feito com muitos detalhes que demostravam a nobreza de quem o usava. Do outro lado, fica a praça da liberdade, um local que dá acesso a vários pontos turísticos. O passeio histórico continua. A família pôde conhecer o Centro Cultural 14bis, onde viveu o Pai da Aviação Santos Dumont. “O cara é um gênio, a casa é pequena, mas se nota que existe muita história ali. Tem uma arquitetura diferente de

uma casa normal. Na parte superior tem uns azulejos que mostram o processo de como foi para fazer o avião 14 bis. A experiência foi muito boa”. afirmou Rafael. “Durante o passeio, tivemos somente um problema para estacionar na rua. Não existe informação de que tem que ser feito pagamento no parquímetro. Nunca tinha visto isso. Causou um desconforto, pois quase fui multado”, Contou Silas.

Para Silas e Rafael, o resumo do passeio, foi muito gratificante e enriquecedor. Voltar ao passado estando no presente e poder reviver quase tudo que aconteceu na história, acrescentou muito. “Não foi possível passear em tudo que planejamos, pois alguns museus eram caros a entrada. Não estava acessível para nosso bolso no momento”, ironizou Rafael.

Catedral São Pedro de Alcântara.


ESPORTES

Tecnologia e Futebol: Parceiros ou Inimigos? RENAN • niroan.renan@gmail.com PHILIPE • philipeassad@hotmail.com

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os últimos anos, a forma como assistimos futebol tem mudado. Não basta só irmos ao estádio para torcer, e mesmo quando isso acontece, encontramos dificuldades frequentes como a falta de segurança, o preço alto dos ingressos e até mesmo a falta de comodidade de algumas arenas. Seja como for, o fato é que o futebol ainda domina o mercado de entretenimento esportivo. Com isso, grandes empresas aproveitaram para adquirir novas formas de interação com seus clientes de modo a auxiliar no aumento de sua comodidade na hora de assistis aos jogos. Os múltiplos canais de televisão, os aplicativos e as transmissões pela internet hoje são os principais meios de comunicação que foram aperfeiçoados e que dividem espaço com a bilheteria dos estádios. E nem só as empresas aproveitaram, muitos clubes também notaram esse novo espaço e criaram programas como o famoso Sócio Torcedor, que cresceu bastante

nos últimos anos e quem vem ajudando os clubes financeiramente com a facilidade na compra dos ingressos e as promoções de visitação aos CT’s e estádios. O surgimento dessas facilidades acabou criando um novo tipo de torcedor, um mais exigente com a qualidade do produto e seu conforto na hora de assistir ao jogo, mudando inclusive a forma como os programas esportivos transmitem o futebol. Não é à toa que, nos últimos anos, houve uma queda do público dos estádios. Além de ser bem mais fácil assistir de casa, mais seguro, mais tranquilo; a perda da qualidade do futebol jogado no Brasil e o preço alto dos ingressos foram fatores determinantes pro aumento do “torcedor de casa”, crescendo ainda mais os serviços de streaming, como o Premiere Futebol Clube nas televisões por assinatura, as transmissões pelas redes sociais e pelos aplicativos de transmissão para celular.

Imagem que lembra os grandes momentos do saudoso Maracanã.

E a tecnologia contribui em outras áreas do futebol também, basta ver a criação do Video Assistant Referee (VAR), o famoso árbitro de vídeo, e o Goal-Line Technology (GLT), auxílio para ver se a bola ultrapassou a linha do gol. Ambas causam um impacto gigantesco não só no futebol brasileiro, mas mundial. E para o futuro fica a pergunta, podemos esperar cada vez mais interações com a tecnologia ou iremos ficar somente com as decisões humanas?

Foto: Divulgaçao

ENTRETENIMENTO

A Expressão do Rap

Novo cenário melódico de opiniões LUISA • myluisa7@gmail.com JOYCE • joyneves9@gmail.com

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rap é um estilo de música que faz parte do movimento Hip Hop. Da melodia e batida crua, a rima e a poesia compõem a letra do rap. Um som do gueto, da periferia, com fortes nomes no cenário da música atual como, MV Bill, Os Racionais, entre outros artistas, que fazem do rap um estilo de música respeitado. E para um admirador do gênero, realizador de trabalhos culturais e sociais, Vinícius Mendes, mais conhecido como ViniBoy, tem nada menos que Marcelo D2, um dos artistas renomados do rap brasileiro, como influência para sua possível carreira, “eu ainda não tenho isso como uma carreira, apenas um trabalho, cultural e social, mas se um dia eu conseguir viver disso, estarei realizando um sonho!”.

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Nos anos 90, o rap foi associado à criminalidade, e com o tempo o que era visto como algo negativo ganhou força e passou a ter destaque como um estilo forte, que associa protesto em forma de música. Tendo o rap como uma saída para expressar-se nas suas tribulações, o rapper Gustavo Todd, acha que a música é uma “válvula de escape para coisas ruins, seja desde uma coisa pequena como um stress, a uma coisa grande como tirar alguém do crime”. Dos becos e vielas, o rap tem grande influência na sociedade brasileira, principalmente nas comunidades, que buscam incentivar crianças, adolescentes e jovens a ter sua própria identidade. O rap aborda temáticas relacionadas ao modo de vida da periferia, o sistema, a polícia e foi por uma

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dessas razões que o carioca Niroan Renan, se identificou, aos 13, 14 anos de idade, com o estilo musical e ainda acrescenta “o Rap não é só a música, tem todo um movimento Hip-Hop que principalmente nas favelas ajudam”. Ao longo dos anos, o cenário musical do rap vem mudando, ajudando a somar, cada vez mais, nesse gênero e também na cultura. Dando espaço para uma melodia mais acústica, romântica. O novo jeito de fazer rap vem fazendo sucesso entre os adeptos das plataformas de streaming. E por isso, Vini boy destaca a naturalidade e como os novos artistas estão buscando inovar, saindo do padrão. O produtor aprovou e gostou da novidade em que o rap vem se transformando “conseguindo inovar e fazer um rap

Gustavo Tod sonha em ser rapper profissional Crédito: Imagem do Facebook


CULTURA

Feira de São Cristovão: das suas tradições ao novo point da juventude carioca Andressa Barbosa • andressa.barbosa@live.com Jorge Ricardo Melo • riciefd@hotmail.com

A Feira de São Cristóvão foi criada em 1945, por retirantes nordestinos que vieram para o Rio de Janeiro em busca de trabalho na construção civil. Os primeiros movimentos da feira tiveram como intuito exaltar a cultura dos estados nordestinos, tais como: Música, artesanato, comidas e danças típicas. Em 2003 o antigo pavilhão foi reformado pela prefeitura do Rio, e foi reinaugurado como Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Atualmente, além do comércio voltado para tudo que a cultura nordestina produz, o espaço promove uma nova opção para os visitantes: Os Karaokês. Situados em barracas espalhados pelo pavilhão, os karaokês se tornaram a principal atração para os jovens de todos os lugares da cidade. Sua principal característica atrativa é o fato de proporcionar divertimento durante toda a madrugada, além de contar com preços acessíveis. Durante uma tour pelo local, é possível se perder com tantas opções de restaurantes e pequenos comércios com uma variação de produtos. Focando em conhecer uma loja bem popular e bastante frequentada na feira, encontro a Mercearia do Nordeste, que é conhecida por fornecer diferentes alimentos da região norte e nordeste do país. Em uma entrevista com o proprietário Tiago da Silva, ele conta que a loja se enraizou desde o surgimento da Feira de São Cristóvão, e tornouse pioneira. Atualmente, é uma das principais buscas por nordestinos e frequentadores local - “Cara, essa loja aqui, eu trabalho desde os meus 10 anos, mas meu pai quem fundou, ele tem 55 anos de feira contando daqui de dentro como lá fora. É o pioneiro, to dando continuidade ao trabalho dele”- Afirma Tiago. O Pai de Tiago também é oriundo do Nordeste, especificamente de João Pessoa (PB) assim como muitos imigrantes que vieram de lá para tentar uma vida melhor no Rio de Janeiro. Na loja dos Silva, encontramos: Farinha

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Entrada principal Feira de São Cristóvão / Foto: Jorge Ricardo Melo

d’água, Guaraná São Geraldo, bolo de rolo pernambucano, queijo qualho nordestino artesanal, farinha de mandioca branca e goma de tapioca.

Loja do Tiago da Silva/ Foto: Jorge Ricardo Melo

Para o feirante, ter um espaço onde ele pode expor os produtos da sua região e encontrar com seus conterrâneos em um espaço, que une cultura e gastronomia, é bem gratificante - “Pra mim, ter o centro de tradição nordestina é importante porque todo final de semana se você reparar, os nordestinos se encontram aqui, fazem disso como um polo de encontro”. Ao caminhar à noite pelo corredor central, e seguir até o final do pavilhão, logo é possível notar uma nova movimentação, as dos jovens, que costumam lotar as barracas de karaokês. Cada vez ganhando mais espaço na feira, esse local se tornou a nova sensação para a juventude da cidade. Muitos comemoram os seus

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aniversários, ou tratam o espaço como uma nova forma de diversão. O carioca e estudante de engenharia elétrica, Hyuri Biazatti, que é um frequentador assíduo dos karaokês da feira de São Cristóvão, nos conta o que tanto o faz ir ao local que é o novo point de divertimento da cidade. Segundo Hyuri, antigamente ele frequentava o espaço pela gastronomia, hoje, o que o leva à feira são as comemorações de aniversário dos seus amigos. Um ponto interessante comentado por Hyuri, é a importância da pluralidade encontrada na feira. – “Acho que essa pluralidade é muito recente, eu não ouvia e não sabia do interesse dos mais jovens pela feira. No meu ponto de vista, aqui sempre foi um refúgio para os nordestinos que moram no Rio, porém hoje em dia também virou um lugar para os mais novos por conta do sucesso do karaokê”. Nota-se que a feira de São Cristóvão é um espaço que consegue agradar a todos os gostos, onde o respeito e a tradição prevalecem lado a lado. Seus 74 anos de tradição, revelam a cada dia a sua capacidade de se renovar, e trazer cada vez mais novos frequentadores para vivenciar uma experiência única.

Jovens cantando no Karaokê/ Foto: Jorge Ricardo Melo


CAPA

Mais que uma Cidade Maravilhosa JESSICA OLIVEIRA• jessevelynpo@hotmail.com CARLOS RENÊ • rener.ferreira26@gmail.com Foto: Renê Ferreira

Bolos tradicionais da culinária Nordestina, servidos no Café da Manhã do Restaurante “Café do Alto”, Santa Teresa - Rio de Janeiro. Crédito : Renê Ferreira

A cidade do Rio de Janeiro é o cartão postal do País, possui uma beleza incomparável, com grande diversidade de climas e paisagens, além de intensa vida cultural. Conhecidos por seus famosos pontos turísticos como o inconfundível Pão de Açúcar, o Bondinho de Santa Teresa, o Cristo Redentor, uma das 7 maravilhas do mundo, de braços abertos recebendo os milhares de turistas. Segundo o Ministério do Turismo e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), são em média 6.62 milhões de turistas, por ano, visitando a cidade maravilhosa. As atrações que chamam a atenção de quem busca o estado como passeio, incluem, além da exuberante natureza, as excelentes opções gastronômicas espalhadas pela cidade. Os restaurantes cariocas contam com uma variedade de pratos e sabores, apresentações elaboradas e pensadas para

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encantar o consumidor. Desde comidas e bebidas regionais, como “Feijoada” e “Caipirinha”, aos pratos tradicionais de outros estados, como ”Cuscuz de milho” e “Macaxeira” (Nordeste do País). Os clientes se deliciam e conhecem o Brasil inteiro sem sair da mesa do restaurante, apenas com o paladar. Uma modalidade que está se firmando entre os estabelecimentos, fazendo com que eles busquem cada vez mais inovar nos pratos e nas apresentações para atrair turistas e clientes. Um dos exemplos é o Restaurante Café do Alto, localizado em Santa Teresa, Zona Sul do Rio de Janeiro, que oferece aos seus clientes uma experiência única com a base da sua culinária na Região Nordeste do País. Segundo Francisco Dantas, proprietário do estabelecimento, a casa também apresenta pratos tradicionais das demais regiões do Brasil, o (brunch) repleto de

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delícias como o tradicional “bolo de rolo”, “bolo souza leão” ambos típicos do Estado de Pernambuco, o almoço que conta com “rubacão (baião de dois)” prato típico da Paraíba que leva arroz vermelho, feijão de corda e carne de sol, outra comida bem famosa entre os Nordestinos. O Restaurante também conta com uma carta extensa de cervejas artesanais de vários estados do Brasil, com total produção nacional, são mais de 40 rótulos de diferentes tipos e gostos para agradar a todos. Além das cervejas, o diferencial são as diversas opções de Caipirinhas, com diferentes frutas exóticas como Umbu e Cajá. O bairro de Santa Teresa não é só um ponto turístico da cidade, também é considerado um dos maiores polos gastronômicos da cidade do Rio de Janeiro, com mais 50 restaurantes especializados nessa modalidade, eventos mensais focados na gastronomia e na música popular

Brasileira, como “Samba de Raiz”. Anualmente, o bairro apresenta o evento “Santa de Portas Abertas”, realizado em 1 final de semana, onde todos os restaurantes abrem as portas para receber o público. Apresentando todas as variedades gastronômicas que eles podem oferecer. Além de ser um incentivo a cultura, pois agrega oficina de artes, música e palestras durante o evento, o bairro também agrega um alto valor no turismo atraindo mais e mais pessoas para conhecerem a cidade. A 29ª edição, realizada esse ano, comemorou os 15 anos da Associação de Artistas de Santa Teresa e recebeu cerca de 15 mil visitantes durante o final de semana de 20 e 21 de julho de 2019, com a participação de 40 artistas locais e famosos que conduziram as atividades no bairro durante do evento. O turismo gastronômico no Rio beneficia não só os estabelecimentos, mas ao comércio como um todo, proporcionando emprego e rentabilidade ao Estado. Torna a cidade mais bonita e mais conhecida, trazendo pessoas de diferentes locais e classes sociais que experimentam um pouco da culinária diversificada do nosso País. Mostra que o Rio de Janeiro não possui apenas praias e vistas incríveis, que em um só lugar o visitante consegue embarcar para diferentes estados brasileiros, através das delícias que a gastronomia pode oferecer, e que a culinária nacional, pode sim atrair milhares de pessoas, mostrando que a cidade é realmente maravilhosa, mas em todos os sentidos.


BEM-ESTAR

Oferta gratuita de terapias alternativas oferecidas pelo SUS que previnem e curam doenças DENISE • denise.pereira.756@gmail.com ANDREIA • andreiamaria.jose@gmail.com

Em 2006, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 971/2006, publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), com o intuito de garantir a integralidade nos serviços de saúde. A partir disso, em 2018 o SUS (Sistema Único de Saúde) passou a oferecer 10 novas Práticas Integrativas e Complementares(PICs). Hoje, com a soma dos novos, já são 19 tratamentos terapêuticos que utilizam como base conhecimentos tradicionais, ofertados pelo SUS. A expectativa é que novos procedimentos ampliem o atendimento. Todos são oferecidos de forma integral e gratuita à população e começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. A partir destas experiências e práticas que foram adotadas nos serviços de saúde é que passaram a obter resultados satisfatórios. Tal fato, possibilitou ainda mais a difusão dessas práticas em diversos pontos do país. Nesse contexto, o Brasil tem se destacado como um dos 69 Estados-Membros da OMS que possuem políticas e estratégias específicas para o uso das PIC. Práticas como homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura,Medicina Antroposófica, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Tai Chi Chuan e Yoga estão presentes em 9.350 estabelecimentos, 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Os atendimentos passaram de 1,4 milhão no ano de 2017. Diante dessas 19 modalidades de Práticas Integrativas e Complementares podemos dar destaque as mais procuradas que são: o Reiki, Tai Chi Chuan e a Yoga. A Yoga é uma prática indiana milenar que consiste em desempenhar posturas, técnicas respiratórias e de relaxamento, com o objetivo de integrar o corpo e a mente. A entrevistada Roberta Reis, praticante

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Busca por Yoga, Tai Chi Chuan e o Reiki crescem no Brasil e são oferecidas gratuitamente pelo SUS como práticas integrativas complementares

de Yoga, confirma seus benefícios: “Fui praticando meu alongamento e fui melhorando, fui ganhando força e vi que a yoga não era somente parte física e, sim, uma fusão de corpo, mente e espírito”. Já o Reiki é uma técnica japonesa que se baseia na prática de imposição das mãos por meio de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde, só que com atendimento individual. ” O fluxo de energia aplicado no Reiki elimina toxinas e equilibra a energia vital”, relata nosso segundo entrevistado Alex Santos, Mestre de Reiki e participou da gerência de Medicina Alternativa na SMS/RJ O Reiki significa Rei, energia universal e Ki a energia do ser humano. Quando fazemos o Reiki, nos equilibramos a energia externa do universo e a energia interna, então nossos meridianos, que são os canais energéticos dentro da medicina oriental, começa a ter um equilíbrio, a gente passa a ter mais níveis de consciência, disciplina mental e física e conseguimos equilibrar com

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os 5 princípios do Reiki: Somente hoje não se preocupe, somente hoje não se zangue, somente hoje respeite os outros, somente hoje seja honesto e somente hoje seja grato por tudo. E por fim, temos o Tai Chi Chuan, onde o praticante aprende a trabalhar a respiração corretamente, relaxar os músculos, com isso o paciente ganha flexibilidade, sabedoria e concentração também. Alex Santos ressalta o papel de grande ajuda aos pacientes nos postos de saúde que implementou com o uso dessas terapias, o Reiki e o Tai Chi Chuan, uma mudança brusca altamente positiva em relação aos pensamentos, palavras e ações diante de suas patologias. Equilibrando a energia externa do universo e a energia interna, através dos meridianos, que são canais energéticos dentro da medicina oriental.

que previnem doenças e promovem à saúde com o objetivo de evitar que as pessoas fiquem doentes. Além disso, quando necessário, as PICS também podem ser usadas para aliviar sintomas e tratar pessoas que já estão com algum tipo de enfermidades.

Ele é ótimo para pacientes com doenças crônicas, como Fibromialgia.

Com isso, o Brasil se tornou referência mundial na área de práticas integrativas e complementares na atenção básica. São modalidades

O mestre de Reiki Alex Santos,colocando as mãos sobre as áreas específicas do corpo do jogador do Fluminense, Walter Henrique.


Tirar fotos em lugares paradisiacos e postar nas redes sociais virou uma modinha do bem

TURISMO

Dicas importantes

FLAVIO • flaviofelixdearaujo@gmail.com MATHEUS • matheusgoncalvesfrade@gmail.com

Um casal apaixonado por aventura e pelo contato com a natureza: FOTO DIVULGAÇÃO

Em uma época de interatividade, onde todos estão conectados através das redes sociais, tudo que se faz é visto por alguém, imitando copiado e adaptado. A moda agora é postar fotos em lugares paradisíacos e de difícil acesso. Postar uma foto subindo uma trilha, ou passeando em um parque, faz a sua timeline bombar, e o sucesso é a recompensa que vem em forma likes. O turismo ecológico, é a moda do momento, por ser relativamente barato e acessível a praticamente todos com disposição para atividades que exijam muito esforço físico. Isso tem feito uma galera sedentária levantar do sofá e partir em busca da melhor selfie. O casal, Alessandro Pessanha de 32 anos, e Bruna Felix de 30, começaram com a trilha da Pedra do Telegrafo, e se apaixonaram por essa atividade, hoje em dia, eles levam as duas filhas, Emily de 10 anos, e Agatha de 8 meses, e nem pensam em parar. segundo

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eles o contato com a natureza é revigorante, é uma válvula escape para fugir da rotina cansativa do cotidiano. Ele é líder de equipe na empresa TOK&STOK, trabalha na base que fica em Ramos, ela estuda nutrição na UNISUAM, no polo de Bonsucesso. Os dois passam a semana vivenciando o estresse que é enfrentar o trânsito na Avenida Brasil. Por tanto não abrem mão da oportunidade de curtir uma praia com a família ou subir uma nova trilha nos finais de semana, e claro postar muitas fotos nas redes sociais. Não é à toa que o Rio de Janeiro, tem o apelido de cidade maravilhosa, em seus arredores tem os melhores pontos para a pratica do turismo ecológico, Segundo o guia turístico Antônio Carlos de 23, os destinos mais cobiçados são Pedra Bonita que está localizada no Parque Nacional da Tijuca em São Conrado, e também a Pedra do Telégrafo, que fica localizada em Barra de Guaratiba, zona oeste do Rio. Ela ficou famosa após

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diversas fotos nas redes sociais que transmitirem a impressão de um abismo. Hoje em dia é quase impossível tirar uma foto sem ter que enfrentar uma longa fila. Além de ser um passeio relativamente barato, saudável e divertido. Você ainda pode esbarrar com um famoso fazendo a mesma atividade que você. Imagina só, você subindo uma trilha carioca e encontrar o Jon Snow, parece impossível, mas não é. Kit Harington, o astro da série Game of Trones, quando esteve no Rio de Janeiro, decidiu subir uma trilha nos arredores do Parque Lage. Outro que também quis experimentar uma aventura parecida foi o ator, americano, Ashton Kutcher, que em uma de suas vindas ao Brasil, foi conhecer a Pedra do Telegrafo na companhia do amigo, o apresentador Luciano Huck. Segundo a fisioterapeuta Thais gomes de 27 anos, alguns passos devem ser seguidos para quem vai subir uma trilha pela primeira vez.

“Comece com trilhas menores, que exija menos esforços. Caso necessário faça pequenas pausas durante o trajeto”. Também é importante pensar na roupa que vai usar, nada de chinelos, jeans e outras roupas pesadas. O ideal é usar um bom tênis, e roupas apropriadas para atividade física. O protetor solar é um item indispensável, e claro muita água, é extremamente importante se manter hidratado em atividades assim. “A trilha traz benefícios para saúde física e mental. O contato com a natureza promove relaxamento, diminui o estresse, aumenta a resistência muscular”. Segundo Thais Gomes, a menos que você tenha alguma doença preexistente, A prática esportiva tem muito mais benefícios do que malefícios. Está aí, vários conselhos de quem entende do assunto, então aproveitem ao máximo o a cidade maravilhosa tem para oferecer, e não esqueçam de fotografar bastante. Seus seguidores nas redes sociais aguardam ansiosamente para curtir a suas próximas aventuras.

Dois coraçoes e um só destino.


MODA

Camisas de times europeus vêm obtendo cada vez mais espaço no cenário carioca FERNANDO • soareso200@gmail.com IGOR •igorvieira8@gmail.com

O maior colecionador de camisas de time da favela Dona Marta, nos conta o que o atraiu a esse hobby que acabou se tornando parte da personalidade do mesmo, além da mudança no panorama dos fanáticos por futebol na cidade, em que camisas de time de fora do Brasil vêm cada vez mais sendo presenciadas.

O brasileiro sempre foi um apaixonado por futebol e acompanha seu respectivo time com uma devoção indescritível. E no Rio de Janeiro não poderia ser diferente, ainda mais possuindo quatro times grandes, fato que só acontece na Cidade Maravilhosa. E a tradição de usar a camisa do seu time após uma vitória marcante, ou apenas demonstrar seu amor pelo clube ao envergar a mesma para que todos possam saber o quanto você é devoto às cores do seu time de coração sempre foi recorrente por aqui. Porém, o futebol, movimentando cada vez mais dinheiro adquiriu um espaço ainda maior por aqui. Os campeonatos internacionais, que não costumavam ser transmitidos com tanta frequência, foram adquirindo maior espaço na grade de programação dos canais esportivos. E com isso surgiu o fenômeno de acompanhar o futebol europeu com mais regularidade. E pelo fato do futebol do velho continente possuir muito mais dinheiro, significa necessariamente que o futebol jogado na Europa tem condição de contratar os melhores jogadores, tendo um estilo de jogo muito mais atraente do que o praticado aqui. E com isso inevitavelmente os brasileiros

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começaram a acompanhar o futebol europeu e inconscientemente escolhendo times de fora, se autodeclarando torcedores dos mesmos. E para nos ajudar a compreender esse fenômeno recente que vem tomando conta da cidade, pedimos a contribuição de Marcos Junior, maior colecionador de camisas de time de sua região, residente na favela Dona Marta, e eles nos passa seu ponto de vista. Segundo Mauro, uma das razões que levam a essa prática, é a admiração que os jovens da comunidade nutrem em relação aos DJs que comandam os bailes frequentados pelos moradores, os tendo como referencia e um espelho, no qual eles podem se inspirar como uma alternativa ao mundo do crime que os cercam. - Mc’s, funk e rap. Os Mc’s do Rio começaram a usar muito essas camisas, crianças de favela se inspiram muito neles, aí pede pro pai, pede pra mãe, trabalha pra comprar e começa a usar, aí se sente bem por que tá usando a mesma camisa que o Mc tá usando- comenta o colecionador. •. E são inúmeros os motivos que levam a esses fanáticos por futebol a aderirem essa nova tendência. A relevância que o Barcelona obteve por aqui foi por muito tempo devido ao estilo de jogo

Jornal da Pinheiro • ano 12 • 2019.2• nº 41

alegre e totalmente brasileiro que estava adormecido por algum tempo que foi trazido de volta pelas jogadas geniais de ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho, que recolocou o Barça no mapa dos maiores times europeus e levou muita gente à torcer pelo clube catalão, com suas jogadas imprevisíveis e estilo irreverente, bastante calcado no futebol raiz que praticamos aqui, na base do improviso em terrenos não tão favoráveis, que a imaginação, pensar fora da caixa, é fundamental para levar vantagem em condições desfavoráveis. No caso do nosso convidado, assistir a maior competição de clubes do mundo, a Liga dos Campeões, acabou o atraindo a esse mundo de utilizar camisas de time de fora, competição que contém os melhores jogadores do mundo, cada um tentando trazer a taça para sua equipe. E ele não esconde seu jogador favorito. - Algum clube específico te incentivou a comprar camisa de time estrangeiro? -Não, eu comecei a comprar quando passei a assistir à Champions League, eu via os uniformes, “caraca, aquela camisa ali é maneira, vou comprar aquela camisa ali” aí, pá, comprava! Na outra temporada saía outra camisa maneira, aí foi assim... Sem querer, começou. Acabamos por exportar esse talento que era restrito ao nosso território até meados da década de 1980, em que a seleção brasileira, em quase sua tonalidade eram de atletas de clubes nacionais, entretanto, com o advento da globalização, fomos perdendo nossos craques para o exterior, e até alguns torcedores que não se identificam com clubes brasileiros que se auto intitulam torcedores de times de fora do país. Atualmente os jogadores que exercem esse papel que era exercido anteriormente pelo Ronaldinho são os melhores jogadores dos últimos 15 anos, quem sabe de todos os tempos, Cristiano Ronaldo e Messi. A presença de camisas do Barcelona, clube que o argentino utilizou durante toda sua carreira, e do Manchester United, Real Madrid e agora

Juventus, demonstram com clareza um dos motivos pelo qual os cariocas estão usando mais camisas de time do que costumavam. esse fenômeno trouxe mudanças no panorama do cenário carioca. Ao andar em um shopping ou sentando em uma mesa de bar, podemos presenciar um retrato cada vez mais crescente de pessoas utilizando camisas de fora do país. E Mauro nos conta se ele é adepto dessa prática ou se prefere utilizar camisas de time apenas no ambiente futebolístico. Segundo o mesmo, não existe localização especifica para usálas, e que as veste em qualquer ocasião. - Eu uso a qualquer hora, eu vou ali comprar um pão, eu tô usando uma camisa de time, vou na rua, uso camisa de time, no shopping, no cinema, vou pra baile, saio, vou ali na rua com os amigos, uso uma camisa de time. Essa é a nova tônica dos amantes do futebol. E algo que era mais frequentemente observado ao praticar a tradicional “pelada”, para mostrar com orgulho a camisa que você recentemente adquiriu, como sinal de que você realmente gosta e acompanha futebol, pode ser visto em momentos casuais, em que roupas sociais eram a pedida habitual. Porém nem todas as opiniões são favoráveis a esse hábito. Relatos em redes sociais, em maioria do público feminino, abominam essa prática, argumentando que esse visual mais largado não condiz com a situação em que eles estão inseridos, e que elas gostariam de algo que fizesse jus ao processo que elas levam na hora de se arrumar. Porém, Mauro prefere não dar ouvidas a esse tipo de crítica, e manda um recado as pessoas que condenam a pratica em que adere. -As pessoas que condenam não têm nada pra fazer. Porque isso aí não é apologia a nada, é só uma moda, se a pessoa gosta de usar ela tem que usar. Não é porque as pessoas criticam que ninguém vai usar cada um com a sua moda. Eu gosto e uso, se você não gosta você não usa problema seu.


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