Jornal da Pinheiro - nº 42

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 13| 2020.2| nº 42

O IMPACTO DA PANDEMIA NO SETOR HOTELEIRO ALLAN • email@email.com

Em Março deste ano, a vida de milhões de pessoas mudou pelo avesso e na hotelaria não foi diferente, com milhares de hotéis fechados temporariamente e alguns até permanentemente . Os profissionais da área de turismo sofreram como nunca antes visto. p.XX

Eventos Drive-in ganham força durante a pandemia Antes da pandemia da Covid-19, eventos Drive-in eram pouco divulgados e frequentados no país. eventos sendo culturalmente mais produzidos em ambientes fechados.

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Veja mais... Os impactos do isolamento social na mente humana

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Esportes na pandemia: o que há de novo? p.03

Benedita da Silva conta como realizar campanha eleitoral no período de pandemia p.08


Editorial Em Março deste ano, a vida de milhões de pessoas mudou pelo avesso e na hotelaria não foi diferente, com milhares de hotéis fechados temporariamente e alguns até permanentemente . Os profissionais da área de turismo sofreram como nunca antes visto. Porém, alguns hotéis mantiveram-se firmes, como por exemplo o Windsor Califórnia Hotel, que encarou a pandemia e teve de se reinventar para estar preparado para a retomada do turismo. Muitas regras sanitárias foram mudadas e novas normas governamentais foram instituídas, mas nem por isso os funcionários deixaram de ser cortados, pois devido à baixa ocupação, houve um corte de quase 50% no quadro de funcionários do hotel.

Os impactos do isolamento social na mente humana

A depressão é um dos casos relatados entre a população após meses de quarentena

LUIS CESAR • lcesar586@gmail.com

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: João Marcelo, Allan Vieira, João Pedro, Victoria Telhado, Luis Cesar, Michael Dourado e Ademir Espírito Diagramação: turma de 7º da discciplina Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014 Tiragem:15 mil exemplares Rua Silveira Martins, 153 – Catete - RJ Telefone: (21) 2205-0797

www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

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Não importa muito a hora que você acorde, vai dormir ou se fez ginástica: sua rotina mudou. Sabe aquela raiva por chegar 10 min atrasada ou o lamento pelo dia não ter mais horas para você dar conta de todas as tarefas? Isso nunca fez tanta falta. Particularmente, ainda me considero ativo em casa e com aulas virtuais da Faculdade, porém, a mente sabe que tem algo de errado e responde na forma de bloqueios criativos, mau humor e melancolia. Não tenho a pretensão de comparar sofrimentos pois sei que quem está na linha de frente vive um mundo à parte do meu, mas posso afirmar que essas mentes alheias estão tão modificadas quanto à minha. Termino perguntando: Como anda a sua mente? Melhor ou pior, focada ou dispersa, só posso afirmar com toda a certeza de uma quarentena, que ela está diferente. Não é a primeira vez na história da Humanidade que ela enfrenta uma epidemia. Na Idade Média, em um Mundo diferente do de hoje, veio a Peste Negra, uma doença de proporções bíblicas, com alta capacidade de contágio e mais

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alguns milhões de vítimas(Não se sabe ao certo, mas os números vão entre 75 e 200 milhões de pessoas, entre 1347 e 1351) Depois tivemos a Gripe Espanhola, no início do século 20, com mais milhões vítimas e um caos social instalado. O Influenza H1N, em 2011, é um exemplo mais recente. A humanidade sempre esteve e estará sob risco de vírus mortais, não conhecidos pela ciência. Isso é um fato. Mas tivemos um “depois” de todas essas tragédias. Com uma taxa de letalidade na média mundial de 6,8%(Fontes: Scientific American, em reportagem de 08/06/20) muito se curaram e a necessidade de retomar a economia e as atividades cotidianas falou mais alto. É discutível se é imprudente, cedo demais ou até criminoso a volta do comércio, público em atividades esportivas, abertura de parques e afins. O novo normal está aí com seus primeiros ensaios. Mas e psicologicamente falando? Estaremos mais atentos ao que consumimos, aos cuidados diários até que uma cura se prove eficaz? Pouco mais de 3 meses de isolamento e a

população de maneira indisciplinar volta a se aglomerar, questiona o conhecimento científico e questiona o porquê de não houver uma abertura total. O novo Mundo exige o uso de máscaras, privação de beijos e abraços e, principalmente, muito respeito e incentivados financeiros e políticos à ciência. Estrutura de ponta, melhores salários e valorização da figura do profissional de saúde. Sem isso, entramos num Mundo novo, mas com os mesmos defeitos de outrora e que somados à negligência e a ignorância nos trouxeram um saldo de milhares de mortos e economias inteiras no fundo do poço. As doenças que estão no meio natural e ainda são desconhecidas são inevitáveis. É uma batalha biológica e uma necessidade de vigilância eterna que a Ciência terá de travar para se minimizar os impactos de futuras enfermidades. Mas pra isso ela precisa de apoio e respeito. Que entremos num nada admirável mundo novo(Peço licença poética à Aldous Huxley) mas sem os lamentáveis defeitos do antigo. Defeitos esse que nos empurraram num caminho mais difícil do que deveria ser. Em termos sociais, Brasil é um país onde as interações interpessoais cotidianas são mediadas pelo toque: apertos de mãos, abraços e beijos são comuns e socialmente aceitos pelas pessoas. Nesse sentido, um cenário onde a distância e o isolamento precisam ser adotados, pode ter consequências negativas para saúde mental dos indivíduos. Esse impacto pode ser agravado, ainda, pelas incertezas socioeconômicas que se intensificam em um momento de crise humanitária. Para as Doutoras Ana Barcia e Cláudia Costa, respetivamente psicóloga e terapeuta Há um consenso: Será preciso muita força mental para suportar a crise financeira e os problemas psicológicos que esses 6 meses de isolamento trouxeram.


ESPORTES

Esportes na pandemia: o que há de novo? MÁRCIO FELIPE • marcio4felipe@gmail.com

Nas academias houve redução de alunos e instrutores para segurança de quem frequenta

A COVID 19 veio, trouxe diversos problemas e, com isso, as pessoas tiveram que adaptar as suas vidas em meio a uma pandemia. Sabemos que praticar exercícios traz diversos benefícios para saúde humana. Entretanto sabemos que estamos vivendo um momento bastante difícil e delicado por conta da pandemia do coronavírus. A pandemia que dura mais de 5 meses, mudou radicalmente a vida de todos, inclusive para aqueles que levavam a vida mais saudável através dos esportes e exercícios. Para quem tinha o hábito de se exercitar diariamente, ou quase isso, a pandemia destruiu qualquer tipo de rotina ante adquirida. Com academias e clubes fechados, o jeito de se manter em forma era a prática de exercícios dentro de casa ou ao ar livre, exemplos como dança, yoga e pilates. Conforme o tempo foi passando, os governos foram

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cedendo um pouco em relação a abertura dos estabelecimentos, mas ainda com a pandemia em alta, pessoas aderiram a um novo estilo de vida mais favorável à sua saúde. E o estudante Allan é um que está inserido nesse grupo, que começou a praticar boxe durante esse período: “Durante a pandemia me senti muito sedentário, as aulas em casa via Youtube não davam certo, precisava buscar algo que me empolgasse, como estava de home office procurei locais no meu bairro, e procurei formas de exercitar meu corpo sem precisar de falto ir à academia e achei um treino mais a minha cara.”, disse. Segundo pesquisa feito pelo site Opinion Box, 42% das pessoas entrevistadas que iniciaram esse novo estilo de vida, garantiram que vão manter essa rotina mesmo após a crise acabar. E o jovem Allan acredita que isso terá um grande impacto na vida não só dele, como a de todos.

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“Com o término da pandemia, muitas coisas vão ter que se adaptar a uma nova realidade, acredito que se o lugar onde trabalho permanecer com todos em home office será um fator diferencial para o esporte entrar na minha rotina de fato. Mas com o novo normal acredito que as atividades físicas sejam mais frequentes na vida das pessoas.”, afirmou. Mas começar um esporte novo requer bastante atenção. Começar uma nova prática esportiva sem a recomendação de um personal trainer ou profissional de saúde é muito perigoso. Pois sem uma orientação da execução das atividades, pode causar sérios danos físico. E o professor de Educação Física, Guilherme Matheus, chama atenção para esses cuidados. “A princípio é interessante que, cada aluno que faça aula atividade física, ele faça uma avaliação com o profissional de educação física e exames

médicos, pra comprovar que ele não tem nenhuma lesão ou nenhum tipo de doença que venha prejudicar a performance dele ou atrapalhar a execução do exercício, ai em cima disso vai fazer feito uma série, com um programa de treinamento. Visando performance e atingir os objetivos dele, seja emagrecer ou conseguir massa muscular, hipertrofia, vai depender do aluno.”, explicou. Atualmente a cidade do Rio de Janeiro vive a fase 4 da flexibilização. Confira as regras que a Prefeitura do Rio de Janeiro disponibilizou no site https:// www.prefeitura.rio/ na íntegra: Comércio de rua O comércio de rua passa a abrir a partir das 9h, mas somente aos sábados. Em dias de semana, lojas e galerias de rua abrem somente a partir das 11h, mas agora com a lotação ampliada para 2/3 da capacidade máxima, e respeitando o distanciamento. Shoppings seguirão a mesma regra da capacidade máxima ampliada para 2/3, no horário das 12h às 22h. Micropolos Serão criados micropontos de controle de acesso de entrada e saída em bares e restaurantes. Os quatro micropolos funcionarão nos seguintes locais: ruas Olegário Maciel, na Barra da Tijuca; Dias Ferreira, no Leblon; e Nelson Mandela, em Botafogo; e na Praça Varnhagem, na Tijuca. Esportes coletivos nas praias As quadras esportivas das praias poderão receber praticantes de esportes coletivos, como vôlei, futevôlei, beach tênis e futebol, exclusivamente de segunda a sexta, exceto feriados. No entanto, a proibição à permanência de banhistas na areia continua.


CULTURA E LAZER

Eventos Drive-in ganham força durante a pandemia

Shows, filmes, peças de teatro e até stand-up são acompanhados in loco, mesmo ainda em quarentena JOÃO PEDRO • jp12.rodrigues@gmail.com

Antes da pandemia da Covid-19, eventos Drive-in eram pouco divulgados e frequentados no país. E isso é normal, já que é um mercado difícil de se explorar e com seus principais eventos sendo culturalmente mais produzidos em ambientes fechados. No entanto, o mundo se encontra em um período atípico e nada mais normal que algumas práticas serem alteradas. Para quem não está familiarizado, este modelo de drive-in nada mais é que um evento ao ar livre. Com isso, é necessário ter um grande local para entrada de carros, e nesse caso, as pessoas devem permanecer dentro deles. Nem todas as cidades possuem estrutura para tal negócio, já que não basta somente ter o local destinado a essas apresentações. Esta prática surgiu por volta dos anos 30, nos EUA, e com o passar dos anos perdeu a força, porém voltou com tudo. Com isso, algumas empresas ligadas ao mercado do cinema, shows, teatros e outros eventos, voltaram a trabalhar com Drive-in drive-in neste período de quarentena, com os devidos cuidados de higienização tomados por parte dos administradores. Quando esse modelo de negócio voltou, ainda era incerto o sucesso. “A ideia de retornar com os drive-ins é muito boa, mas ao mesmo tempo era muito arriscada, pois além das questões de segurança e saúde do consumidor, temos que pensar também que esse é um tipo de evento que era pouco visto, não sabíamos como seriam as vendas, a aceitação do público referente à preços, ao local e até mesmo ao conforto, pois não é todo mundo que curte ver um filme dentro do carro”, disse Rodolfo Gomes, pós-

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graduado em Planejamento e Gestão de Eventos, e fundador de uma empresa de Publicidade Digital. Os lançamentos do Cinema cinema estão sendo adiados a todo momento, já que a reabertura será gradual em todo o país, e até ter um bom número de salas abertas, os novos filmes demorarão a chegar em terras tupiniquins. Por outro lado, o Cinema cinema drive-in seria uma opção viável, apesar de especialistas na área duvidarem do sucesso. “Essa prática retornou com muita força, os Cinemas cinemas fecharam por muito tempo, deixaram de arrecadar milhões de reais, e de certa forma, estão se mantendo vivos graças a esses drive-ins, com o retorno das salas, acredito que os cinemas ao céu aberto perderá muito espaço, mas ainda há chance de segurar uma boa parte desse público que pode querer reviver essa prática”, complementou Rodolfo. Mesmo com a desconfiança do futuro desse modelo, a verdade é que o presente está sendo muito satisfatório para empresas que estão investindo nessa área. Antes disso, as perdas de lucro foram imensas com o início da pandemia, o que ocasionou o planejamento para novas formas de voltar a lucrar. Ainda assim, as pessoas que trabalham na área de eventos de Drive-in drive-in afirmam que o modelo está sendo um sucesso total e a recepção vem sendo boa. “Está sendo ótima, as sessões quase sempre estão lotadas, principalmente durante os fins de semana, estamos até meio surpresos com toda essa movimentação durante a pandemia, mesmo com a flexibilização”, afirmou Lucas Almeida,

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atendente do Uptown Drive-in. Em um momento difícil, a preocupação com a saúde pública têm sido de todos e com as administradoras de eventos Drive-in não é diferente. Segundo Lucas Almeida, todos os cuidados são tomados, desde a entrada com medição de temperatura, limpeza do local em tempo real, e até a distribuição de

novas máscaras e álcool em gel. A tendência é que em breve toda a vida volte ao normal, porém, sem previsão ainda. Com isso, os eventos drive-ins ganharão uma sobrevida e após a pandemia do coronavírus este . Este modelo de negócio seguirá, talvez não com a força atual, mas com certeza com público superior ao que tinha antes deste período.

Sessões diárias agitam Drive-ins na cidade (Foto: Divulgação)


CAPA

O IMPACTO DA PANDEMIA NO SETOR HOTELEIRO ALLAN GONÇALVES • allanvg17@hotmail.com

Cobertura do hotel sem hóspedes durante a pandemia

Em Março deste ano, a vida de milhões de pessoas mudou pelo avesso e na hotelaria não foi diferente, com milhares de hotéis fechados temporariamente e alguns até permanentemente . Os profissionais da área de turismo sofreram como nunca antes visto. Porém, alguns hotéis mantiveram-se firmes, como por exemplo o Windsor Califórnia Hotel, que encarou a pandemia e teve de se reinventar para estar preparado para a retomada do

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turismo. Muitas regras sanitárias foram mudadas e novas normas governamentais foram instituídas, mas nem por isso os funcionários deixaram de ser cortados, pois devido à baixa ocupação, houve um corte de quase 50% no quadro de funcionários do hotel. Além dos cortes, houve suspensões de contrato por 90 dias e, também, redução de alguns salários para evitar as demissões em massa. O hotel passou por 3 meses com ocupações baixas e agora está

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voltando ao “novo normal” com a procura fomentando lentamente. A funcionária do setor de reservas do hotel, Glaucia Carvalho, afirmou nunca ter visto uma crise tão grande no setor desde o início de sua carreira. Porém, disse que as perspectivas melhoram a cada dia “É um momento de muitas incertezas, mas a reabertura dos pontos turísticos e os feriados devem ajudar, por exemplo, neste fim de semana que emenda ao feriado de 12 de outubro já temos

um retorno muito positivo de nossa ocupação.“ disse a turismóloga. O mercado hoteleiro passa por um grande trauma e os empresários buscam novas maneiras de reinventar à hotelaria e fornecer uma hospedagem mais segura para todos os clientes e funcionários. Apesar dos números ainda serem bem abaixo da média, muitos hotéis retomaram as atividades no início de outubro e novas vagas foram preenchidas por profissionais da área.


ENTRETENIMENTO

Seja por diversão ou profissão, o game é coisa seria VICTÓRIA TELADO • telhadovictoria@gmail.com

Felipe Gonçalves, ou como é conhecido Brtt, um dos jogadores mais conhecidos do eSports

Os jogos são nossos aliados na quarentena, que nos fazem passar o tempo e distraem nossa mente, mas faz tempo que já deixou de ser só entretenimento e passou a ser profissão. Muitos jovens estão investindo nessa carreira segundo o Correio Braziliense, dois jovens brasilienses, na faixa de 14 e 15 anos, Caio e Gustavo ganharam cerca de R$205 mil em premiação da copa do mundo de Fortinete no Estados Unidos em julho de 2019. Apesar de todo esse dinheiro e a carreira, muitos pais não apoiam não por diversão, pois, tem medo de estragarem o futuro dos filhos, como contou a Viviane Fatima, mãe de um jovem de 24 anos e que ama jogar, “Meu filho sempre gostou de jogar desde criança, e eu sempre senti que os jogos influenciavam nas suas

notas, as vezes deixava de ir brincar na rua para jogar, então eu me preocupava muito e ainda me preocupo, ele se formou e arrumou emprego, mas ainda sinto que ele vive em função dos jogos, deixa de dormir muitas vezes para jogar a madrugada toda e isso mexe até com a sua saúde mental e física.” Barbara Vitória, estudante de psicologia, explica a relação entre os jogos e a mudança de comportamento dos jovens, segundo especialistas em psicologia comportamental “A relação entre jogos e desenvolvimento ainda carece de pesquisa, muita coisa ainda é especulação, e sempre surgem pesquisas malfeitas e controversas”. Também nos contou que ainda não há nenhum estudo sobre esses efeitos dos jogos em longo prazo, mas que crianças ou adolescente

que praticam apenas uma atividade por muitas horas consecutivas podem sofrer de problemas como: dificuldade de socializar, dependência do jogo, queda de desempenho escolar e algumas outras consequências negativas. João Victor Telhado também mostrou o seu lado da história, “Eu vi que os jogos poderiam trazer um retorno financeiro foi a cerca de 10 ou 11 anos atrás, quando o Minecraft explodiu e as pessoas faziam vídeo do jogo e conseguiam monetizar, porém meus pais não encaram de forma positiva por eu nunca ter investido tanto em ter retorno financeiro, mas os pais de quem tiveram esse retorno financeiro encaram bem melhor.” E ainda nos contou mais sobre nunca ter tido vontade de ser pro player e que joga somente por diversão.

Rádios Comunitárias : Entretenimento e prestação de serviço a comunidade! MATHEUS GONÇALVES • Matheus.vince@gmail.com

Data-se dos 70 o surgimento das primeiras emissoras de rádios comunitárias em nosso país ( a época chamadas de rádios livres) e tudo aconteceu no Estado do Espírito Santo onde conta-se que aparentemente 2 irmãos resolveram se juntar e criar uma rádio que fugisse totalmente dos padrões e ideias que uma rádio comercial convencional exercia, isso em plena ditadura militar que acabou resultando na prisão de um desses irmãos e do pai deles pela Polícia Federal e um pouco mais a frente mas dessa vez em São Paulo um determinado

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professor de uma escola técnica em SP ensina o passo a passo para que seus alunos construam transmissores de rádio e daí o movimento começa a ganhar força com cerca de 50 rádios no ar na cidade entre os anos de 1982 e 1983! Surge então o Conselho das Rádios Clandestinas de Sorocaba (CRCS) tentando organizar a “bagunça” mas infelizmente sem sucesso, já no Estado do Rio de Janeiro cria-se a ABOLA, Associação Brasileira das Ondas Livres do Ar e a CORALIBRA, Cooperativa de Rádios Livres do Brasil e o movimento

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na tentativa de legalização das rádios que surgem como comunitárias segue até os dias atuais! As rádios comunitárias podem ser tão úteis quanto uma rádio comercial pois a mesma se mostra muito mais próxima do público (Não que as demais não sejam) mas qualquer pessoa pode usufruir do serviço de rádio comunitária,seja apresentando um programa de rádio ou principalmente realizando denúncias sobre os problemas daquela determinada região em que a rádio se mostra presente.

Luptati sum audae quametur simusdandis et el inusandis dolesciam, sanditat


CULTURA

Conheça a TV Pinheiro MICHAEL DOURADO • michaeldourado@aluno.pinheiroguimaraes.br

A TV Pinheiro e é um local da faculdade em que o aluno mais se desenvolve, de um preparo sendo preparados desde o início como o ritmo com o de um ambiente de trabalho , Eventos(Semana da Comunicação), fazer matérias para a TV até adaptações a ambientes especiais (Pandemia). Com a(o)s professor(a)s Eleonora Magalhães , Ana Goulart e Gutenberg Barbosa, cada um deles por semestre e o Coordenador ,Celso Nicolini, e afins garantem que os alunos façam matérias que em momentos especiais(TCC e Matérias) e que sejam reconhecidas pelo Brasil a fora.

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OS bastidores da Faculdade Pinheiro Guimarães

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POLÍTICA

Benedita da Silva conta como realizar campanha eleitoral no período de pandemia JOÃO MARCELO • rochabarbosajoaomarcelo@gmail.com

Benedita da Silva em congresso no ano de 2011

Em uma campanha política, o horário de televisão e debates não são suficientes para que o candidato alcance a visibilidade necessária para conquistar os seus eleitores e vitória nas urnas. Estar nas ruas é fundamental para quem concorre a um cargo e esta ação não se restringe ao candidato, envolvendo, também, a participação da militância política e de cabos eleitorais. Porém, o ano de 2020 nos ensinou a vivermos o famoso “novo normal”, que impacta também diretamente na forma sobre como será a campanha eleitoral para os cargos de prefeitos e vereadores nos 5.570 municípios brasileiros. Benedita Sousa da Silva Sampaio (ou simplesmente Bené) é professora, auxiliar de enfermagem, assistente social e uma política brasileira. Foi a 59ª governadora do Rio de Janeiro no ano de 1998, atualmente é deputada federal e concorre à prefeitura do município carioca pelo Partido dos Trabalhadores para o período entre 2021 a 2024.

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Criada no Chapéu da Mangueira, comunidade no Bairro do Leme, iniciou sua carreira política ao se eleger vereadora do Rio de Janeiro em 1982, após militância na Associação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1986, foi eleita deputada federal e se reelegeu para este cargo em 1990. Mulher das massas e com vasta experiência em campanhas eleitorais, Benedita entende que o contato com a população nas ruas é fundamental durante o período e traçou uma estratégia sobre como atuar nesta jornada com situação atípica: “Para mim, o contato direto com o povo sempre foi a atividade mais importante das minhas campanhas eleitorais. É no corpo a corpo, nas ruas, calçadões e praças que sinto a reação do eleitorado. Mas não posso ignorar os riscos de contaminação pelo coronavírus que ainda não foram suprimidos. É necessário que todos nós sigamos as recomendações dos médicos e cientistas. Por isso, a campanha

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desse ano será majoritariamente online e a minha presença na rua será com máscara e reduzida ao mínimo necessário para o eleitorado poder me ver presencialmente.” A briga entre candidatos para ocupar o cargo concorrido em uma eleição é muito acirrada e pode ser decidida em detalhes. Debates entre candidatos, palestras em espaços públicos, entre outros eventos são de grande importância para fomentar as discussões sobre as necessidades e ideias para o município e contribui para a avaliação e escolha para quem iremos atribuir nosso voto. Ocorre que esses eventos aglomeram pessoas, o que é desaconselhado pelos especialistas na prevenção da disseminação da Covid-19. Por isso mesmo, Benedita reitera a necessidade de que os debates sejam, preferencialmente, virtuais e, se não for possível, mantendo-se o distanciamento social recomendado pelos médicos. O corpo a corpo certamente é a estratégia mais usada por

candidatos em período de campanha. Mas com o atual cenário de necessidade de distanciamento social exigido no mundo inteiro, Bené atesta: “Numa campanha em situações normais considero o corpo a corpo fundamental para os sucessos de minhas campanhas. Como já respondi, nas condições especiais dessa campanha, muito curta e feita sob o risco da contaminação pelo coronavírus, vou fazer o corpo a corpo, mas de forma limitada e adotando as indispensáveis medidas de proteção à minha saúde e à dos eleitores.” Nas condições com as quais nos deparamos em 2020, uma coisa é certa: mais que em 2018, esta será uma campanha predominantemente online. Nesta ferramenta de exposição ilimitada, quem, com muita criatividade, conseguir prender a atenção do eleitor nas grandes redes dará um passo muito significativo para ser o escolhido ou a escolhida entre eles.

Benedita da Silva em cessão da Câmara dos Deputados


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