Jornal da Pinheiro nº30

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 10 | 2016.1 | nº 30

RIO 2016: Brasil em busca do ouro inédito no Handebol Especial completo sobre a origem do esporte no mundo, a chegada e difusão no país e informações sobre as seleções masculina e feminina que tentam nestes Jogos Olímpicos alcançar medalhas na modalidade. Conheça a preparação dos times brasileiros para o maior evento esportivo mundial p.05

Palestra sobre Intolerância Religiosa A palestra foi iniciada com o documentário Intolerância Religiosa de Jorge Mautner. Foi possível ver relatos de vários líderes religiosos e autoridades. Com o ponto de vista de cada religioso vemos que é uma grande ignorância existir a falta de respeito com a religião do próximo e o documentário nos faz abrir a mente para as diversidades religiosas.

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Veja mais... Educação Pública no Brasil p.03

Muito tricô no frio p.07

Caos na saúde da Cidade Olímpica Na busca pelo ouro olímpico inédito nos Jogos Rio 2016, as seleções masculina e feminina de Handebol do Brasil aproveitam competições para a preparação. A equipe feminina iniciou o atual ciclo com a conquista do título mundial em 2013, na Sérvia. Foto: CBHb/Divulgação

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Jovem empreendedor aposta em sustentabilidade e transforma albergue

Editorial Na historia da humanidade a intolerância religiosa fez e continua fazendo parte de muitos conflitos e guerras. A mistura cultural de raças vem aumentando com o passar dos tempos. No Brasil a intolerância religiosa existe, porém não tão forte como em outros países onde grupos se reúnem para manifestarem seus ideais contra outros grupos religiosos. Casos isolados ocorrem pelo nosso território, com as muitas culturas que existem em nosso país, é notável a grande mistura de crenças no mesmo grupo social, onde isso em certos lugares é inimaginável ocorrer, exemplos de países que seguem o Islamismo. A intolerância já é algo que não é bem aceito, seja ela contra a etnia, orientação sexual ou crença, para que não tenhamos um Brasil extremo é preciso que nossa legislação cubra todos os tipos de conflitos e que as penas sejam bem severas, porque quem age contra a liberdade de expressão comete um crime contra a nossa Constituição. Contudo é preciso educar nossas crianças e tentar conscientizar alguns adultos a respeitar as diferenças religiosas, ensinando desde cedo o respeito, teremos adultos capazes de amar uns aos outros sem notar as nossas diferenças, fazendo assim um mundo melhor para viver.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Ana Freitas, Carlos Gabriel Gilla Silva, Eduardo da Silva, Elise Duque, Gustavo Damasceno, Izadora Araújo, Karolen Passos, Leandro Bezerra, Leandro Damasceno, Magda Pinheiro, Monique Meirelles, Roberto Alves, Sinay Alexandre, Stéphanie Marmeroli, Viviane Alexandre, Viviane Mathias. Diagramação: turma de 7º da discciplina Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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Bem decorado e divertido, o albergue atrai jovens de todas as partes do mundo, apostando na sustentabilidade , jovem empresário contribui para um mundo melhor. FOTO: KAROLEN PASSOS

CARLOS • gabrielgilla@gmail.com KAROLEN • karolen.passos@gmail.com

Dentro da comunidade da Babilônia(Botafogo) e do Chapéu Mangueira(Leme), entre ruas e ladeiras, existe um albergue chamado Babilônia Rio Hostel. O lugar atrai os turistas pela vista privilegiada da cidade maravilhosa e pelo atendimento da equipe. Entretanto, o hostel se destaca devido a outro fator. Eduardo Teixeira, 29 anos, dono do albergue, era alpinista industrial antes de resolver se aventurar no universo hoteleiro, “Fui parando de trabalhar com o alpinismo aos poucos e dando mais atenção ao empreendimento. As coisas foram acontecendo com o tempo.”, conta sobre quando decidiu deixar a profissão. Ele disse que foi ao longo do tempo que descobriu que queria ser empresário, “Foi realmente perceber a oportunidade e agarrar a ideia”. O jovem empreendedor, inspirado por tendências europeias e relatos de que há bairros e cidades, na

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Alemanha e na Bélgica, com foco em ações sustentáveis, decidiu modificar o ambiente que comanda. Em perfect timing, momento perfeito, ele instalou calhas para recolher água da chuva, descargas de ecofluxo, ou seja, duas opões de fluxo, lâmpadas de led, 20 painéis solares e transformou o albergue em um verdadeiro hostel sustentável em tempo para as Olimpíadas, cujo tema é sustentabilidade. “Sem dúvida. Deu uma motivação a mais. E acredito que abriu mentes também.”, ele conta quando questionado se as Olimpíadas o animaram a realizar o projeto. Em seguida revelou, orgulhoso, “80% da energia que utilizamos hoje é produzida pela gente”. Eduardo diz que, além do benefício financeiro, o fato do albergue ser sustentável ajuda na imagem e no marketing do mesmo, o que atrai mais turistas. “Fiquei impressionado ao chegar aqui e descobrir sobre a infraestrutura do hostel. Achei incrível!”, revela

Tom Einssfeld, turista alemão de 25 anos que ficará uma semana hospedado no Babilônia, “O que o Eduardo fez é inspirador e outros hotéis deveriam também investir na sustentabilidade.” O albergue tem 95% das vagas preenchidas, “Estamos a mil! Fazendo melhorias, trocando as últimas lâmpadas fluorescentes por spots de led e modernizando tudo. Queremos dar um conforto ainda melhor, além de chegar a 100% de luz de led, organizar eventos e passeios ecológicos.”, disse animado. O Babilônia Rio Hostel está localizado próximo a Praia de Copacabana, a 10 km do Aeroporto Santos Dumont e 12 km da Rodoviária Novo Rio. Fica na Ladeira Ari Barroso, nº 50, Leme. O acesso é possivel andando, de Mototáxi, Uber ou Táxi. Para saber mais informações é só entrar no site www.babiloniariohostel.com.br/, pelo telefone +55 21 3873-6826 ou o e-mail contato@ babiloniariohostel.com.br.


EDUCAÇÃO

Educação Pública no Brasil

País que teve como slogan de “Pátria Educadora” passa por crise, na área da educação ANA FREITAS • anaelizsilva2gmail.com ROBERTO • bigbertx@yahoo.com.br

Mesmo com o slogan do segundo governo de Dilma Rousseff: “Brasil, Pátria Educadora”, com desafios e metas para o Brasil, como a universalização do ensino, a alfabetização na idade certa e demandas latentes como a reformulação do ensino médio. O país, que enfrenta uma grave recessão causada pela má administração de gastos públicos, tem na educação um dos graves problemas atuais. Devido a esses fatores, houve uma explosão de movimentos “ocupa escola” em estados como São Paulo – desde o ano passado – e Rio de Janeiro, neste ano. Alunos e professores têm reivindicado melhorias nas condições insalubres e sem merenda. Nas duas cidades, professores entraram em greve devido ao nãorecebimento do 13° salário, que precisou ser parcelado. O professor da rede estadual fluminense, Guilherme Freire, lembrou o dia a dia dos profissionais: “Precisamos dar aula numa sala com 40 alunos, sem condicionadores de ar e mesas e carteiras em péssimo estado. Até o conteúdo das grades escolares desvalorizam o pensamento crítico, tornando nossos alunos medianos e não-contestadores”, afirma. Ainda, de acordo com ele, os docentes que apoiam tais movimentos, desejam mudanças que vão além do aumento de salários, lembrando do verdadeiro porquê da sua profissão – os alunos. O governador do Rio, Luís Fernando Pezão (que está se recuperando de um câncer nas

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Pixação feita na escola Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, uma das pioneiras nas ocupações escolares

células T), afirmou, no mês de fevereiro, que um dos motivos da crise é o preço do Petróleo e a baixa arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), causando um déficit previsto para 2016 de 19 bilhões de reais. As demandas dos alunos são atendidas aos poucos. Paloma Falcão, 17 anos,, estudante do Colégio Herbert de Souza, na Tijuca disse: “Nós seguiremos na luta, pois são nossos direitos e nossa escola!” Questionada sobre o estado da instituição ocupada, ela afirma que melhorias são necessárias e devem ser estendidas além das atividades acadêmicas. Em São Paulo, as manifestações tiveram início em outubro do ano passado, quando alunos tomaram as ruas para protestar contra o plano de reforma proposto pelo governador Geraldo Alckmin. No fim do mês de

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maio, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), aprovou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a máfia da merenda escolar. De acordo com o Ministério Público, a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (COAF) assinou cerca de R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, além do governo estadual para o fornecimento de alimentos para a merenda nos dois últimos anos. Para os promotores, parte do valor era usado em pagamentos de intermediários e servidores públicos que facilitavam ou fraudavam licitações beneficiando a COAF. O caso veio à tona em janeiro e as investigações seguem na Alesp.

De 76 países, o Brasil ocupa a 60ª posição no ranking de qualidade de educação segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Outro fato negativo foi o resultado do Ensino Nacional do Ensino Médio (ENEM) do ano passado, em que 529 mil redações tiraram nota zero – e somente 250 candidatos alcançaram nota máxima (0,004% do total).


CULTURA

Humberto Gessinger reúne todos os sucessos de estrada em sua mais nova turnê, Louco Pra Ficar Legal Cantor conta como a forma de ritmizar algumas canções vem mudando SINAY ALEXANDRE• sinay_kpv@yahoo.com.br MAGDA PINHEIRO• magpinnog@gmail.com

Música boa (ou não) é sempre sinônimo de cultura, arte, expressão... e nada melhor do que um cantor com uma carreira de 30 anos para falar um pouco da sua trajetória nesse mundo cheio de diversidade. Humberto Gessinger reúne todos os sucessos de estrada em sua mais nova turnê, Louco Pra Ficar Legal. O músico passou pelo Rio para apresentar a nova tour e nos contar um pouco mais sobre esse novo projeto, que envolvem sucessos do início da carreira - época em que integrava o Engenheiros do Hawaii – e os mais recentes, como o solo “InSULar”, fala, também, sobre a relação com fãs, além das mudanças que ocorreram na sua profissão. Reavivar canções de outros projetos, além do Engenheiros, na turnê “Louco pra Ficar Legal” é algo que Gessinger pretende. A ideia é dar uma geral bem ampla na carreira, pois a tour, a InSULar, estava super comprometida com o disco mais recente. Esse é um dos motivos da nova turnê. Humberto Gessinger vem ritmando algumas canções de uma outra forma. Segundo ele o objetivo é resgatar a regionalidade. “Tem um pouco dessa vontade, que sempre teve no meu trabalho... mas agora ficou mais explícita. Comecei a trabalhar com o Rafael Bisogno, na bateria, e que é um percussionista que tem a manha dos ritmos regionais e trabalha com o pessoal da música nativa. Essa é uma vontade que eu sempre tive e agora ficou mais vigente. O cantor ainda ressaltou que serão lançadas versões físicas para a turnê “Louco pra ficar Legal”. Sairá em vinil, formato pelo qual o cantor possui muito carinho e o faz lembrar

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quando criança por possuir este formato na sua casa. Gessinger ainda comentou sobre o sentimento ao ser indicado ao Grammy Latino de 2015 com seu primeiro trabalho solo, o InSULar. Isto fez com que pensasse um pouco sobre o reflexo do seu trabalho com os fãs. “É bacana eles se sentirem dono do trabalho, por ser ao vivo. Então eu comecei a me emocionar no caminho, foi legal pra caramba, uma honra. Isso já tinha acontecido uma vez comigo, com o “Simples Coração” (álbum do Engenheiros, de 1995), e agora de novo. Curti mais dessa vez.” Além de fazer boa música, o multi-instrumentistatambém escreve. Seu último livro

Guessinger na turnê Louco Pra Ficar Legal.

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lançado foi o “Seis Segundos de Atenção”, que já é o quinto de sua autoria. Ele diz ter gostado muito da experiência de lançar os escritos e pretende continuar agradando os seus fãs com livros. “A palavra “escrito”, é até anterior a palavra “cantado” na minha vida. Mas comecei lançar antes discos, do que livros. E acho muito legal, é um ambiente diferente dos shows. O show é cercado de tanta adrenalina e uma energia selvagem. Na literatura, eu ouço pessoas que me ouve há anos dizerem que se sentem mais próximos, um pouco se deve a maneira como escrevo, mas mais ao formato, a literatura dá essa impressão real de proximidade que eu gosto muito. Eu pretendo manter

esses lançamentos. Não tenho nada pra um futuro muito próximo... Até estou escrevendo alguma coisa, mas vai levar mais tempo pra concluir.” Com 30 anos de estrada, status, projetos, o cantor afirma que ainda não conseguiu lançar tudo o que queria em termos de música. Para ele ainda falta aprender a tocar como ele sonha um dia. De maneira poética, diz ser fundamental manter essa insatisfação e nunca achar que chegou em algum lugar. “É importante manter o coração de iniciante, de amador.. falta tudo a fazer, e espero ter bastante tempo para realizar uma fração desse tudo...”


CAPA

Esportes Olímpicos: a origem do Handebol no mundo e a preparação da seleção brasileira para as Olimpíadas Rio 2016 EDUARDO SILVA • edusacer@yahoo.com.br LEANDRO CHAVES • leandrochavesd@gmail.com

disputou o Mundial da Dinamarca e a equipe masculina vai disputar o PanAmericano da Argentina, em junho. O técnico da seleção Feminina, o dinamarquês Morten Soubak, está à frente da equipe desde 2009. Para ele, desde o início o trabalho seria um processo longo e demorado. “Nossa melhora até aqui foi positiva. No Mundial disputado em São Paulo, no ano passado, tivemos a ideia de que podemos brigar com os melhores. Mostramos que nós temos capacidade. O sonho de brigar por uma medalha nessa Olimpíada continua”, disse o treinador.

Seleções masculina e feminina de handebol utilizam competições e amistosos como preparação para os Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto no Rio de Janeiro. Na esquerda, o central João Pedro da Silva. Na direita, a ponteira Alexandra Nascimento. Foto: CBHb/Divulgação

Praticado na Grécia Antiga e citado por Homero em “A Odisseia”, o jogo de “Urânia” era praticado com as mãos, utilizava a bola do tamanho de uma maçã e não havia balizas. Em 1848, o professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup um jogo denominado “Haaddbold” e determinou suas regras Na mesma época, os tchecos jogavam algo semelhante denominado “Hazena”. Todavia, o handebol como se joga hoje foi introduzido na última década de 1800, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol. Em 1919, o alemão Karl Schelenz fez uma reformulação, alterou o nome para “Handball” e levou a modalidade para a Áustria e Suíça, além da Alemanha. Na década de 1920, o diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou a modalidade como desporto oficial. Em 1927, uma reunião realizada no Comitê de Handebol da IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) definiu as regras alemãs como oficiais e motivou o pedido de inclusão do esporte

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no programa olímpico durante a 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizado no mesmo ano. O COI decidiu, em 1934, que o handebol seria uma das modalidades disputadas nos Jogos Olímpicos de Berlim, realizada em 1936. HANDEBOL NO BRASIL

O handebol chegou ao país junto com os imigrantes da colônia alemã, no início da década de 1930, e ficou restrito a São Paulo até os anos 1960. Em 1971, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros e, assim, o esporte disseminou-se em todo o território nacional. No ano de 1973, foi disputado o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte, iniciouse a competição para adultos. A 1ª Taça Brasil de Clubes foi realizada em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). HANDEBOL BRASILEIRO NOS JOGOS OLÍMPICOS

O handebol do Brasil estreou em Olimpíadas em 1992, nos jogos de

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Barcelona, quando a seleção masculina concluiu sua participação em 12º lugar. Na edição seguinte, em Atlanta, ficou em 11º. Com o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, a equipe feminina se classificou pela primeira vez para os Jogos Olímpicos e alcançou um expressivo oitavo lugar. Em Londres 2012, o Brasil afirmou seu lugar no cenário internacional quando a seleção feminina se classificou para as eliminatórias após garantir o primeiro lugar na fase de grupos. Esta foi a melhor campanha da modalidade na história dos Jogos Olímpicos. Ao final da competição, a equipe encerrou o torneio em sexto lugar e superou a sétima colocação conquistada quatro anos antes, em Atenas. PREPARAÇÃO E EXPECTATIVA PARA OS JOGOS RIO 2016

Segundo a CBHb, a preparação das seleções que visa os Jogos Olímpicos está a todo vapor. No feminino, o Brasil foi campeão mundial em 2013 e tem utilizado amistosos e campeonatos internacionais como parte da preparação. Antes dos Jogos Olímpicos de 2016, a seleção feminina

No masculino, a preparação é semelhante. O treinador espanhol Jordi Ribera comanda a seleção desde 2012 e faz um trabalho de renovação. Em 2013, o Brasil conquistou a melhor colocação da equipe em mundiais, 13º lugar, e fez ainda boas partidas no mundial do Qatar disputado em 2015. O central das seleções adulta e júnior, João Pedro da Silva, de 21 anos, atualmente jogador do Chambery, da França, ressaltou o crescimento da modalidade no país e como é importante a experiência adquirida pelos jogadores nos clubes europeus. “O handebol brasileiro está em uma crescente nos últimos anos e ganhou muita força e representatividade. Nos últimos pan-americano e mundial, nossa defesa adquiriu um padrão internacional. Isso se deve ao fato de muito dos nossos jogadores estarem em clubes europeus. Assim, a troca de experiências se torna um fator importante”, ressaltou o jogador. Para Vitor Domingos Martinez, diretor de seleções da Confederação Brasileira de Handebol, existe uma real expectativa sobre a colocação do país nos Jogos deste ano. “Sabemos que nossas seleções têm totais condições de brigar por uma medalha e vamos seguir dando todo o suporte para isso. Vamos continuar com nosso planejamento para cumprir essa expectativa”, concluiu o diretor.


ESPECIAL

Intolerância Religiosa é tema de debate na Faculdade Pinheiro Guimarães GUSTAVO QUEIROZ • gustavo-499@hotmail.com

Palestra sobre Intolerância Religiosa na FPG. Foto: Reprodução

Ocorreu no dia 19 de maio no auditório da Faculdade Pinheiro Guimarães a palestra sobre intolerância religiosa. Mediada pelos professores Gutenberg Barbosa e André Luiz. Os convidados falaram abertamente sobre a questão da religião e a sociedade. Uma palestra muito agradável com a participação dos alunos e internautas que puderam interagir com perguntas feitas através do Facebook. A palestra foi iniciada com o documentário Intolerância Religiosa de Jorge Mautner. Foi possível ver relatos de vários líderes religiosos e autoridades. Com o ponto de vista de cada religioso vemos que é uma grande ignorância existir a falta de respeito com a religião do

próximo e o documentário nos faz abrir a mente para as diversidades religiosas. Uns dos pontos mais interessante aconteceu no início com a desmitificação do presidente da Academia Brasileira de Filosofia João Carlos Moderno a respeito de ser católico e Cavaleiro do Vaticano. Ele esclarece que vários filósofos seja de qual época for acreditavam num Deus ou deuses. Houve a participação do reitor da Faculdade Pinheiro Guimarães, professor Armando, que trouxe a visão de um religioso e não de líder ou teólogo. Muitas pessoas com a palestra puderam rever alguns conceitos a respeito de religiões que não conheciam, e uma semelhança que existe em todas as religiões é a disseminação do amor.

RIO

Cariocas sofrem com falta de mobilidade durante Rio 2016 VIVIANE • email@email.com IZADORA • email@email.com

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iante das informações divulgadas pela Secretaria de Transportes do Município do Rio de Janeiro, a vida de quem vive no Rio vai ser, possivelmente de muito sufoco entre os dias 05 e 20 de Agosto de 2016, período de realização dos Jogos Olímpicos na cidade. O esquema especial planejado pela prefeitura, conta com a utilização de cartões especiais de passagem, durante o período do evento, ou seja, moradores e turistas só poderão viajar nas composições do Metrô, BRT e ônibus municipais de posse dos cartões especiais. A opção vai também pesar no bolso,

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pois os valores dos cartões ficaram fixados em R$ 25 diária, R$ 70 para o uso de três dias e R$ 120 para um cartão com validade por uma semana, preços em meio à crise financeira que assola o país, bem salgados. Fora que os cartões especiais só podem ser usados no metrô, BRT, ônibus da frota municipal do Rio e na estação Praça XV das barcas, os cartões só servem para uso dentro do município do Rio de Janeiro. Mesmo que o cidadão possua seu cartão bilhete único normal, no período dos jogos, ele não vai ser aceito nas catracas de metrô, BRT e ônibus. A estudante Mariana Rolin, 24 anos, moradora do bairro

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do Rio Comprido, trabalha no Centro e já se diz preocupada: “Minha esperança é que no escritório que trabalho se faça pelo menos um esquema de escala durante os jogos, saber que não posso me locomover pela cidade já me deixa tensa. Faço uso diário do metrô e ônibus, não tenho condições de arcar financeiramente com esses cartões especiais de passagem. O justo já que não querem muita gente na rua, seria decretar os feriados, porque assim ninguém realmente ia precisar pegar transporte público, que na nossa realidade já nos atende muito mal. A prefeitura teria que ter pensado em alternativas que não prejudicasse a população”, diz

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MODA

Muito tricô no frio MONIQUE • email@email.com VIVIANE ALEXANDRE • email@email.com

Inverno é estação em que as pessoas se vestem de forma mais elegante e por que não artesanal? Roupas de tricô é um charme, além de aquecer em temperaturas mais baixas, podendo ser usado tanto para o dia quanto para à noite.

O tricô veio com tudo no inverno e tem sido o queridinho para os estilistas nas passarelas, para as famosas e nas ruas. A peça que ficou guardada no armário por um longo tempo e agora virou tendência, fazendo sucesso com o público feminino, deixando de ser roupa feita por vóvó e se tornando uma peça cobiçada pelas mulheres, ficando super em alta. Segundo a design de moda, Thamires Davi, o tricô pode ser usado por mulheres de todos os tipos, podendo combinar as peças com assessórias e sapatos para não chamar atenção. “Clássicos cardigãs, suéteres e vestidos de tricô estão em alta, em tons de

preto, azul marinho, vermelho sangue, cinza, incluindo marrom e o próprio nude” (Thamires Davi) Ela dá dicas das variadas formas de usar roupas em tricô: “ Pode ser combinado com qualquer peça de roupa, de acordo com estilo de cada uma. À noite, o tricô pode ser utilizada com calça jeans. Outra apaixonada pelo tricô é Joyce Chaffin, blogueira e personal stylist, acredita que o tricô nunca saiu de moda e sempre usou e abusou por, justamente, achar a peça chique, com ar romântico, além de possibilitar combinações: “ Tricô no Inverno é fundamental, algumas peças antigas podem ser reformadas e tingidas modernizando a roupa, alguns estilistas como Ronaldo Fraga e Lily Sarti foram destaques som seus looks em tricô usaram técnica de malharia refinada no último des-

file do São Paulo Fashion Week coleção inverno) Joyce Chaffin. Outra dica de Joyce Chaffin são as polainas que parecem meias “amontoadas” que vão ate a canela, que ficam no espacinho entre o sapato e a calça, combinam com roupas esportivas e formais dando um ar despojado e confortável.

Blusas de manga em tricô

Polainas com tênis Joyce Chaffin aposta em cores alegres com misturas de texturas para o dia e tons neutros para à noite. Casacos com braços e comprimentos maiores, blusas com golas altas modelo mais conhecido como Maxi tricô, podendo adequar de acordo com estilo. Confira algumas os looks em tricô: Sobretudo com vestido Tricô chegou para ficar e atraiu o gosto das mulheres por ser uma roupa confortável e super estilosa se tonando a peça de moda é indispensável para o inverno deixando de ser um vestuário antigo da vovó.

j Personal Sttylits Joyce Chaffin usando vestifdo em tricô

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SAÚDE

Caos na saúde da Cidade Olímpica GUSTAVO • gustavo-499@hotmail.com LEANDRO LIMA • leandro_lima16@hotmail.com STEPHANIE • smarmeroli@gmail.com

O Brasil atravessa nos dois últimos anos um caos político e uma crise financeira que talvez nunca tenha passado e os prognósticos para os próximos anos não são esperançosos. A crise que vivemos atualmente não é justificativa para a crise na saúde pública que temos hoje. Desde a época quando tínhamos o título de “O país do futuro” a saúde pública juntamente com a educação já eram vergonhas nacionais. Em todas as eleições as promessas são sempre as mesmas. Quando a questão é saúde, seja no interior do país ou nos grandes centros o caos na saúde se faz presente. Pacientes se alojam nos corredores dos hospitais por não existirem leitos suficientes. Não realizam exames por falta de equipamentos e muitas vezes faltam medicamentos. Infelizmente a questão não é só falta de investimento na saúde, o desvio de verba pública é o maior inimigo da população brasileira. A estudante Eduarda Dias (27), ela passou por alguns hospitais públicos na busca de uma internação para a avó Lucília dos Santos (89) que faleceu pouco tempo depois de ter conseguido realizar o exame necessário e a cirurgia. Ela se mostrou indignada quando perguntamos o que mais a chocou nos hospitais que passou com a avó, “Minha avó ficou em condições desumanas no Hospital Miguel Couto. Banheiros sujos, cadeiras de banho em péssimas condições, inclusive sujas de fezes, atendimento péssimo da parte de enfermeiros que pareciam serem despreparados ou até mesmo desmotivados pelas condições de trabalho. Vi falecer

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idosos no corredor aguardando um leito para internação, mas mediante a tantos relatos, o que mais me deixou chocada foi a médica que não entendeu meu nervosismo ao ver minha avó sentir dor e aguardando um medicamento há mais de 16 horas. Simplesmente foi até minha avó e perguntou onde doía. Minha avó não conseguia mais raciocinar de tanta dor, e então eu protestei pra explicar. Nas palavras da médica minha avó não era um caso grave, minha avó não estava desfalecida, estava lúcida e portanto podia esperar mais tempo. Minha avó tinha 89 anos, como não era grave?” disse Eduarda. Eduarda nos contou quais foram os hospitais que passou antes de sua avó realizar a cirurgia “Estive com ela na UPA de Duque de Caxias, mas não tivemos o atendimento necessário, depois estivemos no Hospital Moacyr do Carmo, também em Duque de Caxias, onde, por ironia do destino, ela aguardava na fila de espera pela cirurgia que teve que fazer às pressas antes de seu falecimento. Depois a levamos num médico particular. Ele fez uma declaração, relatando a urgência de uma internação. Apresentamos essa declaração no Hospital Miguel Couto – Leblon, onde ela ficou “internada” em uma cadeira na sala de medicamentos, sem nenhum conforto e em condições desumanas. Depois foi transferida para um exame no Hospital Lourenço Jorge – Barra da Tijuca e lá permaneceu internada até seu falecimento.” O Rio de Janeiro, tido como Cidade Maravilhosa, é uma das cidades brasileiras que mais sofre com o descaso na saúde pública.

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Pacientes aguardam por horas um atendimento nos corredores do Hospital Miguel Couto

Reportagens com denúncias aparecem sistematicamente. Em dezembro de 2015 o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, Dr. Jorge Darze fez a seguinte declaração ao portal de notícias R7 “O Rio de Janeiro está quebrado, falido”, Disse ainda que o governo recebeu apoio da prefeitura e Ministério da Saúde, mas o dinheiro simplesmente evaporou, porque não houve mudança no estado da calamidade.

Fila extensa na entrada do Hospital Miguel Couto


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