Entrevista Henrique Ribaldo Filho (Cervam)
Passo a passo Cronograma de instalação da energia solar
Tendências A chegada dos carros elétricos
#03 julho 2019
ano 1
Aliada ambiental
e empresarial A ENERGIA SOLAR APARECE, CADA DIA MAIS, ASSOCIADA A GRANDES EMPRESAS E MARCAS, QUE ENCONTRAM, NESSA TECNOLOGIA, A SOLUÇÃO PARA REDUZIR CUSTOS E SEUS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE
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ÍNDICE
Revista digital
CAPA
STAFF Diego Loureiro Presidente Alejandro Micó Diretor de operações
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EMPRESAS DE GRANDE PORTE APOSTAM NA ENERGIA SOLAR
Marcelo Thomaz Diretor de tecnologia Amanda Pioli Jornalista responsável MTB 74.641/SP Wil Targa Projeto gráfico e diagramação Andréa Ueda Diretora jurídica
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TENDÊNCIAS Brasil bate a marca de 1GW em geração distribuída ENTREVISTA Henrique Ribaldo Filho GLOSSÁRIO Energia solar 101 JURÍDICO Desburocratização e empreendedorismo PASSO A PASSO Sistema de energia solar PROJETO DO MÊS Cervam
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O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO SABER
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OPORTUNIDADES
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FUTURO DOS VEÍCULOS
EDITORIAL
CHEGAMOS PARA FICAR! POR AMANDA PIOLI
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SOLUÇÕES
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iante da capacidade solar do Brasil (pensando na relação entre a irradiação recebida em todo território e a produção de energia gerada a partir dela), infelizmente ainda temos um longo caminho a percorrer. Contudo, nosso copo está, sem dúvida, meio cheio: segundo mapeamento do Portal Solar, maior marketplace do segmento no país, a energia solar brasileira vive um crescimento exponencial, com uma taxa de cerca de 500 novas empresas por mês – e a perspectiva é chegar ao fim do ano com aproximadamente 6 mil companhias novatas no mercado fotovoltaico nacional. Tal desenvolvimento reflete também o crescimento da adesão à essa tecnologia por consumidores e empresas, tema que abordamos mais profundamente na matéria de capa dessa edição. Afinal, multinacionais e importantes nomes de diferentes setores têm feito investimentos milionários nessa fonte renovável. Da mesma forma, recentemente o Brasil alcançou a marca de 1GW em geração distribuída. Segundo a consultora Marina Galhardo, que colabora em um artigo nessa revista, isso demonstra um amadurecimento do mercado no sentido de discutir a regulamentação do setor. Ainda nessa edição, abordamos o futuro (que já está aí!) com os carros elétricos, entrevistamos Henrique Ribaldo Filho, presidente da Cooperativa de Energização e Desenvolvimento do Vale do Mogi (Cervam), mostramos iniciativas muito interessantes em prol da sustentabilidade, entre outros assuntos. Com essa abordagem e assim como a energia solar, nós, da Sunalizer, viemos para ficar e ocupar cada vez mais espaço!
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TENDÊNCIAS
BRASIL BATE A MARCA DE 1GW EM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Mercado brasileiro parece maduro para discutir a regulação que afeta o avanço energético no país
E MARIANA GALHARDO Sócia da G2A Consultores
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m junho de 2019 o Brasil ultrapassou a marca de 1GW de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica. Sem dúvida, trata-se de um grande avanço, iniciado em grande parte pela regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio das Resoluções Normativas 482/2012 e 687/2015. Esses instrumentos legais permitiram ao consumidor o direto de gerar sua energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e fornecer o excedente para a rede de distribuição a qual está conectado. A regulamentação iniciou no país o processo de empoderamento do consumidor de energia elétrica apoiada, como alega a Agência, na preocupação de manter o equilíbrio do sistema, promovendo a incorporação de novas tecnologias. Segundo palavras de André Pepitone, diretor-geral da Aneel, “a geração distribuída equivale, no setor elétrico, à revolução do smartphone nas telecomunicações”; palavras que tendo a concordar, mas ao propor ajustes da regulamentação, por meio da Audiência Pública (AP 001/19), cabe algumas reflexões que trataremos ao longo deste artigo.
PONDERAÇÕES
Uma vez que a fonte mais utilizada para micro e minigeração distribuída, pelos consumidores brasileiros, é a solar fotovoltaica, com 82,6 mil micro e mini usinas e cerca de 870MW de potência instalada, o tema torna-se muito importante. Para Rodrigo Limp, diretor da Aneel e relator da revisão da norma (Resolução 482), “a expressiva marca de 1GW da geração distribuída no Brasil é fruto do nosso grande potencial para exploração de fontes renováveis e também da confiança no marco regulatório. Temos a convicção que o crescimento será ainda mais robusto nos próximos anos, o que torna ainda mais importante o debate de revisão da Resolução 482, para que esse crescimento ocorra de forma sustentável, com equilíbrio entre os consumidores”. Cabe esclarecer que tal resolução instituiu o net metering, um sistema de compensação que permite aos consumidores proprietários de geração distribuída (GD) ter o direito a créditos pela energia produzida, não consumida e injetada na rede das distribuidoras – créditos esses que podem ser utilizados ao longo de 60 meses. Desde a publicação da referida norma, observa-se que o dispositivo não logrou sucesso no desenvolvimento do mercado de GD. Sendo assim, em 2015, a Aneel revisou a norma, criando três novas modalidades para enquadramento
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do sistema de compensação e ampliando os limites de potência das unidades geradoras. Quando da publicação da nova norma (Resolução 687/2015), a agência propôs nova revisão das regras até o fim de 2019. Dessa forma, em maio de 2018, a Aneel iniciou a discussão por meio da Consulta Pública 010/2018, que recebeu inúmeras contribuições, as quais se transformaram na AP 001/19. Diante do exposto, a G2A, empresa da qual sou sócia, acredita na competitividade da GD e no seu potencial crescimento de forma contínua e sustentável. A fim de contribuir no processo de discussão para o aprimoramento da regra, mostramos aqui uma versão simplifica-
da aos leitores sobre o material disponibilizado no âmbito da audiência pública, buscando, assim, inibir que benefícios inadequados prevaleçam na revisão da norma. O material disponibilizado para discussão entende que o impacto de uma geração local deve ser avaliado de forma independente da geração remota (fazendas solares). Nela, a Aneel apresentou seis alternativas de como a energia injetada pode ser tratada para fins de compensação. No cenário base (zero), regra ora vigente, para cada 1kWh injetado, o gerador retira o mesmo 1kWh. Já no cenário 1, para cada 1kWh injetado na utilização do crédito, seria reduzida a parcela (tarifa) correspondente a parcela Fio B*.
ALTERNATIVA - 0
ALTERNATIVA - 1
TUSD
TUSD
Fio B
Fio A
Encargos
Perdas
Fio B
Fio A
TE Energia
Fio B
Encargos = Componentes
Energia
Encargos = Componentes
ALTERNATIVA - 2
ALTERNATIVA - 3
TUSD
TUSD
Fio A
Energia
Encargos
Perdas
Fio B
Fio A
Energia
Perdas
Encargos + Componentes
ALTERNATIVA - 4
ALTERNATIVA - 5
TUSD
TUSD
Encargos
Perdas
Fio B
Fio A
TE Energia
Encargos
TE
Encargos = Componentes
Fio A
Perdas
TE
TE
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Encargos
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Perdas
TE Energia
*Fio A – Custos com ativos de terceiros (transmissoras e outras distribuidoras) Fio B – Custos com ativos próprios, inclui operação e manutenção (O&M)
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Encargos
Encargos + Componentes
Cabe esclarecer que as opções propostas passam a vigorar sempre que se atinge gatilhos relacionados à capacidade instalada. Por exemplo, o 1° gatilho está previsto quando os consumidores de geração in loco tenham uma potência instalada de 3365MW e de 1,25GW para geração remota (fazendas solares). O 2° gatilho, por sua vez, foi definido em 2310MW para geração remota. Nas diversas simulações apresentadas, espera-se que as alternativas 4 e 5 só vigorem após atingir 4,5GW. Foram propostas ainda a necessidade de garantir: ■■ a manutenção das regras vigentes por 25 anos aos consumidores que optarem em instalar sistema de compensação local ou remota até o final de 2019. ■■ a manutenção das regras aplicáveis por 10 anos aos consumidores que instalarem compensação local ou remota do início de 2020 até o atingimento do 1° gatilho. Recomenda‐se, portanto, que sejam mantidas as regras vigentes por tempo predeterminado unicamente para os consumidores que já solicitaram acesso a distribuidoras – e não a todos os consumidores entrantes até o final de 2019 ou em data posterior à publicação de nova resolução. Embora estudos como o Utility of the Future, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), provem que a aplicação de um sistema de compensação (net metering), associado a tarifas puramente volumétricas, implicaria em um “subsídio cruzado dos usuários com GD pelos consumidores sem GD”, mais a dosimetria adequada, cabe ao mercado em conjunto com o regulador encontrar o melhor ponto de equilíbrio. Para tanto, a G2A espera que, na busca por esse equilíbrio, a Aneel regulamente a tarifa binômia discutida na Audiência Pública 059/2018, a fim de garantir a manutenção de uma regra independente que visa corrigir as imperfeições no sinal tarifário.
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CAPA
EMPRESAS DE GRANDE PORTE APOSTAM NA ENERGIA SOLAR Diante das crises ambiental e econômica, grandes marcas investem sem medo nessa fonte renovável como forma de se desenvolverem de maneira sustentável. A Ambev sozinha inaugurará 31 parques solares no período de um ano
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arte de um conjunto de medidas sustentáveis iniciado há cinco anos, cujo investimento total será de aproximadamente R$1 bilhão para atingir metas ambientais – como redução do consumo de água, de energia, de matéria-prima e da emissão de gases de efeito estufa –, a Ambev, empresa referência na produção de bebidas, anunciou um acordo para a construção, até março de 2020, de 31 usinas solares no Brasil
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Em funcionamento, os projetos, firmados com quatro parceiros, abastecerão todos os 94 centros de distribuição da cervejaria no país, localizados em 76 cidades, integrando o esforço global da marca de ter 100% da eletricidade utilizada em todas as suas operações no mundo proveniente de fontes limpas até 2025. Já em 2019, serão finalizados 25 parques solares, que alimentarão 82 dos centros de
distribuição, o que representa cerca de 90% da operação. Os 31 novos parques contarão com mais de 50 mil painéis solares e terão capacidade de geração de 2.600MWh por mês. Quando estiver operando plenamente, evitará que mais de 2,9 mil toneladas de CO2 sejam emitidas anualmente, correspondendo à retirada de 744 mil carros das ruas no mesmo período. Em entrevista à Reuters, Lean-
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CURIOSIDADE
Em agosto de 2019, a Ambev se aliou à empresa alemã Volkswagen Caminhões e Ônibus para adicionar 1,6 mil caminhões elétricos à frota de seus 20 operadores logísticos até 2023 – aderindo à tendência automobilística que deve tomar conta de nossas ruas em um futuro próximo [saiba mais nas páginas 20 e 22].
dro Coelho, diretor de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, ressaltou que “a geração é suficiente para abastecer as residências de 15 mil famílias e, claro que, na média, a energia deve ser mais barata, mas o benefício mais significativo disso tudo é o ambiental, não o financeiro”. Com um projeto já em andamento em Uberlândia (MG), Goiás e Sergipe devem ser os próximos estados no cronograma de implementação. Os parceiros da empresa no plano são Alexandria, Solution, GD Solar e Gera Energia, que, responsáveis pela instalação das placas, viabilizarão toda a montagem e “alugarão” as plantas para a Ambev. Os respectivos contratos
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têm duração de 120 meses e, após sua conclusão, as usinas se tornam propriedade da cervejaria. Considerando esses contratos de leasing com todos os parceiros, a Ambev desembolsará mais de R$140 milhões. O valor das concessões, por sua vez, é 33% menor em relação ao que a cervejaria pagaria na conta de luz para as respectivas distribuidoras – o que totaliza uma economia de R$500 mil por mês. Representantes da Ambev reforçam, contudo, que a redução de custos operacionais é um ponto secundário do projeto, já que o maior objetivo é contribuir para a construção de um legado positivo para a sociedade.
“Nossas metas estão alinhadas ao nosso sonho de unir as pessoas por um mundo melhor, o que engloba sustentabilidade, preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos, além do menor consumo de energia”, afirma Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos. 9
CAPA CADEIA DE VALOR SUSTENTÁVEL
Embora o caso da Ambev tenha conquistados grande espaço entre as últimas manchetes do setor – tanto por ser um investimento volumoso como um dos mais recentes –, outras empresas também estão dando passos na mesma direção, mostrando como as vantagens da energia solar começaram a ganhar o devido reconhecimento. Assumindo compromissos mensuráveis para reduzir o seu impacto sobre o meio ambiente até 2020 e contribuir positivamente para os ecossistemas em que está inserida, a L’Oreal possui o programa de sustentabilidade “Sharing Beauty With All”, no qual está inserido o Centro INNOVA, seu instituto de pesquisa e inovação. Nele, foram instalados 1,2 mil painéis solares, com impacto equivalente a 26 mil árvores plantadas e tempo de vida útil de 25 anos. O sistema gera 40.000kWh por mês, equivalente ao consumo mensal de aproximadamente 270 casas.
CURIOSIDADE
A BYD, empresa de alta tecnologia dedicada à inovação e especializada em energia limpa, lançou no país o primeiro sistema de armazenamento
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A tecnologia solar está alinhada ao compromisso da empresa de migração para fontes de energia renováveis, que já faz com que força elétrica consumida nas unidades da L’Oréal Brasil seja totalmente proveniente de parque eólico na região de Trairi, no Nordeste. Com isso, evita-se a emissão de 7 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Já representando os setores de produção de açúcar e etanol, transporte e distribuição de combustíveis e geração de bioeletricidade, a Raízen utiliza, desde o início de junho, sua primeira planta de energia solar, com capacidade de 1,3MW e que deverá fornecer eletricidade a 18 postos de combustível Shell e outros parceiros da empresa. Para isso, 3,8 mil painéis foram colocados na unidade da empresa em Piracicaba (SP), em área de 40.000m². De outra forma, a construtora MRV atuou para a colocar a tecnologia em
de energia em larga escala junto a uma usina fotovoltaica em Uberlândia (MG). Utilizado na China, Estados Unidos, Japão, entre outros países, o projeto pos-
seus produtos e mudar a dinâmica da construção civil no país. Até agora, o sistema fotovoltaico aparece em quatro de seus empreendimentos, localizados em Salvador (BA), Cuiabá (MT), São Luís (MA) e Belo Horizonte (MG), que juntos totalizam 1.000.000kWh. Mas, segundo a empresa, somente este ano, serão cerca de 100 lançamentos com esse sistema – parte de seus esforços de colocar a tecnologia em todos seus projetos futuros até 2022, a partir de um investimento de R$800 milhões. A MRV também se orgulha em dizer que é a primeira construtora da América Latina a trazer a energia solar fotovoltaica em larga escala para o segmento de imóveis econômicos, como uma forma de democratizar a geração de energia limpa. Em seu site, é possível ver, em números, a equivalência de energia que seus projetos instalados têm gerado:
sui capacidade máxima de 1,26MVA e para armazenar até 1,36MWh, a partir de baterias de fosfato de ferro lítio, consideradas sustentáveis.
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EXPANSÃO DAS FONTES
Diante da maior adesão à tecnologia solar, empresas responsáveis pela produção e instalação dos painéis também vêm fazendo investimentos consideráveis em solo brasileiro. Um exemplo é a francesa GreenYellow que declarou recentemente a construção de duas usinas solares em São Paulo e um investimento de, pelo menos, R$200 milhões neste ano. O interior do estado, por sua vez, é visto como uma região estratégica para seu plano, que prevê ainda o aumento de 6x da potência instalada atual no Brasil até o último mês de 2019. Hoje, a empresa possui nove usinas construídas, totalizando 10MWp de potência instalada. Contudo, com as unidades em construção, a soma deve ultrapassar os 50MWp. De acordo com Pierre-Yves Mourgue, presidente da GreenYellow no Brasil, a energia solar apenas começou a se desenvolver no país, representando menos de 2% da matriz energética do país e fazendo com que a GreenYellow esteja pronta para acompanhar esse crescimento com soluções inovadoras e competitivas. Nesse sentido, a Atlas Energy, consultora e gestora de projetos de engenharia agroindustrial e de energia renovável,
anunciou um financiamento de aproximadamente R$580 milhões para três de suas usinas solares (em São Pedro e Juazeiro (BA) e Sol do Futuro (CE)), obtido por meio do Banco do Nordeste (BNB) [para entender mais sobre financiamento, leia “Financiamentos para seu
projeto de energia solar”]. Combinadas, estima-se que essas usinas gerarão mais de 300MW e 672,8GWh por ano, que disponibilizarão energia limpa para cerca de 470 mil famílias no mesmo período – além de evitar a emissão de 108 mil toneladas de CO2.
CURIOSIDADE
De acordo com um novo estudo da Agência Internacional de Energia Renovável, organização que apoia países que estão fazendo a transição energética, já em 2020 as energias solar e eólica devem ficar mais baratas que as tradicionais, derivadas de combustíveis fósseis. A queda nos preços já é realidade e reflexo do crescimento da produção e das melhorias tecnológicas no setor. Ainda segundo a pesquisa, o custo da geração por painéis fotovoltaicos diminuiu 13%.
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ENTREVISTA
Sunalizer entrevista:
HENRIQUE RIBALDO FILHO Presidente da Cooperativa de Energização e Desenvolvimento do Vale do Mogi (Cervam) participou de um bate-papo sobre o setor de cooperativas elétricas, abordando sua regulamentação e o futuro
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specialmente nos centros urbanos, muitos consumidores de energia elétrica ignoram que existem outros distribuidores além das concessionárias mais conhecidas. Contudo, ao longo da expansão das áreas habitadas, foi necessária a criação de entidades que atendessem parte da população que não estava na rota (ou nos interesses) dessas grandes empresas, como as zonas rurais. Foi nesse cenário que, em 1964, nasceu a Cooperativa de Energização e Desenvolvimento do Vale do Mogi (Cervam), a partir da iniciativa de agricultores dos municípios de Porto Ferreira, Santa Rita
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do Passa Quatro, Pirassununga e Santa Cruz das Palmeiras – todas no interior de São Paulo –, que acreditaram que era possível levar energia ao campo. Dessa forma, a Cervam fixou-se como uma autorizada de distribuição de energia. Contudo, devido a mudanças nas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em novembro de 2018, a cooperativa assinou a nova regulamentação para ser uma Permissionária do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica, mantendo como fonte geradora as próprias concessionárias, com as quais já mantinha contrato. Dentro da região atendida, as negociações acontecem com a Elektro e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), em uma representação de 88% e 12% respectivamente. Totalizando 55 anos de serviços, a Cervam se expandiu também para
Descalvado e Aguaí (no mesmo estado), e passou a atender loteamentos criados devido ao crescimento do perímetro urbano, além de diversas indústrias, e clientes de grande porte e consumidores com sistema de irrigação. Só em Porto Ferreira, são mais de 400 ligações. Hoje, são cerca de 4,5 mil consumidores atendidos. Recentemente e já pensando no futuro, a cooperativa instalou painéis solares em sua sede, como forma de estudar e testar a tecnologia que, a cada dia, se mostra mais viável enquanto fonte renovável. Tendo o serviço sido realizado com a assistência da Sunalizer, aproveitamos para conversar com Henrique Ribaldo Filho, presidente da Cervam, a fim de conhecer um pouco mais desse universo, discutir o cenário energético do Brasil e os próximos passos em direção ao desenvolvimento sustentável.
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IMAGEM ILUSTRATIVA/DIVULGAÇÃO
Em quais aspectos a atuação da Cervam se diferencia das concessionárias? Nosso atendimento é mais local. Com isso, conhecemos quase todo mundo que é atendido e conseguimos dar uma assistência muito boa, tanto na parte rural quanto urbana. Assim, nos distinguimos como um exemplo de boa atuação empresarial na região. Qual sua avaliação da atuação da Aneel na regulamentação do setor? Eles pegaram o modelo de concessão das grandes empresas e aplicaram também para as pequenas, que são as cooperativas. Somos cerca de 60 no Brasil, no ramo de energia elétrica, entre Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Por isso, acho que eles erraram ao igualar as cooperativas às concessionárias, sendo que deviam ter diferenciado mais claramente permissão e concessão. Porque, no fim, a diferença entre nós é apenas o tamanho, o número de consumidores, mas tivemos um aumento na quantidade de tra-
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balho, demandando mais mão de obra e, consequentemente, mais gastos. Mesmo assim, a Aneel tem feito o papel dela, já que precisa normatizar todo o setor.
Então, por que mudar de autorizada para permissionada?
sive, íamos continuar como autorizada, mesmo as concessionárias diminuindo, constantemente, o valor de desconto para o uso da energia. Mas chegou ao ponto de eles ameaçarem tirar a poligonal (área de atuação) das cooperativas que não aceitassem a nova regulamentação. Isso nos obrigou a mudar. Nisso, o trabalho da Aneel é importante. Afinal, diante do poder econômico das grandes concessionárias, poderíamos até enfrentar um problema social, já que, sem a devida regulamentação, elas poderiam acabar colocando o preço que quisessem na energia fornecida. Mas todos, concessionárias, permissionárias e autorizadas, precisam seguir as regras da Aneel.
Começamos a partir do decreto 62655, que nos dava autorização de uso limitada à parte rural. Entretanto, muitas vezes, nos deparamos, dentro da nossa área, com indústrias ou mesmo grandes negócio, que para as concessionárias seriam interessantes. Ou seja, eles queriam ficar com a carne, enquanto deixariam a gente com o osso. Mas aprendemos a brigar e lutar por aquilo que era direito. Inclu-
“A ideia é levar essa energia [solar] para nosso grupo de cooperativas do estado de São Paulo, que inclui 16 entidades, para que possamos nos unir e gerar em escala.”
Não existe diferenciação nem em relação a incentivos e impostos? Temos cerca de 600 cooperados, entre as quase 4.400 ligações, os quais conseguem isenção de ICMS, PIS e COFINS sobre o ato cooperativo. Mas é só isso. Já o consumidor final nosso e das concessionárias enfrentam os mesmos encargos.
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ENTREVISTA Esse cenário prejudica o crescimento das cooperativas ou o nascimento de novas?
Em que sentido elas tiveram essa influência?
Comparado às cooperativas financeiras, é possível ver o expressivo aumento destas por todo o Brasil. E isso porque o Banco Central ofereceu melhores condições a elas, em relação aos grandes bancos. Já as cooperativas de distribuição não podem mais aumentar. Aquelas que já existiam, continuam – ainda que algumas tenham fechado e outras, sido vendidas. Mas não é possível mais abrir cooperativas de eletrificação.
As cooperativas nasceram diante de uma necessidade da área rural, já que as concessionárias não a atendia. Na época, década de 1960, para essas empresas não compensava fazer o atendimento e isso forçou a criação das cooperativas. Inclusive, após estudar esses cenários, descobri que algumas concessionárias até induziram a população a montar as cooperativas, porque assim não precisavam fazer a parte delas. Nessas áreas, o que manda é a quantidade de transformadores por quilometro de rede e, antes das cooperativas, eram poucos.
Existem conflitos na coexistência com as concessionárias? Tentamos um bom convívio. Mas quando sentimos que temos problemas, recorremos à Aneel ou à Companhia Energética de São Paulo (CESP). São órgãos que ajudam na parte de Justiça. Porque essas empresas acreditam que não deveria existir cooperativas, apesar de terem sido responsáveis por seu surgimento.
Além da mudança do status, a Cervam promoveu ou precisou passar por outras adaptações? Acredito que na condição de distribuidora de energia, somos pioneiros na geração para consumo próprio no prédio
administrativo, por meio da energia solar. Acho que, assim, contribuímos para que nossos clientes e a comunidade em geral possam “ver com seus próprios olhos” que o sistema funciona e que a economia de energia pode ser obtida de forma eficaz. Qual é a extensão do uso dessa tecnologia na cooperativa? Por enquanto, colocamos a energia solar só na sede da Cervam. Mas o fato é que olhamos para ela avaliando seu potencial para distribuição. Colocamos na sede para conquistar mais conhecimento sobre essa tecnologia e começar a avaliar sua presença. Mas a ideia é levar essa energia para nosso grupo de cooperativas do estado de São Paulo, que inclui 16 entidades, para que possamos nos unir e gerar em escala. Se conseguirmos, no futuro, implantar uma usina fotovoltaica grande, conseguiríamos injetar na rede para continuar fornecendo com melhores condições. A distribuição de energia elétrica no campo é uma questão ainda complicada, já que, por vezes, continua se apresentando de forma limitada. Como a cooperativa avalia a situação? Da nossa parte, construímos uma rede sólida, inclusive, fazendo a reforma de todas as linhas, manutenção, equipamentos novos. Dessa maneira, as áreas, pelo menos aqui da região, ficam bem atendidas. Os produtores, especialmente, ficam bem assistidos. As quedas de energia continuam como um problema recorrente nas áreas rurais? Contra as intempéries naturais, não há o que fazer. Vento, chuva, raios podem interferir no fornecimento. Então, o importante é ter assistência rápida. Por isso, temos uma plantão 24 horas.
Henrique Ribaldo Filho, presidente da Cervam, e Vitor Hugo Delsin, engenheiro eletricista
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GLOSSÁRIO
ENERGIA SOLAR 101
Para que você fique cada vez mais por dentro desse universo, o glossário Sunalizer traz as principais palavras e expressões associadas à geração de energia fotovoltaica e as fontes renováveis * ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica): vinculada ao MME (Ministério de Minas e Energia), tem como finalidade regular e fiscalizar a produção, a transmissão e a comercialização de energia elétrica de acordo com as políticas e as diretrizes do governo federal.
* Geração distribuída: sistemas de geração de energia fotovoltaica conectados à rede de distribuição de energia elétrica de uma concessionária. Também são chamados de on-grid ou grid-tie.
* Geração isolada: sistemas de geração de energia fotovoltaica que não são conectados à rede elétrica da concessionária. Também chamados de off-grid, são quase sempre instalados com baterias.
* Geração compartilhada: modalidade que possibilita a diversos interessados se juntarem em um único consórcio ou cooperativa para redução das faturas dos membros do grupo.
* Microgeração: pequena central geradora de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 75kW, que utiliza fontes renováveis de energia, como a energia solar.
* Minigeração: central geradora de energia elétrica com potência instalada superior a 75kW e menor ou igual a 5MW, que utiliza cogeração qualificada ou fontes renováveis de energia elétrica.
* kW: quilowatt, unidade de potência. 1kW equivale a 1.000W (unidade básica para medição de energia).
* MW: megawatt, unidade de potência. 1MW = 1.000kW.
* Crédito de energia solar: é o resultado de uma geração de energia elétrica superior à demanda da unidade consumidora. O excedente é injetado na rede da distribuidora via micro ou minigeração distribuída. A distribuidora fará, então, um cálculo para compensar a energia injetada e a energia consumida e o crédito será o valor a ser abatido da conta de energia. Atualmente, esses créditos duram cinco anos.
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JURÍDICO
MUDANÇAS EM PROL DA
DESBUROCRATIZAÇÃO E DO EMPREENDEDORISMO A profusão legislativa, do dia para a noite, pode trazer e trará muita confusão – não apenas para os que atuam dando suporte à gestão administrativa, fiscal, contábil e jurídica das corporações, mas, antes de mais nada, ao próprio empreendedor
O ANDRÉA SILVA RASGA UEDA Diretora jurídica da Sunalizer
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legislador brasileiro tem se mostrado à frente de uma produção em favor do desenvolvimento econômico nesses novos tempos de governo, seja para atender a promessas de campanha ou para, efetiva e realmente, dar espaço às economias empreendedoras e aos novos negócios. Assim, temos visto uma profusão de projetos de lei, consultas públicas para discussão de marcos legais e propostas de rearranjo administrativo e setorial, os quais se mostram recheados de ideias há tempos discutidas, relacionadas à redução de incidências fiscais, à agilidade procedimental para o nascimento formal de sociedades que desempenhem atividades inovadoras e geradoras de renda e postos de trabalho, à criação de novos formatos de sociedades (mais simplificadas e vocacionadas ao desempenho de atividades que visam a atender os novos empreendedores) ou, simplesmente, aos ajustes procedimentais. Contudo, apesar da boa intenção de jogar para dentro de uma economia formal milhares de pessoas que se encontram ou se encontravam à margem da geração regular de renda e emprego, e da ânsia de inovar (sim, o governo entende como inovação temas que são debatidos há décadas), a profusão legislativa, do dia para a noite, pode trazer e trará muita
confusão – não apenas para os que atuam dando suporte à constituição dessas sociedades e à gestão administrativa, fiscal, contábil e jurídica das mesmas, mas, antes de mais nada, ao próprio empreendedor. Esse, uma vez mais, precisará obrigatoriamente de suporte, desde o início, para entender a colcha legislativa de retalhos, a fim de evitar erros ou falhas que lhe causem, em última instância, a perda do próprio negócio. E se, em condições ideais, a cautela do empreendedor deve ser constante, o que se dizer de tempos de tsunamis legislativos?!
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Com destaque, me refiro às mudanças que temos presenciado, nos últimos meses, entre as quais: ■■ Medida provisória da liberdade econômica (881/2019), que traz uma série de mudanças em corpos legislativos robustos (tais como o Código Civil, a Lei de Propriedade Intelectual e a Lei das Sociedades Anônimas); ■■ Consulta Pública para o Marco Legal de Startups e Empreendedorismo Inovador, que, dentre outros, propõe a mudança da tributação do Simples Nacional (regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar 123) para as startups; ■■ Promulgação da atual Lei Complementar 167, dispondo sobre a Empresa Simples de Crédito (ESC) e alterando ■■ a Lei 9.613/1998 (que trata da lavagem de dinheiro); ■■ a Lei 9.249/1995 (que trata do imposto de renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); ■■ e a própria Lei do Simples Nacional, disciplinando um novo regime fiscal para as startups (Inova Simples), criado na Seção II da referida Lei e conceituando tal tipo de empresa em seu §1º do art. 65-A. IMAGEM ILUSTRATIVA/DIVULGAÇÃO
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Poderíamos ter aguardado um momento único para, por meio de um projeto de lei a ser denominado de Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo ou algo similar, compendiar todas as ideias esparsas que essas propostas traziam, de forma a, conjugando esforços da sociedade civil, dos legisladores e dos demais agentes públicos, criarmos algo realmente agregador para o momento atual do país, trazendo não apenas melhorias, agilidades e eficácia aos sistemas fiscais, processuais e societários, mas, acima de tudo, mais paz e segurança jurídicas, que, por um viés ou outro, infelizmente, acabam sendo prejudicados em prol da ânsia legislativa.
NOVA VELHA MODALIDADE
O conceito legal de startup (para o qual, em um primeiro momento, fui contra a criação, pois a terminologia startup já traz uma carga significativa de empreendimento, seja ele qual for) agora está na LC 167/2019 e deverá ser realocado para o Marco Civil a ser criado para essa modalidade de empreendimento. O mesmo acontece com o regime tributário, que deverá ser replicado ou alterado, com as necessidades legais aplicáveis. Sendo as startups (merecidamente) a “bola da vez”, é necessário focar e realinhar essas legislações. Um excelente guia prático e feito por aqueles (empreendedores, investidores e juristas) que já atuam com essas corporações nascentes é o do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), didático e focado em prol da sociedade e da economia. A própria proposta de lei nacional da liberdade econômica, que visa à reforma das bases jurídicas da regulação e de sua governança nos âmbitos municipal, estadual, distrital e federal, elaborada pelo Grupo Público da FGV Direito SP em conjunto com a Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP), é um grande exemplo de trabalho da so-
ciedade civil e da academia, que andou em paralelo com o grupo que elaborou a MP da liberdade econômica, mas que não se falaram, também por conta da ânsia legislativa.
STARTUP SOLAR
É com esse enfoque de empreendedorismo que a Sunalizer nasceu e está se desenvolvendo: buscando, por meio da expertise de sua equipe técnica, ajudar os cidadãos a participarem de uma grande mudança no setor elétrico, podendo ser mais que mero consumidor: ser um gerador de energia, em seu benefício em curto e médio prazo, mas, acima disso, em prol de uma sociedade ambientalmente sustentável, na qual a geração da energia elétrica sai das mãos do governo e de seus agentes, e se espraia pelos cidadãos, antes renegados a um segundo plano nessa equação de geração/distribuição de energia elétrica. Esse empreendedorismo manifesto da Sunalizer se estende para as companhias instaladoras de painéis fotovoltaicos, que estão cadastradas em sua plataforma eletrônica. A criação dessa corporação, caracterizada como uma startup nos moldes do que a legislação brasileira já conceituou, tem em seu DNA a constante busca por melhorias, em termos legais e de soluções práticas para seus clientes. É a tecnologia caminhando junto à regulamentação aplicável: proteção de dados pessoais e boa governança corporativa e de processos. Nesse sentido, somos favoráveis às melhorias legislativas em prol da desburocratização e do crescimento dos mercados; apesar da profusão legislativa parecer um verdadeiro tsunami, todos nós, cada qual em seu campo de atuação, tem seu papel de ajudar na unificação de conceitos, no alinhamento de entendimentos e na interpretação mais assertiva em prol dos empreendedores, da economia brasileira e, portanto, da sociedade.
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SOLUÇÕES
O POTENCIAL
transformador
DO SABER
A
ssim como outras dualidades, normalmente resumidas como “prós e contras”, o desenvolvimento e o progresso trazem com eles desafios e problemas nas mais diferentes esferas, como social, ambiental e econômica, diante dos quais a sociedade precisa se mobilizar para encontrar soluções. E, apesar da tentativa de ser desacreditada, especialmente com o insistente uso de notícias falsas, a educação ainda se apresenta como uma das melhores estratégias para atingir esse fim, bem como para achar novos caminhos a serem percorridos. Nesse sentido, criou-se o conceito de Educação para Sustentabilidade, incluído na ideia de Cidades Sustentáveis, com o objetivo o promover consciência crítica por meio da abordagem de questões ambientais relacionadas a aspectos sociais, ecológicos, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos e éticos. A concepção, contudo, só faz sentido se colocada em prática, sendo essa a proposta do Projeto Eco Educa, em Ribeirão Preto (SP), que, por meio de uma série de atividades pedagógicas a serem desenvolvidas com crianças e jovens da região, deseja promover vivências com o meio ambiente e provocar reflexões significativas. Sobre o modelo de aplicação, a coordenadora pedagógica do projeto (que passará a funcionar a partir de agosto),
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A educação pela sustentabilidade é uma forma de ensinar crianças e jovens a encontrar soluções para problemas sociais e impactar as próximas gerações
FOTOS DIVULGAÇÃO
Rafaela A. Sansão, explica que “as atividades serão facilitadas por metodologias participativas e integrativas, nas quais serão aplicados jogos, dinâmicas, rodas de diálogos, oficinas teórico-práticas, atividades lúdicas e musicais”. Ela ressalta ainda o método de Aprendizagem Sequencial (desenvolvido pelo educador norte-americano Joseph Cornell), com o qual os instrutores proporcionarão experiências
com a natureza, desde atividades mais sensíveis a exercícios profundos. A troca de conhecimentos será incentivada, em todos os momentos, entre os participantes e os educadores, buscando estimular processos de sensibilização. Para a condução das atividades, o projeto já possui montados cinco espaços pedagógicos (Terra, Água, Floresta, Resíduos e Energia), elementos práticos, tendências e tecnologias sustentáveis.
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EM SINTONIA COM O MUNDO
A educação para a sustentabilidade vai ao total encontro dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU e ratificados por 193 países (entre os quais o Brasil), a serem alcançados até o ano de 2030. Para o sucesso do plano, a educação se apresenta como uma das principais ferramentas, especialmente
A ENERGIA DO PROJETO
Os ambientes pedagógicos estão divididos de forma a ressaltar pontos importantes para a sustentabilidade, como a Energia Solar. Com esse nome, o espaço possui painéis fotovoltaicos que permitem a geração de eletricidade a partir da luz do sol, bem como outras tecnologias sustentáveis de energia, como fornos e desidratadores solares. “Ali, os participantes entrarão em contato com temas relacionados às energias renováveis e sustentáveis, técnicas de obtenção de energia limpa e consumo energético, se tornando multiplicadores desses conhecimentos e tecnologias”, explica Alexandre Balbo idealizador do Eco Educa, ressaltando que os elementos são sistemas simples, de baixo custo e fácil aplicabilidade, com alto impacto social, que se apresentam como eficientes alternativas para solucionar os problemas de energia. Mais além da fonte solar, os alunos que participarem da iniciativa, resultado
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se aplicada de forma inclusiva, equitativa e com qualidade. No caso do Eco Educa, não apenas a metodologia será aplicada, mas certos ODS também serão trabalhados diretamente, como o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), 3 (Saúde e Bem-Estar), 4 (Educação de Qualidade), 6 (Água Potável e Saneamento), 7 (Energia Limpa e Acessível), 11 (Cidades e Comunidades
da parceria entre o Clube-Parque Magic Gardens, os educadores ambientais do grupo Ecoar – Educação e Sustentabilidade e a empresa Native, terão acesso, entre outros, ao Espaço Terra, com uma
PARTICIPE!
Embora as atividades comecem em agosto, as inscrições do Eco Educa já estão abertas para o agendamento das visitas,
Sustentáveis), 12 (Consumo e Produção Responsáveis), 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima) e 15 (Vida Terrestre). Além desses, fazem parte dos objetivos: 1 (Erradicação da Pobreza), 5 (Igualdade de Gênero), 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), 10 (Redução das Desigualdades) e 14 (Vida na Água).
horta agroflorestal, jardins aromáticos e medicinais, além de um viveiro de mudas, e ao Espaço Água, local onde aprenderão como é realizada a captação de água da chuva e o manejo integrado da água.
com grupos de até 50 crianças, de 6 a 19 anos. (16) 3975.8993 contato@projetoecoeduca.com.br
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OPORTUNIDADES
FUTURO DOS
VEÍCULOS
No setor de transporte, a disrupção, provocada por novas tecnologias, está a caminho. Por isso, anote a única certeza até aqui: você ainda terá um carro elétrico!
RUBENS ROMANO Executivo de empresas de geração de energia renovável na América Latina
A
forma como vivemos está mudando depressa. As novas gerações realizam suas atividades em um ritmo cada vez mais acelerado e, junto, provocam transformações na vida cotidiana, com novas ideias e formas de lidar com o que antes achávamos “nor-
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mal” ou ao que, pelo menos, estávamos acostumados. Várias dessas mudanças vêm ocorrendo em setores como o de comunicações, em que a sua prática mudou completamente em um período de pouco mais de uma década – quem imaginaria que não precisaríamos mais de telefone em casa e que o smartphone eliminaria vários produtos de uma só vez? Afinal, você não precisa mais de dispositivos separados para relógio, calendário, agenda, caderno de anotações, máquina fotográfica, televisão, entre outros. Isso é o que chamamos de disrupção de mercado: o produto de uma nova tecnologia que domina e transforma todos os conceitos anteriores, mudando uma determinada indústria. No setor de transporte está ocorrendo o mesmo processo, ainda que, talvez, não diante de nossos olhos – mas a disrupção
está a caminho. Anote a única certeza até aqui: você ainda terá um carro elétrico! Recentemente, me deparei com um debate entre colegas com opiniões diferentes sobre qual seria o veículo mais ecológico ou mais amigo do meio ambiente: veículos elétricos ou à combustão. Cada um apontava fatores lógicos e coerentes para defender sua tese. Nessa discussão, o que defendia um cenário mais próximo do atual argumentava que o processo de fabricação das baterias que equipam os veículos elétricos e o futuro descarte após sua vida útil trariam impactos muito relevantes ao ambiente e que deveriam ser considerados na comparação. Naturalmente, isso é verdade e o mundo tem que se preparar para lidar com esses novos desafios – e o mercado, no final, termina se adaptando às novas necessidades.
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IMAGENS ILUSTRATIVA/DIVULGAÇÃO
REALIDADE
Mas o que ocorrerá na prática é que a decisão de comprar um veículo elétrico será de acordo com o fator mais determinante de qualquer indústria: o preço! Em um futuro não muito longe (entre três e cinco anos), os veículos elétricos serão mais baratos no momento da compra e, principalmente, na manutenção, quando comparado a qualquer outro veículo à combustão. O custo de um carro elétrico está intimamente associado ao de sua bateria, que, em números atuais, é de cerca de 35% do valor total do veículo. Vários fabricantes tradicionais começaram a produzir veículos 100% elétricos, como a BMW (linha i3 e i8), Nissan (Leaf) e Audi (E-Tron), além da Tesla, que somente fabrica automóveis elétricos (Model S, Model X e Model 3). Na medida em que mais e mais fabricantes começarem a investir e desenvolver veículos elétricos, diversas eficiências tecnológicas começarão a surgir, culminando na redução do custo final do produto, principalmente com o ganho de escala. Comparando com um veículo à combustão, um modelo elétrico tem motores muito mais simples, com poucas peças, implicando em manutenções mais fáceis, menos frequentes e, consequentemente, com custos menores, que é um grande diferencial. Também precisamos comentar a facilidade de se abastecer esses carros. Usar um cabo na tomada de casa é suficiente para carregar novamente a bateria e ter a autonomia para alguns dias de uso na cidade – uma bateria totalmente carregada permite rodar pelo menos 300km com a tecnologia atual. Assim, a infraestrutura das cidades se adaptará, teremos carregadores disponíveis nos shopping centers, em estacionamentos de aeroportos e centrais de carregamento, substituindo os postos de combustíveis, algo que já é realidade
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em algumas cidades norte-americanas e europeias. Embora não tenha sido mencionado, o uso de veículos elétricos será massivo em toda a indústria de transporte, passando pelos equipamentos de construção, transporte público e até aviões. O potencial é brutal para esse novo mercado e todos os fabricantes farão a migração para o uso dessas novas tecnologias.
FONTES RENOVÁVEIS
E isso tem alguma relação com a energia solar? A resposta é sim. Tem tudo a ver. Imagine a capacidade de ter instalados painéis solares no telhado, uma bateria armazenando essa energia durante o dia e você carregando seu veículo elétrico durante a noite – tudo isso sem gastar combustível e nem consumir energia da distribuidora local. Esse já é um cenário possível e, aos poucos, atingirá mais e mais consumidores, os quais, dentro de suas possibilidades, farão a migração para algo que possam administrar. Os veículos à combustão não desaparecerão da noite para o dia. Certamente haverá muito lobby para preservar todo o setor produtivo de combustíveis e lubrificantes, bem como nichos de mercado para seu entusiastas. Mas o mercado que conhecemos hoje se transformará totalmente.
O setor de transporte já passou por grandes processos de disrupção no passo. Um exemplo foi a migração do uso de cavalos como meio de transporte para veículos à combustão no início do século XX. A foto superior mostra a cidade de Nova York em 1900, com somente um veículo motorizado andando no meio de várias carroças tracionadas por animais; 13 anos depois, a imagem inferior exibe apenas uma carroça no meio de dezenas de carros.
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TENDÊNCIAS
CARROS ELÉTRICOS: O FUTURO JÁ CHEGOU
Que a eletricidade substitui os combustíveis como fonte de energia para os motores já é de conhecimento geral. Mas você sabe como esses veículos podem ser carregados ou as ferramentas necessárias para abastecê-los?
RAMÓN GUMARA Engenheiro Industrial pela Universidade Politécnica da Catalunha e gerente técnico de produtos na Circontrol
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D
iante das atuais condições e inovações, parece que os veículos elétricos chegaram às nossas ruas para ficar. A cada dia, vai se tornando mais recorrente encontrar esses modelos e ver como as concessionárias oferecem carros híbridos ou totalmente elétricos. Certamente, por enquanto, esses veículos ainda possuem um preço bastante elevado e seus usuários são, principalmente, as pessoas de alto poder aquisitivo ou entusiastas das novas tecnologias, que não possuem inconvenientes em se adaptar às “limitações” dessa geração inicial de veículos elétricos. Inclusive, em qualquer conversa sobre o tema, o primei-
ro ponto de discórdia costuma ser sua autonomia, seguido do tempo de carga. As duas questões estão diretamente relacionadas: quanto maior a capacidade, mais demorado é para recarregar. Contudo, uma resposta definitiva só pode ser dada se avaliados dois fatores: 1. Qual será o uso rotineiro do carro. Ou seja, quantos quilômetros o usuário rodará diariamente? 2. Qual tipo de carga é exigido pelo veículo. Rápida, lenta? Monofásica, trifásica? A seguir, focaremos nesse segundo fator: modos de carga, tipos de conectores e tendências futuras.
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MODOS DE CARGA
As formas de carregamento são os diferentes sistemas disponíveis e definem qual é a relação entre a rede elétrica (AC) e a bateria do veículo (DC). Em primeiro lugar, é importante enfatizar que tudo o que se refere aos modos de carregamento dos veículos elétricos faz parte da norma internacional IEC 61851, na qual estão descritos, em sua primeira parte, quatro modos: 1 e 2: sistema de carregamento em corrente alternada, no qual os veículos são conectados diretamente às tomadas domésticas, sem a necessidade de um carregador, mas com as limitações deste tipo de plugues (16A).
Geralmente oferecem poucos recursos de controle de recarga externa, além de conexão e desconexão de alimentação por meio de dispositivos eletromecânicos (contatores), como programação de tempo e de potência. 3: o carregamento é feito em corrente alternada por meio de um equipamento de recarga com conectores especiais. Esse sistema, além de permitir que correntes mais altas circulem, requer comunicação entre o carregador e o veículo para gerenciar as cargas. Como a conversão AC/DC é realizada no veículo, ele deve ser equipado com carregadores de bordo.
MAS CUIDADO: ainda que esse modo permita cargas de até 63A (43kW / 400V trifásico), devido à limitação de peso e espaço nos veículos, o normal é que aceitem o máximo de 32A monofásicos (7,4kW / 230V). 4: carregamento em DC, na qual a conversão AC/DC é realizada fora do veículo. Por um lado, esse modo requer carregadores mais complexos que os modos 1, 2 e 3, mas, uma vez que o carregador é conectado diretamente aos terminais de bateria do veículo, as potências de energia podem ser mais elevadas, sendo capaz de atingir 350kW.
MODO 1
MODO 2
MODO 3
MODO 4
Requer carregador
Não
Não
Sim
Sim
Conector especial
Não
Não
Sim
Sim
Alimentação
AC
AC
AC
DC
Comunicação com carregador
Não
Não
Sim (Piloto de controle)
Sim (CAN bus, PLC)
Corrente máxima
16A por fase
32A por fase
Até 63A (dependendo do cabo)
Até 500A (dependendo do cabo)
Em resumo: o modo 1 é um sistema muito simples e obsoleto (e até banido em alguns países). O modo 2 é muito presente em ambientes privados, devido à simplicidade e baixo custo, já que um soquete de plugue padrão de 10A ou 16A é suficiente; em contrapartida, oferece potências muito baixas. Em infraestrutura pública, é comum encontrar pontos de carregamento do modo 3 em AC e modo 4 em DC para potências maiores.
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TENDÊNCIAS
TIPOS DE CONECTORES
Em paralelo aos modos de carga, existem diferentes tipos de conectores, também padronizados de acordo com a IEC 62196. Contudo, seu uso não é unificado e depende da área do
mundo onde o veículo é encontrado. Excluindo o sistema Tesla, o padrão define vários tipos de conectores para carregamento em CA (modos 1, 2 e 3), podendo ser de até 4 para carregamento em CC (modo 4):
TIPOS DE CONECTORES PARA RECARGA EM DC
TIPOS DE CONECTORES PARA RECARGA EM AC
Conector CCS1 ou combo 1
Nome na IEC 62196-3: Conector do sistema “EE” Zonas de uso: Japão (e mundialmente em veículos ali produzidos) e União Europeia Comunicação: PLC sobre Piloto de Controle Modos de recarga permitidos: 2, 3 e 4 De acordo com o padrão: IEC 62196-3 y SAE J1772 É uma extensão do conector Tipo 2 com dois pinos, para permitir a recarga combinada AC ou DC desde um mesmo conector.
Conector CCS2 ou combo 2
Nome na IEC 62196-3: Conector do sistema ‘FF’ Zonas de uso: Europa e o resto do mundo Comunicação: PLC sobre Piloto de Controle Modos de recarga permitidos: 2, 3 e 4 De acordo com o padrão: IEC 62196-3 É uma extensão do conector Tipo 2 com dois pinos, para permitir a recarga combinada AC ou DC desde um mesmo conector.
Conector CHAdeMO
Nome na IEC 62196-3: Conector do sistema ‘AA’ Zonas de uso: Mundialmente em carros de fabricantes japoneses Comunicação: CAN bus Modos de recarga permitidos: 4 De acordo com o padrão: JEVS G105
Conector GB/T em DC
Nome na IEC 62196-3: Conector do sistema ‘BB’ Zonas de uso: China Comunicação: CAN bus Modos de recarga permitidos: 4 De acordo com o padrão: GB/T 20234.3
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Conector Tipo 1 (“Yazaki”)
Zonas de uso: Japão (e mundialmente em veículos ali produzidos) e União Europeia Comunicação: Piloto de controle (PLC futuro) Modos de recarga permitidos: 2 e 3 De acordo com o padrão: IEC62196-2 y SAE J1772 Zonas de uso: Europa e resto do mundo
Conector Comunicação: Piloto de controle (PLC futuro) Tipo 2 Modos de recarga permitidos: 2 e 3 (“Mennekes”) De acordo com o padrão: IEC 62196-2
Conector Tipo 3 (“Scame”)
Conector GB/T en AC
Zonas de uso: Uso residual Comunicação: Piloto de controle Modos de recarga permitidos: 3 De acordo com o padrão: IEC 62196-2 Zonas de uso: China Comunicação: Piloto de controle Modos de recarga permitidos: 3 De acordo com o padrão: GB/T 20234.2
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OS SISTEMAS DE RECARGA DO FUTURO
Como dá para constatar, o mesmo veículo possui diferentes possibilidades de carregamento e isso oferece certa flexibilidade ao usuário, ainda que sua área geográfica e as incompatibilidades entre conectores acabem gerando confusão às vezes. A região que, de longe, tem a mobilidade elétrica mais desenvolvida é a China, a qual totaliza aproximadamente 40% de todos os veículos elétricos do planeta. A maioria deles, incluindo os ônibus elétricos, está equipado com o sistema GB/T (incluindo alguns modelos Tesla e de fabricantes europeus). Mas esse sistema é
muito restrito para a China e suas áreas de influência, fazendo com que existam organizações, como a CharIN, que promovem o sistema CCS como um modo de recarga único para o resto do mundo, de um ponto de vista tanto político quanto técnico. Além disso, buscando se comparar com a rede de supercarregadores Tesla nos Estados Unidos, fabricantes europeus participam de programas como Ionity para a construção de corredores pan-europeus de carregamento ultrarrápido (150kW a 350kW DC On), que contemplam apenas o CCS2 como único sistema de carregamento.
Por sua vez, a associação CHAdeMO, totalmente ligada a marcas japonesas, passa a sensação de estar ficando para trás em relação ao domínio de CCS e GB/T e o iminente lançamento de novos modelos europeus. Talvez por esta razão, no final de 2018, surpreendeu o anúncio que CHAdeMO e GB/T foram unificadas sob o nome ChaoJi para criar um sucessor comum que responderia a novas funções e potências de recarga cada vez maiores: 900kW carregado a 600A e com baterias de 1500V.
o Model3 já é vendido com CCS2 na Europa e GB/T na China. Assim, em apenas 10 anos desde que eles foram os primeiros veículos com carregamento rápido CHAdeMO, parece que as coisas estão criando um cenário em que o sistema CCS ganha muita força globalmente, o ChaoJi (GB/T + CHAdeMO) finalmente vem se estabelecendo na Ásia e a Tesla, com seu próprio sistema,
projeta cada vez mais uma imagem de exclusividade. Do outro lado, as potências de recarga DC serão cada vez mais altas: até 400A, permitindo cargas na casa de 350kW. Enquanto isso, em AC, conectores tipo 1 e 2 que se alimentam do impulso CCS e, longe das extravagancias da recarga DC, continua sendo o mais prático e acessível para o uso diário de carregamento de veículos elétricos.
VENDAS DE CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS DESDE 2010
Embora tenha grande domínio e uma rede de carregadores próprios nos Estados Unidos, a Tesla, em outros continentes, não apresenta resultados tão bons com seu modelo de negócios, o que está fazendo com que ela, finalmente, adapte seus veículos às tomadas de recarga predominantes em cada região para que seus veículos não fiquem dependentes de suas redes de carga rápida. Por exemplo,
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PASSO A PASSO
SISTEMA DE ENERGIA SOLAR Você conhece os procedimentos para a instalação dos painéis solares? Ou sabe quanto tempo leva para o seu sistema de energia solar se conectar à rede e entrar em operação? Confira o passo a passo a seguir feito com consultoria de Márcio Rodrigues, engenheiro especialista em energia solar da Sunalizer
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Avaliação pela Concessionária
Correções de pendências
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para que isso aconteça. Nas próximas páginas, explicaremos o procedimento de forma detalhada e contextualizada (no cenário de regulamentação), começando quando é emitido o relatório mostrando a viabilidade técnica e financeira do projeto. Confira as etapas em ordem cronológica:
Solicitação de acesso
Projeto
assando a ser cada vez mais conhecido, mesmo com um longo caminho ainda a percorrer, os sistemas de energia solar são rodeados de muitas dúvidas. Dentre elas, destacam-se o tempo necessário para que o usuário passe a usufruir da tecnologia e como será o processo
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PRAZO MÁXIMO: 130 DIAS
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1. PROJETO
A partir da assinatura do contrato (decisão para qual a Sunalizer está apta a ajudar), já com suas informações em mãos, o instalador fará uma visita ao local que passará a contar com a energia solar (residência, comércio, indústria ou campo) para estudar a distribuição das estruturas, cabeamento, painéis e inversor. Em seguida, será elaborado o projeto completo, contemplando os sistemas fotovoltaico (estudo do arranjo solar, de sombreamento, equipamentos auxiliares, entre outros) e elétrico, e diagramas e memorial descritivo, além de documentos pertinentes, em um prazo estimado de 15 dias a partir da visita até a solicitação de acesso.
sidade de obras de melhoria na rede. Havendo essa necessidade, o prazo aumenta para 30 dias. Normalmente, a microgeração não exige modificações, exceto em instalações rurais, locais afastados e outras exceções. INFORME-SE: os prazos mencionados são em casos de aplicações residenciais e comerciais de pequeno porte, classificados como microgeração (até 75kWac ou algo em torno de 230 painéis). No caso de minigeração, com potências acima de 75kWac, aplicadas especialmente em escala comercial e industrial, os prazos são de 30 e 60 dias.
2. SOLICITAÇÃO DE ACESSO
Com o projeto em mãos, o instalador acionará a concessionária, entregando a documentação necessária para o projeto.
3. ANÁLISE PELA CONCESSIONÁRIA E EMISSÃO DO PARECER DE ACESSO
Caso não haja pendências nos documentos apresentados, o próximo passo é a instalação dos painéis e equipamentos auxiliares. Se houver pendências, o instalador tem 15 dias para realizar as alterações necessárias e reencaminhar a documentação à concessionária, voltando a contar o prazo básico. INFORME-SE: Instaladores com experiência no mercado normalmente possuem relatórios pré-aprovados, evitando o reprocessamento dos documentos e a demora no processo. Entretanto, o reprocessamento costuma estar também associado a uma falta de clareza por parte da concessionária quanto à documentação que deve ser entregue.
4. INSTALAÇÃO
Instalação
Vistoria
Relatório
Adequação
Entrada em operação
Diante da emissão do Parecer de Acesso, o instalador tem até 120 dias para realizar a instalação e solicitar a vistoria. Para projetos residenciais, a instalação pode ser rápida – como em um único dia –, levar duas semanas ou até mais.
Avaliação pela Concessionária
Após a solicitação, a concessionária terá 15 dias para emitir o Parecer de Acesso ou explicitar as pendências do projeto, desde que não haja a neces-
PROBLEMA À VISTA
Algumas concessionárias não cumprem os prazos legais, conforme as normativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), especialmente com relação à emissão do Parecer de Acesso.
3.1. CORREÇÕES OU INÍCIO DAS OBRAS
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PASSO A PASSO
INFORME-SE: Entre os fatores que determinam o tempo para a instalação dos painéis estão: ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■
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momento da compra dos equipamentos; problemas na logística de entrega; número de painéis; tamanho e rendimento da equipe de instaladores; tipo de telhado; condições climáticas; condições do local (telhados muito elevados, corredores apertados, necessidade de estruturas auxiliares, entre outros); distribuição dos equipamentos; acessibilidade do local.
Depois da conclusão da instalação, é feita a solicitação de vistoria junto à concessionária.
6. VISTORIA
CONCLUSÃO
Embora os prazos parciais possam variar para mais ou para menos, normalmente o processo, do contrato ao pleno funcionamento do sistema, demora entre 59 e 130 dias.
Vistoria
Entrada em operação
INFORME-SE: Com a Sunalizer, a chance maior é que o prazo total se aproxime dos 59 dias a partir da contratação, desde que a cronologia legal seja respeitada pela concessionária.
Instalação
O prazo legal para vistoria é de até sete dias após a solicitação, sendo ele normalmente cumprido pelas concessionárias, sem grandes problemas (salvas as exceções). Caso ocorram pendências na instalação, a concessionária notifica o instalador por meio do Relatório de Vistoria, entregue em até cinco dias após a vistoria no local. Com isso, o instalador deverá fazer os ajustes necessários na instalação e solicitar nova vistoria.
Com o parecer positivo do vistoriador, a concessionária tem até sete dias para adequar o sistema de medição, alterando o medidor convencional por um bidirecional. A partir daí, é dado início ao sistema de compensação de energia, liberando a unidade geradora para efetiva conexão à rede.
Avaliação pela Concessionária
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5. SOLICITAÇÃO DE VISTORIA
7. APROVAÇÃO E CONEXÃO DO SISTEMA
Solicitação de acesso
Projeto
SAIBA MAIS: A instalação e o projeto são as principais etapas do processo. Um projeto mal desenhado e uma instalação ruim podem comprometer os resultados finais e, inclusive, oferecer riscos ao usuário, como incêndios, queda das placas, abaulamento dos telhados e choques elétricos por contato com os equipamentos.
Um projeto bem desenvolvido e uma boa instalação, por outro lado, podem entregar resultados além do esperado e assegurar a vida útil do sistema, reduzindo a ocorrência de manutenções e a necessidade de substituição de proteções indevidamente utilizadas.
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PRAZO MÉDIO DA SUNALIZER: 59 DIAS
Para ilustrar melhor os prazos, os cronogramas ilustrativos aqui apresentados mostram dois cenários: ■■ ■■
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Prazo médio total: no qual são respeitados os prazos legais e o instalador já possui conhecimento suficiente para evitar o retrabalho e o reprocessamento de documentos; Prazo máximo total: em que os prazos legais não são respeitados pela concessionária e o instalador ainda possui alguma limitação.
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PROJETO DO MÊS
PROJETO DO MÊS Conheça mais e acompanhe os resultados dos projetos assessorados pela Sunalizer
PROJETO SOLAR COMERCIAL Localização: Porto Ferreira (SP) Quantidade de painéis: 130 Potência instalada: 42,90kWp Energia média mensal: 4580kWh Economia por ano: R$43.000 Economia esperada em 20 anos: R$4,6 milhões Tempo de retorno do investimento: 3,6 anos
OPINIÃO DO CONSUMIDOR:
“Como somos uma distribuidora de energia elétrica, decidimos instalar a energia solar em nossa sede para mostrar aos nossos clientes a importância que todos têm na manutenção da nossa matriz energética. Sem fontes de energia alternativas, seria impossível acompanhar o crescimento do país. Com esse pensamento, chegamos à Sunalizer por meio de indicação, o que permitiu um processo de instalação tranquilo, sem
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surpresas. Os primeiros resultados já estão sendo ótimos! No acompanhamento diário da geração, pudemos perceber que o sistema é bem eficiente, mas temos que aguardar para comparar, pelo medidor de energia, quanto o sistema pode gerar e qual foi nossa real necessidade de suprimento”. Henrique Ribaldo Filho, presidente da Cervam
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Revista digital
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OPÇÕES DE FORMATOS DE ANÚNCIOS:
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