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AUTISMO: DAS CAUSAS AOS SINAIS E TRATAMENTO

O AUTISMO, CUJO NOME TÉCNICO OFICIAL É TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA), É UM TRANSTORNO DE DESENVOLVIMENTO CARACTERIZADO PELA DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO E INTERACÇÃO SOCIAL E POR COMPORTAMENTOS REPETITIVOS E/OU RESTRITOS. OS SINTOMAS APARECEM LOGO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA. O TEA NÃO TEM CURA, NO ENTANTO, A REALIZAÇÃO DE TERAPIAS AUXILIA NO DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO.

Oautismo é um problema psiquiátrico que costuma ser identificado entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais, às vezes, apareçam já nos primeiros meses de vida. Que fique claro: os autistas apresentam um desenvolvimento físico normal. Contudo, têm grande dificuldade para firmar relações sociais ou afectivas e dão mostras de viver num mundo isolado. Anteriormente, o problema era dividido em cinco categorias, entre as quais, a síndrome de Asperger. Hoje, há uma única classificação, com diferentes graus de funcionalidade e sob o nome técnico de transtorno do espectro do autismo. O modo de lidar com cada uma varia.

Impactos no dia-a-dia

Na forma qualificada como de baixa funcionalidade, a criança praticamente não interage, vive repetindo movimentos e apresenta atraso mental. O quadro provavelmente vai exigir tratamento para toda a vida. Na média funcionalidade, o paciente tem dificuldade em comunicar e repete comportamentos. Já na alta funcionalidade, consegue estudar, trabalhar e constituir família.

Há ainda uma categoria denominada savant. É marcada por défices psicológicos, só que com uma memória fora do comum, além de talentos específicos.

Causas

O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém, há evidências de que haja predisposição genética para o mesmo.

Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo factores ambientais, como a poluição, no desenvolvimento do distúrbio.

Sinais

Alguns comportamentos acendem o sinal amarelo e devem ser discutidos com o pediatra que acompanha a criança.

O diagnóstico precoce, aliás, é fundamental para iniciar as terapias que ajudam a lidar com as repercussões mais frequentes do quadro.

Algumas pistas importantes:

• Bebés que evitam o contacto visual com a mãe, inclusive durante a amamentação;

Factores de risco

Não existe uma causa específica para o autismo. É considerado um transtorno multifactorial. Fala-se em 50% de causas genéticas e 50% de causas ambientais.

Alguns factores de risco:

• Predisposição genética;

• Sexo masculino: o autismo é de duas a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas;

• Poluição;

• Infecções, como a rubéola, durante a gravidez.

Prevenção

Na falta de causas comprovadamente capazes de provocar o autismo, a recomendação para as grávidas é a de evitarem ambientes com alto nível de poluição, exposição a produtos tóxicos e ingestão de bebidas alcoólicas, por exemplo.

Outra medida bem-vinda é vacinaremse contra rubéola, para evitar esta doença infecciosa, durante a gestação.

Diagnóstico do autismo

• Choro ininterrupto;

• Apatia;

• Inquietação exacerbada;

• Pouca vontade para falar;

• Surdez aparente: a criança não atende aos chamados;

• Transtorno de linguagem, com repetição de palavras que ouve;

• Movimentos pendulares e repetitivos de tronco, mãos e cabeça;

• Ansiedade;

• Agressividade;

• Resistência a mudanças na rotina: recusa provar alimentos ou aceitar um novo brinquedo, por exemplo.

Não existem exames laboratoriais ou de imagem que ajudem a identificar o autismo. Em geral, o médico considera o histórico do paciente, a observação do seu comportamento e os relatos dos pais. A partir daí, costuma seguir critérios estabelecidos pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ou pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde. São observados ainda traços, como inabilidade para interagir socialmente e comportamento restritivo e repetitivo. Se, por um lado, há autistas gravemente incapacitados, que não conseguem nem falar, por outro, encontra-se também este problema em pessoas com alto desempenho em alguma habilidade, como pintar ou fazer contas matemáticas. Pacientes de alta funcionalidade, com ausência dos sinais clássicos da doença, muitas vezes acabam por receber o diagnóstico correcto apenas quando adultos.

Como é o tratamento do autismo?

O tratamento do autismo é realizado em diferentes frentes e com o trabalho em conjunto de diferentes equipas médicas. Geralmente, o tratamento é composto por acompanhamento com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e, até mesmo, fisioterapeutas. Alguns sintomas do autismo, como a irritabilidade, a insónia e também a desatenção, podem ser tratados com o uso de medicamentos específicos.

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