1 minute read
\"Hoje me divirto cantando, mas no in\u00EDcio sofria\"
Dono de produções e interesses variadíssimos, Kassin lança “Relax”, disco solo e autoral com temas igualmente plurais: dos casais de 40 à crise política
de_ São Paulo ■ foto_Fabio Audi
Advertisement
Alexandre Kassin produziu Gal Costa, Buchecha, Caetano Veloso, Emicida, Adriana Calcanhotto, Los Hermanos, Vanessa da Mata, Erasmo Carlos, Arnaldo Antunes e uma porção de outros artistas de sons, sotaques, estilos, planos geográficos e astrais diferentes, o que dá fé da sua notável versatilidade. Fã de videogames e big bands, de Japão e Jalapão, ele tem uma presença mais discreta quando o tema são discos autorais solo. Por isso, todos os ouvidos se voltam a “Relax”, que tem participações de Clarice Falcão, Hyldon e da banda portuguesa Orelha Negra.
Você é dono de uma produção vertiginosa, mas discos solo não foram tantos. Por quê?
Se contarmos meu projeto Artificial Free U.S.A., os dois com o projeto +2 e “Sonhando Devagar”, este seria o quarto. Como compositor principal e com projetos artísticos, fiz muitos. Me considero mais compositor do que cantor, minha única necessidade é ter alguém para cantar minhas músicas. Também não sofro mais. Hoje me divirto cantando, mas no início sofria.
O que diz em “Relax” que não havia dito ainda nas suas últimas parcerias e produções?
O disco tem muitas ideias que não necessariamente se comunicam. Fiz músicas que tratam de problemas de casais em torno dos 40 anos, de manter uma relação cansada ou de relações medicadas em torno de comprimidos, e a música “Relax” fiz para meu amigo Lincoln Olivetti. “Anestesista” fala deste triste momento do golpe político.
Muitos aspiram a ser produzidos por você. Quem você aspira a produzir?
Nossa, são tantos. Sou muito feliz com meu ofício. E o Brasil é gigante musicalmente, sempre aparece algo animador.