A BOCA
Edição única
EDITORIAL Este zine é único, de uma só edição. Feito inteiramente para uma boca e a mulher que é dona dela. A boca pela qual me encontrei em devoção, um total fascínio que me tomou ao ponto de quase pensar nela 24 horas do dia. É uma devoção inspiradora, e por tanto escrever pra ela, decidi que seria importante registrar a arte no impresso e te entregar, mulher, porque também é pra ti que aqui escrevo. - Thiago Jonas
Textos: Thiago Jonas
Junto a vocĂŞ Meu corpo Boca a boca Que coisa louca
TUA BOCA Insanidade voraz Da chama ascendente Que corrรณi a alma inteira de um desejo Que nรฃo se pode saciar Voraz, anseios, tormentos De um beijo Desses teus lรกbios Caloroso desejo De beijar Te beijar Para tua boca escrevo Aqui, mulher Tudo aquilo Que pra ti disse que escreveria Escrevo a chama que me consome A alma devassa Debruรงada no desejo Compus poesia
Escrevo Escrevo mais Pois o que escrevo é chama De um desejo que não sacia Tua boca é encanto de mil homens Que contemplo e me perco Ainda mais, Ainda Mulher A voracidade Com a qual te quero a mim É melhor que pra ti Não se revele É desejo da A que quero Que é forte E que nunca
boca até a alma e intenso é tão breve
IMENSURÁVEL Foi tão rápido De surto Que o desejo me bateu ao ponto De não conseguir dominar Morena... Eu mal sei explicar Que intensidade é essa Tão louca em que me encontro A imensa vontade de tua boca beijar Imensurável é o desejo Que meus olhos carregam Ao te contemplar Imensurável desejo Tão, que me desespero De saber que tão certo Não vou te beijar Imensurável desejo Que vai me matar Imensurável desejo De te olhar
DEVOÇÃO É quase que por devoção Meu olhar A pele arrepia Vem um transpirar Dá taquicardia É quase que por devoção Te olhar É quase que por devoção Ao olhar Tua boca que tanto queria Beijar Mordê-la, Eu, um dia Tortuosa, tão vil, agonia Não ter nela a minha boca a estar É quase que por devoção Te olhar
NÃO PODEREI Como um sonho Que alimento todos os dias De ter o meu corpo envolto ao teu Tão receosa melancolia Que me invade Ao saber que isso Não poderei eu
Thiago Jonas É um zineiro de 21 anos que escreve poesias pra tudo aquilo que o fascina, dá ódio ou lhe traz frustração. Também gosta de desenhar.
“A Boca” ed. única
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