Guia didático de Língua Gestual Portuguesa
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representações mímicas da realidade. Resta-nos ainda acrescentar que as línguas gestuais reflectem a capacidade criadora das línguas humanas, visto que novos vocábulos vão surgindo à medida que a necessidade de exprimir conceitos e novas realidades se impõem. (Correia, 2008, p. 59).
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2.1. LGP, Língua Materna (L1), Língua Natural (L1), Primeira Língua (L1), Língua Segunda (L2), Língua Estrangeira (LE) e a sua especificidade em relação à aprendizagem pelos alunos ouvintes em Portugal
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Segundo correia (2009), só recentemente a LGP foi considerada como ferramenta essencial para o pleno acesso ao conhecimento por parte das crianças surdas, mas não é ainda considerada como língua minoritária oficial de Portugal, mesmo que haja recomendações nesse sentido e uma efetiva luta de algumas associações de surdos com o fim de obter esse reconhecimento. Assim, existe alguma dificuldade em compreender pacificamente certos termos que definem a relação da língua com a comunidade a que pertence. Ao longo da sua vida, qualquer falante adquire, pelo menos, uma língua (a sua Língua Materna ou L1). “Entendemos por Língua Materna a primeira língua aprendida por uma pessoa na infância, não correspondendo esta necessariamente à língua oficial do país onde vive, que podemos designar de “língua dominante”. (Silva, 2005, p.98). A maioria das pessoas adquire ainda uma outra língua, sendo que a sua aquisição pode dar-se em simultâneo com a L1 (no caso do bilinguismo) ou numa fase pos16
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