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Seremos resistência: do bordão ao ato
Ser comunicador em tempos atuais requer mais do que competência, há agora uma grande necessidade de resistência
urante a jornada, o profissional da codas inovações procuradas pelo público. Man
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Dmunicação se depara com muitos obster tudo isso sob controle é uma corrida diária táculos. Logo, é necessário desenvolver que garante a sua sobrevivência. O publicitário algumas características que lhe ajudarão Guilherme Luiz Krug, cinegrafista e produtor a passar pelas adversidades. Uma delas é a reside vídeos na Kaffe Films, diz que a sua área liência, e mais do que isso, a resistência. Superar de atuação está em transformação incessante. situações de crise e derrubar todas as barreiras Para ele, a mente vive em movimento e dispaé uma habilidade fundamental para qualquer ra uma hora na frente do relógio. O cronograprofissional. Não é nada fácil lidar com aquele ma apertado, os imprevistos, a iluminação do cliente exigente, com a correria de todos os dias, próximo local de gravação, as pessoas que irão com aquela pauta que caiu, ou com a inovação compor a cena e todos os detalhes são preoque cai nas graças da sociedade e obriga adecupações constantes. quações dos méHá transformatodos de trabalho “A primeira coisa que ouvi quando disse que ções que movem para um novo modelo. Além disso, ia cursar jornalismo: mas nem precisa de pessoas, dinheiro, mercado e hábialgumas questões diploma para ser jornalista”. tos. No entanto, têm se tornado Ana Flávia Lourenço, jornalista em formação na algumas coisas inuma ameaça aos Universidade de Uberaba sistem em permacomunicadores, necer. Uma delas principalmente no que diz respeito à liberdade é conservadorismo que se mantém impregnade imprensa. A partir disso, é preciso colocar do em algumas cabeças. “Estamos em um moem prática um bordão de que tanto se fala ultimento de transição. Tudo vai mudar, mas muimamente: seremos resistência. tos ainda têm medo da mudança e acham que Enquanto os dias correm, o comunicador correm o risco de perder o mercado ou seguié aquele que acompanha o ciclo, mas ao mesmo dores, por isso acabam censurando trabalhos tempo fica para ver com mais calma o que está nos quais nem deveriam interferir, pois não acontecendo. O grande drama por trás de tudo sabem do que se trata”, diz Guilherme. Neste isso é que a credibilidade daquele que com muicaso, a resistência é essencial aos profissionais to afinco conquistou um diploma para comunida comunicação. O publicitário ressalta ainda car com qualidade muitas vezes se encontra em que, para haver mudança, é importante que a xeque. O por quê disso? Pois olhos, ouvidos e sociedade se mova rumo a um trabalho colabocas despreparadas reproduzem tudo aquilo borativo, que não se direcione cada vez mais que vêem e ouvem. para o individualismo. O jornalismo e a publicidade têm de Profissionais de qualquer área estão se reinventar constantemente. Acompanhar expostos a situações desagradáveis ou de cria pressa do consumidor nem sempre é fácil e, se. Passar por episódios ruins é, portanto, algo além da correria, o profissional deve estar a par para o qual é preciso estar preparado.
Por: Tamara Sedrez
É difícil lidar com pessoas, mas para trabalhar profissão e fala que o profissional precisa procom comunicação social, faz-se essencial ter tal var constantemente a sua competência e trahabilidade. O jornalismo, por exemplo, enfrenta balhar sempre em busca da credibilidade para um período em que não é exigida a obtenção se manter no mercado de trabalho. de diploma para o exercício da profissão, o que Diante de tais obstáculos, é preciso representa um grande problema resistir. O bordão “seremos resispara os profissionais. Ana tência” se concretiza na ação Flávia Lourenço terdiária dos comunicadominará o curso de res. Trabalhar em jornalismo na busca de informaUniversidade ções de qualide Uberaba dade, lutar (MG) em pela valorijulho de zação, pe2 0 1 9 , los seus e diz direitos que a e nunca q u e d a se deido dixar calar. p l o m a Esse é o desva- d e s a f i o loriza a e o deprofis sejo do são em profissional um nível da comuniabsurdo. “A cação social. primeira coisa “Jornalistas preque ouvi quando cisam de união. disse que ia cursar Os sindicatos são frajornalismo era que nem gilizados, então, não há precisa de diploma para ser um órgão forte o suficiente para jornalista”, conta. De fato, a desvalorizadefender a liberdade que nós precisamos”, ção da profissão afeta os profissionais da área, inclusive, as Fake News são um problema que o jornalista precisa combater diariamente. Laide Braghirolli, formada em jornalismo desde 2012 pela Unisociesc Blumenau – à época, Ibes Sociesc –, diz que sente a desvalorização da ressalta Ana Flávia. O trabalho desenvolvido com seriedade é o caminho e a união é o recurso. Só assim a comunicação social pode chegar à sua devida valorização e liberdade. Ilustrações: Freepik.com