Jornal da Pinheiro nº23

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 7 | Nº 23

Rio alcança 3º melhor nota e sobe 11 posições no Ideb

Com nota 3,6, as escolas estaduais do Rio superaram a meta estabelecida pelo MEC, que era de 3,3 Foto: Marcia Costa

Educação:

Conheça o Autismo Primeiros sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, porém o mais comum são os sinais se evidenciarem antes dos três anos de vida.

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Veja também... Esporte:

Macaé conquista título e garante vaga na segundona de 2015

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De acordo com a Seeduc-RJ, 41 escolas foram feitas e outras 12 reformadas. Em 2014, 14 novas unidades foram entregues á população

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DEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) aponta que a rede estadual de ensino do Rio de Janeiro alcançou em 2013/2014 a 3ª melhor nota (3,66) no ranking. Apenas Goiás, com 3,8; e São Paulo e Rio Grande do Sul,

com 3,7; ficaram à frente do Rio de Janeiro. No período 2009/2010, o desempenho do Rio era o 26º colocado. Assim como em 2011, o Rio de Janeiro subiu, novamente, 11 posições na classificação, saindo de 15º há dois anos para a 3ª posição.

De acordo com a SEEDUC (Secretaria de Estado de Educação) algumas medidas foram adotadas para que o Rio subisse 11 posições no ranking Nacional. Uma delas é o programa “Dupla Escola” que possui uma metodologia diferenciada.

Arial 18pt, negrito Arial 14pt, negrito p. XX Arial 18pt, negrito Arial 14pt, negrito p. XX


O que fazer nas férias? Intercâmbio, uma boa

Depois da última matéria publicada neste jornal sobre a dúvida dos jovens em qual carreira seguir, agora vem se aproximando o período de férias e outra dúvida acaba surgindo, o que fazer neste período de descanso? Uma matéria que será apresentada neste editorial é o intercâmbio estudantil com entrevistas, informações e orientações para os universitários. Além disso, o jornal criado pelos alunos da disciplina de Jornal Laboratório do 7° período da FPG - Faculdade Pinheiro Guimarães de Jornalismo contará com matérias sobre temas da atualidade com notícias sobre política, educação, tecnologia, esportes e dicas de cultura e lazer. A proposta do jornal erá a integação da notícia com o cidadão. A representatividade que tentamos criar foi a onipotência da informação, sendo proclamada como a democracia do conhecmento. Todo o material contido no jornal foi feito com empenho, estudo e esforço. Com a democratização da noticia, tentamos criar notícias de todos os gostos sem restrinções, todas as matérias foram executadas com a intenção de atrair todos os tipos de leitores. O foco do jornal foi evidenciar informações claras e precisas abordando todos os assuntos de forma transparente, sucinta e honesta. O jornal foi desenolvido passo a passo e com muito cuidado e dedcação, honrando as tradições do Jornalismo.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Nigangi Belone, Gustavo Esteves, Pedro Igor, Raphael Fedoci, Camille Rodrigues, Joyce Nogueira. Thiago Lima, Marco Antônio, Fábio Souza, Willians Rodrigues, Nathally Melo, Lucileide Ramos, Rangel Andrade e Daniela Genuncio Diagramação: Turma de Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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Jornal da Pinheiro • ano 7 • nº 23

Cada vez mais os jovens buscam experiência no exterior para se destacar no mercado de trabalho

GUSTAVO• gustavoesteves91@hotmail.com NIGANGI • nbelone1@gmail.com

Atualmente, muitos jovens aderiram a ideia de realizar um intercâmbio com o intuito de ter uma carreira profissinal de sucesso e bem remunerada. A partir da década de 90, especialmente, o sonho de muitos universitários se popularizou e ficou bastante conhecido. Hoje em dia, quando falamos em intercâmbio, pensamos imediatamente em passar uma temporada no exterior, seja trabalhando ou estudando, mas o intercâmbio pode representar muito mais do que isso, além de ser uma oportunidade única, também pode se tornar um divisor de águas na carreira profissional do estudante. Para muitos, o intercâmbio representa apenas uma experiência profissional, mas para o estudante Guinju Tanaka, o programa serviu também para ajudar na fluência de outro idioma. - Foi uma ótima experiência, principalmente porque o uso diário do idioma possibilita uma fluência que seria quase impossível de adquirir apenas frequentando curso de línguas no Brasil. Optei por participar do programa de seis meses de duração em uma High School (Ensino Médio) e pude sentir na pele a experiência da cultura americana – concluiu o jovem. Neste caso, o intercâmbio foi importante a nível cultural e de formação, mas grande parte dos jovens universitários também procuram esses intercâmbios mais longos, onde se pode conviver com as famílias do país específico e aprender uma nova perspectiva e visão cultural, entre os valores sociais de cada país. Com a indecisão batendo a porta dos postulantes, a Diretora Regional do programa de intercâmbio “World Study”, Michelle Werfer, acredita que não existe o intercâmbio ideal, o que se deve levar em conta é a certeza de que cada estudante tem para si. - Intercâmbio é uma coisa muito ampla. Temos mais de 700 opções de programas. Não existe o melhor intercâmbio e sim o melhor intercambio pra você. Mesmo se você especificasse uma graduação, comunicação, por exemplo, eu diria que dependeria do objetivo do aluno.

Se ele quer aprimorar o idioma, se ele quer fazer universidade fora, se ele quer algum curso na área. É muito abrangente. E é muito importante saber que cada um tem um objetivo quando faz intercâmbio – aponta a especialista. Mas após a escolha do curso muitos jovens ainda têm dúvidas sobre como prosseguir, diante disso, notamos a possibilidade de uma grande carreira profissional criada justamente pela oportunidade de se participar de um programa de intercâmbio. Michelle enfatiza a importância de uma experiência internacional para se destacar entre os demais e aumentar a credibilidade diante das grandes empresas. - Hoje, um profissional que fez intercâmbio já sai na frente dos concorrentes. Pois ele ganha resiliência e o aprendizado de viver sozinho, num país estranho, numa língua diferente, não tem preço no amadurecimento desse profissional -. De fato, toda a escolha deve ser bem pensada e feita com muita cautela. Cada programa de intercâmbio deve ser bem estudado e analisado de acordo com as suas necessidades. O estudante Guinju optou pela empresa Experimento e foi acolhido por um host Family (família anfitriã, que recebe o jovem em casa). Diante de tantas oportunidades e vertentes, algumas dúvidas podem pairar na cabeça dos jovens. Já citamos diversos tipos e maneiras de intercâmbio que um jovem universitário pode optar, mas obviamente nem todos combinam perfeitamente com a pessoa interessada. Observando os jovens que ainda pretendem realizar um programa de intercâmbio, boa parte deles ainda têm dúvidas de qual país e empresa deve escolher para enfim, realizar o sonho de construir uma carreira de sucesso. O estudante Carlos Guerra,

ainda está indeciso na escolha do país, mas a internet serviu como uma ferramenta para iniciar o projeto de sua vida. - Nas minhas pesquisas, segundo o que eu vi sendo dito em alguns fóruns online e em alguns sites de intercâmbio, o Canadá e os Estados Unidos são os melhores países para a minha área. A maior indústria de comunicação é a americana e o mercado de intercâmbio no Canadá vem crescendo bastante nos últimos anos, inclusive muitos brasileiros estão optando pelo país – disse o jovem. A especialista Michelle Werfel aponta a importância de um intercâmbio para o aprimoramento de um segundo idioma e a experiência adquirida ao longo do programa. - Intercâmbio vale a pena por qualquer período que você faça. O importante é fazer. É claro que quanto mais tempo você ficar, melhor para o aprendizado, principalmente, do idioma, mas a experiência em si é válida, a partir do momento que você embarca -. Independente de que período da faculdade o universitário esteja, é sempre bom se preparar para o mercado-de-trabalho o quanto antes e, quanto mais cedo conseguir executar um intercâmbio, mais rápido será para arranjar o emprego dos sonhos. Perguntado sobre o que esperar profissionalmente daqui a 10 anos, o jovem Carlos Guerra não titubeou ao dizer que sonha com uma carreira de sucesso. — Pretendo estar próximo da minha realização profissional, com uma boa estabilidade no trabalho e exercendo um cargo de chefia ou próximo disso -. Nos tempos atuais de competitividade imposta pelo capital, é cada vez mais importante a especialização de futuros profissionais, o que resta é se capacitar e nos preparar para sucesso.


EDUCAÇÃO

Conheça o autismo e como ele afeta o desenvolvimento escolar O transtorno que mais atinge os meninos é diagnosticado até os três anos de vida

DANIELA • danielagenuncio@gmail.com NATHALY • melonathally@gmail.com RANGEL • rangel.eu@gmail.com

Segundo

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de pessoas autistas em todo o país chega a dois milhões. No dia dois de abril de 2013, foi lançada a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre os destaques, está criação de projetos voltados para os autistas, além da implantação de centros de assistência e a facilitação do acesso à educação. Um dos maiores desafios dos professores é não tratar com diferença as crianças portadoras da síndrome. É o que conta a educadora, Adriana Gomes, graduada pelo Instituto de Educação e especializada em Educação Especial. - Sabemos que elas necessitam de um tratamento especial. Mas isso não quer dizer que devam ser encaradas como doentes. Temos que fazer o possível para que elas se sintam inclusas, mas não invadidas no seu mundo particular. O autismo é um transtorno que compromete a capacidade de comunicação e desenvolvimento de relações sociais do indivíduo e foi descoberto em 1943, pelo psiquiatra austríaco, Leo Kanner. O diagnóstico tardio pode atrasar o tratamento e comprometer o desenvolvimento do paciente. Ainda sim, os autistas são tratados como “retardados” e até mesmo como portadores de outros transtornos semelhantes: - Algumas pessoas os acham “bobos” ou “lerdos”, eu diria que eles às vezes entendem melhor que muitos adultos, só tem certa dificuldade em expressar da forma com que as pessoas estão acostumadas - através da fala – as crianças especiais desenvolvem habilidades artísticas melhores do que a maioria - diz a professora Adriana Gomes. Um acompanhamento médico faz toda a diferença no tratamento de um autista, principalmente quando o transtorno é diagnosticado

A doença não tem cura, mas o trabalho de estimulação, o uso de medicação e a interação são maneiras de desenvolvimento do paciente, desde criança até a fase adulta. O grau de intensidade do transtorno é que irá definir o tratamento dos pacientes. Aqueles com menor intensidade deverão ser tratados nos Centros Especializados de Reabilitação (CER) do SUS. Já os pacientes com uma intensidade maior do transtorno serão encaminhados para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Autista faz exercícios que são passados durante acompanhamento Foto: Reprodução

precocemente, claro que isso dependerá de um bom médico: - Até o diagnóstico é uma longa caminhada. A partir dos três meses já se pode ter uma conclusão dependendo do médico que venha cuidar do caso da criança. - finaliza a diretora do GRADD (Centro de Referência e Apoio as Desordens do Desenvolvimento) Caroline Kwee. Uma conquista para mães de autistas e profissionais da área: foi sancionada esta semana: a lei onde o autismo será incluso dentro do “rol dos direitos de pessoas com deficiência”. O texto obriga as instituições dos organismos deliberativos municipais a também considerarem o autista como um indivíduo com transtorno invasivo, assim como pessoas de outras deficiências. A Lei altera o artigo 1º da lei 4.285/04, ao incluir o transtorno às deficiências físicas, auditivas, visuais e mentais. A gratuidade nos transportes públicos também serão um direito dos portadores.

Conheça o autismo Os primeiros sintomas do autismo

podem aparecer nos primeiros meses de vida, porém o mais comum são os sinais se evidenciarem antes dos três anos de vida. O Ministério da Saúde divide os portadores da doença em 3 grupos: 1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental; 2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão; 3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superiormenor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.

Segundo dados, crianças autistas são mais aptos para artes. Foto: Reprodução

A doença não tem cura, mas a estimulação é um trabalho fundamental,. Além do uso de medicação e a interação. Esses mecanismos se tornam maneiras que auxiliam no desenvolvimento do paciente, desde criança até a fase adulta. Entre os motivos mais comuns que levam os pais a buscarem ajuda médica estão o constante olhar fixo do bebê e a falta de interesse por outras crianças. Ao perceber esse sintoma em qualquer criança procure um médico. ano 7 • nº 22 • Jornal da Pinheiro

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ACONTECEU NA PINHEIRO

Semana de Comunicação Faculdade Pinheiro Guimarães 28 a 31 de outubro

REPÓRTER • email@gmail.com

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os dias 28 a 31 de outubro, ocorreu a semana de comunicação, na Faculdade Pinheiro Guimarães, situada à Rua Silveira Martins no Catete. Foi um evento organizado pelos próprios alunos. Cada dia um convidado da área de comunicação estava presente para contar sobre seu dia a dia num jornal. Estava presente convidados de várias emissoras e veículos. No 1° dia, tivemos dois convidados falando sobre o mercado de trabalho, a Ana Rodrigues da rádio Tupi e o Sergio Publiese, sócio e produtor da agência Approuch, e estava presente também, a empresa CIEE dando oportunidades aos alunos a se inscreverem para vagas de estágios. Os convidados deram dicas de como ingressar no mercado de trabalho tanto para rádio como para quem vai trabalhar com assessoria, eles deram dicas de como se portar nas entrevistas, ser objetivos naquilo que buscam, como falar e muitas outras dicas. Porém uma das dicas importantes é saber aquilo que quer, a linha editorial que mais se identifica como esporte, sustentabilidade, moda... e estar por dentro dos assuntos da atualidade mais também se informar sobre a empresa que vai trabalhar para que na entrevista consiga mostrar segurança daquilo que fala. No dia 29/10, foi a vez dos convidados Marcus Lacerda coordenador de esportes e projetos especiais do BandNews e Fábio Gusmão editor digital do Jornal Extra, ambos conversaram como foi integrar uma nova mídia no jornalismo. O tema era sobre “Redes Sociais”, Marcus Lacerda do BandNews falou o uso do facebook,twitter e whatsapp no jornalismo, especialmente por ser rádio a dificuldade que encontraram para utilizar esses meios como forma de notícia. Já o Jornal Extra ganhou um prêmio pela utilização do whatsapp para passar informações. Uma das coisas ditas pelo Marcus foi o fato de estar informado sobre a área tecnológica, “navegue sempre, se informe sobre tecnologia, aprenda tudo sobre tecnologia”, pra que eles conseguissem acompanhar a evolução da internet eles adaptaram ela para a rádio e jornal de forma que não se perdesse a forma original da notícia passada nesses veículos.

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Contamos com a presença de Bruna Oliveira (TV Record), Mariana Gross (Rede Globo e Raian Cardosos (TV Record)

Fabio Gusmão nos contou toda a história por traz do whatsapps que hoje é o meio mais utilizados por eles para obterem informações do que acontece no mundo, tanto que hoje eles possuem mais de 26 mil adicionados do mundo todo, pois eles possuem pessoas não só do Brasil como de outros países. 3° dia do evento contamos com a presença de Mariana Gross apresentadora do RJTV da Rede Globo e Bruna Oliveira, Raian Cardoso da equipe investigativa da Tv Record e ganhadores do prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo. Mariana começou nos contando sobre sua trajetória no jornalismo o começo dela na rádio CBN e a experiência que ela adquiriu no decorrer da carreira ingressando na Tv Globo como repórter falou do “susto” quando disseram que ela iria cobrir as férias da Ana Paula para apresentar o RJTV, mais ela disse “É no susto mesmo, não tenham medo. Dá aquele frio na barriga, mas é normal. Todo mundo consegue, a prática nos leva a aprender”, respondeu Mariana. Outro assunto que foi discutido foi sobre as eleições quando ela foi questionada pelos alunos sobre a entrevista do excandidato Anthony Garotinho onde ele acusou a rede Globo de sonegar impostos durante o programa, a apresentadora então contou sem hesitar como foi lidar com aquela situação “Entrevistar candidatos não é fácil por que adotamos um sistema de tratar só de temas polêmicos então, eles

sabem e já vão preparados para uma entrevista difícil. Eu precisei treinar muito, estudar as perguntas que seriam feitas e de certa forma, nós estávamos pronto e já esperávamos por tudo nesta entrevista”, contou. E durante todo o evento Mariana deu muitas dicas pro pessoal que está começando como no final que ela encerrou dizendo “Ninguém deve fazer comunicação para ficar famoso. É um trabalho árduo e requer dedicação. Os caminhos que se abrem pra gente dão voltas incríveis. Eu comecei trabalhando com rádio, nunca havia me imaginado ali e acabei amando. Portanto, experimentem sempre e aproveitem por que o trabalho é maravilhoso. Todos possuem uma chance, basta ter perseverança”, concluiu. O pessoal da Record contou sobre como surgiu a ideia de fazer uma matéria dentro do presidio um dos repórteres é ex aluno da faculdade e mostrou o talento e todo seu empenho no jornalismo e nos contou um pouco como surgiu tudo: “A princípio, não seria uma série de reportagens, mas os temas foram surgindo e resolvemos desenvolver. Em julho nós conseguimos um diálogo com as fontes e começamos a cultivá-las para fazer uma boa entrada no sistema, que tem diversos problemas e burocracias”, contou Raian. “O interessante é que nós fomos pensando que íamos fazer uma coisa e descobríamos coisas que ainda não conhecíamos. Chegávamos ás sete horas

da manhã e saíamos às seis da noite. Conforme fomos conversando com as pessoas que trabalhavam lá, a ideia ia se transformando”, afirmou Bruna. Os alunos se mostraram muito interessados pelo fato de ser um ex aluno e pela matéria que eles desenvolveram e foram ganhadores de um prêmio importante para o Jornalismo. No último dia do evento 31/10, dia das bruxas contamos com Léo Dias colunista do Jornal O Dia e o jornalista e humorista Marcelo Smigol sendo o último dia da semana de comunicação foi um bate papo bastante descontraído eles contaram as fofocas que rola no mundo das celebridades e falou também do preconceito que existe no ramo dos jornalistas que falam sobre fofoca, e comentou também sobre os assessores dos artistas “Assessor de artista mente e ator é pago para mentir. Com o tempo você vai descobrindo através da reação deles, que é sempre a mesma”, contou. Léo também falou sobre os processos que ele teve por conta de suas notas dadas no jornal. Smigol falou sobre suas experiências no jornalismo e nos apresentou um stand up bem divertido focando na área de esporte “A comunicação é uma profissão difícil. Para você crescer você precisa aprender um pouco de tudo e eu comecei no esporte, trabalhando em rádio. O esporte é um entretenimento, então é muito fácil da gente se sentir seguro fazendo isso”, contou. Nesse último dia também rolou as premiações dos estudantes da faculdade os ganhadores foram: A melhor fotografia foi a do o aluno Dionis Tavares pelo tema ‘Feira de São Cristóvão’. No tema livre, a estudante Ana Carolina Rodrigues levou o 1° lugar. A matéria de TV que falou sobre ‘colecionadores’ foi escolhida como a melhor. E por último, a produção sobre a ‘Escola de Rádio’ que levou o prêmio de melhor vídeo institucional e o documentário ‘Do Corcovado ao Cristo’ foi eleito o melhor. Fechando assim mais um ano de Semana de Comunicação produzido pelos alunos da Faculdade Pinheiro Guimarães.


CAPA

Rio alcança 3º melhor nota e sobe 11 posições no Ideb

Com nota 3,6, as escolas estaduais do Rio superaram a meta estabelecida pelo MEC, que era de 3,3 WILLIANS • williansr_rodrigues@yahoo.com.br FABIO • fabiorsousa@gmail.com Foto: Marcia Costa

resultados obtidos pelas avaliações avaliam de forma real a educação. servem apenas para mascarar os “Avaliar é importante, sempre. problemas. “Os alunos fazem uma O problema é com que critérios. Os prova onde marcam algumas perguntas do IDEB são os critérios que deixam questionáveis, tanto do ponto de vista muito a desejar. Primeiro que o IDEB do método quanto de conteúdo. Temos, reduz a avaliação a números e existe por exemplo, provas do sexto ano que uma dimensão da educação e não verificam se o aluno é alfabetizado, pode ser reduzida a números, não quando no sexto ano ele já deveria se quantifica. E depois, tem outro ser alfabetizado há muito tempo”, diz problema, que é o seguinte, pressupõe Suzana coordenadora do Sepe-RJ. que os fatores extra-escolares não Ela ainda relembra a grande carência pesam no desempenho do aluno”, de profissionais na rede estadual e afirma o professor. que isso leva a diversas turmas se Com tanto investimento para melformarem, ou seja, alunos serem horar a infraestrutura da cidade, a aprovados sem nunca terem tido uma educação conta com um modelo de aula de determinada disciplina. “O ensino inovador por meio de escoIDEB só serve para culpar o professor las bilíngues, profissionalizantes pelo fracasso da educação e por ultimo A escola é a primeira do país a oferecer ensino bilíngue em português-espanhol e experimentais. A Secretaria do mascarar os índices da verdadeira DEB (Índice de Desenvolvimento mil docentes. Agora, de cerca de 700. dificuldade que existe nas escolas: Estado de Educação tem a meta de da Educação Básica) aponta que a Outra conquista citada é aa infraestrutura, salas superlotadas, oferecer ensino em tempo integral rede estadual de ensino do Rio de formação continuada para os docentes.falta de professores e profissionais de em todas as unidades da rede, até Janeiro alcançou em 2013/2014 De 2011 até hoje, 30 mil professoresapoio”, comenta ela. 2023. A entidade afirma que atuala 3ª melhor nota (3,66) no ranking. fizeram formação, paga pelo Estado, Em entrevista para o Jornal do mente, o programa “Dupla Escola” Apenas Goiás, com 3,8; e São Paulo e em parceria com a Fundação Cecierj.Brasil, Nicholas Davies, professor conta com 26 colégios e cerca de Rio Grande do Sul, com 3,7; ficaram A Escola de Aperfeiçoamento parada Faculdade de Educação da 10 mil alunos sendo formados para à frente do Rio de Janeiro. No período Servidores da Educação, criada emUniversidade Federal Fluminense a vida e o mercado de trabalho. O 2009/2010, o desempenho do Rio era 2011, recebe, por mês, cerca de três(UFF), que fez um estudo sobre CE Matemático Joaquim Gomes o 26º colocado. Assim como em 2011, mil docentes que passam por algumredução da oferta de matrículas na rede de Sousa - Intercultural Brasilo Rio de Janeiro subiu, novamente, 11 tipo de treinamento. estadual do Rio, corrobora a opinião posições na classificação, saindo de China é a 27ª Dupla Escola a ser De acordo com a secretária, odas professoras. Para o especialista, 15º há dois anos para a 3ª posição. reajuste salarial da categoria e aa avaliação é sempre bem vista, mas entregue à população. De acordo com a SEEDUC construção de novas escolas tambémos critérios usados pelo IDEB não (Secretaria de Estado de Educação) influenciaram na melhoria do algumas medidas foram adotadas resultado, uma vez que incentivaram para que o Rio subisse 11 posições os servidores. Enquanto à hora/aula no ranking Nacional. “Foram feitos, do piso nacional é de R$ 10,60, a do de 2007 para cá, nove concursos professor da rede estadual fluminense públicos. São 54 mil novos professores é de R$ 18,42. No Rio, o menor salário concursados. E praticamente não de um professor de 40 horas semanais usamos temporários. Somos a menor é de R$ 2.948,33. E o inicial para um rede estadual com temporários, apenas de 30 horas semanais é de R$ 2.211.25. 1,8%. Há estados em que há mais da O piso nacional está em R$ 1.697,00. metade da rede com temporários”, “Criamos um novo modelo de Ensino explicou Wilson Risólia secretário de Médio Integral e Integrado, que é o educação do Estado do Rio de Janeiro. “Dupla Escola”. Já são 26. Novas A Secretaria garante que conseguiu serão inauguradas já em fevereiro de equalizar um problema visto como 2015”, garantiu Risólia. crônico na rede, que é a carência Para o Sepe-RJ (Sindicato dos de professores. No fim de 2010, a Profissionais da Educação) os O Colégio conta com nove salas de aula, biblioteca, quadra de esporte e laboratórios carência era de aproximadamente 12

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Foto: Marcia Costa

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ESPORTES

Campeão da Série C, Macaé se planeja para Série B de 2015 Diretor-executivo do clube revela detalhes da conquista e as expectativas para o próximo ano

THIAGO • tthiagolima@globo.com JOICE • nogueirajoy@yahoo.com.br

Com apenas 24 anos de história o Macaé Esporte fez história ao conquistar o inédito título da Série C do Campeonato Brasileiro. Em uma competição com várias equipes centenárias como Guarani, Juventude e Fortaleza, coube ao caçulinha erguer a taça de campeão. O triunfo da equipe foi o mais importante da sua curta trajetória elevando o Alvianil Praiano ao cenário nacional. O fato do time fluminense se torna ainda mais relevante se olharmos para o seu elenco. Nada de nomes badalados ou jogadores de destaque. Na opinião do diretor, o conjunto foi o diferencial do clube no torneio: “Sem apelar para a demagogia, creio que neste ano o aspecto coletivo foi realmente o diferencial. Não tivemos um atleta que se destacasse em relação aos demais”, afirmou Mendes.

Jogadores celebram a conquista inédita do clube (Foto: Tiago Ferreira / Macaé Espporte)

Com a vaga garantida, o clube precisa se preparar para não fazer feio na segundona. Para isso, é necessário mais investimentos. Como a visibilidade do time será a nível nacional, os contratos com os

patrocinadores serão revistos: “A prefeitura já sinalizou o fortalecimento da parceria, por entender o tamanho da divulgação que terá. O prefeito, Dr. Aluizio, costuma dizer que o Macaé Esporte é mais que um time de futebol.,

pois carrega uma cidade. Já temos um contrato em vigor de patrocínio – a MRV – e acredito que outros virão. O fornecimento de material esportivo sofrerá um reajuste considerável porque já temos varias propostas nesse sentido”, disse o dirigente. E o planejamento já começou. O técnico Josué Teixeira deverá ser mantido no cargo. Com relação aos jogadores, nenhum nome foi revelado: “As conversas já começaram. Mas é importante definir algumas coisas antes de começar a agir. Definir bem o nosso papel e onde podemos chegar são os primeiros passos de um planejamento bem sucedido”, confessou ele que, realista, finalizou dizendo qual é a meta do Macaé para o ano de estreia na Série B: “Vamos brigar pela permanência. O que vier a partir daí é lucro”.

TECNOLOGIA

A TECNOLOGIA ALIADA AO ESPORTE Inovações na tecnologia desportiva, o lado positivo e negativo LUCILEIDE lucileyderamos94@gmailcom MARCO ANTONIO marcoantoniotijuca@gmail.com

A tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano a fim de trazer benefícios para a humanidade, e certamente não poderia também deixar de ser de grande importância ao universo esportivo. Nos últimos anos a tecnologia tem se mostrada uma verdadeira aliada ao meio, e as novidades tecnológicas ajudaram muito os atletas superarem limites. Com a moderna tecnologia, o treinamento esportivo evoluiu muito, com auxilio de equipamentos eletrônicos, e conforme o esporte vai subindo o nível de tempos em tempos, a tecnologia desportiva também está ajudando a nosso ver, aumentar o desempenho dos atletas, melhorar suas

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performances, quebrarem recordes surpreendentes e ajudado a corrigir falhas humanas que acontecem. “Hoje em dia em toda modalidade esportiva que se possa imaginar, são usados medidores e outros equipamentos que auxiliam na contabilização correta dos pontos, tentando promover um jogo sem erros de arbitragem.” Disse, Yuri Miziara, professor de educação física. Os cientistas estão sempre à procura de novos métodos afim de auxiliar na evolução do esporte, desenvolvendo instrumentos cada vez mais precisos, sendo que, como toda a sociedade, o esporte também sofre influência da evolução tecnológica, a qual traz

mudanças e melhorias para os atletas, técnicos e simpatizantes do esporte. “Um ponto positivo que podemos citar, é que, hoje em dia, a variedade de modalidades esportivas consegue ser tão diversificada, justamente por causa dos avanços tecnológicos, que deixaram os esportes mais atrativos, e em alguns casos, os tornaram mais acessíveis, facilitando o acesso de um número cada vez maior de público”, disse Yuri . Outro ponto positivo notório é que a tecnologia ajuda também prevenir acidentes, antes, durante, e depois da prática esportiva. Um exemplo claro disso foi o que ocorreu com o piloto Felipe Massa. Alguns jornalistas

e apresentadores de programas mostraram que se não fosse a evolução tecnológica empregada no seu capacete, as consequências teriam sido drásticas. O esporte movimenta muito mais que suor, amor e orgulho, mas também milhões de dólares. Mesmo com todos os frutos alcançados, é preciso definir até que ponto a graça do esporte pode sofrer influência da tecnologia? O que está realmente em jogo? O conjunto ou a capacidade individual de cada atleta? Esses aspectos precisam ser mais transparentes para não desapontar o incrível público. No mais, que vença o melhor!


POLÍTICA

UPP: O que falta em dialogo, não falta em munição Após mais de 6 anos, o projeto de Policiamento Comunitário, começa a mostrar um desgaste.

O que fazer para evitar o fracasso do projeto?

RAPHAEL FEDOCI - raphael.fedoci#gmail.com PEDRO iGOR - pedroigorpires@gmail.com

Em 2008, na comunidade do Santa Marta, em Botafogo, era instalada a primeira UPP, Unidade de Policia Pacificadora. Como o próprio nome já dizia, o projeto prometia trazer a paz aos moradores das comunidades cariocas e retomar o território por anos perdido para o tráfico de drogas. Seis anos se passaram, muitas comunidades foram ocupadas. Fatos de grande repercussão aconteceram como a tomada do Complexo do Alemão e da Rocinha. Nesse tempo a Secretaria de Segurança conseguiu fechar um cinturão que abrangia as comunidades da zona sul e do maciço da tijuca de ponta a ponta, um ganho significativo neste conflito que fez tantas pessoas perderem a vida ao longo dos anos. Nos últimos 2 anos no entanto o projeto pioneiro, acabou por mostrar uma dura realidade, casos como o sumiço do pedreiro Amarildo, na Rocinha e o caso do estupro de três jovens no jacarezinho cometido pelos policiais da UPP, começavam a evidenciar algo que já estava sendo notado. “A política de segurança formou nesses últimos anos policiais despreparados, com o intuito de abastecer o contingente mobilizado paras as ocupações, de maneira rápida e constante. O policial que se vê nas upps é o mesmo que se vê nas ruas, o que era para ser a policia de proximidade continua sendo a policia de embate” afirma o Sociólogo. Quando começou “boom” das UPPs, muito se era falado sobre o aumento imobiliário nas comunidades e no entorno, alem do fato do trafico não operar mais com o emprego de armamento de guerra. Porém com o passar dos anos outros índices começaram a aparecer e ilustrar que o projeto devia sofrer uma renovação, um desses índices é o número de policiais mortos nas comunidades pacificadas. “Nunca morreu tanto

Policial Militar em serviço na historia do Rio de Janeiro, ao longo de 2013 foram 24 policiais atingidos por disparos, em 2014 já são mais de 30 feridos e 7 mortos nas comunidades pacificadas, explica Marcondes. Em 2014, outros dados sobre a violência no Rio de Janeiro ilustraram uma situação complexa e alarmante,

“É evidente que um projeto dessa magnitude é um caminho sem volta, retroceder com as Unidades de Policia Pacificadoras, seria perder a guerra, no entanto o caminho que o projeto está trilhando mostra sinais de fraqueza, os moradores já não confiam na Upps, pois os verdadeiros protagonistas das UPPs são os policiais e os traficantes,

roubos de automóveis e cargas saltaram de maneira exponencial mostrando que o ramo do tráfico de drogas já não é o norteador financeiro nas comunidades cariocas. Esse fato mostra que as Upps estão conseguindo frear o lucro das quadrilhas que apelam para outras formas de arrecadar dinheiro, no caso o roubo. E esse cenário faz com que a política de pacificação tenha que continuar, já que cada vez mais o tráfico desce para o asfalto em forma de violência, no entanto é esse exato ponto que transforma esse debate num assunto tão complexo. Como reestruturar o projeto das UPPs e ao mesmo tempo continuar com a sua implantação em outras comunidades.

não os moradores. para que aja o avanço do planejamento de segurança publica em comprometimento com a comunidade, deve haver uma mudança de prioridade não só na formação do policial como também nos investimentos que as favelas cariocas recebem, muitas vezes o que os moradores precisam é de mais cursos profissionalizantes, projetos sociais e saneamento básico, não teleférico”. Mais um ano se aproxima do fim, 2015 promete ser um ano agitado para o governo estadual. Já para o primeiro trimestre no complexo da maré, as tropas do Exército começam a ser substituídas por mais de 1000

policiais que farão parte dessa unidade de proporções colossais e como é de praxe, sempre que uma comunidade é ocupada, outra passa a ser a “bola da vez”. Esse ciclo já tem se mostrado constante durante esses 6 anos de ocupação, o que falta ser mostrado agora, é o carácter de policiamento comunitário que foi tão amplamente difundido pelo governo de forma enganosa e ilusória. A lógica do “xerife” que veio para botar ordem na favela, já mostrou ser um tiro no pé, além de uma tática sem custo beneficio em longo prazo, não se resolve com balas um problema de caráter e âmbito social, para o bem de todos, tanto moradores do asfalto ou da favela, o governo deve entender esse processo, pois enquanto se faz estatísticas e discursos elaborados, os cidadãos de bem ficam no meio do fogo cruzado.

ano 7 • nº 22 • Jornal da Pinheiro

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CULTURA

Circuito Sesc apresenta “Deus e Diabo na terra do sol” Camille Rodrigues • camillejornalista@gmail.com

Estreou sábado, 06 de Setembro, no Rio, o espetáculo “Deus e diabo na terra do sol”. Em cartaz pelo Circuito Sesc, passará por nove unidades da rede, entre os dias 06/09 e 09/10. A montagem é uma adaptação do roteiro original de Glauber Rocha (lançado cinematograficamente em 1964), e não ficará apenas no Sesc mais também fará ainda três apresentações no Teatro Glauce Rocha, como integrante da programação da ocupação Glauce (Com)Vida. A Definitiva Cia. De Teatro abriu as portas de seu “passadão” (ultimo ensaio antes da estreia da temporada) para nossa equipe, em uma conversa boa, gosta e informal e nos mostrou um pouco do que estão providenciando para essa nova temporada, e nova fase que a Cia. está vivendo. Para ganhar vida nos palcos teatrais, o texto de Glauber Rocha passou por adaptações, visto que, nos anos 1960, a dramaturgia foi criada com os códigos e recursos próprios do Cinema. A montagem nos leva a um passeio pelo Sertão, a simplicidade e pobreza e a força da religiosidade. Uma boa reflexão cultural e histórica, os constantes conflitos entre o Bem e o Mal. A luta pela sobrevivência. No centro da história temos Manuel, um vaqueiro que em defesa de seu orgulho e dignidade, mata um coronel que tenta extorqui-lo. Perseguido por soldados do coronel, Manuel foge com sua mulher Rosa, e se une ao grupo religioso Santo Sebastião. A Cia que teve seu inicio a partir da montagem do musical Calabar… (Chico Buarque e Ruy Guerra), em 2008, na UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) se dedicou, então, a elaboração de um espetáculo no qual pudesse investigar ainda mais a fundo a relação da Música com a Cena, e poder discutir a relação questões pertinentes da história e da Cultura Brasileira. Em outubro de 2011, o espetáculo

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Jornal da Pinheiro • ano 7 • nº 23

Cena do espetáculo Deus e Diabo na terra do sol -

“Deus e diabo na terra do sol” estreou na universidade. Após participação em dezenas de festivais pelo país, a Cia. Provisória, tornou-se, a partir da estreia do espetáculo no circuito profissional, Definitiva Cia. de Teatro – com agenda cheia até novembro deste ano. Em uma entrevista exclusiva comigo pelo Ambrosia, o diretor e também ator Jeffersom Almeida nos conta como tudo começou: – Somos uma Cia. desde 2008, quando estreamos nosso primeiro trabalho: “Calabar…”. O “Deus e o diabo…” só estreia em 2011, depois de um pequeno recesso proveniente da longa circulação da nossa primeira peça (2008 a 2010). Quando resolvemos encarar o novo projeto, todos éramos alunos da UNIRIO, e três integrantes do elenco da Cia. não puderam estrear este espetáculo – porque tinha que cumprir obrigações acadêmicas – passando a integrá-lo a partir de 2012. São eles a Paula (Sholl), o Hector (Gomes) e o Raphael (Marins).

Achamos! Nos encontramos com o filme “Deus e diabo…”. Eu propus para galera a leitura do roteiro, e aí embarcamos nessa de fazer. Além do assunto, eu intuía que o mote servia à nossa pesquisa, já considerando a emblemática trilha que Sérgio Ricardo compôs a partir de um cordel escrito pelo próprio Glauber. Lá [no filme], as músicas constituem uma narrativa paralela; Tamires e eu tínhamos, então, como adaptadores, a missão de achar uma forma de as músicas pertencerem ao texto, a cena, em vez de ser uma “leitura de lado”. Achamos! Uma vez que o texto estava pronto, elencamos quais eram os assuntos dos quais o texto tratava, e eu elaborei alguns laboratórios. Os personagens começaram a surgir enquanto ideias/ partituras nesses laboratórios.

Como surgiu a ideia de trazer esse texto com a investigação de acrescentar a música?

Uma vez tendo o texto, a gente escolheu, elencou quais eram os assuntos dos quais o texto tratava e aí eu elaborei alguns laboratórios, e as personagens começaram a surgir enquanto ideias, e partituras, nesses laboratórios. A construção das personagens veio de seus próprios laboratórios e gêneses.

–Aideia de montar “Deus e diabo…” surgiu no final de 2010. O recesso que demos, serviu para que buscássemos um texto que nos motivasse de novo.

A produtora e também atriz do espetáculo com a personagem Rosa, Tamires Nascimento, continuou nossa exclusiva com a Cia, contando o que

esperam dessa nova fase, onde a produtora temporária se tornou Definitiva Cia de Teatro com fechada até Novembro. “Estreamos na Unirio, depois viajamos com um monte de festivais pelo Brasil, muitas vezes em situações muitas precárias. Esse ano nós conseguimos, desde o inicio a nossa vontade é contar essa história, mostrar nossa história e a gente está batalhando e sendo agraciado por pessoas muito legais pelo caminho que gostaram da peça e olham para ela e falam “nossa legal isso aí, vou te ajudar a contar essa história”. Daqui a gente está querendo que esse circuito renda novos projetos, que a gente continue plantando para continuar colhendo com esses textos. Novas temporadas e “mostrar para quem ainda não viu!”.”

Conflito entre o bem e mal -Foto: Philipp Lavra

SETEMBRO

06 – Sábado 20h –Sesc Nova Iguaçu 12 – Sexta-feira – 20h – Sesc Campos 18 – Quinta-feira – 19:30h – Sesc Madureira 19 – Sexta-feira – 19h – Sesc Ramos 20 – Sábado – 20h – Sesc Nova Friburgo 26, 27, 28 – Teatro Glauce Rocha OUTUBRO 11 – Sábado – 20h – Sesc Engenho de Dentro 16 – Quinta-feira – 15h –


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