Ano 2, Número 64, 24 de julho de 2015
E ainda: Range Rover Evoque Prestige SD4 Mercedes-Benz GLE Coupé 400 4Matic Honda CBR 300R Novos ônibus Marcopolo Chevrolet Camaro - sexta geração
Pitada de ousadia
Charme conversível e equipamentos são destaques do Fiat 500 Cabrio 1.4 8V
Sumário
EDITORIAL
O céu por testemunha
Edição de 24 de julho 2015
As páginas da “Revista Auto Press” desta edição estão bem charmosas. Como atração principal aparece o Fiat 500 Cabrio. O subcompacto desfila sua simpatia na versão com teto retrátil durante a avaliação e mostra suas qualidades. No outro teste, o também atraente Land Rover Range Rover Evoque mostra o porquê de ser o modelo mais vendido da marca ao exibir todo seu encanto na versão impulsionada por motor diesel.
03 - Fiat 500 Cabrio 1.4 8V
27 - Chevrolet Camaro
No México, a sexta geração do Chevrolet Camaro foi testada. Para manter o sucesso, a marca apostou em leves mudanças no visual e focou em melhorias na estrutura. Do outro lado do Atlântico, na Itália, a MercedesBenz GLE Coupé atrai os holofotes ao misturar seu talento versátil com linhas de cupê e utilitário aliado ao bom desempenho.
11 - Land Rover Range Rover Evoque Prestige SD4
33 - Marcopolo lança novos modelos de ônibus
Ainda em solo italiano, a nova Honda CBR 300R foi pilotada. A esportiva de baixa cilindrada vem para ocupar o lugar da antiga CBR 250R após mudanças pontuais. E no Brasil, em sentido contrário ao do mercado em crise, a Marcopolo apresenta cinco novos modelos de ônibus. Boa leitura!
21 - Mercedes-Benz GLE Coupé 400 4Matic
37 - Honda CBR 300R
T oque de
irreverência
teste
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
Fiat 500 Cabrio 1.4 8V entrega ousadia, diversão e bons equipamentos com preço atraente
Por Márcio Maio Auto Press
E
m um mercado tão pragmático em relação a preço como o brasileiro, é de se esperar que a presença de “funcars” nas ruas seja mesmo bastante tímida. Mas é nesse pragmatismo que a Fiat apostou quanto criou um versão ainda mais acessível de seu 500 Cabrio. O carrinho tem todos os requisitos exigíveis de um “funcar”, como o fato de ser divertido, ter um design sedutor e cheio de personalidade e uma imagem simpática e jovial. Para criar esta versão com preço mais atraente, a Fiat adotou a motorização mais simples oferecida no 500. No caso, um motor 1.4 8V com câmbio manual. Com isso, passou a oferecer o conversível por R$ 56.900 – R$ 11.320 a menos que a versão de topo, 1.4 16V com transmissão automática. E mais: é equipado e tem nível de acabamento comparável aos compactos da mesma faixa de preço. O 500 Cabrio mantém as linhas clássicas da versão convencional do modelo, mas ganha charme extra com o teto de lona com abertura elétrica que, nesta configuração de entrada, é sempre na cor vinho. A abertura pode ser feita em três níveis. O primeiro lembra um teto solar comum, deixando apenas a região da cabeça dos passageiros dianteiros à mostra. O segundo faz com que a superfície descoberta fique bem maior, mas mantém o vidro traseiro na posição original e os ocupantes do banco traseiro cobertos. Já o estágio final garante a abertura total do teto, fazendo com que o vidro de trás se solte e desça, abrindo espaço para a lona se posicionar sanfonada. A ação de abertura ou fechamento pode ser feita com o carro em movimento, desde que seja numa velocidade inferior a 80 km/h. A lista de equipamentos de série é extensa. Para garantir
o conforto a bordo, há ar-condicionado, direção elétrica, rádio com CD, MP3 e entrada auxiliar, apoia-braço para motorista e trio elétrico. Os itens voltados para a segurança envolvem tecnologias como controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, sinalização de frenagem de emergência, sensor de estacionamento, faróis dianteiros com regulagem elétrica de altura e sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis. Ou seja, um pacote bem completo para o segmento e faixa de preço, considerando que se trata de um modelo conversível – que já atrai atenções por si só. Há ainda os opcionais volante em couro com comandos do rádio, piloto automático, sistema de som com Bluetooth e pacote de áudio Alpine. O motor 1.4 8V produz potência máxima de 85 cv a gasolina e 88 cv a etanol. Seu torque é de 12,4 kgfm a gasolina e 12,5 kgfm a etanol, sempre a 3.500 rpm. A transmissão é manual de cinco velocidades ou, opcionalmente, automatizada Dualogic, também de cinco marchas – que acrescenta R$ 3 mil ao preço. Com o pedal da embreagem, é capaz e chegar à velocidade final de 172 km/h e seu zero a 100 km/h é feito em 11,8 segundos. Apesar de ser pouco mais de R$ 8 mil cara que a versão de entrada – o 500 Cult “normal” sai das lojas por iniciais R$ 48.740 –, a configuração Cabrio 1.4 8V carrega um posto de destaque no mercado nacional. Não é só o carro conversível mais em conta do país. A diferença entre ele e o concorrente mais próximo em relação ao preço, o Smart Fortwo, é de R$ 20 mil. E com a boa lista de itens de série que carrega, o subcompacto da Fiat com teto de lona oferece não só agradáveis passeios ao ar livre, mas também funciona como carrinho urbano ágil e bastante divertido.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.4 de 88 cv com etanol e 12,5 kgfm de torque é mais que suficiente para mover o modelo, que pesa só 1.080 kg em ordem de marcha. O câmbio manual de cinco velocidades deixa o 500 “esperto” no trânsito urbano. Na estrada, é preciso recorrer às reduções de marcha com frequência na hora das ultrapassagens ou retomadas. Nota 7. Estabilidade – O comportamento do 500 Cabrio 1.4 8V é bem correto. A suspensão macia até privilegia o conforto, mas a aderência é boa e as rolagens de carroceria, apesar de perceptíveis, são controladas. A torção da carroceria é bem pequena para um conversível. Comparado ao modelo fechado, o 500C recebeu um reforço na estrutura e ainda manteve o arco das portas. A versão ainda conta com controle eletrônico de estabilidade, tecnologia ainda pouco adotada em carros com esse tipo de motorização. Nota 8. Interatividade – São poucos comandos e todos bem posicionados, facilmente acessados pelo motorista. O câmbio, projetado a partir do console, é agravável de usar e muito bem localizado. A visibilidade dianteira é até boa, mas o pequeno vidro traseiro não ajuda. Com o teto completamento aberto, o retrovisor interno tornase praticamente inútil. Nota 8. Consumo – O InMetro testou a versão Cabrio do 500
com motor 1.4 8V e aferiu 7,6 km/l e 8,2 km/l com etanol e 10,9 km/l e 11,9 km/l com gasolina na cidade/ estrada. O resultado conferiu ao modelo nota D na categoria e B na geral, com 1,92 MJ/km de consumo energético. Nota 6. Conforto – O teto retrátil de lona confere uma sensação maior de espaço ao 500, mas o carro não deixa de ser um subcompacto por esse detalhe. Dois adultos viajam bem na frente, mas os passageiros de trás – somente dois – dependem demais da boa vontade dos ocupantes dianteiros. Na verdade, o espaço é pensado para crianças. O acerto da suspensão ajuda a filtrar as imperfeições do solo nacional e o isolamento acústico, apesar do teto de lona, é suficiente para garantir uma conversa sem grandes problemas dentro do veículo. Nota 8. Tecnologia – A plataforma do 500 é de 2007, mas ainda é considerada moderna. Controle eletrônico de estabilidade e de tração – normalmente disponíveis apenas em configurações mais caras – são itens de série, assim como alerta de limite de velocidade. O teto retrátil é elétrico e funciona em três estágios. Mas não há opção de central multimídia no modelo. Nota 8. Habitabilidade – Para quem viaja à frente, entrar e sair é bem fácil. Ainda mais quando o teto está aberto. Mas acessar a parte traseira exige contorcionismo. Os porta-objetos não têm espaço de sobra, mas também não falta lugar para abrigar o que precisa estar à mão do motorista. Já o porta-malas é ainda menor que no 500
convencional, com 185 litros de capacidade. Nota 8. Acabamento – O acabamento do 500C de entrada é recheado de plásticos, mas todos de bom aspecto e com arremates precisos. Os bancos de tecido são bicolores, o que transmite um charme extra ao habitáculo – podem ser em marfim e vermelho, marfim e cinza, cinza e preto ou, como na versão testada, preto e vermelho. Trata-se de um interior descontraído, mas sem exageros. Nota 8. Design – O visual retrô, seus faróis circulares e outros traços que lembram o modelo clássico da Fiat já chamam atenção. Com a capota aberta, é praticamente impossível passar com um 500C despercebido pelas ruas. Além disso, o teto retrátil vermelho, combinado a uma outra cor de carroceria – na unidade avaliada, era preta – insere ainda mais personalidade ao modelo. Nota 9. Custo/benefício – O 500C é o carro conversível mais barato do Brasil, com preço inicial de R$ 56.900. Pode chegar a R$ 60.834 com alto-falantes Beats e som Alpine operado por comandos de voz e com USB e Bluetooth e ainda piloto automático e volante multifuncional em couro. Esse é o preço médio de um hatch compacto mais requintado, com equipamentos semelhantes aos do 500 Cabrio. Sem capota, quem chega mais perto é o Smart ForTwo Cabrio, que tem motor turbo de 84 cv, mas custa R$ 76.900. Nota 8. Total – O Fiat 500 Cabrio 1.4 8V somou 78 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Diversão é solução Não adianta. Com capota aberta ou fechada, o Fiat 500 Cabrio arranca olhares admirados por onde circula. É claro que o teto todo retraído faz com que o subcompacto chame mais atenção que o normal, mas a combinação de duas cores no exterior – a capota na versão com motor 1.4 de 8V é sempre em tom vinho – adiciona um charme extra à já agradável aparência “vintage” do “carrinho”. Que, apesar do motor ser o mesmo que equipa modelos como o Uno e a versão de entrada da picape Strada, só merece diminutivos mesmo em seu tamanho. Em movimento, o 1.4 de 8V confere ao 500 um desempenho capaz de impressionar. É claro que não se trata de um propulsor que exale esportividade. Mas, aliado ao baixo peso do carro – 1.080 kg – e à transmissão manual de cinco velocidades, proporciona alguma diversão, principalmente no trânsito urbano. Na estrada, porém, não há milagres: as reduções de marchas são comumente necessárias em momentos de ultrapassagens e retomadas. Mesmo quando se aciona o botão “Sport”, que entrega um comportamento um pouco mais reativo às pisadas no acelerador.
Com a capota aberta, a sensação de liberdade é instigante. A visibilidade dianteira é boa, mas a traseira fica comprometida no terceiro estágio de abertura do teto, quando toda a lona cobre a retrovisão. Na prática, é quase como dirigir um furgão, com a opção de recorrer apenas aos retrovisores externos na hora de verificar o que está atrás. E, ao contrário dos conversíveis mais caros – como o Peugeot 308 cc, por exemplo –, só mesmo o teto fica descoberto. Ou seja, pela lateral, vê-se o mesmo que na configuração mais simples do 500, a Cult. As colunas centrais
e traseiras se mantém intactas na versão descapotável. Essa característica, no entanto, pode ser um diferencial em países como o Brasil. Enquanto a violência excessiva das grandes metrópoles assusta cada vez mais os potenciais compradores de modelos conversíveis, a privacidade garantida pela lateral mantida no 500C ajuda a transmitir segurança a quem viaja no carro. Além disso, cria uma espécie de proteção a quem deseja a sensação de liberdade que o teto retrátil dá, mas não quer se expor tanto nas ruas.
Ficha técnica Fiat 500 Cabrio 1.4 8V
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, com quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial com modo Sport. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 85 cv com gasolina e 88 cv com etanol a 5.750 mil rpm. Aceleração 0-100 km/h: 11,8 segundos. Velocidade máxima: 172 km/h. Torque máximo: 12,4 kgfm com gasolina e 12,5 kgfm com etanol a 3.500 rpm. Diâmetro e curso: 72 mm X 84 mm. Taxa de compressão: 12,3:1. Suspensão: McPherson com rodas independentes, com barra estabilizadora, braços oscilantes inferiores e geometria triangular. Traseira com eixo de torção e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 185/55 R15. Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. Oferece ABS com EBD e BAS. Carroceria: Conversível compacto em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 3,55 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,50 m de altura e
2,30 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Peso: 1.080 kg. Capacidade do porta-malas: 185 litros. Tanque de combustível: 40 litros. Itens de série: Ar-condicionado, direção elétrica, controle de estabilidade e tração, airbags frontais, ABS com EBD e BAS, assistente de partida em ladeiras, banco do motorista e volante com ajuste de altura, rádio/CD/MP3, apoio de braço central,
computador de bordo, faróis de neblina, trio elétrico, rodas de liga leve de 15 polegadas, sensor de estacionamento traseiro e teto elétrico em três estágios. Preço: R$ 56.900. Opcionais: sistema Blue&Me com entrada USB, Bluetooth e comandos de voz, som Alpine, piloto automático, seis altofalantes Beats e volante multifuncional em couro. Preço completo: R$ 60.834.
Em avaliação
A Volkswagen já pensa em incluir versões com o motor 1.0 TSI de 105 cv em outros modelos de seu “line up”. Lançado no Up no final deste mês, o propulsor é visto como a melhor estratégia para, aos poucos, substituir o antigo 1.6 8V de 104 cv. E um dos modelos em que já se cogita o uso do novo trem de força é a picape Saveiro, que ganhou a carroceria com cabine dupla no ano passado. A ideia da marca é analisar como os consumidores receberão o novo três cilindros turbinado. Isso porque, apesar de ter 1 cv e 1,2 kgfm a mais que o 1.6 8V, existe o medo de rejeição por parte de alguns possíveis compradores. Isso porque, no Brasil, ainda há muitos motoristas que associam o desempenho dos modelos à cilindrada do motor.
A
Passaporte carimbado
KTM anunciou oficialmente a vinda da 390 Duke ABS ao mercado brasileiro. A motocicleta tem previsão de chegada às concessionárias nacionais para a primeira quinzena de agosto, com valor estipulado em R$ 21.900. A naked é inspirada no modelo topo de linha da marca, a 1290 Super Duke R, de visual despojado e chassi com estrutura treliça de aço e guidão de alumínio, que resulta no baixo peso – são apenas 139 kg. Como o nome sugere, a 390 Duke ABS vem equipada com freios anti-travamento, além do propulsor monocilíndrico de quatro tempos com refrigeração líquida e 373,2 cm³, capaz de render 44 cv de potência e 3,5 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão de seis marchas. Por aqui, o modelo irá disputar espaço com a recém-lançada Kawasaki Z300, que conta com opcional ABS e tem preço estimado em R$ 19.900.
Foco no futuro
A um mês de completar um ano da inauguração de sua fábrica no Brasil, a Chery anuncia mais um investimento por aqui. A marca chinesa confirmou a nova linha de montagem da planta de Jacareí, no interior de São Paulo, destinada à produção de uma nova versão do Tiggo 5, modelo que será lançado no Brasil no final deste ano, ainda importado. O aporte de R$ 400 milhões foi protocolado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e será feito ainda em 2015, em setembro. A previsão é que as obras levem 18 meses até o início da operação da linha, que terá capacidade para montar até 30 mil unidades/ano. Com isso, a Chery deve gerar 220 novas vagas de emprego na região. O Tiggo 5 será o terceiro modelo a ser nacionalizado. Na fábrica brasileira já é produzido o compacto Celer e, ainda esse ano, deve sair da linha de produção o subcompacto QQ.
Pdeoder sedução
Fotos: Isabel Almeida/CZN
Versão diesel reforça ainda mais o “appeal” do Land Rover Range Rover Evoque Prestige
por Raffaele Groso auto press
autoperfil
D
esde que foi lançado, em 2011, o Land Rover Range Rover Evoque se firmou com um dos maiores sucessos da indústria automotiva mundial neste século. Com sucesso global de vendas, o modelo tornou-se também a “menina dos olhos” da Land Rover do Brasil, sendo o modelo mais comercializado da empresa no país. Foram mais de 2.500 unidades emplacadas no primeiro semestre deste ano – números bem significativos quando se trata de um veículo com preços iniciais na casa dos R$ 200 mil. Sem fazer muito alarde, a fabricante britânica trouxe para o país no ano passado uma variante diesel para o utilitário esportivo, antes disponível apenas com motores a gasolina. Batizado de SD4, o propulsor é disponibilizado apenas a partir da versão intermediária Prestige. Ela parte de iniciais R$ 222.500 quando equipada com motor a gasolina e começa em R$ 226.900 quando impulsionada pelo novo propulsor diesel. Quem opta pelo Evoque diesel, além pagar mais R$ 4.400 mais caro, abre mão de 21% de potência máxima, porém recebe mais 23% de torque máximo. O propulsor SD4 de 2.2 litros gera 190 cv e torque máximo de 42,8 kgfm – menos 50 cv e mais 8,2 kgfm de torque em relação ao motor 2.0 litros a gasolina. Com tais diferenças, a versão diesel cumpre o zero a 100 km/h em 8,5 segundos, contra 7,6 segundos da versão a gasolina. Junto com o Range Rover Evoque SD4 trabalha a transmissão automática de nove velocidades ZF. E a tração é integral 4WD. Se o motor apresenta variáveis, o acabamento continua o mesmo. No interior do Evoque Prestige SD4, é pos-
sível notar o esmero da Land Rover. Os revestimentos das portas, bancos e do painel são em couro de cores contrastantes e as saídas do ar-condicionado digital de duas zonas são em alumínio escovado. O teto solar panorâmico é bem extenso, prolongado até o fim da segunda fileira de bancos e pode ser aberto com apenas um toque. Ainda no interior encontra-se a central multimídia acoplada a uma tela de 8 polegadas, com funções de rádio, GPS, TV digital, conectividade com smartphone e entradas para CD, USB e auxiliares. Entre o velocímetro e conta-giros está uma tela TFT de 5 polegadas, onde o motorista tem acesso as informações do veículo como consumo, velocidade média, autonomia e outros. Do lado externo, o utilitário esportivo esbanja charme com suas rodas de liga leve aro 19, faróis de xênon automático com assinatura em leds, faróis de neblina e repetidores de troca de faixa nos retrovisores. A lista de itens tecnológicos do Range Rover Evoque Prestige SD4 é bem extensa. O SUV de luxo conta com sistema start/stop, que desliga o motor quando o carro está parado para economizar combustível. Os bancos dianteiros possuem regulagem eletrônica e sistema de refrigeração, sensores de estacionamento, de chuva e crepuscular. Também está presente o sistema Terrain Response, que permite ao motorista ajustar eletronicamente a carga dos amortecedores de acordo com o terreno. A lista é ampliada com chave presencial e piloto automático. No campo de segurança, o carro de luxo britânico possui sete airbags, controle de estabilidade e tração, assistência de frenagem a emergência, auxilio de partida em rampas e freios ABS com EBD.
Ponto a ponto
Desempenho – O Range Rover Evoque é impulsionado pelo motor turbodiesel de 2.2 litros de 190 cv e 42,5 kgfm de torque. O propulsor proporciona boas arrancadas e retomadas, mesmo em rotações mais baixas, e apresenta certa dose de esportividade. Há um ligeiro “delay” na entrada das marchas em ação, mas nada que comprometa o conjunto. Nota 9. Estabilidade – O utilitário esportivo passa sempre a sensação de estar sob controle. A estrutura é bem rígida e não demonstra rolagens. Os controles eletrônicos de estabilidade e tração junto com as rodas e pneus largos reforçam ainda mais esse quesito. Nota 9. Interatividade – O Evoque apresenta inúmeras funções, e há diversos botões espalhados ao longo do painel e do volante, além da tela multimídia. Todos apresentam fácil manuseio e estão bem localizados. O câmbio automático de nove marchas realiza trocas de marchas suaves e no tempo correto e os “paddle shifters” no volante permitem trocas manuais facilitadas. Nota 8. Consumo – O Range Rover Evoque Prestige SD4 não faz parte do programa de etiquetagem do InMetro. Durante a avaliação, o carro registrou média de 11,8 km/litro em ciclo misto. Nota 8. Conforto – O espaço interno do Evoque é generoso. Os bancos revestidos em couro junto com ajustes elétricos para os ocupantes dianteiros são bem agradáveis. Dentro da cabine é possível perceber o bom isolamento acústico. Na parte traseira, dois indivíduos viajam tranquilamente, e um terceiro elemento em trajetos curtos não chega a incomodar. Nota 8. Tecnologia – O Evoque SD4 tem lista bem recheada de itens tecnológicos. A tela multimídia de 8 polegadas “touch” engloba funções de rádio, TV, GPS, USB e entradas auxiliares. Há sensores de
estacionamento, chuva e crepuscular, bancos dianteiros elétricos e com climatizador, e o do motorista com memorizador. O arcondicionado de duas-zonas e o sistema de som é Meridian, de altíssima qualidade. Nota 9. Habitabilidade – O utilitário esportivo britânico possui diversos “porta-trecos” e o teto solar panorâmico bem amplo aumenta a sensação de espaço. Ocupantes traseiros dispõem de bom espaço lateral, porém a área para cabeça e pernas é um pouco limitada, assim como o porta-malas, que comporta apenas 420 litros. Nota 7. Acabamento – O Range Rover Evoque Prestige SD4 dispõe de acabamento refinado. O revestimento das portas em couro claro se contrasta com os bancos de tonalidade caramelo com costuras em branco. As molduras das saídas de ar-condicionado são em alumínio escovado e a parte de cima do console central é revestida em couro preto. Nota 10. Design – Quatro anos após o lançamento mundial, continua a ser um dos pontos fortes do modelo. O ar de robustez gerado pelas suas dimensões junto com toques de modernidade e sofisticação faz com que o carro pemaneça sendo alvo de cobiça nas ruas. Vincos fortes ao longo da carroceria, aliado às grandes rodas e aos faróis em leds, deixam o veículo imponente. Nota 10. Custo/benefício – O Range Rover Evoque Prestige SD4 começa em R$ 226.900, e pode chegar a R$ 278.900 com o pacote opcional Tech. O Audi Q5 com motor 2.0 de 225 cv e tração integral Quattro parte dos R$ 222.190 e chega a R$ 272.190 na versão 3.0 TSFI de 272 cv. Já o BMW X3 começa em R$ 206.950 com motor a gasolina de 184 cv e chega a R$ 289.950 na versão topo de linha M Sport com 306 cv. Os três os modelos possuem lista de equipamentos similares. Nota 7. Total – O Land Rover Range Rover Evoque Prestige SD4 somou 85 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Faz bonito
Embora não seja novidade no mercado, ainda é quase impossível passear com o Range Rover Evoque pelas ruas e passar despercebido. O modelo chama a atenção em qualquer tipo de ambiente. Ao entrar na cabine, é difícil não ficar encantado com a qualidade dos materiais e acabamento do carro, onde há couro de alta qualidade por todos os cantos. Ao acionar o motor da versão Prestige SD4, o painel se acende junto com as luzes dos inúmeros botões e o câmbio de marcha levanta. A sensação é que se está dentro de uma nave espacial. Basta apenas tocar o botão do teto solar panorâmico para a sensação de prazer ser ampliada. A posição de dirigir é facilmente encontrada devido às eficientes regulagens elétricas dos bancos e os ajustes do volante. Ao pisar no acelerador do Evoque, o carro parece ganhar velocidade sem fazer esforço. O isolamento acústico reforça essa sensação por não transmitir aos ocupantes o barulho do motor diesel – que normalmente têm fama de produzir uma sonoridade mais áspera. A bordo do Prestige SD4, praticamente não se nota a diferença. Caso o motorista prefira conduzir o utilitário esportivo de modo manual, o volante possui borboletas para troca de marchas, que trabalham em harmonia sem apresentar qualquer “soluço”. Não é preciso fazer muito esforço para atingir altas velocidades. Basta pisar um pouco mais forte no acelerador que o Range Rover Evoque começa “pegar embalo”, graças ao turbo que proporciona o torque máximo em rotações mais baixas – por volta dos 2 mil rpm. Ao selecionar o modo Sport, a suspensão fica mais rígida, e o veículo trabalha com rotações mais elevadas. Por mais que em algum momento o motorista se empolgue e exceda em curvas, o carro parece sempre estar firme, sem demonstrar nenhuma irregularidade. Para qualquer deslize, os controles eletrônicos estão lá.
Ficha técnica Land Rover Range Rover Evoque Prestige SD4 Motor: Diesel, dianteiro, transversal, 2.179 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio automatico de nove velocidades a frente e uma a ré. Oferece tração integral. Potência máxima: 190 cv a 3.500 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,5 segundos. Velocidade máxima: 195 km/h. Torque máximo: 42,8 kgfm disponíveis a partir de 1.750 rpm. Diâmetro e curso: 85 mm x 96 mm. Taxa de compressão: 15,8 Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo Multilink. Oferece controle de estabilidade. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Pneus: 235/55 R19. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas cinco lugares. Com 4,35 metros de
comprimento, 2,09 metro de largura, 1,60 metro de altura e 2,66 metros de entre-eixos. Peso: 1.790 kg. Capacidade do porta-malas: 420 litros. Tanque de combustível: 58 litros. Produção: Halenwood, Inglaterra. Itens de série: faróis de xenon automáticos com assinatura em leds, limpadores de para-brisa com sensores de chuva, faróis de neblina, retrovisores externos com função de memória e rebatimento, sistema Stop/Start, auxílio de partida em ladeiras, freios ABS com EBD, controle de estabilidade, controle de tração, controle de estabilidade antirrolagem, controle do torque de arrasto do motor, freio de mão elétrico, assistência a frenagens de emergência, assistência à estabilidade de trailer, botão Start/Stop, Terrain Response, airbag e de sistema de retenção, acendimento do pisca-alerta em caso de frenagem brusca, lembrete do cinto de segurança, pontos de fixação para o assento infantil Isofix, controles remotos da Chave Inteligente Range Rover, alarme perimétrico, carpetes premium dianteiro e traseiro, sistema de iluminação interna configurável
pelo cliente, luz de cortesia do console superior dianteiro (com escurecimento gradual), iluminação branca ao abrir as portas e iluminação no console superior, coluna de direção ajustável, assento do motorista com ajuste elétrico, placas do piso cromadas, sensor de estacionamento traseiro, sensor de proximidade e detecção de toque nas luzes para mapas no teto, abertura global para todas as janelas, compartimento coberto no console central, pontos de fixação
no porta-malas, piloto automático, tração nas quatro rodas, teto solar panorâmico, conectividade USB, Áudio, Bluetooth e streaming de áudio, central de informações do motorista em tela TFT colorida de 5 polegadas, sistema de som Meridian com 11 autofalantes, tomada de alimentação auxiliar - compartimento dianteiro e porta-malas, tomada de alimentação auxiliar estéreo 3,5 mm. Preço: R$ 226.900.
Trio de força N
o embalo do aumento de vendas no país, a Subaru apresentou a linha 2016 do Impreza sedã, do XV e do Forester, veículos mais emplacados da marca no Brasil. As principais novidades estão na parte interna, com o novo sistema de áudio acoplado a uma tela “touch” de 7 polegadas com USB e Bluetooth, e a introdução de um novo volante multifuncional. A chave foi redesenhada e agora possui três botões, com funções de abertura e travamento das portas e do porta-malas. Para o Impreza sedã e o XV, as mudanças continuam através do novo painel de instrumentos, com grafismo e tela modernizados, além de banco do motorista com regulagem elétrica. O Impreza sedã tem seu preço sugerido em R$ 98.900 e o XV não sai por menos de R$ 104.900. Já o Subaru Forester possui duas versões, Sport e XT Turbo. A primeira é impulsionada por um propulsor aspirado de 2.0 litros de 150 cv. Já a segunda possui motor 2.0 litros com turbocompressor capaz de render até 240 cv. Em ambas as configurações, o câmbio é automático de oito velocidades. O valor da versão Sport é sugerido em R$ 122.900, enquanto o da XT Turbo é de R$ 139.900.
Tnação erceiro olho - A Ford testa novas tecnologias de ilumique vão permitir ao motorista identificar potenciais riscos nas
estradas à noite. O “Spot Lightning” usa uma câmara infravermelha para detectar a presença de pedestres, ciclistas e animais na pista e alertar o fato ao motorista. O sistema é capaz de identificar até oito potenciais perigos e destacar duas prioridades máximas, por meio de faróis especiais e exibição na tela do painel. Essas tecnologias estão sendo desenvolvidas no Centro Europeu de Pesquisa e Inovação da Ford em Aachen, na Alemanha. A expectativa é que estejam disponíveis no mercado em breve. O equipamento pode usar ainda o GPS para iluminar melhor as curvas e depressões da estrada. Quando o sinal do navegador não está disponível, uma câmara de vídeo montada na base do espelho retrovisor identifica as marcações da pista para prever a direção das curvas e iluminar a área de forma mais eficiente. Nesses casos, as informações ficam salvas no sistema e, quando o motorista utiliza a mesma via, os faróis se adaptam à estrada automaticamente.
N otícias de impacto - O Jeep Renegade tirou do Volkswagen Up o título de carro brasileiro mais seguro, de acordo
com os testes do Latin NCap. O SUV pernambucano conseguiu cinco estrelas tanto para proteção de adultos quanto de crianças, algo que jamais aconteceu com um modelo produzido no Brasil. O compacto da Volkswagen também tem cinco estrelas, mas só no que diz respeito à proteção de adultos. A versão do Renegade testada tinha apenas os airbags frontais exigidos por lei, mas o modelo aceita até oito. O Latin NCap avaliou também o novo Fiat Palio. O hatch pequeno da Fiat atualizou seus sistema de lembrete de uso do cinto de segurança para o motorista e, assim, subiu de três para quatro estrelas de proteção aos ocupantes adultos. Já o Chery QQ não ganhou nenhuma estrela. Diferentemente da versão comercializada no Brasil – e que será produzida aqui em breve – o modelo avaliado não contava com nenhum airbag
Bicho do mato
Q
uase três meses após apresentar seu novo SUV S-Cross, a Suzuki resolveu manter seu foco no segmento e apresentou uma outra versão para o Grand Vitara. Batizada de 4Sport, a configuração vem para ressaltar as habilidades off-roads do modelo. Além do visual mais “parrudo”, com pintura em grafite fosco na parte inferior da carroceira, o carro ficou cerca de 5 centímetros mais alto e ganhou suspensão mais firme com novos amortecedores e molas, além de pneus ATR, de uso misto. Embora com mudanças estéticas e reforço na suspensão, a versão “lameira” 4Sport do Suzuki Grand Vitara mantém o mesmo motor. O propulsor é o 2.0 litros de 140 cv com tração nas quatro rodas, acoplado à transmissão manual de cinco marchas ou automática de quatro. Disponibilizado inicialmente nas cores prata e branco, o Suzuki Grand Vitara 4Sport parte dos R$ 95.990 com câmbio manual e chega a R$ 104.990 na opção de transmissão automática.
Múltiplas facetas
por Márcio Maio Auto Press
Mercedes-Benz GLE Coupé é esportivo com porte de utilitário e perfil de cupê
Fotos: Divulgação
vitrine
S
edãs e utilitários esportivos são veículos com vocação normalmente familiar. Cada qual com suas características, tentam seduzir os consumidores que buscam conforto e boa habitabilidade. Mas a concorrência acirrada entre as marcas faz com que as apostas em modelos que unem pontos positivos de ambas as categorias comecem a ganhar mais espaço no “line-up” das marcas. Principalmente nas de luxo. A Mercedes-Benz, por exemplo, apresentou no último Salão de Detroit, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano, seu GLE Coupé. O nome já deixa clara a origem do projeto: trata-se da mescla entre o sedã Classe E e o SUV GL – mas com o charme da linha de cupê com quatro portas. A previsão é de que o crossover esteja disponível para a venda no Brasil até o final de 2015, para competir diretamente com o BMW X6. A Mercedes começou o projeto do GLE Coupé para chegar a um veículo com a personalidade de um cupê de quatro portas. Mas aproveitou para inserir o “knowhow” off-road da marca e deixou o carro mais robusto. O resultado é definido pela fabricante como um “cupê esportivo com o DNA de um SUV”. Questão de estratégia de mercado, já que as previsões da Mercedes para 2015 são de que o número de utilitários esportivos vendidos em 2015 e 2016 devem ser o dobro do que se viu em 2014. O GLE Coupé se destaca por suas proporções expressivas. A carroceria rebaixada e o teto inclinado se
destacam. Mas chama atenção ainda a dianteira com grade única e barra central cromada vinculada aos faróis de leds. De perfil, vincos bem pronunciados e as rodas avantajadas – podem ter entre 20 e 22 polegadas – ampliam a ideia de robustez do modelo. Já a traseira tem sua esportividade aguçada pela dupla saída de escapamento e trazem lanternas horizontais que invadem uma pequena parte da tampa do porta-malas. Por dentro, os traços típicos de um cupê esportivo prevalecem sobre as características de um “fora de estrada” puro. As portas têm, de acordo com a Mercedes, ângulo de abertura alto e bancos em posição elevada, para facilitar o acesso. Os bancos e volante esportivos são de série, sempre revestidos em couro. O acabamento recebe materiais requintados, como alumínio ou, opcionalmente, madeira e preto laqueado. O modelo é oferecido sempre em tração integral e com duas motorizações, ambas 3.0 litros V6. Uma é turbodiesel de 258 cv e 63,2 kgfm. Já a outra é a gasolina e capaz de gerar 333 cv e 48,9 kgfm de torque. Ambas têm câmbio automático de nove velocidades. Há ainda as versões produzidas em parceira com a AMG, a divisão mais “raivosa” da Mercedes. Na GLE 450 AMG, a potência sobe para 367 cv e o torque, para 53 kgfm. Mas as mais enfurecidas são a 63 AMG e 63 AMG S, com transmissão automatizada de dupla embreagem e sete velocidades, que ostentam um V8 5.5 litros que atinge 557 cv e 585 cv, além de 71,4 kgfm e 77,5 kgfm, respectivamente.
Primeiras impressões
Vigor pleno
por Claudio Soranzo do Infomotori.com/Itália, exclusivo no Brasil para Auto Press Allgäu/Alemanha – O Mercedes-Benz GLE promete conforto e capacidade de off-road. De fato, o carro combina estilo, elegância e robustez. Seus principais pontos fortes são o excelente desempenho tanto na estrada quanto no ambiente mais aventureiro, aliados ao amplo espaço interno e alta segurança. A impressão que se tem é que tudo foi concebido para que, além de uma boa opção para rivalizar com o BMW X6, seja também uma das principais peças de vitrine da marca. Com o propulsor a gasolina de 333 cv, seu desempenho é mesmo bastante animador. A avaliação se deu tanto em caminhos na região montanhosa de Allgäu, na Alemanha, quanto nas estradas bem pavimentadas e de velocidade rápida de Kitzbuhel, na Áustria. Um trajeto de cerca de 130 quilômetros que mostrou o quanto o modelo é hábil e apto para a diversão aventureira ou para os passeios em família. O consumo de combustível é um pouco acima do esperado, mas é inegável o quão responsivo é o GLE Coupé aos comandos do motorista.
Ficha técnica Mercedes-Benz GLE Coupé 400 4Matic Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.996 cm³, turbo com intercooler, seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de nove marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 333 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 48,9 kgfm entre 1.400 e 4 mil rpm. Aceleração 0-100 km/h: 6,0 segundos. Velocidade máxima: 245 km/h limitada eletronicamente. Diâmetro e curso: 88,0 mm X 82,1 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Pneumática Airmatic com sistema de amortecimento continuamente variável. Controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 275/50 R20. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD e assistente de frenagem de emergência.
Carroceria: utilitário esportivo com quatro portas e cinco lugares. Com 4,90 metros de comprimento, 2 m de largura, 1,73 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais dianteiros e traseiros, cortina e de joelho para o motorista. Peso: 2.105 kg.
Capacidade do porta-malas: 650 litros. Tanque de combustível: 93 litros. Produção: Alabama, Estados Unidos. Lançamento: 2015. Lançamento no Brasil: Previsto para o final do ano. Preço: 67.235 euros na Alemanha, o equivalente a R$ 233 mil.
Queda livre
Conquista do espaço A Ford criou uma versão especialíssima do seu esportivo Mustang. Batizada de Apollo Edition, ela tem apenas uma unidade e foi inspirada na missão espacial Apollo, há 46 anos, quando o homem pisou pela primeira vez na Lua. O modelo tem a carroceria pintada nas cores preto e branco, com spoiler frontal de fibra de carbono para deixá-lo mais rente ao solo, difusor traseiro, luzes de leds, rodas exclusivas aro 21 e adesivos. No interior, os destaques ficam por conta dos bancos esportivos em couro preto com contrastes em vermelho e costura branca, painel de instrumentos e soleiras diferenciados. O
banco traseiro foi retirado e deu lugar a uma capa de couro com o logotipo que simbolizava as missões Apollo. O Mustang Apollo Edition tem como base a versão GT, que ostenta sob o capô um poderoso V8 supercharged de 5.0 litros, capaz de render 627 cv e 74,5 kgfm de torque, acoplado à transmissão manual de seis marchas. Para conter tanto ânimo, a suspensão foi reajustada e os freios são Brembo de alta performance. O Mustang “espacial” tem destino certo: é peça do leilão que acontece na EAA AirVenture Oshkosh 2015, em Wisconsin, nos Estados Unidos.
A crise nas vendas de motocicletas segue decepcionando quem trabalha no setor. A média diária da primeira quinzena de julho foi a mais baixa dos últimos dez anos. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a queda foi de 7% em relação à média diária do mesmo período de 2014, passando de 5.164 para 4.801 unidades emplacadas. Os números são os piores registrados desde 2005. Em relação à primeira quinzena do mês passado, que teve 5.084 comercializações, a retração foi de 5,6%.
Bolso aberto A Porsche planeja gastar mais de 1 bilhão de euros – cerca de R$ 3,5 bilhões – até 2020 modernizando seus principais pontos de produção e pesquisa. A marca, que pertence ao Grupo Volkswagen, está construindo uma nova fábrica de motores e funilagem na planta de Zuffenhausen, no Sul da Alemanha. Há a intenção ainda de lançar um novo modelo até 2020 e fechar 2015 com mais de 200 mil carros emplacados.
automundo
por Raffaele Grosso Auto Press
C hevrolet C amaro ganha esportividade mas mantém estilo
Fotos: Divulgação
Conteúdo para a forma
H
á exatos 50 anos, o Chevrolet Camaro é um dos carros-vitrine da gigante norte americana. Ele foi criado para tentar combater o bem-sucedido Ford Mustang, mas sempre perdia em vendas para o arquirrival. A partir de 2010, quando sua quinta geração foi lançada, o Camaro quebrou este estigma e superou o concorrente no mercado norte-americano. Talvez para não espantar a freguesia, a Chevrolet decidiu manter o visual básico do modelo na nova geração, apresentada em Detroit, como linha 2016. E investiu no ponto mais fraco da quinta geração do Camaro, que era a plataforma pouco adequada à direção esportiva. As melhorias estruturais, de alguma forma, compensam a pequena evolução estética. A nova plataforma deixou o Camaro 90 quilos mais leve e com uma rigidez torcional 28% maior. A arquitetura é a mesma aplicada ao menor modelo da marca de luxo do grupo GM, o Cadillac ATS – que também utiliza tração traseira. Por isso, ficou 5 cm menor no comprimento e com o entreeixos 4 cm mais curto. Agora as dimensões estão em 4,78 metros de comprimento, 1,89 metros de largura, 1,34 de altura e 2,81 metros de distância entre-eixos. A suspensão também “emagreceu”, com as ligações da parte dianteira em alumínio e aço, e a traseira com furos de clareamento nas travessas. Só no sistema suspensivo foram 12 kg a menos.
Do lado de fora, o Camaro manteve-se fiel à antiga geração. Na parte dianteira, o “muscle car” ficou mais agressivo, devido aos novos faróis, mais estreitos e com o contorno inferior em led, presentes também nas luzes diurnas incrustadas no para-choque. A grade está mais estreita, mas a entrada de ar inferior ficou maior. O capô ganhou mais vincos e o volume central, onde se “encaixa” o cabeçote ficou mais ressaltado. Já a tampa da mala foi rebaixada e o para-choque, mais encorpado. Com isso, a nova lanterna ficou mais afilada. Todos os vincos e arestas ficaram mais marcados, dando uma impressão de entalhe.
A cabine também sofreu mudanças em busca de um ambiente mais limpo e sofisticado. Os instrumentos, que antes tinham clusters individuais e se espalhavam pelo interior, foram concentrados em um painel maior atrás do volante, com três grandes seções – conta-giros e velocímetro nas extremidades e um visor de TFT ao centro. Materiais de melhor qualidade foram utilizados, e o tablier e console passam a contar com couro e molduras em alumínio. Os bancos, em couro, possuem costuras em tonalidade contrastante. Os anéis das saídas de ar passam a ter comando de temperatura. No centro, um ajuste para a velocidade do
vento. O sistema de iluminação interna é em led e possui diferentes combinações de cores e intensidade das luzes. No centro do painel, ainda há uma tela de oito polegadas com sistema multimídia Mylink. Sob o capô, a nova geração do Camaro dispõe de três motores. O primeiro, na versão LT, é um 2.0 turbo de 275 cv de potência e 40,7 kgfm de torque. De acordo com a Chevrolet, entre 2.100 e 3 mil rpm dispõe de 90% do torque e entre 3 mil e 4.500 rpm, 100%. Há também um motor aspirado de seis cilindros e 3.6 litros com 335 cv e 39,6 kgfm de torque. Este propulsor desativa dois cilindros em situações em que toda esta potência não é necessária. Já a versão SS, topo de linha que normalmente é importada para o Brasil – isso quando o dólar era 25% menor – passa a utilizar o mesmo motor do Corvette Stingray. O propulsor, LT1, é um V8 de 6.2 litros com 455 cv e 62,91 kgfm de torque. Neste, o sistema de desativação de cilindros desliga quatro deles. Cerca de 20% dos componentes foram feitos exclusivamente para o Camaro. Em todas as motorizações, a transmissão pode ser manual de seis marchas ou automática de oito velocidades com troca de marchas através de “borboletas” no volante e dispõem de seletor de estilo de direção, onde as respostas do motor são alteradas de acordo com os modos: Snow, Tour e Sport. A versão SS ainda tem um quarto modo, mais forte, chamado de Track.
Primeiras impressões
Desejo insaciável
por Ruben Hoyo do autocosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press
Detroit/Estados Unidos– O circuito de Belle Isle Park, localizado em Detroit, nos Estados Unidos, não é do tipo Fórmula 1. Todo seu contorno é entre muros e por isso não foi permitido exceder os 40 km/h, nem ao menos por um segundo. Por isso, é impossível saber da nova capacidade do esportivo Camaro, disponibilizado com motor 3.6 litros V6 com 335 cv de potência e 39,6 kgfm de torque. Apesar disso, não pode-se negar que o primeiro contato com o Camaro foi interessante e positivo. Entre os destaques está a melhoria do interior, sendo a principal atração a tela sensível ao toque de oito polegadas com sistema de entretenimento Mylink e o ecrã no centro do quadro de instrumentos com inúmeras informações. O isolamento acústico também parece ter recebido ajustes positivos. Embora a falta de oportunidade de avaliar o Camaro em velocidade mais agressiva e conhecer a capacidade da variante SS – motor V8 de 455 cv, a briga entre o modelo e o Ford Mustang, em primeira instância, parece render boas emoções.
Ficha Técnica - Chevrolet Camaro SS Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 6.162 cm³, 6.162 cm³, com oito cilindros em “V”, duas válvulas por cilindro e comando simples de válvulas. Acelerador eletrônico e sistema de gerenciamento de combustível que desliga quatro cilindros. Transmissão: Câmbio automático com modo manual sequencial de oito marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece
controle de tração. Potência máxima: 455 cv a 6 mil rpm. Torque máximo: 62,91 kgfm a 4.400 rpm. Diâmetro e curso: 103,25 mm X 92 mm. Taxa de compressão: 11,5:1 Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com barra estabilizadora. Traseira multilink de cinco braços e barra estabilizadora. Amortecedores de dupla ação com Magnetic
Ride Control, que altera a rigidez. Freios: Discos ventilados nas quatro rodas com ABS. Carroceria: Cupê em monobloco com duas portas e quatro lugares. Medidas: 4,78 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,34 m de altura e 2,81 m de distância entre-eixos. Lançamento mundial: 2015. Produção: Michigan, Estados Unidos.
Bodas
de zinco
A
Yamaha decidiu comemorar os 10 anos da linha Fazer 250 com uma renovação visual no modelo 2016. Entre as alterações principais estão o tanque estilo aviação, com bocal embutido, e novas carenagens laterais, além de tomada de ar e farol mais destacados. A chave foi redesenhada e o painel digital tem iluminação branca em leds com funções como relógio, tacômetro, velocímetro e hodômetro. O motor segue o flex de 249,45 cm³, que entrega 20,9 cv e 2,10 kgfm, quando abastecida com etanol. A previsão de chegada às lojas é na segunda quinzena de agosto, com preço de R$ 13.620.
No comando – A Volvo comprou
a Polestar, empresa responsável pela preparação dos motores das versões esportivas da marca sueca desde 1996. No início, essa parceria ficava restrita aos modelos de competição, mas já vale para alguns carros de passeio. Só neste ano, a fabricante planeja comercializar 750 unidades do S60 e do V60 preparados pela Polestar.
Novos horizontes –
A Honda anunciou a inauguração de sua primeira fábrica de carros na África. A planta fica na Nigéria e vai iniciar seus trabalhos com o médio-grande Accord. A capacidade de produção anual é de apenas 1.000 unidades, mas a ideia é expandir rapidamente esse número no futuro. O espaço é junto das instalações onde a marca japonesa já produz motocicletas desde 1980.
Debutante
– A Chevrolet comemorou nesta semana os 15 anos de aniversário de sua fábrica em Gravataí, no Rio Grande do Sul. O complexo foi inaugurado em 20 de julho de 2000 e o primeiro modelo que saiu de sua linha de produção foi o Celta, mas lá também são fabricados o hatch Onix e o sedã Prisma. A unidade fabril produziu 2,8 milhões de automóveis desses três modelos desde sua abertura.
Um novo tempo transmundo
Torino Motor Traseiro: divulgação
Marcopolo aposta na retomada das vendas de ônibus e lança cinco modelos
por Márcio Maio Auto Press
É
inegável que a queda acentuada nas vendas de ônibus no Brasil assusta as empresas ligadas a esse segmento. Mas desacelerar os investimentos em novos produtos não necessariamente é a única estratégia para diminuir as perdas. A encarroçadora Marcopolo, por exemplo, quer estar preparada na hora em que o período de “vacas magras” der trégua. Para isso, lançou cinco modelos de carrocerias neste mês. Três delas no segmento urbano e duas no rodoviário. A família Torino ganhou três novas opções: Express, de ônibus articulado, Low Entry, do modelo convencional, e ainda uma opção para chassis com motor traseiro. Já as viagens médias e longas agora contam com as carrocerias dos novos Ideale e Paradiso 1350. “Muitos países não têm como investir em modais de transportes mais caros, o que faz com que o ônibus seja a opção mais funcional e imediata para solucionar o problema da locomoção das pessoas. Quando o setor melhorar, já estaremos preparados”, avalia Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo. O novo Torino com motor traseiro possui características técnicas similares às do modelo com motor dianteiro. A diferença principal fica por conta do melhor conforto termoacústico. A Marcopolo desenvolveu um novo sistema de isolamento do cofre do motor que, aliado à posição traseira, reduz sensivelmente o nível de ruídos no interior e a temperatura ambiente do salão de passageiros. Já o articulado Torino Express tem comprimento total de 20 a 23 metros e largura de 2,55 m – foi desenvolvido para atender ao padrão de vias segregadas básicas e dos sistemas BRT. O modelo traz painel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas, novos conjuntos óticos traseiro e frontal com luzes diurnas e iluminação interna em leds. Há poltronas ergonômicas com novos apoios de cabeça, poltronas com encosto alto e ar-condicionado opcionais. A acessibilidade do Torino Express é garantida com cinco assentos preferenciais para idosos, gestantes e/ou portadores de necessidades especiais, elevador automático e espaço especial dedicado para cadeirantes. Os pés das poltronas são do tipo cantilever, que permitem reparos no piso sem a necessidade de remoção das mesmas, para reduzir o custo de manutenção e facilitar a limpeza.
Torino Express: divulgação
Torino Motor Dianteiro: divulgação
Paradiso 1350: divulgação
Novo Ideale: divulgação
O Torino Low Entry é mais robusto e aposta na relação custo/benefício. É equipado com suspensão pneumática e tem piso baixo, o que facilita o acesso para todos os passageiros, sem a necessidade de elevador. Com isso, entrega mais agilidade no embarque e desembarque de pessoas. Mesmo no caso de passageiros com mobilidade reduzida e cadeirantes. São 13,3 m de comprimento e 2,60 m de largura. Com essas medidas, pode transportar até 90 passageiros, sendo 49 sentados e 41 em pé. O modelo tem uma poltrona destinada a passageiros obesos e pode ser equipado com ar-condicionado, poltronas com encosto de cabeça, descansa-braços e descansa-pés e lixeiras no salão de passageiros. Há opção de sistema de iluminação interna em leds e equipamentos audiovisuais com dois monitores de 19 polegadas em LCD e sirene de marcha à ré. Para o tráfego rodoviário, a encarroçadora gaúcha aposta no Paradiso 1350, que ostenta bom espaço para bagagens – são 13,5 m de saia lateral, com mais de 20,5 m³ de capacidade. O ônibus ganha novos interior, poltronas, porta-focos e toalete. O modelo completa a linha Geração 7 da marca – que já conta com Viaggio 900, Viaggio 1050, Paradiso 1050, Paradiso 1200, Paradiso 1600 Low Driver e Paradiso 1800 Double Decker. No mesmo segmento, o novo Ideale é focado nas linhas intermunicipais e no fretamento e ganha 5 centímetros a mais de largura – são 2,55 m, contra os 2,50 m da versão anterior –, leds nas luzes de direção, grade dianteira redesenhada com padrão “colmeia”, grades inferiores do para-choque dianteiro injetadas e farol de neblina como opcional. O Ideale também é o primeiro a oferecer as novas poltronas fabricadas pela Marcopolo, que a empresa garante serem mais ergonômicas e confortáveis, além de revestimentos internos atualizados, porta-focus e toalete reprojetado. Outro detalhe que o diferencia é a porta no sistema In-Swing, que abre para dentro. A estratégia é adotada para evitar acidentes com os passageiros. “Com o destravamento da regulação das linhas interestaduais e internacionais, o setor deverá investir R$ 800 milhões. A maioria desse aporte será na compra de ônibus. Isso nos leva a crer que nosso setor ainda tem muito retorno a dar”, avalia Paulo Corso.
Ajustes
de ocasião
A
Fiat virou o ano para sua linha Weekend – o antigo Palio Weekend, na carroceria perua. A versão mais vendida, a de topo Adventure, com motor 1.8 de 132 cv, passa a contar com vidros traseiros elétricos, sensor de estacionamento e rádio com MP3 e Bluetooth de série. Além disso, a marca italiana reduziu o preço. Dos R$ 63.472 pedidos pela linha 2015, agora o consumidor passa a pagar R$ 62.320 pelo modelo 2016. Já as configurações Attractive 1.4 e Trekking 1.6 custam R$ 49.150 e R$ 51.350, respectivamente.
Evolução pontual
motomundo
Fotos: divulgação
Nova Honda CBR 300R substitui CBR 250R e aposta na otimização de seu conjunto para se destacar no segmento
Por Raffaele Grosso Auto Press
A
s motocicletas esportivas de baixa cilindrada recebem frequentemente ajustes para ganhar refinamento esportivo – seja na posição de pilotar, na lista de acessórios tecnológicos ou no design, sempre com referências às superesportivas. Com a Honda, não poderia ser diferente. Durante o Salão de Chongqing, na China, a marca japonesa apresentou a nova CBR 300 R, versão atualizada da CBR 250 R. O modelo tem um visual bem esportivo, inspirado nas motocicletas de maior cilindrada CBR 600 RR e a CBR 1000 RR. A carenagem frontal agora possui faróis duplos e os assentos são em dois níveis. A carenagem lateral sofreu modificações e está mais estreita, assim como os bancos, para proporcionar alcance ao chão. A parte traseira e o tanque de combustível foram atualizados. O painel de instrumentos possui informações digitais, como nível de combustível, temperatura do líquido de arrefecimento, velocímetro e medidas de percurso. O conta-giros,
que é analógico, fica logo acima. Para se aproximar da arquirrival Kawasaki Ninja 300, os engenheiros da Honda trabalharam na otimização do desempenho da CBR 300 R. Entre as principais mudanças no propulsor estão os novos virabrequins e bielas, que resultaram em maior curso, de 55 milímetros para 63 milímetros. Com isso, o propulsor passou a render mais 0,4 kgfm de torque. O motor recebeu maior deslocamento e, consequentemente, a potência foi ampliada para 30 cv. Com tais modificações, a CBR 300R passa a contar com motor de 286 cilindradas com 30 cv e 2,7 kgfm de torque, frente às 249 cc, 26 cv e 2,3 kgfm de torque da geração anterior. Entre as tecnologias, a miniesportiva oferece suspensão traseira pré-ajustável em cinco modos e sistema de freios ABS – que é opcional. O sistema de escape está com maior volume interno para melhorar a performance. Além desses, o modelo conta com sistema de contrapeso e injeção direta de combustível.
A CBR 300R é fabricada na Tailândia com três opções de cores: a tradicional mistura entre branco, azul e vermelho, uma totalmente vermelha, outra totalmente preta. Há ainda uma edição especial, onde a miniesportiva possui carenagem preta com listras amarelas. Nos Estados Unidos, a moto tem preço fixado em US$ 4.399, e na versão com ABS, o valor sobe para US$ 4.899 – algo em torno de R$ 14 mil e R$ 15.500, respectivamente. No Brasil, a esportiva de baixa cilindrada não tem previsão de chegada. Por aqui, permanece a Honda CBR 250R, que rivaliza com a Kawasaki Ninja 300. A primeira possui motor monocilíndrico de 249 cc com 26 cv e 2,3 kgfm de torque e tem valor estipulado em R$ 15.887 na versão sem ABS. Com o equipamento de segurança o valor sobe para R$ 18.296. Já a segunda moto tem propulsor de dois cilindros com 296 cc, 2,9 kgfm de torque e 39 cv de potência. Custa R$ 18.630 – e, com freios ABS, sobe para R$ 21.660.
Primeiras impressões
Conforto e confiança
por Carlo Valente do Infomotori.com/Itália exclusivo no Brasil para Auto Press
Roma/Itália – A era das 300 cilindradas parece de vez ter rompido as portas do mercado europeu, depois de longo tempo de aprendizado na Ásia. A motocicleta da Honda é muito boa, principalmente quando se trata de níveis de consumo – beira a casa dos 30 km/ litro. A posição de pilotagem não cobra muito dos antebraços, e logo percebe-se que a CBR 300R não é projetada para exageros. A suspensão com garfo de 37 mm na frente e monochoque pró-link atrás possui calibração equilibrada, o que torna a condução relaxada, porém estável. Embora seja necessário um pouco de esforço para desenvolver velocidades em linha reta, a moto se mostra muito ágil em curvas. Os discos de 296 mm na frente e 220 mm atrás permitem uma frenagem tranquila, sem muitos riscos. Há ainda o ABS, grande aliado em situações de emergência. Em conclusão: a CBR 300R é uma excelente escolha, ainda mais quando está em jogo o nome da marca e o bom preço que oferece.
Ficha Técnica Honda CBR 300R Motor: A gasolina, quatro tempos, 286 cm³, monocilíndrico, quatro válvulas e refrigeração líquida. Injeção direta de combustível. Transmissão: Manual de seis marchas. Transmissão por corrente. Potência máxima: 30 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 2,7 kgfm a 7.250 rpm. Diâmetro e curso: 76 mm X 63 mm. Taxa de compressão: 10,7:1. Suspensão: Dianteira com garfo de 37 mm. Traseira: Pro-Link monochoque com cinco posições de ajuste de pré-carga da mola. Pneus: 110/70 R17 na frente e 140/70 R17 atrás. Freios: Disco simples de 296 mm na frente e disco simples de 220 mm atrás. Oferece ABS como opcional. Dimensões: 2,03 metros de comprimento, 0,73 metros de largura, 1,12 metros de altura e 1,37 metros de distância entre-eixos. Altura do assento: 0,78 metros. Peso: 164 kg. Tanque do combustível: 12,5 litros. Produção: Tailândia. Lançamento mundial: 2013. Preço nos Estados Unidos: US$ 4.399. Versão com ABS: US$ 4.899. Algo equivalente a R$ 14 mil e R$ 15.500, respectivamente.
De cara nova
A
Toyota revelou nesta semana a nova geração do utilitário-esportivo baseado na picape Hilux, o SW4. Batizado de Fortuner em alguns países, o SUV traz faróis e lanternas em leds e ganhou 9 centímetros de comprimento – agora são 4,79 metros. O motor é um novo turbodiesel 2.8
quatro cilindros com injeção direta de 177 cv e 42,8 kgfm. O câmbio é manual de seis marchas ou automático, também de seis velocidades. Mas, sem o pedal da embreagem, o torque passa para 45,9 kgfm. A previsão é que ele chegue ao Brasil no início de 2016.
Aabrutalhada ventura
P
revista para ser lançada no ano que vem, a nova F-150 Raptor passa por uma severa bateria de testes realizados pela Ford. A picape grande já rodou mais de 1.600 km em avaliações da equipe de engenharia da marca. Entre as situações escolhidas estão as areias de um deserto no Sudoeste dos
Estados Unidos, estradas completamente esburacadas e subidas muito íngremes, além de outras. De acordo com a Ford, a nova versão consegue ser 25% mais rápida que a atual. Ela é equipada com um twin-turbo V6 3.5 litros que entrega cerca de 450 cv e tem transmissão automática de dez velocidades.
Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 64, 24 de julho de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.180 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raffaele Grosso redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br
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