NEUROARQUITETURA: ESTÍMULO E BEM-ESTAR NO AMBIENTE CORPORATIVO
JAQUELINE SOARES E SILVA
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
JAQUELINE SOARES E SILVA
NEUROARQUITETURA: ESTÍMULO E BEM-ESTAR NO AMBIENTE CORPORATIVO
SÃO PAULO 2020
JAQUELINE SOARES E SILVA
NEUROARQUITETURA: ESTÍMULO E BEM-ESTAR NO AMBIENTE CORPORATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac Santo Amaro, para obtenção do título de graduação em Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do professor Nelson Urssi.
SÃO PAULO 2020
RESUMO Será exposto adiante um conteúdo sobre os conceitos da Neuroarquitetura, estudo que visa a qualidade de vida do ser humano no ambiente em que reside, trabalha ou mantém atividades de lazer, bem como o que estimula o cérebro a querer a permanência no local.
Por meio de alguns estudos realizados com um grupo pessoas, foi analisado o comportamento do cérebro exposto à certas situações e ao ambiente, onde ficou constatado como este pode ser estimulante e produtivo, por meio do layout, cores, iluminação, temperaturas, aromas.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1 1.1. Do que se trata? ................................................................................................... 1
2. O ESCRITÓRIO DO SÉCULO XX ATÉ HOJE ............................................................. 2 3. O QUE É NEUROARQUITETURA ................................................................................ 5 4. BIOFILIA ................................................................................................................. ....... 6
5. OS RECEPTORES ......................................................................................................... 8 5.1. Receptores remotos ............................................................................................... 8 5.2. Receptores imediatos ............................................................................................ 10 6. ELEMENTOS DO AMBIENTE ....................................................................................... 12 6.1. Iluminação e cores ................................................................................................. 12 6.2. Ruídos .................................................................................................................... 1 5 6.3. Odores .................................................................................................................... 1 6 6.4. Temperaturas ......................................................................................................... 16 6.5. Natureza ................................................................................................................. 17
6.6. Espaço e Ergonomia .............................................................................................. 18 6.7. Micro-market .......................................................................................................... 19 7. ESTUDOS DE CASO ..................................................................................................... 21 7.1. Mercado Livre do Brasil ......................................................................................... 21
7.2. Google ................................................................................................................... 25 8. PROJETO: ESCRITÓRIO CONSTRUTORA VIVAZ ..................................................... 27 8.1. Localização ............................................................................................................ 27 8.2. Levantamento de necessidades ............................................................................ 28 8.3. Ficha Técnica ......................................................................................................... 29 8.4. Programa de necessidades ................................................................................... 30 8.5. Plantas ................................................................................................................... 3 1
9. PERSPECTIVAS .......................................................................................................... 33 9.1. Benefícios de algumas texturas............................................................................ 36 9.2. Memorial de texturas e materiais ......................................................................... 38 10. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 39 11. ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................. 41 12. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 42
INTRODUÇÃO Quando se fala sobre ambientes corporativos, vêm à mente um número de pessoas em um determinado escritório, com cadeiras e mesas alinhadas lado a lado e em fileiras, cada um com sua posição de trabalho demarcada, não havendo possibilidade de desenvolver seu traba-
lho em outro lugar, e somos tomados pelo pensamento de que se passa o dia todo nesse local, como máquinas de trabalhar, muitas não podendo ver a janela e sentir o dia passar, com o mínimo aconchego ou espaço determinado para que se possa descansar o corpo e a mente no horário da pausa, por exemplo. Entenda então como é possível com a ajuda da Neuroarquitetura melhorar esses ambientes a ponto de haver um estímulo cerebral e desenvolvimento profissional e pessoal com um
bom layout, iluminação e cores adequadas, revestimentos e texturas variadas, temperaturas e alumbramentos que não ativam negativamente certas áreas do cérebro. Mas o que é Neuroarquitetura?
A Neuroarquitetura é um termo ainda não muito conhecido hoje em dia em meio aos arquitetos e designers de interiores, relativamente novo, que surgiu há pouco mais de 16 anos fora do Brasil. É a fusão dos conhecimentos de neurociência + arquitetura, que juntos ensinam como é possível um ambiente interno influenciar positiva ou negativamente no cérebro humano, a ponto de estimular o desenvolvimento cognitivo, melhorar a saúde e o bem-estar de quem ocupa, co-
mo também, se projetado de maneira impensada, pode causar grande estresse físico e emocional, bem como problemas de saúde que podem ser visuais, auditivos ou físicos. Esses estímulos se dão com os receptores remotos, que percebem à distância, e são os responsáveis por nossa visão, olfato e audição, bem como os receptores imediatos, que percebem com o contato físico, e são os responsáveis por nosso tato e paladar. Outro ponto importante sobre a Neuroarquitetura é como o contato com a natureza den-
tro dos ambientes pode ser benéfico, onde um estudo popularizado pelo entomologista e biólogo americano Edward O. Wilson, denominado Biofilia, explica da importância do contato do ser humano com elementos naturais e como estes estão ligados ao emocional, proporcionando diminuição do estresse e melhora no comportamento humano, por exemplo.
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O ESCRITÓRIO DO SÉCULO XX ATÉ HOJE A história do escritório começou efetivamente no século XIX, quando os comerciantes necessitavam de gabinetes para administrar seus ganhos e observar o que acontecia ao seu redor, advogados e banqueiros precisavam de espaço para poder trabalhar sem interrupções e funcioná-
rios com quem pudessem dividir as tarefas. Com a chegada da era industrial, no final do século, surgiu uma teoria conhecida como Taylorismo, onde Frederick Taylor¹, por meio da ciência, elaborou um estudo chamado “teoria da eficiência produtiva no ambiente laboral”, onde dizia que um espaço de trabalho segregado era necessário para haver uma divisão hierárquica como forma de estímulo à competição entre os funcionários. Era utilizado um mobiliário rígido, onde sua distribuição deixava clara a ideia da hierarquia, estritamente organizados para que pudesse ser mantido um controle sobre os funcionários. Figura 1: O escritório - 1950
Nos andares superiores, estavam os gerentes e diretores, em suas salas separadas por divisó-
rias de vidro ou janelas, e nos andares abaixo, a operação, em um pavimento com pé direito mais alto, que dava a sensação de inferioridade. Era comum observar pilhas de papel com processos extensos sobre as mesas dispostas rigorosamente simétricas e separadas ocupando um grande espaço, funcionários sem interação, vidrados em seus afazeres, enquanto eram observados, um tipo de escritório que visava
lucro e produção, onde as pessoas eram vistas como máquinas
1. Frederick Taylor – Engenheiro mecânico norte americano.
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Com a chegada do século XX, o aço foi introduzido à construção, onde foi possível que engenheiros e arquitetos começassem a construir arranha-céus e a utilizar plantas livres², com pilares descolados da fachada, possibilitando que fossem envidraçadas. Foi onde o arquiteto Frank Lloyd Wright³ começou a introduzir layouts diferenciados, abriu claraboias sobre os funci-
onários, não somente nos com altos cargos, mas todos que trabalhavam naquele ambiente, de modo a privilegiar a qualidade de vida. A chegada da planta livre possibilitou que os funcionários pudessem estar mais próximos, que a hierarquização fosse diminuída, porém ainda havia baias de trabalho com divisórias altas, podendo chegar a 1,80 m de altura, que mesmo diminuindo o espaço ocupado no ambiente, ainda
mantinham os funcionários enclausurados, onde era mais fácil aumentar o nível de estresse. Somente no ano de 1960 essas baias diminuíram de altura, possibilitando que os funcionários enxergassem amplamente o local de trabalho. Nos anos 80 acontece a chegada dos computadores, que otimizou o modo de trabalhar, diminuindo a quantidade de papel, gerando menos volume e sensação de sufocamento, além de facilitar o arquivamento de processos que até então eram engavetados em grandes armários metálicos que ocupavam ainda mais espaço. Figura 2: O escritório - 1980
Nos anos 2000, o modo de trabalhar já havia enterrado completamente a teoria Taylorista, quando os ambientes começam a ser compartilhados por bancadas e grandes mesas de tra-
balho, e tem início a ideia de home office, quando as pessoas começam a trabalhar de casa ou em cafés com acesso à internet.
2. plantas livres – conceito de Le Corbusier que através de uma estrutura independente permite uma locação livre das paredes, já que não necessariamente têm função estrutural. 3. Frank Lloyd Wright – Arquiteto, escritor e educador estadunidense.
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Em 2005, o conceito de coworking foi desenvolvido pelo engenheiro de software, Brad Neuberg4, que criou um tipo de espaço de trabalho em que profissionais autônomos pudessem compartilhar o ambiente, locais que incentivam a interação social e convivência, em uma estrutura descontraída com os suprimentos necessários. A influência do Google O Silicon Valley (Vale do Silício), localizado na Califórnia - Estados Unidos, é conhecido por ser o berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Google, Apple, Facebook, Microsoft, Intel, Oracle... Este local possibilita a implantação das sedes dessas empresas por ser uma região muito extensa e relativamente isolada dos EUA, e recebe esse nome em homena-
gem ao elemento químico Silício (SI) que é a matéria prima na fabricação de chips eletrônicos. A demanda de produção e de pessoas é muito grande para os tipos de empresa que ocupam o Vale, então ficou famoso por abrigar alguns dos locais considerados os melhores de se trabalhar, como por exemplo, o Google. Em 2013 foi lançado o filme Os Estagiários do diretor Shawn Levy, onde mostra o interior
da sede da Google, quando dois homens de quase 40 anos são demitidos e resolvem tentar uma oportunidade de estágio com a ideia de que seria fácil e divertido, pois por lá pode-se encontrar salas de descanso, videogames, quadras de tênis e se pode desfrutar de comida grátis e passeio de bicicleta. Porém a expectativa e a realidade são completamente diferentes, pois descobrem que o trabalho feito por lá é extremamente exigente.
Diz-se influência Google, quando essa estratégia de entretenimento e contato com a natureza apresentados no filme, por exemplo, passa a ser replicada de forma mais constante nas grandes empresas. Mas todo cuidado é pouco, pois, assim como no filme, a oportunidade de poder descansar e se divertir jogando videogames, pode ser confundida com liberdade no sentido de somente usufruir desses benefícios sem render no ambiente de trabalho, apesar, que muitas vezes pode não haver tempo para desfrutar do que a estrutura oferece. Essa ideia de diversão aparece quando vemos ambientes coloridos, pufes e poltronas espalhados pelo campus, escorregadores para mudança de pavimento, arquibancadas de madeira com grupos reunidos. Do lado de fora, passeios de bicicleta, cadeiras de descanso e redes, grandes praças de alimentação. Todavia, a forma como a Google trata seus funcionários, deixa claro como, apesar do exaustivo trabalho que executam, é possível dar uma pausa para descontrair e relaxar.
4. Brad Neuberg – Criador do primeiro ambiente de coworking em São Francisco – EUA.
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O QUE É NEUROARQUITETURA Neurociência é o estudo que analisa o sistema nervoso e os elementos que o compõe, quais são as suas funções no corpo humano e como acontecem alterações ao longo da vida. Pensando nesses estudos, foi desenvolvido um termo onde, quando a neurociência se une à arquitetura, é possível entender como o ambiente afeta e influencia o comportamento humano e como o espaço impacta nas pessoas por meio da análise do cérebro, quais as regiões são estimuladas e acionadas, bem como suas reações. O termo recebeu o nome de Neuroarquitetura. Começaram então há 16 anos nos Estados Unidos, quando uma organização chamada
ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture) começou a pesquisar como o espaço impacta nas pessoas e desde então oferece conferências e palestras para mostrar aos arquitetos do mundo a importância de um ambiente bem pensado, focado no impacto que o espaço tem no cérebro das pessoas. A Neuroarquitetura consiste em pensar o espaço como uma forma de propiciar o bem-
estar físico e psicológico de quem o ocupa, ou seja, como o ambiente influencia na saúde e no comportamento das pessoas. Então, quando trazemos a Neuroarquitetura aplicada a ambientes corporativos, queremos melhorar a qualidade de vida dos funcionários, bem como aumentar a produtividade e estimular o desenvolvimento cognitivo através do espaço pensado e projetado para que seja um lugar otimizado e acolhedor.
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BIOFILIA Um dos conceitos mais abordados e aceitos na Neuroarquitetura é a Biofilia: termo popularizado em 1984 pelo entomologista e biólogo americano Edward O. Wilson, após a publicação do seu livro que apresentou explanações acerca da ligação emocional entre o ser hu-
mano e os elementos da natureza, como árvores, plantas, luz solar, mar, vento, cores ou quaisquer características que remetem ao natural. Seus estudos tratam ainda sobre os efeitos positivos que esta conexão tem sobre a saúde mental dos indivíduos, proporcionando a diminuição no níveis de ansiedade e estresse, bem como na qualidade de vida, capacidade de produtividade, criatividade e concentração, assim como o comportamento humano num âmbito geral. Nos últimos anos, tem se analisado a crescente migração de indivíduos para os espaços urbanos, acompanhada de um movimento agressivo de urbanização, onde os ambientes são constituídos quase que em sua totalidade por obras feitas pelo homem, que em contrapartida, além de trazer efeitos prejudiciais ao meio ambiente, que precisa ser degradado para ceder espaço às construções, carrega consigo efeitos adversos sobre a experiência tão ne-
cessária do ser humano de estar conectado com a natureza. É sabido que a convivência em ambientes fechados, com aspectos artificiais preponderantes proporciona menor qualidade de vida aos seres humanos. Portanto, a necessidade de se utilizar dos conceitos biofílicos nos ambientes tem se tornado uma demanda em crescimento na arquitetura. O relatório Human Spaces no Impacto Global de Design Biofílico no Local de Trabalho, indica que colaboradores atuantes em ambientes preenchidos por elementos naturais expressam percentuais mais elevados de produtividade (+6%), criatividade (+15%) e bem-estar (+15%), se comparado ao público que trabalha em ambientes fechados, com aspectos totalmente artificiais. Os impactos da utilização da essência biofílica nos ambientes corporativos podem ser reconhecidos através de melhorias no desempenho e maior alcance de resultados dos colaboradores, frutos da diminuição do estresse e fatores depressores presentes nos lo-
cais de trabalho. Com efeito, pode ser identificada a ascensão dos níveis de satisfação, criatividade, bem-estar, motivação, etc. Apesar de a biofilia ainda não ser uma ciência com grande pauta mundialmente, é possível identificar grandes e renomadas empresas que aplicam os seus conceitos de modo à proporcionar experiências mais positivas e satisfatórias aos colaboradores, como no estudo de caso realizado sobre o “Googleplex” do Google, à ser tratado mais adiante.
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Segundo os resultados de pesquisas globais do relatório Human Spaces no Impacto Global de Design Biofílico no Local de Trabalho (2015, p. 12):
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Pouco mais de 10% dos funcionários de escritório relatam que eles não têm vista para a janela na sua mesa; Apenas 42% afirmam ter plantas vivas no escritório e alarmantes 47% reportaram não ter nenhuma luz natural em seu escritório. Quase um quinto (19%) dos entrevistados disse que não há elementos naturais presentes em seu escritório. Dois terços (67%) dos entrevistados relatam sentir felicidade ao andar em ambientes do escritório iluminados acentuados com as cores verde, amarelo ou azul 24% dos entrevistados dizem que seu local de trabalho não fornece uma sensação de iluminação e espaço; 28% dos entrevistados disseram que eles não têm um espaço tranquilo para trabalhar em seu escritório.
Figura 3: Infelicidade no trabalho
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Compreende-se que existem diversos benefícios oferecidos aos ocupantes de ambien-
tes nos quais há dominância de aspectos ligados à natureza. Questões relacionadas à regeneração psicológica através da reconexão direta com elementos naturais, bem como a potencialização de aptidões como as relacionadas anteriormente. Num ambiente corporativo, a aplicação dos conceitos biofílicos dá vazão para a criação de oportunidades igualmente positivas para empregadores e colaboradores, uma vez que geram níveis elevados de satisfação e motivação para o bom desempenho de atividades profissionais.
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OS RECEPTORES Desde o ventre da mãe, o bebê é influenciado pelo ambiente que o circunda, pelo que a mãe sente e come, pelos sons que são emitidos pelo corpo dela e os externos a ele, e quando nasce, o bebê é capaz de reconhecer e reagir ao que lhe é familiar, o que pode lhe acalmar ou
agitar. Então vem fase de crescimento, que é onde a criança descobre, desenvolve e aperfeiçoa os seus sentidos, aprende o que lhe agrada e o que não é bom. O corpo humano é composto por 5 sentidos principais: a visão, audição, tato, olfato e paladar. São parte do sistema sensorial do corpo, onde recebem e enviam informações a todo momento para o sistema nervoso central que devolve com nossas reações.
Os órgãos responsáveis por cada sentido podem ser identificados como receptores remotos: os olhos, ouvidos e nariz, e como receptores imediatos: o tato e todas as sensações que recebemos pela pele (Hall, 2005). Receptores remotos São aqueles mais utilizados para analisar objetos distantes, então são influenciados pe-
lo que vemos, pelo odor que sentimos ou por um ruído que ouvimos. Algo que vemos, ouvimos e sentimos, pode ativar no nosso sistema nervoso a amígdala cerebral5, que como o nome sugere, está localizada no cérebro, exatamente no centro. Essa amígdala quando ativada pode nos provocar medo, nojo, repulsa. Ela acusa o algo que não nos agrada ou que nos gera alguma ameaça, sendo responsável pela autodefesa.
Figura 4: Receptores remotos
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5. amígdala cerebral – Parte do cérebro em formato de amêndoa, que é responsável por nossas reações emocionais e aprendizagem de conteúdo.
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A visão, é o sentido que age mais rápido, então é de onde vem nossa primeira impressão, seja das pessoas ou do ambiente. No ambiente corporativo a amígdala pode ser ativada quando a iluminação ou as cores utilizadas para compor o ambiente não foram bem implementadas, o que pode gerar um grande estresse e ansiedade. Pode ser acalmada, por exemplo, quando fazemos atividades como rir. Já quando observamos algo que é belo aos nossos olhos, ativamos uma área do cérebro chamada córtex orbitofrontal medial6, que fica um pouco acima das órbitas oculares e é
responsável por parte do prazer e recompensa do cérebro. Este foi um estudo realizado pelo professor Zeki e seu colega Tomohiro Ishizu7, quando alguns voluntários observaram pinturas e ouviram trechos de músicas, que já haviam sido classificados como bonitos, indiferentes ou feios, isso deitados dentro de um aparelho de ressonância magnética que mede a atividade do cérebro.
Aconteceu que enquanto observavam e ouviam aquelas imagens e músicas que haviam sido consideradas belas, foi ativado no cérebro o córtex orbitofrontal medial. A audição é o sentido que nos permite captar informações, músicas, ruídos sejam eles agradáveis ou não. O nervo auditivo é o responsável por enviar essas informações ao córtex cerebral que devolve com nossas sensações.
Assim como na visão, quando algo nos agrada ou soa como belo, a área do cérebro responsável pela sensação de prazer é ativada, o mesmo acontece quando o som não é considerado bom. Em um ambiente ruidoso, grande sensação de estresse é gerado, principalmente porque fica difícil manter a concentração, por isso a importância de um bom tratamento acústico
nos ambientes de trabalho. O olfato, é considerado o sentido que mais remete às nossas memórias, “...porque o olfato evoca recordações muito mais profundas que a visão ou a audição.” (Hall, 2005). O nariz possui células olfativas, onde as moléculas do cheiro que dissolvidas no ar entram pelas fossas nasais, e ao passar pelas células, impulsos são enviados para o sistema
nervoso que devolve com a sensações interpretadas. Quando estamos em um ambiente cheiroso, somos estimulados a permanecer, pois o aroma agrada, seja por perfume ou desinfetante, ou mesmo cheiro de comida. 6. córtex orbitofrontal medial – Área do cérebro relacionada à nossa personalidade e emoções 7. professor Zeki e Tomohiro Ishizu – Neurocientistas.
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Em um ambiente de odor forte ou desagradável, muitas vezes somos forçados a sair, por conta dessa sensibilidade nasal e as áreas do cérebro que ativam a sensação de repulsa. As células e terminações presentes no nariz também entram em ação quando algo incomoda a mucosa, seja uma partícula de poeira, o ar seco ou gelado, ou partículas de odor expelidas por produtos químicos. Aqui é onde percebemos a importância de ambientes bem ventilados, com plantas que podem purificar o ar, pois, pode acontecer de o funcionário ter uma crise alérgica como por exemplo, de rinite, podendo ter sangramento nasal. Receptores imediatos São aqueles mais utilizados para analisar o mundo mais de perto, como o tato e o paladar. Tudo o que tocamos ou que nos toca, o que comemos e experimentamos. Figura 5: Receptores imediatos
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O tato é o nosso sentido mais amplo, no aspecto de que todo nosso corpo é responsável por ele. É responsável por sentir o toque, as mudanças de temperatura, a dor ao bater em algum lugar ou apanhar As maiores células receptoras do tato estão nas mãos, não atoa, quando alguma textura
nos parece bonita ou macia, temos o instinto de levar as mãos. Nos ambientes de trabalho, o tato tem diversos papeis, tanto quando detecta textura que pode ser encontrada nas paredes, no chão revestido por carpete, no mobiliário, ou quando o ar -condicionado está ligado ou janelas estão abertas, se o ambiente está frio ou quente. Em um ambiente onde o layout é mal distribuído ou mal pensado, estamos sujeitos a
esbarrar com maior frequência no mobiliário ou nas pessoas, e esse contato acaba incomodando, pois muitas pessoas não se sentem bem quando tem o mínimo contato físico com outras, e isso no dia-a-dia pode gerar um grande estresse no ambiente de trabalho.
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O paladar é o sentido que permite ao corpo humano o reconhecimento de diferentes sabores e texturas de alimentos ingeridos. A língua é um órgão fundamental desse sentido, pois faz a distinção dos gostos doce, salgado, amargo, azedo e umami. As células epiteliais que possuem propriedades neurais de percepção dos sabores formam as estruturas denominadas botões gustativos. Estes por sua vez constituem as papilas, em variações de quantidades para cada um dos tipos: fungiformes, folhadas e circunvaladas. No ambiente corporativo, o paladar também pode ser estimulado, de modo à estabelecer ou reforçar comportamentos saudáveis dos indivíduos, como por exemplo na disponibiliza-
ção de vending machines, ou pela aplicação do conceito de micro-market, onde os alimentos e bebidas que são oferecidos incentivam hábitos saudáveis de nutrição.
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ELEMENTOS DO AMBIENTE O ambiente de trabalho pode ter grande influência na saúde física e mental do funcionário, bem como em sua produtividade e rendimento. Adiante, temos alguns elementos que são fundamentais para que essa influência seja positiva. Figura 6: Elementos naturais
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Iluminação e cores Uma boa iluminação associada a combinação de cores, pode tornar o ambiente estimulante e agradável, ou pode fazer com que o funcionário tenha uma qualidade de vida inferior.
Quando a iluminação é distribuída com a utilização de lâmpadas ou luminárias corretas para determinadas funções - como as amareladas para trazer sensação de calor e aconchego ou as brancas para ambientes que necessitam estar mais alerta de atividades mais precisas – é uma grande aliada no bem-estar físico e mental do funcionário, quando associada à iluminação natural. Segundo os resultados de pesquisas globais do relatório Human Spaces no Impacto Global de Design Biofílico no Local de Trabalho (2015, p. 22): “Locais de trabalho bem iluminados e espaçosos: Aqueles que informaram que o seu ambiente de trabalho é iluminado e espaçoso, reportaram maiores níveis de bem-estar, em comparação àqueles que não sentem que o seu ambiente de trabalho é iluminado e espaçoso”
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O funcionário quando é exposto por muitas horas sob luz artificial, é maior seu cansaço visual e isso pode refletir na qualidade do seu sono fora do ambiente de trabalho, o que pode ser tornar um ciclo vicioso, e o funcionário tem baixo rendimento e produtividade. Segundo o Journal Clinical Sleep Medicine8 em um estudo publicado em 2014, pessoas
que em seus ambientes de trabalho, ficam longe das janelas e são expostas maior parte do dia à luz artificial, tiveram limitação de função, por conta de problemas físicos e vitalidade, e os que tem posições de trabalho próximas às janelas, tiveram mais disposição para praticar atividades físicas e maior duração no sono, chegando a 46 minutos a mais (apud. BENKE, 2019). As cores aplicadas nos ambientes têm o poder de “diminuir ou aumentar” os espaços dependendo de onde são inseridas e de que forma. Segundo os resultados de pesquisas globais do relatório Human Spaces no Impacto Global de Design Biofílico no Local de Trabalho (2015, p. 22): “Cores acentuadas: O bem-estar dos funcionários é impactado positivamente pelos escritórios que incorporam cores que remetem à natureza, tais como verde, azul e marrom. Constatou-se
também que o uso de tons de cinza dentro do espaço de trabalho teve um impacto negativo significativo sobre os níveis de estresse dos funcionários.”
Nota-se que grandes empresas como o Mc Donalds modernizaram suas estratégias para oferecer inovação e conforto aos seus consumidores. Antes, cores fortes como o vermelho e amarelo dominavam a decoração da Arcos Dourados, e eram utilizadas para gerar estímulos à
fome e rotatividade de pessoas. Atualmente, situada num tempo em que as gerações se importam muito mais com o seu conforto e saúde, e se preocupam com os ingredientes que compõem seus alimentos, e com a praticidade para satisfação de suas necessidades, a rede de fast foods detentora de um legado desde o século XX, teve de se adaptar aos novos conceitos acolhidos pela sociedade.
Segundo escritor da Isto É, Carlos Valim (2017), as estratégias desenvolvidas pela empresa em 2016, trazem mudanças que consideram a introdução de opções saudáveis em seu cardápio, na utilização de tablets que facilitam o atendimento, mudanças de layouts e paleta cores utilizada em seus ambientes, que adentram os tons pastéis e não tão quentes como as habituais. No caso de ações anteriores aplicadas em alguns países como os europeus, até mesmo o logotipo sofreu alterações para a cor verde.
8. Journal Clinical Sleep Medicine – Jornal norte americano de medicina do sono.
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A matéria do Portal G1 sobre as reformas de lojas do Mc Donalds na Europa (2007) diz : “Com a intenção de criar uma experiência mais relaxante em uma atmosfera mais sofisticada, o McDonald’s está substituindo a mobília em plástico branco e amarelo por cadeiras de designer em verde limão com assentos em couro preto. (apud. New York Times, 2007)”.
Todo o conjunto possui o intuito de trazer para seu cliente uma sensação maior de aconchego em suas instalações. Além, é claro, de fazer ligações à conceitos ecológicos com sua marca. As posições de atendentes deram espaço à implantação de totens de atendimento
automático, o que torna a experiência mais prática, customizada, saudável e acolhedora aos consumidores. Figura 7: Logotipo Verde Mc Donalds
Figura 9: Totens de atendimento automático
Figura 8: Ambiente interno—Mc Donalds
Figura 10: Fachada verde—Mc Donalds
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Em ambientes como clínicas de estética, as cores são mais frias, e tem muito uso do branco, para que a sensação seja de limpeza e de ambiente esterilizado, e em alguns tratamentos, é utilizada a luz ultravioleta, que tem melhor resultado quando em um ambiente bran-
co. Cores como o vermelho e o amarelo tem característica estimulante, agressiva, enquanto cores como verde claro, azul e branco são tons mais calmos e relaxantes. Figura 11: Sala de Estética
De acordo com Mitchell Wilson (1967, p. 81): “A experiência que melhor ilustraria o conflito, a integração e o resultado é a do jantar bizarro: Quando os convidados foram servidos sob luzes que faziam o bife parecer cinzento, o aipo cor-de-rosa, as ervilhas pretas e o café amarelo, a maioria das pessoas não pôde comer e, embora os alimentos fossem ótimos, os que tentaram comer ficaram doentes.” (apud. PEDROSA, 2014, P. 113).
No ambiente corporativo, o recomendado é que um estudo seja feito sobre a empresa, o que e como trabalha, bem como do perfil dos colaboradores, como idade e cargo. Ruídos Podemos reparar que, quando entramos em um ambiente barulhento quase não notamos o ruído até o momento que ele para e vem aquele alívio. É dessa forma que se inicia o processo de estresse.
No ambiente de trabalho, o barulho de uma tábua solta, do ar-condicionado, do ônibus que passa na rua, pode piorar o dia, diminuindo a concentração e por consequência a produtividade e rendimento.
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Vemos então a importância de um bom isolamento acústico, tanto para ruídos externos como internos. Um ônibus passando na avenida não atrapalha o funcionário, e nem o barulho da operação e de teclados atrapalham o andamento de uma reunião, quando há um bom trata-
mento acústico, seja por meio de revestimentos ou mobiliários que barram o som. O recomendado é manter entre 60 e 65 decibéis9 no ambiente de trabalho para que não haja desconforto auditivo. Odores Por mais que passem desapercebidos, os odores podem influenciar na permanência
dos funcionários no ambiente. Ninguém quer estar em um lugar malcheiroso, seja por falta de limpeza, ou por excesso de produtos químicos ou de higienização. Em alguns lugares, podemos notar que são instalados purificadores de ar programados para que de tantos em tantos minutos exalem determinado aroma, a fim de melhorar o cheiro do ambiente. Porém o ideal é que se mantenha o ar o mais neutro possível, pois a preferência
pelos aromas é individual. Temperaturas A temperatura do ambiente é fator importante, tanto para o conforto como para a saúde do funcionário. Algumas pessoas podem ser portadoras de doenças crônicas como sinusite, que quando expostas ao ar-condicionado muito frio, podem ter uma crise, portanto é importante saber distribuir bem os pontos de ar, a fim de que não fiquem exatamente sobre as cabeças dos funcionários, mas em espaços estratégicos. O mundo sofre com a constante mudança de temperatura, que de um dia para o outro pode variar 10ºC. Acontece que pessoas que trabalham em ambientes fechados tendem a so-
frer choque térmico, quando, em um dia extremamente quente, ao entrar no ambiente de trabalho, o ar está muito frio, o que pode não impactar de imediato, mas afeta sim a saúde do funcionário. Os revestimentos também podem contribuir com a temperatura do ambiente, quando por exemplo, o sol incide diretamente sobre uma janela de vidro, deixando o ambiente muito
mais quente do que deveria. Nesse caso também é importante que haja ventilação natural, pois a pessoa não se submete apenas ao ar-condicionado e o vento que entra no ambiente faz o ar circular, o que diminui a o enclausuramento e a proliferação de bactérias. 9. decibéis – Unidade que mede a intensidade e o volume do som.
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Natureza O contato com a natureza desde sempre é importante, independente do ambiente que estejamos inseridos. As plantas tendem a ativar no nosso cérebro a área do córtex orbitofrontal medial, que se manifesta quando algo é belo aos nossos olhos, pois, uma planta bonita e bem cuidada quando é vista, arranca elogios, além de estabelecer essa conexão natural. Na natureza podemos encontrar algumas espécies de plantas que sobrevivem bem no ambiente corporativo e trazem benefícios à saúde, como a Ficus, Jiboia, Samambaia e a Dracena. São plantas eficientes para filtrar o formaldeído, presente em fumaça de cigarro, espuma, madeiras compensadas, colas adesivas e sacos de supermercado e absorvem e filtram o benzeno, presente em diversos produtos de limpeza, além de combater alergias provenientes da utilização desses produtos, têm boa durabilidade, pois não precisam de muita luz.
Figura 12: Fi-
Figura 14: Jiboia
Figura 13: Samambaia
Figura 15: Dracena
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Espaço e Ergonomia Os espaços de trabalho modificaram extremamente desde o final do século XIX até os dias de hoje. Começou quando cada funcionário possuía sua mesa, sem contato com os de-
mais, trabalhando como máquina, focado em seus papeis. Mais adiante no século XX, surgiram as baias de trabalho, com divisórias muito altas e espaços confinados, trazendo sensação de claustrofobia. A ocupação do espaço era mal aproveitada, com tantas mesas e papeis, não cabiam tantos funcionários como se necessitava. Hoje em dia os espaços de trabalho são compartilhados, seja por grandes mesas ou espaços para reuniões informais, pois a importância da convivência e compartilhamento foi notada para o bem-estar e produtividade do funcionário. Hoje em dia é necessário que o espaço de trabalho tenha pelo menos 1,20 m de espaço mínimo para que as atividades sejam desempenhadas com praticidade e conforto, bem como 75cm de altura de mesa para que o funcionário mantenha uma postura adequada. As estações de trabalho são dispostas de forma a otimizar o espaço e caber mais pessoas, cada um com sua mesa, porém sem divisórias que as segregam. Em alguns escritórios temos ambientes informais para jogos e áreas de descanso e convivência. As salas de reunião ainda necessitam ser privadas, porém não são enclausuradas e nem dispostas de forma a explicitar a hierarquia existente. Com a chegada da laje com planta livre foi permitido que os espaços de trabalho se tornassem mais amplos, com pés-direitos mais altos, diminuindo a sensação de enclausuramento, possibilitando layouts mais orgânicos e dinâmicos. O mobiliário é pensado para conforto do funcionário a fim de evitar lesões, sejam elas por esforço repetitivo ou traumático. Com o tempo surgiram apoios de pé e de punho, para
quem utiliza com grande frequência o teclado e o mouse, e monitores ajustáveis para que os funcionários não sofram com dores no pescoço. Alguns escritórios fornecem em dias específicos as chamadas ginásticas laborais, que param por um tempo o trabalho dos funcionários para que eles se alonguem, exercitem e reativem a circulação sanguínea de forma adequada.
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Figura 16: Ergonomia
www.cotrisoja.com.br
Micro-market O micro-market consiste basicamente em uma compra embasada no espírito de honestidade, pois funciona de forma totalmente autônoma e é realizada sem qualquer supervisão. Os produtos ficam expostos em gôndolas, freezers ou geladeiras expositoras.
Não há profissionais responsáveis pela conferência da seleção e pagamento dos produtos. O próprio colaborador deve selecionar o produto (onde poderá tocar, sentir temperatura, ler rótulos, etc), indicar o valor a ser pago e realizar o trâmite de pagamento, que pode ser feito através de cartões de crédito e débito, ou ainda cartões de benefício como Refeição e Alimentação. Operadores deste sistema sugerem que os percentuais de furtos existem, mas são muito baixos e não oferecem riscos para sua continuidade.
Atualmente, as vending machines ainda são muito utilizadas pelas empresas, porém, o micro-market é considerado uma espécie de evolução deste serviço, e vem se consolidando cada vez mais nas organizações. As inovações tecnológicas envolvidas nesta solução visam oferecer o equilíbrio entre o trabalho e a qualidade de vida, pela comodidade que podem oferecer aos usuários, que por sua vez possuem o desejo e a necessidade de decidirem o que irão consumir. Como citado anteriormente, tal solução pode ser utilizada para oferecer aos colaboradores opções de alimentos e bebidas saudáveis (e esta é a principal proposta do micro-market), pois possibilitam a comercialização de alimentos mais frescos como saladas, frutas, sucos e sanduíches naturais.
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O conceito do micro-market trata-se de uma forma muito prática de fortalecimento do relacionamento entre a a organização e seu público interno, pois possibilita às empresas exercitarem o consumo de seus colaboradores totalmente apoiado na cultura de ética, integridade, confi-
ança e responsabilidade.
Figura 17: Micro market
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ESTUDOS DE CASO A seguir, serão apresentados estudos de caso que em seu planejamento, tiveram aplicados os conceitos da Neuroarquitetura, visando além da produtividade e otimização, a qualidade de vida do funcionário. Mercado Livre do Brasil Projetada pelo renomado escritório de arquitetura Athié Wohnrath em parceria com o escritório argentino Estudio Elia / Irastorza (EEI), a Melicidade como é conhecida a sede do Mercado Livre do Brasil, está localizada em Osasco na cidade de São Paulo, com inspiração nas grandes empresas do Vale do Silício. A princípio era um grande galpão industrial que passou por um retrofit para poder se tornar a Melicidade. Apesar da mudança de uso, os arquitetos optaram por manter a característica industrial do lugar bem como as estruturas originais. A maior mudança foi a de implantar grandes janelas nas laterais para que as pessoas pudessem ter contato com o exterior e com a natureza presente.
O projeto incentiva esse contato quando cria uma alameda principal para que as pessoas consigam acessar os diversos ambientes da empresa sem perder essa presença de elementos naturais, onde acontece a implantação de árvores e arbustos nesse caminho central, e o importante contato com ventilação e iluminação natural.
Figura 18: Mezanino de descanso e alameda central - Melicidade
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A vegetação não é presente somente nessa alameda, é encontrada também no teto das macetas – como são chamadas as salas de reunião que também servem para encontros informais – e nos jardins de descanso. As macetas possuem formato circular com a materialidade em madeira posicionada verticalmente, o que aos olhos e para o cérebro, representa acolhimento. Por fora são de aparência igual, mas por dentro, para reuniões mais formais, contam com mesas e projetores, e para encontros informais, poltronas penduradas no teto com cores diferentes.
Figura 19: Salas de reunião (macetas) - Melicidade
Figura 20: Área de descanso externa - Melicidade
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Os ambientes da Melicidade são compartilhados, o que incentiva interação entre os funcionários. Além da interação, cada ambiente tem um objetivo diferente e para isso, são pensados
com uso de cores e materiais que estimulam o funcionário de diferentes formas. Não há exatamente uma divisão por paredes em certos locais da Melicidade, mas o mobiliário cumpre com essa função, bem como desenho de piso. Áreas de descanso e encontros cumprem com a função de aproximação e descompressão dos funcionários, localizadas em pontos estratégicos como a cafeteria e o lobby.
As salas de reunião que totalizam 140 e os ambientes de trabalho funcionam nos mezaninos, que contam com grafites e pinturas com cores chamativas em uma das paredes que estimulam a atenção e o alerta de quem usufrui. As obras são dos artistas Timoteo Lacroze, curador do grupo, de Rimón Guimarães, Mart Aire e João Lelo, porém o mobiliário contém apenas duas cores, para trazer vivacidade e ao mesmo tempo dialogar com os painéis. Uma área chamada Meli Mall conta com academia, salão de jogos, salão de beleza, atendimento nutricional e massagem, e ainda uma área externa de jardim com redes e uma quadra poliesportiva, sempre visando saúde e bem-estar dos funcionários.
Figura 21: Lobby e mezanino das estações de trabalho - Melicidade
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Figura 22: Cafeteria - Melicidade
Figura 23: Sala de reunião - Melicidade
A Melicidade foi projetada para que os funcionários se sintam em casa ou minimamente felizes com o lugar onde trabalham, com espaços para estimular e descontrair, não deixando o objetivo de empreender e crescer cada vez mais de lado, sabendo que a só mudou de lugar, por
conta da grande popularidade e necessidade de mais funcionários que o Mercado Livre adquiriu.
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Google O Google é conhecido por sua grande sede no Vale do Silício na Califórnia, com lugares onde os funcionários podem descansar e se divertir jogando pebolim, descansando em pufes, jogando videogame, andando de bicicleta... Aqui no Brasil, uma das sedes do Google está localizada em um dos maiores centros comerciais de São Paulo, a Avenida Brigadeiro Faria Lima. Funciona no edifício Pátio Bandeiras, um superprotejo que recebeu certificações importantes pelo uso de tecnologia verde e por ser considerado um edifício de luxo. O escritório ocupa sete andares do edifício com projeto idealizado pelo Estúdio Guto Requena, e não deixa de seguir os padrões e princípios encontrados no Vale do Silício com ambientes descontraídos e de reuniões informais, bem como espaços para atividades diversificadas. Para cada andar, o hall dos elevadores conta com uma decoração diferente, sendo ela iluminada por sancas e luzes de led, piso com um mosaico no formato do símbolo de São Paulo e nas cores do Google, ou até mesmo painéis coloridos com imagens projetadas.
Figura 24: Hall de elevadores – Google Brasil - SP
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Há um incentivo a alimentação saudável, então por lá é possível encontrar cozinhas e estandes com frutas e alimentos saudáveis sem que nada seja cobrado dos funcionários, e um dos princípios de bom rendimento dos funcionários em seu ambiente de trabalho é uma alimentação saudável. Figura 25: Cafeteria – Google Brasil - SP
Sabemos como é importante o contato com ventilação e iluminação natural. Não é possível identificar se acontece quando observamos a presença das janelas nos espaços (que possibilita a iluminação natural, mas não a ventilação), pois o prédio é completamente envidraçado. Os espaços de conivência como nas lanchonetes, são delimitados por desenho de piso e de
teto, com diferentes revestimentos e formatos, para que os ambientes sejam integrados, as salas são divididas por nomes de heróis e diversos temas lúdicos. A assessoria do Google não permite que sejam feitas fotos das estações de trabalho, mas sabe -se que alguns espaços são utilizados para reuniões informais e outros tipos de trabalho. Em todo lugar é possível observar um mobiliário confortável e colorido, com ar descontraído. O
uso de madeira com iluminação artificial amarelada confere aos espaços um ar de aconchego. Assim como no Vale do Silício, também é possível observar espaços em que se tem videogames, pebolim, televisão, sinuca e outras atividades que podem distrair e divertir os funcionários nos tempos livres. 26
PROJETO ESCRITÓRIO CONSTRUTORA VIVAZ Localização
O local escolhido como instrumento de projeto é o Edifício Continental Square Faria Lima, que está localizado na Rua Olimpíadas, 205, Vila Olímpia-SP, região conhecida por conter muitos edifícios corporativos e todos os dias concentrar uma grande circulação de pessoas que por ali habitam ou trabalham. Nas proximidades podemos encontrar o Shopping Vila Olímpia com suas lojas, praça de alimentação, cinema e teatro, e agências bancárias na vizinhança. É possível ir a pé do edifício até a estação Vila Olímpia da Linha Esmeralda da CPTM o que facilita a locomoção das pessoas que trabalham por ali, vindas do extremo sul e de Osasco na zona oeste. Na Rua Olimpíadas temos ciclovias que fazem ligação com a Berrini, Pinheiros, Faria Lima, e nos arredores, paraciclos administrados por empresas privadas.
Figura 26: Localização
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O edifício escolhido abriga muitas empresas conhecidas como Arcor, Heineken, O Boticário e faz parte de um conjunto multifuncional, pois no mesmo endereço está o conhecido e luxuoso hotel Grand Mercure – Pulman.
A Construtora Vivaz que pertence ao Grupo Cyrela locou uma sala no 4º andar para que a central de treinamento a ocupasse, andar esse que é administrado pela Regus (locatária de espaços corporativos), e é dividido em 92 salas que são alugadas para empresas ou pessoas que desejam um espaço para trabalhar. A empresa optou pela locação por conta de a demanda de funcionários ser maior que a de posições no prédio que abriga o restante dos funcionários, na Rua do Rócio, 109, algumas ruas adiante. Porém, as salas desse andar, que já não possuem ventilação natural - por conta de a fachada do edifício ser totalmente envidraçada – são muito pequenas e as que se concentram no centro, não possuem contato algum com iluminação natural.
Podemos encontrar salas de 7m² que abrigam 3 pessoas, o que causa desconforto para os funcionários, pois muitas pessoas ocupam um pequeno espaço o que pode ser um grande gerador de estresse, bem como problemas com a ergonomia e locomoção. Dividir o mesmo ar por muito tempo num pequeno espaço que possui apenas ar-condicionado, pode acarretar problemas respiratórios, pois o ar não circula e não se renova. Levantamento de necessidades A necessidade levantada para a Vivaz foi a de fazer com que todos os funcionários da empresa pudessem trabalhar no mesmo local, sem a obrigação de sair de um prédio para ir a outro para ter apenas uma reunião, por exemplo. Em dias de chuva ou de sol muito forte, o estresse gerado apenas por pensar em sair do edifício é grande, pois implica em perder tempo e se submeter a intempéries durante o expediente, sendo que essa situação estaria resolvida se
todos os funcionários trabalhassem no mesmo local. Chegamos ao ponto que decidiu a implantação do projeto, que foi a decisão de abrigar todos os funcionários no mesmo escritório, num ambiente que seja favorável para seu bem-estar e estímulo, bem como descontraído, para que fuja do aspecto corporativo tradicional e traga o espirito da empresa, que é o de que todos fazem parte de um time, subtraindo então sensação de enclausuramento e desconforto que ambientes pequenos causam e também a locomoção desnecessária durante o expediente.
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Ficha Técnica Figura 27: Continental Square
Projeto Arquitetônico: Aflalo & Gasperini Ano de construção: 2003 Administração: Regus Andar: 4º andar Forro (Andar Tipo): Forro Modular Vagas na garagem (por andar): 58
M² de área útil (andar): 1784.60m²
•
Possui gerador
•
Possui heliponto
•
Ar-condicionado central
•
Sistema de automação predial
•
Elevadores com antecipação de chamada
•
Edifício Classe A
http://www.spcorporate.com.br/
Figura 28: 4º andar—Planta situação
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Programa de necessidades Com base nos estudos realizados e nos conceitos que definem a Neuroarquitetura e um ambiente considerado de qualidade, abaixo temos o programa de necessidades de uma área corporativa considerada ideal, visando um local de trabalho de alto nível qualitativo, para que os funcionários possam se sentir mais motivados ao ir trabalhar e mantenham a saúde e o bemestar em dia no ambiente de trabalho: - central de treinamento
- sanitários: masculino e feminino
- espaços de reunião (2)
- copa/cozinha
- espaço de processo seletivo
- depósito
- auditório (eventos, grandes reuniões,
- apoio à copa
integração)
- sala de ar condicionado
- decorado para treinamento
- hall de serviço
41m² - Vivaz
- hall dos elevadores
Transamérica
- repasse/crédito - secretaria de vendas/suporte financeiro - sala de chancela - RH - diretoria/comercial - área de convivência: mesa de snooker e pebolim, área do deck, bosque, biblioteca - recepção (2)
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Plantas
Figura 29: Pavimento Tipo
Figura 30: Planta Layout
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PERSPECTIVAS Treinamento e reuniões
A sala de treinamento foi pensada de
uma forma que os novos funcionários pudessem desenvolver seu trabalho de oferta ativa e recebimento de informações de modo que não fossem atrapalhados pelo entorno e viceversa, mas que ainda sim pudessem ser vistos e observar os arredores. Figura 33
As mesas da sala de treinamento estão posicionadas alinhadas por conta do tipo de atividade exercida. As pessoas necessitam sentar-se lado a lado para que todo pos-
sam atentar-se a quem dá o treinamento sem que fiquem de costas para ele e possam interagir. Figura 34
Os espaços para reuniões foram posicionados de forma que pudessem ter privacidade, porém não ficassem totalmente isolados. Por isso a escolha de dividir as áreas com painel Athos do designer Thiago Silvestrini, para garantir uma barreira visual leve, com as características do logo da empresa. Figura 35
O palete de madeira com os pufes estão à frente da sala de treinamento para que em sua pausa, caso não queiram ir à copa, possam apenas relaxar. Com esta configuração, esse pequeno espaço de descanso causa sensação simplicidade e aconchego.
Figura 36
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Estações de trabalho e recepção As estações de trabalho estão posicionadas dentro dos círculos como pequenas
ilhas de trabalho, demarcadas pelo piso de carpete e o forro rebaixado com iluminação diferenciada, para trazer a sensação de acolhimento. As prateleiras no perímetro do círculo, dividem sem isolar e servem como apoio das estações de trabalho. Figura 37
Ao lado está a recepção, que é demarcada por uma parede verde para que as pessoas estejam circundadas pela natureza, e ainda possui a função de purificar o ar no escritório, a medida que não há ventilação natural. Na recepção, os pufes trazem a sensação aconchego e simplicidade. Figura 38
Arquibancada e espaço de processo seletivo A área de convivência está demarcada pelo auditório, que pode abrigar as pessoas para eventos como integração e grandes reuniões. Quando não está sendo utilizada dessa forma, os funcionários podem descontrair jogando vídeogame , snooker, pebolim ou conversando e
descansando na arquibancada. Figura 39
O espaço de processo seletivo está demarcado pelo painel Athos, porém não isolado, mas com a privacidade necessária para que as atividades ocorram sem gran-
des interferências. O layout da sala permite que seja modificado podendo ser utilizada para reuniões e conversas particulares, quando não para o processo seletivo.
Figura 40
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Área de convivência A área de convivência também inclui a copa/cozinha, por estarem lado a lado. Está con-
figurada com posicionamento de ilha para que as pessoas possam ocupar o espaço uniformemente. Adiante está o micro-market, para aqueles que desejam manter uma boa dieta, poder comprar sua refeição caso não tenham levado a Figura 41
própria ou não possam sair do escritório.
Contam também com a área do deck, com plantas que purificam o ar e trazem o contato com a natureza para o ambiente, onde os funcionários podem descansar, conver-
sar e desfrutar de um bom livro, que podem ser armazenados nas prateleiras que foram projetadas especialmente para a Vivaz. Figura 42
Jardim A área do jardim é o refúgio dentro do escritório. Traz a natureza e purificação do ar com as espécies adequadas para o ambiente, bem como as pedras seixo, que equilibram a temperatura do ambiente, por onde os funcionários também podem caminhar. Figura 43
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Benefícios de algumas texturas Seixos Os seixos são pedras encontradas em diversos tamanhos, pois consistem em fragmentos de rochas ou minerais, comumente quartzo. Possuem formatos arredondados e superfícies lisas, como resultado dos choques causados pelo transporte da água, uma vez que são encontradas em sua forma natural em beiradas de rios. Essas pedras também podem ser artificais, confeccionados por indústrias, e em ambos os formatos são muito utilizadas na composição de projetos de construção e paisagismo.
São utilizadas para decoração de ambientes, jardins, paredes, muros, pisos e até mesmo piscinas. Pode ser considerada uma ótima opção para ornamentação de áreas verdes e coberturas para proteção de solos expostos. Segundo o Guia Westing para Seixo para Jardim, além de proporcionarem um toque de beleza e elegância, os seixos auxiliam na demarcação de passagens e áreas de circulação dentro do jardim, protegem o solo e a vegetação e ajudam a regular a temperatura dos ambientes, e incrementam áreas de irrigação escassa.
(Westing Home & Living). Figura 44: Seixos
https://www.decorfacil.com/
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Madeira O uso da madeira vem desde os primórdios da civilização humana. Trata-se de uma relação muito estreita, que partiu de instintos primitivos de habitação e proteção, à atualidade em grandes construções, fabricação de mobília e decorações em geral. A ligação do homem com a natureza pode ser descrita como de interdependência social: homem x homem e homem x natureza (FREITAS, Eduardo de, 2020). Os impactos são mútuos, e geralmente, experiências com elementos naturais proporcionam ao ser humano experiências muito positivas, como explorado anteriomente na explanação acerca dos conceitos biofílicos. A madeira é um dos grandes componentes nos projetos de design de interiores, e o seu
potencial é muito explorado devido a sua versatilidade, resistência e utilidade nas mais diversas funções que pode desempenhar. Por exemplo, na posição de um item decorativo, a madeira pode fazer combinações com outros elementos, como concreto, vidro e pedras para trazer um aspecto mais elegante e confortável aos ambientes. Comumente ocorre no ramo da arquitetura sustentável o reaproveitamento de peças, como no caso dos paletes que originalmente são utilizados para o transporte e armazenagem de produtos pesados, que podem ser convertidos em móveis, tais como mesas, estantes, sofás, etc, portadores de delicadeza, simplicidade e sofisticação. Figura 45: Madeira
http://www.epaletes.com/
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Piso Vinílico Este material composto de policroleto de vinila (PVC), aditivos e cargas minerais, pode ser fabricado em réguas, placas ou mantas, e torna-se uma opção mais favorável para ambientes de fluxos intensos como áreas comerciais e residenciais, por poderem ser aplicados de forma ágil simplificada, por sua resistência a impactos e efeito sobre a emissão diminuída de ruídos causados pelo piso laminado, seu principal antecessor. As espessuras variam entre 2mm e 5mm, e devem ser consideradas de acordo com o ambiente onde serão utilizadas. São aplicados preferencialmente em contrapisos lisos, geralmente com cola específica (Felski, Vanessa 2017).
Figura 46: Piso vinílico
http://www.rcpisos.com.br/
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Memorial de texturas e materiais
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CONCLUSÃO Portanto, os conceitos da Neuroarquitetura, quando aplicados corretamente ao ambiente corporativo, podem favorecer o desenvolvimento cognitivo, o aumento do bem-estar físico e mental, bem como aumentar a produtividade.
É um termo ainda não muito conhecido, mas que há 16 anos vem ganhando notoriedade com a criação da ANFA, que estuda a neurociência aplicada à Neuroarquitetura, e demonstra a importância para o ser humano quando o ambiente é planejado pensado no indivíduo e não em sua função. De a acordo com as pesquisas e estudos apontados, o cérebro é o maior impactado
quando um ambiente não parece agradável aos olhos, não parece confortável, e ele tem a capacidade de fazer a pessoa perder a qualidade de vida com pequenas coisas do dia-a-dia que se tornam grandes por conta da repetição. Há uma grande preocupação nos dias atuais com a qualidade de vida do funcionário no ambiente corporativo, tanto que podemos observar empresas aderindo o uso de pufes, áreas de
descompressão, mas esse cuidado com o funcionário não deve ser tomado apenas nessas áreas, sim no ambiente como um todo, pois as pequenas coisas podem gerar um grande impacto no cérebro.
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ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1, página 2 – O escritório 1950 (Bia Kunze – Techtudo) Figura 2, página 3 – O escritório 1980 (Derleit – franquiaempresa.com) Figura 3, página 7 – Infelicidade no trabalho Figura 4, página 8 – Receptores remotos Figura 5, pagina 10 – Receptores Imediatos Figura 6, página 12 – Elementos naturais Figura 7, página 14 – Logotipo verde do Mc Donalds Figura 8, página 14 – Ambiente interno – Mc Donalds Figura 9, página 14 – Totens de atendimento automático Figura 10, página 14 – Fachada verde – Mc Donalds Figura 11, página 15 – Sala de estética
Figura 12, página 17 – Ficus (Redação Hypeness) Figura 13, página 17 – Samambaia (Redação Hypeness) Figura 14, página 17 – Jiboia (Redação Hypeness) Figura 15, página 17 – Dracena (Redação Hypeness) Figura 16, página 19 – Ergonomia Figura 17, página 20 – Micro-market Figura18, página 21 – Mezanino de descanso e alameda central por Pregnolato e Kusuki Figura 19, página 22 – Salas de reunião (macetas) por Pregnolato e Kusuki Figura 20, página 22 – Área de descanso interna por Pregnolato e Kusuki
Figura 21, página 23 – Lobby e mezanino das estações de trabalho por Pregnolato e Kusuki Figura 22, página 24 – Cafeteria por Pregnolato e Kusuki Figura 23, página 24 – Sala de reunião por Pregnolato e Kusuki Figura 24, página 25 – Hall de elevadores – Google - SP Rodrigo Ghedin/Gazeta do povo Figura 25, página 26 – Cafeteria – Google – SP Rodrigo Ghedin/Gazeta do povo Figura 26, página 27 – Localização Figura 27, página 29 – Continental Square Figura 28, página 29 – 4º andar – Planta situação 40
Figura 29, página 31—Pavimento Tipo Figura 30, página 31—Planta Layout Figura 33, página 32—Treinamento e reuniões
Figura 34, página 32—Treinamento e reuniões Figura 35, página 32—Treinamento e reuniões Figura 36, página 32—Treinamento e reuniões Figura 37, página 33– Estações de trabalho e recepção
Figura 38, página 33– Estações de trabalho e recepção Figura 39, página 33—Arquibancada e sala de processo seletivo Figura 40, página 33—Arquibancada e sala de processo seletivo Figura 41, página 34– Área de convivência Figura 42, página 34– Área de convivência Figura 43, página 34—Jardim Figura 44, página 35 —Seixos Figura 45, página 36 —Madeira Figura 46, página 37 —Piso vinílico
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2005.
- PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele. Artmed Editora, 1 de janeiro de 2009. - PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Senac São Paulo, 18 de novembro de 2009. - PIGNATARI, Décio. Semiótica da arte e da arquitetura. Ateliê Editorial. Artigos online:
- Acesse Buildings – Continental Square Faria Lima – Disponível em: https:// acesse.cretool.com.br/ Acesso em 08 de junho de 2020. - AGOSTINHO, Dora Cristina Ferreira & PALMA, Sandra – 27 de julho de 2018: Quando a Neuroarquitetura e a Biofilia se Juntam: Estratégias Simples para Diminuição do Stress no Local de Trabalho. Disponível em: http://www.qualidadecorporativa.com.br/quando-a-neuroarquitetura-ea-biofilia-se-juntam-estrategias-simples-para-diminuicao-do-stress-no-local-de-trabalho/ Acesso em 07 de junho de 2020. - As estruturas cerebrais na formação das emoções - http://www.cerebromente.org.br/n05/ mente/struct.htm - acesso em: 27 de setembro de 2019. - BRAZ, Danny - Neuroarquitetura e a Biofilia: A Influência dos Espaços Físicos e da Natureza no Bem-estar Mental. 29 de abril de 2019 -https://www.regatec.com.br/condominios/ neuroarquitetura-e-biofilia-a-influencia-dos-espacos-fisicos-e-da-natureza-no-bem-estar-mental/ Acesso em 07 de junho de 2020. - Britagem Cascalheira – Seixos: As Pedrinhas que Embelezam qualquer Ambiente. – Disponível em: http://www.britagemcascalheira.com.br/site/noticia/2. Acesso em 08 de junho de 2020. - Córtex orbitofrontal: a sede do nosso comportamento – 04 de maio de 2018 - https:// amenteemaravilhosa.com.br/cortex-orbitofrontal/ acesso em: 28 de novembro de 2019. Zald David, Rauch Scott (2006). La corteza del Orbitofrontal. Oxford University Press La corteza del Orbitofrontal. - FELSKI, Vanessa. Saiba tudo sobre Piso Vinílico, Sincenet. Disponível em: https://
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