Ano 2, Número 65, 31 de julho de 2015
O porte é a arma
Com preço de SUV compacto e medidas de médio, T6 tenta embalar as vendas da JAC no Brasil E ainda: Volkswagen Up TSI Audi A6 sedã Triumph Tiger 800 XC e XR Mercedes-Benz Actros Megaespace Plus Ford Focus Fastback
Sumário
EDITORIAL
Apostas variadas Enquanto o mercado brasileiro de vendas de automovéis apresenta números negativos, o segmento de utilitários esportivos está embalado. Nesta edição da “Revista Auto Press”, o destaque da capa é o JAC T6. O modelo chinês foi avaliado e é “peça chave” da montadora chinesa para aumentar suas vendas por aqui. Outro carro testado foi o Volkswagen Up Tsi. Nesta nova variante, o compacto alemão recebe turbocompressor e exibe novas habilidades. No Sul do país, o novo Ford Focus Fastback deu as caras. Após alto investimento em marketing, o três volumes adere a nova filosofia estética da marca e aposta no seu “recheio” para não ficar esquecido entre os sedãs médios. Em território mexicano, o também sedã Audi A6, prestes a chegar no Brasil, desfila todo seu charme e sofisticação após reestilização de meia-vida. Em relação ao mundo das duas rodas, após celebrar mais de dez mil exemplares fabricados, a Triumph retoma a produção das versões de entrada da Tiger 800. No segmento dos pesados, a Mercedes-Benz aposta em tecnologia e conforto para o Actros, na versão Megaespace Plus. Boa leitura!
Edição de 31 de julho 2015
03 - JAC T6
24 - Ford Focus Fastback
11 - Volkswagen Up TSI
31 - Mercedes-Benz Actros Megaespace Plus
18 - Audi A6 sedã
37 - Triumph Tiger 800 XC e XR
D imensões e ambições
JAC T6 tenta atrair compradores com preço de SUV compacto e tamanho de médio Por Márcio Maio Auto Press
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
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A
JAC já está presente no Brasil há quatro anos, mas ainda sofre com o preconceito de muitos consumidores à origem chinesa da marca. Para tentar conquistar uma fatia maior de público, a fabricante decidiu apostar no segmento que mais cresce no país e no mundo: os utilitários esportivos. Por isso, em junho desembarcou no país o seu T6. E adotou a mesma estratégia de quando começou a vender seus carros por aqui: oferecer mais por menos. Desta vez, nem tanto no quesito tecnológico, já que a própria legislação brasileira avançou – itens como airbags frontais e freios ABS são obrigatórios – e os modelos do segmento são vendidos em versões mais completas. A JAC investiu na ideia de ter um utilitário esportivo com preço de compacto e espaço de médio em uma versão única, apenas com dois pacotes extras de opcionais. Desenvolvido no Centro de Design da JAC Motors em Turim, na Itália, o T6 tem dimensões maiores que todos os novatos concorrentes. Perde apenas para o Renault Duster na distância entre-eixos – são 2,64 metros contra 2,67 m. O modelo chinês tem 4,47 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,67 m de altura. Outro detalhe que chama atenção é o bom espaço de seu porta-malas, com capacidade para transportar 610 litros com todos os bancos levantados. Apesar da queda no mercado automotivo nacional, as aspirações da JAC são grandes. A marca planeja conseguir 1% do mercado brasileiro total de SUVs e emplacar cerca de 400 unidades por mês neste ano. Uma marca que pode parecer baixa, mas não é, diante da forte concorrência que enfrenta neste segmento. Por se tratar de uma categoria em que o conforto e a aptidão familiar são os principais pontos de atração do público, a fabricante acredita que aproximadamente 90% de todas as uni-
dades comercializadas estarão posicionadas na versão mais cara do utilitário esportivo, com todos os packs de opcionais. A JAC separa o T6 em três pacotes de itens. O primeiro, mais básico, inclui rodas de 17 polegadas em aço com calotas, ar-condicionado, direção e trio elétricos, freios a disco nas quatro rodas, monitoramento de pressão dos pneus, computador de bordo, sensores de estacionamento traseiros e rádio com CD/MP3 e entrada USB. Com esses equipamentos, o T6 custa R$ 69.990. O preço pula para R$ 73.990 com central multimídia – bem completa, por sinal –, rodas de liga leve, chave com destravamento remoto das portas, luzes de setas nos retrovisores, barras longitudinais no teto, faróis e lanternas de neblina, acendimento automático dos faróis, maçanetas e frisos laterais cromados e retrovisores com rebatimento elétrico, entre outros itens. Câmara de ré, chave canivete e revestimento sintético nos bancos e no volante multifuncional fazem esse valor pular para R$ 75.990. Sob o capô, o T6 recebe um motor 2.0 litros flex com comando de válvulas variável. O propulsor é capaz de fornecer 155 cv e 20 kgfm de torque quando abastecido com gasolina. Com etanol no tanque, os números sobem para 160 cv e 20,6 kgfm de torque. O resultado é um zero a 100 km/h em 12,2 segundos e velocidade máxima de 186 km/h. Por enquanto, o modelo está disponível apenas com transmissão manual de cinco marchas. De acordo com a JAC, a versão automática só chega ano que vem, aliada a um motor 2.0 litros turbinado. Se a marca seguir com a proposta de praticar preços competitivos com o novo trem de força, talvez consiga, de fato, incrementar suas vendas no país. Porque nos primeiros dois meses de vendas cheias, o T6 emplacou menos da metade do que a JAC deseja – ficou perto de 170 exemplares mensais.
Ponto a ponto
Desempenho – Para um utilitário de quase uma tonelada e meia, o T6 até acelera com desenvoltura. O torque máximo de 20,6 kgfm com etanol é alto e aparece em sua totalidade aos 3 mil giros. Ou seja, para manter o modelo “aceso”, é necessário pisar fundo e deixar as rotações sempre mais altas. O câmbio tem engates precisos e até macios, mas a falta de uma opção com trocas automáticas é lamentável neste segmento familiar. Nota 7. Estabilidade – A proposta do T6 nem é de uma tocada mais ousada, porém o SUV chinês se mostra surpreendentemente estável na estrada. Por se tratar de um carro com vocação claramente familiar, a suspensão é mais voltada para o conforto – o que resulta em rolagens e torções na carroceria em curvas mais acentuadas. Mas não chegam a transmitir insegurança. Nota 8. Interatividade – Os comandos têm leitura simples e localização intuitiva. A visibilidade é boa tanto à frente quanto atrás. A central multimídia opcional, disponível na versão avaliada, permite espelhar alguns smartphones e tablets, facilitando o uso de aplicativos como o Waze, por exemplo. Nota 8. Consumo – O JAC T6 não foi avaliado pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Durante a avaliação, registrou média de 7,6 km/l de etanol em ciclo misto. Nota 7. Tecnologia – O modelo da marca chinesa é bem recheado nesse sentido. Estão lá freios a disco nas quatro rodas, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento traseiros, rádio com CD/MP3 e USB, computador de bordo, ar e direção elétrica. O motor tem cabeçote em alumínio, comando variável de válvulas e sistema de pré-aquecimento do etanol – não precisa de tanquinho de gasolina para partidas a frio. A central
multimídia opcional é extremamente funcional e até espelha celulares e tablets e tem entrada HDMI, além de navegador GPS. Com todos os opcionais, ela também reproduz as imagens da câmara de ré. Nota 8. Conforto – O espaço interno é o forte do SUV da JAC. Os cinco ocupantes desfrutam de uma grande área, sem nenhum aperto. A suspensão também é bem calibrada e consegue passar boa dose de conforto para o interior. O isolamento acústico poderia ser um pouco melhor. Nota 8. Habitabilidade – O porta-malas do T6 é bem generoso. São 610 litros sem precisar contar com o rebaixamento dos bancos – que está disponível. As portas abrem em bom ângulo e permitem fácil acesso ao interior. Há nichos suficientes para guardar os objetos que necessitam estar mais à mão do motorista, como carteira, celular e chaves. Nota 9. Acabamento – É de longe o JAC mais bem resolvido nesse quesito. Não é luxuoso ou requintado, mas os plásticos parecem de boa qualidade e são, na maioria das partes, escuros. Alguns brilhantes, que imitam madeira. O uso de cromados é mais contido e os encaixes são bons, sem rebarbas aparentes. Nota 7. Design – O JAC T6 tem porte vistoso e seu design foi todo desenvolvido no centro de design da marca em Turin, na Itália. As linhas são modernas e, ao mesmo tempo, deixam o SUV encorpado. Há apliques cromados por toda a grade e também na parte inferior dos vidros laterais, além das maçanetas. O desenho lembra bastante o do Hyundai ix35, inclusive as proporções. Nota 8. Custo/beneficio – A marca cobra R$ 69.900 iniciais pelo T6, mas esse valor chega a R$ 75.990 com os opcionais retrovisores pintados na cor da carroceria e com rebatimento elétrico, maçanetas e frisos laterais cromados, barras longitudinais no teto, câmara de ré e central multimídia, entre outros detalhes.
Um Renault Duster equipado à altura custa R$ 73.940, enquanto um Ford EcoSport com transmissão automatizada de dupla embreagem, controle eletrônico de tração e estabilidade e assistente de partida em rampas parte de R$ 76.700, mas com rodas de 15 polegadas e central multimídia sem GPS. O Honda HR-V tem motor 1.8 de 140 cv e só começa a ficar equipado de forma similar ao T6 na versão intermediária EX, por R$ 82.400 com câmbio CVT. Um Peugeot 2008 1.6 THP sai mais caro que o JAC, a R$ 79.590, mas tem motor turbo, é mais bem acabado e equipado com várias tecnologias ausentes no utilitário chinês. Um Jeep Renegade 1.8 Flex de 132 cv sai a R$ 75.750 equipado à altura de um T6, sendo que há controles dinâmicos de estabilidade e tração de série. Nota 6. Total – O JAC T6 somou 76 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Equilíbrio funcional
Todo o marketing da JAC em cima de seu SUV é feito na proposta de oferecer um modelo com preço de compacto e dimensões de médio. De fato, a marca chinesa cumpre o que promete, já que não há apertos no modelo e até o porta-malas, com bons 610 litros, deixa a maior parte de seus concorrentes diretos numa posição bem atrás. As dimensões avantajadas – são 4,47 metros de comprimento e 1,84 m de largura, com entre-eixos de 2,64 m – combinam com a vocação de carro de família que a categoria ostenta. O primeiro contato visual é bom. O design é bem moderno e, na configuração de topo, com todos os opcionais disponíveis e preço de R$ 75.990, há diversos itens que contribuem para aliar uma imagem robusta a certo traço de refinamento. Caso do rack de teto e dos cromados presentes no friso lateral, nas maçanetas e na moldura inferior dos vidros laterais. Por dentro, apesar da presença dominante dos plásticos, há uma harmonia nas escolhas da fabricante e algumas peças brilhantes que imitam madeira adicionam charme ao habitáculo. Não é uma referência de luxo e requinte, mas também não faz feio. Em movimento, o JAC T6 não demonstra falta de força em nenhum momento.
Porém, não dá para dizer que exista sobra. De acordo com a marca, o bom torque de 20,6 kgfm com etanol no tanque fica presente entre 3 mil rpm e 4.500 giros. De fato, para ter um carro com respostas mais imediatas às pisadas no acelerador, o ideal é manter as rotações sempre nessa margem. O câmbio manual – característica pouco estratégica em um segmento que busca conforto e praticidade para a família – tem trocas suaves e trabalha em boa sintonia com o propulsor. Mas a vitrine tecnológica
do T6 parece estar na central multimídia opcional do modelo. A tela é bem legível e intuitiva. Há opção de idioma português e entradas HDMI, USB, SD e auxiliar. Além da tecnologia Bluetooth para emparelhar celulares, é possível espelhar smartphones e tablets na tela. Ou seja, o motorista pode operar aplicativos como o Waze, verificar sua conta de e-mail e até acessar redes sociais pelo painel do carro. Um diferencial que pode encher os olhos do público mais ligados aos gadgets e ao mundo virtual.
Ficha técnica - JAC T6
Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão. Injeção multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 155 cv e 160 cv a 6 mil rpm com gasolina e etanol. Diâmetro e curso: 85 mm X 88 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Aceleração 0-100 km/h: 12,2 segundos. Velocidade máxima: 186 km/h. Torque máximo: 20 kgfm e 20,6 kgfm entre 3 mil e 4.500 rpm com gasolina e etanol. Suspensão: Dianteira independente, do tipo McPherson com molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo multilink, molas helicoidais e barra estabilizadora. Não oferece controle de estabilidade. Pneus: 225/60/R17. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS e EBD. Carroceria: Utilitário em monobloco com quatro portas e cinco lugares. 4,47 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,67 m de altura e 2,64 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série. Peso: 1.460 kg. Capacidade do porta-malas: 610 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Hefei, China. Lançamento no Brasil: 2015.
Itens de série: Pack 1: vidros, travas e retrovisores elétricos, direção elétrica ar-condicionado digital, rádio com CD/MP3 e entrada USB, seis altofalantes, cintos traseiros laterais de 3 pontos, abertura interna da tampa do tanque de combustível, rodas de aço de 17 polegadas com calotas, bancos em veludo e sensor de estacionamento traseiro. Preço: R$ 69.990. Pack 2: Pack 1 + rodas de liga leve de 17 polegadas, central multimídia com tela “touch” de 7 polegadas e espelhamento de smartphones e tablets, película com proteção solar,
chave com destravamento remoto das portas, luzes de setas nos retrovisores, retrovisores na cor da carroceria, barras longitudinais no teto, faróis e lanternas de neblina, limpador traseiro com temporizador, acendimento automático dos faróis, tapete, maçanetas e frisos laterais cromados e retrovisores com rebatimento elétrico. Preço: R$ 73.990. Pack 3: Pack 1 e 2 + rodas de liga leve de 17 polegadas exclusivas, câmara de ré, chave canivete, revestimento sintético nos bancos, volante multifuncional em couro. Preço: R$ 75.990.
Produção em massa - A General Motors vai aproveitar a par-
Força extra
A
pesar do destaque que as motos de alta cilindrada vêm conquistando no Brasil, a Honda resolveu investir no seu segmento de entrada. A marca japonesa anunciou avanços na sua Pop, que antes era 100. Agora, a motocicleta passa a carregar a alcunha 110i. Isso por conta da capacidade volumétrica do motor, de 109,1 cm³, e da adição da tecnologia de injeção eletrônica. O novo motor OHC monocilíndrico, de quatro tempos e com comando de válvulas no cabeçote, tem potência de 7,9 cv a 7.250 rpm, com torque de 0,9 kgfm a 5 mil rpm. A injeção eletrônica, de acordo com a marca, otimiza a combustão e diminui a necessidade de manutenção, além de resultar na economia de combustível. A fabricante também adotou a garantia de três anos, sem limite de quilometragem. O preço sugerido é de R$ 5.100 e as vendas começam oficialmente em agosto.
ceria com a chinesa Saic Motor para desenvolver uma nova linha de modelos compactos. O investimento previsto é de cerca de US$ 5 bilhões, aproximadamente R$ 16,6 bilhões, e os planos são de lançar esses carros nos mercados emergentes. Aí enquadra-se o Brasil, que deve receber um sucessor para o carro de entrada da Chevrolet por aqui, o hatch Celta. E tudo indica que o veículo será baseado no Spark, hatch compacto criado pela marca em 1998 na Coreia do Sul e que atualmente está na terceira geração. Essa união resultará não apenas na construção da nova plataforma, mas também dos motores que equiparão os compactos. A intenção é que a linha de produção comece a funcionar em até quatro anos. Outra meta é conseguir com que, até 2025, todos os carros da GM sejam fabricados a partir de quatro modelos. Atualmente, mais de 15 arquiteturas e plataformas diferentes são utilizadas pela marca norte-americana.
No topo - A Volkswagen sofre com a queda nos emplacamentos
no Brasil, mas comemora seus resultados globais. A marca alemã conseguiu tomar da Toyota o posto de maior fabricante mundial de automóveis no primeiro semestre. A fabricante já sonhava com essa conquista há bastante tempo e tinha estipulado como meta o ano de 2018, ou seja, três anos depois do feito. A fabricante japonesa vendeu 5,02 milhões de carros entre janeiro e junho, número que representa uma retração de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, a Volkswagen conseguiu emplacar 5,04 milhões de unidades em todo o globo terrestre. Vale lembrar que a General Motors liderou o ranking por décadas, até ser deixada para trás pela Toyota em 2008. Em 2011, a norte-americana voltou ao posto, mas porque a produção da Toyota foi prejudicada pelo tsunami que afetou o Japão. Desde 2012, a marca nipônica se mantém intacta na liderança.
Pequeno e abusado
Fotos: Mรกrcio Maio/CZN
autoperfil
por Mรกrcio Maio auto press
Volkswagen lanรงa o Up TSI, com motor 1.0 turbo de 105 cv e ganho de 62% de torque
É
verdade que o Up não emplacou do jeito que a Volkswagen esperava no Brasil. Mas a marca alemã não deixou de apostar no hatch compacto por causa disso. Ao contrário: agora conta com uma novidade na sua gama que, acredita, seja capaz de aumentar seu desempenho consideravelmente não apenas nas ruas, mas também nas vendas: o motor turbinado 1.0 TSI, fabricado no Brasil e oferecido no modelo, por enquanto, apenas no mercado nacional. O motor 1.0 de três cilindros com turbocompressor aumentou em 28% a potência e em 62% o torque do Up. Enquanto o aspirado rende 75 cv e 82 cv com gasolina e etanol no tanque, sua versão mais “nervosa” entrega 101 cv e 105 cv com os mesmos combustíveis. Já o torque passou dos 9,7 kgfm e 10,3 kgfm conseguidos até então para 16,8 kgfm tanto com gasolina quanto com etanol. A transmissão é sempre manual com cinco marchas e, no caso do Up TSI, há controle eletrônico de tração. A expectativa da marca é que o novo propulsor incremente os emplacamentos do Up em cerca de 20% e se estabilize na faixa de 30% de toda a gama comercializada. Para isso, o trem de força com turbocompressor fica disponível em todas as versões a partir da intermediária Move, já com ar-condicionado, direção, trava, retrovisores e vidros dianteiros elétricos e rádio com CD/ MP3/USB e Bluetooth. A diferença de preço entre as configurações com motor aspirado e as que levam o turbinado é de R$ 3.100. Ou seja, no caso da Move, custa R$ 40.390 e R$ 43.490, respectivamente – trata-se do carro turbo mais barato do Brasil. Já as opções topo de linha Red, White e Black passam a ser vendidas somente com turbo, a R$ 48.690, e deixam de serem as mais caras, com a chegada da série especial Speed Up. A versão custa R$ 49.990 e é oferecida somente na cor branca, com o teto e tampa do porta-malas pretos – no Up TSI, esta última peça é sempre escurecida, uma espécie de alusão à
tampa de vidro que o modelo recebe na Europa. Retrovisores e adesivos laterais azuis expressam a eficiência energética do conjunto, comprovada pela avaliação do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro. O Up TSI recebeu nota A e registrou consumo energético de 1,44 MJ/km, o melhor nível registrado até agora no Brasil. São 9,6 km/l e 11,1 km/l na cidade e na estrada quando abastecido com etanol e impressionantes 13,8 km/l e 16,1 km/l na cidade, quando há gasolina no tanque. Esteticamente, além da característica tampa preta do portamalas e da versão especial Speed Up, o compacto quase não muda. Quase, porque o para-choque ganhou 4 centímetros para que as novas peças do motor TSI coubessem sob o capô. Com isso, passou dos 3,60 metros de comprimento das versões MPI para os 3,64 m de comprimento nas turbinadas.
Primeiras impressões
Sempre alerta
Campinas/SP – O motor 1.0 MPI, com 82 cv quando há etanol no tanque, já impressiona no compacto da Volkswagen. Mas equipado com o novo propulsor TSI, com 105 cv quando abastecido com etanol, o Up mostra vigor e desenvoltura ímpares nesta faixa de preço. Mais do que o ganho de 28% em relação à potência, a principal vantagem aparece já aos 1.500 giros, com o torque de 16,8 kgfm. Na prática, basta pisar o pedal direito para obter respostas imediatas e um desempenho facilmente comparado a um modelo até 1.8 litro. Desde as saídas de sinal até as ultrapassagens e retomadas mais urgentes, a impressão que se tem é de que não falta força para nada. É claro que não se trata de um superesportivo – e nem poderia, pelos iniciais R$ 43.490 cobrados pelo modelo. Mas a velocidade máxima de 184 km/h e o zero a 100 km/h em apenas 9,1 segundos já deixam claro que o Up TSI está bem distante dos outros hatches compactos com motorização 1.0. È, disparado, a versão mais divertida da linha.
Ficha técnica - Volkswagen Up TSI
Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor. Injeção direta e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 105 e 101 cv a 5 mil rpm com etanol e gasolina. Torque máximo: 16,8 kgfm entre 1.500 e 4 mil rpm com etanol e gasolina. Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,1 segundos. Velocidade máxima: 184 km/h. Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira interdependente, com braços longitudinais e molas helicoidais. Não oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 175/70 R14 (Move) ou 185/60 R15. Freios: Discos ventilados na frente e discos à tambor atrás. Oferece ABS com EBD de série. Carroceria: Hatch compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 3,64 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,50 m de altura e 2,42 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Peso: Entre 951 kg e 1 mil kg, em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 285 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Taubaté, Brasil. Lançamento mundial: 2011. Lançamento no Brasil: 2014. Lançamento do novo motor 1.0 TSI: 2015. Itens de série: Move Up TSI: ar-condicionado, direção elétrica, banco do motorista e coluna de direção com ajuste de altura, computador de bordo, sistema de som com rádio/CD/Bluetooth/USB/AuX/iPod, rodas de aço aro 14 com calotas, chave com alarme e comando remoto, travas elétricas e vidros dianteiros elétricos, sistema ISOFIX para fixação de cadeirinha de criança, maçanetas na cor do veículo e porta-malas com sistema de ajuste
variável de espaço. Preço: 43.490. High Up TSI: adiciona sensor de estacionamento traseiro, faróis e lanterna de neblina, bancos revestidos em couro sintético, rodas de liga leve aro 15, tapetes de carpete, volante com aplique plástico preto brilhante, painel com aplique colorido. Preço: R$ 48.040. Black/White/ Red Up TSI: adiciona acabamentos exclusivos, como frisos laterais com efeito cromado, aro cromado no farol de neblina, aplique cromado no volante revestido de couro sintético, revestimento exclusivo nos bancos. Pacote “Black”, “White” ou “Red”, com rodas de liga leve aro 15 e aplique colorido no painel. Preço: R$ 48.690. Cross Up TSI: adiciona acabamentos exclusivos, como grade frisos laterais, aro cromado no farol de neblina, aplique cromado no volante revestido de couro sintético, revestimento exclusivo nos bancos, rack de teto longitudinal, acabamento em prata nos para-choques e roda de liga leve aro 15. Preço: R$ 47.030. Speed Up TSI: adiciona acabamentos exclusivos, como adesivos laterais, espelho com pintura azul, teto e seção central da grade pintados de preto, rodas aro 15, saias laterais, acabamento em tom de alumínio nas soleiras de porta, acabamento do painel em preto brilhante, forração de teto e colunas “A” em tecido preto, manopla com acabamento diferenciado. Preço: R$ 49.990.
Marketing de ocasião - A Hyundai Motor do Brasil an-
Fôlego aventureiro A
Volvo passa a trazer para o Brasil o V40 Cross Country com o novo motor Drive E. Trata-se de um 2.0 turbo de quatro cilindros e 245 cv – são 35 cv a mais que o anterior – e cinco cilindros. Além disso, o câmbio também foi mexido. Ele segue automático, mas com oito no lugar das antigas seis velocidades. Outra novidade é a inserção de aletas atrás do volante para trocas manuais de marchas. A tração continua 4x4 permanente. Com a mudança, o modelo ficou mais ágil. Agora, o zero a 100 km/h é cumprido em apenas 6,1 segundos, ou seja, 1,1 segundos a menos. De acordo com a marca sueca, o V40 Cross Country também ficou mais econômico. O aventureiro conta com função Eco+, que monitora o desempenho do veículo em diferentes situações e foca na redução do consumo. Ela desliga o motor antes da parada total do carro, por volta dos 7 km/h, e desacopla a transmissão em velocidades acima dos 65 km/h, para melhor aproveitamento da energia cinética em descidas e em momentos de velocidade constante. O preço parte agora de R$ 145.990.
unciou patrocínio para atletas brasileiros e para uma das sete maravilhas do mundo moderno. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, conta pela primeira vez com internet sem fio e gratuita, disponível para todos os visitantes pelos próximos dois anos. Durante o mesmo período, quatro atletas brasileiros, destaques na Vela e no Tiro com Arco, receberão apoio da marca, que fabrica no Brasil a linha HB20 – incluindo as versões hatch e sedã, além da aventureira X. As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze e os arqueiros Marcus Vinícius D’Almeida e Andrey Muniz de Castro foram os escolhidos para receberem ajuda financeira da marca coreana. Além disso, os atletas participarão de ações digitais e eventos organizados pela Hyundai. Nos Jogos Pan-Americanos deste ano, disputados em Toronto, no Canadá, Martine e Kahena asseguraram para o Brasil a medalha de prata na Vela e Marcus Vinícius conquistou o bronze no Tiro com Arco por equipes. Já Andrey, que é cadeirante, participará dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, a partir de agosto.
Parceria verde - A BMW i é mais conhecida pelo êxito dos
modelos i3 e i8, ambos elétricos e com emissão zero de poluentes. Mas a marca está presente em outros segmentos ligados à mobilidade e à sustentabilidade. Um dos resultados mais recentes é a patente de um braço articulado de unidade de transmissão para veículos de duas rodas, que acaba de entrar em produção na fábrica de bicicletas elétricas HNF Heisenberg. O desenvolvimento foi realizado em colaboração com a divisão de Pesquisa e Tecnologia do BMW Group. Como não havia um uso imediato para a patente, já que o foco da BMW i não está no segmento de duas rodas, a tecnologia foi disponibilizada para uso externo e equipará o modelo eBike Heisenberg XF1. Um pequeno logotipo aplicado nas bicicletas identifica que o produto conta com a participação do BMW Group. O modelo tem suspensão total – amortecimento na frente e atrás – e motor centralizado.
Caçamba coreana – A Hyundai bateu o martelo e vai
produzir sua picape média baseada no conceito Santa Cruz a partir de novembro. As dimensões oficiais não foram informadas, mas estima-se que o comprimento tenha aproximadamente 4,65 metros. O motor adotado será um 2.0 turbodiesel de 193 cv e 41,5 kgfm de torque.
União de forças – Depois de confirmar o interesse em
desenvolver um carro, a Apple já deixou claro qual deve ser a principal inspiração e até mesmo base de seu modelo: o elétrico BMW i3. Executivos das duas marcas já conversaram sobre uma possível parceria e, ao que tudo indica, a multinacional norteamericana vai se esforçar para garantir que o acordo seja feito.
Na onda “vintage” A
Yamaha revelou uma nova moto baseada na MT-07 que, pelo menos por enquanto, tem previsão para venda apenas na Europa. Chamado de XSR700, o modelo tem forte apelo retrô e conserva a maior parte da estrutura da MT. Isso inclui o motor de 2 cilindros e 74,8 cv. O que difere mesmo as duas é a parte estética. Chassi, suspensões e freios também se mantém inalterados. As principais alterações são a adoção de um farol redondo e clássico e de peças diferentes para o tanque, assento e traseira. Freios ABS são de série e o motor de 689 cc rende 6,9 kgfm de torque. A motocicleta pesa, em ordem de marcha, 186 kg. No Brasil, a MT-07 foi lançada em fevereiro último e é vendida a partir de R$ 27.990.
Troca de cadeiras – Perto de inaugurar sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, a Mercedes-Benz promoveu mudanças em seu quadro executivo no Brasil. A marca recrutou o alemão Holger Marquardt para assumir o posto de diretor-geral de Marketing e Vendas de Automóveis. Para isso, ele deixou a área de Finanças da Beijing Mercedes-Benz, na China. Holger substitui Dimitris Psillakis, que passará a ocupar o cargo de presidente e CEO da Mercedes-Benz Coreia a partir de outubro.
Falha na bolsa – A Honda anunciou nesta semana seu maior recall já efetuado no Brasil. A marca convocou proprietários de Fit, City, Civic e CR-V para substituição do insuflador do airbag do motorista. No total, 477.580 unidades estão envolvidas, sendo 219.013 Civic, fabricados entre 2007 e 2011, 123.322 Fit, feitos de 2010 a 2012, 75.508 City, produzidos de 2007 a 2011, e 59.737 CR-V, feitos entre 2009 e 2012.
R efinamento
vitrine
eletrônico
Fotos: Divulgação
por Raffaele Grsso Auto Press
Novo Audi A6 sedã chega ao Brasil com motor 2.0, fica mais tecnológico e mantém elegância e sofisticação
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sedã Audi A6 se tornou peça fundamental para a afirmação da marca das quatro argolas como marca de luxo. O segmento de sedãs médios-grandes representa na Europa a alma dos modelos de luxo. Devem ter a tecnologia e o conforto dos modelos grandes, mas sem serem senhoriais, e a esportividade de modelos médios, sem serem despojados. É nessa seara que Mercedes-Benz e BMW brigam com suas melhores armas. E é com a mira apontada para Classe E e Serie 5 que a Audi promoveu a reestilização de meia-vida de seu representante. Alterações desse gênero geralmente não trazem grandes novidades estéticas e com o Audi A6 não foi diferente. O ponto central é sempre a atualização tecnológica. Os sutis ajustes serviram apenas para atualizar o visual. Caso dos faróis redesenhados, as entradas de ar e saias remodeladas e a grade com linhas mais extensas. O interior do veículo segue o ritmo de poucas alterações. A principal fica por conta das novas cores do revestimento dos materiais. Todas essas alterações também estão presentes nos outros modelos da família A6: a station wagon Avant, a perua off-road batizada de Allroad e as versões esportivas S. Já o “recheio” do Audi A6 sofreu melhorias consideráveis. O sistema multimídia MMI acoplado a uma tela de oito polegadas agora é baseado em uma nova plataforma tecnológica, e com isso ficou mais eficiente e ganhou acesso à internet de alta velocidade. Ainda na parte de tecnologia, o Audi A6 recebeu novos sistemas de assistência ao condutor. Entre eles estão o controle de cruzeiro com sistema Stop & Go, onde o motorista pode apenas encostar no pedal do acelerador para o carro voltar a andar depois de uma parada. Também estão presentes o assistente de troca de faixas e ponto-cego. Entre os opcionais, aparecem os faróis de matriz de leds – capazes de controlar o facho de luz para deixar na sombra automóveis à frente ou no sentido oposto e acentuar a iluminação sobre pessoas ou animais à beira da pista, detectados pelo radar
do sistema de visão noturna. Os bancos do motorista e passageiro, ambos elétricos e o primeiro com gravador de posição, passam a contar com sistema de ventilação e massagem. O sistema de refrigeração é composto por ar-condicionado automático de bizona. Há também o opcional de head-up display, com informações como a velocidade atual, dados de navegação e dos sistemas de assistência ao motorista. Por fim, o sistema Audi Drive Select, que com apenas um toque permite mudar o desempenho do veículo entre conforto e desempenho. O Audi A6 teve sua gama de motores revisada. Ficaram cerca de 22% menos poluentes, para atender as normas da Euro6. Por lá, o modelo pode ser impulsionado por propulsores diesel e a gasolina. Na primeira variante, todos batizados de TDI, estão disponíveis motores de quatro cilindros, de 2.0 litros com
potência entre 150 e 190 cv. Já com seis cilindros, todos são 3.0 litros com a potência entre 219 cv e 326 cv – este último ainda por ser configurado para “expelir” 346 cv. Já nas variantes a gasolina, estão presentes os motores TSFI de 1.8 litro e 2.0 litros de 190 e 252 cv, respectivamente, ambos com tração dianteira. Nesta configuração, o câmbio será sempre o automatizado DSG de dupla embreagem e sete velocidades. Há ainda um propulsor mais poderoso, composto por seis cilindros com 333 cv de potência e tração integral quattro. No Brasil, o Audi A6 reestilizado tem previsão de chegar às concessionárias em agosto, com preço inicial girando em torno de R$ 260 mil. Por aqui, o sedã será comercializado apenas nas versões a gasolina com os motores TSFI 2.0 e V6 de 3.0 litros – com preço próximo da casa dos R$ 330 mil.
Primeiras impressões
Condução do prazer
por Ruben Hoyo do autocosmos.com/México, exclusivo no Brasil para Auto Press
Cidade do México/México – Atrás do volante, a primeira coisa a se destacar é o isolamento acústico. O interior também é digno de destaque, ao transmitir o ar premium em todos os cantos do carro. O Audi A6 pode ser muito bem um carro macio e confortável ou um sedã alegre e espirituoso, devido ao modos de gestão que podem ser configurados através da tela MMI. No modo eficiência, as mudanças de marchas são feitas em rotações mais baixas possíveis, prezando pelo consumo de combustível. Ao acionar o modo dinâmico, a direção e a suspensão tornam-se mais firmes. O motor e a transmissão estão preparados para entregar
a potência máxima a qualquer indício de pisada mais forte no acelerador. Neste modo, o A6 surpreende significativamente, levando em consideração seu peso e tamanho. Para viagens, o modo mais recomendado é o conforto, onde o sedã parece se
transformar em uma sala de estar. De qualquer maneira, o Audi A6 mostra que oito cilindros não são mais necessários, com o bom desempenho de seu V6. O modelo oferece uma experiência de prazer e sofisticação para qualquer pessoa.
Ficha técnica Audi A6 TSFI V6 3.0 Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.995 cm³, seis cilindros, quatro válvulas por cilindro. Injeção direta de combustível com turbo intercooler e compressor. Oferece tração integral. Transmissão: Câmbio automático de dupla embreagem com sete velocidades a frente e uma a ré. Potência máxima: 333 cv entre 5.500 e 6.500 rpm. Diâmetro e curso: 84,5 mm x 89 mm. Aceleração de 0-100 km/h: 5,1 segundos. Velocidade máxima: 250 km/h, limitada eletronicamente. Torque máximo: 44,7 kgfm entre 2.900 e 5.300 rpm. Suspensão: Dianteira Four-Link com triângulos superiores e inferiores. Barra estabilizadora com amortecedores a gás. Traseira: Link trapezoidal com barra estabilizadora e amortecedores a gás. Pneus: 225/65 R 17. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com
quatro portas e cinco lugares. Com 4,93 metros de comprimento, 1,87 m de largura e 1,45 m de altura e 2,91 m de distância entre-eixos. Peso: 1.750 kg. Capacidade do tanque de combustível: 75 litros.
Capacidade do porta-malas: 530 litros. Produção: Neckarsulm, na Alemanha, Aurangabad, na Índia e Changchun, na China. Preço na Europa: a partir de 39.700 euros, em torno de R$ 150 mil.
Interligado
O Honda Accord ganhou linha 2016 nos Estados Unidos e, com ela, um leve face-lift. A grade dianteira ficou mais destacada por um grande friso cromado e lâmpadas de leds foram adicionadas não apenas na dianteira, mas também na traseira. As rodas de 19 polegadas também estreiam no modelo. Algumas configurações têm como diferenciais bancos traseiros bipartidos e bancos dianteiros aquecidos. O carro recebeu ainda mais recheio tecnológico. Caso do aciona-
mento do motor à distância e da central multimídia com sistemas operacionais Android Auto e Apple Car Play. A tela tem sete polegadas e é sensível ao toque. Passageiros com celulares com sistema operacional Android 5.0 ou mais novos ou iOS 7.1 ou mais novos podem conectar seus aparelhos e ter acesso a diversas funções a partir do painel do carro. O modelo está previsto para desembarcar no Brasil até o final do ano.
Fotos: Divulgação
Edom marketing nome
automundo
Focus sedã 2016 vira Focus Fastback , adere ao novo visual da F ord e ganha
recheio para crescer entre os sedãs médios por Raffaele Grosso Auto Press
N
ão podia demorar muito para o Focus sedã renovado dar as caras. Um mês após a apresentação da variante hatch de cara nova, o “facelift” do três volumes estreia junto com um novo “sobrenome”: Focus Fastback. Para ressaltar a esportividade do modelo e driblar o conservadorismo comum ao segmento de sedãs, a Ford resolveu batizá-lo assim. Segundo o marketing da marca, a nomenclatura foi adotada devido ao formato do caimento teto, que não tem “quebra” entre o vidro traseiro e a tampa do porta-malas – assim como no icônico fastback esportivo Mustang, também da Ford. Produzido na Argentina e com previsão de chegar às concessionárias em agosto, o Focus Fastback mantém as mesmas dimensões anteriores do sedã. São 4,53 metros de comprimento, com 2,01 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. No visual, a novidade é que o modelo recebeu o atual “family face” da Ford. Agora, as entradas de ar dianteiras estão maiores e mais largas, e se assemelham com os modelos da Aston Martin – marca de esportivos de luxo inglesa que já pertenceu à Ford. Os frisos da grade diferenciam as versões – na de entrada SE possui estilo colmeia, e na topo de linha Titanium, cromada. Os
faróis estão mais longos e afilados, e na versão mais cara são compostos de leds com bi-xenônio adaptativos, que regulam o facho de luz de acordo com a direção e velocidade. Na lateral, os vincos estão mais fortes e as rodas possuem desenho exclusivo para cada configuração. Na parte traseira, o para-choque foi remodelado, assim como a tampa do porta-malas, junto com o novo formato do teto, levemente rebaixado. As lanternas também foram espichadas, assim como no hatch. De acordo com a Ford, tais mudanças estéticas permitiram otimização de 4% da aerodinâmica. No interior, predomina o acabamento “softtouch”. O volante multifuncional é revestido em couro. No centro do painel está uma tela de LCD de 4,2 ou 8 polegadas – o tamanho varia de acordo com a configuração. Junto com a nova estética o modelo incorpora uma maior gama de cores para a carroceria. No total, são nove opções – duas variantes de azul, dois pratas, dois cinzas, vermelho, preto e branco. Além de mais “moderninho”, o novo sedã também ficou mais equipado. Agora, a versão de entrada SE conta com rodas de liga leve de 17 polegadas, airbag duplo, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, assistente preventivo antiderrapagem, monitora-
mento de pressão dos pneus, assistência de frenagem de emergência, freios ABS e EBD, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, chave programável MyKey e sistema de conectividade Sync com AppLink acoplado à tela de 4,2 polegadas e assistência de emergência. Nesta configuração, o sedã custa R$ 77.900. O preço pode subir em R$ 2 mil com o pacote Plus, que adiciona rodas aro 17 exclusivas, airbags laterais, bancos em couro, borboletas para troca de marcha atrás do volante, controle de cruzeiro, limitador de velocidade e arcondicionado de duas zonas. Já na versão topo de linha, Titanium, o preço inicial está estipulado em R$ 87.900. Nesta variante, o carro tem o acréscimo de airbags de cortina, chave presencial, tela touch de 8 polegadas e outra multifuncional de LCD de 4,2 polegadas no centro do painel de instrumentos, GPS e sistema de som Premium Sound Sony com nove alto-falantes. Também conta com pacote extra Plus, que incorpora assistente de frenagem autônomo, faróis bi-xenon adaptativos, park-assist, banco do motorista com regulagem elétrica e teto solar. Para adquirir o Focus Fastback Titanium Plus, será necessário desembolsar R$ 96.900. Se o visual, nome, e lista de equipamentos apresentaram alterações em relação ao modelo antigo, o conjunto mecâni-
co se mantém o mesmo. Sob o capô, está o motor 2.0 Duratec flex com injeção direta de combustível. O propulsor é capaz de render 175/178 cv de potência e 21,5/22,5 kgfm de torque com gasolina/etanol. De acordo com a marca, a partir dos 2.750 rpm, já é possível desfrutar de 88% do torque do modelo. Junto com ele, interage a transmissão automatizada PowerShift de dupla embreagem e seis velocidades. Segundo a Ford, o motor sofreu ajustes e está 8,2% mais econômico quando abastecido com gasolina e 4,2% quando o tanque é preenchido por etanol. Para atrair consumidores, a Ford ofe-
rece desconto de 15% na compra do zero quilômetro da versão renovada para proprietários do modelo anterior – tática já usada no Focus hatch. E outra atração é composta pelas revisões gratuitas até 30 mil km para as duas mil primeiras unidades comercializadas, além de planos de seguro diferenciado. Com tais medidas, a Ford pretende alavancar o número de vendas da variante de três volumes, que atualmente se encontra em um pouco edificante sexto lugar no segmento – atrás do Toyota Corola, Honda Civic, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta, respectivamente.
Primeiras impressões
Mistura fina
Gramado/RS – A variante três volumes do Focus ficou mais bonita e com um tempero jovial, principalmente na configuração Titanium Plus. O novo modelo acrescentou ao estilo conservador do sedã um certo tempero despojado, com sua frente mais “agressiva”, com o “bocão” composto por frisos cromados. Ao entrar na cabine, é possível notar o bom acabamento, com materiais que aparentam boa qualidade misturados a plásticos “soft-touch”. No centro do painel encontra-se a central multimídia de 8 polegadas, bem útil e versártil, que ajudou a eliminar diversos botões, facilitando a interatividade e manuseio das funções do carro. A posição de dirigir é facilmente encontrada devido aos ajustes elétricos do banco. Motorista e carona dispõem de bom espaço. Já os ocupantes traseiros sofrem um pouco com o caimento do teto, onde dois indivíduos de menos de 1,80 metros viajam confortavelmente. Pessoas com maior estatura ou a introdução de um terceiro passageiro no banco de trás pode gerar certo incômodo. Ao acionar o botão Start e pisar no acelerador, o Focus Fastback logo demonstra certa agilidade. Durante o percurso na serra, o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades demonstra bom entrosamento com o propulsor 2.0 litros de 21,5/22,5 kgfm de torque e 175/178 cv de potência com gasolina/etanol. O sedã não demora muito para responder às pisadas no acelerador. As trocas de marchas feitas de modo manual no volante são simples e
“macias”, e em momento algum apresentaram soluços. Durante o trajeto, o novo Focus Fastback se saiu bem nas curvas, algumas sinuosas, nas subidas. A sensação é de que o carro está sempre na mão, até para realizar qualquer outra ação não relacionada a dirigir, com os comandos no volante, que possui boa pegada. Ao tirar a alavanca de câmbio do modo D, e passar para o S, o veículo trabalha em rotações um pouco mais elevadas e o condutor sente mais o desempenho do veículo. Há de se destacar que o isolamento acústico realmente está melhor, sem emitir qualquer ruído desagradável até os 4 mil rpm. De maneira geral, a renovada versão sedã do Focus representa bem a proposta da Ford, ao aliar funções de carro familiar com tempero de esportividade.
Ficha técnica Ford Focus Fastback Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.999 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas variável. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio automático de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 175 cv com gasolina e 178 cv com etanol a 6.500 rpm. Torque máximo: 21,5 kgfm com gasolina e 22,5 kgfm com etanol a 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 87,5 mm x 83,1 mm. Taxa de compressão: 12,0:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 205/55 R16 ou 215/50 R17.
Freios: Discos na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,54 metros de comprimento, 2,01 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Peso: Versão SE 2.0 AT: 1.396 kg. Versão Titanium: 1.414 kg. Capacidade do porta-malas: 421 litros. Produção: General Pacheco, Argentina. Itens de série: SE: rodas de liga leve aro 17, duplo
airbag, sistema Advance Trac (controle de estabilidade, tração e curvas, assistente de partida em rampa, assistente preventivo antiderrapagem, monitoramento de pressão dos pneus e assistência de frenagem de emergência), freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, espelho retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, chave programável MyKey e sistema de conectividade SYNC com AppLink e Assistência de Emergência. Preço: R$ 77.900. SE Plus: acrescenta rodas de liga leve aro 17 exclusivas, quatro airbags (frontais e laterais), bancos revestidos em couro, sensor de estacionamento traseiro, “Paddle Shift”, controle de velocidade de cruzeiro, limitador de velocidade e ar-condicionado de dupla zona. Preço: R$ 79.900. Titanium: rodas de liga leve 17” exclusivas, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), chave com sensor de presença para acesso inteligente e botão de partida Ford Power, sistema de conectividade SYNC MyFord Touch com tela sensível ao toque de
8”, tela multifuncional colorida de 4,2” no painel de instrumentos, sistema de navegação e Premium Sound Sony com nove alto-falantes. Preço: R$ 87.900. Titanium Plus: assistente de frenagem autônomo, faróis bi-xenon ad-
aptativos, sistema de estacionamento automático em vagas paralelas e perpendiculares, sensor de estacionamento dianteiro, espelhos com rebatimento elétrico, banco do motorista com ajuste elétrico e teto solar. Preço: R$ 96.900.
Ppara ronta tudo
A
Honda apresentou a CRF 1000L Africa Twin 2016. A moto tem motor de 998 cc, com cilindros paralelos, refrigerado a líquido e 8 válvulas, que entrega 95 cv a 7.500 rpm e torque de 10 kgfm a 6 mil rpm. A nova aventureira chega ao mercado europeu ainda este ano e conta com
mapeamento off-road e controle de torque em três versões: Standard, ABS e DCT. O câmbio é DCT de 6 marchas com dois mapeamentos de motor – para a rua e para o uso off-road. Não existe, por enquanto, qualquer previsão de desembarque no Brasil.
Fotos: divulgação
Carga de tecnologia transmundo
Versão Megaespace Plus do Actros expressa os mais modernos recursos dos caminhões Mercedes-Benz no Brasil
por Luiz Humberto Monteiro Pereira Auto Press
V
ender caminhões no Brasil não está fácil. No primeiro semestre, as vendas totais já caíram 42,1% em relação ao mesmo período de 2015. A crise é particularmente aguda no segmento de pesados e extrapesados, onde a redução nos emplacamentos beira os 65%. Para tentar superar o impacto da queda nos emplacamentos, a Mercedes-Benz investe em várias frentes. Uma delas é a abrangência de seu portfólio dedicado ao transporte de cargas, que começa nas vans Sprinter, passa pelos caminhões Accelo, Atego, Axor e Atron e vai até a linha “top” de caminhões extrapesados Actros. É justamente o Actros, principalmente em sua versão Megaespace Plus, que cumpre uma função estratégica: exibir o máximo requinte e a capacitação tecnológica dos caminhões da marca da estrela de três pontas. Apesar da retração em 2015, os transportadores brasileiros há tempos já começaram a perceber que tecnologia e conforto estão longe de serem supérfluos – e podem ser fundamentais para maximizar a lucratividade das frotas. Modernos sistemas automotivos servem para impedir erros na operação, reduzir custos de manutenção e economizar combustível. Além disso, oferecer mais conforto ao motorista colabora para reduzir a fadiga no trabalho, o que melhora a produtividade. E ainda ajuda a atrair novas pessoas para a função – são comuns entre os frotistas queixas sobre as dificuldades em encontrar profissionais dispostos e habilitados a ingressar na profissão de caminhoneiro. Dois fatores que intimidam os aspirantes a motoristas de caminhão são a possibilidade de passar longos períodos fora de casa e o risco de acidentes. Daí a importância de oferecer mais conforto e segurança no transporte rodoviário de cargas. “Há um crescente segmento de mercado que exige alta potência, excelente desempenho e elevado conforto para as longas distâncias rodoviárias”, avalia Gilson Mansur, diretor de Vendas e Market-
ing de Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. Em termos de conforto, um dos destaques do Actros é o câmbio automatizado PowerShift sem pedal de embreagem, de série para toda a linha. O extrapesado vem equipado com sensor de inclinação de via, que proporciona trocas de marchas mais eficientes. Nos modelos com a cabine Megaespace, o piso é plano e o teto é elevado, com 1,92 m. Tais características facilitam consideravelmente a circulação do motorista no habitáculo – que normalmente acumula as funções de posto de trabalho, área de descanso e dormitório. O modelo conta com uma cama bastante espaçosa e o ar-condicionado noturno, que
funciona com o motor desligado e ajuda a tornar os pernoites na cabine mais aprasíveis. Na hora de encarar a estrada, a suspensão pneumática na cabine e na traseira minimizam o efeito das irregularidades do piso sobre o corpo do motorista, isolando as vibrações e atenuando os solavancos. A ergonomia e a funcionalidade dos equipamentos a bordo foram desenvolvidos para simplificar ao máximo o manejo e reduzir o estresse. Já no quesito segurança, a versão Megaespace Plus do extrapesado da Mercedes-Benz oferece um dos pacotes de equipamentos mais completos para veículos de carga disponíveis no Brasil. Inclui sistema de gerenciamento inteligente de frenagem, que segundo o fabricante proporciona respostas 20% mais rápidas e conta com ABS, ASR, EBD, freio-motor Top Brake, bloqueio de deslocamento em rampa e freios a disco. O pacote inclui ainda itens mais sofisticados e incomuns em veículos de carga, como orientação de faixa de rolagem, controle de proximidade, assistente ativo de frenagem e retarder. Equipamentos mais prosaicos e comuns aos automóveis, como sensores de chuva e de luminosidade que ativam automaticamente limpador de parabrisas ou faróis, também são de série na versão. Conforto e segurança são cada vez mais importantes, mas a palavra que realmente emociona o setor de transporte de cargas em todo o mundo é outra: economia. Nos Actros Megaespace Plus, entre os fatores que geram redução no consumo de combustível e otimização nos custos de manutenção estão os eixos traseiros sem redução nos cubos, disponíveis para os modelos Actors 2546 6X2 e Actros 2646 6X4. Essas configurações, que segundo a Mercedes permitem melhora no rendimento mecânico, atendem configurações de bitrem com PBTC de 57 toneladas e bitrenzão/rodotrem com PBTC de 74 toneladas, focadas no transporte rodoviário de longas distância. Para os que preferem, os eixos traseiros com redução nos cubos continuam disponíveis
para toda a linha Actros. O câmbio PowerShift também dá uma importante contribuição em termos de redução do consumo dos motores, que nos extrapesados Actros podem ser um 6 cilindros em linha de 455 cv ou um V8 de 551 cv. A transmissão conta com as funções Power, que troca as marchas em rotações mais altas, para subidas e ultrapassagens, Ecoroll, focada na economia de combustível, e Manobra, para controle preciso em manobras. Já a função Balanceio oferece auxílio adicional para quem precisa sair de atoleiros. Como não tem anéis sincronizadores, as engrenagens do câmbio PowerShift são mais largas e robustas que as dos outros câmbios automatizados. Características que, de acordo com a Mercedes, reduzem a demanda de manutenção e aumentam a vida útil do conjunto – efeitos que normalmente encantam os frotistas.
Primeiras Impressões
O peso da
responsabilidade Guarulhos/SP - A tarefa está longe de ser corriqueira, pelo menos para 99,9% dos motoristas brasileiros: dirigir um cavalomecânico que arrasta um bitrem com 47 toneladas de carga. O motor responsável por mover o Actros 2655LS/33 6X4 Teto Alto Megaespace Plus é um V8 de imodestos 551 cv. Só o cavalo-mecânico “top” da Mercedes custa impressionantes R$ 489.038,91 – sem contar o preço bitrem. O campo de provas, na periferia da cidade paulista de Guarulhos, reflete bem o padrão de qualidade da maioria das estradas brasileiras. Ou seja, pavimentação irregular, com muitos trechos em barro e buracos generosos. No Actros avaliado, o trabalho do câmbio automatizado PowerShift se mostra realmente notável. As marchas são passadas com precisão, de uma forma que rentabiliza bem o torque robusto do motor. Trechos íngremes, de descidas ou subidas, sejam retas ou em curva, podem ser transpostos sem maiores dificuldades, auxiliado pelo sistema de bloqueio de deslocamento em rampa. Na prática, na maior parte do tempo, a carreta pode
ser conduzida com a docilidade de um SUV grande qualquer. Sobram torque e potência, em qualquer circunstância. Evidentemente, dirigir um bitrem carregado numa estrada requer alguns cuidados extras, principalmente nas curvas. Afinal, o comprimento total do conjunto beira os 20 metros e qualquer erro de cálculo numa curva com algo que pesa
47 toneladas pode causar esmagamentos indesejáveis de outros veículos, calçadas e pessoas. Nessas ocasiões, reduzir a velocidade, abrir um pouco mais a curva e usar os amplos espelhos retrovisores normalmente basta para evitar qualquer tragédia. No campo de provas, também foi possível participar de um teste do assistente
ativo de frenagem, que atua sobre automaticamente sobre os freios do caminhão caso os sensores detectem algum obstáculo à frente, como um veículo em menor velocidade ou parado. O sistema já é adotado em alguns automóveis modernos e sofisticados. No teste, a eficiência
dos sistemas eletrônicos assegurou a sobrevida do pequenino Smart Fortwo escalado para servir como “veículo que freia bruscamente à frente” durante a realização da avaliação. E, felizmente, o conjunto formado por freios a disco e ABS, ASR, EBD, freio-motor Top Brake
mostrou eficiência e parou o caminhão de forma quase instantânea, sem que o motorista precisasse intervir. Chega a ser assustador imaginar o impacto que as 47 toneladas teriam sobre o subcompacto produzido na França, com seus lépidos 900 kg.
Toque de exclusividade
A
Mitsubishi incluiu uma nova versão na gama da L200 Triton. A série especial HLS Chrome Edition é limitada a 300 unidades e custa R$ 87.990, disponível em três opções de cores: cinza, prata e marrom. O motor é o 2.4 Flex com 4 cilindros em linha, 16 válvulas, injeção
eletrônica multiponto sequencial de 142 cv e 22 kgfm – números com etanol no tanque. O câmbio é manual de cinco marchas e a picape traz central multimídia com tela touch de 7 polegadas e plaqueta numerada na tampa do porta-luvas.
Triumph retoma produção das versões de entrada da Tiger 800 e projeta crescimento nas vendas Por Eduardo Rocha Auto Press
Triumph Tiger XC: divulgação
Pmelhores or dias
motomundo
Triumph Tiger XC: divulgação
Triumph Tiger XC: divulgação
D
esde que passou a comercializar suas motos oficialmente no país, em outubro de 2012, a Triumph tem obtido resultados bem melhores que a encomenda. As projeções de vendas se anteciparam em pelo menos um ano – para 2015, estão previstas as vendas de 4.500 unidades, 80% mais que os 2.500 emplacamentos de 2014 – e menos de três anos depois de inaugurada já saíram das linhas de Manaus 10 mil exemplares. Por conta desse bom desempenho, a capacidade da fábrica já foi ampliada em 40% – das 5 mil para 7 mil unidades/ano. Apesar dos bons números, a marca inglesa decidiu se movimentar, prevendo dias “menos fáceis” pela frente. Decidiu ampliar a gama Tiger
Triumph Tiger XR: divulgação
Triumph Tiger XR: divulgação
com duas versões de “entrada” para a linha trail: a 800 XC e a 800 XR. Basicamente, elas são, respectivamente, versões simplificadas da XCx e da XRx e apresentam as mesmas características gerais. As duas são do segmento de bigtrails, mas XC tem uma vocação maior para o off-road enquanto a XR tem melhor performance no asfalto. A rigor, elas são as reais substitutas das antigas 800 e 800 XC, que deixaram de vir quando a Tiger passou por uma evolução, com um pequeno face-lift, alterações no propulsor e um bom incremento na eletrônica embarcada – o “x” minúsculo das versões de topo significam exatamente Extra. Os novos modelos de entrada trazem estas mesmas
Triumph Tiger XR: Eduardo Rocha/CZN
evoluções, mas com algumas limitações na parte eletrônica – até para diferenciar dos modelos top. O objetivo era mesmo baixar o preço final para o consumidor, que ficou em torno de 10% menor. A nova XC custa exatos R$ 40.790, ou R$ 4.600 a menos que os R$ 45.390 da XCx. Já a XR sai por R$ 37.690, ou R$ 4.500 a menos que os R$ 42.190 da XRx. Ou seja: preço bem semelhante ao que era praticado na geração anterior. Nesta retomada de valores, houve algumas simplificações. O sistema de controle de tração e o ABS têm apenas um nível de funcionamento, não “conversam” mais entre si, mas ainda podem ser desligados. Nos modelos superiores também podem ser desligados, Fábrica da Triumph em Manaus: Eduardo Rocha/CZN
mas também pode ser configurado em três níveis de controle de tração, três mapeamentos de aceleração diferentes e o ABS ainda pode trabalhar conjugado ao acerto de pilotagem. A Tiger foi despida ainda de outros elementos. Saem de cena o controle de cruzeiro, a tomada de 12V, os protetores de mão, o cavalete central, o protetor de cárter da versão XC, o para-brisas ajustável e o banco especial da versão XR. O computador de bordo foi mantido em ambas as versões. XC e XR só estarão disponíveis nas cores branca e preta. A cor azul fica como cor exclusiva para os modelos Extra. Se a comparação for com a antiga Tiger, vendida até março, houve alguns ganhos consideráveis com a mudança, Fábrica da Triumph em Manaus: Eduardo Rocha/CZN
apesar do preço semelhante. É o caso dos ajustes na motorização, que deixaram o modelo mais eficiente nas acelerações e até 17% mais econômico, segundo a marca. Apesar da leve “depenada” que sofreu, a nova estética também representa uma evolução, assim como as suspensões, mais sofisticadas. As duas versões trazem dianteira e traseira ajustáveis, sendo que na XC é da WP e na XR é da Showa. Com as novas versões, a gama Tiger vai ficar ainda mais importante no line-up da Triumph no Brasil. Os três modelos vendidos hoje – XCx, XRx e Tiger – respondem por 40% da comercialização da marca por aqui. Fatia que deve ser ampliada a partir desse mês. Segundo as projeções da
Fábrica da Triumph em Manaus: Eduardo Rocha/CZN
montadora inglesa, as novas Tiger 800 XC e XR devem representar um ganho nas vendas de 200 unidades mensais – 100
cada. Ou seja: praticamente dobrar as vendas da linha. Em um ano de crise, não dá para reclamar.
Conforto básico
U
m dos sedãs mais acessíveis do Brasil, o Chevrolet Classic já está em 2016. E a principal novidade da virada de ano para o modelo é a inserção da direção hidráulica em seus itens de série. Com isso, além do conforto no volante, o modelo
entrega, por R$ 34.600, ar-condicionado. Para ter alarme, vidros dianteiros e travas elétricos, é preciso desembolsar R$ 35.640. O motor segue o 1.0 litro flex de 78 cv e 9,7 kgfm, quando abastecido com etanol.
Apimentado
Presente de aniversário
A
Audi lançou, na Inglaterra, uma edição especial comemorativa de 21 anos do A8. Batizada de Edition 21 e derivada da SE Executive, a novidade traz para-choques esportivos, rodas de 20 polegadas, revestimento interno em
couro preto com detalhes vermelhos ou couro marrom e soleiras de porta com o nome da série iluminado. Sob o capô está o V6 de 3.0 litros turbodiesel com 262 cv e 59,2 kgfm, associado à tração integral e câmbio automático de oito marchas.
A Citroën se prepara para produzir, na fábrica de El Palomar, na Argentina, uma versão ainda mais esportiva para o C4 Lounge. Batizada de Sport, ela deve ser lançada ainda este ano e, em seguida, trazida para o Brasil. A marca francesa ainda não liberou mais detalhes sobre a motorização, mas o sedã esportivo já foi apresentado no Salão de São Paulo do ano passado como conceito. Atualmente, o modelo já tem em sua versão de topo o motor 1.6 THP Flex, com 173 cv quando abastecido com etanol.
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