571

Page 1

Revista

colunista

Ano 49 . Edição 571. Fev/20

a mídia oficial do setor

c or

Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos

O valor da

Mito ou verdade: a cor pode desvalorizar um carro? Carros de segmentos grandes de cor marrom e vermelho tendem a valorizar, enquanto o preto perde mais valor em veículos compactos e médios

acontece

Inadimplência de ICMS declarado é crime fiscal

gestão e direito

Gestão de estoque em sete passos

varejo em foco

Cinco fatores de sucesso para o varejo

revista sincopeças-SP

1


revista sincopeรงas-SP

colunista

2


índice

editorial

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br Diretoria Sincopeças-SP (2018-2022) presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho

conselho fiscal (efetivos) Roger de Souza Gomes Silva Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto

1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

conselho fiscal (suplentes) Cláudia Aparecida Lago Passos Rogério Alves Lins Israel Bovolini

2º secretário Sergio Augusto Costa Mendes

1° delegado efetivo Francisco Wagner De La Tôrre

1º tesoureiro Álvaro Pereira

2° delegado efetivo Álvaro Pereira

2º tesoureiro Edson Shosaburo Koga

1° delegado suplente Heber Carlos de Carvalho

diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra

2° delegado suplente Rui Antonio Girardelli

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira

reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

Ações práticas e institucionais para o varejo de autopeças

A

disseminação de informação e de ferramentas de processos é crucial para o desenvolvimento dos varejos de autopeças. Por isso, o Sincopeças-SP vem estabelecendo importantes parcerias que são fundamentais para a formação profissional e gestão do negócio, entre elas as parcerias educacionais com o Senac-PR, para formação de profissionais para o setor de autopeças, e com a Impacta, que oferece cursos específicos de tecnologia, além das parceria firmadas para o Programa ROTA 45 com o Sebrae-SP, para capacitação, e com o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, para qualificação e certificação das lojas de autopeças e oficinas mecânicas, como também as parcerias para o Programa LOJA LEGAL. O Programa Setorial do Aftermarket Automotivo ROTA 45 – Capacitação, Qualificação e Certificação de Lojas de Autopeças e Oficinas Mecânicas (CNAE 45) é parte da estratégia elaborada pelo Sincopeças-SP e Sindirepa-SP para implantação de uma Política Setorial que incentive e promova o desenvolvimento do aftermarket automotivo, tendo como pressupostos princípios da qualidade para melhoria da competitividade das micro e pequenas empresas varejistas de autopeças e de reparação de veículos. O programa conta com atuação direta do Sebrae-SP e do IQA, além de apoio do Cesvi Brasil, IAA - Instituto da Administração Automotiva e Automec Feira, entre outras entidades que se integrarão ao longo do processo. Por sua vez, o LOJA LEGAL é um programa que estabelece a conexão de marcas automotivas diretamente com as empresas varejistas de autopeças do Estado de São Paulo de forma diferenciada, por meio da homologação do Sincopeças-SP para seus produtos e serviços, abrindo um canal oficial de comunicação diferenciado e próximo das questões que impactam esse negócio. Além dessas ações práticas, mantemo-nos firmes nas iniciativas institucionais, principalmente no pleito para implantação da Inspeção Técnica Veicular Obrigatória em todo território nacional porque, além de reverberar positivamente para a sociedade como um todo, na medida em que gera impacto na saúde, com veículos mais regulados, seguros e menos poluentes, também ecoa positivamente na geração de novos negócios para lojas, oficinas e todo aftermarket automotivo nacional.

Boa leitura

3 revista sincopeças-SP

03 editorial 06 acontece 12 gestão e direito 21 varejo em foco 31 capa 40 mercado 42 fica a dica 46 especial online 48 tecnologia 50 giro


revista sincopeças-SP

sin cope ças

4

N

O

S

79 A

índice


editorial • CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL • PESQUISA ROLAND BERGER • LEI DO DESMANCHE • NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

• PARTICIPAÇÃO COM MAIS DE 12 CARAVANAS NA AUTOMEC • ACESSO ÀS INFORMAÇÕES RETIDAS PELAS MONTADORAS • REALIZAÇÃO DE FÓRUNS • INMETRO

CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

• ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL • REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL

IARC - BERLIN | AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS | AUTOMECHANIKA - FRANKFURT | AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

• PESQUISA MVA • ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO • APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

• PROJETO LOJA LEGAL • ROTA 45

revista sincopeças-SP

5


acontece

Inadimplência de ICMS declarado é crime fiscal STF decide que inadimplência de ICMS declarado é crime fiscal. Para que a ação penal contra o contribuinte prossiga, Ministério Público deverá reunir e avaliar indícios de que há conduta visando ao benefício econômico

Para a FecomercioSP, essa decisão é perigosa, uma vez que pode resultar em vários custos altos aos empresários (Arte: TUTU)

revista sincopeças-SP

6

O

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em dezembro, que o empresário que deixar de recolher o ICMS declarado ao Estado não será considerado apenas um inadimplente

fiscal, mas também estará enquadrado nos crimes relativos à “apropriação indébita do imposto”, previstos na Lei de n.º 8137/1990; de certa forma, essa inadimplência passa a ser con-

siderada um crime semelhante a deixar de repassar o recolhimento do INSS aos cofres públicos. Atualmente, o ICMS é uma das principais fontes de receita dos Estados.


acontece

O dolo, que nesse caso se trata do artifício na conduta do contribuinte visando ao benefício econômico, geralmente é constatado ou não apenas no decorrer da ação penal. Como esse fator é imprescindível para que ocorra o crime tributário, o Ministério Público – o órgão de acusação perante o Poder Judiciário – terá de analisar caso a caso, buscando indícios de autoria e materialidade do dolo, de que o contribuinte cometeu um crime e de que tal conduta é um crime. O órgão deverá fazer isso ouvindo testemunhas e, inclusive, reunindo provas de que os preços praticados não superavam os custos considerando os impostos, por exemplo. Tudo terá de ser comprovado para que a acusação prossiga. Em princípio, esse processo todo pode trazer dois custos ao empresário: arcar com a constituição de advogados e a situação de se tornar réu em ação criminal, com prejuízos nas imagens pessoal e do negócio. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), essa decisão é também perigosa, uma vez que pode trazer vários custos altos ao empresário que não consegue pagar todos os meses, colocando-o, inclusive, em conflitos jurídicos. Além disso, a Federação entende que como isso dependerá de caso a caso, sem uma regra ex-

tremamente objetiva, resultará em insegurança jurídica. Como não há outra instância superior ao plenário do STF no Poder Judiciário, o único recurso cabível será o de embargos de declaração, os quais devem se restringir apenas ao esclarecimento daquilo que foi julgado e decido pelo órgão, mas que ficou contraditório ou obscuro. Esses embargos, por si só, não podem alterar o resultado do julgamento, apesar de isso ser possível em casos excepcionais. A FecomercioSP esteve acompanhando o caso. Por meio do Conselho Superior de Direito, teve representantes participando de audiências públicas, como amicus curiae, constituído advogado para sustentação oral e apresentado memoriais contrários a esse atual entendimento do STF aos ministros componentes do órgão. A FecomercioSP está avaliando novos projetos de lei criados por deputados federais que tratam do assunto. Para o presidente do Conselho Superior de Direito da Federação, Ives Gandra Martins, “não prender não é ser leniente. A lei é dura também para o devedor confesso: multa, negativa de certidão, protesto. A criminalização da dívida tributária foi rechaçada pelo STF no auge do período autoritário. Não é na democracia que haverá de prosperar!”, disse, em artigo recente.

Fonte: FecomercioSP

7 revista sincopeças-SP

O que o STF fez foi pôr um fim à tese de que o contribuinte que deixa de pagar a guia desse imposto, mesmo cumprindo todas as suas obrigações acessórias de boa-fé, está apenas inadimplente em relação à dívida. Com isso, o empresário poderá responder criminalmente por não pagar o imposto. A justificativa apontada pelos ministros é de que o ICMS não pertence ao contribuinte, ou seja, não é receita da empresa. É importante que o empreendedor se atente ao cumprimento das obrigações tributárias a fim de evitar esse conflito. A decisão afeta a todas as categorias de empresas – de grande a pequeno porte. O STF ainda não definiu como isso se aplica à inadimplência relativa à única guia de recolhimento de impostos paga no Simples Nacional. Nem todos os casos de inadimplência serão automaticamente considerados um crime fiscal, mas é importante que os contribuintes se adaptem a essa nova realidade. Para que um caso em particular se enquadre como crime, é imprescindível que haja uma manobra ou um artifício na conduta do contribuinte visando à obtenção de um benefício econômico, como deixar de pagar o imposto de modo a aumentar a margem de lucro ou para reduzir preços de produtos e serviços – a fim de concorrer de forma desleal no mercado.


acontece

Pesquisa aponta autopeças mais vendidas em 2019 Conheça os Top 10 itens mais vendidos em algumas das categorias mais populares do Monitoramento de Autopeças do The NPD Group Brasil em 2019

M

onitoramento mensal do instituto de pesquisa The NPD Group (www.npd.com) apresenta resultados inéditos sobre o mercado de distribuição de autopeças no Brasil. O monito-

ramento fornece a variação do faturamento das top autopeças e o volume de vendas em unidades, entre os anos de 2018 e 2019, bem como o percentual de variação do preço de venda.

Conheça a lista completa dos Itens Mais Vendidos em 2019

revista sincopeças-SP

8

De acordo com o monitoramento, dentre as autopeças mais populares no setor de reposição, destacam-se as Pastilhas de Freio, Amortecedores, Filtros de Óleo e Radiadores.


acontece

The NPD Group: Todas as informações são obtidas por meio do Painel NPD de Monitoramento da Distribuição de Autopeças no Brasil.

mil empresas em todo o mundo que utilizam os seus dados e estatísticas em mais de 20 setores da indústria e do varejo para medirem, preverem e melhorarem o desempenho de seus negócios. Anualmente mais de 12 milhões de consumidores são entrevista-

dos e mais de 300 mil lojas de varejo monitoradas globalmente. O grupo ainda oferece serviços de monitoramento de consumidores e vendas, relatórios especiais, soluções analíticas e de consultoria. No Brasil atua com operação própria desde 2016.

9 revista sincopeças-SP

SOBRE O NPD GROUP O The NPD Group é uma empresa de pesquisa de mercado criada em 1966 em Port Washington, Nova Iorque, nos Estados Unidos, e opera em 21 países com 25 filiais nas Américas, Europa e Ásia. Mantém um portfólio de 2


acontece

Nakata divulga resultado da promoção Feras da Oficina Ação envolveu mais de 8 mil participantes e gerou 150 mil acessos à plataforma com 800 dicas de reparação. Campanha garante interação entre reparadores e biblioteca virtual técnica com conteúdo de manutenção e diagnóstico na plataforma, como fonte de pesquisa para que desejam entender mais sobre o universo da reparação

Fernando Neves ganhou o título de Fera do Ano

revista sincopeças-SP

10

A

promoção Feras da Oficina Nakata, realizada de 28/01/2019 a 03/02/2020, superou as expectativas e foi um sucesso em termos de interação e com-

partilhamento de informações técnicas entre os mecânicos de todo o País que puderam publicar dicas de manutenção e diagnóstico na plataforma.

Foram mais de 150 mil acessos efetuados no site da campanha, 8 mil reparadores se inscreveram para participar da campanha e mais de 800 dicas de ma-


acontece

componentesnakata que possui muitas dicas de aplicação e manutenção, sendo mais um meio de consulta com o passo a passo dos procedimentos. O profissional que mais se destacou ao longo da campanha e ganhou o título de Fera do Ano foi Fernando Neves, que ficou na primeira posição. Ele enviou 16 dicas de manutenção durante a campanha, sendo que três se destacaram como campeãs mensais e quatro foram classificadas. Em segundo lugar no ranking geral, ficou Alex Girardi, que mandou seis dicas, sendo uma campeã do mês e quatro classificadas. O terceiro Fera do Ano é Marlon Staudt, que apresentou sete dicas, sendo uma campeã do mês e duas classificadas. O primeiro do ranking dos Feras do Ano ganhou um carrinho metálico com cin-

co gavetas, baú basculante e mais de 60 ferramentas, o segundo, um baú gabinete com mais de 50 ferramentas e o terceiro, caixa de ferramentas metálica sanfonada com mais de 50 ferramentas. Ao longo dos 12 meses de promoção, também foram distribuídas diversas ferramentas como prêmios mensais. Com a finalidade de levar cada vez mais conhecimento técnico ao setor, bem como estimular o relacionamento com os reparadores, a Nakata promove constantemente ações nos canais digitais (Facebook, Youtube, Instagram, site, blog, EAD, entre outros), bem como divulga variedade de materiais técnicos. A promoção Feras da Oficina Nakata contou com certificado de autorização Caixa N° 3-0996/2018.

Sobre a Nakata Automotiva A Nakata Automotiva, fabricante de autopeças para o mercado de reposição para veículos leves, pesados e motocicletas, líder em componentes undercar, vem construindo sua história de sucesso há mais de 60 anos no Brasil. Com pionei-

rismo, qualidade e compromisso com o mercado, a Nakata Automotiva se tornou reconhecida pela alta performance de seus produtos e elevado padrão de serviços. Comprometida 100% com o mercado de reposição, oferece soluções completas de servi-

ços pré e pós-vendas. Possui fábrica em Diadema, sede administrativa e centro de tecnologia e desenvolvimento em Osasco e dois centros de distribuição em Extrema-MG e Santo André -SP e exporta para mais de 20 países das Américas, Europa, Ásia e Oceania.

11 revista sincopeças-SP

nutenção de veículos enviadas, criando uma biblioteca virtual com conteúdo técnico disponível como fonte de pesquisa para consulta www.ferasdaoficinanakata.com.br/, promovendo conhecimento. "Os números mostram que a campanha conquistou seu objetivo - promoveu relacionamento e interação entre os profissionais, trouxe conhecimento técnico com o compartilhamento das dicas de manutenção e diagnóstico dos sistemas de direção, suspensão, transmissão e freio e criou uma fonte importante de pesquisas", ressalta Sabrina Carbone, gerente de marketing da Nakata. A partir de todo esse material técnico dos mecânicos que participaram ao longo do ano da promoção, foi lançada a série de vídeos Feras da Oficina no canal do YouTube da Nakata www.youtube.com/


gestão e direito

Gestão de estoque

em sete passos Empresas devem seguir algumas recomendações para obter vantagens competitivas com o outsourcing logístico (Por Ruben Belluomo)

A revista sincopeças-SP

12

inovação nos serviços de logística é essencial para manter as vantagens em relação à concorrência e reduzir os custos logísticos, que consomem boa parte do faturamento das companhias brasileiras. Segundo a Fundação Dom Cabral, as empresas gastam, em média, 12,37% do seu orçamento bruto com custos logísticos no Brasil. Para reverter esse quadro, organizações de todos os portes e de todos os setores estão reconhecendo a necessidade de investir em tecnologia para obter maior agilidade na execução da cadeia de abastecimento e maior vantagem competitiva.

Muitas empresas estão optando por fazer parcerias com operadores logísticos terceirizados (3PL – abreviação do inglês Third-party logistic), com os quais conseguem aumentar seus recursos e capacidades para superar os desafios do setor. O outsourcing logístico oferece localizações mais próximas dos clientes e podem ser alocados, retirados ou realocados rapidamente, proporcionando uma melhor adaptação às exigências do mercado. Essa solução fornece o benefício da flexibilidade de aumentar ou diminuir o fluxo de trabalho, de acordo com a volatilidade do ramo de atividade e com as condições econômicas.

Mesmo assim, muitos 3PLs se deparam com aplicativos defasados, falta de capacidade em transações móveis e na identificação automática (por código de barras), gestão de trabalho ineficiente, falta de apoio a fluxos de trabalho para diversos clientes e gestão de inventário/espaço, problemas de faturamento e outros problemas relacionados às capacidades essenciais para conquistar este mercado de alta competitividade. Assim, seria interessante seguir um roteiro de melhores práticas para aperfeiçoar a sua gestão de estoque e obter vantagens com uma estratégia 3PL:


gestão e direito

1.

Desenvolver e comunicar as estratégias comerciais aos gerentes e funcionários Muitas empresas não estão documentando ou comunicando seus planos de ação às pessoas encarregadas de executá-la. O alinhamento estratégico dos seus recursos operacionais com sua força de trabalho faz com que seja mais fácil executar os processos e atividades que mantêm sua empresa competitiva e produtiva. Uma organização bem alinhada e que possui métricas de desempenho em sinergia com os projetos, tem mais chances de contar com uma equipe de trabalho motivada e que desempenhe suas atividades de forma mais eficiente e produtiva para obter resultados desejados. Ao investir tempo analisando a funcionalidade, os recursos tecnológicos da plataforma utilizada, os roteiros futuros e a experiência no ramo, oferecidos pelos 3PL, você criará um entendimento básico sobre como a TI pode te auxiliar na relação com a concorrência e a desempenhar operações de nível mundial. Quanto mais experiências um fornecedor tiver na área em que você atua, mais tecnologia terá para se adequar às suas exigências.

Identificar líderes de processos em período integral para gerenciar o projeto Esta não é uma tarefa a ser executada em meio período. Especialistas no assunto (SMEs), responsáveis pelos processos, gerentes, operadores e outros participantes podem ser contratados para trabalharem em meio período, conforme solicitado pelos gerentes de projeto. O projeto em si, juntamente com a documentação e a comunicação com o comitê diretor durante todo o processo de seleção, é uma tarefa em tempo integral.

13 revista sincopeças-SP

2.


gestão e direito

3.

Avaliar e documentar os processos de execução da cadeia de abastecimento e fluxos de trabalho Isto é especialmente essencial para um 3PL que atende diversos clientes, que possuem exigências de pedidos, sistemas, fluxos de trabalho e pedidos de custos/faturamento diferentes. É vital analisar e revisar detalhadamente cada um dos processos de execução da cadeia de abastecimento para identificar as áreas a serem inovadas, bem como determinar as exigências do sistema. O levantamento impreciso de exigências é o principal motivo de erro ou falha nas implantações.

4.

Conduzir uma pesquisa de mercado secundária sobre os sistemas e tecnologias de execução da cadeia de abastecimento Aproveite que muitos fornecedores têm muitos anos de experiência em um determinado setor e deixe-os explicar o processo de seleção pelo qual passaram, a experiência de implantação (boa, ruim ou péssima), vivência com a operação e manutenção contínuas, adoção de nova funcionalidade, facilidade de integração e suporte a fluxos de trabalho, faturamento e operações com diversos clientes. É importante conduzir esta pesquisa antes do processo de seleção. Essa ação vai lhe ajudar a consolidar suas exigências e a validar sua lista resumida. Isto também poderá alertá-lo sobre novas considerações que você ainda não tenha documentado.

5.

Mapear suas descobertas (funcionalidade e características) nos processos, métricas e estratégias Partindo das orientações da etapa três, também é importante corresponder à funcionalidade que está disponível no mercado aos seus processos específicos para identificar rapidamente quaisquer lacunas nas aplicações. Isto também ajuda a revelar e quantificar a forma como a nova tecnologia pode melhorar as operações.

revista sincopeças-SP

14


gestão e direito

6.

Conduzir uma pesquisa com usuários não referenciados Além das referências fornecidas pelos candidatos do seu sistema, identifique os usuários dos aplicativos que não são referências. Elabore uma lista abrangente de perguntas para a entrevista e realize quantas entrevistas possíveis com usuários dos aplicativos.

7.

Liberar um questionário RFP para os vendedores qualificados e conduzir um processo de seleção rigoroso Durante este processo, você poderá identificar áreas a serem aprimoradas dentro das suas operações atuais. Você também poderá descobrir que seus sistemas existentes podem ser atualizados ou expandidos com novas funcionalidades ou nova tecnologia, e que você não precisa necessariamente de um sistema novo. É importante fazer uma revisão e levantamento completo sobre a estratégia, do pessoal, do processo e da tecnologia para determinar as suas necessidades de solução.

revista sincopeças-SP

15


gestão e direito

Os brasileiros e o

esgotamento mental O trabalho tem causado esgotamento mental no profissional brasileiro (Por Lu Magalhães)

c

revista sincopeças-SP

16

Na prática, a maioria dos funcionários sofreu algum problema de saúde mental por conta do trabalho. Essa é uma das conclusões do mapeamento feito pela Talenses com mais de 1.400 pessoas. De acordo com o levantamento, 49% dos entrevistados já sofreram crises de ansiedade; 44% afirmaram que tiveram Síndrome de Burnout – um esgotamento mental ocasionado por estresse profissional. Entre os profissionais que participaram da pesquisa, 70% declaram que o trabalho tem contribuído fortemente para essa situação. Entre os fatores que detonam essa precariedade na saúde mental, destaque para pressão por resultados

(61%); excesso de horas trabalhadas (55%) e acumulação de funções (55%). Há, também, insatisfação com o ambiente corporativo (40%); para 31%, o fator estressante foi um assédio moral sofrido no trabalho.

O fato é que a saúde mental do brasileiro é um grande tabu. Os gestores mais tradicionais acreditam que o trabalho não é o ambiente adequado para expressar emoções. Como resposta, para a maioria dos pro-


gestão e direito

mano e saibam extrair o melhor detodos e paratodos. A obra mostra que para a maioria das pessoas do mundo, o local de trabalho não tem os elementos fundamentais que nos fazem prosperar como seres humanos – coisas básicas como respeito, oportunidades de crescimento pessoal e de conquistas; a formação de

uma comunidade acolhedora e um senso de significado. Em contrapartida, o funcionário contemporâneo espera um o ambiente de negócios com valores além do salário e plano de carreira. Como resultado dessa expectativa, sobretudo das novas gerações, os líderes têm o desafio de criar uma cultura proeminente para todos.

Lu Magalhães é presidenteda Primavera Editorial, sócia do PublishNews e do #coisadelivreiro. Graduada em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), possui mestrado em Administração (MBA) pela Universidade de São Paulo (USP) e especialização em Desenvolvimento Organizacional pela Wharton School (Universidade da Pennsylvania, Estados Unidos). A executiva atua no mercado editorial nacional e internacional há mais de 20 anos.

17 revista sincopeças-SP

fissionais no mundo, o local de trabalho não tem os elementos fundamentais que nos fazem prosperar como seres humanos. Não é o local para desenvolvermos práticas básicas como respeito, oportunidades de crescimento pessoal e de conquistas; não favorece a formação de uma comunidade acolhedora e um senso de significado. Em contrapartida, o funcionário contemporâneo espera um ambiente de negócios com valores além do salário e plano de carreira. Como resultado dessa expectativa, sobretudo das novas gerações, os líderes têm o desafio de criar uma cultura proeminente para todos. Para os brasileiros que estão questionando essa lógica, recomendo o livro A Great Place For All, de Michael C. Bush e a equipe da consultoria global – responsável pela pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar em mais de 50 países. A obra é um chamado para que as organizações desenvolvam cada grama de potencial hu-


gestão e direito

A gestão eficiente de pessoas "O varejo que ainda vê as pessoas apenas como um número será tratado da mesma forma"

E

m uma palestra que proferi em importante feira de automação para varejo, uma pergunta surgiu ao final: “Como obter o máximo das pessoas em meu negócio? ”. Este é um questionamento que sempre recebo em palestras ou trabalhos. Pensando em responder a esse questionamento, separei sete passos que utilizo nas empresas:

revista sincopeças-SP

18

(Por Anderson Ozawa)

1) Invista em seleção e recrutamento: ter as pessoas certas significa selecionar aquelas que estão alinhadas e acreditam na missão da empresa. Defina bem quais perfis você deseja para o seu negócio, quais experiências e técnicas devem possuir, e então comece a buscar. Contratar por necessidade sai muito caro. Contrate por alinhamento.

2) Dê as boas-vindas: vai além de um kit com um informativo. É nessa hora que você deixa claro as regras da empresa, quais os papéis e responsabilidades, insere a pessoa no time. Quando isso acontece, ela inicia um processo único de aceitação da organização, e que irá marcar sua trajetória na vida profissional.


gestão e direito

3) Capacitação inicial: antes de colocar a pessoa em campo, forneça capacitação para a função que irá exercer, seja em sala de aula ou na prática. Essa ação valoriza o colaborador e faz com que ele aprenda os processos corretos, sem vícios. A empresa tem a oportunidade de manter a homogeneidade das rotinas e garantir que a execução será realizada da maneira correta. 4) Avalie com frequência: de acordo com a política de avaliação, sempre forneça o feedback aos colaboradores, orientando-os e reconhecendo seus resultados. Ter indicadores de desempenho é fundamental para que o funcionário saiba onde está posicionado e onde pode chegar. 5) Tenha um plano de carreira: todos devem vislumbrar onde e como podem chegar

dentro de uma empresa. O plano de carreira dá visibilidade da política de crescimento e remuneração, estimula e engaja as pessoas, por saberem as regras claras do negócio. 6) Capacitação constante: quanto mais horas de capacitação os colaboradores têm, melhor é o desempenho da empresa, mais sentem-se valorizados e, consequentemente, os resultados são melhores. Desde capacitações técnicas a interpessoais, o importante é investir no colaborador e registrar estes momentos através de fotos, certificados, entre outras ações. 7) Ouça as pessoas: ter um canal aberto de comunicação é vital para que as pessoas se sintam em um ambiente participativo e colaborativo. Estabelecer programas de ideias fomenta o envolvimento das pessoas no negócio e nos processos, e quem

está na operação tem, na maioria das vezes, uma solução ou um jeito simples que vá de encontro com o produto ou serviço, e principalmente, com o cliente. O varejo que ainda vê as pessoas apenas como um número, será tratado da mesma forma. Os colaboradores são a espinha dorsal e parte viva do negócio que tem interação constante com os clientes, fornecedores, sociedade e acionistas. Sua ação sincronizada leva a um resultado contínuo de satisfação e alinhamento de propósitos, e que hoje tornam-se um diferencial competitivo. Enquanto uns cortam despesas através das pessoas, outros investem em pessoas. Quem terá o melhor resultado?

revista sincopeças-SP

19

Anderson Ozawa é Diretor Vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR)


gestão e direito

O incentivo da bonificação Bonificação incentiva funcionários e pode aumentar produtividade da empresa. Ação faz empregado se sentir valorizado e buscar desenvolver as atividades com mais empenho para superar as metas apresentadas

R

revista sincopeças-SP

20

ecompensar o trabalho dos funcionários é uma maneira eficaz de aumentar a produtividade. Isso ocorre porque, ao se sentir valorizado, o empregado busca meios de desenvolver suas atividades com mais empenho e atenção para superar as metas apresentadas. Nesse sentido, é interessante pesquisar e compreender como funciona um sistema de bonificação. Em linhas gerais, é uma gratificação que o empregado recebe por atingir determinados critérios preestabelecidos. Essa recompensa pode ou não envolver uma quantia em dinheiro, e é importante destacar que existem muitas formas de gerar incentivos. Podem servir como bonificação alguns prêmios como celulares, diárias de viagens nacionais e internacionais, compra de produtos diversos, etc. A assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recomenda que, antes de oferecê-la, os gestores avaliem qual o tipo de gratificação que mais combina com o perfil dos funcionários. A Entidade acredita que um sistema de bonificação bem implementado pode reduzir até mesmo a rotatividade de empregados.

Entidade acredita que um sistema bem implementado pode reduzir até a rotatividade de empregados (Arte: TUTU) Como implantar um programa de bonificação A empresa também deve levar em consideração que um modelo mal escolhido pode gerar impactos contrários como desmotivação e queda na produtividade da empesa. Para que isto não ocorra algumas dicas devem ser consideradas ao se implantar esse programa: * Mapear o perfil dos colaboradores a fim de identificar seus objetivos e alinhá-los aos objetivos da empresa. Lembrando que é sempre importante que a empresa trace objetivos mensuráveis. * Fique atento ao fluxo e caixa da empresa: é importante que a empresa esteja em dia com o seu planejamento financeiro para cumprir com todos os “prêmios prometidos”. Nunca prometa algo que não será possível cumprir.

* Acompanhamento e melhoria contínua: todo programa de bonificação deve ser acompanhado periodicamente a fim de verificar os resultados atingidos por cada colaborador, como também aqueles alcançados na totalidade. Com isso, se garantem as medidas necessárias ou ajustes para que se atinja o objetivo. * Seja claro e objetivo: o programa deve ser de fácil entendimento e claro para todos os colaboradores. A divulgação é fundamental para o sucesso do programa. Atenção Caso a bonificação escolhida pela empresa seja em dinheiro, não se deve recolher encargos sobre esse valor, porém, recomenda-se destacá-lo na folha de pagamento (holerite) para que fique claro ao empregado o valor da remuneração. Fonte: FecomercioSP


varejo em foco

Cinco fatores de sucesso para o varejo O que vai influenciar a compra nos próximos três anos são comodidade (69%), tempo (61%) e atendimento (44%), revela estudo

A

o condutor e os dados são o combustível desta jornada. Até 2019, os millennials serão a grande massa ativa economicamente, alcançando no Brasil um potencial de compra de R$ 75 bilhões. Além disso, a sua frequência de compras online é duas vezes maior do que a da geração X. De acordo com a pesquisa Hight-Tech Retail® – A Tecnologia e o Comporta-

mento de Compra do Brasileiro –, realizada pela Croma, o que vai influenciar a compra nos próximos três anos são comodidade (69%), tempo (61%) e atendimento (44%). Essa tríade já possui complexidade suficiente para os grandes varejistas, pouco habituados a pensar em big data e ainda incapazes de produzir inovação em larga escala e capilaridade.

21 revista sincopeças-SP

autoralidade das novas gerações impulsiona padrões diferentes de compra e a reconfiguração do varejo passa pelo comportamento dessas pessoas. Se 70% de millennials e geração Z preferem lojas físicas, a revolução digital deve promover transformações além da sua própria natureza. Sendo a internet uma nova forma de funcionamento do planeta, utilizar a tecnologia para criar experiências encantadoras, em quaisquer pontos de contato, passa a ser uma ação irrevogável. As últimas pesquisas realizadas na Croma têm mostrado que a experiência em comparadores de preços e sites de e-commerce tem influenciado significativamente o imaginário multicanal. Características, atributos e funcionalidades digitais passaram a configurar o desejo do shopper que quer decidir onde, quando e quanto quer comprar. Se a multicanalidade é a saída, a tecnologia é


varejo em foco

revista sincopeças-SP

22

Em um cenário onde produtos e preços são cada vez mais commodities e copiáveis, a oferta de serviços e experiência de compra capazes de gerar consideração, preferência e aumento na intenção de compra devem ocupar, cada vez mais, o foco de atenção de marcas e varejistas. A pesquisa também identificou que mais de 50% consideram a tecnologia útil para a experiência de compra. Desses, 42% e 44% consideram respectivamente a realidade virtual e a visualização de produtos em 3D totalmente úteis. Tais números representam o quanto o varejo no Brasil está descompassado em relação ao que já deveria entregar hoje. Enquanto isso, a disputa pelo menor preço, refletida na infindável sequência de anúncios parecidos na TV e folheteria,

só reforça o quanto se investe pouco para entender missões de compra, jornadas e perfis. Se o shopper caminha para o omnichanel, o varejo ainda insiste, de certa forma, em perpetuar um modelo colorido e caótico do qual se tornou o próprio refém. A pesquisa High-Tech Retail® também identificou que, nos três anos seguintes, a mudança nos hábitos de compra em terras brasileiras acompanha o que acontece no restante do mundo. Com a revolução digital e o aumento das interações, presenciaremos cada vez mais frequentes transformações nas relações sociais e, consequentemente, nas relações de compra. A partir do estudo, realizado com mais de 3 mil compradores no Brasil, incluindo 60 casos de neurociência aplicada, é possível apontar cinco fatores

de sucesso para os varejistas nos próximos três anos: 1 – Além do plástico: 49% dos shoppers pretendem utilizar muito novas formas de pagamento, dispensando o uso de cartões ou dinheiro físico. A revolução trazida pela mobilidade, fintechs, biometria e por empresas como Google passam a fazer parte da pauta de inovação que impactará desde empreendedores autônomos até grandes redes. Como 60,4% dos brasileiros realizarão compras utilizando tecnologias de autoatendimento, o self-checkout está também inserido nesse contexto. 2 – Servimos bem para servir sempre: o que vai influenciar a compra são comodidade, tempo e atendimento. O papel dos vendedores tende a ser dramatica-


varejo em foco

Sobre o Grupo Croma O Grupo Croma se dedica ao design de inovações em três unidades de negócios: • CONSULTING & TECH: soluções ágeis em projetos de consultoria e inovação tecnológica.

• INSIGHTS & DATA ANALYTICS: instituto de pesquisa e análises avançadas. • KNOWLEDGE & EXPERIENCE: jornadas de capacitação e eventos. Com a missão de oferecer soluções para qualquer desafio de ne-

gócios, o Grupo Croma atua em diversos países e atende diferentes segmentos, sendo responsável por transformações significativas e resultados comprovados. Conheça mais em www.cromasolutions.com.br.

Sobre Edmar Bulla Edmar Bulla é CEO e fundador do Grupo Croma, empresa que oferece design de soluções para inovação em negócios. Graduado pela ESPM, possui especializações em Neurociência e Comportamento e também

em Marketing Digital pela Harvard Business School, além de formações em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e Grupo WPP, ocupando posições regionais e globais. Professor e palestrante frequente em eventos no Brasil

e exterior, recebeu prêmios durante sua carreira e é convidado para facilitar encontros de inovação, moderar debates e aconselhar comitês executivos e é apaixonado por conduzir processos de transformação cultural e digital em grandes empresas.

data e tecnologias que promovam a melhor experimentação de produtos em qualquer ponto de contato.

23 revista sincopeças-SP

3 – Líderes do varejo e de tecnologia: o omnichanel, quando comparado a uma expansão física, é uma forma barata de ampliar negócios e está 100% pautado em experiências. Impulsionado pelo desejo de independência do shopper, o varejo precisará investir em integração de canais, logística e estoques compartilhados, personalização de layout de lojas, inteligência artificial, big

4 – Não é só o front-end: 69% dos brasileiros acreditam que a tecnologia vai tornar a experiência de compra mais cômoda e personalizada. No entanto, essa premissa é válida desde que haja estratégia de integração de canais e recursos. Caso contrário, apps, sites e demais recursos serão insuficientes para sustentar uma real transformação, gerando frustração, má avaliação dos pilotos e desperdício de investimentos por conta de iniciativas isoladas.

5 – Shopper, shopper, shopper: 50% da população global estará conectada até 2020, o que justifica o foco no entendimento das jornadas de compra atreladas à tecnologia. O varejo brasileiro, ainda hoje, continua sendo bastante orientado às ocasiões de consumo. Contudo, há muitas possibilidades inexploradas de ativações, no trade, para diferentes ocasiões de compra. Com a tecnologia é possível integrar os canais físico e digital para proporcionar experiências de compra personalizadas. Essa integração promoverá, ao contrário do que muitos pensam, diminuição de custos, aumento do ticket, fidelização e retenção de clientes.

mente afetado e, nesse sentido, especialistas e técnicos tendem a ocupar posições estratégicas na venda consultiva, inclusive finalizando vendas por dispositivos móveis, sem a necessidade do tradicional checkout.


varejo em foco

Loja física ou e-commerce? Ricardo Eletro une conceitos em espaço físico para promover o máximo de experimentação. Primeira unidade da rede em São Paulo oferece ao cliente novas experiências de compra pelo e-commerce com interação física e virtual

A

imersão no universo digital é um convite ao cliente da Ricardo Eletro, rede varejista pertencente ao grupo Máquina de Vendas, a visitar o lançamento da primeira loja física do varejo voltada para experimentação, localizada no 1º andar do Shopping Parque Cidade, o E-Live, foi o espaço escolhido pela rede para proporcionar ao consumidor uma nova experiência sensorial, com a presença física de produtos comercializados pelo e-commerce da rede.

revista sincopeças-SP

24

Luiz Wan-Dall, CEO da Ricardo Eletro, explica que será possível contemplar além do mix de produtos disponíveis no e-commerce, tecnologias imersivas no primeiro Life Center do Brasil voltado para aprimorar a experiência de compra digital, com conteúdos como telas interativas, realidades aumentada, ambientes virtuais e compras via etiqueta QR Code. A permanência da rede varejista no E-Live está programada por um trimestre, ciclo no qual o consumidor poderá contemplar

produtos distintos e de diversas marcas, como Electrolux, LG, Samsung e de parceiros como Webfones e a Ubisoft, empresas voltadas para o universo GAMER, que disponibilizarão um PS4 / Playstation 4 e anteciparão os lançamentos de games, como Just Dance e Recon Breakpoint. “Os esforços miram faturamento adicional, mas sem esquecer da experiência do cliente”, revela o CEO. “Preparamos ambientes inovadores, aconchegantes, repletos de elementos e produtos


varejo em foco

Sylvia Ferrari e Renato Loes são os responsáveis por idealizar o E-Live - espaço físico com capacidade para 15 e-commerces exibirem seus produtos, em 700m² de livre circulação, por ciclos trimestrais. “Trabalhamos para criar ambientes de entretenimento, sem compra física, sem caixa, sem estoque físico, privilegiando o contato com os produtos e seus conteúdos, no primeiro marketing place do mundo composto por produtos com vitrines interativas, conteúdo em vídeos, imagens e até realidade virtual e aumentada”, comenta Sylvia. As mudanças no comportamento de consumo com preferência por compras on-line refletem diretamente o cenário econômico do Brasil. Os indica-

tivos demonstram que existem aproximadamente 90 mil lojas virtuais no Brasil, que devem gerar em torno de 80 bilhões até o final deste ano, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). “Para nós, além de observar este movimento, acreditamos que é fundamental atender bem nossos clientes, seja nas grandes metrópoles, nas regiões mais distantes ou quem navega pelo site. Mas, inclusive, oferecer ao consumidor, novas possibilidades para vivenciar experiências imersivas, como no E-Live. Considerado um verdadeiro marco na história da Ricardo Eletro, por conseguirmos proporcionar a proximidade do online com o máximo de experimentação”, conclui.

Sobre Ricardo Eletro Fundada no interior de Minas Gerais, em 1989, a Ricardo Eletro está hoje entre as maiores redes varejistas do Brasil. Em 30 anos de história, a gigante do varejo está presente em 15 estados brasileiros e no Distrito

Federal, e possui mais de 500 pontos de venda, além do e-commerce. A varejista é a principal bandeira do Grupo Máquina de Vendas, fundada em 2010 com a fusão da Ricardo Eletro e as empresas Insinuante, City Lar, Eletro Shopping e

Salfer. Com mais de 80 mil produtos, que variam de eletrodomésticos e eletrônicos até itens de beleza e saúde, a empresa tem como missão oferecer produtos com o preço acessível e estar sempre próxima dos diversos perfis de consumidores.

25 revista sincopeças-SP

para estimular naturalmente nosso cliente a realizar testes e se aventurar nas experiências sensoriais propostas durante a visitação”, explica Wan-Dall. E, acrescenta o CEO: “Além deste convite, o uso das tecnologias imersivas não se limita a essas propostas, pois os consumidores também poderão utilizar as novas plataformas da Ricardo Eletro, como o carnê digital icred (sistema de aprovação de crédito digital via aplicativo) e o e-commerce reformulado da marca. Com isso, o nosso objetivo é oferecer o poder de compra e a diversificação de produtos disponível no marketplace, que conta com ‘prateleira infinita’, para atendermos de forma prática, ágil e eficaz”.


varejo em foco

Pesquisa Robô x Humanos Estudo realizado pelo grupo Mulheres do Varejo revela ainda que empatia, olhar humanizado, acolhimento, sensibilidade foram citados por 61% dos entrevistados quando perguntados quais são as características femininas que podem contribuir para essa revolução tecnológica

P

"

revista sincopeças-SP

26

ensando na sua função atual, o quanto você acredita que ela poderá ser substituída por um robô"? Esta foi uma das perguntas realizadas pelo grupo Mulheres do Varejo (www. mulheresdovarejo.com.br) para um estudo sobre Tecnologia e Humanização para aproximadamente 80 executivos ligados ao varejo. Destes 85,8% responderam que discordam (46,8%) ou discordam totalmente 39%) que suas funções serão substituídas por um robô. Segundo os respondentes, 42% das indústrias e varejos brasileiros investem em tecnologia em benefício de uma melhor qualidade de vida. No entanto quando falamos sobre iniciativas que trouxeram benefício ao negócio, os respondentes deram uma nota 3.2 (de uma escala de 1 a 5), o que demonstra uma nota mediana, indicando certa insegurança e a falta de uma opi-

nião formada sobre essas iniciativas. Quando perguntado quais iniciativas se destacam, foram citadas otimização e integração de sistemas, sistema de reembolso, reuniões online, ações em loja como self-checkout e sistemas de BI foram algumas das citações, ou seja, muito ligado à produtividade. "Há uma grande distância entre teoria e prática e portanto, um caminho longo a percorrer especialmente no Brasil. Os desafios são grandes e diversos. É preciso investimento e incentivo do governo e iniciativa privada, seja para quebrar paradigmas culturais, eliminar as resistências à mudanças (comportamentos culturais) e educação. Tudo isso realizado de forma planejada e integrada, ou seja, um desafio enorme em nosso país”, afirma Fátima Merlin, uma das fundadoras do Mulheres do Varejo.

Características femininas Outro dado interessante diz sobre as características femininas. "Empatia, olhar humanizado, acolhimento, sensibilidade" foram citados por 61% dos entrevistados sobre as características femininas que podem contribuir ou fazer diferença para essa revolução tecnológica com o humano no centro das discussões. "Outro dado distante da realidade já que as mulheres quase não ocupam cargos estratégicos nas organizações. Em 2018, apenas 24 mulheres ocupavam cargos de CEO em empresas listadas pela Fortune 500, ou seja, em torno de 5% do total de líderes", explica Fatima Merlin. A pesquisa foi apresentada no dia 5 de dezembro durante o III Encontro Nacional do Mulheres do Varejo e contou com a presença de 300 convidados. Desta vez o evento trouxe como tema "Revolução Silenciosa. Tecnologia


varejo em foco

Head do projeto Alexa, da Amazon; Márcio Bueno, criador da metodologia da Tecno-Humanização das Organizações e teve como mediadora do painel Claudia Abreu, CEO da Mundo Verde.

O estudo foi realizado pelo comitê de pesquisa do Mulheres do Varejo liderado por Bruna Fallani, Patricia Contesini, Valeria Tassari, Ana Carolina Simões, Tatiana Thomaz.

Sobre o Mulheres do Varejo O Grupo Mulheres do Varejo (MdV) foi criado em outubro, por Fátima Merlin e Vanessa Sandrini, duas profissionais reconhecidas na área, com a intenção de ser uma referência na construção de uma nova onda do setor, inspirando-se na força feminina. "Juntas queremos construir uma economia mais colaborativa tornando-se agentes de uma transformação no varejo".

O que era para ser um grupo de discussão, despretensioso, em poucas horas, tornou-se tão falado que reuniu cem mulheres, a maior parte em posições de alta liderança, no Telegram. "Foram tantas vozes pedindo espaço para falar pela mesma causa que a responsabilidade aumentou". Em duas semanas, dez mulheres se candidataram para fazer parte do Comitê Executivo, um plane-

jamento estratégico foi elaborado, logotipo e apresentação foram criados, as redes sociais abertas, uma pesquisa enviada e, hoje cerca de mais de 300 mulheres já fazem parte do grupo. Nas redes sociais, as páginas já alcançaram mais de 9 mil pessoas. Nosso propósito é "conquistar mais mulheres em cargos de liderança no varejo, para trazer equilíbrio ao mundo corporativo".

27 revista sincopeças-SP

e Humanização. Conectar para Evoluir" e contou com palestrantes como Carolina Rocha, Head da área de Insights do Varejo no Google; Joanita Karoleski, presidente da Seara; Ricardo Garrido,


varejo em foco

Sentimentos revelados Como a ciência comportamental pode ajudar a revelar os verdadeiros sentimentos de seus clientes

N

revista sincopeças-SP

28

ão há no mundo feedback mais importante para as empresas do que os sinceros pensamentos e sentimentos dos nossos clientes. Ter uma compreensão detalhada dessa conexão emocional de sua marca com os consumidores pode gerar excelentes resultados e reter aqueles clientes que são extremamente valiosos para as empresas. Quando falamos em ciência comportamental, falamos basicamente do estudo dos comportamentos humanos; suas causas e efeitos. Podemos aprender muito com as ações e as decisões que as pessoas tomam. E isso pode ajudar as empresas a ter diversos insights. Desde o desenvolvimento de produtos até vendas e serviços. Cada passo do cliente com a sua organização contribuirá para aumentar a confiança emocional que os consumidores depositam em uma marca. De acordo com um artigo publicado pela The Harvard Business Review, em média, os clientes “totalmente conectados” com a sua marca são 52% mais valiosos para as empresas do que aqueles que estão apenas “altamente satisfeitos”.

(Por Leonardo Pallotta)

Essa conexão profunda do cliente com a sua marca se transforma em grandes resultados. Mas, como conseguir se conectar dessa forma? Esteja ciente de como o cérebro funciona Como seres humanos, nossos cérebros estão sempre trabalhando 24 horas por dia. Todo mundo tem motivações, expectativas e experiências que influenciam a maneira como nos sentimos e reagimos. Constantemente, nossos cérebros estão absorvendo informações e até mesmo fazendo julgamentos ou decisões em questões de segundos. Um grande número de decisões diárias é feito de forma intuitiva, e a maioria das decisões depende mais de sentimentos e emoções do que de racionalidade. Especialmente quando se trata de algo em que confiamos mais em nós do que em qualquer lógica externa. E, infelizmente, embora nossos cérebros nos surpreendam todos os dias, o fluxo constante de atividade cerebral na verdade deteriora a qualidade de nossas decisões ao longo do

tempo, levando a um trade-off irracional na tomada de decisões. Isso é chamado de fadiga de decisão. Por exemplo, depois de um longo dia, você quer ir para casa e cozinhar uma refeição, ou simplesmente pedir comida? No início do dia, antes que a exaustão mental entre em ação, ir para casa cozinhar uma boa refeição pode parecer saudável e gostoso. Mas no final do dia, a sua decisão pode ser tendenciosa para escolher pedir comida no delivery, simplesmente porque é fácil e rápido. Nenhuma decisão é necessariamente boa ou ruim, é apenas sobre a condição em que nossas mentes estão antes de tomar uma decisão, que determinam a quantidade de concentração delegada a certas escolhas em detrimento a outras. Outro fator que impulsiona a percepção é a regra do "pico-fim". Isto é, se uma experiência é lembrada como agradável ou não, baseada apenas no momento de pico ou no final dessa experiência. Em vez de ter uma recordação de toda a jornada de uma maneira geral,


varejo em foco

você apenas lembra os momentos mais intensos, e isso é o que impulsiona a nossa percepção com relação a experiência com uma marca. Para gerenciar e controlar essas percepções, as empresas precisam dar atenção de maneira igual tanto ao lado emocional das experiências, quanto aos processos operacionais. E isso é fundamental.

Uma ótima maneira de coletar respostas para essas perguntas é por meio do mapeamento das jornadas dos clientes. Esse mapeamento ajudará a interpretar o que seu cliente vai passar e o que ele realmente está sentindo em cada contato com sua empresa. Ao longo da jornada do cliente, há pontos para ficar de olho com mais atenção no que os consumidores estão pensando e sentindo durante certos momentos. Para encontrar pontos cruciais de dores, pesquisas quantitativas podem detectar problemas que se destacam. Criar e compreender todos os sentimentos e experiências a partir desses dados coletados, especialmente os mais intensos, fecha a lacuna entre as expectativas do cliente e a experiência real. Essas informações do cliente podem determinar onde o dano está sendo feito e permitir a prevenção de ocorrências futuras.

presas que coletam, analisam, gerenciam e usam percepções sobre os sentimentos dos clientes de maneira proativa apresentam melhor desempenho financeiro, ano a ano. Se você tem algum programa já acontecendo na sua empresa de experiência do cliente ou está iniciando um novo, primeiro pergunte a si mesmo: "Você sabe como os clientes se sentem em relação às experiências que estão tendo com a sua marca?" Conexões emocionais não são mais um mistério e podem ser utilizadas por empresas em sintonia com seus clientes, como uma vantagem competitiva para o crescimento. E aí, prontos para utilizar as experiências emocionais a seu favor?

29

Leonardo Pallotta é líder da Hi Academy, primeira escola de customer care do Brasil. A escola é da Hi Platform, player do mercado de plataforma de Relacionamento e Experiência do Consumidor. Formado em Administração pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Marketing pela Universidade Insper, atua com marketing há mais de 15 anos. Desenvolveu planejamento estratégico digital, gestão de mídias sociais e campanhas de mídia de performance para grandes companhias brasileiras. É professor de cursos livres e pós-graduação no Centro Universitário Belas Artes, SENAC e FIA Business Schcool.

revista sincopeças-SP

O insight emocional que te aguarda Muitas percepções emocionais estão esperando para ser desbloqueadas, mas por onde começar? Para maximizar as oportunidades de conexões emocionais, as empresas devem examinar cada ponto de contato com o cliente dentro de sua jornada e encontrar oportunidades onde possam aprimorar os motivadores emocionais. É importante entender o que você precisa avaliar. Para começar esse processo, as perguntas que vou compartilhar a seguir podem ser úteis: 1. O que promove o comportamento do consumidor e quais emoções contribuem para as decisões? 2. Com que tipo de personas você está interagindo? 3. Quem está interagindo com quem?

4. O que está tentando ser realizado por ele em geral? 5. O que os clientes estão passando e como se sentem ao longo do caminho?

Compreensão proativa Um recente estudo da MaritzCX revelou que 80% das em-


varejo em foco

Transformação (para o cliente) digital Atualizar as formas de atendimento requer foco para evitar gastos e perda de tempo (Por Francisco Sarkis)

N

revista sincopeças-SP

30

ossa realidade tem sido parecida com a do peru no Dia de Ação de Graças. A ave é o prato-símbolo desta comemoração na América do Norte. Durante três anos o peru é bem tratado para ficar gordinho. Do ponto dele, o histórico é positivo. Com base em dados passados a ave não consegue prever que vai acabar sem pescoço. Do nosso lado, a transformação para o digital tem enfrentado barreiras nas empresas, pois a mudança é disruptiva. E há certa dificuldade de entender que a mudança para o digital não se trata de uma questão puramente tecnológica. A oportunidade está justamente na nova capacidade de atender os clientes que passaram a exigir ofertas de produtos mais diferenciados e mais transparência na prestação dos serviços.

Então, com o justo objetivo para não virar o peru da vez, muitos profissionais encontram um terreno fértil para mudar sem fazer mudança alguma. Afinal, é preciso promover a autodestruição das velhas estruturas ainda baseadas na repetição – antes funcionava, mas agora não é mais assim. Observe bem as situações listadas abaixo e baseadas em casos reais. O sentimento de "inovação" e do "pensar fora da caixa" falou mais alto que o de romper velhos paradigmas. Então, sem entender bem a realidade atual e com a promessa de que a aquisição de alguma tecnologia daria conta do recado, aí vão sete exemplos que eu chamo de Transformação Digital Analógica:

1 - "Acabamos de comprar um robô. A gente só precisa decidir para quê." Esta frase saiu do time de atendimento de uma empresa que queria se igualar à concorrência com um nível mais sofisticado de automação. No entanto, a equipe não considerou que a competitividade está mais ligada à satisfação dos clientes do que a simples aquisição de um elemento de inteligência artificial. Resultado: dinheiro jogado fora sem nem mesmo saber o porquê de aplicar uma nova tecnologia. 2 - "Montamos um squad para um projeto de transformação digital e as pessoas das outras áreas não apareceram." Desabafou a líder de projetos da empresa. Qual é a política de meritocracia na hora de avaliar um profissional


varejo em foco

3 - "Vamos trocar todas as senhas do App no atendimento humano." Quando questionado se esta seria uma boa estratégia, uma vez que traria um aumento no custo do call center, o gerente do projeto respondeu com a seguinte frase: "O cliente precisa se sentir acolhido." Neste caso não se levou em consideração que Apps lidam com interações na casa dos milhares e as posições de atendimento na casa de dezenas. São volumes desproporcionais. Sem contar o fato de que quebrar a jornada irrita qualquer cliente. 4 - "Só podemos estar com problemas no telefone, pois os nossos clientes querem atendimento pelo Facebook." No cruzamento dos dados se constatou que menos de 10% dos clientes na web passaram pelo telefone. É preciso pensar nas gerações

de consumidores ao se desenhar a estratégia de canais de atendimento da empresa. Independentemente da idade, os clientes estão digitalmente mais experientes. 5 - "Compramos cinco robôs para reduzir o tamanho do backoffice. Agora só falta mapear os processos que serão automatizados." Sem processo mapeado não é possível implantar coisa alguma. 6- "Já implantamos o dígito 9 no bot." A questão aqui não é custo nem quebra de jornada. Com toda a tecnologia que temos disponível hoje, o maior desafio é a mudança de mentalidade para não repetir velhas soluções. Já é possível transferir a dúvida do cliente para um agente humano alimentar o banco de dados do bot ou, em última análise, fazer a máquina verbalizar que está mesmo é aprendendo. 7 - "Vamos ouvir os problemas um do outro a partir de agora - assim é mais fácil fazer transformação digital." Esta é uma das conclusões do primeiro dia de um destes cursos de transformação digital que estão sendo vendidos por

aí. A mudança que muita gente fala que está fazendo não passa de uma anestesia para uma dor crônica que muita gente ainda não sabe qual a origem. Enfim, os exemplos acima parecem improváveis, mas se observados em detalhe ajudarão a compreender qual é a chave para a clareza necessária que possibilitará, pelo menos, que não seja desperdiçado muito, ou algum dinheiro, da companhia. Para alguns especialistas, jogar fora velhos paradigmas não é tão fácil assim - já há quem afirme que ou você já nasce no digital ou morrerá sem conseguir mudar. O risco é acabar sem pescoço do mesmo jeito.

Francisco Sarkis é publicitário, formado pela FAAP, com pós-graduação em marketing pela USJT e Gestão de Contact Center pela Unicamp. Atua há mais de 20 anos em Customer Experience (sarkis.baglidoyan@gmail.com)

31 revista sincopeças-SP

que participa de uma equipe multidisciplinar? Se avaliação é responsabilidade unicamente do gestor do legado, e não do gestor do projeto responsável pela inovação, dificilmente o colaborador se sentirá à vontade para colocar em risco o ganha-pão no fim do mês.


capa

cor O valor da

Mito ou verdade: a cor pode desvalorizar um carro? Carros de segmentos grandes de cor marrom e vermelho tendem a valorizar, enquanto o preto perde mais valor em veĂ­culos compactos e mĂŠdios

revista sincopeças-SP

32


capa

que foi uma das mais presentes no estudo e em mais tipos de pinturas – sólidas, metálicas e perolizadas. Por isso, representa a porcentagem média do impacto, ou seja, ao comparar um modelo nesta cor e o mesmo em outra, o dado positivo ou negativo determinará o valor em relação à tonalidade. Na análise, foram identificados e considerados 9 grupos de pinturas: amarelo, azul, branco, cinza, marrom, prata, preto, verde e vermelho. Portanto, os tons próximos às tais matrizes ou com pouca amostragem foram incluídos em algum grupo próximo, são eles: laranja, rosa, dourado, bege, roxo, vinho e bronze. Já as demais, não estão inseridas no levantamento devido à baixa taxa de aderência.

Impacto da coloração O levantamento contempla os segmentos compactos, médios e grandes entre automóveis de passeio e utilitários, além das desvalorizações por regiões. Uma das mais populares entre os carros vendidos no Brasil, a cor prata não surpreende e possui a maior presença nas amostras da análise. Porém, o tipo de pintura (sólido, metálico ou perolizado), ainda que cobrada como opcional pelas fabricantes, mostra que não influencia na perda de valor de um veículo. Ao olhar para as categorias, nota-se que o impacto referente aos automóveis grandes é maior que a média nacional, como: o marrom valoriza em 1,7% e o vermelho 1,5%; já o verde e amarelo caem 3,5% e 4,4%, respectivamente. As regiões brasileiras apresentam curiosidades sobre as tonalidades. No Nordeste, a cor preta im-

33 revista sincopeças-SP

Q

uando o assunto é cor no universo automotivo as possibilidades são inúmeras, embora algumas já tenham caído no gosto do público. De acordo com um estudo da PPG Industries, empresa de tintas e revestimentos, o branco é a tonalidade mais popular na América do Sul (36%), seguida pela prata (31%). Um dos maiores motivos para a escolha de tons neutros é o impacto no valor do carro na hora da venda. Para entender se essa afirmativa é um mito ou verdade, a KBB Brasil, referência em precificação de automóveis novos e usados, preparou um estudo sobre o impacto da cor na desvalorização de um automóvel. A KBB utilizou como parâmetro o comportamento da cor branca, uma vez


capa

pacta em 1,4% na desvalorização. Enquanto no restante do Brasil, o azul conta com a porcentagem de 0,9%, no Norte, o tom possui

revista sincopeças-SP

34

maior índice com 2,4% em queda. Já no Rio de Janeiro, a coloração dos taxis – amarelo - tende a impactar mais com taxa de 2,1%.

Confira abaixo a relação completa com as cores que mais e menos desvalorizam um veículo por região e segmento:

Branco

Prata

Preto

Cinza

Vermelho

Amarelo

Marrom

Azul

Verde

Outras

Compactos

-

-0,24%

-1,24%

-0,51%

-0,25%

-0,58%

-0,48%

-1,10%

-1,16%

0,87%

Médios

-

-0,75%

-1,46%

-1,03%

-0,11%

0,09%

0,04%

-0,99%

-1,33%

-0,50%

Grandes

-

-0,74%

-0,95%

0,68%

1,53%

-4,40%

1,69%

-1,23%

-3,53%

-1,42%

Compactos (SUVs/ utilitários)

-

-0,02%

-0,48%

0,12%

0,43%

0,26%

0,48%

-0,98%

-0,48%

2,49%

Médios (SUVs/utilitários)

-

-0,33%

-0,46%

-0,22%

0,10%

-0,34%

0,13%

-0,35%

-0,89%

3,11%

Grandes (SUVs/ utilitários)

-

-0,96%

-0,67%

-0,31%

-0,73%

-1,24%

-0,42%

-1,18%

0,86%

-3,01%

SP

-

-0,27%

-0,74%

-0,05%

-0,48%

-0,09%

-0,12%

-0,51%

-0,96%

-1,44%

RJ

-

-0,27%

-0,61%

-0,21%

-0,55%

-2,42%

-0,02%

0,04%

0,91%

1,85%

MG

-

-0,22%

-0,61%

-0,23%

-0,35%

0,36%

0,21%

-0,54%

-1,28%

4,68%

PR

-

0,68%

0,21%

0,26%

0,18%

0,78%

0,47%

-0,20%

-1,66%

0,58%

SC

-

0,19%

-0,74%

-0,57%

0,09%

-0,35%

-0,16%

-1,98%

-0,47%

4,71%

RS

-

0,91%

0,13%

0,33%

0,87%

1,54%

0,93%

-0,35%

0,72%

-2,86%

DF, GO, TO, MT e MS

-

-0,08%

-0,91%

0,06%

-0,30%

-0,89%

-1,23%

-0,68%

-1,01%

-7,18%

BA, SE e ES

-

-0,38%

-1,34%

-0,80%

-0,71%

0,22%

-0,48%

-1,05%

-1,36%

-3,96%

PE, AL, PB e RN

-

-0,09%

-1,58%

-0,07%

0,27%

-0,78%

-0,84%

-0,79%

-1,35%

0,36%

CE, PI e MA

-

-0,85%

-1,37%

-0,28%

-0,20%

-2,13%

0,96%

-1,43%

-4,08%

-4,47%

AM, AC, RO, PA, RR e AP

-

-0,42%

-0,70%

-0,81%

-0,47%

0,11%

-0,06%

-2,40%

-1,03%

-2,37%

BR

-

-0,33%

-0,99%

-0,46%

-0,11%

-0,38%

-0,15%

-0,88%

-1,02%

1,07%


capa

considerando o mesmo ano/modelo e sem o mesmo rigor de sua definição contábil, que tem regras muito estritas. Neste estudo, foi aplicado o conceito de desvalorização, levando em consideração todo o período de vida dos modelos analisados. A KBB utiliza tecnologias de análise de dados e Big Data para produzir os levantamentos de precificação e desvalorização

de veículos novos e usados. Os valores aqui presentes são gerados por meio de um complexo algoritmo, que analisa diversos fatores de comportamento do mercado automotivo brasileiro, além de seguir uma rígida análise de especialistas. A empresa atua com o propósito de conscientizar os consumidores na compra e venda de carros a partir da determinação de preços justos.

Sobre a Kelley Blue Book Criada em 1926 nos Estados Unidos, a Kelley Blue Book é referência em preços de carros novos e usados tanto para quem compra quando para quem vende. Ela usa como base de cálculo para o Preço KBB valores de mercado praticados regionalmente. Também é a única a produzir uma tabela

que apresenta o preço de troca de um carro levando em conta fatores como quilometragem, cor, nível de equipamentos e estado de conservação do veículo. E que permite que ninguém perca dinheiro na negociação: seja de um novo ou de um usado. Também oferece conteúdo editorial abrangente em texto e vídeo, com dicas e

avaliações de especialistas, ferramentas para comparação de carros e opinião do dono. Referência em precificação no mercado automotivo norte-americano, a KBB está no Brasil desde outubro de 2017 com o site kbb.com.br. A sede da Kelley Blue Book é baseada em Irvine, Califórnia, e faz parte da Cox Automotive.

Sobre Cox Automotive A Cox Automotive, Inc. está transformando a forma como o mundo compra e vende veículos por meio de soluções para consumidores, fabricantes e revendedores em todas as fases

da experiência automotiva. A empresa global tem cerca de 34.000 membros na equipe, em mais de 200 escritórios em todo o mundo, que atendem mais de 40 mil clientes. A Cox Automotive é uma

subsidiária da Cox Enterprises Inc., uma companhia com sede em Atlanta cujas receitas ultrapassam US$ 20 bilhões. Para mais informações sobre a Cox Automotive, visite www. coxautoinc.com.

35 revista sincopeças-SP

Quando o assunto é preço de carros, há duas metodologias para calcular a perda de valor: Desvalorização e Depreciação. Desvalorização é a comparação do preço atual de um veículo com os valores aplicados pelo mercado à mesma versão fabricada em anos anteriores. Já a Depreciação usa o valor do veículo 0 Km em um período determinado em relação a seu atual valor residual, sempre


capa

Céus e automóveis azuis vêm aí PPG divulga as histórias das cores automotivas de 2019, relatando um aumento nos tons de azul. As preferências de cores refletem o desejo por confiança e calma em um mundo inquieto

A revista sincopeças-SP

36

PPG (NYSE:PPG) acaba de divulgar sua pesquisa de tendências de cores automotivas de 2019, mostrando um aumento nos automóveis com cor azul. Mantendo uma constância de 8% dos dados globais totais de populaaridade de cores e perdendo apenas para cores neutras, como o branco, preto, prata e cinza, o azul reflete o desejo dos consumidores por aventura, relaxamento e confiabilidade. A Europa testemunhou um maior número de consumidores escolhendo a cor azul para os seus automóveis em 2019, a uma alta de 11% e um aumento de 1% em relação ao ano passado. Logo atrás, na América do Norte, o azul represen-

ta 10% dos projetos automotivos - a mais alta depois dos tons neutros. A região da Ásia-Pacífico teve 7% dos consumidores escolhendo o azul, com a América do Sul tendo apenas 2% de automóveis azuis. Embora haja uma previsão de aumento dos automóveis azuis nos próximos quatro anos, a cor azul oferece muitas nuances, que podem ser transformadas com diferentes efeitos de pigmento, flocos metálicos finos ou grossos, micas luminosas e flocos de vidro brilhante. Azuis cromáticos, com leves tons de vermelho ou verde, já se fazem notar no mercado automotivo e continuarão a evoluir nos próximos anos.

“Agora, mais do que nunca, os consumidores desejam fazer uma declaração - seja através das escolhas de cores ou das marcas que adquirem”, diz Jane Harrington, gerente de estilo de cor de Revestimentos Automotivos OEM da PPG. “Vemos o retorno de cores mais ousadas em muitos segmentos de consumidores. A versatilidade do azul automotivo - do azul claro até o rico azul índigo - possibilita que os consumidores façam uma declaração, além de garantir que a cor mantenha um certo nível de praticidade”, comenta a executiva. Os consumidores não escolhem apenas tons de azul para os seus automóveis, mas também


capa

três áreas principais da experiência humana: tecnologia, clima e globalização. Para processar estas mudanças e atender às necessidades atuais, os consumidores devem se adaptar e fluir com conhecimento, equilíbrio e criatividade. As tendências de cores automotivas incorporam esta constante evolução e continuarão a aparecer no mercado ao longo de 2023 nos três temas a seguir: On the Move: um tema de tendência que representa as combinações de criatividade alegre e de cores inesperadas. Isso inclui um espectro saturado com efeitos de matiz em camadas, que expressam mobilidade de alta energia. At the Core: um tema de design equilibrado e fundamentado na simplicidade e no bem-estar. A paleta contém tons sutis de cerâmica com uma influência nostálgica. Tons fundamentais incluem os azuis serenos e os verdes orgânicos, que representam a responsabilidade e o consumo consciente. In the Know: um tema que conecta a natureza à tecnologia, esta paleta inclui tons neutros combinados com tons autênticos de ouro e cobre inspirados em metais que são suaves e terrosos. Tons de pedras preciosas brutas são um destaque da paleta. Como a PPG reveste mais superfícies do que qualquer outra empresa e suas cores de tinta são vendidas em mais de 70 países, o desenvolvimento de tendências de cores é um esforço global e cultural. A colaboração entre mais de 20 especialistas em cores da PPG gera uma abordagem com base em fatos para as

tendências de cores e preferências do consumidor, o que resulta em uma voz unificada na direção da cor. Os estilistas de cores da empresa no mundo inteiro se especializam em setores que incluem eletrônicos de consumo, arquitetura, automotivo e aeroespacial. Os especialistas da PPG estudam a mentalidade do consumidor, tendências de materiais de construção, preferências de bem-estar e muito mais para selecionar uma previsão de cores consolidada, que ressoa e reflete as atitudes atuais do consumidor e abrange culturas, regiões e mercados. Para obter mais informações sobre as tendências de cores automotivas da PPG, visite news.ppg. com/2019automotivecolor. PPG: WE PROTECT AND BEAUTIFY THE WORLD™ Na PPG (NYSE: PPG), trabalhamos todos os dias para desenvolver e entregar as tintas, revestimentos e materiais especiais nos quais nossos clientes confiam há 135 anos. Com dedicação e criatividade, solucionamos os maiores desafios de nossos clientes, colaborando estreitamente para encontrar o caminho certo a seguir. Com sede em Pittsburgh, atuamos e inovamos em mais de 70 países e reportamos vendas líquidas de US$ 15,4 bilhões em 2018. Atendemos clientes nos setores de construção, produtos de consumo, mercados industrial e de transporte e pós-venda. Para saber mais, acesse www.ppg.com. We protect and beautify the world é uma marca comercial e o logotipo da PPG é uma marca registrada da PPG Industries Ohio, Inc.

37 revista sincopeças-SP

seguem esta tendência para a cor de suas casas, eletrônicos e detalhes automotivos. A PPG anunciou, no início deste ano, a Cor do Ano de 2020 para o mercado de tintas decorativas, Porcelana Chinesa (PPG1160-6), uma mistura de cobalto e azul temperamental que confere calma, esperança e sono reparador - fatores preciosos em um mundo inquieto. “A necessidade de simplicidade e escapismo da tecnologia é, em parte, a razão pela qual os consumidores desejam a cor azul, que nos aproxima de elementos naturais como o mar e o céu - que representam paz e serenidade”, conta Dee Schlotter, gerente sênior de marketing de cores, marca de tinta PPG. “A crescente necessidade de conexão em um mundo desordenado foi um tema recorrente no Workshop Global de PPG Global Color Workshop”, completa. “Além das preferências de cores na parte externa dos automóveis, os consumidores desejam incorporar opções mais coloridas para os detalhes das rodas”, afirma Jennifer Solcz, gerente global da PPG para revestimentos industriais no segmento de rodas. “Neste momento, vemos os designers de rodas optando por tons complementares de azul e cinza-azulado e opções mais ousadas para logotipos, faixas de corrida e outros enfeites para uma aparência personalizada e coesa”, avalia a executiva. Os temas representados na paleta de tendências da PPG para 2020, que recebeu o nome de “Flow” (Fluir), ajudam a interpretar as rápidas mudanças que ocorrem em


capa

Como as cores podem aumentar a autonomia dos veículos elétricos Estudo da Ford mostra que, por mudar a sensação térmica, as cores podem reduzir o consumo de energia do ar-condicionado

revista sincopeças-SP

38

É

sabido que as cores podem influenciar o humor, as reações e até quantas curtidas as pessoas recebem nas mídias sociais. Agora, a Ford também estuda o seu uso para aumentar a autonomia dos veículos elétricos, controlando a sensação térmica dos passageiros.

O estudo é realizado no Centro de Testes Ambientais da Ford em Colônia, Alemanha – também chamado de Fábrica do Tempo, por reproduzir os mais variados climas do planeta – com o novo micro-ônibus conceito elétrico Transit Smart Energy Concept, de 10 lugares. Usando a iluminação ambiente

para fazer os passageiros se sentirem mais quentes (com luzes vermelhas) ou mais frios (com luzes azuis), ele economiza energia na climatização para o veículo poder rodar mais quilômetros. Pesquisas do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA mostram que o uso do ar-condi-


capa

Nos testes, todos os passageiros que participaram da simulação de um dia de inverno a 0°C e de um dia de verão a 30°C, foram solicitados a classificar o seu nível de conforto térmico – enquanto o motorista monitorava a temperatura de todos os bancos por uma tela no console. O veículo possui controle térmico individual para cada passageiro. Em ambos os casos o uso da cor na iluminação ambiente reduziu o consumo de energia, em 3,3% na refrigeração e 2,5% no aquecimento. A Transit Smart Energy Concept traz ainda outras inova-

ções para otimizar o uso da energia: seis painéis solares no teto para alimentar os sistemas elétricos de bordo; um sistema inovador de recuperação de calor do sistema de tração capaz de estender em 20% a autonomia do veículo; janelas com vidros duplos ventilados para isolação térmica; isolação no piso e no teto; porta elétrica deslizante com abertura limitada para reduzir a perda de calor – que desliga automaticamente o ar-condicionado quando é aberta; e um divisor de policarbonato na porta dos passageiros para reduzir a perda térmica.

39 revista sincopeças-SP

cionado pode reduzir em até 50% a autonomia de um carro elétrico a bateria. Veículos maiores, como micro-ônibus, exigem mais energia para manter o conforto térmico dos passageiros. “A exposição à cor pode mudar o nosso humor de várias maneiras. Aqui, trata-se simplesmente de usar iluminação ambiente vermelha dentro do veículo para fazer as pessoas se sentirem mais quentes e iluminação azul para elas se sentirem mais frias. Reduzir a carga do ar-condicionado pode fazer diferença na autonomia do veículo”, diz Lioba Muller, engenheira de iluminação da área de Arquitetura de Veículos da Ford Europa.


mercado

Cor branca tingiu 39% dos veículos em 2019 Preto, cinza e prata continuam populares; azul se mantém relevante, com fatia de 9%

A

revista sincopeças-SP

40

cor branca mantém seu predomínio em veículos no continente americano e também na Europa e Ásia. A conclusão é do estudo Basf Color Report 2019 de tintas automotivas. Segundo a empresa, 39% dos veículos fabricados em todo o mundo no ano passado foram pintados de branco. Segundo a Basf, a preferência pelo branco levaria em conta aspectos subjetivos como limpeza e pureza, relacionados ao desejo de preservação do meio ambiente. A fabricante de tintas ressalta que ainda assim há diferenças importantes por região. Enquanto na Ásia-Pacífico quase um em cada dois veículos está pintado de branco, na América do Norte e na região que compreende Europa, Oriente Médio e África (Emea), a proporção é de um para cada três carros. Na América do Sul, a presença do branco é de 39%, exatamente como na média mundial. Em todo o planeta, preto, cinza e prata continuam populares. Juntos, foram aplica-

dos em outros 39% dos veículos fabricados em 2019. A tendência também é válida para o segmento dos SUVs, cuja preferência cresce entre os consumidores mundiais. O azul é outra cor com presença importante, com 9% de todos os carros produzidos em 2019. A cor levou vantagem sobre o vermelho, com fatia de 7%. A aplicação de cores mais vivas é maior em automóveis do segmento B. Ainda segundo a Basf, marrom e bege crescem na preferência de consumidores na Europa, Oriente Médio e

África. Na América do Sul, após o branco vem o prata, com 23% da preferência, seguido do cinza, com 14%. A fatia do preto no continente é de 11%. Sua participação global é mais alta, 16%. A parcela do vermelho na região também é relevante, 8%. “Ele tem uma presença tradicional nas vendas. É vibrante, vinculado a esportividade e beleza, além de ser uma cor que mantém o seu valor na revenda”, afirma o diretor do negócio de tintas automotivas da Basf para a região, Marcos Fernandes.

Fonte: Automotive Business


mercado

Setor automotivo global deve apresentar queda em 2020 Relatório da Euler Hermes projeta declínio de -1%

Já a Europa (-2%) deve observar seu primeiro declínio após seis anos consecutivos de crescimento, levando a 15,3 milhões em 2019. O salto nos registros no final de 2019 foi impulsionado por um efeito de promoção de vendas e registros de modelos com menor emissão de CO2 para limitar multas em 2020. Aumento nas vendas de veículos elétricos O Chefe de Setor e Pesquisa de Insolvências da Euler Hermes, Maxime Lemerle, explica que, apesar do crescimento nas vendas dos veículos de propulsão alternativa (APV, Alternatively Powered Vehicles), este ainda não será suficiente para sustentar uma recuperação do mercado automotivo global em 2020. “Os primeiros números disponíveis para 2019 indicam um aumento de dois dígitos nas vendas globais de veículos elétricos (EVs, Electric Vehicles) para mais de 2 milhões. Esperamos que as vendas desse setor em 2020 continuem a ter uma forte dinâmica no nível global (+20%)”.

O que isso significa para as empresas? Segundo Lemerle, a previsão para este ano é que a maior competitividade nos preços limite o crescimento da receita e intensifique a pressão sobre as margens, especialmente para fabricantes de automóveis mais preocupados com questões de emissão de CO2 na Europa (uma vez que ofertas comerciais podem ser necessárias para acelerar a transição para EVs para limitar multas por CO2). “Para 2020, esperamos uma melhoria limitada na receita (+1%) e outro declínio no EBITDA, tanto em termos de valor quanto em termos relativos (margem de EBITDA caindo abaixo de 10%), apesar da maior pressão sobre fornecedores e outra rodada de corte de custos (através do fechamento/relocalização de fábricas, demissão de pessoal). Essa última possibilidade parece altamente provável, uma vez que a indústria ainda precisa investir massivamente em veículos de emissão zero e enfrenta outras questões de mobilidade, como carros conectados e veículos autônomos”, finaliza.

Sobre a Euler Hermes Com forte presença mundial, a Euler Hermes auxilia as empresas nacionais e multinacionais a desbravarem novos mercados

de forma segura e sustentável. A classificação da empresa de grau de investimento (AA S&P, A + AM Best) é aceita por corporações e bancos em todo o mundo, tor-

nando a Euler Hermes uma referência confiável para seus beneficiários e parceiros financeiros. Saiba mais em www.eulerhermes.com/pt-br.

41 revista sincopeças-SP

S

egundo análise divulgada pela equipe econômica da Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito, o mercado global de automóveis tende a apresentar mais uma queda em termos de volume em 2020 (-1%), caindo para 90,4 milhões. Após um notável declínio de -4% em 2019, os três principais mercados (2/3 do total) apresentam uma perspectiva fraca para 2020. A China (-1%) não deve passar por outra rodada de desenvolvimento em alta velocidade registrado nos últimos 20 anos, especialmente caso a epidemia do coronavírus seja prolongada. A epidemia atrasaria as vendas e a produção, uma vez que a região de Hubei é o quarto centro automotivo do país (com ~9% da produção nacional) após Guangdong, Jilin e Xangai. O mercado norte-americano, que atingiu um pico em 2016 com 17,9 milhões, deve notar outro declínio 'moderado' em 2020 (-2,5%) graças à desaceleração macroeconômica e à precificação atrativa de carros de segunda mão relativamente novos, com os preços de novos veículos ficando em torno de 40 mil dólares, em média.


fica a dica

Tendências de mídia Conheça cinco tendências de mídia programática para 2020

A

revista sincopeças-SP

42

mídia programática é de longe o componente mais crucial da tecnologia da publicidade - que mantém os profissionais da área atentos pelo que virá a seguir. A programática será o método de negociação de mídia padrão nos próximos anos: de acordo com o relatório 'Programmatic Marketing Forecasts' da Zenith, os gastos com anúncios programáticos atingirão US$ 98 bilhões, representando 68% do gasto global com anúncios em mídia digital até 2020 e especialistas como a Adobe preveem que teremos um crescimento exponencial do mercado de tecnologia aplicada à propaganda até 2023. A introdução de tecnologias como inteligência artificial (IA), machine learning e 5G tornará a publicidade programática mais eficiente, enquanto a entrada de novos canais de publicidade como Digital Out Of Home (DOOH), publicidade programática por podcast e áudio, anúncios ativados por voz e dispositivos inteligentes não apenas oferecem aos profissionais de marketing mais opções, mas também fornecem uma experiência mais atraente e personalizada para os consumidores. Está muito além dos anúncios de TV de antigamente que segmentavam clientes com base

apenas na demografia! Pensando nisso, separei as principais apostas para a mídia programática em 2020 que abrirão o caminho para o planejamento de anúncios digitais da nova era.

dade todos esses dados. É por isso que acreditamos que a inteligência artificial (IA), e aprendizado de máquina (machine learning), são tendências fortes de uma revolução na mídia programática.

1. Dados serão o maior ativo das empresas Com as leis de proteção de dados tomando forma na Europa (GDPR), e no Brasil (LGPD), é cada vez mais importante ter uma gestão profissional dos dados da empresa. Se adequar às leis é o primeiro passo. Mas a grande oportunidade está em organizar os dados em um bom first-party data para usar nas campanhas. Quem tiver a melhor organização de dados vai sair na frente na compra de mídia. Empresas experientes estão oferecendo uma tag e toda a expertise para que os clientes criem um hub de dados próprios para suas campanhas.

3. Mobile é diferente de app O mobile ganhou importância nos últimos anos e já é hoje, em muitos cenários, maior que o desktop. No Facebook, por exemplo, cerca de 96% do tráfego acontece em dispositivos móveis. Esse mesmo efeito aconteceu na mídia programática. No entanto, como temos um inventário muito mais amplo nessa mídia, houve um crescimento exponencial não só do inventário mobile como também de anúncios dentro de aplicativos. Por ser um inventário enorme, aposto na tendência de se pensar campanhas com foco em desktop, mobile e apps separadamente.

2. Temos tantos dados que vamos precisar da ajuda de robôs Em um único dia são gerados 2,5 quintilhões de bytes de dados. É como se cada pessoa no mundo tivesse 1 bilhão de dados por dia gerados apenas para ela. Muita coisa, não? Ou seja, já é impossível para um humano processar com quali-

4. Mídia programática faz parte de todo o funil de conversão A mídia programática está crescendo em alta velocidade e se firmando como uma das melhores maneiras de se comprar mídia digital. No Brasil, o share de mídia programática mais do que dobrou ultimamente. Existem estimativas de que a pro-


fica a dica gramática atinja 68% da compra global de mídia online em 2020. Esses fatores, somados a variedade de formatos como display, áudio, vídeo, TV e OOH trazem um novo olhar para a programática: um canal perfeito para awareness, consideração e conversão. Ou seja, teremos programática em todas as fases do funil. 5. Um anúncio na rua nunca mais será o mesmo Chamamos de Out of Home (OOH), toda mídia externa como pontos de ônibus, relógio de rua, outdoors, elevadores, anúncios no metrô. Cada vez mais temos esse tipo de mídia rodando em formatos digitais ao invés do papel, com filmes e animações via uma veiculação digital - o que chamamos de Digital Out Of Home (DOOH).

O cruzamento de uma mídia digital como a programática com o OOH permite a criação de anúncios poderosos que influenciam o comportamento de compra offline - uma solução ideal para quem trabalha com produtos de consumo. Lembro de uma vez que estava caminhando em Nova York e subitamente todo anúncio de rua que eu me aproximava se tornava uma propaganda do MailChimp (ferramente de CRM). Talvez, para boa parte de quem passava na rua aquele anúncio poderia não significar muita coisa. Mas para mim, que havia navegado recentemente em busca de soluções de CRM para pequenas empresas, fazia muito sentido. Ao cruzar meus dados de navegação do celular com minha localização em tempo real aquele anunciante

criou uma experiência que me surpreendeu e que nunca vou esquecer. O DOOH com mídia programática permite isso e muito mais. O exemplo acima é só a ponta do iceberg. E essas são algumas das apostas que temos para o ano que está por vir que, assim como 2019, será um grande ano para a mídia programática.

Bruno Oliveira é especialista em marketing digital na AdsPlay mídia programática, liderando times de e-commerce, mídia de performance e BI. Já atendeu grandes empresas como Sony, Microsoft, Nestlé, Whirlpool, Jaguar-Land Rover, iFood, Samsung, Johnson & Johnson, Motorola, Coca-Cola entre outras na América Latina, Caribe, África e Europa. É responsável por inovação e performance.

ção de aplicativo e performance, sempre focado em entregar o anúncio segmentado para uma audiência qualificada e por meio de algoritmos. Todo o trabalho é desenvolvido por um time de publicitários especialistas em mídia online, BI, cientistas de dados e programadores. Fundada em 2017 pelo publicitário e empreendedor Edu Sani, pelo especialista em Marketing Digital Bruno Oliveira, o experiente Roberto Goichman que atua no mercado publicitário

mais de 30 anos, e por Carlos Felipe Carreira que tem passagens por grandes agências, registrou crescimento de mais de 81% no último ano. Entre os cases, estão as campanhas para clientes como Acer, Midea, Land Rover, Microsoft e Grupo Informa, entre outros. Além de atender diretamente algumas marcas, a empresa também é parceira de agências de publicidade de todo país em suas ações de mídia programática. www.adsplay.com.br.

43 revista sincopeças-SP

Sobre a Adsplay A Adsplay é uma Trading Desk especializada em mídia programática e tem como missão ser a melhor empresa de operação de mídia programática e online do Brasil. Seu diferencial de mercado está na qualidade a entrega e do atendimento, além de utilizar as principais ferramentas de gestão de mídia disponíveis. A empresa oferece ainda: mídia mobile, push notification, TV Programmatic, Whatsapp marketing, instala-


fica a dica

O significado

dos números

O que significam e para que servem os números do chassi do veículo? Saiba como interpretar o código e evitar surpresas

A

revista sincopeças-SP

44

compra de um carro ou troca por um modelo mais novo é, na maioria das vezes, motivo de satisfação. Mas se a opção for adquirir um veículo seminovo, como saber se aquele automóvel não foi batido, roubado ou adulterado? Uma verificação ao número de chassi, que é o ‘DNA’ de qualquer veículo, pode sanar essas dúvidas e evitar dores de cabeça com a polícia e o Detran. Afinal, ninguém quer ter seu carro apreendido, muito menos responder a um inquérito policial para explicar o porquê a numeração original foi adulterada. Desde 1983, o número de chassi (ou o Vehicle Identification Number - VIN, do inglês, número de identificação do veículo) é um padrão mundial, regulamentado pela resolução 4030, da ISO, e pela Norma Brasileira 6066/2009, da ABNT. A numeração possui 17 caracteres alfanuméricos (antes da regulamentação, variava de 5 a 21 caracteres), capazes de identificar ano, modelo, origem e detalhes do veículo. O chassi é aquela base de aço, alumínio

ou outro metal rígido, sobre o qual é montada a lataria, o motor e outros sistemas necessários ao funcionamento do carro e à segurança dos passageiros. Na fábrica, cada chassi recebe uma numeração única. Não há outra igual no mundo. Se você olhar no documento do carro (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo - CRLV), há um campo com esta numeração. Conforme Isaac Ferreira, head de Engenharia de Produtos da Tecnobank, além do próprio chassi, a numeração também é gravada em todos os vidros desde 1999, conforme definido no Art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro. Alguns manuais do veículo indicam onde estão impressas as numerações. Essas são as primeiras peças que o consumidor deve olhar, para conferir se a numeração de chassi bate com o que está no documento. Não é obrigatório, mas algumas montadoras ainda colocam esta mesma numeração na parte interna do paralama, na porta do lado direito, em algum local da parte traseira e até no teto, por dentro do forro.

Qualquer número que esteja diferente do que consta no CRLV indica que o carro foi possivelmente adulterado, seja em função de avaria física, furto ou roubo. No primeiro caso, o veículo pode ter sido remarcado porque, em um acidente, a numeração foi danificada por completo e houve a necessidade de substituição da peça. Ou ainda, pode acontecer de um veículo mais antigo ser deteriorado pela ferrugem, deixando a numeração ilegível. Aí, é preciso remarcá-la. No segundo e no terceiro caso, os criminosos costumam alterar ou raspar completamente os números para dificultar que a polícia identifique a origem e o proprietário daquele automóvel, caso sejam pegos. Mas ninguém pode fazer essa remarcação por conta própria. É necessário procurar o Detran para documentar todo o procedimento, tudo fica registrado no órgão de trânsito e também no CRLV, para indicar que houve a alteração. No entanto, explica Ferreira, isso deprecia o valor do veículo na hora da venda.


fica a dica

para detectar fraudes. Algumas instituições financeiras, inclusive, não fazem financiamentos se não houver a vistoria cautelar ou laudo eletrônico, algo que, conforme Ferreira, vale a pena para evitar dores de cabeça futuras. Entenda o que significa a numeração de chassi Os 17 caracteres, conhecidos por VIN, seguem regras definidas pela Organização Internacional para Padronização (ISO) em 1979 e normalizadas pela ABNT em 1980 (6066/80). Os três primeiros caracteres, chamados de WMI (World Manufacturer Identifier ou identificador de fabricante mundial), são identificados da seguinte forma: • O primeiro dígito indica a área geográfica onde foi fabricado (América Latina, Ásia etc) • O segundo indica o país, dentro de uma área geográfica. • O terceiro dígito indica o fabricante/montadora (G = General Motors, F = Ford, W = Volkswagen etc). Dependendo da quantidade de veículos fabricados por ano, esse campo deve ser preenchido com o número 9. O segundo bloco de números, que vai do 4º ao 9º carácter, é cha-

mado de VDS (Vehicle Description Section ou seção descritiva do veículo), cujas informações são definidas de acordo com o padrão criado por cada montadora, geralmente utilizados para classificar o modelo dos veículos. O terceiro bloco, chamado de VIS (Vehicle Identification Section ou seção indicadora do veículo) vai do 10º ao 17º seguindo as seguintes regras: Entre o 10° e 13³ podem existir caracteres numéricos e alfanuméricos. Entre os 14° e 17° somente caracteres numéricos. • O décimo caracter pode ser representado por letras ou números e permite identificar o ano do veículo. • O 11º dígito mostra qual a fábrica e local o fabricante montou o veículo (exemplo: Renault - São José dos Pinhais; General Motors - Indaiatuba etc). • Do 12º em diante está a numeração de série do carro, que é padronizada por cada montadora. Curiosidade: não são usadas as letras O, Q e I, para evitar que sejam confundidas com os números 0 e 1. Além dessas informações, nas normas citadas aqui, é possível identificar tabelas definidas para área geográfica por continente, país, fabricante e ano.

45 revista sincopeças-SP

E como fazer essa checagem? Além do chassi, o motor e o câmbio também recebem numerações únicas por veículo. Conforme o head da Tecnobank, em geral, empresas de vistoria veicular têm acesso à base de dados do governo e fazem a consulta do veículo, o que é chamado de vistoria cautelar. Alguns sites de vendas de automóveis e aplicativos para celular também oferecem o serviço. O usuário joga o número do chassi no sistema e recebe de volta todas as informações referentes àquele veículo, como o Renavam, a cor, o ano, o modelo, a placa, o número do motor e o número do câmbio. Aí, é preciso olhar cada uma das peças do veículo, para ver se os números e características coincidem com o registro. Qualquer detalhe diferente do que está no sistema poderá ser classificado pelo usuário como adulteração. Essas consultas não são gratuitas. As vistorias cautelares podem custar de R$ 130 a R$ 300 e são feitas por empresas especializadas. Já as consultas em sites e aplicativos podem custar até R$ 50 cada, mas são feitas pelo próprio usuário, que nem sempre tem o conhecimento necessário


especial on-line

Primeiro o mobile Think mobile first: como se preparar para atender à demanda dos usuários. Especialista dá dicas de como produzir vídeos para impactar os adeptos das redes sociais

D

revista sincopeças-SP

46

e acordo com a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o Brasil tem hoje 420 milhões de aparelhos digitais ativos, o que significa, na média, dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. Se analisados apenas os números de aparelhos de smartphone, são 230 milhões de celulares ativos no País. Para entender a importância destes números, basta olhar para o lado. Facilmente irá encontrar alguém com o aparelho na mão. E, na maior parte dos casos, é possível apostar (e ganhar!) que as pessoas estarão conectadas em alguma rede social. Neste cenário, muitas empresas já entenderam a relevância de proporcionar sites responsivos, ou seja, que se adequem facilmente a visualização por estes aparelhos. A importância disso é refletida em pesquisa da Stone Temple

Consulting, que revelou, em um levantamento que analisou 77 bilhões de visitas a sites, que 55.79% delas vieram do mobile. Para as empresas que querem surfar esta onda e alavancarem as vendas, é importante prestar atenção em alguns detalhes na hora de criar suas campanhas digitais. No caso dos vídeos, um dos queridinhos de formatos para as redes sociais, Deborah Folloni, CEO da ChiliGum Creatives, plataforma pioneira de automação de produção de criativos em vídeo e imagem, recomenda que o fator número um que o anunciante deve ficar atento é quanto ao formato. “As pessoas usam seus smartphones na vertical em 94% do tempo, portanto, sempre que possível, procure explorar a verticalidade das telas”, diz. Corroborando esta informação, basta lembrar que, há pouco tempo, o Snapchat divulgou que os vídeos verticais têm completion rates 9 vezes maiores no mobile do que os horizontais. “Talvez essa diferença tão absurda

se deva ao fato de que os vídeos são curtos e também porque o player do Snapchat não possui uma timeline para controlar o tempo exato do vídeo, como o Youtube possui, por exemplo”, observa a especialista. Para ampliar a potencialidade, Debora recomenda usar o formato full vertical nas proporções 9:16, ou também o short vertical nas proporções 4:5 e 2:3, para aproveitar melhor a tela do smartphone. “Só não esqueça de verificar a compatibilidade dos formatos com os placements onde for utilizar o vídeo para que nada importante seja cortado”, adverte. Em segundo lugar, a executiva recomenda pensar no áudio do vídeo. “Muitas pessoas assistem vídeos sem som, até mesmo como uma forma de otimizar o tempo: se a imagem não prende a atenção do usuário, ele não vai nem querer ouvir a mensagem. Para garantir que o seu conteúdo seja transmitido, use mão do recurso das legendas”, orienta, complementando que é


especial on-line

Deborah Folloni, CEO da ChiliGum, dá dicas sobre como produzir vídeos para impactar os adeptos das redes sociais que haja muito espaço para o crescimento do formato, especialmente aqui no Brasil. “Ainda há uma série de investimentos em infraestrutura a serem feitos pelas companhias de Telecom (afinal, muitas cidades do país estão longe de ter uma conexão como a de São Paulo, por exemplo), para podermos entregar conteúdo em conexões cada vez melhores - o que é essencial, quando falamos do formato mais

pesado de todos em termos de dados. Hoje consigo fazer um live na rua no 4G. Se tentasse fazer isso em 2012, não daria certo! E a tendência é que isso fique cada vez melhor. Ainda tem muito chão até chegarmos nos níveis de conexão da Europa por exemplo, mas por hora, é um bom começo, e nos dá uma excelente perspectiva de crescimento para o mercado de vídeo online”, pontua a especialista.

Sobre a ChiliGum Creatives Criada em 2012, a Chili Gum revolucionou a produção de vídeos publicitários com sua pioneira plataforma de produção de vídeos mais econômico, rápido e escalável. Agora, a empresa inova mais uma vez e expande

sua atuação no marketing digital, passando a oferecer, de forma automatizada, a produção de criativos em escala. No marketing digital, criativo pode ser entendido como qualquer peça publicitária confeccionada para o universo online, seja um banner,

uma postagem de anúncio em foto ou vídeo nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, entre outros). A ChiliGum tem entre seus clientes grandes empresas nacionais como Ambev, Citibank, Estadão, iFood e Magazine Luiza, entre outros.

47 revista sincopeças-SP

importante que a fonte utilizada para a legenda seja legível para o usuário. Preste atenção à cor e ao tamanho também. Até mesmo o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, também já debateu, no ano passado, sobre a potencialidade dos vídeos para o marketing digital. É possível encontrar referências a ele sinalizando que, mais do que "mobile first", o futuro seria "video first". Deborah também acredita


tecnologia

Alerta para

perigos ocultos Nova tecnologia de carros conectados da Ford alerta o motorista de perigos ocultos à frente

A revista sincopeças-SP

48

Ford apresentou na Europa uma nova tecnologia de carros conectados que dá um alerta antecipado ao motorista sobre perigos à frente na estrada, escondidos em curvas ou outros locais fora da sua visão – veja vídeo. O sistema, chamado LHI (Local Hazard Information), ou “informação de perigos locais”, é considerado um avanço significativo na criação de uma infraestrutura de transporte conectada. Diferentemente dos sistemas de alerta de acidentes de trânsito conhecidos, que dependem dos motoristas para fornecer informações, o LHI trabalha de forma autônoma, sem a necessidade

de qualquer interação do motorista. Os alertas são gerados automaticamente por ocorrências registradas pelos carros à frente, como o acionamento dos airbags, das luzes de emergência ou dos limpadores de para-brisa. Quando um motorista se depara com uma parada brusca, acidente ou tombamento de carga, os que vêm atrás – provavelmente fora do campo de visão – recebem um alerta. A tecnologia serve também para avisar sobre tempestades de granizo, inundações e deslizamentos de terra. O LHI foi projetado para fornecer alertas úteis, que só são

exibidos no painel do carro se tiverem impacto na rota do motorista, em vez de informações genéricas como geralmente se ouve nas transmissões de rádio. O Ford Puma, apresentado agora na Europa, será o primeiro modelo a vir com esse novo sistema de série, oferecido com operação gratuita durante o primeiro ano. Até o final do ano, o LHI estará disponível em mais de 80% da linha de veículos de passeio da Ford na Europa e não será um benefício exclusivo, podendo também gerar e receber alertas de carros de outras marcas.


tecnologia

O sistema, chamado LHI, usa a Internet das Coisas para informar sobre ocorrências na rota do veículo e prevenir acidentes

da Ford, vai operar a plataforma central baseada na nuvem para coletar informações de veículos de várias marcas. Quanto mais carros estiverem conectados à rede, maior será a eficiência do sistema. Quando vários veículos gerarem o mesmo aviso, outros que estiverem nas proximidades receberão a informação da nuvem, via rede de celular, para reduzir a velocidade ou tomar as precauções necessárias. O sistema vai adicionar também registros de acidentes dos órgãos públicos e reportes de

trânsito para dar outros alertas aos motoristas, como de veículos na contramão, obras, pessoas ou animais na pista. “O que torna o LHI diferente é que são os carros que estão conectados – através da Internet das Coisas. Ele não depende de aplicativos de terceiros, o que é um grande avanço. Os seus alertas são específicos, relevantes e personalizados para ajudar a melhorar a viagem do motorista”, diz Joerg Beyer, diretor executivo de Engenharia da Ford Europa.

49 revista sincopeças-SP

Como funciona Os sensores do IHS monitoram ações como frenagem de emergência, uso dos faróis de neblina e do controle de tração para detectar condições adversas do tempo ou da estrada. Esses registros são monitorados para determinar os locais de perigo e a ocorrência de acidentes. Os veículos enviam informações ao sistema automaticamente, por uma conexão segura à nuvem usando o modem FordPass Connect. A HERE Technologies, parceira de tecnologia


tecnologia

Pneus 5G Pirelli é a primeira empresa no mundo a desenvolver pneus que interagem com as redes 5G

A

revista sincopeças-SP

50

Pirelli é a primeira fabricante de pneus no mundo a transmitir informações detectadas por pneus inteligentes sobre a superfície da rodovia por meio de redes 5G. A companhia apresentou o “Primeiro Case Mundial de Serviços ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) por Rede 5G” em Turim, na Itália. A demonstração aconteceu durante o evento “O Caminho 5G da Comunicação do Veículo para Todas as Coisas”, organizado pela 5GAA – Associação Automotiva, da qual a Pirelli é parte. A Pirelli, em colaboração com as empresas Ericsson, Audi, Tim, Italdesign e KTH realizou uma exibição no telhado do Edifício Lingotto, onde foi mostrado como um veículo equipado com o sensor Pirelli Cyber Tyre e conectado a uma rede 5G foi capaz de transmitir o risco de aquaplanagem detectado pelos pneus para outro carro, que vinha em seguida. Isso foi possível graças a banda ultra alta e baixa latência do 5G. O pneu é o único ponto de contato entre o veículo e a rodovia. Graças a tecnologia que a Pirelli está aperfeiçoando, ele se comunica com o veículo e o motorista. Com a tecnologia 5G, o pneu agora pode se comunicar

O Cyber Tyre detecta e transmite informações relacionadas às condições da rodovia e outros detalhes das imediações por meio da rede com toda a infraestrutura rodoviária. O Pirelli Cyber Tyre, equipado com um sensor interno, no futuro fornecerá informações relativas ao modelo do pneu, quilômetros percorridos, carga dinâmica e, pela primeira vez, situações de perigo potencial na superfície das estradas, como presença de água e baixa aderência. Essas informações permitirão que o carro adapte seus sistemas de controle e assistência, melhorando de forma relevante

os níveis de segurança, conforto e performance. Além disso, esses mesmos dados serão oferecidos para outros carros e para a infraestrutura. Com o potencial do 5G, a Pirelli pode posicionar o pneu em um contexto de comunicação mais amplo, que envolve todo o ecossistema do transporte rodoviário, contribuindo ativamente para o desenvolvimento de soluções e serviços para o futuro da mobilidade e sistemas de direção autônomos.


tecnologia

51

Sensor Pirelli Cyber Tyre transmite informações como quilômetros percorridos, carga dinâmica e situações de perigo potencial. Foto: Divulgação

revista sincopeças-SP

Este ano a Pirelli também apresentou o Italia Track Adrenaline, um produto para os amantes dos track days, que inclui uma linha de pneus P Zero Trofeo com sensores internos. O Track Adrenaline é um verdadeiro engenheiro de pista virtual, que monitora a pressão e a temperatura dos pneus em tempo real, combinando essas informações com dados de telemetria para oferecer ao piloto indicadores e sugestões para melhorar sua performance. O conceito de pneus com sensores é parte integral da estratégia “Perfect Fit” da Pirelli, focada no desenvolvimento de produtos e serviços sob medida para atender as demandas de fabricantes de carros, frotas e motoristas em geral, olhando para o futuro e as mudanças na mobilidade.


giro

Ford Connecta conceito

A revista sincopeças-SP

52

Ford chamou muita atenção com a recente estreia do Mustang Mach-E, mas a verdade é que a empresa tem trabalhado com veículos elétricos durante a maior parte da sua existência. O fundador da empresa, Henry Ford, trabalhou em pelo menos dois veículos elétricos experimentais por volta de 1913 junto com o amigo e inventor Thomas Edison, que buscava criar um tipo aprimorado de bateria. A Ford anunciou, na época, que ambos estavam trabalhando em um veículo elétri-

Ford ModeloT elétrico


giro

Os elétricos

da Ford Do Modelo T ao Mustang Mach-E: a história dos carros elétricos da Ford. Em 1913, a Ford desenvolveu os primeiros veículos elétricos experimentais a bateria usando peças do Modelo T

nas décadas seguintes. Porém, no final dos anos 60, a escassez do petróleo e as preocupações ambientais renovaram o interesse por esses veículos. Em 1967, pesquisadores da Ford desenvolveram o Comuta, um protótipo experimental totalmente elétrico. O subcompacto, alimentado por quatro baterias de chumbo-ácido, tinha autonomia de 64 km com carga total e velocidade máxima de apenas 40 km/h. O carro urbano com pouco mais de 2 metros de comprimento nun-

ca foi produzido. Em 1979, o programa de pesquisa e desenvolvimento de carros elétricos da Ford criou um Fiesta experimental com bateria de níquel-zinco. O carro, um dos quatro protótipos criados pela marca, tinha uma velocidade máxima de cerca de 100 km/h e autonomia de 160 km. Sua bateria de 317 kg tinha duas a três vezes mais energia por peso que as baterias de chumbo-ácido e a metade do volume do modelo anterior, mostrando o progresso signifi-

53 revista sincopeças-SP

co de baixo custo, um protótipo com peças do Modelo T, que nunca foi produzido. Ironicamente, foi o sucesso do Modelo T, mais acessível e movido a gasolina, lançado em 1908, que dificultou a competição dos veículos elétricos daquela época. A partida elétrica tornou os modelos a gasolina mais fáceis de operar. A melhoria das condições das estradas, o petróleo barato e a tecnologia limitada de baterias também ajudaram a manter os carros elétricos fora das ruas


giro

cativo da Ford nessa área. No final da década de 1980, a Ford desenvolveu outro veículo elétrico de pesquisa em parceria com o Departamento de Energia dos EUA. O ETX-II, um Ford Aerostar totalmente elétrico, tinha velocidade máxima de 100 km/h e autonomia de 160 km. Inicialmente, era alimentado por uma bateria de chumbo-ácido, depois trocada por uma bateria de sódio e enxofre. Em 1991, o conceito Connecta foi outro grande passo. Sua bateria de sódio e enxofre – inovação da qual a Ford foi pioneira na década de 1960 e continuou pesquisando mesmo depois de outras marcas descartarem a tecnologia, devido à sua complexidade – podia ser recarregada numa tomada doméstica comum ou numa tomada especial de 220 V. Dois anos depois, a empresa desenvolveu a van elétrica Ecostar – baseada no Escort

Ford Aerostar ETX-II europeu – para um programa-piloto de frotas. O anda e para na cidade provou ser um ambiente adequado para a van, que tinha autonomia de 160 km e velocidade máxima de 112 km/h. Uma frota de teste com mais de 80 Ecostars rodou mais de 1,6 milhão de km em cidades ao redor do mundo, mas o custo de US$ 45.000 da bateria de sódio e enxofre inviabilizou sua produção.

Mais tarde, nos anos 1990, a Ford avançou bastante nos custos com uma Ranger elétrica, o primeiro veículo elétrico de produção vendido nos Estados Unidos. Mesmo com preço público de cerca de US$ 30.000, a maioria das 2.000 Ranger elétricas produzidas entre 1998 e 2000 foi vendida ou arrendada para empresas de serviço público e agências governamentais, como o Serviço Postal dos EUA.

revista sincopeças-SP

54

Ford Comuta protótipo


giro

e-Ka elétrico

Ford Escape Hybrid

55

Mustang Mach-E-1

revista sincopeças-SP

Com bateria chumbo-ácida, a picape tinha velocidade máxima de 120 km/h e autonomia de cerca de 96 km. A opção de uma bateria de níquel-metal-hidreto, lançada em 1999, deu a ela a mesma capacidade de carga útil da Ranger a gasolina, além de autonomia ampliada para 160 km. Na época do lançamento da Ranger elétrica, a Ford entrou no Consórcio de Baterias Avançadas dos Estados Unidos com o objetivo de desenvolver um veículo elétrico acessível com autonomia de 160 km, enfrentando os desafios de custo, durabilidade e alcance limitado das baterias chumbo-ácidas. Nos anos seguintes, a empresa continuou a pesquisar outros tipos de bateria. Seu centro de pesquisa e engenharia avançada na Europa desenvolveu o primeiro veículo totalmente elétrico com uma bateria de íons de lítio, baseado no Ka, em 2001. O e-Ka tinha uma autonomia de mais de 145 km e velocidade máxima em torno de 130 km/h. O TH!NK City e o TH!NK Neighbor surgiram um ano depois. Parte de um programa-piloto de 400 unidades, o TH!NK City era um compacto de dois lugares com baterias de níquel-cádmio. Ele atingia a velocidade máxima de cerca de 90 km/h, com autonomia de 64 a 80 km. O TH!NK Neighbor era um veículo de dois ou quatro lugares, projetado para viagens curtas. Alimentado por


giro

Ford Ranger elétrica

Ford TH!NK

Van Ford Ecostar baterias de chumbo-ácido, tinha velocidade máxima de 40 km/h e autonomia de 32 a 48 km. Foram produzidos 7.000 TH!NK Neighbor.

revista sincopeças-SP

56

Híbridos No início dos anos 2000, as montadoras ainda não tinham conseguido produzir um carro elétrico popular e acessível e a atenção se voltou para os híbridos. Em 2004, a Ford lançou seu primeiro modelo híbrido de produção, o Ford Escape Hybrid (junto com o Mercury Mariner Hybrid). O Escape Hybrid foi o primeiro SUV híbrido do mundo e o primeiro híbrido produzido por uma montadora da América do Norte. Ele foi eleito Utilitário do Ano nos EUA e começou a operar em frotas de táxi na cidade de Nova York.

Em 2005, a Ford lançou um veículo a célula de combustível, que convertia energia química em eletricidade para acionar o motor usando hidrogênio e oxigênio. Esse modelo tinha uma autonomia de cerca de 300 km e velocidade máxima de 130 km/h. A empresa passou a oferecer mais opções híbridas, incluindo os Fusion Hybrid e híbrido plug-in, o Lincoln MKZ Hybrid, os C-MAX Hybrid e plug-in, além do Focus Electric totalmente elétrico. O novo Ford Escape 2020 ganhou recentemente um sistema híbrido, incluindo uma opção híbrida plug-in. O novo Ford Explorer 2020 também oferece uma opção híbrida na versão de topo Limited, assim como o Lincoln Aviator e o Lincoln Corsair nas versões Grand Touring. Esses

veículos trazem a tecnologia de bateria de íons de lítio de quarta geração da marca. Em novembro último, a Ford lançou o Mustang Mach-E elétrico em Los Angeles. As reservas da edição limitada First Edition se esgotaram rapidamente. Outras versões do Mustang Mach-E, como Premium e GT, ainda estão disponíveis para clientes dos EUA e Europa. A lista de reservas do Mustang Mach-E revela alguns dados interessantes: o cinza Carbonized é a cor mais procurada, por 38% dos clientes, seguida do azul Grabber Metallic (35%) e vermelho Rapid (27%). Mais de 80% dos clientes dos EUA optaram pela bateria de alcance estendido, 55% optaram pela versão com tração integral, cerca de 30% escolheram o Mach-E GT e mais de um quarto das reservas são da Califórnia.


p

sinco eças

-SP

A peça que faltava: Valorizando o Seguro Patrimonial! O Sincopeças tem buscado auxiliar as empresas do setor em diversas frentes e agora também no Seguro Patrimonial. Esse tema ainda não havia sido desenvolvido e visa melhorar a condição das lojas de auto peças associadas.

Seguro Patrimonial investimento com retorno garantido A busca de proteção patrimonial é extremamente relevante, principalmente em uma época em que eventuais perdas podem levar muito tempo para serem recuperadas. Na procura de parcerias, fomos recomendados a FBN Corretora de Seguros, empresa que já conhece bem o setor automotivo e atende a base de empresas associadas ao Sindirepa há mais de 4 anos.

Selo de empresa Amiga do Reparador Por lá, a FBN construiu uma imagem sólida de empresa séria, com atendimento consultivo e que prioriza o cliente além de ótimos relatos a respeito de sua repercussão. Entretanto não são poucos os depoimentos de empresas que são atendidas por eles e que declaram ter economizado bastante, e que tiveram um excelente atendimento. Acompanhe abaixo alguns deles:

Recebemos um informativo que nosso Sindirepa-SP tem parceria com a FBN Corretora de Seguros, empresa idônea e confiável com bons serviços prestados ao longo dos anos. Optamos por contratar o seguro empresarial, com custo-benefício excepcional e diferenciado ao associado da Sindirepa-SP. Estamos satisfeitos e recomendamos aos associados. Lauro - Oficina Auto Chech

Elaine Bianchini

Gestora de Vendas e Atendimento da FBN Digital

Jaqueline Viana

Gestora de Vendas e Atendimento a Empresas

Gabriela Carvalho

Gestora de Benefícios e Atendimento a Seguros de Pessoas

Por que o Sincopeças escolheu a FBN Seguros? A FBN inicia a parceria oferecendo seguros empresariais com coberturas bem abrangentes, modelos flexíveis de contratação e consultoria para contratar e para obter atendimento em caso de necessidade. Com duas unidades de negócios a FBN atende nas áreas de seguros empresariais, com foco em seguros patrimoniais e conta com uma equipe de alto nível liderados por Jaqueline Viana e Elaine Biachini e na unidade de Benefícios, atuam com seguros de pessoas ( Vida, Saúde, Odontologia eentre outros ) com uma equipe especializada e coordenadas por Gabriela Carvalho.

Quem é o Grupo FBN A FBN foi fundada por Kleber de Paula, que está no mercado há 23 anos e foi Diretor da Central de Serviços da FIESP onde aprendeu a desenvolver campanhas com foco associativo através da criação de relevância para as empresas. Um time de ponta para ajudar a sua empresa a ter mais proteção com excelente custo benefício.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.