Gil em Revista - Inovação

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PUBLICAÇÃO EXPERIMENTAL DO CURSO DE GESTÃO PARA INOVAÇÃO E LIDERANÇA DA UNISINOS - EDIÇÃO 4 - DEZEMBRO/2015


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EDITORIAL

(Not) another brick in the wall

ÍNDICE 03 – Excelência no ensino de gestão 04 – A influência do GIL na carreira 06 – Inovação: estímulos e bloqueios 07 – O diferencial no mercado de carros 08 – Inovar a ação... este é o GIL! 09 – Jogos: estratégias para empresas? 10 – Design Thinking em projetos de produtos 11 – Inovação em uma cultura organizacional 13 – Inovação e os BRICS 14 – Internacionalização do conhecimento no mundo 16 – Jobs para sempre em nossos Iclouds 17 – O (bom) filho à casa torna 18 – Infográfico: inspirações pelo mundo

Gabrielle Burzlaff

RODRIGO VALLADARES / FREEIMAGES

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esta quarta edição da GIL em Revista, as turmas de São Leopoldo e Porto Alegre do Programa de Aprendizagem 2 (PA 2) decidiram abordar os principais fundamentos do curso – inovação e liderança – transformando duas revistas em uma. Este lado tem o foco de discutir questões de inovação através de estudos, textos de professores, resenhas e infográficos. No final da década de 70, a banda britânica Pink Floyd incitou um sistema educacional ortodoxo em sua canção Another Brick in the Wall (Mais um tijolo na parede). O clássico do rock mundial revela uma crítica ao processo de formação de crianças através da opressão e imposição de hierarquia, no qual não há espaço para a expressão de ideias e muito menos para inovação: "no final, você é apenas mais um tijolo na parede". Essa concepção arcaica ainda hoje é encontrada em diversos locais, cujo objetivo é o molde e a alienação de cada aluno em um padrão. No GIL, cada aluno cresce de forma autônoma dentro de seu próprio molde, sendo estimulado a vencer seus próprios desafios. A inovação não faz parte apenas do nome do curso, mas também da sua essência. A sala de aula torna-se, assim, um espaço para compartilhar ideias e tornar-se quem você deseja ser através da inovação. Não seja mais um tijolo no muro - pinte o muro.

EXPEDI E NTE A GIL em Revista é uma publicação experimental voltada aos alunos e aos professores do curso de Administração: Gestão para Inovação e Liderança (GIL) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Esta edição foi realizada por alunos dos Programas de Aprendizagem 1 e 2 das duas turmas – São Leopoldo e Porto Alegre – do ano de 2015 do GIL. Coordenação do Curso: Janaína Pimenta Lemos Becker e Marcelo Jacques Fonseca. REDAÇÃO – Professora orientadora: Eliana Inge Pritsch. Alunos: Douglas Salles Mânica, Fabio Turkienicz, João Gabriel de Matiello Tigre, Julhete Mignoni, Laura Grala Nogueira, Laura Spier Cohen, Lívia Kreutz Burmann, Nathália Chamis, Nicole Zurobski Remus, Pedro Cusin Petrucci, Ricardo Lerrer Denardin, Victória Cafruni, Vinicius Machado Fonseca e Yasmin Tomasoni de Bastos. ARTE: Agência Experimental de Comunicação da Unisinos (Agexcom) e Gabrielle Burzlaff. Projeto gráfico e diagramação: Agência Experimental de Comunicação da Unisinos (Agexcom). GRÁFICA: Impressos Portão - São Leopoldo. AGRADECIMENTOS: agradecimentos especiais aos professores colaboradores, Alexandre Pereira, Jonas Cardona Venturini e Thobias Zani, e à coordenadora, professora Aline Jaeger, dos Programas de Aprendizagem 1 e 2 de 2015 e aos patrocinadores desta edição da GIL em Revista (Livraria Cameron, Makena, Mobibox, Pmweb, Porto Obras e SuperCooler). G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


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Excelência no ensino de gestão é referência no Brasil pela excelência no ensino da Gestão. Não somente por qualificar os alunos sob o ponto de vista das principais teorias e conceitos existentes no mundo corporativo, bem como da capacitação em ferramentas de gestão que agregam valor para as práticas organizacionais, mas também pelo fato de orientar para questões sociais com uma ênfase transformadora.

A NECESSIDADE ATUAL É DE PROFISSIONAIS COM CAPACIDADE REFLEXIVA E VISÃO DE MUNDO SOCIAL

Temos, desde o princípio do processo de formação, uma visão diferente, pois nos orientamos por Programas de Aprendizagem (P.A) ao invés dos tradicionais semestres. Não temos notas, mas sim conselhos de professores, que, em conjunto, atribuem os conceitos aos alunos de cada P.A. Essas discussões levam em consideração o desempenho e a evolução dos alunos nas competências a serem contempladas em cada P.A. Aderente ao que vem sendo discutido, o primeiro contato do aluno do GIL com as teorias clássicas da Administração se dá a partir da Oficina de Administração em Perspectiva. O despertar para os aspectos

MARTIN BOULANGER / FREEIMAGES

om o processo evolutivo de nossa sociedade cada vez mais célere em todas as searas, sejam elas sob o ponto de vista dos governos, das organizações, das relações de trabalho, das questões sociais, das questões ambientais, é importante que a sociedade possa ter a capacidade de formar profissionais que tenham uma capacidade reflexiva aliada com uma visão de mundo social. Uma visão agregadora para o desenvolvimento de nossa sociedade em todos os níveis. Nesse ínterim, o Curso de Gestão para Inovação e Liderança (GIL) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Unisinos,

históricos em gestão é tratado com todo o rigor devido, mas sempre trazendo uma reflexão acerca dos atuais problemas enfrentados pelas organizações em seus contextos e também da nossa sociedade de uma maneira geral. Essa percepção que instigamos em nosso aluno desde o momento que ele inicia o curso é fruto de discussões sobre as melhores práticas pedagógicas para o ensino da gestão, aliado com profissionais de referência no mercado e com ampla formação acadêmica. Ademais, nosso aluno recebe um acompanhamento permanente nas diferentes atividades realizadas, mesmo em atividades externas - como os intercâmbios, os estágios realizados nas empresas e o estágio fora do Brasil - que contribuem de maneira significativa na formação do nosso acadêmico. Por fim, fazer GIL é fazer um curso que prima por práticas de gestão baseadas na gestão, inovação e na liderança, alicerçado no lado humano do futuro profissional e com vistas a termos futuros egressos comprometidos com uma sociedade mais ética, digna e justa para todos.

JONAS VENTURINI

Professor de Administração G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


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EX-ALUNOS

O GIL na carreira EGRESSOS CONTAM COMO O CURSO AJUDA NO

Henrique Garrido 23 anos Coordenador Endeavor RS “Costumo dizer que exerço muis a capacidade de fomentar mai to a criação de diferenciais competitivos únicos, do que de fato de utilizar tais mecanismos. Hoje no que faço preciso ajudar empresas de alto crescimento a se manterem competitivas independente do setor ou conjuntura econômica de atuação. Acredito que para esse alto crescimento se manter, a necessidade de desenvolver e lapidar a competência de inovar (seja isso de maneira inédita ou contínua) é cada vez mais uma barreira de entrada. Não me restam dúvidas que atuar implementando ou disseminando a cultura de inovação é uma garantia

de sobreviver e crescer no período mais incerto do país - a inovação é anticíclica à crise, é ela que cria oportunidade. O GIL foi uma escola comportamental, que me moldou a ser mais proativo e atualizado. Acho que o papel do curso na minha carreira foi muito mais ao encontro de abrir a porta e mostrar o tamanho do mundo que eu não conhecia do que de fato me tornar um especialista em determinado tema. Para quem sonha grande e é ambicioso, o GIL é a ponte para o que há de melhor nesse momento de “descoberta” - só vale lembrar que atravessar a ponte depende da nossa atitude de ir além.”

Victoria Lacerda 21

anos Sócia e Engagement Manager

“Eu utilizo a inovação em todo o meu dia a dia de trabalho, pois trabalho com educação e formação de negócios disruptivos para a nova economia, o que demanda que tud o, pro ces sos , ide ias ou que for, seja inovador, que se seja algo diferente que traga resulta-

do. O GIL me preparou me dando uma base de gestão da inovação e me estimulando a pensar “fora da caixa”, a resolver problemas, a ser proativa, a confiar que eu con sigo par tir de um a situ açã o de inc ert eza e alca nça r o que eu preciso.”


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profissional

DIA A DIA DE SUAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

Natália Pescke 23 anos

Artecola até junho. Atualm e, dirige o próprio negócio: Ingent rãos

“Posso dizer que o GIL me preparou e me encora jou a tom ar com algumas frustrações. Esses algu ma s dec isõe s por div ers os ensinamentos foram de extrema motivos, desde ter que conviver importância para esse início de diariamente com pessoas de pen- vida profissional. Assim, acredito que, como para sam entos e obj etivos dist into s, mim , para muitos outros egressos, saber ouvir opiniões distintas das o GIL teve mais do que o objetivo de minhas, ter que defender as mipre par ar os alunos para exercerem nhas ideias e me posicionar diante uma dete rminada função profissiodo gru po, ser pro ativa e tom ar nal, foi o de aprender a lidar com algumas decisões, até reconhecer meus próprios erros e saber lidar diversas situações profissionais e pessoais ao longo da vida.”

Carolina Coutinho 20 anos Membro da AIESEC

s sobre novos projetos, desde “Dentro da AIESEC nós temos sõepequenos projetos dentro da os uma estrutura e cultura muito fa- área em que atuo, até projetos sar ape s poi var, vorável para ino maiores que envolvem o escritório de ser uma empresa com mais de da AIESEC em Porto Alegre como 86.000 membros espalhados em um todo. O GIL me preparou para escritórios de mais de 120 países, que eu pudesse compreender uma nós temos muita liberdade para organização, de forma que eu poscriar projetos e adaptar cada es- so identificar pontos de melhoria critório a realidade de cada local e então a par tir diss o pro por e em que a AIESEC está inse rida . implementar projetos pertinentes Acredito que atualmente eu esteja e inovadores.” exercendo inovação nas discusG I L E M R E V ISTA | NOV E M B RO D E 2 0 1 5


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NOTÍCIA

Inovação: estímulos e bloqueios A

ILKER / FREEIMAGES

JOÃO GABRIEL TIGRE

PEDRO PETRUCCI

inovação organizacional é algo necessário para a sobrevivência das empresas no mercado de trabalho. Sendo assim, profissionais da área são cada vez mais requisitados e valorizados pelas empresas. Mas para a inovação dar resultado e diferenciar a empresa de suas respectivas concorrentes deve haver não só o trabalho árduo do profissional do processo criativo, mas também um estímulo da própria empresa ao profissional para que o seu trabalho seja um sucesso. Mas, que fatores são considerados estímulos neste processo? Os autores identificaram quatro principais fatores operacionais que podem estimular o pensamento criativo em processos de inovação de produtos. São eles: um clima de liberdade e abertura organizacional, eficaz trabalho em equipe, uso de uma abordagem sistemática à solução de problemas e seleção e uso de um conjunto adequado de ferramentas para geração de ideias. Além disso, a

integração desses fatores seria importante. Por outro lado, o maior obstáculo ao processo criativo está implícito no próprio indivíduo, principalmente devido à convicção de que “eu não sou uma pessoa criativa”. Junto a isso, as organizações “em muitos casos criam rotinas, não atribuem missões desafiadoras e geram tensão por meio de críticas a seus colaboradores”. Isto acaba por atrasar o processo de inovação e, consequentemente, a empresa em relação aos seus concorrentes. Junto a isso, empresas baseadas em estruturas verticais, com grandes hierarquias tendem a dificultar

O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER QUANDO SE QUER DIFERENCIAÇÃO NO MERCADO o pensamento criativo e a liberdade de expressão e, consequentemente, a possibilidade de inovar. Para mudar esta realidade que afeta algumas empresas, alguns estímulos devem ser inseridos no dia-a-dia dos funcionários, como uma carga horária restrita para pensar em inovação e o apoio organizacional à busca pela ino-

vação. Muitos pensam que a inovação deve ficar restrita a setores como marketing e pesquisa. Este é um pensamento equivocado, sendo outro bloqueio à inovação na empresa. O processo criativo deve estar presente em todos os setores da empresa, já que nunca sabemos onde podem estar as melhores ideias. Juntando isso a fatores como clima de abertura e liberdade, seleção adequada de profissionais e ferramentas e um trabalho em equipe eficaz, a inovação tem grande chance de passar a ser uma realidade e um diferencial da empresa, hoje necessário no corrido mercado de trabalho.

REFERÊNCIA – DEWES, Fernando et al. Ambientes e estímulos favoráveis à criatividade aplicada a processos de inovação de produtos. In: 8º. CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO, CBGDP, 8, 2011, Anais eletrônicos... Porto Alegre, UFRSG, 2011. [on-line] G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


NOTÍCIA

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O diferencial no mercado de carros RICARDO DENARDIN

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VINÍCIUS MACHADO

entre os mais variados segmentos do setor automobilístico brasileiro, um tem se destacado muito nos últimos anos: o de carros populares. Isso acontece porque a inovação entrou com força neste segmento e hoje os carros populares não lembram em nada os de 20 anos atrás. Novas tendências surgiram, o nível de exigência dos consumidores aumentou e, atualmente, podemos ver nas ruas carros populares com preço acessível e qualidade superior em relação aos encontrados no passado. As inovações em tecnologia, design, segurança e conforto passaram a ser trabalhadas como diferencial competitivo na execução dos projetos desses carros. Diante desta perspectiva, não há como não falarmos que hoje a regra é clara: cresce mais

quem for mais inovador. A Chevrolet teve uma iniciativa arriscada, ainda que ousada, quando lançou, em um curto espaço de tempo, seis novidades, porém retirando de circulação modelos tradicionais como o Corsa, a Zafira e a Meriva. O grande responsável por essa nova fase da Chevrolet é o Onix, que é hoje o carro mais vendido da marca no Brasil. Segundo dados da Fe n a b rav e , dos quase 300 modelos disponíveis no mercado brasileiro, apenas oito modelos compactos foram responsáveis por 23% das vendas de carros em 2013. Os dados mostram o crescimento das marcas em relação à quantidade de carros vendidos nos últimos anos e apontam, por exemplo, que a empresa GM é uma das companhias que teve um aumento de posição no mercado, deslocando-se da 3º posição para

A INOVAÇÃO NO SETOR AUTOMOBILÍSTICO VIRA SINÔNIMO DE SOBREVIVÊNCIA PARA O MERCADO

o segundo lugar no ranking. Contudo, uma nova crise financeira no mundo em decorrência da alta do dólar poderá interferir no futuro, de maneira a não se repetir o bom desempenho de antes do setor automobilístico. De acordo com a Veja. com, na época, alguns recursos, como i s en çã o d o IPI e de outros impostos, ajudaram o Brasil a manter o consumo. Agora, pelo contrário, o País enfrenta um duro

REFERÊNCIA – OLIVEIRA, Mário Sérgio Silva. Inovação como diferencial competitivo no segmento de carros populares no setor automobilístico brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração). Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, 2014. [on-line] G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5

ajuste fiscal, com aumento de taxas, juros altos e inflação crescente. O estudo aponta que a inovação ocorre em todo o setor automobilístico. Ela aparece, também, no segmento popular, que deixa de ser “popular” e se torna moderno. Diante desse novo cenário, as montadoras estão sentindo a necessidade de inovar, não só por uma questão de ter um diferencial competitivo, mas também por uma questão de sobrevivência. E é assim que a Hyundai, a Chevrolet e a Ford têm focado suas atenções visando a um maior espaço no mercado e na garagem dos consumidores.


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GIL

Inovar a ação... este é o GIL! empresa das demais, seja na vinculação do pensar inovador a uma veia empreendedora de criação de novos negócios. A Oficina de Inovação do GIL desafia os alunos desde o primeiro semestre (PA1) a instigarem, destruírem, reconstruírem, enfim, modelarem sua mentalidade ou mindset voltado para inovar! Esse inovar, então, é colocado à prova em distintas atividades, dinâmicas que utilizam

DA OFICINA DE INOVAÇÃO À CULTURA INOVADORA

metodologias que provoquem os alunos a pensar “fora da caixa”. Alguns desses projetos colocam alunos em situações de intervenções sociais, tais como inovar processos e modelos de negócios, auxiliando , por exemplo, uma comunidade de mulheres em situação de vulnerabilidade social a repensar seu negócio: a coleta de óleo de cozinha, com a transformação deste em sabão, e a consequente venda do sabão em um modelo de negócios inovador (Projeto Mundo + Limpo - 2013).

CARL DWYER / FREEIMAGES

curso de Administração da Unisinos, Gestão para Inovação e Liderança tem dentre seus pilares de diferenciação, as oficinas de Inovação. Essas oficinas acompanham os alunos a cada semestre, construindo uma maneira diferente, distinta e, nos dias de hoje, essencial na formação de novos gestores! O pensar estratégico voltado para a inovação torna-se indispensável no mundo corporativo, seja para constantemente alinhar estratégia com proposta de valor, diferenciando a sua

Em outras situações, os alunos são desafiados a desenvolverem produtos inovadores (PA3 e PA4) de modo a utilizar as metodologias de DesignThinking, Stage-gate, entre outras, nesse processo de criação e consolidação de um modelo de negócios sobre um produto inovador. Além dessas atividades, os professores da Oficina de Inovação estão constantemente trazendo para a sala de aula teorias e casos de empresas que auxiliam os alunos na construção desse conhecimento, explorando a consistência teórica com as evidências empíricas que o mercado oferece. A superoportunidade do GIL nesse sentido é criar a cultura inovadora do pensar diferente, do explorar todas as possibilidades, do desafiar alunos a buscar em sua capacidade de inovar e empreender a materialização desse pensar! E é por isso que o GIL é, na sua essência, a construção de um novo pensar, mas não só esse pensar, o GIL é acima de tudo Inovar a ação e, a partir desse “inovar ação”, inovar o futuro da gestão mundo afora!

ALEXANDRE PEREIRA

Coordenador do Curso de Bacharelado em Admin - L.F.E. Comércio Exterior G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


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Jogos: estratégias para empresas? LAURA COHEN

LAURA GRALA

OS APLICATIVOS INCENTIVAM OS CLIENTES, CRIAM REDES DE COMUNICAÇÃO E TROCA DE INFORMAÇÕES, AUMENTANDO A FIDELIZAÇÃO COM A EMPRESA

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ocê já imaginou como a parceria de jogos digitais pode influenciar no sucesso das empresas? Foi buscando uma relação entre a tecnologia e a satisfação dos clientes que surgiu a ideia de aproveitar elementos de jogos nas diferentes situações do cotidiano. Essa metodologia inovadora, de associar games a empresas, é chamada de gamificação e está começando a ser usada em todo mundo. Mesmo a maioria das pessoas não se considerando, todos são gamers atualmente. Qualquer um já se envolveu com jogos sociais antes, desde esconde-esconde a Candy Crush, não só pela diversão, mas sim porque os jogos nos ajudam a permanecer conec-

tados com as pessoas. Por isso, o jogo pode ser também uma forma de fortalecer a relação cliente-marca. Com esse pensamento, foi instaurado em diversas companhias esse tipo inovador de interação. Desse modo foi definido um novo conceito para isso. A gamificação é considerada uma estratégia de interação entre os clientes e as empresas que buscam estimular o engajamento do público de maneira divertida, ou seja, usando os mecanismos do videogame no cotidiano. Um exemplo que já está no ar é o Foursquare, em que se recebe prêmios e descontos dos estabelecimentos ao compartilhar, com os usuários do aplicativo, sua localização ou opinião sobre os locais e/

ou estabelecimentos que cada um frequenta. Com a pesquisa de Agnes Carvalho e outros, é possível verificar as vantagens dessa estratégia: incentiva os clientes; cria uma rede de comunicação e troca de informações; aumenta a fidelização com a empresa; estimula e engaja o público de maneira lúdica. EMPRESAS QUE JÁ TÊM JOGOS COMO ESTRATÉGIA DE INTERAÇÃO Samsung MB n Microsoft n Nestlé n PayPal n American Airlines n n

REFERÊNCIA – CARVALHO, Agnes et al. Benefício mútuo entre empresa e cliente através da gamificação. In: 7°CONGRESSO NACIONAL DE AMBIENTES HIPERMÍDIA PARA APRENDIZAGEM – CONAHPA, 7, 2015, São Luís, MA, 2015. Anais eletrônicos... [on-line]

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NOTÍCIA

Design Thinking em projetos de produtos E

JULHETE MIGNONI

m um mundo cada dia mais competitivo, as empresas buscam novas formas para inovar e para melhorar as suas estratégias e seus processos. Nesse contexto, o Design Thinking surge como uma ferramenta ou modo de pensar que auxilia no processo de inovação para soluções de possíveis problemas. Nessa pesquisa, os autores investigam como esse conceito, originário do pensamento dos designers, pode contribuir na idealização de projetos e na projeção de soluções de problemas. Partindo da área do design, o conceito vem sendo utilizado há mais de trinta anos em diferentes áreas do conhecimento, como arquitetura, ciências e artes. Porém, nos últimos anos, sua aplicação se estendeu para os negócios de forma inusitada. Assim, o Design Thinking revelouse também um método utilizado para inovar, pois, por meio dele, é possível gerar um produto ou serviço inovador, cujo valor é percebido pelo cliente.

O Design Thinking é formado por quatro etapas em seu processo, são elas: Imersão, Análise da informação, Ideação e Prototipagem. Na fase de imersão, a equipe responsável pelo projeto procura examinar o contexto do problema, tanto do ponto de vista da empresa, quanto do ponto de vista do usuário. A imersão pode ser subdividida em duas etapas: imersão preliminar e

imersão em profundidade. Após a fase de imersão, os próximos passos são a análise e síntese das informações coletadas, que serão utilizadas para identificar padrões e inter-relações dos dados. A fase de ideação tem por objetivo gerar ideias inovadoras. Nessa etapa, são utilizadas ferramentas que estimulam a criatividade com o objetivo de gerar soluções. São elas: Brains-

UM MÉTODO QUE VEM TRANSFORMANDO A MANEIRA DE CRIAR E GERIR PRODUTOS

torming – técnica para estimular a geração de um grande número de ideias em um curto espaço de tempo, geralmente realizada em grupo; Cardápio de ideias – síntese de todos os conceitos gerados no projeto; Brainwritting – evolução do brainstorming, ao invés de falar sobre suas ideias, as pessoas escrevem ou desenham sobre elas; Matriz de posicionamento – ferramenta de análise estratégica das ideias geradas que tem por objetivo apoiar o processo de decisão; e QFD (Desdobramento da Função da Qualidade), processo no qual os requisitos dos clientes acabam por ser transferidos para as fases subsequentes. A última fase é a prototipação. Sendo o protótipo um modelo prévio, é usado para testar o produto, para avaliar seu desempenho e sua aceitação pelos consumidores. A função dessa etapa é justamente dar forma à ideia. A utilização do Design Thinking tem diversas vantagens: apesar de ser uma técnica nova, e ainda não muito conhecida, tem baixo custo e é de fácil implantação, trazendo benefícios financeiros e melhorias nos processos de criação e elaboração de projetos. Pode ser assim uma ferramenta estratégica aplicada a distintas indústrias e setores.

REFERÊNCIA – GASPERINI, Ricardo; LEME DA SILVA, Carlos Eduardo. Design Thinking: contribuições na gestão de projetos do produto. Tekhne e Logos, Botucatu, SP, v. 4, n.3, p. 141-153, dez. 2013. [on-line] G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


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Inovação em uma cultura organizacional LÍVIA BURMANN

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YASMIN BASTOS

inovação é um processo essencial para o sucesso de uma organização. Para inovar, é necessário um amplo conhecimento, diferentes competências e habilidades. Inovar não é algo simples ou fácil de se realizar. A inovação não está presente apenas na criação ou na invenção de novos produtos e serviços, mas em todas as áreas e operações de uma empresa. De acordo com a pesquisa realizada por Celso Maia e colaboradores, em 2014, “a personalidade de uma empresa, ou a sua cultura, manifesta-se em todas as suas dimensões desde a forma de operar e gerenciar seus recursos à integração nas suas diferentes áreas”. Inovar gera vantagens competitivas no mercado, fortalece as empresas e amplia referências, tecnologias e mecanismos de operação. Para tanto, é necessário muito preparo e planejamento, conhecimento do mercado e de seus clientes. Cada em-

presa possui conhecimentos prévios acumulados e esses auxiliam na inovação. Um ambiente criativo e inovador está amparado em três pilares básicos: possuir uma liderança que impulsione e motive os funcionários, além de uma boa comunicação; possuir bons recursos e ferramentas e processos de habilitação para realizar a inovação; e ter uma cultura de empresa, que são os valores que a empresa cultiva em seu ambiente, que apoie a inovação e as mudanças ne-

COMO O PROCESSO DE INOVAÇÃO ATUA E LIMITA DIFERENTES CULTURAS ORGANIZACIONAIS

cessárias relacionadas a ela. Há três tipos de inovação: a incremental, a radical e a disruptiva, todas com características bem definidas, compondo os processos organizacionais. A incremental destaca uma melhoria naquilo já inventado; a radical mostra uma inovação a partir de uma mudança drástica

num produto ou serviço; e a disruptiva apresenta um novo produto ou serviço que cria um novo mercado e desestabiliza os anteriores. Cada empresa utiliza o tipo de inovação que se adapta ao seu contexto ou orientação organizacional. Apesar de sua importância, em muitas empresas, infelizmente, a inovação chega tarde, chega pouco ou sofre com barreiras. Uma série de limitantes afeta a ação inovadora isoladamente ou em conjunto com a cultura organizacional de uma empresa. Um exemplo são os recursos tecnológicos e financeiros que a empresa dispõe para tal atividade. A partir dessas informações, nota-se que, para inovar, são necessárias intervenções no ambiente cultural da organização e em seus hábitos e valores. Cabe à empresa se adaptar ao contexto organizacional ideal a sua orientação, de acordo com o mercado, a fim de atingir o seu maior potencial possível, com o uso da inovação como um diferencial competitivo.

REFERÊNCIA – MAIA, C.; SANTOS, I. C. D.; SÁVIO, M. A. C.; KUBO, E. K. M. Fatores da cultura organizacional que condicionam ou limitam o processo de inovação. Revista Capital Científico - Eletrônica, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 150-163, 2014. [on-line] G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5



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Inovação e os BRICS A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO FABIO TURKIENICZ

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NICOLE REMUS

inovação, em meio ao cenário mercadológico atual, marcado por intensa competição, é vista como uma das principais formas de diferenciação entre empresas e países. Para países com atraso industrial, como é o caso dos países do BRICS (acrônimo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), é fator fundamental para a busca de novos patamares de desenvolvimento. Para esses países, a estratégia de inovação deve, além de incentivar o desenvolvimento do setor res-

ponsável pelo P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) local, relacionar-se com o processo de “catch-up”, embasado por um Sistema Nacional de Inovação (SNI)que propicie a geração e a difusão de conhecimentos existentes internamente e, de forma simultânea, a absorção de conhecimentos externos. De maneira geral, percebe-se que a empresa multinacional representa, no contexto desses países, um importante agente na disseminação de conhecimentos. Contudo, a atração de investimentos estrangeiros, apesar de essencial, mostra-se insuficiente à

consolidação dos SNIs. Para consolidar um SNI efetivo para o desenvolvimento da inovação local, é necessário articular de forma coerente os aspectos relacionados às capacidades tecnológicas e sociais, assim como prover condições para o desenvolvimento de capacidades locais. Caberia ao Estado esse papel, atuando de forma proativa na indução dos processos de transformação produtiva. O papel ativo do Estado, dentro dos sistemas de inovação pode resultar em vantagens comparativas expressivas. A adoção da abordagem de

sistemas de inovação para países de industrialização tardia ainda é um fenômeno relativamente recente e, possivelmente, não está totalmente amadurecida. Entretanto, tal abordagem é útil na análise e compreensão da capacidade tecnológica e social desses países e auxilia na elaboração e desenvolvimento de políticas e mecanismos voltados para a consolidação de seus SNIs. No caso do Brasil, a análise realizada pelo artigo ajuda a esclarecer as possibilidades de exploração do potencial tecnológico nacional, contribuindo para alavancar as organizações brasileiras a novos patamares de competitividade nacional e internacional. Um contexto propício para o desenvolvimento das capacidades é fundamental para a constituição de empresas efetivamente inovadoras.

REFERÊNCIA – LIMA, Mariana Drumond de et al. O Sistema Nacional de Inovação (SNI) Brasileiro e os BRICS: notas comparativas para discussão. XVI SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA, Diamantina, MG. Anais. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2014.

Plataformas Genie Locação Locmak Lubrificantes Ipiranga Aditivos STP Paleteiras K-Lift Equipamentos JCB Empilhadeiras Yale Logística Logmak

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Internacionalização do conhecimento no mundo O DOUGLAS MÂNICA

REFLEXÕES SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DE INTERCÂMBIO DE ESTUDANTES

artigo ‘’Internacionalização da Educação Superior: Um Estudo com Alunos Intercambistas de uma instituição de Ensino Superior do Brasil’’, publicado na Revista Acadêmica: Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, aponta para um aumento considerável do interesse para uma experiência internacional nas instituições de ensino superior, tanto brasileiras, como estrangeiras, ou seja, o corpo docente e discente nas universidades nacionais e estrangeiras consideram importante tal troca de conhecimento. Fatos como esses favorecem uma globalização das culturas, notadamente

devido ao compartilhamento de hábitos cotidianos com pessoas de diferentes países e lugares do mundo. Neste contexto, as práticas educativas já começam então a sofrer influência internacional. A universidade é o local onde devem ocorrer os grandes avanços científicos e tecnológicos e a efetiva integração dos povos, através do respeito às diferenças e às especificidades de cada nação, universidade, curso e de cada grupo com suas culturas e seus valores. Em consequência disso, a internacionalização dos currículos, necessário e inevitável, passou a ser defendida por inúmeros pesquisadores.


Buscando destacar as implicações da participação em programas de intercâmbios acadêmicos internacionais no processo de qualificação de discentes, a pesquisa investiga alunos de graduação que participaram desses programas entre os anos de 2001 e 2012, a partir de dados disponíveis no banco de dados da Assessoria para Assuntos Internacionais da Universidade de Fortaleza. A investigação dividiu os 53 intercambistas, estrangeiros e brasileiros, em 2 grupos. Após a tabulação e a codificação dos dados dos questionários, foi feita análise de correlação entre as variáveis de agrupamento. Para análise de conglomerados, foi utilizado um método de agrupamento, o K-médias. Os dados foram testados para a formatação de dois, três ou quatro grupos, no entanto, a melhor solução encontrada foi a de dois grupos, pois foi a que apresentou os grupos mais distintos entre si. ‘’O Grupo 1 é formado por indivíduos que tiveram uma experiência com o intercâmbio, em termos de benefícios percebidos, enriquecimento cultural, construção de redes de relacionamento e realização profissional superior aos indivíduos do Grupo 2. ’’ Ou seja, a pesquisa mostra que o Grupo 1 comporta alunos que, a partir do questionário realizado, mostraram maior satisfação com a experiência do intercâmbio em relação a do Grupo 2. É importante destacar que a maioria dos respondentes brasileiros consideraram a experiência ótima e que a maioria dos

estrangeiros considerou a experiência boa ou ótima. Nenhum aluno julgou a experiência de forma negativa, o que autoriza os pesquisadores a afirmarem que o intercâmbio ‘’ parece estar se tornando essencial no mundo de intensas trocas de informações, de produção do conhecimento e uso de tecnologia’’. Por outro lado, o artigo também aponta algumas dificuldades encontradas pelos alunos. Dentre elas, ganhou destaque a falta de domínio da língua estrangeira. Alguns entrevistados relataram também situações de isolamento, alienação, marginalização e baixa autoestima. Com relação ao sistema de ensino, a pesquisa evidenciou uma diferença nos conteúdos, na didática dos professores e nas avaliações, entre a universidade de origem do acadêmico e aquela em que se realizou o intercâmbio. Embora o artigo mostre que a literatura da área critique uma falta de padronização nas universidades, de uma internacionalização de seus conteúdos, o depoimento da maioria dos intercambistas, brasileiros e estrangeiros, considerou que as diferenças foram benéficas para o seu desempenho acadêmico durante o intercâmbio. No que tange às diferenças na vida profissional após o intercâmbio, a maioria dos brasileiros relata que a experiência impactou-a positivamente. Contudo, para os alunos estrangeiros, tal vivência não foi considerada tão importante.

REFERÊNCIA – CORTEZ, Camila; SILVA, Dayane; CALVO, Emanuel . Como obter uma liderança eficaz. In: ETIC: Encontro de Iniciação Científica. Anais do Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Antonio Eufrásio de Toledo, n. 10, 2014, Presidente Prudente, SP. [on-line]. G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


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RESENHA

Jobs para sempre em nossos Iclouds NATHALIA CHAMIS

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VICTÓRIA CAFRUNI

livro escrito por Walter Isaacson trata-se de uma biografia autorizada sobre Steve Jobs (1955-2011) e, assim como toda biografia, é bem extensa. Porém, pela história de vida de Jobs ser tão interessante, é difícil cansar de ler. A obra começa na infância de Steve, quando o leitor descobre que ele foi adotado, os problemas que os pais biológicos enfrentaram, mas também os pais adotivos maravilhosos que Jobs teve. Já na faculdade, descobrem-se os motivos de ele largar os estudos, como ele conheceu seus parceiros de trabalho e como conseguiu criar a Apple.Porém o que mais chama a atenção é a personalidade forte de Jobs, que - como conta o biógrafo - tornava-o uma pessoa de difícil relacionamento, devido a sua visão binária das coisas, ou era algo maravilhoso ou era a pior coisa do mundo. Além disso, o livro conta o envolvimento dele com a Pixar, a criação da NeXT, logo após

ser expulso da Apple (1985), e como ele conseguiu fazer com que a Apple comprasse a NeXT e, então, se tornasse o presidente executivo da companhia. Walter Isaacson nasceu em New Orleans, Louisiana, em 20 de maio de 1952. Jornalista e escritor norte-americano, Isaacson já foi CEO (Chief Executive Officer, em inglês) do Instituto Aspen e da Cable News Network (CNN), além de editor da revista Time. Walter já havia escrito duas biografias de extrema importância: a de Benjamin Franklin e de Albert Einstein. Por isso, Jobs, após ser diagnosticado com câncer, procurou o jornalista, que também tinha propriedade para escrever sobre o tema, e sugeriu-lhe que fizesse a sua biografia. Steve Jobs alterou para sempre o mundo da tecnologia a partir da criação de produtos como o Apple II, o primeiro computador pessoal da história com produção massiva e exitosa. Jobs revolucionou os desenhos anima-

STEVE JOBS: A BIOGRAFIA, UM LIVRO SEMPRE ATUAL

dos, com a criação da Pixar, empresa com grande importância para os dias de hoje. Além disso, também criou iPad, iPod e o iPhone, produtos que ajudaram a Apple a se tornar a maior empresa de tecnologia do mundo e a de maior valor entre as outras empresas. A morte de Steve Jobs foi o fim de um capítulo da tecnologia, uma etapa marcada pela personalidade extremamente visionária e audaciosa que mergulhou o mundo definitivamente na era digital, mudando significativamente não apenas a relação do homem com as ferramentas de tecnologia digital, mas também as relações interpessoais, ditando uma mudança radical no comportamento da sociedade. Na obra, a trajetória de vida de Steve Jobs é bastante detalhada, justamente pela

cooperação direta do próprio biografado - entrevistas, troca de mensagens, encontros – revelando informações que, até então, poucos tinham conhecimento. Steve concedeu total liberdade para o autor escrever, dizendo que somente leria após o seu lançamento, tal a credibilidade creditada ao autor. O que infelizmente não correu, pois o livro foi lançado um mês após a sua morte. Entretanto, esse fato tornou o livro um relato sincero, evidenciando pontos altos e baixos da vida do gênio Steve Jobs. Ainda que tenha sido lançado em 2011, o livro continua sendo muito inspirador, uma vez que narra a vida de um homem muito inovador em sua área, sendo recomendado não apenas para os amantes da tecnologia, mas, também, para todas as pessoas que buscam inspiração. Jobs possuía ideias inovadoras e diferentes do que a sociedade considerava “normais”, sendo muitas vezes chamado de um“louco excêntrico”. No entanto foi uma das maiores mentes de todos os tempos.Assim como ele mesmo dizia: “as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são aquelas que mudam”.

REFERÊNCIAS – ISAACSON, Walter. Steve Jobs: a biografia. Tradução Berilo Vargas, Denise Bottmann e Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. G I L E M R E V ISTA | D EZE M B RO D E 2 0 1 5


GIL

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O (bom) filho à casa torna MESMO LUGAR, NOVAS RESPONSABILIDADES

A

com a Unisinos, agora como colaborador. Iniciei como tutor em algumas atividades acadêmicas nos cursos de Educação a Distância e, neste ano, passei a trabalhar com turmas na graduação presencial. No período entre o primeiro e segundo semestres de 2015 recebi uma ligação do Prof. Marcelo Fonseca. Sempre mantive um bom relacionamento com os professores e havia me encontrado com o Marcelo na apresentação de um projeto entre Unisinos e outras universidades. O convite para participar do GIL, dessa vez no corpo docente, me deixou, momentaneamente, sem palavras. Os pensamentos foram muitos, e, logo que consegui me “recuperar”, não tive dúvida em aceitar o desafio. Mas o melhor momento ainda estava por vir, retornar

à sala de aula em que iniciei minha formação, a mesma sala de aula em que tive as primeiras experiências como “professor” quando auxiliava meus colegas nas noites de estudo que antecediam avaliações, a sala de aula que me permitiu “experimentar” essa atividade pela qual tomei gosto. Estava eu ali, em frente a uma turma de alunos do GIL, como por muitas vezes estive, apresentando algum trabalho ou projeto, mas dessa vez com outra responsabilidade, não sei se maior, mas diferente. De volta à casa.

THOBIAS ZANI Professor

ARTE DE GABRIELE MENEZES SOBRE FOTO DE RODRIGO W. BLUM

Unisinos faz parte de toda minha vida, com maior ou menor grau de intensidade. Pelo fato de ser filho de um professor da universidade, frequentava o campus ainda antes da opção por, praticamente, tornar esse o meu “lar” em 2006. Digo que a Unisinos tornou-se o meu segundo, talvez até primeiro, “lar” durante os sete semestres dedicados ao curso de graduação. Quem escolhe o GIL como curso de graduação sabe o quão intensa é a relação que criamos com a universidade, professores, colegas e outros colaboradores. A rotina diária, em turno integral, é minimizada pelas relações formadas e, em muitos casos, levadas para a vida. Após o período dedicado ao mestrado, em 2014 voltei a estreitar minhas relações


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