Revista autopress 37

Ano 1, NĂşmero 37, 16 de janeiro de 2015

Especial

SalĂŁo de

Detroit 2015

Sumário

EDITORIAL

Edição de 16 de janeiro 2015

Novidades quentes A Revista Auto Press dessa semana mostra tudo que rolou na edição 2015 do North American International Auto Show, mais conhecido como Salão de Detroit, que acontece na gélida cidade norte-americana até o dia 25 de janeiro, nos Estados Unidos. Destaque para a volta da lenda Ford GT e da versão de produção do Honda NSX. Ainda de Detroit, a revelação das principais picapes que deram pinta no evento.

Já das estradas mundo a fora vem duas avaliações distintas. A primeira é o Chevrolet Corvette Z06 ou simplesmente o Corvette mais poderoso já feito pela General Motors.

O esportivo destila a força de seus 658 cv no México, mas também mostra que há espaço para a sofisticação em meio a tanta brutalidade.

Em Portugal, um teste com o novo Lexus NX 300h. A divisão de luxo da Toyota aproveita para “surfar” na onda do crescimento dos utilitários esportivos.

Na seção duas rodas, a Revista Auto Press traz dois conceito que causaram burburinhos no último Salão de Milão, na Itália – o principal evento do setor. Os protótipos Svartpilen e Vitpilen antecipam os rumos que a sueca Husqvarna – controlada agora pela KTM – pretende tomar em um futuro próximo.

Boa leitura!

03 - Salão do Detroit 2015

28 - Lexus NX 300h

12 - Fiat Uno Evolution

35 - Picapes no Salão de Detroit 2015

21 - Chevrolet Corvette Z06

42 - Husqvarna Svartpilen e Vitpilen

teste

Choque de realidade

Acura NSX

Texto e Fotos por Eduardo Rocha Auto Press

Sal達o de Detroit 2015 traz poucas novidades,

mas todas elas bem sintonizadas com o mercado

P

ara a indústria, a era romântica do automóvel acabou em 2008, com a crise financeira internacional.

Mas não para os consumidores. Estes não querem carros pragmáticos, racionais e sem glamour. Não é à toa que neste Salão de Detroit, que fica no Cobo Center até 25 de janeiro, ampliou-se o número de modelos sofisticados entre superesportivos de alta performance, SUVs de grandes dimensões e sedãs. Este desejo dos consumidores fica ainda mais evidente nos Estados Unidos por vários motivos. A queda no preço da gasolina – o litro custa, em média, o equivalente a R$ 1,30 –, fez os motores V8 voltarem com força. E mesmo que tenha sido o epicentro da crise, foi o primeiro entre os países centrais a se recuperar. A indústria agora está se preocupando um pouco menos em relação ao gosto dos chineses para focar no que os norte-americanos querem.

Os alemães sabem muito bem disso. Volkswagen, Mercedes e Audi investiram em modelos grandalhões, como os SUVs Cross, GLE Coupé e Q7. A BMW foi uma pouco mais contida.

Trouxe apenas o Série 6 de cara nova, com mais tecnologia e muita potência sob o capô. A Porsche apresentou a potentíssima versão GTS do 911 Targa para marcar o meio século da criação do modelo, que se completará em 2017.

No campo dos superesportivos, Detroit foi bem. Foram apresentados dois modelos para fazer história. O primeiro é o Acura NSX, braço de luxo da Honda nos Estados Unidos. Ele conta com quatro propulsores – três elétricos e um V6 biturbo – que despejam de forma combinada nada menos que 550 cv nas quatro rodas. O outro é uma das grandes estrelas do Salão: o GT Concept. O novo superesportivo da Ford faz referência ao vitorioso GT40, que venceu Le Mans de 1966 a 1969 e chega com nada menos que 600 cv no motor longitudinal traseiro da família Ecoboost.

Quem também brilhou neste quesito foi a Alfa Romeo. A marca voltou no final de 2014 oficialmente ao mercado dos Estados Unidos – já na condição de ítalo-americana por conta da FCA – com o 4C Coupé e guardou a versão Spider para ter sua estreia mundial em Detroit. O modelo segue as linhas e a lógica do 33 Stradale: é leve, com motor pequeno, mas de alta performance.

Outro carro que chamou a atenção foi o Bolt EV Concept, um hatch da Chevrolet que a GM pretende lançar em até dois anos. Ao contrário da segunda geração do Volt, que manteve a configuração híbrida plug-in, o Bolt só se alimenta de baterias. No mais, Hyundai apresentou o conceito Santa Cruz, que mistura picape e carro de passeio, a Volvo mostrou o S60 Cross Country, um sedã preparado para se sujar de lama, e a Chrysler renovou e introduziu mais luxo no 300C, modelo que desembarca no Brasil ainda este ano.

Chevrolet Bolt EV

Principais novidades de Detroit Acura NSX – Na estética, a versão definitiva do esportivo Acura NSX não fugiu em quase nada do carro-conceito que o antecedeu, um ano atrás. Mas sob o capô, a marca de luxo da Honda para o mercado norte-americano mexeu bastante. O propulsor é um V6 biturbo, gerenciado por um câmbio de dupla embreagem com nove marchas. Ele ainda é auxiliado por três motores elétricos, que prometem evitar o chamado “turbo lag”. No total, são 550 cv de potência, número que coloca o NSX em confronto com modelos de entrada de marcas de superesportivos, como Ferrari, Lamborghini e Maserati. O preço também indica esta direção: US$ 150 mil nos Estados Unidos. No Brasil, um modelo como este sairia por volta de R$ 800 mil, valor que praticamente inviabiliza a importação.

Alfa Romeo 4C Spider – A Alfa Romeo aproveita o suporte do Grupo FCA – Fiat Chrysler Automobiles – para voltar ao mercado norte-americano em grande estilo. No final de 2014, já havia iniciado as vendas do modelo 4C Coupé, mas deixou para apresentar em Detroit a versão Spider, a mais glamourosa de seu esportivo.

O desenho do conversível de dois lugares foi inspirado no modelo 33 Stradale, de 1967, e ele é empurrado por um motor quatro cilindros turbo de 1.742 cc. O propulsor fica instalado na traseira, é gerenciado com um câmbio de dupla embreagem de seis marchas e rende bons 240 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. Como o 4C usa diversos componentes de fibra de carbono, alumínio e aços de baixa densidade e alta resistência, o peso a seco é de apenas 1.128 kg. Daí o zero a 100 km/h estimado em 4,1 segundos, com máxima de 257 km/h. Como típico esportivo de baixo peso, tem excelente estabilidade: suporta uma força-G de aceleração lateral de até 1,1.

O 4C Spider é produzido em Modena, na Itália, e chega ao mercado norte-americano em meados de 2015

Audi Q7 – A segunda geração do maior SUV da Audi perde um pouco o jeito pesadão, que marcava o primeiro Q7. Ele e o Q3, que também foi renovado, apresentam novos detalhes visuais na frente, que devem marcar o restante da linha ao longo dos próximos anos. A grade está mais projetada e alargada, a ponto de tocar diretamente nos faróis. Ele utiliza a plataforma modular MLB 2, evolução da utilizada pelo novo Porsche Cayenne e própria para motores longitudinais. Apesar de manter praticamente as mesmas dimensões, o conjunto ficou cerca de 360 kg mais leve com a utilização de aços de baixa densidade. No Brasil, o Q7 chega no segundo semestre deste ano ou no início de 2016 e terá sob o capô apenas versões mais evoluídas dos motores já conhecidos da gama: um V6 3.0 a gasolina TFSI de 333 cv e um 2.0 TFSI de 252 cv. O modelo mais forte cumpre o zero a 100 km/h em 6,2 segundos.

BMW Série 6 – A BMW apenas cumpriu tabela em Detroit. A maior novidade no estande da marca foi o face-lift do Série 6, nas versões Coupé, Gran Coupé e Cabrio. Nos Estados Unidos, inicialmente, serão oferecidos apenas os motores V8. Na 640, é um 4.4 litros turbo de 450 cv.

Nas versões M6, é um 4.0 biturbo de 560 cv – a BMW ainda oferece um kit para elevar a potência para 575 cv.

A motorização mais forte consegue cumprir o zero a 100 km/h entre 4,2 e 4,4 segundos, dependendo da versão. A máxima é sempre limitada a 250 km/h. Do grupo BMW, outra novidade foi o Mini John Cooper Works da nova geração.

Chrysler 300C – A Chrysler renovou o seu sedã grande 300. O modelo continua baseado na plataforma do antigo Mercedes-Benz Classe E – ainda resquício dos tempos de DaimlerChrysler – e traz um visual mais limpo e sóbrio. Os motores são os conhecidos V6 3.6 litros Pentastar e o V8 5.7 litros Hemi. O modelo deve chegar ao Brasil em meados de 2015.

Ford GT Concept – A Ford apresenta o novo esportivo como conceito, mas basicamente o GT mostrado em Detroit é muito próximo da versão definitiva, que chega ao mercado em 2016. Esta “terceira geração” do Ford GT tem apenas algumas referências visuais do GT40, de 1964, tetracampeão de Le Mans. A segunda geração, produzida em 2005 e 2006, era uma cópia mais fiel do original e chegou a vender mais de 4 mil unidades. Desta vez, a Ford aplicou conceitos aerodinâmicos mais modernos – principalmente na traseira, onde o para-lama se destaca da carroceria, e nas laterais dois aerofólios simulam a coluna traseira.

Um terceiro aerofólio traseiro, este central, se autoajusta para aumentar o downforce. O motor do protótipo é o Ecoboost 3.5 de 600 cv, gerenciado por um câmbio de dupla embreagem e sete marchas. A Ford apresentou ainda o Mustang GT350R, de 500 cv.

Hyundai Santa Cruz Concept – A Hyundai desta vez não fez tanto barulho. Além de uma versão híbrida do sedã médio-grande Sonata, a marca norte-coreana trouxe apenas uma picape-conceito. É bem verdade que não se trata de uma caminhonete comum. Ela é definida pela marca como aventureira urbana e tem características no habitáculo que a aproximam bastante de um confortável carro de passeio. Sob o capô, ela conta com um propulsor turbo-diesel 2.0 de 192 cv, que aciona as quatro rodas. Sua caçamba tem espaço de carga semelhante à de uma picape média e as linhas são bastante futuristas.

Mercedes GLE Coupé – A Mercedes até que esperou bastante, mas finalmente lançou um rival para o BMW X6. O GLE Coupé é um SUV com linhas mais esportivas e antecipa o visual e a engenharia que serão empregados na futura geração do utilitário médio-grande ML – que passa a se chamar simplesmente GLE, seguindo a nova nomenclatura da marca e que explicita que pertence à gama da Classe E. A vantagem apontada pela Mercedes é que o GLE Coupé dispõe de cinco lugares, contra os quatro oferecidos pelo SUV da rival. O modelo já chega nas versões 400, de 333 cv, 450 AMG, de 367 cv, e AMG GLE 63S Coupe, de 577 cv. Há ainda uma versão diesel, a 350d, de 258 cv, com tração integral e câmbio de nove marchas. Tanto a 450 AMG quanto a 63S devem desembarcar anda este ano no Brasil. Outra novidade da Mercedes foi o modelo autônomo F015 Luxury Concept Car, já exibido em Las Vegas, na CES 2015.

Volkswagen Cross Coupé GTE – A Volkswagen teve bons resultados de vendas no mundo inteiro em 2014. Com duas exceções: Brasil e Estados Unidos. No caso do mercado norteamericano, a aposta da marca alemã é no SUV com jeito esportivo e motorização híbrida Cross Coupé GTE. Ele é construído na plataforma MQB – a mesma do Golf –, e terá duas configurações de carroceria, uma para a versão de cinco lugares, com cerca de 4,50 metros, e outra para sete lugares, com 4,85 metros.

O modelo traz todas as tecnologias que o Grupo Volkswagen dispõe e deve atuar em um mercado um pouco mais exclusivo que o Touareg. A motorização é composta por um propulsor V6 3.6 FSI, de 280 cv de potência e 35,7 kgfm, e dois motores elétricos. O dianteiro tem 54,4 cv e 22,4 kgfm e o traseiro, 115 cv e 27,5 kgfm. Combinados, rendem 360 cv e levam o SUV a 100 km/h, partindo da imobilidade, em 6,2 segundos. Outro ponto interessante é que, apesar de ser pensado especificamente para os Estados Unidos, onde chega no final de 2016, o Cross Coupé inaugura a nova linguagem visual mundial da Volkswagen para a segunda metade da década.

Volvo S60 Cross Country – A Volvo escolheu Detroit para apresentar uma proposta pouco comum, em que agrega características aventureiras a um sedã. O S60 Cross Country tem versões com tração integral e sua suspensão foi elevada em 6,5 centímetros em relação ao S60 normal. Ele recebe ainda duas motorizações diesel, de 115 cv e 190 cv, e uma a gasolina, 2.0 turbo de 250 cv, que deve chegar no Brasil ainda este ano. A estética é a mesma que a marca aplica a seus modelos do gênero: proteção nos arcos das caixas de roda e apliques em alumínio na base dos para-choques e nas laterais.

Chevrolet Bolt Concept – A GM guardou para Detroit a apresentação mundial do pequeno Bolt EV. O carroconceito deve dar origem a um hatch compacto totalmente elétrico já no ano que vem. Ele é totalmente construído com materiais leves, como fibra de carbono, magnésio e alumínio e a marca garante que a autonomia da carga supera as 200 milhas – cerca de 320 km. O interior é todo futurista, com funções controladas a partir de uma tela de 10 polegadas, e muito espaçoso. O modelo deve chegar ao mercado norte-americano pelo preço de US$ 30 mil.

Isso o deixa cerca de US$ 10 mil mais barato que o Volt, que acaba de ganhar sua segunda geração. O sedã híbrido da GM ficou mais eficiente e estreia a nova plataforma modular da marca para veículos médios, que será utilizada também nos futuros Chevrolet Cruze e Opel Astra.

Porsche 911 Targa 4 GTS – Em 2017, o 911 Targa completa 50 anos e a Porsche quer marcar a efeméride com a criação da versão GTS, a mais potente da história, e escolheu o Salão de Detroit para fazer a apresentação mundial. Inclusive porque, nos Estados Unidos, a configuração Targa era, de longe, a mais popular do esportivo alemão nos anos 1970. O propulsor é clássico: um boxer de seis cilindros e 3.8 litros gerenciado por um câmbio de sete marchas e dupla embreagem. São nada menos que 430 cv de potência e 45 kgfm de torque despejados nas quatro rodas. O zero a 100 km/h é feito em 4,6 segundos e a máxima é de 300 km/h.

Bom negócio - A McLaren comemora o melhor des-

Carga de evolução -

A Chevrolet apresentou a nova geração do Volt no Salão de Detroit, nos EUA. O visual do híbrido plug-in norte-americano está diferente graças à grade dianteira cromada, leds diurnos e faróis redesenhados. O modelo recebeu também novos itens de segurança como alerta de ponto cego e de colisão com limitador de distância, dez airbags e aviso de mudança de faixa. Mas a “boa nova” fica por conta da otimização do seu desempenho.

A Chevrolet afirma que o novo Volt está 45 kg mais leve, e 13 kg são graças às novas baterias de lítio, que ainda conseguem armazenar mais 20% de energia que as anteriores. Sob o capô do carro estão dois motores: um 1.5 Ecotec de 101 cv de potência e outro elétrico, que em conjunto chega a render 149 cv e 40,5 kgmf de torque. O novo Volt possui maior autonomia, agora capaz de rodar 673 km no modo híbrido e 80 km no modo totalmente elétrico. De acordo com a marca, o modelo deverá estar disponível para vendas no segundo semestre de 2015.

empenho de vendas da sua história. O ano de 2014 apresentou crescimento de 21% frente 2013 – total de 1.648 veículos comercializados. De acordo com marca britânica de esportivos, o ótimo resultado deve-se aos lançamentos dos modelos 650S Coupé e Spider. Já o hipercarro híbrido P1 foi responsável por 248 vendas da fabricante.

Em seus pontos de vendas regionais, a McLaren apresentou crescimento de 80% na área Ásia-Pacífico. Na Europa, houve aumento de 10% e no Oriente médio, 9%. O mercado norteamericano continua liderando o ranking de vendas da empresa, e obteve crescimento de 30%. O bom desempenho também teve como “ponto-chave” o plano de expansão, que estreou em mais 14 países. Agora o total chega a 30.

Socorro de bolso - A Verizon trabalha no projeto de

um serviço para automóveis que permita que donos de carros mais antigos consigam auxílio em casos de avaria ou informações sobre reparos necessários através de conexão à internet.

A operadora pretende estar apta a disponibilizar o já batizado “Verizon Vehicle” ainda neste primeiro semestre de 2015.

O serviço atenderá proprietárias de modelos fabricados a partir de 1996 e terá uma taxa mensal de US$ 15, aproximadamente R$ 40. A partir deste pagamento, o usuário passa a receber alertas por meio de texto, chamadas, notificações no smartphone ou no email a respeito de informações do carro.

Além disso, ele poderá receber ajuda para diagnosticar problemas, falar com um mecânico em tempo real e receber socorro em emergências.

Pracional arada

Fotos: Isabel Almeida/CZN

autoperfil

Fiat Uno Evolution com sistema start/stop jรก responde por 10% das vendas do modelo

por Mรกrcio Maio auto press

O

mercado automotivo nacional vive em constante mudança. Com consumidores mais exigentes e a concorrência crescente em alguns segmentos fez com que as fabricantes dessem mais atenção a categorias que antes não recebiam muitas regalias. Caso dos hatches compactos. Itens como câmbio com trocas automáticas de marchas e até controle eletrônico de estabilidade e tração já aparecem de série em modelos que, até pouco tempo, nem ar-condicionado e direção hidráulica traziam de fábrica.

A Fiat aproveitou o face-lift do Uno em sua linha 2015 e decidiu inovar também incorporando à sua gama uma versão com sistema start/stop – que desliga o motor em paradas de engarrafamentos ou em sinais de trânsito, por exemplo. E essa configuração Evolution, lançada em setembro último, já responde por 10% das vendas do Uno – que emplacou mais de 122 mil unidades em 2014.

Com o Uno Evolution, a Fiat tornou-se a primeira marca a fabricar no Brasil um carro com start/stop e a oferecê-lo em um motor flex. O sistema desliga o motor assim que o veículo para e é colocado em ponto morto.

E o religa com o carregar da embreagem, na hora de engatar a primeira marcha. A intenção é economizar combustível e, de quebra, garantir um índice de emissão de poluentes menor. O recurso foi desenvolvido pela alemã Bosch e, de acordo com a Fiat, resulta em uma redução de consumo de até 20%.

A versão traz sempre sob o capô o velho conhecido

motor 1.4 8V da Fiat. Ele rende 85 cv/12,4 kgfm com gasolina no tanque e 88 cv/12,5 kgfm quando abastecido com etanol. E não disponibiliza como opcional a transmissão automatizada Dualogic Plus, ou seja, o trem de força é sempre completado pelo câmbio manual de cinco marchas. Com esse conjunto, ele chega à máxima de 172 km/h e parte do zero aos 100 km/h em 10,8 segundos.

Por dentro, o quadro de instrumentos agrega um display LCD de 3,5 polegadas em alta resolução que fornece informações de computador de bordo, temperatura e mensagens do sistema start/stop, entre outras. O comando dos vidros elétricos, assim como em todas as versões do novo Uno, passou do console central para as portas. Mas itens como ar-condicionado e alarme seguem na lista de opcionais, fazendo a conta final do carro subir.

O preço inicial do Fiat Uno Evolution é R$ 35.510.

Para ter ar-condicionado, faróis de neblina, alarme, chave canivete com comandos de travamento, vidros elétricos também traseiros, apoia-braço para motorista, banco com regulagem de altura e traseiro bipartido, cinto traseiro central de três pontos, porta-objetos para smartphone, rodas de liga-leve de 14 polegadas e sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, esse valor aumenta para R$ 41.916. Um preço que não chega a ser baixo, mas que ganha certo destaque por se tratar do modelo mais barato com start/stop do mercado brasileiro.

Ponto a ponto

Desempenho – O motor 1.4 8V move o Uno Evolution com alguma coerência. Não sobra força – e nem poderia, com seus 88 cv máximos com etanol no tanque –, mas também não chega a decepcionar. Ultrapassagens e retomadas são condizentes com a maioria dos modelos com a mesma motorização, mas o torque máximo de 12,5 kgfm em 3.500 rotações prejudica um pouco as saídas de sinal. Nota 6.

Estabilidade – O Uno é um carro bom de curvas e se mantém bem no controle do motorista. É claro que, até pela sua configuração, não se espera um uso mais esportivo do modelo.

Levado ao limite, em velocidades elevadas, a carroceira rola um pouco e leves correções na direção se tornam necessárias.

Nota 7.

Interatividade – De uma maneira geral, o Fiat Uno é um carro simples. Botões são bem localizados e com uso intuitivo. A unidade testada tinha no lugar do som um suporte para celular que já vem com rádio e se conecta ao telefone via Bluetooth – mas é preciso paciência para isso. E o botão que liga o dispositivo, dependendo da posição em que o telefone esteja, não fica tão acessível. Principalmente se o carro estiver em movimento e a atenção do condutor, dividida. Nota 7.

Consumo – O Fiat Uno Evolution foi avaliado pelo Programa de Etiquetagem do InMetro e registrou médias de 8,9 e 10,5 km/l com etanol no tanque na cidade e na estrada, respectivamente. Abastecido com gasolina, essa média sobe para 12,9 e 15,1 km/l. Tal resultado garantiu classificação “A” tanto em sua categoria quanto no geral e um consumo energético de 1,55 MJ/km. Nota 10.

Conforto – Quatro adultos de estatura mediana conseguem se acomodar bem no Uno. A suspensão garante uma absorção razoável dos impactos causados por buracos nas ruas e o isolamento acústico fica dentro da média esperada para um modelo deste segmento e categoria. Nota 7.

Tecnologia – A versão Evolution tem um diferencial em relação às outras: o sistema start/stop – que é bastante eficiente, por sinal. Esse é o modelo mais barato no Brasil com esse tipo de recurso, presente normalmente em carros mais caros e com motores menos econômicos. Por outro lado, o hatch segue a mesma linha de estratégia da Fiat de oferecer uma lista simples demais de itens de série, garantindo alguma consistência tecnológica apenas com opcionais e acessórios – como a câmara de ré com visualização no retrovisor. Até o ar-condicionado é pago a parte. Nota 8.

Habitabilidade – Há bons porta-objetos no Uno, inclusive no teto. O modelo ganhou também um espelho para visualizar os ocupantes traseiros, como o que o monovolume Idea traz.

As formas quadradas da carroceria ajudam na acomodação de todos e o porta-malas está na média do segmento, com 280 litros. Nota 8.

Acabamento – Os plásticos têm boa aparência e transmitem alguma qualidade. Há um ou outro detalhe em preto brilhante e prata. A parte onde estão localizados os comandos do ar destoa um pouco do resto, pelo aspecto mais antiquado. Nota 7.

Design – As mudanças estéticas com o face-lift do novo Uno foram bem leves, mas suficientes para trazerem benefícios ao modelo. Os faróis ficaram maiores e o capô tem laterais mais elevadas e “vincadas”. A grade foi separada do para-choque, que também foi redesenhado. Atrás, as luzes da lanterna ganharam alto-relevo. Mesmo depois de quase cinco anos, o design

do Uno ainda transmite jovialidade e descontração. Nota 7.

Custo/benefício – A Fiat pede R$ 35.510 pela versão Evolution com motor 1.4 litro. Com ar-condicionado, faróis de neblina, alarme, chave canivete com comandos de travamento, vidros elétricos nas quatro portas (só nas dianteiras é de série), apoiabraço para motorista, banco com regulagem de altura e traseiro bipartido, cinto traseiro central de três pontos, porta-objetos para smartphone, rodas de liga-leve de 14 polegadas e sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, a conta

sobe para R$ 41.916. A Chevrolet cobra pelo Onix LT 1.4 iniciais R$ 45.820, enquanto a Ford vende o novo Ka 1.5 a partir de R$ 41.190, equipado à altura do Uno. A Renault entrega o Sandero Expression 1.6 por R$ 41.570. Um Volkswagen Gol Trendline 1.6 tem preço de R$ 47.215 com equipamentos semelhantes. Nenhum concorrente oferece a tecnologia start/ stop. Nota 7.

Total – O Fiat Uno Evolution somou 74 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigir

Energia controlada

As mudanças no novo Uno deixaram o carro levemente mais interessante, é verdade. Mas não foram suficientes para disfarçar sua vocação “popular”. O acabamento é apenas correto e, de uma maneira geral, a versão Evolution não cria nenhum impacto ou surpresa por fora ou por dentro, se comparada às outras da gama.

O propulsor 1.4 8V de 88 cv com etanol no tanque tem respostas condizentes com o esperado – principalmente se comparado ao 1.0 da própria Fiat. Ultrapassagens e retomadas se dão de maneira correta, com um ou outro cálculo para as reduções de marcha – quase sempre necessárias. O carro se mantém estável nas curvas, apresentando uma leve rolagem de carroceria quando levado mais perto de seu limite. Se a expectativa não é de uma pegada esportiva, o modelo cumpre com honestidade seu papel.

O grande diferencial da configuração Evolution fica por conta do sistema start/stop. Ele desliga o motor cada vez que o veículo para e é colocado em ponto morto – em um sinal fechado, por exemplo – e religa quando o pé carrega a embreagem para engatar a primeira marcha. Uma novidade que até garante certa economia de combustível para quem fica muito engarrafado, mas tem seu preço. Na unidade testada, que trazia um suporte opcional da Mopar para smartphone com Bluetooth e rádio, o som era cortado cada vez que o carro religava. Nas cidades com calor excessivo, outro problema: o ar-condicionado também deixa de atuar da maneira plena quando o sistema é acionado.

Ficha técnica - Fiat Uno Evolution

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, com quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.

Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

Potência máxima: 85 cv com gasolina e 88 cv com etanol a 5.750 mil rpm.

Aceleração 0-100 km/h: 11,1 segundos com gasolina e 10,8 segundos com etanol.

Velocidade máxima: 170 km/m com gasolina e 172 km/h com etanol.

Torque máximo: 12,4 kgfm com gasolina e 12,5 kgfm com etanol a 3.500 rpm.

Diâmetro e curso: 72 mm X 84 mm. Taxa de compressão: 12,3:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores transversais e molas helicoidais. Traseira com barra de torção e rodas semi-independentes, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.

Pneus: 175/65 R14.

Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Oferece ABS como opcional.

Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,81 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,48 m de altura e 2,38 m de distância entre-eixos.

Peso: 950 kg.

Capacidade do porta-malas: 280 litros.

Tanque de combustível: 48 litros.

Produção: Betim, Brasil.

Lançamento no Brasil: 2010. Reestilização: 2014.

Itens de série: computador de bordo, predisposição para rádio, retrovisores externos com luzes indicadoras de direção integradas, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, volante com regulagem de altura, direção hidráulica, sistema start/stop.

Preço: R$ 35.510.

Opcionais: ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, suporte para smartphone com Bluetooth e rádio, volante multifuncional, retrovisores externos elétricos com função Tilt Down, terceiro apoio de cabeça traseiro rebaixado, apoia-braço central no banco do motorista, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, cinto de segurança traseiro central retrátil de 3 pontos, alarme antifurto, chave canivete com telecomando para abertura e fechamento das portas e vidros elétricos traseiros com one touch e antiesmagamento.

Preço com os opcionais: R$ 41.916.

Festa dos números - A divulgação do balanço com-

Puro sangue -

A volta do Ford GT foi a grande sensação do Salão de Detroit. Mas a marca norte-americana ainda apresentou uma nova versão de outro icônico carro: o Mustang.

A configuração Shelby GT350R se diferencia das demais por ser totalmente voltada para as pistas. O modelo conta com um grande aerofólio na parte traseira e a ausência de ar-condicionado, sistema de som, banco traseiro e carpetes. A exclusão desses itens auxilia na redução de 130 kg, resultando em um ganho de performance. Caso o cliente queira essas “comodidades”, será necessário a adesão do pacote opcional que ainda traz uma tela multimídia de 8 polegadas.

O superesportivo terá sua fabricação limitada e um motor V8 aspirado de 5.2 litros que é capaz de entregar 500 cv de potência e 55,3 kgfm de torque. O Shelby GT350R traz também detalhes de design diferenciados, como pinças de freio pintadas em vermelho e a opção de faixas de competição na carroceria. Na cabine, destacam-se os bancos com costura vermelha contrastante, o emblema Shelby GT350R, além do volante em forma de D com uma marca vermelha no centro.

ercial de 2014 da Kia mostrou que a fabricante coreana está em uma fase de alívio e comemorações. De acordo com os informados pela marca, suas vendas globais bateram recorde em 2014 e cresceram 5,9% se comparados com 2013. Foram 2.907.757 unidades emplacadas, com destaque para a China e a América do Norte, onde as vendas subiram, respectivamente, 17,5% e 7%. Na Europa houve queda, mas de apenas 0,1%.

Os modelos que mais se destacaram em 2014 no “line up” da Kia foram o compacto Rio, que teve 491.613 exemplares comercializados em todo o planeta. Logo em seguida está o sedã Cerato, com 432.420 unidades, seguido pelo Sportage, que acumulou 416.856 negócios fechados. Além deles, chamam atenção os números do luxuoso Optima, com 300.685 unidades, e do crossover Soul, que teve 194.572 exemplares emplacados.

Troca de posto - Os resultados de vendas de carros de

passeio tendem a melhorar no Brasil já a partir de janeiro. Mas isso não significa que o mercado esteja crescendo nesse início de 2015. É que uma determinação da Anfavea, estabelecida já no ano passado, faz com que a partir deste ano os SUVs e crossovers passem a ser classificados como carros de passeio e não como comerciais leves, o que vinha acontecendo.

Só para se ter uma ideia do que isso representa, no fechamento de 2014, os carros de passeio tiveram uma queda de 9,4% em rtelação ao ano de 2013, enquanto os comerciais leves subiram 1,6%. Foram 829 mil unidades nesta classificação, sendo cerca de 300 mil de utilitários. Caso a mudança tivesse ocorrido no ano passado, essa queda de 9,4% seria reduzida para 8% e o aumento de 1,6% dos comerciais leves cairia para apenas 0,4%.

M alvado favorito

Com 658 cv, Chevrolet Corvette Z06 se torna o mais poderoso da história

fotos: divulgação

vitrine

por Raphael Panaro Auto Press

O

nde existe um Chevrolet Corvette, surgem rumores. E a possante versão Z06 da sétima geração do icônico esportivo norte-americano está aí para provar. A especulação foi sobre a potência que a nova safra do “apimentado” cupê ostentaria. Muito alimentada pela própria General Motors, que lançou o modelo no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, no ano passado, sem especificar oficialmente a força. A partir daí uma série de “chutes” foram dados: 620, 625 e 628 cv eram as maiores apostas. Mas pouco tempo depois a Chevrolet resolveu pôr uma “pá de cal” nas elucubrações e bateu o martelo. Com 658 cv e 89,8 kgfm de torque, o Z06 não é só tremendamente potente. É o Corvette mais poderoso de todos os tempos.

Para fazer jus ao título, a GM caprichou sob o capô. Todo esse manancial de potência e torque são extraídos do motor V8 6.2 litros sobrealimentado. O propulsor – chamado pela marca norte-americana de LT4 – usa a mesma arquitetura do aspirado LT1 da sétima geração da versão Stingray, de 460 cv, mas traz pistões e bielas forjados, válvulas de admissão feitas de titânio e cabeçotes de alumínio. Já o “anabolizante” é o compressor mecânico Eaton de 1.7 litro. O “selvagem” ZR1 usava a mesma fórmula, mas no Z06 o rotor tem

menor diâmetro e gira até 20 mil rpm – 5 mil rotações a mais. Isso explica o ganho consistente de força.

Para os mais tradicionalistas e ávidos por esportividade, o Z06 tem tração traseira e traz uma transmissão manual de sete marchas de série. Para quem não faz tanta questão de se sentir um piloto de corrida, há a opção de um câmbio automático de oito velocidades. Independentemente da escolha, o “Vette” tem desempenho de sobra. São apenas 2,95 segundos para atingir os 100 km/h partindo a imobilidade – com transmissão automática. Com a mecânica, esse número sobe para 3,2 s. A velocidade máxima fica perto dos 300 km/h.

Além de feroz, o Chevrolet Corvette Z06 também é um “rostinho bonito”. O design da sétima geração ganhou um “upgrade”. O carro teve os para-choques alargados em 56 mm na dianteira e em 80 mm na traseira. Por causa disso, as lanternas foram afastadas 7,5 cm em direção às extremidades. O “espaço” extra abriu um brecha para a Chevrolet instalar largos pneus: 285/30 R19 na frente e 335/25 R20 atrás. Além disso, há saias laterais, difusores dianteiro e traseiro e spoiler, porém somente o capô é em fibra de carbono.

A versão Z06 também aplaca ligeiramente a imagem do Corvette de ser um carro bruto e ter apenas um “motorzão”. A

GM encheu o modelo de eletrônica como sistema de desativação de cilindros do motor para reduzir o consumo de combustível, controle de largada, controle de estabilidade com cinco níveis de intensidade e bloqueio eletrônico do diferencial também regulável, com três ajustes de

acordo com o modo de condução selecionado.

Para adquirir um Chevrolet Corvette Z06 nos Estados Unidos é preciso desembolsar inicialmente US$ 78.995 – R$ 212 mil – pela versão cupê e US$ 83.995 – R$ 225 mil – pela conversível. Mas o super-

esportivo dispõe de três níveis de acabamento e ainda um pacote aerodinâmico opcional – o Z07 –, de US$ 7.995 – cerca de R$ 21.500, que traz uma estética ainda mais voltada para “track days” em autódromos. Ou seja, toda esportividade tem seu preço. E, geralmente, é alto.

Primeiras impressões

Músculos modernos

por Rubén Hoyo do AutoCosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press

Las Vegas/Estados Unidos – Ao pressionar o botão start/stop, o V8 emite uma nota grave, rouca e metálica. O primeiro passo é ajustar o modo de condução para “pista”, onde todos os componentes funcionam para dar o máximo de desempenho. O Z06 tem um vasto leque de opções de comandos que mudam o comportamento do carro. Nos metros iniciais, é bom ser gentil com o Corvette Z06. Aprender gradualmente a capacidade do modelo, pegar a “mão” da transmissão manual de sete marchas, que tem engates curtos e precisos, além do pedal da embreagem que é surpreendentemente macio, considerando o tipo de carro.

Ao ganhar confiança, o motor V8 6.2 litros parece ter um poder infinito. Empurra com uma força descomunal o Z06.

A função “Active Rev Match” no painel é uma grande aliada. Por meio dela, é possível aproveitar melhor as curvas de potência e mostrar que o Z06 é muito mais sofisticado que o “animal” ZR1 de sexta geração. E mesmo toda potência sendo jogada para as rodas traseiras, as

largas rodas de 20 polegadas, controles de tração e estabilidade, além de muita carga aerodinâmica, conseguem transferir, eficientemente, todo o poder para o chão.

Em altas velocidades, o ruído do motor no habitáculo não impressiona.

Porém, do lado de fora torna-se um rugido intimidador. Já o comportamento dinâmico não é de um “muscle car”. O Z06 entra nas curvas com total compos-

tura mesmo quando se abusa um pouco acelerador. Graças também a uma “ajudinha” da eletrônica. Toda tecnologia envolvida no Corvette Z06 permite até aos mais inexperientes ao volante tirar proveito do esportivo. Claro que para explorar os 100% que o modelo oferece é preciso um piloto profissional. Ou alguém que já tenha perdido o instinto de sobrevivência.

Ficha Técnica Chevrolet Corvette Z06 Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 6.162 cc, com oito cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro, comando variável de válvulas. Injeção direta de combustível.

Transmissão: Câmbio manual de sete marchas a frente e uma a ré.

Tração traseira. Controle de estabilidade de série.

Potência máxima: 658 cv a 6 mil rpm.

Torque máximo: 89,8 kgfm a 3.600 rpm.

Velocidade máxima: 298 km/h.

Aceleração 0-100 km/h: 3,2 segundos.

Diâmetro e curso: 103 mm X 92 mm. Taxa de compressão: 10:1.

Suspensão: Dianteira e traseira independentes do tipo Double Wishbone em alumínio com amortecedores magnéticos. Controle de tração de série.

Pneus: 285/30 R19 na frente e 335/25 R20 atrás.

Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS de série.

Carroceria: Coupé em monobloco de duas portas e dois lugares. Com 4,52 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,23 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e do tipo cortina de série.

Peso: 1.598 kg.

Capacidade do porta-malas: 425 litros.

Tanque de combustível: 70 litros.

Produção: Kentucky, Estados Unidos.

Lançamento mundial: 2014.

Preço inicial: US$ 78.995 – cerca de R$ 212 mil.

Defenestração em curso -

Novas estrelas - Além do crossover cupê GLE, a Mercedes-

Benz levou mais duas novidades ao Salão de Detroit, nos Estados Unidos. A marca alemã exibiu novas versões para o Classe C com o C350 Plug-in Hybrid e C 450 AMG Sport. O primeiro destacase pelo lado “ecológico” ao conseguir atingir a marca de 47 km/ litro e baixo nível de emissão de poluentes. O conjunto mecânico do C350 Plug-In Hybrid é composto por um motor movido a combustão – 2.0 de 211 cv e 35,6 kgmf de torque – aliado a um propulsor elétrico –, onde a ação combinada dos dois é capaz de render 279 cv e 61 kgmf de torque. O modelo conta com duas variações de carroceria – sedã ou perua – e é acoplado a uma transmissão automatica de sete velocidades.

A outra novidade é a versão 450 AMG Sport. Ela adota um motor biturbo 3.0, V6 de 362 cv e 52 kgfm de torque. O sedã esportivo consegue cumprir o zero a 100 km/h em 4,9 segundos e tem sua velocidade máxima limitada a 250 km/h. A Mercedes C450 AMG Sport também é disponibilizada tanto na versão sedã quanto perua e é equipada com transmissão automática de sete velocidades e tração integral 4Matic.

O ano de 2015 já começou marcado pelos reflexos das crises no setor automotivo no que diz respeito à estabilidade dos trabalhadores do setor. Milhares de metalúrgicos protestaram nesta semana em São Paulo contra as demissões previstas por fabricantes que atuam na região do ABC. De acordo com a Polícia Militar, foram cerca de 7 mil trabalhadores das marcas Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz que fecharam uma pista da rodovia Anchieta, na região de São Bernardo do Campo.

O protesto foi motivado pela confirmação de mais de mil demissões da Mercedes e da Volkswagen, sendo 800 delas nesta última semana. Em 2014, já foram fechados aproximadamente 12 mil postos de trabalho. Já os trabalhadores da Ford decidiram participar da manifestação em solidariedade aos colegas das duas montadoras.

Mais com menos – A Chevrolet já planeja adotar um mo-

tor 1.0 de três cilindros no mercado brasileiro. Ainda não se tem uma definição de quando essa tecnologia será utilizada por aqui, sabe-se apenas que ainda não será neste ano. O problema da fabricante americana não é tecnológico. A marca já tem esse motor, que equipa versões do Sonic e do Cruze nos Estados Unidos – inclusive com uma variante turbinada. Mas a ideia é que a fábrica de Joinville, em Santa Catarina, seja ampliada para iniciar a produção desses novos motores.

Ladeira abaixo – A produção nacional de motocicletas caiu

9,3% no ano passado. É o que informa a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo, que divulgou que 1.517.662 unidades foram fabricadas no país em 2014, contra as 1.673.477 de 2013. O segmento de duas rodas também registrou retração nas exportações.

Entre janeiro e dezembro de 2014, a queda em relação a 2013 foi de 22,6%, com 88.056 exemplares frente aos 105.819 do ano anterior.

Direto na

automundo

fotos: divulgação

tendência

por António de Sousa Pereira do Absolute-Motors.com/Portugal com a colaboração de Márcio Maio/Auto Press

Lexus aproveita sucesso global dos utilitários esportivos com seu híbrido compacto NX 300h

É

difícil não apostar no que está em alta. No mercado automotivo, surpreende o crescimento global dos utilitários esportivos. No Brasil, por exemplo, enquanto as vendas de automóveis caíram cerca de 7% em geral, o segmento de SUVs cresceu 4% em 2014. Na Europa, a projeção para 2015 é de um milhão de unidades emplacadas só entre utilitários esportivos premium. De olho nisso, a Lexus – marca de luxo da Toyota – tratou de garantir sua participação com o lançamento do compacto NX. Que inclui a variante híbrida 300h, apresentada no ano passado.

Com larga experiência no desenvolvimento e comercialização de híbridos, a Lexus equipou o NX 300h basicamente com o mesmo conjunto de motores utilizados no IS 300h e no GS

300h, promovendo pouquíssimas alterações. No caso do 2.5 a gasolina de quatro cilindros, a injeção é apenas indireta e a redução da taxa de compressão de 13:1 para 12,5:1 fez cair 24 cv e 4,08 kgfm, resultando em um total de 155 cv a 5700 rpm e 21,4 kgfm entre 4.200 e 4.400 giros. O motor elétrico dianteiro disponibiliza os mesmos 143 cv. Esse conjunto faz a potência máxima total se fixar em 197 cv e o torque do propulsor elétrico em 27,5 kgfm. A transmissão é sempre CVT. O Lexus NX conta com uma boa lista de itens tecnológicos. O Wireless Charging Tray permite o sincronismo entre dispositivos portáteis e o sistema do carro, que tem tela com comando por touch pad, monitor de visão panorâmica, painel multi-informativo com Head-up display, monitor de ponto cego e alerta de tráfego tra-

seiro. Há ainda outras “regalias” para o motorista, como controle de cruzeiro adaptável para todas as velocidades e lanternas frontais estendidas, que aumentam o campo de visão do motorista.

Apresentado pela primeira vez durante o Salão do Automóvel de Pequim de 2014, o modelo chegará no Brasil ainda neste semestre, mas não na motorização híbrida. Pelo menos por enquanto, está confirmada apenas a configuração NX 200t, que é equipada com o primeiro motor turbo 2.0 desenvolvido pela Lexus, nas linhas Luxury e F-Sport. Ainda não há divulgação do preço, mas tudo indica que esteja por volta de R$ 200 mil. O propulsor turbinado rende 238 cv e 35,7 kgfm e seu trem de força é sempre completado por uma transmissão automática de seis velocidades.

Primeiras impressões

Tocada leve

por Antônio de Sousa Pereira do Absolute-Motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press

Lisboa/Portugal – O condutor conta com três modos de condução disponíveis no NX 300h: Normal, Eco e Sport. Os três não só alteram as respostas do acelerador, como também criam um ambiente cromático distinto no painel de instrumentos.

Há ainda o EV, totalmente elétrico, em que é possível percorrer até 2 km, mas sem ultrapassar a velocidade de 50 km/h e sempre com o máximo de gentileza na hora de pisar no pedal da direita.

Na prática, o desempenho desta motorização prima mesmo por uma enorme suavidade a baixo regime. E nunca exibe o fulgor que o rendimento anunciado deixa antever aos menos versados na questão de híbridos com transmissão CVT. Mais do que a própria

velocidade limitada a 180 km/h, o que condiciona o NX 300h a essa condução em tiradas mais longas é a tendência que o câmbio CVT tem de empurrar o seu motor para perto de seu regime máximo de funcionamento sempre que se pressiona o acelerador com mais força. O resultado é uma resposta progres-

siva, mas não propriamente plena.

E acompanhada do típico e pouco agradável ruído esgoelado. O Lexus NX 300h é um SUV com vocação urbana. Suburbana até, já que é no deslocamento mais calmo que sua motorização entrega o melhor de si: a suavidade e a economia de consumo.

Ficha Técnica Lexus NX 300h Motores: A gasolina, dianteiro, transversal, 2.494 cm3, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo de válvulas no cabeçote com variação na abertura das válvulas na admissão. Injeção eletrônica de combustível. Propulsor elétrico de 650 V abastecido por bateria de níquel.

Transmissão: De variação contínua, do tipo CVT, com uma marcha a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.

Potência máxima do motor a combustão: 155 cv a 5.700 rpm.

Potência máxima do gerador elétrico: 143 cv.

Potência máxima com ambos propulsores: 197 cv.

Torque máximo do motor a combustão: 21,4 kgfm entre 4.200 rpm e 4.400 rpm.

Torque máximo do gerador elétrico: 27,5 kgfm.

Diâmetro e curso: 90 mm X 98 mm.

Taxa de compressão: 12,5:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira de duplo braço tri-

angular. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Pneus: 225/60 R18.

Freios: Dianteiros e traseiros com discos ventilados. Oferece ABS e EBD. Carroceria: Utilitário com quatro portas e cinco lugares. Com 4,63 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,65 m de altura e 2,66 m de entre-eixos. Ofer-

ece airbags frontais, laterais, de cortina e para joelhos.

Peso: 1.915 kg.

Capacidade do porta-malas: 475 litros.

Tanque de combustível: 56 litros.

Produção: Miyata, Japão.

Lançamento: 2014.

Preço: A partir de 47 mil euros, o equivalente a R$ 146.300.

Equilíbrio afetado

C

om um problema na fixação do cavalete lateral, a Triumph convocou 1.436 proprietários dos modelos Tiger Explorer e Explorer XC. O recall é para substituição do parafuso e da porca que fixa a peça à moto. A ação é necessária porque foi constatada a possibilidade de ruptura deste parafuso, o que poderia deixar o cavalete lateral instável, com a chance de queda da motocicleta quando estacionada. Para mais informações e agendamento do reparo, a marca britânica disponibilizou o telefone 0800 7272025, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9 h às 18 h.

transmundo

Dodge Ram 1500 Rebel : divulgação

Briga de cachorro grande

por Raphael Panaro Auto Press

No reduto das picapes, Salão de Detroit tem boas amostras do que chega ao mercado local em 2015

N

os Estados Unidos elas mandam e desmandam. E quanto maior, melhor. Enquanto por aqui o modelo mais vendido é o compacto Fiat Palio, por lá, há 35 anos, quem dita as regras é uma picape: a brutamontes Ford F-Series. E no Salão de Detroit de 2015, que acontece entre os dias 14 e 25 no Cobo Center, as picapes marcaram território. As locais Chevrolet e Dodge mostraram no evento duas propostas de veículos completamente voltados para o uso off-road. A Colorado ZR2 Concept, da Chevrolet, ainda é conceitual, mas parece pronta para ser produzida em série e traz diversos “gadgets”. A “pesada” RAM 1500 Rebel segue o mesmo caminho e o destaque é a suspensão a ar para aumentar a altura de rodagem em 2,5 cm, além de poder vir com o possante V8 5.7 Hemi de 400 cv. A Ford optou por apresentar um versão “nervosa” da F-150.

A conhecida versão Raptor agora está mais leve, mais eficiente e mais poderosa.

Quem também marcou presença entre as caminhonetes foram as japonesas Toyota e Nissan. A reestilizada Tacoma e a “grandalhona” Titan XD se enquadram bem no estilo de um país que tem ruas largas, estacionamentos abundantes e, apesar de tudo, combustível barato. De quebra, além do amplo espaço interno, oferecem boas doses de conforto.

Picapes em destaque no Salão de Detroit 2015 Chevrolet Colorado ZR2 Concept – A General Motors mostrou novamente a Colorado ZR2 de forma conceitual em Detroit. A primeira aparição aconteceu em novembro último, em Los Angeles. A picape ZR2 é totalmente designada ao fora de estrada. Tem para-choques novos, ganchos para reboques, rodas de alumínio de 18 polegadas com pneus todo-terreno,

capô com entradas de ar e bloqueio eletrônico de diferencial. Os amortecedores foram projetados para dar maior curso a suspensão e aumentar o vão livre. A potência de 181 cv e 51 kgfm de torque é proveniente do motor 2.8 Duramax de quatro cilindros com turbocompressor de geometria variável. Já a transmissão é automática de seis marchas e a tração é sempre 4X4.

Dodge Ram 1500 Rebel – A Dodge, agora parte integrante da Fiat Chrysler Automobiles – FCA –, levou para Detroit a configuração Rebel de sua “ostensiva” RAM 1500. Voltada para terrenos off-road, a Rebel traz suspensão a ar que eleva em 2,5 cm a altura de rodagem em relação a RAM 1500 “convencional”. Os pneus são de uso misto com 33 polegadas de diâmetro e rodas de 17 polegadas. A picape também ganhou um visual diferenciado, com

para-choques novos com proteção, ganchos de reboque e faróis de neblina com leds. Para empurrar o modelo, há o motor V6 3.6 Pentastar de 310 cv e 37,1 kgfm de torque – com tração apenas 4X4 – ou o poderoso V8 5.7 Hemi de 400 cv e 56,6 kgfm – com opção de 4X2 ou 4X4. O trem de força é completado pela transmissão automática de oito marchas. As vendas são estimadas para o começo do segundo semestre nos Estados Unidos.

Ford F-150 Raptor – “Jogando” em casa, a Ford exibiu em Detroit a versão mais “nervosa” de sua picape grande. A F-150 Raptor tem um chassi com maior aplicação de aço de alta resistência. Produzido com liga de alumínio de nível militar, a “dieta” chegou a 230 kg em relação à antecessora. A atual Raptor também é mais de 15 centímetros mais larga que a F-150 padrão, para aumentar a estabilidade off-road. Ela utiliza pela primeira vez uma saída dupla de escape e rodas de 17 polegadas. A força agora vem do exclusivo motor 3.5 litros EcoBoost que produz 417 cv e 60 kgfm de torque – antes era

um V8 6.2 litros de 411 cv. O propulsor trabalha com uma nova transmissão automática de dez velocidades. Para otimizar o desempenho, a nova Raptor traz também o Terrain Management System, que altera respostas do motor, câmbio, freios e controles de estabilidade e tração. Ela tem seis modos predefinidos: Normal, para condução diária, “Street”, para direção na cidade, “Wheater”, para rodar na chuva, neve ou gelo, “Mud and sand”, para trilhas de lama e areia, “Baja”, para rodagem no deserto em alta velocidade e “Rock”, para andar em baixa velocidade nas pedras.

Nissan Titan XD – Para disputar uma fatia no grande e importante mercado norte-americano de picapes grades, a Nissan mostrou a Titan XD em Detroit. Além dos motores V6 e V8, o modelo terá um propulsor Cummins V8 5.0 litros turbodiesel, que fornece 314 cv e robustos 76,6 kgfm de torque à disposição. A nomenclatura XD não é um “carinha” daquelas utilizadas em conversas na internet. Tratase de apenas uma versão da caminhonete que atualmente já é comercializada nos Estados Unidos em tamanho menor. A Nissan espera inicar as vendas o modelo até o fim de 2015 e vai oferecer opções de

cabine simples, estendida e dupla, além de dois comprimentos de chassi e cinco de acabamento. A capacidade reboque é de 2 toneladas, mas pode tracionar até 5 toneladas quando equipada propriamente. Entre as tecnologias estão o sistema multimídia com tela de sete polegadas e GPS integrado, câmera de visão traseira com guias de reboque, alerta de ponto cego e um visor de 5 polegadas no painel de instrumentos. Os planos da marca japonesa são ambiciosos ao projetar alcançar 10% do mercado norte-americano de automóveis.

E a Titan XD é um dos pilares.

Toyota Tacoma 2016 – A Toyota havia antecipado dias antes sua remodelada Tacoma, mas usou o Salão de Detroit para apresentá-la pela primeira vez ao público. A picape média comercializada exclusivamente no mercado norte-americano – de porte similar ao da Hilux vendida no Brasil – ficou mais robusta com uma dianteira imponente, grade hexagonal com aletas, vincos no capô e caixas de rodas bojudas. A camin-

honete ainda traz carregador sem fio, chave inteligente com botão start/stop, ar-condicionado dual zone, sistema multimídia com tela “touch” e alerta de ponto cego. A picape é eclética. Dois motores – um V6 4.0 litro a gasolina de 426 cv ou 2.7 litros de quatro cilindros e 159 cv, cabines estendida ou dupla, tração traseira ou integral e câmbio automático ou manual.

Conta-gotas

A

Jaguar deu uma pequena amostra da versão de produção de seu futuro SUV. O modelo atenderá pelo nome de F-Pace e está programado para surgir em 2016. As linhas devem ser bem parecidas com as do conceito C-X17, apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro de 2013. O utilitário esportivo usará a plataforma do recente sedã XE e terá várias opções de motorização, como um 2.0 litros turbo de quatro cilindros e até um V6 3.0 litros de mais de 300 cv. Um propulsor turbodiesel também é previsto para o mercado europeu. A tração poderá ser traseira e especulações apontam para que o trem de força seja completado por uma transmissão automática de oito marchas.

BMW R1200 R – Fotos: Divulgação

Fdolechas amanhã Agora parte da KTM, a sueca Husqvarna volta à ativa e mostra o futuro com os conceitos Svartpilen e Vitpilen

motomundo

Por Raphael Panaro Auto Press

A

Suécia é conhecida não só porque é a terra natal do jogador de futebol Zlatan Ibrahimovic – atualmente no PSG, da França –, do grupo ABBA, ou dos melhores índices de desenvolvimento humano, e também berço do prêmio Nobel.

O país escandinavo dispõe de uma indústria com marcas fortes. Volvo, Scania e Electrolux são algumas delas. Uma das menos conhecidas no Hemisfério Sul é a Husqvarna. A marca fundada em 1689 em Estocolmo começou sua trajetória fabricando rifles. Ao longo, desses 326 anos, os ramos de atuação foram diversificados: serras elétricas, cortadores de grama, equipamentos de proteção, entre outros. Mas em 1903, a Husqvarna se aventurou na produção de motocicletas.

Oitenta e quatro anos depois, a marca foi vendida à italiana Cagiva, que pertencia ao Grupo MV Agusta. Outro passo importante na história da fabricante foi dado em julho de 2007, quando a Husqvarna Motorcycles passou a ser parte do Grupo BMW. Porém, a parceria com alemães durou apenas seis anos. No começo de 2013, a marca foi comprada por Stefan Pierer, atual presidente da

KTM. E um dos mais recentes projetos da união com os austríacos atraiu os olhares no último Salão de Milão, na Itália, em novembro. Apesar ser um nome muito associado ao fora de estrada, a Husqvarna apresentou as motos-conceito chamadas Svartpilen e Vitpilen, que são voltadas para o uso na ruas. Mas os 112 anos de história da divisão duas rodas da marca sueca não ficaram para trás. Ambos os modelos carregam o DNA da fabricante ao serem inspirados na street Silverpilen, de 1953. O significado do nome também é interessante. Em sueco, Vitpilen significa “flecha branca”. Enquanto Svartpilen “flecha negra”. Os dois protótipos mesclam o passado com o contemporâneo.

Tendência essa que vem se espalhando pelo mercado de motocicletas. Ducati Scrambler e a BMW R NineT são os exemplos mais recentes. Nas motos da Husqvarna, esse conceito por ser visto logo no design. Os modelos em um ar “vintage” com pequenos detalhes modernos, como faróis com lâmpadas de leds integrados ao guidão.

Os conceitos também trilham caminhos distintos. A “flecha negra” aponta

para o estilo scrambler, motos dos anos 1970 que corriam em pequenos circuitos off-road, mas também tinham aptidão para encarar uma estrada. Além disso, elas ostentavam um visual despojado porque eram mexidas ou modificadas pelos proprietários. Na Vitpilen ou “flecha branca”, o gênero é das “café racer”. O estilo era associado aos jovens britânico rebeldes, que ouviam rock, gostavam de velocidade e sem pieguices. Entre uma xícara de café outra, esses adolescentes disputavam “rachas” e “depenavam” as motocicletas para aliviar o peso e, consequentemente, ganhar velocidade para vencer os “pegas”. Daí o caráter minimalista da Vitpilen, com guidão, tanque e assento em uma linha praticamente reta e pouquíssimas partes carenadas – que contribuem para o peso ficar em 135 kg.

Parte do Grupo KTM, os protótipos da Husqvarna pegaram “emprestado” uma parte vital para uma motocicleta: o motor. Os modelos usam o propulsor da Duke 390. Monocilíndrico, quatro tempos, 373 cm³ de deslocamento e refrigração líquida. A potência fica em modestos 44 cv. Com o passar do tempo, a rebeldia dá lugar à experiência.

Tolerância zero A perseguição aos integrantes de movimentos LGBT na Rússia chegaram, literalmente, ao trânsito do país. Uma lei assinada no fim de 2014 e publicada agora, em janeiro, proíbe transexuais ou transgêneros de dirigir. A justificativa é de que pessoas enquadradas nessas condições não são aptas à condução de veículos por “sofrerem de uma patologia”. Cleptomaníacos, crossdressers – que se vestem com roupas do sexo oposto – e praticantes de fetiches, masoquismo e voyeurismo também estão inseridos no grupo de excluídos.

Caixinha de surpresas

A Mini mostrou no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, a nova versão John Cooper Works do Cooper. Com 231 cv e 32,6 kgfm de torque, o Mini JCW é o mais potente já feito. A força vem do motor 2.0 litros turbo de quatro cilindros. O hatch precisa de 5,9 segundos para alcançar os 100 km/h partindo da imobilidadade e chega à máxima de 246 km/h. Visualmente, o modelo tem o desenho do para-choque mais agressivo, com generosas tomadas de ar e também grade no estilo colmeia.

Há ainda farois em leds, escapamento duplo e rodas de 17 polegadas.

Estrela em expansão Devido à alta demanda por utilitários esportivos, o presidente da Daimler, Dieter Zetsche, anunciou que a Mercedes-Benz planeja a criação ou a remodelagem de quatro veículos do segmento – o mais crescente entre os carros luxuosos. A Mercedes também anunciou o planejamento para a expansão de veículos com tração nas quatro rodas, com o intuito de contar com 80 modelos equipados com tal mecanismo até o fim do ano – atualmente a empresa alemã conta com 75.

Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 1, Número 37, 16 de janeiro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.153 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raphael Panaro redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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