Revista UBC #30

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22/UBC : CARREIRA

LANCE-

SE!

(MAS SABENDO BEM ONDE VAI CAIR)

INTERNET OU RÁDIO? PROGRAMA DE AUDITÓRIO OU DIVULGAÇÃO NA RUA? REDE SOCIAL OU GRAVADORA? ARTISTAS, EMPRESÁRIOS E PRODUTORES ENSINAM QUE A FÓRMULA PARA UMA BOA INSERÇÃO DA SUA OBRA SEGUE A VELHA LÓGICA: É TUDO JUNTO E MISTURADO

Por Michele Miranda, de São Paulo Já existem dezenas de programas capazes de gravar discos com excelente qualidade na sua própria casa, e outras dezenas de canais que permitem divulgação gratuita de música. Por conta dessa facilidade, milhares de novos artistas surgem e têm a possibilidade de registrar suas canções a cada ano. Mas como ser um em um milhão na hora de divulgar um trabalho e fazê-lo ganhar a atenção do público? “Essa é a pergunta de um milhão de dólares, que todo mundo está tentando descobrir”, comenta o guitarrista Maurício Tagliari, produtor musical da gravadora independente YB Music, de São Paulo. “O primeiro disco lançado por nós que explodiu foi ‘Efêmera’ (2010), da Tulipa Ruiz. Ela soube trabalhar as redes, com vídeos e conversas com o público. Mas a divulgação que fizemos para ela talvez hoje não funcionasse, porque as mídias sociais são muito dinâmicas. Ideias que dão certo hoje podem ser um fracasso amanhã. E não dá para já nascer mundial. Metá Metá, Tulipa e Bixiga 70 estão hoje fazendo turnê na Europa, mas eles começaram no bairro, partiram para a cidade e conquistaram o estado, antes do país.” Após mais de uma década desde o lançamento do oitavo disco, “Superstar” (2002), o Defalla voltou aos estúdios, gravou 14 faixas inéditas e reuniu tudo em um álbum batizado “Monstro” (2016). Com tudo pronto, o maior desafio da banda, nascida nos anos 80, não era nem a insegurança de agradar ao público com suas canções cheias de rock, hip hop, pop e funk,


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