Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Cartoon Xira
24 de fevereiro a 5 de maio de 2024 | 24 February to 5 May 2024
Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira
www.cm-vfxira.pt
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Cartoon Xira
24 de fevereiro a 5 de maio de 2024 | 24 February to 5 May 2024
Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira
www.cm-vfxira.pt
ANTÓNIO • CARRILHO • CRISTINA • FAZENDA
GARCIA • GARGALO • MAIA • MONTEIRO
RODRIGO • SALGADO • SARAIVA • SILVA
apresentação presentation
Nuno Pacheco
comentários comments
José António Lima
curadoria e coordenação editorial curatorship and publishing coordination
António Antunes
No ano em que se celebram os cinquenta anos da Revolução de Abril, organizamos a 25.ª edição da Cartoon Xira, comissariada pelo cartoonista vila-franquense António Antunes, parceiro do Município nesta aventura desde a primeira hora, a quem agradecemos o empenho, dedicação, criatividade e, claro, resiliência.
A Cartoon Xira é hoje uma das maiores e mais prestigiadas mostras dedicadas ao cartoon no nosso País, uma arte indelevelmente ligada ao exercício da Liberdade em múltiplas dimensões, realçando-se a da liberdade de expressão (e de crítica), bem como de imprensa, que nesta altura atravessa particulares dificuldades de sustentabilidade, entre outras, como se tem visto.
O olhar crítico, pleno de humor e sagacidade, sobre os acontecimentos da sociedade contemporânea, corporizados em cartoons, incrementa a criatividade das publicações e nos leitores, mas também exercita o espírito de tolerância, tão importante para a manutenção da Democracia e da diversidade que a dinamiza.
Nesta edição, a exposição Cartoons do Ano 2023 reúne trabalhos de autores já nossos conhecidos: António e Maia (juntos desde o início) e os outros artistas que se lhes foram juntando: Carrilho, Cristina, Fazenda, Gargalo, Monteiro, Rodrigo, Salgado, Saraiva
In the year that marks the fiftieth anniversary of the April Revolution, we organise the 25th edition of Cartoon Xira, curated by Vila Franca cartoonist António Antunes, who has been our partner in this adventure from the outset and whom we thank for his commitment, dedication, creativity and, of course, resilience.
Cartoon Xira is today one of the largest and most prestigious cartoon exhibitions in our country, an art indelibly linked to the exercise of freedom in multiple dimensions, highlighting freedom of expression (and criticism), as well as freedom of press, which at this time is going through significant difficulties in terms of sustainability, among others, as has been seen.
The critical gaze full of humour and wit on the events of contemporary society, embodied in cartoons, increases the creativity of publications and readers, but also exercises the spirit of tolerance, so important for the maintenance of Democracy and the diversity that boosts it.
In this edition, the Cartoons of the Year 2023 exhibition brings together works by authors already known to us: António and Maia (together since the beginning) and the other artists who have since joined them: Carrilho, Cristina, Fazenda, Gargalo, Monteiro, Rodrigo, Salgado, Saraiva and Silva, already part of our artistic family. For the first time,
e Silva, fazendo já parte desta nossa família artística. Contamos, pela primeira vez, com Daniel Garcia, um jovem ilustrador profissional que publica na imprensa nacional e internacional.
Aos talentosos autores que participam na Cartoon Xira deixamos o nosso agradecimento e reconhecimento.
Estamos certos de que a Cartoon Xira voltará a ser este ano um ponto de encontro obrigatório para todos os apreciadores do desenho humorístico, e um convite à reflexão sobre os momentos conturbados que o Mundo e o País (sempre) atravessam.
Sejam muito bem-vindos à Cartoon Xira e a Vila Franca de Xira.
we count on the participation of Daniel Garcia, a young professional illustrator who publishes in both national and international press.
To the talented authors taking part in Cartoon Xira, we would like to express our gratitude and recognition.
We are sure that this year Cartoon Xira will once again be a mandatory meeting point for all cartoon lovers and an invitation to reflect on the troubled times the world and the country are (always) going through.
We warmly welcome you to Cartoon Xira and to Vila Franca de Xira.
Sabem o que se passou em 2023? Sim? Não? Têm uma vaga ideia? Pois venham daí, que vamos mostrar-lhes. Estão a ver aqueles dois, um de cabelo branco e chapéu e outro só com os olhos de fora? Terríveis. Por cima, Lua ou Estrela; por baixo, um mar de sangue. Bem maior, este ano. E não há quem os pare, um verdadeiro pesadelo. Não é o único. Reparem nesta outra criatura, que parece celebrar um aniversário: branco, quase calvo, não sopra uma vela e sim o fumo do cano de uma espingarda. Resolveu martirizar um vizinho e ainda festeja, com o maior descaramento. Aquela pomba, trucidada num aperto de mão? Era a paz e não teve sorte. Ao quase-calvo é que a sorte tem sorrido, mesmo se lhe mordem as canelas. Coisa a que se atreveu o antigo cozinheiro, que depois de anos a servir-lhe tanques, deu com ele a trazer-lhe a própria cabeça numa bandeja. É a vida. Nada que um belo e anafado sol oriental ornado de mísseis não compense. Mas adiante. Querem ver filas sem ser as dos refugiados de guerra? Também há, e são caseiras. Temos as das raspadinhas e as dos hospitais. Lembram-se dos muito adulados heróis da pandemia, sempre de bata branca num sufoco a tratar tudo e todos? Pois bem, agora andam eles doentes, sem nada que lhes valha a não ser uma resistência de ferro. Reparem naquelas três letras, com um senhor de óculos que parece querer estoirá-las: SNS. São o sistema, não o político mas o da saúde. E se não explodiram já, foi por um triz, devido à resistência dos de bata e dos seus muitos «clientes». Ah, também temos resistentes nas escolas. E ali estão, feitos alvos, atrás dos quadros que usam para ensinar. É uma outra guerra, bem antiga, felizmente sem mortos mas com muitas vítimas. Por tudo isto, rebentou aqui uma crise aguda de que dão conta os quadros seguintes, com o mesmo senhor de óculos que parecia querer estoirar as três letras, mas agora no centro de um furacão que o arredou
Do you know what happened in 2023? Yes? No? Do you have a vague idea? Well, come on then, we’ll show you. Do you see those two guys, one with white hair and a hat and the other with just his eyes sticking out? Terrible. Above, a Moon or a Star; below, a sea of blood. Much bigger this year. And no one can stop them, a real nightmare. And it’s not the only one. Take a look at this other creature, who seems to be celebrating a birthday: white, almost bald, he isn’t blowing out a candle but the smoke coming out of the barrel of a shotgun. He has decided to martyr a neighbour and is still celebrating with the utmost shamelessness. What about that dove, slaughtered in a handshake? It was meant to be peace but didn’t succeed. Luck has however been smiling upon the quasi-bald guy, even when his shins are bitten. That’s what the former cook dared, who after years of serving him tanks, found himself bringing him his own head on a tray. That’s life. Nothing that a beautiful and dull oriental sun adorned with missiles couldn’t make up for. But let’s move on. Do you want to see queues other than those of war refugees? There are some others too, and they’re domestic. We have the queues for scratch cards and the hospital queues. Do you remember the much-vaunted heroes of the pandemic, always in white coats, in a state of suffocation, treating everything and everyone? Well, now they’re sick themselves, with nothing supporting them except an iron resistance. Look at those three letters, with a bespectacled gentleman who seems to want to blow them up: SNS 1. They are the system, not the political system, but the health system. And if they haven’t blown up yet, it was pretty close, due to the resistance of those wearing white coats and their many “clients”. Oh, we also have resistant people in schools. And there they are, like targets, behind the
1 SNS is the acronym for Serviço Nacional de Saúde (National Health Service)
do cargo. Furacão por onde passaram uns aviões, umas trapalhadas com a justiça, uns arrufos entre correligionários e umas operações de limpeza com mau detergente. Falando em detergente: já ouviram falar de um chamado «Perdão»? Soubemos que há quem o use para tirar nódoas maiores, o problema é que mesmo assim não saem. Deve ser efeito das más crenças. Crença foi o que não faltou no caso que meteu umas gémeas, mas também aqui não serviu para nada. E foi a descrença que se impôs, havendo quem queira fazer dela adubo para as escolhas de março. Serão outros quadros, evidentemente. Nestes, ainda temos os de um recente rei inglês e os de um rufia americano, perigos verdadeiros com barbas e sem barbas, maquinetas que pairam sobre nós como ameaças, e os malabarismos do costume a transformarem a dor do mundo num sorriso que é também sinal de resistência e alerta. O melhor é recomeçar a visita, a partir daqui.
E já que recomeçamos, tratemo-los pelo nome. Não são quadros, são cartoons. Vemo-los em jornais, revistas, televisão, Internet, redes sociais. São uma das maiores expressões de liberdade no mundo de hoje, armas inestimáveis no combate a opressões, injustiças, ditaduras, violências de todo o tipo. Apropriando-se, habilidosamente, de traços reconhecíveis noutras artes e géneros (desenho, pintura, fotografia, reportagem, crítica, opinião), mostram numa só imagem aquilo que exigiria muitas palavras para explicar. E aqui reside muita da sua força e do seu encanto, alvos da ira dos que os entendem como ameaça, perseguindo (ou mesmo assassinando) os seus autores. É por isso que, ao longo dos anos, em tempos de paz ou de guerras, o cartoon é e continua a ser indispensável ao entendimento do que nos rodeia. A sua liberdade é a liberdade de todos nós.
blackboards they use for teaching. That’s another war, a very old one, fortunately without casualties but with many victims. For all this, an acute crisis has erupted here, as the following pictures show, with the same bespectacled gentleman who seemed to want to blow up the three letters, but now at the centre of a hurricane that has removed him from office. A hurricane in which there have been a few airplanes, a few messes with the courts, a few tiffs among co-religionists and a few cleaning operations with bad detergent. Speaking of detergent: have you heard of one called “Pardon”? We’ve learnt that some people use it to remove larger stains, but the problem is that they still don’t come out. It must be the effect of wrong beliefs. Belief was something not lacking in the case of some twins, but here too it was useless. And disbelief has taken over, some people want to use it as fertiliser for their choices in March. There will be other pictures, of course. In these, we still have the ones of a recent English king and those of an American bully, real dangers with and without beards, widgets hovering over us like threats and the usual juggling tricks that turn the pain of the world into a smile that is also a sign of resistance and alertness. It is best to restart the tour from here.
And since we’re starting again, let’s call them by their names. They’re not pictures, they’re cartoons. We see them in newspapers, magazines, on television, the internet and social media. They are one of the greatest expressions of freedom in the world today, priceless weapons in the fight against oppression, injustice, dictatorships and violence of all kinds. Skilfully appropriating recognisable traits from other arts and genres (drawing, painting, photography, reportage, criticism, opinion), they show in a single image what would require many words to explain. And herein lies much of their strength and charm, targets of the wrath of those who perceive them as a threat, persecuting (or even murdering) their authors. That’s why over the years, in times of peace or war, cartoons have been and continue to be indispensable to our understanding of our surroundings. Their freedom is our freedom.
cartoons do ano cartoons of the year 2023
A 7 de outubro, um ataque coordenado de várias brigadas do Hamas, grupo palestiniano terrorista, saídas da Faixa de Gaza, causa um massacre de 1200 mortos civis em território israelita e sequestra 240 reféns aprisionados em Gaza. O Governo do conservador Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel em 16 dos últimos 27 anos, promete arrasar a estrutura do Hamas «até ao último homem» e responde sem contemplações. O exército de Israel cerca a Faixa de Gaza e lança bombardeamentos incessantes por terra, ar e mar, destruindo ou danificando 45% das casas, matando, em menos de três meses, cerca de 20 mil palestinianos e ferindo outros 50 mil. Israel não poupa hospitais, escolas ou coletividades, pois é aí, dissimulada entre a população, que se esconde a infraestrutura militar do Hamas. Uma trégua de sete dias permite a libertação de 129 reféns e 240 prisioneiros palestinianos das prisões israelitas. Mas os combates logo recomeçam, tornando cada vez mais difícil a solução dos dois Estados, Palestina e Israel, vivendo lado a lado em coexistência pacífica. Uma solução aprovada internacionalmente, mas rejeitada pelos extremistas de ambos os lados do conflito, os fundamentalistas do Hamas e os radicais israelitas que apoiam Netanyahu.
On 7 October, a coordinated attack by several brigades of Hamas, a Palestinian terrorist group, departing from the Gaza Strip, causes a massacre of 1,200 civilian deaths in Israeli territory and kidnaps 240 hostages held captive in Gaza. The government of the conservative Benjamin Netanyahu, prime minister of Israel for 16 of the last 27 years, promises to crush the Hamas structure “to the last man” and responds without contemplation. The Israeli army surrounds the Gaza Strip and launches incessant bombardments by land, air and sea, destroying or damaging 45 per cent of the homes, killing around 20,000 Palestinians in less than three months and injuring another 50,000. Israel doesn’t spare hospitals, schools, communities, because it is there, disguised among the population, that Hamas’ military infrastructure is concealed. A seven-day truce allowed for the release of 129 hostages and 240 Palestinian prisoners from Israeli jails. But the fighting soon resumes, making the solution of two states, Palestine and Israel, living side by side in peaceful coexistence increasingly difficult. A solution internationally approved, but rejected by the extremists on both sides of the conflict, the fundamentalists of Hamas and the Israeli radicals who support Netanyahu.
Ao fim de 22 meses, a guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, pouco evolui no terreno, apesar do esforço da contraofensiva ucraniana e de Kiev ter passado a atingir com drones explosivos Moscovo e outras localidades russas. O balanço de quase dois anos de guerra aponta, segundo fontes independentes, para 120 mil militares mortos e 180 mil feridos do lado da Rússia, bem como 70 mil soldados mortos e 110 mil feridos nas forças da Ucrânia, além de cerca de 10 mil civis mortos. Um episódio marcante deste segundo ano é a tentativa de golpe contra o poder de Moscovo, em 23 de junho, ensaiado pelo líder do grupo Wagner, Y. Prigozhin, que fez avançar a sua coluna de mercenários em direção à capital russa. Prigozhin, antigo chef de cozinha de Putin, com intervenções violentas do seu corpo de mercenários em regiões de África e na Ucrânia, acabaria por retroceder na ameaça de golpe. E viria a morrer dois meses depois, a 23 de agosto, na queda não esclarecida do avião particular em que viajava, abatido pelo sistema de defesa russo. Além do auxílio da obsoleta indústria militar da Coreia do Norte, Putin recebe apoios externos indiretos da China e do líder húngaro Orbán. Já Zelensky, presidente da Ucrânia, mantém os apoios dos EUA e da Europa, conseguindo mesmo o enorme sucesso diplomático de ver Bruxelas abrir formalmente o processo de adesão de Kiev à União Europeia.
After 22 months, the war in Ukraine, which began with the Russian invasion of 24 February 2022, has made little progress on the ground, despite the efforts of the Ukrainian counter-offensive and Kiev’s use of explosive drones to target Moscow and other Russian locations. According to independent sources, almost two years of war have seen 120,000 soldiers killed and 180,000 wounded on the Russian side, as well as 70,000 soldiers killed and 110,000 wounded in the Ukrainian forces, the number of civilians killed amounting to around 10,000. A striking episode of this second year is the attempted coup against Moscow’s power on 23 June, masterminded by the leader of the Wagner group, Y. Prigozhin, who advanced his column of mercenary troops towards the Russian capital. Prigozhin, Putin’s former chef, with violent interventions by his mercenary corps in regions of Africa and Ukraine, ended up backtracking on the coup threat. He died two months later, on 23 August, in the unexplained crash of the private plane he was travelling in, shot down by the Russian defence system. In addition to the aid from North Korea’s obsolete military industry, Putin receives indirect external support from China and from the Hungarian leader Orbán. Ukraine’s President Zelensky, on the other hand, maintains the support of the USA and Europe, even achieving the huge diplomatic success of seeing Brussels formally opening the process of Kiev’s accession to the European Union.
À exceção de conflitos súbitos, como a guerra que irrompeu em Gaza, os mais marcantes acontecimentos e conflitos que se observam à janela do mundo são a continuidade de situações que vêm, no essencial, de anos anteriores. Na Europa, prossegue a tragédia de centenas de migrantes mortos em naufrágios, na tentativa de atravessar o Mediterrâneo, e a presidente do BCE persiste numa dura política de juros altos para fazer baixar a inflação (que era de 8,6% em janeiro e desce para pouco mais de 2% em dezembro, na Zona Euro). E se a política europeia não parece capaz de travar a ascensão da extrema-direita, também na Argentina é Javier Milei, um populista radical de direita, ao estilo Trump, quem chega à Presidência em dezembro. Enquanto isso, o Brasil esvai-se entre os extremos de Lula e de Bolsonaro. No Irão, o líder fundamentalista Ali Kameini acentua a brutal repressão aos protestos nas ruas com a execução por enforcamento de mais de 500 pessoas em 2023. E o secretário-geral da ONU, António Guterres, não descansa nos seus esforços para limitar os bombardeamentos na Ucrânia. Já no campo das novas tecnologias, Elon Musk muda a marca Twitter para X, fazendo desaparecer o célebre pássaro azul. E os desenvolvimentos da Inteligência Artificial, como o gratuito ChatGPT cujo uso rapidamente se generaliza, anunciam uma nova revolução nos hábitos da sociedade digital.
With the exception of sudden conflicts, such as the war that has broken out in Gaza, the most striking events and conflicts that can be seen on the world stage are the continuation of situations that essentially come from previous years. In Europe, the tragedy of hundreds of migrants dying in shipwrecks trying to cross the Mediterranean continues, and the president of the ECB persists with a tough policy of high interest rates to bring down inflation (which was 8.6 per cent in January and fell to just over 2 per cent in December in the Eurozone). And if European policy doesn’t seem to be able to halt the rise of the far right, in Argentina too it’s Javier Milei, a radical rightwing populist in the style of Trump, who becomes President in December. Meanwhile, Brazil is torn between the extremes of Lula and Bolsonaro. In Iran, fundamentalist leader Ali Kameini is stepping up the brutal repression of street protests with the execution by hanging of more than 500 people in 2023. And UN Secretary General António Guterres is relentless in his efforts to limit the bombings in Ukraine. In the field of new technologies, Elon Musk changes the Twitter brand to X, making the famous blue bird disappear. And developments in Artificial Intelligence, such as the free ChatGPT, the use of which is rapidly becoming widespread, herald a new revolution in the habits of digital society.
Consultar Autores | Consult Authors
www.sistemasolar.pt
© Sistema Solar Crl (Documenta), 2024 Rua Passos Manuel 67 B, 1150-258 Lisboa
Desenhos e textos | Drawings and texts © Os Autores | The Authors
Fevereiro | February 2024
ISBN 978-989-568-132-7
Capa | Cover : António Antunes
Revisão | Proofreading : Helena Roldão
Depósito legal | Legal deposit : 528113/24
Impressão e acabamento | Printing and binding : Gráfica Maiadouro S.A. Rua Padre Luís Campos 586 e 686 – Vermoim 4471-909 Maia
Portugal