Seminário Internacional de Mentoria
Ami i studanti, Abo i studanti, Anos i studanti Eu sou estudante, Tu és estudante, Nós somos estudantes Márcia Cruz, Júlia Neto, Júlia Martinho, Ana Paula Cantante, José Carlos Carvalho Professores Mentores Séniores / Mentoria ESEP, Escola Superior de Enfermagem do Porto
Resumo O papel da Mentoria na promoção da integração dos estudantes provenientes dos PALOP, está substanciado no fornecimento de informações sobre o acesso aos serviços, dinâmicas formais de relações, apoio na língua portuguesa de Portugal, esclarecimento de dúvidas, facilitação de acesso a matérias de estudo e apoio emocional. No ano letivo 2020/2021, a Escola Superior de Enfermagem do Porto, recebeu pela primeira vez estudantes provenientes da Guiné-Bissau. A sua chegada mais tardia ao curso e em plena pandemia pela Covid-19, deu maior relevância ao papel dos mentores na sua integração e o consequente interesse pelo acompanhamento deste processo. Objetivos: - Identificar as dificuldades percecionadas pelas estudantes provenientes dos PALOP no processo de integração ao ensino superior em Portugal. - Desenhar estratégias de intervenção dirigidas às dificuldades identificadas. Método: Estudo exploratório, de natureza qualitativa. Recolha de dados efetuada através de entrevista semiestruturada. Todos os procedimentos éticos foram respeitados. A análise de dados foi realizada através da análise de conteúdo de Bardin (2018). Resultado: Da análise das entrevistas dos estudantes dos PALOP, emergiram três domínios como dificuldades: económico, pedagógico e socioemocional. Nas entrevistas dos mentores, emergiram a valorização humana e o desenvolvimento de competências pessoais como benefícios/ganhos em participar no projeto da mentoria e como dificuldades a “inexperiência” traduzida na vontade de fazer mais. Conclusão: No caso dos estudantes que são provenientes dos PALOP, as dificuldades sentidas são apaziguadas com a intervenção dos mentores, no entanto, estes recorrem aos mentores seniores por perceberem rapidamente que estão subjacentes um conjunto de dificuldades que ultrapassam o seu papel e que requerem uma intervenção mais ampla e plural.
Problemática A Direção Geral do Ensino Superior, disponibiliza vagas aos estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que vêm com programas de bolsas para estudarem em Portugal, sendo as mesmas definidas por comissões mistas, de acordo com as reais necessidades de cada país, o que permite o acesso ao ensino superior como se fossem estudantes portugueses (IPAD, 2011). Os estudantes vindos dos PALOP escolhem Portugal por diversos motivos, entre eles, o conhecimento da língua portuguesa, a presença de familiares que os acolhem em Portugal, o conhecimento de outros jovens que também vieram estudar para Portugal e pelos benefícios decorrentes dos acordos de cooperação. Apesar destas aparentes facilidades, estudar num país estrangeiro nem sempre é fácil e “deixará provavelmente, uma marca para toda a vida” (Furnham, 1997, citado por Pires, 2013, p.151). Estes estudantes, ao chegarem a Portugal, confrontam-se com uma cultura estrangeira, à qual têm de se adaptar; padrões sociais e culturais completamente diferentes, nos quais terão de se envolver. E, como qualquer outro estudante, vão-se deparar com os desafios da transição para o ensino superior, nomeadamente, nos domínios: académico, social, pessoal e vocacional (Soares, 1998, citado por Jardim, 2013). Este ano letivo, a instituição em análise, recebeu estudantes, oriundos da Guiné-Bissau, que foram acolhidos pelos mentores que os procuraram acompanhar, mesmo à distância, devido à pandemia. A perceção das dificuldades incitou-nos a identificá-las no sentido de desenvolver estratégias passíveis de implementação através da mentoria. Evidência de dificuldades Reajustamento das estratégias após avaliação
Integração projeto mentoria Processo
Avaliação da Implementação das estratégias
Desenho de intervenções
Fig.1 Processo de aperfeiçoamento da mentoria
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Mentorado – Mobilidade no Técnico
Acolher e integrar os estudantes de mobilidade
Programa de Mentorado aos Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Instituto de Educação da ULisboa:
Uma resposta da instituição face ao crescimento do número de estudantes no ensino superior português
Estudantes PALOP
Chegada mais tardia ao curso
Dificuldades Económicas Pedagógicas Socioemocionais
Mentores Estudantes 2.º ano CLE - Valorização Humana; - Desenvolvimento competências pessoais
Mentores Seniores
Aumentam os constrangimentos da apreensão das dimensões da comunidade académica e socioculturais
- Inexperiência Intervenção
Fig.2 Integração dos resultados
Metodologia Estudo de cariz exploratório, de natureza qualitativa, com estudantes dos PALOP, 75% (n=3), que ingressaram no Curso de Licenciatura de Enfermagem, em 2020/21. Recorreu-se a uma entrevista semiestruturada, aplicada pelos mentores via encontro online. Explicado o objetivo do estudo, procedimentos, e pedida a sua colaboração com preenchimento do consentimento informado. Realizada análise de conteúdo segundo Bardin, o qual as organiza em três fases: 1) pré-análise, 2) exploração do material e 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação (Bardin, 2018). Resultados Da análise das entrevistas dos estudantes PALOP, emergiram três domínios como dificuldades: - Dominio económico, traduzido pela dificuldade de assegurar a residência e a gestão do dinheiro; - Dominio pedagógico, alicerçado na dificuldade de adaptação ao método de ensino; exposição dos conteúdos teórico/práticos e nas questões linguísticas do português; - Domínio socioemocional, subjacente às dificuldades do afastamento da família, do isolamento social (promovido pelos problemas na construção de relações e pela ausência de contacto presencial na pandemia). Da análise das entrevistas dos mentores emergiram, como benefícios/ganhos em participar no projeto da mentoria, o desenvolvimento de competências pessoais e a valorização humana. Como dificuldades a “inexperiência” traduzidas no “sentir” que se pode fazer mais, mas
sem se objetivar em estratégias concretas “…sinto que posso ajudar mais, mas vejo-me a não saber como e em quê”. Conclusões A Mentoria demonstrou-se como uma excelente ferramenta de apoio emocional e informativo, especialmente junto de estudantes deslocados do seu país e em tempo de pandemia. Apesar disso, as dificuldades levam a conceber estratégias multidimensionais. Algumas das ações a implementar: Sensibilizar o corpo docente para estratégias facilitadoras da compreensão da oralidade e dos conceitos; Promover dinâmicas, nos grupos de trabalho dos estudantes, que facilitem a integração e colaboração de todos; Oferecer aulas de Português; Apoiar a exploração vocacional por via do Gabinete de Psicologia; Orientar para estruturas de apoio socioeconómico por via do Gabinete de Ação Social e do Grupo ESEP Solidária; Articular com as embaixadas sessões on-line entre estudantes. E, ainda, maior proximidade com os mentores, apoiando nas estratégias de apoio a estes estudantes. Referências
Jardim, B. (2013). Estudantes dos PALOP no ensino superior português. https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/ 6174/1/A%20Tese.pdf Lamas, E., & Couto, J. (2017). Ação tutorial e de mentoria no Ensino Superior. E-Revista de Estudos Interculturais do CEI-ISCAP. (5). 1-21. https://www.iscap.pt/cei/erei/n5/artigos/Estela-Lamas-e-JoseCouto_Tutoria-e-Mentorado.pdf Pires, H. (2000). Estudantes dos PALOP no Ensino Superior português: Do acesso à progressão. Psicologia. 14(2), 149-157. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v14i2.507
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Seminário Internacional de Mentoria
Sem Livro de Instruções Mentoria para Todos
Joana Gouveia, Silvia Pinto, Filipa Mucha Vieira, Elisabete Ferreira Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto
Resumo A democratização do acesso ao Ensino Superior tem potenciado a entrada de muitos estudantes que não integram o chamado “contingente geral” – sejam os estudantes trabalhadores ou os maiores de 23, mas também os estudantes internacionais e os estudantes com diferentes estatutos especiais. Na FPCEUP (desde 2011), a Mentoria procura assegurar o acolhimento de todos os que chegam, pela primeira vez, à faculdade, independentemente da via de acesso. O princípio primordial é sempre favorecer a integração dos novos estudantes através do acompanhamento solidária por mentores que já conhecem a faculdade, num processo de entreajuda e apoio. Mas, favorecer a integração, significa assumir um acompanhamento diferente e especial para cada um e para todos os estudantes, o que se constitui num desafio permanente. Efetivamente, não existe (nem é possível existir) um livro de instruções para cada situação específica, pelo que importa ser capaz de reconhecer a singularidade de cada um e estar atento às dúvidas e problemas com que se confronta. Para a maior parte dos trabalhadores estudantes ou dos maiores de 23, a entrada no ensino superior não deixa de ser a entrada num mundo novo, que lhes coloca problemas específicos de adaptação, não só por terem que conciliar o trabalho, a família e o estudo, mas também, em muitos casos, por há muito terem deixado de estudar. Para os estudantes internacionais há toda uma adaptação a um novo país, a uma nova cultura, a uma nova língua, a uma nova forma de ser estudante. Em todos estes casos, o papel dos mentores da FPCEUP (quantas vezes mais jovens) é estar lá, sem medos ou ideias preconcebidas sobre a dificuldade da relação. De forma genuína e verdadeira procura-se acolher e agarrar o desafio, fintando-o e pintando-o de outras cores, assumindo a compreensão do outro, fortalecendo–nos na interação e compreensão mútua.
Públicos não tradicionais Indagação de uma Mentora “Serão os trabalhadores estudantes, os estudantes internacionais, os estudantes com necessidades educativas especiais, os estudantes transferidos de outras instituições ou cursos, e os maiores de 23 anos, assim tão diferentes?”
As vozes de mentorados/as…, Intern. “A mentoria foi essencial para meu processo de adaptação [...]. Recebi apoio e orientação com transporte, o sistema de ensino português […] Os momentos de convívio e partilha também serviam de acolhimento de dúvidas e curiosidades “ “Ter um mentor me ajudou muito a ter um guia dentro da faculdade” M23 “Apoio em momentos de crise e stress [...] alguém que tranquiliza, ajuda e impulsiona” “A minha mentora teve um papel incrível Desde os dias em que me faltava a energia até aos dias em que conciliar tudo me estava a levar à loucura, ela esteve lá. Deixou de ser só a minha mentora, para ser também uma amiga. “ MPIC “Acho que a mentoria é aquele amigo que não escolhes, mas que irás ter, sem dúvida, uma imensa gratidão.” “A minha experiência como mentorada é muito positiva. […] estava nervosa por ter de recomeçar todo o processo de integração noutra faculdade. […]foi-me atribuída uma mentora que me ajudou, e ainda ajuda, em tudo o que preciso e que faz questão de saber sempre como estou e como me sinto” e era possível alcançar os objetivos. “ Públicos não tradicionais na FPCEUP
Fig.2 Mentoras e respetivos mentorados; mentores e mentoras nas inscrições; pôster de uma atividade para estudantes internacionais
TE "[…] A minha mentora foi uma grande ajuda, e hoje em dia o contacto com ela tem sido bastante útil” “A experiência foi extraordinária sentime compreendida, motivada e apoiada[...]o meu mentor soube nos momentos extremamente críticos, ser a alavanca impulsionadora que me empurrava a avançar mostrando que era possível alcançar os objetivos. “ Sinopse das vozes de mentores/as… M23 - Não existem diferenças significativas no acompanhamento dado pelo Mentor/a; - Enfatizam o apoio, a disponibilidade e o acompanhamento global a todos/as; - Interesse e curiosidade pela experiência e a vivência deste grupo; - Sentem que a entrada na faculdade e tudo a esta relacionada é visto como stressante e difícil para este grupo. TE -Realçam a aprendizagem recíproca pela diversidade de tarefas desempenhadas pelos colegas mais velhos.
Fig.1 TOC - Titulares de outros cursos; M23 Maiores de 23 anos; MPIC - Mudança de par instituição/curso; Intern. - Estudantes Internacionais; Palop - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa; TE - Trabalhadorestudante; NEE - Necessidades Educativas Especiais
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Sem Livro de Instruções Mentoria para Todos
Mentorado – Mobilidade no Técnico
Acolher e integrar os estudantes de mobilidade
Programa de Mentorado aos Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Instituto de Educação da ULisboa:
Uma resposta da instituição face ao crescimento do número de estudantes no ensino superior português
Todos contingentes -Enfatizam o acompanhamento,o apoio individual e personalizado que oferecem; -Comentam a aprendizagem proporcionada pela diversidade de experiências e culturas (aprendizagem mútua); -Realçam o apoio tanto emocional como instrumental que é dado aos Mentorados/as; -Ênfase numa Mentoria global e inclusiva (“Mentoria é para todos”).
Conclusões: Sem livro de instruções e na voz das mentoras “Ser mentora é saber que cada mentorado/a leva o seu tempo a ganhar autonomia e que cada um/a precisa de apoio individualizado como ser diferente que é. “ “Com esta população “não convencional” […] Aprendi burocracias que não aprenderia com estudantes de contingente “normal”, aprendi novas formas de comunicar, aprendi novos mundos junto destas pessoas, novas realidades que eu poderia vir a passar, criei amizades com pessoas extraordinárias com as mais incríveis vivências! Tornou-me melhor pessoa e mentora!” “[...]Ser mentora é tentar amenizar todas as mudanças e equilibrar a presença e a autonomia, porque sendo precisa ou não, ser mentora é (uma recordação) para sempre. Referências Torres, Flora; Medina, Teresa; Pinto, Isabel; Ferreira, Elisabete; Barbosa, Raquel. 2020. "Mentoria FPCEUP – processos participativos, democráticos e solidários de integração no ensino superior". In Os serviços de apoio pedagógico aos discentes no ensino superior brasileiro, edited by Carlos Dias; Michelle Toti; Soely Polydoro; Helena Andery. Campinas: Publicações FE/ Faculdade de Educação
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Mentorado - Mobilidade no Técnico Acolher e integrar os estudantes de mobilidade
Ana Marques, Carolina Ferreira, José Mata, Lízia Branco, Madalena Pinto, Rita Gonçalves, Sara Correia Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Resumo O Técnico recebe anualmente centenas de novos estudantes de mobilidade, oriundos de diversos países, sendo essencial para o sucesso desta experiência uma rápida e eficaz integração na instituição e em Lisboa. O contacto com os Guias inicia-se ainda antes da sua chegada ao Técnico, disponibilizando-se um canal de comunicação online acessível para interação em grupo. No primeiro dia no Técnico é atribuído a cada grupo de estudantes um Mentor de Mobilidade, um estudante regular voluntário, preferencialmente com experiência em intercâmbio, que recebe formação específica para realizar um acompanhamento personalizado. Durante a receção proporcionam-se momentos de interação privilegiada, facilitando a gestão dos primeiros procedimentos burocráticos associados à matrícula. Além da Welcome Ceremony e da visita ao Departamento do Curso, o Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) concebeu, ainda, um programa específico de atividades lúdicas e socioculturais - a Orientation Week (OWeek). Primeiro contacto e acolhimento Dias antes de os alunos iniciarem um novo semestre no Técnico, o NAPE encarrega-se de os contactar, informando-os relativamente ao programa de atividades em que
poderão participar e que constitui a OWeek. Para além disso, é com o Survival Guide que podem preparar-se de forma antecipada para alguns dos desafios que uma aventura em mobilidade pode desencadear - com este documento, podem conhecer a rede de transportes da cidade, ter acesso a um conjunto completo de contactos úteis, conhecer alguns dos núcleos e equipas desportivas atualmente ativas no Técnico, entre muitas outras informações relevantes.
Fig.2 Alunos de mobilidade com os seus mentores no dia de acolhimento Fig.1 Logotipo da OWeek do presente semestre
Orientation Week (OWeek) A Orientation Week corresponde a um programa de atividades que se realizam no início de cada semestre, e que se seguem ao primeiro contacto e acolhimento dos estudantes em regime de mobilidade. Este evento é já organizado de forma recorrente pelo NAPE e, apesar de sofrer alterações de ano para ano no que toca a número e tipo de atividades, passaremos a destacar algumas. No que diz respeito a actividades culturais, o primeiro dia da OWeek é, por norma, preenchido por actividades que levam os estudantes a experienciar
um pouco da gastronomia portuguesa, com um Barbecue e um Welcome Dinner. Para além disto, é também uma prática regular do NAPE organizar um City Rally, uma Lisbon Tour, ou uma Bike Tour que leve os alunos a conhecer alguns dos pontos mais emblemáticos da capital portuguesa. Adicionalmente, também se organizam, visitas ao Castelo de S. Jorge ou a Sintra, por exemplo. Quanto a atividades lúdicas, a OWeek está, também, repleta de atividades que contribuem para a criação de um ambiente de segurança, conforto e entusiasmo no grupo de jovens alunos para além das já frequentes aulas de surf e idas à praia, organizam-se tam-
Fig.1 Gdkjvdnvfnvbnbkjfnbk jbfbnfkn vbnbnfbjk fnbcfkjbfj kkbfknbkjnbnbkfdnbkjnbffnbjknzfdjkhds (Arial, regular 4)
bém atividades como um Pub Crawl e uma Boat Party, nas quais se regista sempre uma enorme adesão. Outras Atividades e Estratégias Durante o presente ano letivo, embora a pandemia COVID-19 tenha forçado o cancelamento de algumas atividades e a adaptação de outras, o acolhimento dos estudantes não foi comprometido: para além de se ter iniciado a iniciativa Around Lisbon in 80 Days, também se organizaram atividades em regime remoto por altura do início do segundo semestre do presente ano letivo, tendo estas tido tanto uma componente cultural como lúdica. Para além disso, e à semelhança do que tem sido feito em anos passados, o contacto com os alunos mantém-se durante todo o semestre, tanto através da participação em eventos mais pontuais organizados pelo próprio NAPE, como através do acompanhamento garantido pelos mentores. Conclusão No NAPE temos potenciado um acolhimento dinâmico e envolvente, com atividades diversas que procuram marcar o início de uma experiência inesquecível para todos os alunos de mobilidade que elegem o Técnico como destino preferencial no seu programa de mobilidade. O sucesso destas atividades é já inquestionável, sendo a percentagem de satisfação consistentemente superior a 90%.
Fig.2 Foto do grupo de estudantes de mobilidade recebido no dia de acolhimento do ano letivo 2018/2019 durante o 1.º semestre
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Mentorado – Mobilidade no Técnico
Acolher e integrar os estudantes de mobilidade
Programa de Mentorado aos Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Instituto de Educação da ULisboa:
Uma resposta da instituição face ao crescimento do número de estudantes no ensino superior português
Ligações úteis • Website oficial da Orientation Week: oweek.tecnico.ulisboa.pt • Página do NAPE para alunos internacionais: https://nape.tecnico.ulisboa.pt/novo s-alunos/alunos-internacionais/
Mentorado - Mobilidade no Técnico Ana Marques, Carolina Ferreira, José Mata, Lízia Branco, Madalena Pinto, Rita Gonçalves, Sara Correia Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
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Programa de Mentorado aos Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Instituto de Educação da ULisboa:
Uma resposta da instituição face ao crescimento do número de estudantes no ensino superior português Cristiano Rogério Vieira Instituto de Educação / Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Universidade de Lisboa Catarina Calazans Duarte e Célia Figueira Gabinete de Apoio Psicopedagógico ao Estudante da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Resumo Este pôster busca demonstrar por meio dos dados qualitativos e quantitativos recolhidos e breve análise destes, a importância da ampliação dos programas de mentoria para além das licenciaturas. Usou-se como modelo a ampliação realizada pelo Gabinete de Apoio Psicopedagógico ao Estudante do Instituto de Educação e da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Intencionalmente procurou-se não restringir as considerações unicamente em função do programa de mentoria exposto. Em contrário, no intuito de convidar as equipas gestoras de programas de mentoria das instituições de ensino superior portuguesas a refletiram sobre as possibilidades de inclusão de novos públicos aos programas em curso, recolheu-se dados nacionais do PORDATA e o preconizado pelo Processo de Bolonha, com uma proposta de cariz de maior abrangência. De entre as possíveis análises concluise que a presença de mentores nos cursos de mestrado e doutoramento oferece apoio acadêmico e capacidade de dirimir as taxas do abandono de cursos no ensino superior. O Programa de Mentorado do IE/ULisboa O Gabinete de Apoio Psicopedagógico ao Estudante (GAPE) do Instituto de Educação (IE) e da Faculdade de Psicologia (FP) da Universidade de Lisboa (ULisboa), gestor do Programa de Mentorado do IE, no ano letivo 2020/21, ampliou o programa, que de modo bem-sucedido já vinha a desenvolver junto dos estudantes das licenciaturas e incluiu os estudantes de mestrado e doutoramento. Nas premissas do programa estão o apoio e o acolhimento para os novos estudantes, que doravante pertencem aos cursos de licenciatura, mestrado ou doutoramento. Os mentores são alunos veteranos voluntários dos cursos superiores do IE e cumprem o papel junto dos novos estudantes de: apresentar o Instituto de Educação e o seu funcionamento; ajustar as expectativas do recém ingressado face à ULisboa e ao curso em que está matriculado; criar uma rede social de colaboração e acolhimento no IE; desenvolver estratégias de estudo, de realização de trabalhos e gestão de
tempo; auxiliar na definição de objetivos académicos; e oferecer mais conhecimento sobre o curso e o sistema de ensino universitário. O programa ainda prevê alinhamento com as diretrizes preconizadas pela União Europeia para os programas de mentoria, ao desenvolver uma abordagem de suporte e acolhimento aos estudantes para que possam adquirir competências de ordem prática nas suas vidas e o estabelecimento de uma transição bem-sucedida ao deixarem a instituição de ensino superior que os acolheu (Outogheter, 2017). O Crescimento de número de estudantes no ensino superior português Para além da oferta dos meios de sucesso acadêmico aos estudantes de 1º, 2º e 3º ciclos pós-Bolonha, o programa atua como resposta do IE face ao expressivo crescimento do número de estudantes ingressados na universidades e politécnicos portugueses, que entretanto, a mesma proporção de crescimento não se identificou no número de novas contratações de professores no ensino superior. De acordo com dados recolhidos no PORDATA (ver Tab.1), o número de estudantes que ingressaram nos mestrados e doutoramentos portugueses, em 2020, aumentou em 459%, nos mestrados e 127%, nos doutoramentos, em relação ao ano de 2007. Um dos fatores que contribuiu para o crescimento do número de estudantes no ensino superior português foi a Declaração de Bolonha de 1999, onde conforme o Decreto-Lei n.º 107/2008 (Governo da República Portuguesa, 2008), no ano letivo 2007/2008, 90% das instituições de ensino superior de Portugal tinham aderido ao Processo de Bolonha (PB). O PB estabeleceu uma Área Europeia de Ensino Superior comum, que a época pretendia elevar o grau de competividade do ensino superior europeu e desenvolver a cooperação académica, bem como, a mobilidade de estudantes e docentes, cumprindo assim o desejo do bloco político e económico europeu de potencializar a inovação científica, técnica e tecnológica (European Higher Education Area, 1999) nas universidades dos países signatários.
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Anos
Tipo de Ensino Licenciatura - 1.º ciclo
Mestrado
Doutoramento
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
90.035 206.899 237.250 252.655 255.198 246.110 231.468 220.786 212.275 211.619 210.963 216.471 219.615 227.075
11.608 27.204 35.541 44.752 55.145 58.186 54.217 54.751 53.582 54.433 55.684 58.643 62.976 64.957
9.585 11.344 13.429 16.377 18.293 19.213 19.471 20.245 19.465 19.214 19.759 20.452 21.090 21.764
Média da taxa de crescimento anual (%)
11,60
35,30
9,76
Taxa de crescimento 2007-2020 (%)
152,00
459,00
127,00
Tab.1 Alunos matriculados no ensino superior de Portugal: total e por nível de formação. Fontes de Dados: DGEEC/ME-MCTES - DIMAS/RAIDES – PORDATA. Última actualização: 30/09/2020.
Soma-se ao fato do Processo de Bolonha(PB) uma particularidade de Portugal que em razão do idioma comum atrai considerável número de estudantes dos países de língua oficial portuguesa. Conclusões A inserção de novos públicos nos programas de mentoria, não deve limitarse ao realizado no IE/Ulisboa, pois tratase de uma ação a ser avaliada por todas as instituições de ensino superior de Portugal, dado que as contratações de docentes no ensino superior não alcançaram, em igual proporção, o crescimento do número de estudantes ingressados anualmente. Assim, os programas de mentoria ampliados podem ser a ação institucional, para além das estruturas físicas das instituições de ensino. A presença e atuação de mentores nos cursos de mestrado e doutoramento, para além de oferecer o apoio acadêmico previsto nos programas de mentoria, também encontra sua importância ao suprir lacunas emergentes do ensino superior em Portugal, uma vez que o apoio mais aproximado oferecido pelos mentores alcança em seus mentorandos aspectos, muitas vezes fora do poder de alcance dos docentes, dirigentes e gestores de programas de mentoria das instituições, como a exemplo a redução do abandono de estudantes no ensino superior, que conforme estudo de Ferreira e Fernandes (2015), nos cursos de mestrado encontram-se elevados índices de abandono.
Referências European Higher Education Area (1999). Declaração de Bolonha: declaração conjunta dos ministros da educação europeus, assinada em Bolonha em 19 de junho de 1999. https://www.ehea.info/page-ministerialconference-bologna-1999 Ferreira, F., & Fernandes, P. (2015). Fatores que influenciam o abandono no ensino superior e iniciativas para a sua prevenção: o olhar de estudantes. Educação, Sociedade & Culturas. (45), 177-197. https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/fil es/ESC45Ferreira.pdf Governo da República Portuguesa (2008). Decreto-Lei n.º 107/2008. Diário da República n.º 121/2008, Série I de 2008-06-25, 107/2008, 3835 - 3853. https://rb.gy/8wlvu2 Lamas, E.P. R., & Couto, J. M. (2017). Acção Tutorial e de Mentoria no Ensino Superior. E-Revista de Estudos Interculturais do CEI - ISCAP,(5), 1-21. https://rb.gy/k1atb0 Outogheter (2017). Programa de Mentoria: Guidelines para o estabelecimento de um programa de mentoria. https://rb.gy/awu0qa
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Sem Livro de Instruções
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Mentorado – Mobilidade no Técnico
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Mentoria para Todos
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