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Maçom: Homem Livre e de Bons Costumes | EG

Maçom: Homem Livre e de Bons Costumes

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por EG

Um Homem não chora. Dizem que um Homem não se mede aos palmos. Dizem também... que um Homem não é de pedra. Dizem que tão pouco um Homem é uma ilha. Ainda te dizem que não és Homem, não és nada... vais de encontro ao tudo. Diz-me com quem andas, e dir-te-ei quem és. Viver é certamente tratar com o mundo.

Este é o sentido da mais famosa máxima de Ortega y Gasset: “O homem é o homem e a sua circunstância”.

São muitos os locais, as pessoas e as circunstâncias em que encontramos afirmações e definições do que um homem é ou não é.

Segundo o dicionário, é um mamífero primata, macho, bípede, sociável (uns mais do que outros), que, tal como a mulher, se distingue de todos os outros animais pela faculdade da linguagem verbal e pelo superior desenvolvimento intelectual.

Sim, esta é uma boa definição de Homem... mas... será suficiente?

Eu diria claramente que não.

Um Homem é o que se vê, mas sobretudo o que se sente. É o que fala, mas muito mais o modo como age. É o modo como pensa, mas muito mais aquilo que ensina. É tudo aquilo que construiu, mas tanto mais o que deixou construído.

Com isto quero dizer que o Homem não tem uma fórmula universal, nem detém tão pouco uma receita infalível.

Possui o condão de poder nascer de uma forma e morrer de outra, de crescer em todas as suas dimensões: Física, Intelectual e Espiritual, e até é capaz de se reinventar quando é dado como acabado.

Durante a sua vida vai sendo paulatinamente moldado pelo seu contexto, desde a educação dos pais, à escola da vida, desde o seu percurso académico, até ao seu rumo profissional. É definido pela forma como trata o próximo e pela forma como nutre as suas amizades.

E na sua maioria, por todas essas etapas, ele tem o privilégio de optar pelo caminho que segue e pela companhia que leva a seu lado.

A isso meus irmãos eu intitulo: Ser Livre.

Mas essa liberdade não vem sem risco. É um dom precioso que não poucas vezes é esbanjado ou pobremente utilizado. E é aí que chegam os Bons Costumes.

Bons Costumes esses que segundo a definição do Código Civil Português são: um conjunto de regras de convivência que num dado ambiente e em certo momento as pessoas honestas e corretas aceitam como contrários a imoralidade ou indecoro social.

Sim... correto... mas algo sujeito à interpretação da bússola moral/religiosa/cultural de cada um.

A moral e os bons costumes são partes da mola de uma engrenagem cientificamente perfeita, qual criação de um ente superior.

Eu prefiro classificar os Bons Costumes como balizas da liberdade de um Homem numa perspetiva sócia filosófica.

Os Bons Costumes são para mim a execução dos nossos valores no mundo físico, de uma forma coerente e consistente. Com humildade, amor, e respeito pelo próximo.

E vivo com a fé de que cada um desses bons hábitos que luto por praticar da melhor forma possível diariamente, seja incendiário de boa conduta nos outros.

E só é possível haver uma simbiose humana que melhore o mundo, entre homens que partilhem destes ideais e princípios de vida. E tem de haver uma casa que os acolha, onde possam seguir esse caminho de crescimento do indivíduo e da obra construída pelo todo. E que belo é ver estas situações em que 1+1 é igual a muito mais do que 2.

E termino tomando como boa uma máxima: “Um Homem é aquilo que dizem dele quando não está presente”.

EG Aprendiz Maçom R:. L:. Almada Negreiros

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