Seminário Internacional de Mentoria
Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Teresa P. Duarte1,2 , Isabel M. Ribeiro1,3, Margarida M. S. M. Bastos1,4, Augusto Sousa1 1Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto 2INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Industrial, Universidade do Porto 3CONSTRUCT - Laboratório de Física de Edifícios, Universidade do Porto 4LEPABE - Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia, Universidade do Porto Resumo A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) tem em funcionamento um programa de Mentoria Interpares – Mentoria FEUP destinado aos estudantes que ingressam pela primeira vez nesta instituição (mentorados), com o objetivo de os apoiar nesta nova fase do seu percurso de vida. A dinamização deste programa de integração social e académica é realizada por estudantes (mentores) que já frequentam os diferentes cursos em anos mais avançados, e coordenado por uma equipa de docentes, sendo adaptado a cada curso de acordo com as suas caraterísticas e especificidades. É totalmente voluntário tanto para mentores como para mentorados e abrange dez cursos (nove mestrados integrados e uma licenciatura) da FEUP. Tem 4 pilares fundamentais: Integrar - Compreender o funcionamento do curso, das atividades letivas e da instituição. Dar a conhecer os espaços e serviços da FEUP e dos departamentos. Pertencer - Desenvolver sentimentos de pertença à comunidade FEUP nas suas mais diversas vertentes incentivando a participação em atividades de enriquecimento curricular: workshops, palestras, convívios, atividades de grupos académicos e núcleos estudantis, entre outros; Apoiar - Receber ajuda no acesso a material didático; orientação sobre os métodos de trabalho e estudo mais adequados em cada curso. Ajudar na resolução de dificuldades no processo de integração decorrentes de mudanças geográficas, escolares e culturais. Ser incentivado a ter sucesso académico. Partilhar - Contribuir para a criação e desenvolvimento de relações sãs e colaborativas entre estudantes. Este trabalho pretende divulgar a forma como este programa está organizado a nível global da FEUP, evidenciando o número de estudantes abrangidos, o tipo e frequência de apoio prestado e recebido, demonstrando alcançar os quatro pilares definidos.
Os novos estudantes beneficiam da mentoria ao receberem apoio em inúmeras vertentes, através do desenvolvimento de relações colaborativas entre mentorados, mentores e professores, tendo como objetivo o bem-estar, crescimento e desenvolvimento pessoal e académico, e fortalecimento de um sentimento de pertença à Universidade [2]. A mentoria interpares facilita a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior, reduzindo a ansiedade através de relações informais de apoio. Mentoria FEUP A Mentoria FEUP tem como principais objetivos: - Promover sentimentos de pertença à comunidade FEUP; - Apoiar na resolução de dificuldades de integração; - Dar a conhecer os espaços e serviços; - Contribuir para o desenvolvimento de relações sãs e colaborativas; - Promover momentos de partilha de experiências e vivências; - Promover a participação em diversas atividades de enriquecimento curricular; - Compreender o funcionamento do curso e das atividades letivas; - Receber orientação sobre os métodos de trabalho e estudo mais adequados e acesso a material didático; - Ser incentivado a ter sucesso académico. Na Fig.1 apresentam-se as designações dos 10 programas de mentoria que no seu todo formam a mentoria FEUP, que por sua vez integra o Programa de Mentoria Interpares da U.Porto. Na Tab.1 indicam-se os principais dados sobre professores e estudantes envolvidos na Mentoria FEUP em 2019/2020. Tab.1 Dados Mentoria FEUP 2019/2020 (P - nº de professores; M – nº de mentores; m – nº de mentorados; NE – nº de novos estudantes)
Introdução A entrada no Ensino Superior causa novos desafios sociais e pessoais aos novos estudantes tais como: novas condições de habitação numa cidade desconhecida; adaptação a um novo ambiente académico e novos processos de aprendizagem e responsabilidades acrescidas que requerem maior maturidade. Os programas de mentoria interpares são uma ferramenta para facilitar a integração e melhorar o crescimento pessoal e académico entre os estudantes, tanto para os mentorados como para os mentores [1].
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Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
O projeto Mentoria da FPCEUP Um exemplo solidário de integração no Ensino Superior
Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
Fig.1 Programas que integram a Mentoria FEUP em 2019/2020
Fig.2 Tipo de apoio prestado pelos mentores e recebido pelos mentorados e sua frequência
Metodologia, resultados e discussão Os resultados apresentados (Fig.2) foram obtidos através de um inquérito online realizado tanto a mentores como mentorados, para avaliar a perceção sobre o tipo de apoio prestado e a sua frequência. Consideraram-se 5 tipos de apoio: - Serviços da Faculdade: serviços académicos, centro de informática, reprografia; - Serviços da Universidade: cantinas, alojamento, bolsas, serviços sociais; - Integração Social: convite para convívios e eventos de lazer; - Apoio Emocional: conversar, saber ouvir, dar conselhos; - Apoio Académico: informar sobre onde obter os materiais de estudo, melhores estratégias e métodos de trabalho. A taxa de resposta ao inquérito em relação aos inscritos na Mentoria FEUP foi de 60% para mentores e de 32% para mentorados. Em geral, os resultados revelam que os mentores estão disponíveis para dar aos seus mentorados vários tipos de apoio, e que os mentorados receberam esse apoio dos seus mentores. Frequentemente, os mentores subestimam a informação que forneceram mas, os mentorados consideram-na muito valiosa.
Esta interpretação explica a diferença nos valores obtidos relativamente às respostas dadas pelos mentorados e mentores, em todas as dimensões analisadas. Como esperado, os tipos de apoio mais fornecidos pelos mentores e recebidos pelos mentorados são o académico e a integração social. Assim, constata-se que os principais objetivos da Mentoria FEUP, promovendo o sentimento de pertença e a integração através de apoio e partilha de experiências, estão a ser alcançados. Conclusões A Mentoria FEUP apresenta benefícios relevantes para a transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior. A importância da Mentoria FEUP para os novos alunos é inegável, apesar de algumas diferenças na perceção entre o tipo de apoio solicitado ou fornecido pelos mentores aos mentorados, e no número de vezes que este se realizou. Referências [1] Hill, R., & Reddy, P. (2007). Psychology Learning & Teaching, 6(2), 98-103. [2] Gunn, F., Lee, S. H., & Steed, M. (2017). Marketing Education Review, 27(1), 15-26.
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Seminário Internacional de Mentoria
Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Tatiana Ferreira; Isabel Alves; Cristina Antunes; Maria Rosário Anjos Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Resumo A entrada para o Ensino Superior (ES) implica uma maior autonomia e adaptação a novos contextos com novos papéis. Embora esta transição seja fácil para alguns estudantes, para outros assume-se como difícil e complexa. A literatura revela que a mentoria facilita a transição e a integração dos novos estudantes, contribuindo para o seu sucesso no ES. Genericamente, os estudos revelam que os mentores destacam como aspetos positivos da sua experiência o crescimento pessoal e o desenvolvimento das relações interpessoais e que os novos estudantes realçam a aquisição de competências pessoais, sociais, académicas e de relacionamento interpessoal. Os dados empíricos têm mostrado que o apoio do tutor é também reconhecido como de grande importância, proporcionando suporte académico e benefícios relacionados com o sentimento de pertença e bem-estar (desenvolvimento pessoal-social, académico e profissional). A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) disponibiliza um conjunto de serviços que visam ajudar à integração dos novos estudantes. Entre estes, os Programas de Tutoria|Mentoria. A fim de compreender a sua importância como ferramentas eficazes de apoio à transição para o ES, aplicaram-se questionários para analisar a percepção dos mentorandos e tutorandos. Assim, pudemos perceber que apesar de o Programa de Mentoria ser recente, a sua relevância para a integração é reconhecida pelos mentores e mentorandos, sendo que estes têm, por sua vez, manifestado interesse em serem mentores no ano seguinte. Por sua vez, os tutorandos valorizam e reconhecem o apoio académico e emocional que os tutores lhes proporcionam. Conclui-se que os Programas de Tutoria|Mentoria são apoios cruciais na adaptação plena e saudável do estudante ao ES e à UTAD, contribuindo para uma diminuição do abandono, e promovendo a aquisição e desenvolvimento de competências pessoais, académicas e sociais.
Introdução A evidência empírica tem revelado que a mentoria facilita não só a transição e integração dos novos estudantes, como contribui para o seu sucesso, desenvolvendo ferramentas pessoais que ajudam a reagir perante eventuais dificuldades. Um dos principais objetivos dos mentores é envolver os novos estudantes na vida académica, procurando capacitá-los e apoiá-los, e não apenas fornecer-lhes informação como se estes se tratassem de “células vazias”. Ser mentor potencia: aquisição de competências de liderança e de comunicação, tais como a empatia e a escuta ativa; desenvolvimento da inteligência emocional, tais como o estabelecimento de relações de segurança valorativas das diferenças, aumentando a confiança, a autoestima e a autoeficácia; fortalecimento de competências pessoais, tais como a partilha de histórias e experiências, a construção de relações. Genericamente, a bibliografia sobre a temática revela que os estudantes mentores, quando inquiridos acerca da sua experiência, destacam o crescimento pessoal e o desenvolvimento das relações interpessoais. Por seu lado, os novos estudantes realçam a aquisição de competências pessoais, sociais, académicas e de relacionamento interpessoal. O apoio do tutor é também reconhecido como de grande importância, sendo que além do suporte académico que proporciona pode assumir-se como consultor e organizador de atividades não relacionadas com as aulas, promovendo o sucesso académico e potenciando benefícios relacionados com o sentimento de pertença e bemestar, estimulando o estudante a procurar ajuda caso necessite. A relação estabelecida entre o tutor e o estudante deveria ser pautada pelo suporte emocional que os tutores podem facultar. O apoio oferecido pela tutoria abrange três grandes dimensões: ao nível do desenvolvimento pessoal-social (suporte pessoal na transição e integração); ao nível académico (decisão do itinerário académico e processo de aprendizagem); ao nível de carreira (projeto pessoal e o seu desenvolvimento). O objetivo geral deste trabalho consiste em verificar se, na UTAD, os Programas de Tutoria|Mentoria são ferramentas eficazes de apoio à transição para o ES.
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Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
O projeto Mentoria da FPCEUP Um exemplo solidário de integração no Ensino Superior
Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
M entores (concordo/concordo totalmente)
M entorandos (concordo/concordo totalmente)
64%
84%
Recomendaria o Programa de Mentoria
89%
95%
Numa próxima edição é provável que me voluntarie como mentor
79%
80%
Mostrei-me disponível quando os meus mentorandos tinham questões relacionadas à universidade / O meu mentor foi alguém com quem pude falar abertamente sobre questões sociais relacionadas com a universidade
100%
89%
Prestei apoio emocional / O meu mentor foi alguém que me forneceu apoio emocional
79%
61%
A mentoria foi importante para o meu mentorando na adaptação à universidade / A mentoria foi importante para a minha adaptação à universidade
Fig.1 Perceções dos mentores e mentorandos relativamente ao Programa de Mentoria
Metodologia Para avaliar a perceção dos novos estudantes sobre a sua vivência no âmbito dos dois programas, em 2019/20 foi aplicado um questionário aos tutores e um outro aos tutorandos. Os presentes resultados foram obtidos com base em 56% de respostas dos tutores e 22% de tutorandos. O Programa de Mentoria foi reintroduzido na UTAD em 2019/20, tendo sido aplicado um questionário exploratório aos mentores e mentorandos. Foram obtidas 28 respostas dos mentores (23,9%) e 44 respostas dos mentorandos. Resultados O Programa de Tutoria na UTAD tem vindo a crescer paulatinamente ao longo dos últimos anos, contando atualmente com 180 tutores em 28 dos 34 cursos da UTAD. Os tutores trabalham com os tutorandos questões essencialmente relativas à quantidade de trabalho exigido na universidade, problemas de transição para o ES, métodos de avaliação e o distanciamento face à família e residência. Na generalidade, os tutorandos valorizam o programa, destacando a promoção da motivação para o curso e o apoio na integração. Analisando algumas das respostas dos mentores e mentorandos, verifica-se que ambos os grupos avaliam o programa de forma positiva (Fig.1). No mesmo inquérito, e em questão aberta, os mentores sublinharam o apoio contínuo aos novos estudantes matriculados na UTAD, auxiliando-os não só com aspetos académicos (apontamentos/ esclarecimentos de dúvidas específicas do curso e das disciplinas), como também relacionados
O e-mentoring a potencializar apoio à transição para o Ensino Superior: (re)invenções de um programa de mentoria
Perceções dos tutorandos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESSUA no âmbito do PT-UA Programa “Acolhe entre Pares”: Uma proposta de apoio à transição para o Ensino Superior
com o funcionamento da instituição, serviços existentes (questões relacionadas com bolsas e apoios), e aspetos sociais, através de uma integração ativa na comunidade académica e promoção das atividades culturais. Conclusões Apesar de o Programa de Mentoria da UTAD ser recente, a sua importância para a integração é reconhecida pelos mentores e mentorandos, sendo que os mentorandos já mostraram interesse em serem mentores em 2020/21. Esta intenção concretizou-se em 2020/21, tendo-se verificado um aumento no nº de mentores e no nº de cursos abrangidos pela mentoria. Também a Tutoria assume papel importante na vida dos estudantes, uma vez que proporciona um aumento da proximidade dos novos estudantes com os docentes e promove uma maior motivação para o curso. Os Programa de Tutoria|Mentoria são um apoio crucial na adaptação plena e saudável do estudante ao ES e à UTAD, contribuindo para uma diminuição do abandono, e promovendo a aquisição e desenvolvimento de competências pessoais, académicas e sociais.
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Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Sobral, Ana Rita; Leão Lopes, João; Ventura, Margarida Gabinete de Apoio ao Estudante, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Teixeira, Miguel Departamento de Pedagogia e Educação Médica, Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Resumo O ingresso no Ensino Superior é um marco na vida de todos os estudantes e constitui, para muitos, sinónimo de uma grande mudança a nível académico, pessoal e social, podendo muitas vezes surgir associado a várias dificuldades de adaptação e integração na instituição de Ensino Superior a frequentar. Neste contexto, os programas de mentoria, ao contribuírem para a integração académica e social dos novos estudantes, integram um conjunto de boas práticas na área da educação e formação. Atualmente, vasta é a evidência que demonstra os inúmeros benefícios dos programas de Mentoring em contexto académico e os correlaciona positivamente com melhores outcomes académicos e a persistência na instituição de Ensino Superior. Tendo em conta a evidência existente, e crendo que a integração plena de um estudante no Ensino Superior é fulcral para a garantia de um percurso académico que se quer de sucesso e vivido na sua plenitude por todos os estudantes, foi desenvolvido e implementado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), em 2014, o Projeto Mentoring. Este Projeto constitui uma ferramenta complementar aos mecanismos de integração e acompanhamento tradicionais, promovendo uma cultura de bem-estar e de sucesso académico, pessoal e social, assim como um melhor desempenho e rentabilização do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. O Projeto Mentoring tem registado, ao longo das sucessivas edições, uma elevada e crescente adesão de Mentores e Mentorandos, fenómeno bastante revelador da importância que o Projeto Mentoring apresenta no processo de integração dos novos estudantes no ambiente académico e social da faculdade, objetivo primeiro do Projeto. Apresentação e Objetivos O Projeto Mentoring, implementado desde 2014, tem como principal objetivo assegurar uma profícua adaptação e integração socio-académica dos novos estudantes, minorando as possíveis dificuldades inerentes ao processo de transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior.
Este objetivo é alcançado através de uma estrutura baseada na mentoria por pares, na qual se promove e potencia o emparelhamento entre os novos estudantes (Mentorandos) e os estudantes de outros anos curriculares (Mentores), que, por conhecerem os valores, princípios, exigências e dificuldades que pautam a formação académica, assim como disporem de uma experiência prévia de adaptação, reúnem condições únicas para garantir um acompanhamento próximo e personalizado ao longo de todo o “caminho” dos seus Mentorandos no novo ambiente académico e social. Emparelhamento Mentor-Mentorando O emparelhamento é executado com recurso à aplicação AppMentoring (criada para o Projeto), que o faz dando primazia aos interesses, características e gostos comuns, assim como ao que cada elemento da parelha procura no seu par, tentando estabelecer um melhor match possível, de forma a permitir o desenvolvimento de uma relação próxima entre ambos.
Atividades Mentoring Com o intuito de promover uma boa relação Mentor-Mentorando, contínua ao longo de todo o ano, são dinamizadas atividades diversas, nomeadamente: • Dia do Mentoring, peddy paper de parelhas no qual os Mentorandos conhecem os pontos importantes do seu campus universitário; • Dia dos Deslocados, em parceria com o Espaço S, para os estudantes que estejam a sentir dificuldades no processo de adaptação; conta com a
Fig.1 Evolução do Número de Mentores e Mentorandos Inscritos no Projeto Mentoring.
participação informal dos psicólogos do Espaço S e de estudantes de outros anos curriculares, os quais partilham as suas experiências de adaptação, assim como conselhos e dicas úteis para os novos estudantes; • Desafios Mensais, propostas de atividades a desenvolver em parelha; • Quizzes de Cultura Geral, em equipas Mentor-Mentorando; • Sessão de Esclarecimentos, obrigatória para novos Mentores, de apresentação dos objetivos e das atividades Mentoring e formação em Soft Skills essenciais à interação com os Mentorandos. Paralelamente, é dinamizado um conjunto de Workshops de Soft Skills, com temas variados, com o intuito de complementar o ensino na área das Soft Skills, transmitindo competências importantes para o seu desenvolvimento. Kit de Sobrevivência De forma a complementar a integração do Mentorando, é criado um kit que engloba informações úteis, tais como: locais e materiais de estudo, cantinas e bares, auditórios e institutos.
Fig.2 Vídeos de Testemunhos do Mentoring.
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Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
O projeto Mentoria da FPCEUP Um exemplo solidário de integração no Ensino Superior
Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
Evolução do Projeto Mentoring Ao longo das edições tem-se verificado uma crescente adesão ao Projeto (Fig.1), o que demonstra que o Mentoring continua a fazer a diferença na vida dos nossos estudantes. No caso dos Mentores, a sua adesão é reveladora do impacto positivo que o Projeto apresenta (Fig.2), já que a maioria dos Mentores já foram Mentorandos numa das edições anteriores.
O e-mentoring a potencializar apoio à transição para o Ensino Superior: (re)invenções de um programa de mentoria
Perceções dos tutorandos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESSUA no âmbito do PT-UA Programa “Acolhe entre Pares”: Uma proposta de apoio à transição para o Ensino Superior
Para tal contribui: • A preocupação dos estudantes com a integração dos novos colegas; • A execução de emparelhamentos com taxas de matching nunca inferiores a 50%; • A consciencialização dos Mentores para a importância da sua participação ativa no processo de integração dos seus Mentorandos; • A realização de atividades promotoras de um contacto próximo e continuado entre Mentor-Mentorando; • A aferição, avaliação e monitorização da evolução das parelhas ao longo do ano. Conclusões Vasta é a evidência que demonstra os inúmeros benefícios dos programas de Mentoring em contexto académico, sendo uma oportunidade para cultivar as interações, fundadas em princípios como o respeito, o apoio, a perseverança e a confiança. O Projeto Mentoring revela ser uma ferramenta complementar aos mecanismos de integração e acompanhamento tradicionais com um elevado sucesso face ao número de participantes, muitos dos quais contribuem de forma contínua para o Projeto. Este conceito foi recentemente expandido aos alunos provenientes do Ciclo Básico em Medicina na Universidade da Madeira e aos alunos Licenciados, constituindo-se o Mentoring como um Projeto para todos aqueles que chegam à FMUL pela primeira vez.
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O projeto Mentoria da FPCEUP
Um exemplo solidário de integração no Ensino Superior Alfredo Gonçalves, Andreia Silva, Joana Serdoura & Raquel Barbosa Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto Resumo A transição para o Ensino Superior confronta os jovens com inúmeros desafios que implicam, muitas vezes, e pela primeira vez, o sair de casa, a separação da família e dos amigos, o confronto com um meio desconhecido, o tornar-se autónomo. Na nossa opinião, é função das instituições de Ensino Superior disponibilizar aos seus estudantes, dispositivos integradores de vivência académica. No entanto, esta necessidade é ainda, indiscutivelmente, negligenciada por grande parte das instituições de Ensino Superior. A FPCEUP disponibiliza, desde o ano letivo 2011/2012, a todos os estudantes que se inscrevem nos diferentes cursos da faculdade, um apoio institucional específico no que se refere ao seu processo de integração na Universidade. A Mentoria é um dispositivo de estudantes para estudantes e visa assegurar uma melhor integração na Universidade, estabelecendo condições de base para uma transição positiva para o Ensino Superior, favorecendo a autonomia e a tomada de consciência das implicações do novo papel de “estudante universitário”. Cada novo estudante é acompanhado desde o seu processo de inscrição por um mentor. Esta vivência enquanto beneficiário da Mentoria FPCEUP evidencia o valor positivo deste dispositivo junto dos mentorados. Acolhimento e integração dos estudantes A entrada no Ensino Superior implica, o confronto com um outro espaço institucional e um novo contexto académico, exigindo a mobilização de competências e de recursos essenciais para enfrentarem os desafios com que se deparam. Estes desafios justificam a necessidade de se alargar e qualificar a dimensão social do apoio aos novos estudantes, no sentido de contribuir para o seu bem-estar e sucesso académico, salientando-se o papel das instituições no desenvolvimento integral dos estudantes, a nível pessoal, cultural e social (Torres et. al., 2019). A Mentoria FPCEUP tem-se vindo a afirmar pela sua importância nos processos de acolhimento e integração dos novos estudantes e na construção de redes e relações mais solidárias e democráticas de vivência académica. Efetivamente, desde 2011 que a integração dos novos estudantes, independentemente do ciclo de estudos, inicia-se logo no momento da sua inscrição. O novo estudante conhece um colega mais velho que, para além de o auxiliar nos diversos passos adjacentes à matrícula, o acompanha
numa visita às instalações da faculdade (ver Fig. 1). Este acolhimento logo à entrada da instituição permite o emparelhamento e a troca de contactos entre o mentor e o mentorado, de maneira a facilitar a comunicação e o esclarecimento de eventuais dúvidas. A preparação destas atividades é realizada no final do ano letivo anterior, começando pela inscrição e formação de mentores, processo dinamizado pelos estudantes e supervisionado pelas docentes coordenadoras do projeto. No final da sessão, os novos mentores recebem o Manual de Acolhimento da Mentoria e o Guia do Mentor. Com a pandemia, provocada pela COVID-19, a Mentoria FPCEUP teve que se reinventar; o apoio às inscrições e o emparelhamento dos mentoresmentorados foi realizado à distância, a partir da criação de salas simultâneas na plataforma Zoom. Foram, também, enviados e-mails a todos os novos estudantes com informações acerca do projeto e cada mentor enviou, posteriormente, uma mensagem/vídeo de apresentação ao seu mentorado, sublinhando a sua disponibilidade para o acompanhar num processo de adaptação que se tornou, ainda, mais difícil.
Fig.1 Apoio da Mentoria no processo de inscrição dos novos estudantes
Para além do acolhimento… Inicialmente, a Mentoria FPCEUP prestava apoio apenas no início do ano, aquando das inscrições, tendo, por isso, menos impacto no restante período letivo. No entanto, o que caracteriza este programa é precisamente a dinamização e o foco na integração no Ensino Superior, como um processo de organização interpares, que se inicia no momento das inscrições e se prolonga ao longo do ano e da formação académica. Na verdade, para além desta relação diádica (entre mentor-mentorado) é, também, fundamental o estabelecimento de redes mais alargadas que se vão intensificando através das atividades que são realizadas com outros mentores e mentorados. Todos os anos, a Mentoria organiza atividades de acordo
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Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
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Fig.2 Reunião de mentores e docentes na sala da mentoria
com as necessidades, os interesses e competências do grupo de mentores, como, por exemplo, os convívios (no início e final do ano, no Natal, entre outros), formações, workshops, eventos de cariz cultural, etc. Em todas estas iniciativas há diversos jogos e atividades que promovem a interação entre estudantes e um lanche partilhado (na maioria das vezes), iniciativas que permitem vivenciar o espírito de grupo e o sentimento de pertença à “casa” e à “família”, que é a FPCEUP e a Mentoria, respetivamente. No contexto pandémico, as atividades foram adaptadas para o formato online, mas não deixaram de existir. Efetivamente, o principal objetivo da Mentoria FPCEUP - transversal à Mentoria UP - é a integração dos novos estudantes, pelo que, para além do suporte académico, os mentores disponibilizam apoio social e emocional, responsabilizando-se pelas relações que estabelecem com os seus mentorados. Estas relações são trabalhadas de forma a que sejam estabelecidas com ética e cuidado, com o compromisso da participação à equipa de coordenação docente de situações anómalas que ocorram neste âmbito ou de quaisquer situações identificadas que precisem de apoios específicos. A sala da mentoria Em 2015, surgiu a oportunidade da Mentoria FPCEUP dispor de uma sala própria, o que teve um papel fundamental no fortalecimento das relações entre os estudantes, uma vez que, para além das reuniões e dos convívios, mentores/as e mentorados/as têm um espaço onde se podem encontrar; para estudar, ocupar os seus intervalos, conversar, preparar ou
dinamizar as suas atividades (ver Fig.2). A sala também dispõe de uma parede de ardósia, cuja decoração e conteúdo beneficiam do entusiasmo e da criatividade de múltiplos elementos deste grupo, particularmente em alusão a determinadas épocas do ano. Este espaço também acolhe atividades de cariz diferenciado. Conclusão As redes mais próximas, estabelecidas de estudantes para estudantes, são fundamentais, não só para o processo de integração num novo contexto, com novos colegas, mas também para desenvolvimento de competências e relações de proximidade e confiança importantes. A Mentoria FPCEUP é, por isso, muito mais do que a relação mentor-mentorado. Para além de um programa de integração de novos estudantes, passou a ser um novo coletivo existente na faculdade, com uma nova identidade, inclusiva, potenciadora de um elevado sentido de pertença, refletindo uma nova cultura de vivência académica, baseada na construção de relações democráticas, livres e solidárias. Referências Torres, F. Ferreira, E. Pinto, I. Barbosa, R. & Medina, T. (2019). Dispositivo de Mentoria FPCEUP: a experiência de coordenação docente e a dinâmica interpares de estudantes como desafio pedagógico para modos solidários de viver o Ensino Superior. In P. Membiela, M. I. Cebreiros & M. V. (Eds.). Perspectivas docentes en la educación Espanha: superior (pp. 605-610). Ourense: Educación Editora (ISBN: 97884-15524-45-8).
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Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
Beatriz Cordeiro, Paulo Alves, Mariana Monteiro, Alexandrina Cuznetova, José Correia, Carlota Molina, Inês Beatriz Silva Grupo de Mentores, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa Ilda Rosa, Luís Madeira de Carvalho, Mário Pinho Gabinete de Apoio ao Estudante, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa Resumo Os métodos de ensino e avaliação, bem como toda a dinâmica do Ensino Superior (ESup), diferem em inúmeros aspetos dos do Ensino Secundário (Esec). Os alunos provêm de um meio muito mais pessoal, o ESec, com disciplinas anuais, bianuais ou até trianuais, com várias avaliações intercalares e, em disciplinas específicas, uma adicional, o Exame Nacional. Subitamente, veem-se perante unidades curriculares (UC) semestrais, com uma grande percentagem de professores que não os conhece e com cerca de oito exames a serem realizados em apenas 1 mês ou menos. Adicionalmente, muitos estão, pela primeira vez, a viver longe da sua família, numa cidade completamente nova. Este cenário pode ser bastante assustador e até desmotivante e é aqui também que os alunos integrantes do Grupo de Mentores (GM) têm um papel fundamental. Neste sentido, foram inquiridos 79 alunos do primeiro ano relativamente à sua experiência durante a época de exames, sendo que para 86.1% (68/79) esta foi a sua primeira experiência enquanto estudantes universitários. Os resultados demonstraram que 93.7% (74/79) dos alunos foram contactados pelo seu mentor, sendo que 94.9% (75/79) concordou que ter um mentor era uma mais valia. Estes resultados comprovam, portanto, a importância que o GM tem, de alguma forma, para a adaptação dos novos estudantes à vida universitária e para as dificuldades com as quais poderão ser confrontados. A perspetiva de alguém, que já passou exatamente pela mesma situação, podendo não só aconselhar, mas também, demonstrar que é possível superá-la, poderá ser fundamental para o sucesso académico e pessoal dos estudantes do 1.º ano.
O começo Todos os anos ingressam na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (FMV-ULisboa), cerca de 120 novos alunos, a maioria dos quais diretamente a partir do Esec. Uma parte significativa dos novos alunos confrontase com uma realidade muito diferente daquela a que estava acostumado, nomeadamente ao nível dos métodos de ensino, das avaliações e das vivências pessoais, já que muitos terão de se adaptar a uma nova cidade, casa e amigos. Os métodos de ensino e de avaliação no ESup, salvo algumas exceções, não são tão personalizados, o que advém de um maior número de alunos por sala de aula e de uma diferente organização do Calendário Académico. Os estudantes, acostumados a disciplinas anuais, bianuais ou trianuais, com várias avaliações intercalares e até, em disciplinas específicas, sujeitos a um Exame Nacional, veem-se confrontados no 1.º ano do ESup com UC semestrais e com cerca de oito exames finais realizados num espaço de tempos inferior a um mês. O curso tem ainda, necessariamente, uma componente muito teórica no seu início, o que poderá não corresponder às expetativas dos alunos. Adicionalmente, muitos estão, pela primeira vez, a viver num local novo e sozinhos, sem a família ou pessoas conhecidas por perto. O facto da Faculdade se situar na capital e a maioria dos estudantes deslocados provir de localidades de dimensão mais reduzida confere também uma dinâmica muito diferente ao seu dia-a-dia.
Fig.1 Grupo de Mentores na apresentação ao 1.º ano, em 16-09-2019
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O projeto Mentoria da FPCEUP Um exemplo solidário de integração no Ensino Superior
Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
Fig.2 Representação gráfica das respostas dos estudantes do 1.º ano relativamente à Época de Exames 2020-21
Todos os fatores referidos poderão levar facilmente a um estado de frustração e desmotivação que, em casos extremos, poderá até culminar na desistência do curso, que para muitos era um sonho de há muitos anos. Desta forma, e seguindo o exemplo de muitas outras faculdades, o Conselho Pedagógico (CP) da FMV-ULisboa teve a iniciativa de, em 2018, fundar o Gabinete de Apoio ao Estudante (GAPE), conduzido por docentes do CP e outros cooptados, tendo como primeira ação a criação de um programa de mentoria, composto por discentes da FMV-Ulisboa, conhecido como o Grupo de Mentores (GM) (Fig.1). Análise de dados No âmbito da avaliação do sucesso do programa de mentoria num ano letivo tão atípico como o de 2020/21, foi realizado um questionário a 79 dos estudantes recém-chegados à FMVULisboa (Fig. 2). O objetivo deste inquérito passou por avaliar a primeira experiência universitária deste grupo de alunos, nomeadamente ao nível da sua primeira época de exames na ULisboa, tentando apurar de que forma esta vivência foi impactada pelo Programa do GM e pelo GAPE. Do total, 86.1% (68/79) revelaram que esta foi a sua primeira época de exames enquanto alunos universitários, refletindo a falta de familiarididade esperada com o ensino superior. Apesar de uma grande percentagem de alunos (81%) ter demonstrado que se sentiu devidamente apoiada pelos professores, 19% comunicou o contrário.
Noutra perspetiva, foi reportado que 93,7% dos alunos foram contactados pelos seus mentores durante a época de exames, sendo que 94,9% daqueles também admitiram que os segundos se relevaram uma mais valia no decorrer destas avaliações, colmatando a falta de acompanhamento por parte dos docentes, sentida por alguns. Avaliou-se também, embora superficialmente, de que forma a atual situação pandémica afetou a vivência e o estudo destes alunos. Assim, 31.6% revelou que foi impedido de comparecer ou estudar para um ou mais exames, enquanto 38% admitiu ter tido dificuldade em encontrar um local adequado para estudar, o que pode ter contribuído para a percentagem referida anteriormente. Como balanço final, estes estudantes também foram inquiridos sobre a sua motivação para o semestre subsequente, tendo 18 alunos (22.8%) afirmado que, infelizmente, numa escala de 0-5, esta se encontrava abaixo de 3. Conclusões De uma forma geral, o GM teve um impacto positivo na 1.ª experiência universitária dos novos estudantes da FMV-ULisboa, que se revelou ainda mais fulcral no atual contexto pandémico. Embora o papel deste programa de mentoria, tal como o de qualquer órgão direcionado ao acompanhamento escolar, tenha sido algo limitado devido às circunstâncias, conseguiu preservar os seus pontos principais, mantendo-se como uma organização de estudantes para estudantes, destinada a atenuar as dificuldades e inseguranças sentidas pelos novos alunos, estimulando ao mesmo tempo a inclusão, a entreajuda e o estabelecimento de relações interpessoais.
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Seminário Internacional de Mentoria
O e-mentoring a potencializar apoio à transição para o Ensino Superior: (re)invenções de um programa de mentoria
Mariana André Honorato Franzoi; Gisele Martins; Patrícia Lacerda Bellodi Universidade de Brasília / Universidade de São Paulo Resumo No e-mentoring, a relação entre mentor e mentorado é estabelecida a partir da comunicação mediada por tecnologia virtual como e-mail, plataformas virtuais próprias ou mesmo aquelas já existentes como Skype, Zoom, Facebook, WhatsApp. Este trabalho tem como objetivo descrever a plataforma virtual de um programa de mentoria de pares. A plataforma foi desenvolvida a partir da metodologia Scrum com o apoio de uma equipa de engenharia da computação e contém uma página com informações básicas sobre o programa; biografia e contato de cada participante; página de mentores e mentorados; página de pares; registro de notificações; mural de avisos; calendário de atividades; fórum; ouvidoria e blog. Também inclui chats e vídeo-chamadas com uma proposta de gamificação, em que quanto mais solidários os estudantes são entre si, mais pontos acumulam e, a depender da pontuação alcançada, ganham selos virtuais (badges). Desenvolveu-se uma plataforma gamificada e dinâmica que facilitou a comunicação e interação entre estudantes, especialmente durante a pandemia de Covid-19, momento em que foi lançada, engajando-os no programa de mentoria de forma lúdica. A plataforma apresentou excelente usabilidade, destacando-se quanto à eficiência e à facilidade de aprendizagem, sendo uma tecnologia inovadora de apoio ao processo de mentoria em ambiente virtual, assim como uma referência oportuna para programas de mentoring que desejam desenvolver suas próprias plataformas personalizadas.
Por que uma plataforma de mentoria? O Programa de Mentoria Estudantil em Enfermagem, inaugurado em 2017, tem como essência o acolhimento e o apoio mútuo entre estudantes do curso de Enfermagem da Universidade de Brasília. Apesar de recente, o Programa está a ser (re)construído a cada semestre, tanto pelos aprendizados da própria experiência quanto pela necessidade de dialogar com as mudanças institucionais. Uma das modificações mais recentes - a informatização do processo de registro acadêmico dos novos estudantes inviabilizou a abordagem pessoal aos caloiros antes do início das aulas, um período marcado por muitas dúvidas e ansiedade em relação ao processo de matrícula e à nova jornada universitária. Ademais, ao longo das edições do Programa, os estudantes deram preferência por relações virtuais, não somente pelo perfil da atual geração, mas também pelos desafios em conciliar horários de mentores e mentorados matriculados em diferentes semestres do curso. Frente a isso, estamos a nos (re)inventar com a introdução da modalidade e-mentoring, operacionalizada através de uma plataforma virtual para superar limitações temporais e espaciais e propiciar contato prévio entre os pares. Para tal, nos questionamos: De que maneira desenvolver um espaço virtual como meio de apoio para o processo de mentoring entre estudantes de enfermagem? É viável criar uma plataforma virtual de mentoring que
Fig.1 Selos (badges) de mentor criados para a gamificação. Fonte: Elaboração própria.
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Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
Fig.2 Telas (screenshots) da Plataforma Mentoria ENF: (a) e (b) Home page; (c) Mural (meia página); (d) Modelo de página de pares. Fonte: Elaboração própria
possa ser facilmente compreendida, aprendida, operada e atraente aos estudantes? Neste trabalho iremos, pois, descrever a plataforma virtual que desenvolvemos, fruto de uma pesquisa aplicada de produção tecnológica na modalidade de web app. Sobre a Plataforma Mentoria ENF A plataforma foi desenvolvida a partir da metodologia Scrum com o apoio de uma equipa de engenharia da computação no período de de outubro de 2019 a julho de 2020. A abordagem Scrum é um modelo de processo de desenvolvimento ágil de software que prima pela entrega incremental de produtos em pequenos espaços de tempo de forma a propiciar flexibilidade e adaptabilidade dos resultados, além de priorizar as interações entre os indivíduos dispostos em equipas pequenas que realizam trabalho colaborativo com revisões frequentes. Apesar de na época ainda não dispor plenamente de todas as funções, a plataforma foi lançada e disponibilizada no início de abril de 2020 para propiciar contato inicial entre os estudantes e viabilizar a edição do Programa de Mentoria durante a pandemia. A plataforma contém uma página com informações básicas sobre o programa; biografia e contato de cada participante; página de mentores e mentorados; página de pares; registro de notificações; mural de avisos; calendário de atividades; fórum; ouvidoria e blog. Também inclui chats e vídeo-chamadas com uma proposta de gamificação
com uma narrativa intitulada A Odisseia do Estudante Universitário – uma metáfora à Odisseia de Homero – de forma a contextualizar o sistema gamificado para o usuário, adotando-se o relacionamento e a cooperação, respectivamente, como a principal dinâmica e mecânica de jogo. Ou seja, quanto mais solidários os estudantes são entre si, mais pontos acumulam e, a depender da pontuação alcançada, ganham selos virtuais (badges) Ao ser avaliada, a plataforma foi descrita pelos estudantes como um recurso moderno, completo, integrado, atrativo, dinâmico, lúdico e interativo. Ademais, apresentou excelente usabilidade na classificação do System Usability Scale (score médio de 86,06 ± 11,02), destacando-se em relação à eficiência e à facilidade de aprendizagem. Conclusões A plataforma apresentou-se como uma tecnologia inovadora de excelente usabilidade que apoiou o processo de mentoring no contexto virtual e conferiu ludicidade na construção de relações acolhedoras e de apoio mútuo entre estudantes de enfermagem, sendo portanto uma referência oportuna para programas de mentoring que estão em transição para o ambiente online. Referências FRANZOI, M. A. H. Tecendo histórias de uma Odisseia: do desenvolvimento de uma plataforma às experiências de mentoria virtual vivenciadas por estudantes de enfermagem. 2020. 330 f. Tese (Doutorado) Curso de Enfermagem, Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
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Seminário Internacional de Mentoria
Perceções dos tutorandos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESSUA no âmbito do PT-UA Assunção Laranjeira de Almeida Escola Superior de Saúde, Universidade de Aveiro
Resumo Enquadramento De acordo com alguns autores a O programa de Tutoria da UA é um transição para o ensino superior interessante e valoroso processo de constitui um momento em que os integração dos estudantes na academia estudantes irão vivenciar novos que possui um caráter processos académicos assim como alternativo/complementar a outros sociais habitualmente geradores de processos de integração. ansiedade e stress Trata-se de um estudo descritivo e Na opinião de alguns autores a transição exploratório de abordagem quantitativa para o ensino superior constitui um tendo sido elaborado e aplicado um momento em que os estudantes irão questionário com o propósito de vivenciar novos processos académicos identificar as perceções dos estudantes assim como sociais habitualmente do 1º ano do curso de licenciatura em geradores de ansiedade e stress. enfermagem que integravam uma equipa de tutoria durante os dois A literatura evidencia ainda de que podem semestres do ano letivo 2018/2019 no ser adotadas algumas estratégias para âmbito do PT-UA. gerir este stress conciliando a organização No âmbito deste programa foram do estudo com as atividades sociais. realizadas 3 reuniões de 90 minutos onde foram abordados temas como: Objetivo dificuldades na adaptação a vida Este estudo teve como objetivo conhecer académica, estratégias de estudo e as vivências de uma equipa de tutorandos importância das relações interpessoais. do curso de licenciatura em enfermagem Nas reuniões foram utilizadas relativo ao PT-UA em funcionamento no apresentações expositivas, discussão ano letivo 2018/2019. em grupo e vídeos. A maioria da amostra era do género Metodologia feminino (91,7%), com uma média de Trata-se de um estudo descritivo e idades de 18,2 anos, e 75,0% residiam exploratório de abordagem quantitativa fora de Aveiro. tendo sido elaborado e aplicado um Todos os estudantes consideraram que questionário com o propósito de identificar o programa foi muito útil, principalmente as perceções dos 12 estudantes do 1º ano no período inicial, referindo que o mais do curso de licenciatura em enfermagem marcante foram as pessoas que que integravam uma equipa de tutoria conheceram e as relações que durante os dois semestres do ano letivo construíram tendo sido as tutorias 2018/2019 no âmbito do programa de facilitadoras destas relações. Cerca de tutoria da UA. 67,5% referiram que o contexto informal O questionário era composto por 2 partes: e o facto de integrarem um grupo mais a primeira para identificar dados sócio pequeno (equipa) serviu para construir demográficos (género, idade, residência) e as primeiras amizades. Enquanto a segunda relativa ao programa sendo tutorandos aprendem a retribuir nos composta por 3 questões (utilidade, o que anos seguintes sendo mentores e identificavam como mais marcante, e o ajudando os colegas mais novos que aprenderam). (87,5%). No âmbito deste PT-UA foram realizadas 3 reuniões com uma duração de 60 a 90 minutos onde foram abordados temas como : • dificuldades na adaptação a vida académica, • estratégias de estudo • a importância das relações interpessoais. Estes temas foram definidos de acordo com um levantamento inicial realizado nas primeiras semanas do 1º semestre. Nas reuniões foram utilizadas apresentações expositivas, discussão em grupo, e vídeos.
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Ferramentas de apoio à transição para o Ensino Superior O papel da mentoria e tutoria na FMV-ULisboa
120 100 80 60 40 20 0
100
87,5 67,5
utilidade
construção de retribuição amizades anos seguintes
Fig.1 Aspetos sobre a utilidade, o mais marcante e o que aprenderam
Na primeira reunião houve apresentação dos diferentes intervenientes e foi aplicado um pequeno questionário para identificar que temáticas gostariam que fossem abordadas. Foram ainda das algumas informações úteis sobre os serviços e recursos da comunidade académica assim como esclarecimentos sobre o curso de licenciatura em enfermagem. Numa segunda reunião foram abordadas algumas estratégias de estudo. Tendo sido encorajados a planearem e a definirem objetivos de estudo. Foram ainda realizados alguns exercícios no sentido de demonstrar que realizar várias atividades ao mesmo tempo é prejudicial, em contrapartida o dedicar-se a cada uma delas especificamente otimiza o tempo e permite um melhor resultado implicando uma diminuição da ansiedade. Na terceira reunião foi discutida a importância das relações interpessoais sendo feita uma abordagem aos comportamentos aditivos e relações de afeto e sexuais com enfoque na prevenção das infeções sexualmente transmissíveis. Resultados Quase a totalidade da amostra era do género feminino (91,7%), com uma média de idades de 18,2 e a maioria residiam fora de Aveiro (75,0%)
Todos os estudantes consideraram que o programa foi muito útil, principalmente no período inicial (1º semestre), referindo que o mais marcante foram as pessoas que conheceram e as relações que construíram tendo sido as tutorias facilitadoras destas relações. Cerca de 67,5% referiram que o contexto informal e o facto de integrarem um grupo mais pequeno (equipa) serviu para construir as primeiras amizades. Enquanto tutorandos aprendem a retribuir nos anos seguintes sendo mentores e ajudando os colegas mais novos (87,5%).
Conclusões Conclui-se que os estudantes consideram muito útil este programa de tutoria e apontam a área relacional como a mais fortalecida tanto pelas relações de amizade que constroem como na possibilidade de virem a reproduzir o trabalho em anos posteriores com os estudantes mais novos. Referências Barnett,JE (2008). Mentoring, boundaries, and multiple relation ships: opportunities and challenges. Mentoring e Tutoring: Partnership in Learning,16,1,pp 3-16. Simão, JV; Santos, SM&Costa,A (2002). Ensino Superior: uma visão para a próxima década. Lisboa: Gradiva.
Perceções dos tutorandos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESSUA no âmbito do PT-UA ASSUNÇÃO LARANJEIRA DE ALMEIDA
O e-mentoring a potencializar apoio à transição para o Ensino Superior: (re)invenções de um programa de mentoria
Perceções dos tutorandos do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESSUA no âmbito do PT-UA Programa “Acolhe entre Pares”: Uma proposta de apoio à transição para o Ensino Superior
Seminário Internacional de Mentoria
Programa “Acolhe entre Pares”:
Uma proposta de apoio à transição para o Ensino Superior Fabiana Maris Versuti; Marina Greghi Sticca; Thais Zerbini Universidade de São Paulo
Introdução A literatura aponta que o período de transição entre o ensino médio e o ensino superior tem gerado dificuldades de adaptação dos universitários. Programas de tutoria por pares no ensino superior vêm ganhando espaço em diversos países devido aos bons resultados constatados após a sua aplicação em diversas dimensões adaptativas. Objetivos
Etapas
Procedimentos
Fase 1: Diagnóstico das necessidades
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Entrevista semiestruturada com roteiro; Aplicação de um instrumento de adaptação à vida acadêmica (QVA) desenvolvido por Almeida, Ferreira e Soares (1999) e habilidades sociais (IHS-Del-Prette e Del Prette, 2001).
Fase 2: Planejamento e condução do Programa
•
Foram realizadas 6 sessões semanais com tutores, sendo as duas primeiras presenciais e as demais de forma remota. Conteúdo foi personalizado de acordo com as necessidades do tutorandos, sendo as principais temáticas abordadas: (a) curso superior - a universidade e o curso de Psicologia; (b) vida universitária; (c) conhecimento de si, habilidades sociais, e autorregulação da aprendizagem, e (d) planejamento de tempo e dos estudos Os tutores são alunos do próprio curso e receberam supervisão semanal para realização das atividades.
Apresentar as características do programa de tutoria por pares: “Acolhe entre Pares” realizado em uma universidade pública brasileira no curso de Psicologia.
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Contextualização Transição entre Ensino Médio e Superior: Processo complexo e multidimensional; Adultez emergente; Adaptação à vida universitária.
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Fase 3: Fechamento
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Entrevista final Instrumentos foram reaplicados 90 dias após término do programa.
Resultados ü ü
ü Fig.1 Logotipo do Programa.
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Método Participantes ü
Participaram do programa, desde 2016, 40 alunos de graduação e 16 tutores.
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Melhoria na percepção dos tutorandos em relação a sua autoeficácia ao final do programa. Pontos positivos na visão dos tutorandos: esclarecimento de dúvidas em relação à faculdade e ao curso; troca de experiências entre tutor e tutorando; auxílio na gestão do tempo; efetividade das atividades práticas propostas. Em relação aos tutores, verificou-se: desenvolvimento pessoal; satisfação pessoal; desenvolvimento de habilidades de escuta; contato com a prática.
Elaboração de duas e-disciplinas e materiais na plataforma MoodleUSP para formação de tutores e tutorandos para implementação de programas de tutoria por pares que serão desenvolvidos em outras unidades, como parte de um estudo-piloto; Início de um Projeto Piloto para implementação do Programa de Tutoria por Pares na Faculdade de Odontologia da USP/Bauru; Edital PRG 01./2020-2021 - Consórcios acadêmicos para a excelência do ensino de Graduação (CAEG).
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Conclusões ü ü
Identificação de demandas em relação ao processo de adaptação à vida universitária; Identificar recursos que a universidade possui ou poderia desenvolver em prol da adaptação dos jovens estudantes
Agenda de Pesquisa ü
Desdobramentos Fig.1 Logotipo do Programa
Fig.3. Material produzido
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Realização de estudos quantitativos para identificar relações entre as dimensões de adaptação; Testar modelos de predição, visando identificar variáveis que são preditoras de um bom processo de adaptação; Rede de pesquisa.
Referências Almeida, L. S., Ferreira, J. A. G., & Soares, A. P. (1999). Questionário de Vivências Académicas: Construção e validação de uma versão reduzida (QVA-r). Revista Portuguesa de Pedagogia, 3, 181207. Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2001). Habilidades sociais e educação: Pesquisa e atuação em psicologia escolar/educacional. Em Del Prette, Z. A. P. (Org.), Psicologia escolar e educacional: Saúde e qualidade devida (pp. 113-141). Campinas, SP.
Fig.2 Rede social do Programa
Mentoria FEUP: Integrar, Pertencer, Apoiar e Partilhar Tutoria|Mentoria como suporte de integração: O caso da UTAD Projeto Mentoring – Um Agente para a Integração Mentoring na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
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