Jornal da Pinheiro - nº 43 - 2020.2

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JORNAL

DA

PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 13| 2020.2| nº 43

A relação do esporte e o combate ao racismo MÁRCIO FELIPE • marcio4felipe@gmail.com

No dia 25 de maio de 2020, George Floyde, um homem negro de 40 anos foi morto pelo então policial Derek Chauvin, na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos. Derek se ajoelhou no pescoço de George, que já imobilizado por cerca de oito minutos, dizia que “não consigo respirar”. p.05

Reecontro com a cultura após flexibilização da pandemia

A reabertura dos espaços culturais , após a prefeitura e o governo estadual autorizarem a realização de eventos, com a presença de público, seguem todos os protocolos de segurança recomendados

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Veja mais... O mercado editorial brasileiro atualmente p.06

Um ano de desafio e superação em busca da esperança de tudo p.04

Turismo interno e externo pós pandemia p.03


Editorial Para que estas páginas chegassem a você (leitor), um grupo de estudantes do 7º período do curso de jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães encararam uma rotina de produção, onde dedicaram horas dos seus dias pensando em pautas ,agendando entrevistas, ouvindo especialistas e apurando as informações. Desde o momento da concepção da ideia (pauta), até a conclusão da última atividade da pré produção ( Apuração), os redatores “traduziram “e transmitiram as informações mais variadas e relevantes, para o público do jornal Pinheiro Guimarães, comentando fatos, acontecimentos e eventos, nos quais os personagens envolvidos foram” extraidos” de diversas fontes. As várias mãos que trabalharam nas etapas da 2ª edição do Jornal Laboratório passaram pela experiência de transformar informações em um produto atraente e interessante para o consumo dos leitores. A experiência desse trabalho coletivo abra as portas do mundo das notícias para os produtores de conteúdos publicados no jornal Laboratório.

Como ser um herói na Pandemia

Unidos contra o Covid (Foto: Divulgação)

MICHAEL DOURADO • michaeldourado@aluno.pinheiroguimaraes.br

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães Produzido pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório (7º período) Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro Guimarães Coordenador do curso: André Luiz Cardoso Editor-Chefe: Sergio Xavier(sergiosx@gmail.com) Repórteres: Ademir Espirito Santo Allan Vieira João Marcelo Barbosa João Pedro Rodrigues Luis Cesar Pereira Marcio Felipe Matheus Vicente Michael Dourado Victoria Telhado Diagramação: turma de 7º da discciplina Jornal Laboratório Revisão: Cláudio Pimenta Impressão: Gráfica Folha Dirigida Rua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014

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Nos tempos sombrios dá atualidade, precisamos salvar a humanidade, faça a sua parte sempre lavando as mãos, passando álcool em gel e ficando a uma distância segura das pessoas e siga os protocolos recomendados pelo seu médico(a) e professor(a) se sentir pelo menos dois sintomas da Covid ligue 136 ou acesse o site: saúde. gov.br/coronavírus. #Salvevidas #SejaumHeroi #Aulaseseuscuidados Com avanço da Covid, os mais prejudicados são o Futuro da nação e uma desvantagem para os menos favorecidos, já que as escolas públicas não tem prazo para retorno e o privado está sendo feito de forma online e presencial de forma opcional. Segundo Elio Portella, professor de ensino médio e superior, ressalta alguns aspectos para a volta às aulas: ´´ As precauções devem ser no que se referem a questões sanitárias iguais, uma vez que o risco de contágio que tem numa escola privada é similar no que se tem numa escola pública. Se levarmos em consideração que as escolas públicas atendem a um público mais próximo da vulnerabilidade social, a não ser que seja falado de escolas comumente mais apuradas do

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ponto de vista do ensino como Pedro II, Colégio Aplicação, Colégio Militar atingem grupos de classe média, classe alta nas escolas públicas nas redes municipal e estadual, aí está a questão do aluno que merenda na escola, além das preocupações que deve haver em quaisquer espaços. No aluno da escola pública que costuma ser o aluno da base da nossa pirâmide ah riscos maiores pra ele dentro da escola, mas também fora dela além do fato de lidar com alunos de subnutrição entram muitos fatores de ordem social de socio econômica que atravessam essa questão da pandemia e os números tem mostrado que essa e a população mais vulnerável, mais sujeita ao vírus, mais morre que é menos atendida são das classes D e E.`` Para o Sr. Jose de Almeida, pai de Taina de Almeida, a família tem passado por algumas dificuldades com a volta as aulas neste período da pandemia: ´´Desde maio tem sido um problema só saio quando sou obrigado sempre com máscara e álcool gel na mão, minha filha Taina está muito chateada com saudade de ver os amigos e ter

que fazer tudo online ela nem sai de casa, um dia até peguei ela dormindo durante a aula, tenho deixado de trabalhar para ficar com ela em casa espero que tudo se resolva logo. `` Assim como a família Almeida, muitas outras tem tido problemas para se cuidar de forma tranquila, com o avanço dos testes para a vacina da Covid, mas com uma segunda onda chegando, escolas estão reabrindo e outras voltando atrás devido a contaminação de alunos e professores. A preocupação maior é garantir a preservação do laço entre os estudantes e a escola durante a pandemia. Depois disponibilizar as atividades não presenciais, vindas ou não de tecnologias digitais de informação e comunicação (plataformas online, videoaulas, redes sociais, blogs, televisão, rádio, material de impressão com ajuda pedagógica aos alunos e seus pais ou responsáveis). Tudo para evitar retrocessos no aprendizado e evasão escolar. O retorno total só vai chegar com a vinda de uma vacina sem efeitos colaterais 100% comprovada, até lá pessoas como a Taina, Jose e Elio deixaram de ter contato com amigos e familiares para ficar protegidas e outros alunos de classes mais baixas, além de não conseguirem ter o aprendizado, também deixaram de se alimentar com frequência, ficando sozinhos em casa ou na rua devido à precária condição financeira. O que podemos afirmar dentro deste cenário é que precisamos continuar a evitar aglomerações, contatos próximos de até um metro e meio de distância, usar máscara e se precisar trocar em até quatro horas e passar álcool gel sempre que puder a cada momento até tudo se estabilizar.

Cuidados no ensino (Foto: Divulgação)


TURISMO

Turismo interno e externo pós pandemia VICTORIA TELHADO • telhadovictoria@gmail.com

Em tempos de pandemia a limpeza no Cristo Redentor tem sido assim, para a segurança de todos os visitantes. (Foto: Divulgação)

A pandemia do coronavírus abalou a economia mundial, o setor de turismo foi um dos mais impactados, com o fechamento de pontos turísticos e o isolamento social, o que é justificado com facilidade, já que a doença se propaga rápido em locais fechados e em aglomeração. Quando a pandemia começou a se espalhar pelo mundo com rapidez, após o carnaval, o turismo já temia ser atingido, vendo o cenário mundial, os profissionais do turismo, não esperavam por tanto e muitos até agradeceram por sermos os últimos afetados. “No meu trabalho, no início, foi a questão da ocupação do hotel diminuindo cada vez mais, ter que usar máscara pra trabalhar, o medo do transporte público... Aos poucos meus colegas começaram a serem demitidos, até minha ex

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coordenadora e por fim eu também. Na minha vida foi afetada pelo trabalho, claro, porque agora eu fico em casa. Fiquei muito tempo sem ir pra lugar nenhum e até hoje tenho medo, principalmente pela minha avó”, contou a Samara Gulias, guia turística, de 23 anos e ex funcionaria do Ibis hotel. Com o relaxamento da quarentena, a população tem voltado a sair e passear, com isso também voltaram a se pensar nas tão sonhadas férias. Os aplicativos e sites de viagens, tem feito suas promoções tanto para viagens como para pontos turísticos, o que fez Maria Eduarda, estudante de farmácia e estagiaria na área, ir até o Cristo Redentor com a sua família, como explicou a jovem: “Sempre tivemos vontade de ir, porque sempre víamos outras pessoas de fora do Rio indo e nós que moramos aqui nunca tínhamos

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ido visitar. Porém, o ingresso é caro, então aproveitamos que eles fizeram um preço mais em conta (55 reais para morador do RJ) de retorno após a flexibilização da quarentena e fomos. Aproveitamos também a oportunidade para passear com a minha mãe e comemorar o aniversário dela que tinha sido durante a semana.”. Mas para você que deseja ir e está preocupado com a higiene, Maria também contou sobre: “A empresa está seguindo todos os protocolos do Ministério da Saúde para prevenção e combate da COVID-19, como: distanciamento de 1,5m, aferição de temperatura, álcool em gel e uso de máscaras. Entretanto, por ser um ponto turístico famoso fica bem cheio, principalmente fim de semana, ocasionando aglomeração de pessoas. Isso não é controlado, bem como a questão da máscara

que constantemente as pessoas tiram. Isso causa certo desconforto quanto a certeza de eu estar mesmo segura naquele ambiente. “ Outro estudante que resolveu turistar, nesse período de flexibilização, foi o Luís Cesar, também morador do Rio de Janeiro, mas com o roteiro um pouco diferente, o jovem optou por conhecer Minas, no impulso e sem pesquisar mais sobre a cidade, o mesmo acabou ficando com a sua viagem um pouco restringida. “Além da obrigatoriedade do uso de máscara no trajeto ida e volta, Museus, centros históricos e demais atrações turísticas ou estavam fechadas ou funcionando parcialmente. Não é o momento mais adequado para viajar, percebi. Não pra quem gosta de conhecer, visitar, descobrir o local onde se está devido à essas restrições”, explicou Luís cesar. E você vai aproveitar as promoções para tirar a tão sonhadas férias ou para conhecer algum ponto turístico?

Museu da liturgia localizado em Tiradentes (Foto: Divulgação)


PLANTÃO COVID

Um ano de desafio e superação em busca da esperança de tudo se acalmar JOÃO MARCELO BARBOSA • joaomarcelobarbosa@aluno.pinheiroguimaraes.br

A história da humanidade apresenta, de tempos em tempos, períodos de provação para o seu povo. Exemplos não nos faltam, como as duas grandes guerras já ocorridas, o período do holocausto, os tempos de ditaduras, as grandes pandemias como a Peste Bubônica, Varíola, Cólera e a Gripe Espanhola. O ano de 2020, está marcado pela pandemia da Covid-19, que já vitimou mais de 1.275.000 pessoas no mundo inteiro. No Brasil, mais de 160.000 mortes. O cenário retomou o sentimento de medo na população mundial, já que a morte se avizinha. Nosso país, adotou o isolamento social em março. O uso de máscaras ao sair de casa, objetivando evitar o contágio tornou-se obrigatório. De certo que a ciência vem avançando e se adaptando sobre como tratar a doença, usando as técnicas e drogas necessárias para seu combate. Mas a população mundial só estará livre da pandemia com o sucesso de uma vacina capaz de imunizar o vírus. A pergunta é: quando? E como viveremos até lá, mantendo a saúde física e mental? Brasileiro, em sua maioria, é por essência alegre, festivo e rueiro. A realidade imposta pela Covid-19 trouxe a todos nós uma rotina nunca antes experimentada, com a necessária obrigação de ficarmos em casa, saindo apenas para o essencial, seja para quem trabalhe com serviços desta natureza (essencial), ou para, simplesmente, podermos abastecer nossas casas. Tal obrigatoriedade causou um significativo agravamento na saúde mental das pessoas, foi o que mostrou as pesquisas realizadas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ao longo

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desses quase 10 meses desde que começou o período de isolamento e que, mostra o bom senso, só deve ser interrompido quando houver uma vacina. A psicóloga, Daniele Martins, avalia que o fato de não haver uma data exata sobre o fim do isolamento social, apesar de muitas pessoas já não cumprirem como deveriam, nos remete ainda ao imprevisível, ao não saber. A psicóloga acredita que precisamos saber lidar com o cenário imposto pela covid-19, em que o número de mortes segue alarmante, para que continuemos a nos adaptar da melhor forma possível, sabendo viver com o antes e o depois da pandemia que, certamente, impôs ao mundo uma forma de convívio social diferente do que até então era normal. A luta de nossos médicos tem sido incansável. Renata Elisie Barbalho de Siqueira é residente médica de infectologia no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, e nos contou que chegou a haver uma redução da demanda por atendimentos de síndromes gripais e síndromes respiratórias agudas graves, com vagas livres na UTICOVID do Instituto. No entanto, nas semanas mais recentes e nos últimos dias, o número de casos suspeitos que procuraram o pronto socorro voltou a subir e, novamente, a UTI-respiratória está cheia. Para que esta dura realidade acabe, o mundo aguarda pelo sucesso das vacinas que estão sendo testadas. De acordo com a Agência de Notícias é sabido que a Fiocruz encaminhou no dia 26/10/2020 à Comissão Externa da Câmara dos Deputados de Enfrentamento à Covid-19, o contrato de Encomenda Tecnológica assinado com a empresa

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AstraZeneca para a produção da vacina contra a Covid-19, que foi assinado no dia 9 de setembro. A Agência de Notícias da Fiocruz ainda noticia que, segundo o vicepresidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, diante de um contexto de excepcionalidade, em que o mundo todo busca o imunizante para essa doença, que já superou um milhão de mortos, os termos negociados colocam o Brasil em posição de

destaque no cenário global. “O acordo com a AstraZeneca garante não apenas o acesso a um volume expressivo de uma das vacinas mais promissoras que segue em estudo clínico de fase 3, como também assegura a transferência total da tecnologia para Bio-Manguinhos/ Fiocruz. O compromisso também garante a inexistência de obtenção de margem de lucro para a AstraZeneca ou para a Fiocruz até 1º de julho de 2021”, explica Krieger.

Covid-19: O mundo à espera da vacina (Foto: Divulgação)


CAPA

A relação do esporte e o combate ao racismo MÁRCIO FELIPE • marcio4felipe@gmail.com

Lewis Hamilton, que é o atual campeão mundial da Fórmula 1, foi personagem importante no combate ao racismo em 2020. Foto: Dan Istitene/Getty Images

No dia 25 de maio de 2020, George Floyde, um homem negro de 40 anos foi morto pelo então policial Derek Chauvin, na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos. Derek se ajoelhou no pescoço de George, que já imobilizado por cerca de oito minutos, dizia que “não consigo respirar”. Pessoas que estavam presentes e assistindo a cena, filmaram o que estava acontecendo, e logo os vídeos se espalharam nas redes sociais, trazendo sentimento de muita revolta e indignação. Depois do ocorrido, uma onda de manifestações pôde ser acompanhada por todo o mundo. Pessoas iam para as ruas e se manifestavam em redes sociais contra o racismo e a violência policial. Diversas figuras importantes e conhecidas demonstraram apoio aos protestos e contribuíram para eles, que são os casos de Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1, Lebron

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James, jogador de basquete, Colin Kaepernick, jogador de futebol americano, entre diversos outros. A jornalista e ativista pró movimentos negros, Ane Ramos, confessou que não esperava uma reação tão grande de toda população. E que o que viu acontecer, principalmente nas ruas dos Estados Unidos, durante uma pandemia mundial trouxe bastante esperança para o futuro. “Fiquei surpresa pois como estamos vivendo numa pandemia e o episódio ocorreu logo dentro de um isolamento social, imaginei inédita a decisão do povo de ir as ruas, lutar por direitos, mesmo desafiando seu bem-estar, a revolta e a vontade de se manifestar falou mais alto. Intensificando ainda mais essa luta que já se origina de anos.” Sabemos que o racismo ele atinge principalmente aos pobres, mas que em todo âmbito social ele acontece. Após a morte de George Floyd, a discussão sobre

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o combate ao racismo voltou à tona, inclusive no Brasil. E é aqui mesmo onde os negros ainda têm que aguentar muita discriminação. Infelizmente, o país ainda não cuida do assunto com a atenção e dedicação que deveria dá-lo, alguns até acreditam que isso tudo não passa de vitimismo ou frescura. Nesse assunto, o esporte se torna uma ferramenta importante no combate ao racismo. Como citados anteriormente, exemplos de Lewis Hamilton e Lebron James são importantes para mostrar que o negro tem voz e que é possível realizar todos os seus sonhos. Mas infelizmente essa luta só acontece porque casos ainda existem. No ano de 2013, Gabriel Tiné foi vítima de racismo. Na época, ele era jogador de futebol da categoria de base do Vasco da Gama. A discriminação aconteceu numa partida contra a Internazionale, clube da Itália, no Torneio Internacional

Città di San Bonifácio. Como qualquer outra pessoa que passa por uma situação dessa, Tiné explicou que ficou enfurecido, mas que ao mesmo tempo manteve a cabeça no lugar para não prejudicar a equipe. “No momento que aconteceu, eu fiquei muito chateado. Queria até brigar no momento, mas eu fiquei pensando “caramba, por que me chamar de macaco?”, sendo que a gente é tudo a mesma coisa. O que passou na minha cabeça foi um certo nervosismo, queria brigar, mas mantive a calma e vi que não valia a pena. Até porque se eu fosse expulso, poderia atrapalhar os meus companheiros”, explicou. Passar por experiências como essas, podem deixar traumas e machucados que talvez nunca cicatrizem, pelo menos para o Gabriel. Isso tudo serviu como um grande aprendizado, que certamente ele irá levar para o resto da sua vida. “Após o ocorrido me fez abrir muitos os olhos, acho que as pessoas veem as outras pessoas por serem negras, acabam achando que são superiores a elas. Isso me mostrou um pouco do que é de fato a realidade do mundo que a gente vive, um mundo muito preconceituoso”, disse. Infelizmente, o caso de Gabriel Tiné não foi um caso isolado. Esporadicamente vemos casos parecidos como esse por todo lugar do mundo e dentro de esportes diferentes. Mas dessa vez estamos vendo uma melhora. Estamos vendo uma maior resistências contra esses ataques. Temos mais consciência. E a luta por um mundo mais justo não pode parar.


POLÍTICA INTERNACIONAL

Similaridade dos protestos entre Chile e o Brasil ALLAN GONÇALVES • allanvg17@hotmail.

Desde outubro de 2019 o povo chileno tem incendiado as ruas da república em protestos contra o aumento da passagem de metrô, após a virada do ano e com a chegada do novo coronavírus as manifestações foram “apagadas” entre março e setembro, porém os manifestantes voltaram as ruas após o declínio da curva de contaminação do COVID-19, a vitória dos manifestantes veio um ano depois do inicio dos protestos, em Outubro de 2020 a suprema corte chilena aprovou um plebiscito para que seja realizada uma nova constituição no país. Assim como no Chile, em junho de 2013 o Brasil passou por uma situação semelhante também

iniciado por movimentos estudantis e sociais contra o aumento da passagem na capital paulista, motivado pelos paulistanos o resto dos Estados Brasileiros também foram as ruas todas as semanas em movimentos como “NÃO VAI TER COPA” e “NÃO É SÓ 5 CENTAVOS”, ambos os movimentos demonstravam clara insatisfação ao governo em questão, as manifestações foram crescendo de pouco a pouco até chegar em Brasília-DF onde foi o divisor de águas daquela onda de manifestações brasileiras, daquele momento em diante muitos grupos políticos decidiram assumir uma liderança inexistente em manifestações feitas única e exclusivamente pelo povo..

Por que as manifestações brasileiras não resultaram em uma mudança efetiva da constituição brasileira? Para o ativista Artur Pereira, 22 anos, a resposta vem diretamente das lideranças, quando os protestos estiveram em foco nas mídias muitos grupos políticos foram diretamente para as ruas para defenderem somente seus ideais e ganharem visibilidade pra as eleições do ano seguinte, assim gerando uma enorme guerra politica dentro de uma pauta que seria de grande evolução para uma reforma política no Brasil, como isso não ocorreu no Chile, a população acabou vencendo a primeira batalha contra o sistema.

O mercado editorial brasileiro atualmente

População chilena exercendo pressão sob o poder do país

MERCADO DE LIVROS NO BRASIL

LUIS CESAR • lcesar586@gmail.com

Livraria Cultura é uma das gigantes afetadas pela crise que afeta distribuidores e livrarias

Os protagonistas dessa crise são, em essência, três: Editoras, Livrarias e consumidores. Unidos por uma cadeia de consumo e oferta. Com os pedidos de recuperação judicial das livrarias Cultura e Saraiva, o mercado foi seriamente abalado, pois as livrarias ainda

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constituem o principal meio de vendas para as grandes editoras. E, na ponta dessa relação, está o consumidor. Com a população cada vez mais sem renda devido ao desemprego, as vendas caem, compromissos não são honrados e o mercado desmorona. Nas

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palavras da Pedagoga e livreira Tânia Damásio, “vai demorar um pouco ainda pra se recuperarmos. Principalmente porque o médio e pequeno negócio sentiu muito”. Uma outra razão apontada para os números ruins desde 2014, é o baixo acesso do brasileiro às livrarias. O que gera menos vendas (Até novembro do ano passado, o faturamento encolheu 8,31% se comparado com o mesmo período de 2018) Menos menos livrarias, menos editoras. E a crise da Covid-19 contribuiu para o fechamento de lojas, perda de empregos e quebra de um lento processo de recuperação financeira. Melhora essa motivada, também, por uma mudança na forma de consumo. Como veremos a seguir. 2) A ascensão do E-book

e

das vendas digitais A Amazon chegou ao País em 2012, revolucionando o modelo de negócios no País. Com a popularização da Internet, o número de vendas digitais cresceu. Ganhando fãs como a Beatriz Alvez, leitora que adora livros físicos, mas que diz que “se rendeu aos e-books”. Pelo fato de serem financeiramente mais viavéis, além de não ocuparem espaço físico. Uma ferramenta cada vez mais desmistificada no Brasil são os audiobooks e os e-books. O primeiro já é um sucesso nos EUA, por exemplo, gerando quase 1 bilhão de dólares em receita por lá. Aqui, essa plataforma ainda engatinha, responsável por apenas 1% do total de livros vendidos no país, mas que já é cada vez mais conhecida e usada.


GESTÃO FINANCEIRA

A importância de uma boa gestão financeira : O caminho para o sucesso em qualquer empreendimento. MATHEUS VINCE • matheus.vince@gmail.com

Falar de gestão financeira é falar de várias estratégias para uma boa gestão de qualquer negócio, fazendo uma conjunção de ações e processamentos no ramo administrativo que englobam, dentre tantas outras etapas importantes, como a análise, o planejamento e o controle geral das atividades financeiras em uma organização. Permite realizar análises de cenários,criar metas,definir prazos e ainda possibilita acompanhar de forma bem minuciosa e bastante detalhada todos os processos corporativos em andamento. Sabendo aplicar uma boa estratégia de gestão financeira na empresa, o MEI, enfim, toda e qualquer forma de negócio por maior ou menor que seja, vai saber se situar bem, ou seja, vai conseguir compreender com perfeição através dos dados apresentados após o processo da gestão que for aplicado. Podemos saber o quanto a empresa, tem para receber, o quanto precisa pagar e ainda consegue observar também como está o controle entre essas duas ações. Desta forma, serve para sinalizar, como uma espécie de “alerta vermelho” se a empresa está por exemplo a pagar mais do que está recebendo em seu caixa. Isso mostra o por que muitos negócios não dão certo, dando mais prejuízo do que lucro.? A resposta está em como a estratégia de gestão financeira está sendo aplicada. A gestora financeira, Larissa Pinto, comenta : “Os erros mais comuns são misturar as finanças pessoais com as finanças da empresa ,a ausência ou ainda o planejamento financeiro incorreto, não orçar corretamente o custo final do produto, não saber a diferença entre despesa e custo e não gerenciar as ferramentas financeiras.” Daí que surge a dúvida : Como então ter e aplicar uma gestão financeira eficiente, que dê resultado positivo, o lucro, tão desejado e esperado pelo dono do negócio, do empreendimento e, ainda, como e qual seria a melhor forma de se aplicar uma estratégia de gestão financeira

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Ter uma boa gestao financeira é importante par a qualquer negócio.

no meu negócio? Larissa responde : “Buscando uma organização financeira, redução de custos da empresa, análise periodicamente dos resultados financeiros, das análises de demonstrativos financeiros e o controle dos gastos, das compras e das vendas. Já a melhor forma, é conhecer a empresa, seus produtos ou serviços, funções e os clientes. Tomar decisões de acordo com o resultado das análises dos resultados contábeis,fiscais e do planejamento financeiro.” Uma das ações consideradas mais importantes dentro do universo da gestão financeira, segundo Larissa afirma é: “As ações consideradas mais importantes são o controle do planejamento financeiro,pagamentos, cobranças e notas fiscais, a gestão do capital de giro, do fluxo de caixa e de outras ferramentas financeiras

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e ainda a análise dos resultados.” Acabamos de ver a opinião de quem é especialista em gestão financeira,mas e quem não a domina tão bem assim? Celio Ramos,por exemplo, é Micro Empreendedor Individual (MEI) há cerca de 11 anos. Trabalha como locutor comercial e dá a sua opinião sobre a importância da gestão financeira dentro do ramo do seu negócio: “Olha... confesso a você que desconhecia a importância da gestão e até mesmo do funcionamento correto da gestão financeira nos negócios,mas, por outro lado, não vou dizer pra você que não a aplico na minha micro empresa de locução comercial,aplico sim,claro, do meu jeito,da minha forma,eu não tive a oportunidade ainda de estudar a fundo esse mundo pelo

que vejo tão vasto que é o da gestão financeira mas ainda assim creio eu que consigo entender o básico desse procedimento que é com certeza garantir o bom funcionamento, equilíbrio e sustentação do negócio garantindo o máximo de lucro para a pessoa responsável pelo negócio e minimizando os riscos de prejuízo”, afirma. Como podemos observar, se não levarmos em consideração todas essas questões a gestão financeira não vai funcionar corretamente e consequentemente vai acabar virando uma “bola de neve” ou seja, uma sucessão de erros e mais erros que vai se acumulando e cada vez mais acumulando e que por fim vai acabar ocasionando na falência do negócio, o que com certeza não é objetivo final de quem toma a iniciativa de dar início ao seu próprio negócio.


REDES SOCIAIS

TikTok ganha força na pandemia, e isso é só o início JOÃO PEDRO • email@email.com

O TikTok é um aplicativo de celulares, de propriedade da ByteDance, empresa chinesa do ramo da tecnologia. O app foi lançado em 2016 e tem como objetivo, os usuários gravarem conteúdos curtos e próprios em formato de vídeo e compartilhálos dentro da rede social. Para aumentar o alcance do aplicativo nos Estados Unidos e no resto do mundo, a ByteDance, em 2017, comprou os direitos da Musical.ly e, automaticamente, transferiu todos os usuários deste app para o TikTok. Na época, o app comprado pelos chineses vinha em uma enorme ascensão, o que ajudou a popularizar a rede social. Em 2019, o app ultrapassou o Facebook em número de downloads e se tornou a 4ª maior rede social do mundo, de

acordo com dados cedidos pela Infobase Interativa. Dessa forma, o TikTok virou uma verdadeira febre entre o público jovem. “Eu raramente publicava vídeos em minhas redes sociais, isso melhorou um pouco com a chegada dos storys do Instagram, mas o TikTok potencializou muito esse método. Muita gente consegue engajamento por fotos, já eu, prefiro ganhar seguidores através de vídeos.” - disse Sara Petrutes, digital influencer no TikTok. E este é o principal objetivo da rede social, o mercado não tinha um app focado totalmente em vídeo. “Tinha uma brecha muito clara ali para ser trabalhada… a gente não tinha ainda uma rede totalmente focada em vídeos, e tava na cara que quem fizesse isso ia se dar muito bem.” -

afirma Mário Alencar, palestrante sobre pesquisas e análises de engajamento em redes sociais. Fato é que o objetivo foi alcançado e houve um considerável aumento ainda na pandemia de Covid-19. O app chegou a marca de 2 bilhões de downloads em todo o mundo, durante os primeiros meses de 2020. E o motivo para isso acontecer era muito claro. “Esse também é um ponto super positivo para o TikTok, você não precisa ter muitos seguidores para que seu vídeo tenha milhares de acessos e curtidas. O algoritmo usado é ótimo para gerar rápido engajamento.” - Completou Mário Alencar. O TikTok adquiriu uma enorme base de fãs e usuários no mundo todo, e fincou sua bandeira entre os maiores apps da atualidade.

TikTok se tornou febre entre os jovens de todo o mundo

CULTURA

Reencontro com a cultura após a flexibilização do isolamento ADEMIR OLIVEIRA • ademirespiritosanto66@gmail.com

Drink café:Música ao vivo e ao ar livre

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A reabertura dos espaços culturais , após a prefeitura e o governo estadual autorizarem a realização de eventos, com a presença de público, seguem todos os protocolos de segurança recomendados .Medidas como o uso de máscaras, do álcool em gel, e o distanciamento social são regras gerais para os trabalhadores e frequentadores dos pontos de cultura . Com um novo formato adaptado aos tempos da pandemia do novo coronavirus, o Drink Café, na zona sul do Rio, onde o produtor João Luiz Azeredo promove shows ao vivo e ao ar livre, para o público

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reduzido para 90 pessoas por noite. Ele afirma ,que,”Para evitar a aglomeração a casa de shows vende em bilheterias on line “. Já a cantora Flávia Saolli, foi uma das atrações da feijoada da portela, que reabriu os portões da quadra da azul e branco de Madureira, após oito meses, para celebrar o reencontro da família portelense. Para receber o público com segurança, a diretoria da escola elaborou rígido protocolo sanitário , respeitando todas as orientações da secretaria Municipal de saúde do Rio. Apesar da agremiação carnavalesca apostar numa nova configuração configuração do

evento, em que pessoas ficam a três metros de distância uma das outras, a artista afirma que também toma cuidados pessoais, “ Eu levo o meu microfone; Eu não canto em microfone que já está no local, a não ser que seja higienizado na minha frente”. No reencontro do público com a cultura, se normalizou os testes para a Covid 19, para isso artistas , técnicos e plateia. A higienização dos palcos a cada troca de atrações e distanciamento, fazem parte , também, das novas regras gerais. Apesar das exigências, o público aos poucos está voltando a frequentar as casas de espetáculo


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