Revistaautopress074

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Solução

Ano 2, Número 74, 2 de outubro de 2015

na caçamba E ainda:

Jaguar XE Mercedes-Benz GLC Honda scooter PCX Volkswagen Amarok Dark Label Chevrolet lança conectividade OnStar Para crescer em tempos recessivos, Renault lança a Oroch, a versão picape do utilitário esportivo Duster


Sumário

EDITORIAL

De olho no mercado

As páginas da “Revista Auto Press” desta semana estão repletas de novidades. Como principal destaque desta edição aparece a Renault Duster Oroch. A primeira picape da marca francesa vem para ocupar o espaço deixado entre as compactas top de linha com cabine dupla e as médias de entrada. Outra novidade está no Jaguar XE, que aposta no requinte e na esportividade para encarar o mercado de sedãs de luxo no Brasil. A proposta é disponibilizar recursos que as rivais alemãs deixam para modelos superiores. A Chevrolet mostra que a interação entre celulares e automóveis está cada vez mais presente no cotidiano, e com isso, traz para o Brasil serviço de conectividade OnStar, que auxilia em emergências e marca até hora em salão de beleza. Do outro lado do continente, na Itália, o Mercedes GLC – nova geração do utilitário GLK – teve seu conjunto otimizado e mostra toda sua versatilidade e glamour para ganhar espaço entre os SUVs premium. No campo das duas rodas, a Honda aproveita o bom momento do segmento de scooters no país e renova a PCX. Na área dos veículos comerciais, aparece a edição limitada Dark Label da picape média Volkswagen Amarok, que exibe conforto e aptidão off road durante a avaliação. O modelo traz sob o capô o mesmo motor diesel que revelou problemas de emissões que abalaram a imagem da marca alemã em todo o mundo. Boa leitura!

Edição de 2 de outubro 2015

03 - Renault Duster Oroch

25 - Chevrolet lança conectividade OnStar

11 - Jaguar XE

32 - Volkswagen Amarok Dark Label

19 - Mercedes-Benz GLC

39 - Honda scooter PCX


fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

teste

Alternativa criativa

A Oroch, versão picape do utilitário esportivo Duster, é a aposta da Renault

para crescer em um mercado em crise por Luiz Humberto Monteiro Pereira Auto Press

C

riatividade é a resposta para qualquer crise. Com o mercado automotivo brasileiro enfrentando uma retração nas vendas de 20% em relação ao ano passado, a Renault resolveu tentar algo diferente. Criou uma versão picape do utilitário esportivo Duster, inédita em todo o mundo. Assim surgiu o Duster Oroch, a primeira picape da marca francesa, desenvolvida pelo RTA – Renault Tecnologia Américas – e fabricada no Paraná. Escolhido pela sonoridade forte, o nome Oroch, segundo o marketing da Renault, foi “emprestado” de uma etnia que habitava a fronteira da Rússia com a Ucrânia. A proposta do novo produto é se posicionar entre as picapes compactas – Fiat Strada, Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana – e as médias – Chevrolet S10, Toyota Hilux, Ford Ranger, Volkswagen Amarok, Nissan Frontier e Mitsubishi L200. A Oroch é produzida apenas em versão cabine dupla. Tem 36 cm a mais que o Duster, no comprimento, e 15 cm a mais no entre-eixos. A suspensão traseira é independente multilink, como na versão 4X4 do SUV. A capacidade volumétrica da caçamba é de 683 litros e a capacidade de carga é de 650 quilos, independentemente da motorização. Esses valores são praticamente idênticos aos da concorrente Strada cabine dupla – a picape da Fiat leva apenas três litros a menos e pode carregar o mesmo peso na caçamba. Mas ficam bastante aquém da picape média mais vendida do país, a S10, que transporta na caçamba até 1.570 litros e 944 kg na versão básica Advantage 2.4 FlexPower 4X2. Os motores da Oroch são os mesmos que movem o Duster e a tração é sempre dianteira. O bicombustível 1.6 litro 16V de 115/110 cv vem com o câmbio manual de cinco marchas e o motor flex 2.0 litros 16V de 148/143 cv traz o câmbio manual de seis marchas. Opções com tração 4X4 e com câmbio automático, já oferecidas no Duster, deverão ser apresentadas na picape em 2016. O design da Oroch é assinado pelo Technocentre da Renault, na França, em parceria com o Renault Design América Latina – RDAL –, instalado na capital paulista. A frente é praticamente


igual à do “face-lift” do Duster, apresentado em abril desse ano. A grade frontal incorpora o mesmo logo avantajado que caracteriza a atual “assinatura visual” da Renault e os faróis são idênticos, assim como os parachoques bojudos. As novidades na carroceria efetivamente começam depois das portas traseiras, onde a caçamba alta da Oroch substitui o porta-malas do Duster. Na tampa traseira da picape, o nome Oroch aparece em letras cromadas e duas grandes lanternas em forma de flecha completam o conjunto. Se, em termos de caçamba, a Oroch não leva grande vantagem em relação às concorrentes compactas de cabine dupla, seu amplo espaço interno e o fácil acesso aos bancos traseiros são os mesmos do Duster – algo que aproxima a picape da Renault das concorrentes médias. É difícil perceber as diferenças no habitáculo entre o interior do Duster e o da Oroch. Em termos estéticos, os mesmos detalhes em “black piano” valorizam a parte central do tablier, que reúne as saídas de ar centrais e o Media Nav Evolution. A ampla interatividade com os smatphones aumenta consideravelmente o potencial de informação e entretenimento da picape. Nos modelos Dynamique, que oferecem o Media Nav, o volante incorpora alguns comandos satélites do equipamento. Os preços da Oroch endossam a estratégia de marketing de posicioná-la entre as picapes compactas “top” e as médias “de entrada”. A versão Expression 1.6 começa em R$ 62.290. A intermediária Dynamique 1.6 parte de R$ 66.790. E, enquanto as versões 4X4 e automática não chegam, a Oroch mais cara é a Dynamique 2.0, que começa em R$ 70.790. Mas os preços podem ir bastante além disso se o comprador optar pelos diversos equipamentos opcionais e acessórios de personalização. Alguns deles são até bastante interessantes e funcionais, como capota marítima ou o extensor de caçamba – que permite transportar uma motocicleta. Para o início de 2016, a Oroch irá encarar uma nova concorrente: a Fiat Toro, picape que a marca italiana irá posicionar num segmento acima da Strada, para disputar com as médias. A briga promete.


Ponto a ponto

Desempenho - O motor 1.6 16V de 115/110 cv de potência e 15,9/15,1 kgfm de torque com gasolina/etanol da Duster Oroch Dynamique impulsiona o carro de maneira digna, sem esbanjar ou sonegar força. Atende quem gosta de dirigir de forma racional, sem arroubos de esportividade. Nessa motorização, a quarta e a quinta marchas são mais longas, para favorecer a economia. Nota 7. Estabilidade - Por ser um veículo pesado e alto, com a suspensão mais elevada que a do Duster, poderia se esperar que a Oroch fosse desengonçada nas curvas. Inusitadamente, o acerto do conjunto suspensivo foi tão bem-feito que a picape parece mais estável e bem assentada que o SUV. Em trechos de off-road leve, transmite percepção de robustez e confiabilidade. Uma ligeira sensação de instabilidade só aparece em altas velocidades, acima dos 130 km/h. Ou seja, no uso civilizado para uma picape, a Oroch 1.6 Dynamique tem comportamento eficiente e agradável. Nota 8. Interatividade - Assim como ocorre no Duster, quase todos os comandos da Oroch são bem localizados – exceto a regulagem dos retrovisores externos, que fica no console central. A tela de 7 polegadas “touch” com sistema multimídia NAV, como ocorre no Duster, poderia estar situada em uma posição mais elevada, para facilitar a visualização do motorista. O pneu estepe fica embaixo da parte traseira do veículo, deixando a caçamba livre para o transporte de carga. Outro ponto positivo é que os vidros traseiros contam com acionamento elétrico em todas as versões. O santantônio e o rack de teto estilizados proporcionam a possibilidade de carregar até 80 kg no teto do carro e são úteis para permitir uma amarração segura das cargas altas. Nota 7. Consumo - É um destaque positivo da picape da Renault. Ambos os motores da Oroch recebem nota “A” em consumo no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A função EcoMode,

que pode ser acionada por meio do botão localizado no painel central, limita a potência e o torque do motor, além de reduzir a potência do ar-condicionado. Segundo a Renault, permite uma redução de 10% no consumo de combustível. E o indicador de trocas de marchas Gear Shift Indicator (GSI) ainda sugere quando reduzir ou aumentar a marcha, para aproveitar melhor o motor. Nota 9. Tecnologia - A grande atração tecnológica da Oroch é o Media NAV Evolution, de série nas versões Dynamique 1.6 e 2.0. Ele permite acesso às mídias sociais, Facebook e Twiter, consultar por meio do aplicativo Aha, via smartphone, as bases de dados TripAdvisor, Yelp, Custom Weather e acesso a web rádios de todo o mundo, além de informações de trânsito em tempo real para algumas cidades, por meio da tecnologia TMC (Traffic Message Channel). Para os usuários de iPhone é possível utilizar o aplicativo Siri, que permite usar comandos voz do motorista para realizar buscas de


músicas e pessoas da lista de contatos. Nota 8. Conforto - A picape Renault surpreende positivamente nesse aspecto. Os bancos e volante têm regulagem de altura e profundidade. O habitáculo oferece amplos espaços para pernas e cabeças. A suspensão da picape teve um ajuste elogiável e absorve bem os eventuais desnivelamentos do piso. Nota 8. Habitabilidade - Outro ponto forte de Oroch. É fácil entrar e sair, devido ao bom ângulo de abertura das portas. Os porta-objetos existentes suprem com eficiência as demandas cotidianas. Na traseira, é possível transportar três pessoas com tranquilidade. A caçamba leva 683 litros, pouco mais que as concorrentes compactas de cabine dupla. Nota 8. Acabamento - O interior da Oroch mantém o padrão simples do Duster, algo coerente com o aspecto um tanto rústico de ambos os modelos. Os plásticos são rígidos, mas não transmitem sensação de baixa qualidade e até combinam com o acabamento preto brilhante. Os botões com moldura cromada completam bem o conjunto. Nota 7. Design - A frente do Oroch adota os traços do face-lift que o Renault Duster recebeu no início do ano. A caçamba foi introduzida na traseira de forma harmônica, sem aspecto de “gambiarra”. Suas dimensões impõem mais “presença em cena” que as picapes compactas concorrentes e até consegue se aproximar visualmente das picapes médias de cabine dupla – sem ser tão “grandalhona” quanto elas. Nota 7. Custo/Benefício - A versão mais barata é a Expression 1.6, que começa em R$ 62.290. A intermediária é a Dynamique 1.6, que parte de R$ 66.790. E a Oroch mais cara é a Dynamique 2.0, que começa em R$ 70.790. Os valores atendem à premissa da marca de posicionar o modelo entre as picapes compactas “top” e as versões mais básicas das picapes médias de cabine dupla. Nota 7. Total - O Renault Duster Oroch 1.6 Dynamique somou 76 pontos de 100 possíveis.


Primeiras Impressões

Renault Duster Oroch 1.6 Dynamique

Disposição para brigar Rio de Janeiro/RJ - Quando um fabricante de automóveis cria uma versão picape derivada de um automóvel de passeio – seja um SUV, um hatch ou um sedã –, a grande preocupação dos departamentos de engenharia é o ajuste da suspensão. Numa picape, o conjunto suspensivo tem de ser robusto o suficiente para aguentar cargas pesadas na caçamba, eventualmente em pisos irregulares. Ao mesmo tempo, não pode ser rígido demais a ponto de comprometer o conforto, principalmente quando a caçamba está vazia. E é justamente o ajuste da suspensão o grande mérito da Renault na criação da Oroch. O trabalho da engenharia da marca francesa na suspensão da Oroch foi tão bem-sucedido que torna-se difícil notar diferenças de dirigibilidade entre a picape e o utilitário esportivo. Fica até a ligeira impressão de que a Oroch, por ser mais alongada e pesada, ficou mais dócil e “amistosa” que o Duster, principalmente nos trechos sinuosos feitos em alta velocidade. A picape da Renault

quica pouco e transmite um “handling” bem próximo ao dos carros de passeio da marca francesa. Em termos de desempenho, a versão avaliada – a Dynamique 1.6, equipada com os opcionais capota náutica e bancos em couro – não é a mais recomendada para quem busca esportividade. Com seus 148/143 cv de potência e 20,9/20,2 kgfm de torque, o motor 2.0

obviamente oferece uma performance mais entusiasmante que a versão 1.6, com seus 115/110 cv de potência e 15,9/15,1 kgfm de torque. Porém, o motor 1.6 entrega desempenho honesto. E oferece uma vantagem importante: é mais barato e mais econômico que o 2.0. Nos bicudos tempos atuais, um pouco de racionalidade é um atributo nada desprezível.


Ficha técnica Renault Duster Oroch Motor 1.6: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 110 cv e 115 cv com gasolina e etanol a 5.750 rpm. Aceleração: 0-100 km/h: 14,3 e 13,2 segundos com gasolina e etanol. Velocidade máxima: 160 km/h e 164 km/h com gasolina e etanol. Torque máximo: 15,1 kgfm e 15,9 kgfm com gasolina e etanol a 3.750 rpm. Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 9,8:1. Motor 2.0: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual de seis marchas a frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 143 cv e 148 cv com gasolina e etanol a 5.750 rpm. Aceleração: 0-100 km/h: 10,6 e 9,7 segundos com gasolina e etanol. Velocidade máxima: 178 km/h e 186 km/h com gasolina e etanol Torque máximo: 20,2 kgfm e 20,9 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 82,7 mm X 93,0 mm. Taxa de compressão: 11,2:1. Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com amortecedores hidráulicos telescópicos, triângulos inferiores e molas helicoidais e

barra estabilizadora. Multilink independente e MacPherson, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora. Não possui controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 215/65 R16. Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS. Carroceria: Picape em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,69 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,69 m de altura e 2,82 m de entre-eixos. Oferece airbag duplo frontal. Peso: 1.292 kg com motor 1.6 e 1.346 kg com motor 2.0. Capacidade da caçamba: 683 litros. Carga útil: 650 kg. Capacidade tanque de combustível: 50 litros. Itens de série: Expression 1.6: airbag duplo, freios com ABS, direção hidráulica, travas elétricas, volante com regulagem da altura, ar-condicionado, rodas aro 16 polegadas de liga leve na cor “Alumínio”, alerta sonoro


de luzes acesas, rádio CD MP3 com 4 alto falantes (3D Sound by Arkamys) + USB + Bluetooth, vidros elétricos, alarme perimétrico, chave com comando de travamento a distância, comando de áudio e celular na coluna de direção (comando satélite), assento do condutor com regulagem de altura, desembaçador do vidro traseiro, sistema CAR (travamento automático das portas a 6 km/h), barras no teto, santantônio, protetor de caçamba. Preço: 62.990. Opcionais: Retrovisor elétrico e faróis de neblina (R$ 700). Dynamique 1.6: adiciona Media NAV Evolution com funções Eco-

Coaching e Eco-Scoring, faróis de neblina, rodas aro 16 polegadas de liga leve na cor “Cinza Escuro”, piloto automático, comando elétrico dos retrovisores, sensor de estacionamento, volante com acabamento em couro, computador de bordo, indicador de temperatura externa e vidros do motorista com comando one touch. Preço: R$ 66.790. Opcional: Bancos de couro (R$ 1.700) Dynamique 2.0: Mesmos itens da Dynamique 1.6. Preço: R$ 70.790. Opcional: Bancos em couro (R$ 1.700).


Válvula de escape - Em meio à crise no setor au-

Apressadinha

tomotivo brasileiro, a Chevrolet busca motivos para se animar. Segundo a marca, a expectativa sobre o número de exportações de veículos montados no Brasil pode subir até 70% em comparação com 2014 – 35 mil contra esperados 60 mil. Para Santiago Chamarro, presidente da fabricante no Brasil, a valorização do dólar frente ao real impulsionará esse resultado, com a maioria dos modelos enviados para os mercados consumidores do México e África do Sul. Ainda de acordo com o “chefão” da marca americana, o atual câmbio praticado para o dólar tem prejudicado, em curto prazo, os custos do setor. Isso em função do uso de componentes importados e do aumento do preço nas matérias-primas utilizadas na produção dos veículos. Para driblar a crise gerada pelo baixo consumo no mercado interno, a Chevrolet está tentando se adequar à atual demanda. Porém, caso os números não melhorem, a fabricante terá de realizar corte nos gastos, o que pode gerar demissões.

O Salão Duas Rodas, em São Paulo, acontece entre os dias 7 e 12 de outubro, mas a Honda não conseguiu se segurar e acabou revelando alguns dos alguns de seus modelos que lá serão exibidos. A bigtrail recém-lançada CFR 1000L Africa Twin e a scooter SH300i foram confirmadas pela marca e serão destaques de seu estande, mas a montadora nipônica não confirmou a vinda nem a fabricação de ambos os modelos para o Brasil. A primeira é equipada com motor dois cilindros paralelos de 998 cm³ capaz de render 94 cv de potência e 10 kgfm de torque. A transmissão pode variar entre seis marchas ou automatizada de dupla embreagem. Já a scooter SH300i, bem-sucedida no mercado europeu, tem seu trem de força formado por um motor monocilíndrico de 279 cm³ que rende até 27 cv e 2,7 kgfm de torque junto com transmissão CVT.

Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores –, Luiz Moan, voltou atrás nas previsões para o balanço de 2015 no setor automotivo. O executivo revelou uma expectativa ainda pior do que a divulgada anteriormente. De acordo Moan, a queda nas comercializações de veículos passou de 20,4% para algo em torno de 23 e 24% em comparação ao ano de 2014. Uma expectativa nada animadora. Ao contrário dos anos anteriores, onde o segundo semestre apresentava crescimento frente ao primeiro, o que vem ocorrendo é um declínio contínuo. E não há qualquer otimismo nas palavras de Moan. O que o presidente da Anfavea prevê é que a melhora do cenário só deverá ocorrer no fim de 2016. Ou seja, as fabricantes podem ter pela frente pelo menos mais um ano de perdas.

De mal a pior - O presidente da Anfavea – Agência


autoperfil

Fotos: Eduardo Rocha/CZN

D inâmica feroz por Eduardo Rocha auto press

Jaguar aposta no requinte e na esportividade para encarar o mercado de sedĂŁs de luxo no Brasil


A

Jaguar explicita uma certa indiferença em relação aos modelos de entrada entre os sedãs médios premium. Inclusive porque o maior atrativo de seu novo XE é oferecer status e recursos que as marcas alemãs costumam “reservar” para os modelos maiores e mais caros. Por conta de política, o XE mais básico já tem um respeitável propulsor 2.0 turbo de 240 cv e com câmbio sequencial de oito marchas. Na versão S, na qual a marca britânica busca reiterar sua esportividade, o propulsor é um 3.0 V6 Supercharged de 340 cv. No Brasil, este conceito vem acompanhado de uma relação custo/ benefício bem flagrante. Mesmo a versão mais barata, a Pure, custa R$ 169.900 e preserva a ideia de requinte através de equipamentos de conforto, revestimento em couro e acabamento esmerado. E a linha vai em um crescente de equipamentos, com a Pure Tech, de R$ 177 mil, com a R Sport, de R$ 199.900 e, por fim, com a S, de R$ 299 mil. Desde a versão Pure, a marca busca valorizar também a dinâmica mais esportiva de seu modelo. Os 240 cv do motor 2.0 turbo produzem uma relação peso/potência de 6,37 kg/cv. Daí a capacidade de chegar a 100 km/h, partindo da imobilidade, em apenas 6,8 segundos.


Na versão S, os números são ainda mais dramáticos: relação peso/potência de 4,89 kg/cv e zero a 100 km/h em 5,1 segundos. Cada uma das motorizações recebe uma calibragem de suspensão específica. Na R Sport é mais rígida e na S tem controle de amortecimento. Todas, porém, têm a mesma arquitetura básica: triângulos sobrepostos na frente e integral link atrás, um conjunto multilink montado sobre subchassi com molas. Desde o modelo básico, também, o XE conta com paddleshifts no volante e sistema de controle de condução – Jaguar Drive Control –, que altera a resposta de motor, direção, câmbio e o nível de intromissão do controle de estabilidade e de tração. No caso da versão S, que tem amortecedores ativos, muda também o comportamento da suspensão. Nessa política de manter a marca elitizada, os modelos chegam bastante completos desde a versão básica. Ela traz itens como faróis de xênon, start/stop, tela touch de 8 polegadas, controle de cruzeiro, sensor traseiro, GPS e ar de duas zonas. O pacote Tech adiciona sensor de chuva, teto solar e câmara de ré. A R Sport inclui, entre outros, bancos, suspensão e visual mais esportivos, rodas aro 18, sistema de som Meridian, ajustes elétricos de banco e volante e teto panorâmico. A


versão S traz tudo que o XE pode oferecer. Além do propulsor 3.0 V6 com compressor mecânico, de 340 cv, ela traz head-up display a laser, que projeta em cores as informações no vidro diante do motorista, faróis adaptativos, kit aerodinâmico, rodas de 19 polegadas, sistema de som de 380 W e sensores de estacionamento dianteiro, traseiro e câmara de ré. Desde 2008, quando passou para as mãos da indiana Tata, o esforço da fabricante britânica tem sido o de aumentar sua presença no mercado sem perder o glamour. A imagem sofisticada passa necessariamente pela tecnologia de construção e o XE tem 75% de sua construção em alumínio. O chassi, chamado de Q1, é o primeiro modular da marca e com base nele serão feitos o utilitário esportivo F-Pace, que chega em fevereiro, e o futuro sedã médio-grande XF. Mas, mesmo que não busque a popularidade, a fila nos mercados europeus e norte-americano está extrapolando a capacidade da fábrica de Solihull, na Inglaterra. Por isso também, o lote destinado ao Brasil não foi dos maiores e, na mesma batida dos mercados centrais, já está todo reservado. A Jaguar calcula que, em uma demanda normal, 50 XE sejam emplacados mensalmente, sendo entre 8 e 10 unidades da versão de topo S.


Primeiras impressões

Cada um no

seu quadrado

Mogi-Guaçu/SP – O Jaguar XE se impõe pelo porte, sofisticação e espírito esportivo. As linhas dão um aspecto robusto e sólido ao sedã britânico. Mas, na verdade, há dois XE diferentes. Nas versões com motor 2.0 turbo de 240 cv, é um sedã ativo, bem disposto, capaz de trafegar em velocidades de cruzeiro de autobahn alemã, mas sempre dócil a quem está no volante. A versão S, com seu 3.0V6 Supercharged de 340, é uma fera, que se torna domável por conta dos variados controles eletrônicos disponíveis no modelo. Não por acaso, o teste-drive do primeiro foi na rodovia e o do segundo, no autódromo. A diferença de temperamento explica os R$ 100 mil a mais que a tabela aponta para a versão de topo. Na pista, o XE S mostra a eficácia da suspensão traseira integral link, uma espécie de multilink evoluída. A carroceria simplesmente se recusa a rolar nas curvas e mesmo com pisadas mais intensas, não há qualquer tendência de sobresterço, sem acusar a tração traseira. As arrancadas são daquelas que marcam as costuras do banco nas costas do piloto e o supercharged deixa o motor sempre cheio – apesar do torque máximo só aparecer a 4.500 rpm, desde os giros mais baixos já tem força suficiente para mover o sedã. Com a motorização 2.0, o XE fica 135 kg mais leve. Em vez da força bruta da versão S, a versão R-Sport tem a agilidade a seu favor. Na rodovia, impressiona a facilidade

com que os ponteiros do velocímetro e do tacômetro sobem. A suspensão tem bom compromisso entre estabilidade e conforto, mas sofre um pouco nos trechos com asfalto irregular. Mesmo que seja classificado como sedã de luxo médio, o espaço atrás é digno de ser ocupado por um executivo, com ótima área para as pernas e cabeça – até por isso, o assento traseiro é mais baixo que o dianteiro. Se bem que, carros dessa categoria são pensados para que o dono assuma o volante. Os instrumentos, redondamente clássicos, são fundos a ponto de dificultar que o carona bisbilhote a velocidade. As regulagens de banco e volante elétricos são simples, mas há um excesso de comandos no console, no volante e nas hastes – ainda não descobriram como reduzir o número de botões em um carro com tantos recursos.


Ficha técnica - Jaguar XE Motor 2.0 Turbo: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.999 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e turbocompressor. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Potência máxima: 240 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 34,7 kgfm entre 1.750 rpm e 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 87,5 x 83,1 mm. Taxa de compressão: 10:1. Aceleração 0-100 km/h: 6,8 segundos. Peso: 1.535 kg. Motor 3.0 Supercharged (S): A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.995 cm³, seis cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e compressor mecânico. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Potência máxima: 340 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 45,9 kgfm a 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 84,5 x 89,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Aceleração 0-100 km/h: 5,1 segundos. Peso: 1.665 kg. Velocidade máxima: 250 km/h, limitada eletronicamente. Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Controle de tração. Suspensão: Dianteira independente com triângulos sobrepostos. Traseira integral link – multiling com subchassis sobre molas. Oferece controle eletrônico de estabi-

lidade de série e amortecedores eletrônicos na versão S. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,67 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,42 m de altura e 2,83 m de entre-eixos. Capacidade do porta-malas: 450 litros. Tanque de combustível: 63 litros.

Produção: Solihull, Inglaterra. Lançamento mundial: Maio de 2015. Lançamento no Brasil: Setembro de 2015. Versões – Pure: Paddle shifts, freio de estacionamento elétrico, Isofix, sete airbags, ar-condicionado digital dual zone, bancos em couro com ajuste elétrico para motorista e passageiro memória para motorista, volante em couro multifuncional, iluminação ambiente interna ajustável, faróis de xenon,


retrovisor interno antiofuscante, apoio de braço no banco traseiro com dois porta-copos, trio elétrico, direção elétrica, controle de cruzeiro, controle de estabilidade e tração, controle de torque direcional, revestimento em couro, start/stop, monitoramento da pressão dos pneus, faróis em xenon, luz diurna em led, Jaguar Drive com quatro modos de condução, sistema de som Jaguar com seis alto-falantes, entradas USB e iPod, tela central touchscreen de 8 polegadas em alta resolução, Bluetooth com áudio streaming, GPS e sensor de obstáculos traseiro. Preço: R$ 169.900 Pure Tech: Adiciona teto solar, câmara traseira, sensor dianteiro de estacionamento e sensor de chuva. Preço: R$ 177 mil. R-Sport: Adiciona para-choque redesenhado, saias laterais, spoiler traseiro, bancos esportivos, suspensão recalibrada, revestimento em couro de duas cores, faróis de xenonadaptativos, assistente de farol alto, som Meridian com 11 alto-falantes, coluna de direção com ajuste elétrico e rodas de liga leve aro 18. R$ 199 mil. S: Adiciona motor 3.0 V6, amortecedores ativos, revestimento de couro e alcântara, detalhes de acabamento em fibra de carbono, pedais em alumínio, rodas de liga leve aro 19, head-up display em laser, spoiler traseiro maior, pinças de freios vermelhas, chave presencial para travas e ignição, sensor de estacionamento 360º e monitor de ponto cego. Preço: R$ 299 mil.


Expansão territorial - A Volvo Cars

Reforço de peso - A Mercedes-Benz se pre-

para para desembarcar no Brasil sua van Vito, que é menor que a Sprinter. O modelo já foi lançado na Argentina e é produzido por lá na fábrica de Virrey del Pino nas versões furgão e van de passageiros, com configurações entre três e até nove lugares. Esteticamente, o veículo é igual ao produzido na Espanha e comercializado na Europa. A chegada ao Brasil está prevista para acontecer até o final de 2015. Sob o capô, o comercial leve conta com duas opções de motorização. A de entrada é a utilizada nos furgões, um 1.6 litro turbodiesel que rende 114 cv, com tração dianteira. Já as unidades destinadas ao transporte de passageiros poderão sair com propulsor 2.0 litros a gasolina, capaz de entregar 184 cv e com tração traseira. Em ambas as opções, a transmissão é sempre manual de seis velocidades. Entre os itens de série, estão disponíveis tecnologias como alerta de fadiga, assistente para ventos laterais – para manter a estabilidade do modelo –, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampas e rádio com Bluetooth.

começou os trabalhos na construção de sua primeira fábrica nos Estados Unidos. O local escolhido foi a região de Berkeley, perto de Charleston, na Carolina do Sul, e será utilizado na produção da próxima geração do sedã S60, que está em fase de desenvolvimento e utiliza a nova plataforma modular SPA, que estreou no utilitário esportivo XC90, que chegou recentemente ao Brasil. Pelo menos por enquanto, a marca sueca ainda não definiu qual será o segundo modelo fabricado no espaço. A planta americana terá capacidade de entregar anualmente 100 mil unidades. Os veículos serão comercializados nos Estados Unidos e exportados para outros mercados. Para erguer a fábrica, a Volvo investirá cerca de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 2 bilhões.

Lá e cá - Depois do escândalo mundial sobre as fraudes

nos testes de emissão nos Estados Unidos, a Volkswagen será investigada também no Brasil. O Ibama notificou a fabricante porque o motor 2.0 litros diesel afetado é o mesmo que equipa a picape Amarok por aqui. A intenção do órgão é averiguar se no país o propulsor está de acordo com as exigências vigentes ou se também contou com o software que muda o comportamento do veículo durante a realização dos testes. O caso segue ganhando repercussão no cenário internacional. A Suíça já anunciou a proibição da venda dos modelos do Grupo Volkswagen equipados com o trem de força envolvido. A medida vale apenas para as unidades zero-quilômetro e que passaram pelos testes de emissão para adequação às normas da legislação Euro 5. Além da própria Volkswagen, Audi, Seat e Skoda estão entre as marcas com modelos embargados na Suíça.


Mudanças

vitrine

por Raffaele Grosso Auto Press

Mercedes GLC substitui GLK e otimiza seu conjunto para ganhar espaço entre os SUVs premium

Fotos: Divulgação

pontuais


A

Mercedes-Benz está em ascensão no cenário mundial. Em agosto desse ano, a marca alemã registrou o 30º mês seguido de crescimento nas vendas. Foram 17,6% de aumento nas comercializações ao redor do mundo de seus modelos. E para manter o bom ritmo de vendas, a Mercedes aposta no utilitário GLC para continuar no embalo ao aproveitar o alto interesse do segmento nos mais relevantes mercados globais. O Mercedes GLC nada mais é que a nova geração do GLK – recentemente aposentado. O modelo ganhou novo nome de batismo após a reordenação que a marca fez em sua gama. Na “sopa de letrinhas”, a letra G representa Geländewagen, que em alemão é SUV, e a letra L, luxo. Por fim, a última sigla C representa a família no qual se baseia e compartilha plataforma. E como toda novidade busca mudanças positivas, a Mercedes tratou logo de aprimorar a parte estrutural do SUV. As proporções foram ampliadas em 12 centímetros de comprimento, 5 centímetros de largura e 11 cm de entre-eixos. Embora esteja maior, a fabricante alemã ainda realizou uma dieta básica para o modelo, que perdeu 80 kg graças ao uso de materiais de alumínio e aços de alta resistência em sua arquitetura. O porta-malas também foi ampliado em 80 litros e comporta até 580 litros – pode chegar a 1.600 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. O visual externo do GLC agrega alguns traços do crossover GLA e do sedã classe C. Os faróis foram afilados, a grade conta com duas barras cromadas e ao centro aparece o símbolo da estrela de três pontas. Na lateral aparecem os vincos mais contundentes, frisos das janelas cromados, rodas de liga leve e linhas mais curvadas. Na traseira, as lanternas possuem lâmpadas de leds. Mas é no interior que a Mercedes pretende chamar a atenção. O design interno é bem similar ao sedã Classe C. Dentro do


habitáculo, os materiais apresentam boa qualidade. O interior pode ser personalizado de acordo com o cliente com várias combinações. O volante multifuncional e os bancos são revestidos em couro e há detalhes em alumínio no painel e no console central. Um dos destaques fica por conta da tela central multimídia com funções de entretenimento, áudio, telefonia, GPS e outros, de 7 ou 8,4 polegadas, e do teto solar panorâmico. Como todo bom carro premium, há diversas tecnologias de assistência ao condutor. Uma das novidades da marca para o modelo está no Head Up Display, que projeta informações no campo de visão do motorista para que não ocorra distração durante a condução. A oferta de itens voltados para melhor dirigibilidade e segurança é ampliada com os sistemas de frenagem de emergência, assistente para troca de faixas, faróis direcionáveis, alerta de tráfego traseiro – através de sensores no para-choque, identifica iminência de colisão e ativa medidas e freios preventivos para reduzir o impacto aos ocupantes – e piloto automático com sistema Stop and Go – que mantém distância segura do veículo à frente. Entre a gama de motores, o Mercedes GLC tem quatro opções: duas a diesel, uma gasolina e uma híbrida. As versões diesel 220d e 250d são equipadas com o propulsor turbinado de 2.1 litros capaz de render 170 ou 204 cv, respectivamente. Já na versão a gasolina, o motor passa a ser um 2.0 litros também turbinado, mas com potência máxima de 211 cv. Ambas trabalham com a nova transmissão automática de nove velocidades. Na versão híbrida, trabalham em conjunto o motor a gasolina e um propulsor elétrico, capaz de somar 116 cv de potência, e rodar até 34 quilômetros sem consumir uma gota de combustível fóssil. Nesta configuração, o câmbio é automático de sete marchas. A tração será integral 4Matic em todos os modelos e a suspensão adaptativa a ar passa a ser item opcional. De acordo com a Mercedes,

os propulsores foram revistos e estão 19% mais econômicos. O motor ainda dispõe de cinco modos de atuação: Eco, Confort, Sport, Sport+ e Individual. Na Europa, o modelo tem preço inicial em 44.500 euros, algo em torno de R$ 205 mil – preço semelhante deve ser aplicado em solo verde e amarelo. A expectativa é que o modelo desembarque no país em meados de 2016. Por aqui, irá disputar espaço com os rivais Range Rover Evoque, Volvo XC60, BMW X3 e X4 – variante cupê – e Audi Q5. Atualmente, o Mercedes GLK disputa junto com o Audi Q5 a briga para sair da última posição nas vendas brasileiras. De janeiro a agosto deste ano, o SUV de quatro argolas emplacou 377 unidades, 10 a mais que o da marca da estrela de três pontas. Já o Range Rover Evoque obteve 2.297 emplacamentos e o Volvo XC60 um pouco mais de 1.800. Os BMW X3 e X4 renderam 899 vendas – 341 e 558, respectivamente.


Primeiras impressões Multifuncional exemplar

por Carlo Valente do infomotori.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press

Milão/Itália – O design e o estilo do Mercedes GLC se tornam agradáveis com sua elegância, modernidade e glamour. Na estrada, o carro se comporta como o Classe C, mas conta com a vantagem de uma maior sensação de segurança, mais espaço e melhor visibilidade. O SUV mostra-se estável, fácil de guiar e extremamente silencioso. O modelo também possui excelente sistema de frenagem, muito útil para corrigir qualquer deslize ou distração do piloto. O Mercedes GLC apresenta bom repertório tecnológico e materiais de qualidade em seu acabamento interno. Qualidade e conforto são dois sentimentos que não estão limitados a bordo do veículo, e essas características fazem valer seu preço. No campo do off-road, o carro não deixou a desejar durante o teste realizado com obstáculos artificiais e prova que não tem medo de encarar a mudança do asfalto para terra. O carro definitivamente torna-se forte candidato a ser um dos melhores utilitários esportivos médios premium do mundo.


Ficha Técnica Mercedes-Benz GLC 250 Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.991 cm³, turbo com intercooler, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de nove marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Tração integral. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 211 cv a 5.500 rpm Aceleração de zero a 100 km/h: 7,3 segundos. Velocidade máxima: 222 km/h. Torque máximo: 35,6 kgfm entre 1.200 e 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 83,0 mm x 92,0 mm. Taxa de compressão: 9,8:1 Suspensão: Pneumática Airmatic com sistema de amortecimento continuamente variável. Controle eletrônico de estabilidade.

Pneus: 235/65 R17. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo com quatro portas e cinco lugares. Com 4,65 metros de comprimento, 2,09 m de largura e 1,63 m de altura e 2,87 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais traseiros, de

cortina e de joelho para o motorista. Peso: 1.845 kg. Capacidade do porta-malas: 580 litros, podendo chegar a 1.600 litros com o rebatimento dos bancos. Capacidade tanque de combustível: 66 litros. Preço na Europa: 44.500 euros, algo em torno de R$ 205 mil.


E stilo novo A Nissan apresentou a reestilização do sedã médio-grande Altima nos Estados Unidos. O modelo segue os últimos lançamentos da marca e apresenta visual mais moderno e agressivo. Os para-choques e capô possuem novo desenho, assim como os faróis, que passam a contar com luzes diurnas de leds. Na traseira, as lanternas foram afiladas e a tampa do porta-malas, remodelada. No interior, as novidades ficam marcadas pela presença dos novos formatos dos bancos dianteiros, do acabamento dos materiais que revestem as portas e volante. Ao centro do painel, o destaque está na tela multimídia, que pode variar entre 5 ou 7 polegadas. O console central também recebeu porta-copos. O três volumes ganhou melhorias em seu coeficiente de arrasto, reduzido em 10%, e que também auxiliou para diminuir o consumo de combustível, segundo a Nissan. Outra novidade está na versão SR, que acrescenta rodas aro 18 com design exclusivo, faróis e lanternas escurecidas e acabamento interno com detalhes em azul. O novo Nissan Altima deve chegar às lojas americanas em novembro deste ano, em sete versões de acabamento e duas opções de motor: um 2.5 litros de 182 cv e um V6 de 3.5 litros e 260 cv de potência, sempre acompanhado da transmissão automática CVT. No Brasil, o modelo deve chegar apenas no ano que vem.

Troca anunciada

A nova geração do Porsche Panamera já tem data para aparecer: será no Salão de Genebra, na Suíça, em março do ano que vem. O carro deve ganhar algumas mudanças estéticas, mas continuará com as opções de propulsores turbinados de seis e oito cilindros. A novidade ficará por conta de uma inédita configuração híbrida e versão com entre-eixos alongados. Além disso, são grandes as chances do modelo ganhar opção de carroceria station wagon.

Terra estrangeira

A fabricante americana de carros elétricos Tesla Motors anunciou que está abrindo uma nova fábrica para produzir seus modelos. A marca “ecologicamente correta” instalou uma nova unidade na cidade de Tillberg, na Holanda. O intuito é facilitar e viabilizar a entrega de carros no continente europeu, que tem participação especial no seu planejamento de vender 500 mil unidades no mundo até o fim de 2020. De acordo com a marca, os Estados Unidos são responsáveis por 50% da demanda de seus produtos. Logo atrás aparece a Europa, com 30%, e a China, com 10%.

Negócio da China

Para combater os impactos negativos no mercado, o Conselho de Estado da China afirmou nesta semana que o país passa a cortar pela metade a carga de impostos sobre carros com motores 1.6 litro ou menos. Maior mercado automotivo do mundo desde 2009, a China vem sofrendo com a desaceleração da economia e a medida, que durará até o final de 2016, é uma tentativa de estimular o setor.


T oque de

automundo

Fotos: Divulgação

exclusividade

por Laís Rezende Auto Press

Chevrolet traz para o Brasil serviço de conectividade que auxilia em emergências e marca até hora em salão de beleza


A

interação entre celulares e automóveis é a grande tendência da indústria automotiva mundial. Mas a Chevrolet foi além da simples conexão entre smartphones e centrais multimídias e trouxe para o Brasil o OnStar, sistema que incorpora uma espécie de linha de telefone ao veículo e é capaz de acessar diversos serviços. Os recursos vão desde um pedido de socorro em caso de acidentes – com funcionamento similar ao sistema de Assistência de Emergência do Sync, da Ford, que estreou no Brasil na nova geração do Ford Ka – até marcar hora em salão de beleza ou simplesmente verificar o horóscopo do dia. E a fabricante escolheu as duas carrocerias do Cruze, sedã e hatch, para iniciar o serviço em seu portfólio. O item vem de série em todas as versões do modelo a partir da linha 2016. Para atrair os consumidores à novidade, o OnStar é gratuito nos 12 primeiros meses de utilização. E, pelo menos por enquanto, não há uma certeza a respeito do valor da mensalidade ao expirar esse prazo. O preço deve girar entre R$ 40 e R$ 120, dependendo dos serviços contratados. O funcionamento é bem simples e intuitivo. O motorista se conecta à central de atendimento 24 horas por meio de uma linha telefônica exclusiva para o veículo e a conversa é transmitida pelos auto-falantes e microfones do carro. Do outro lado, os atendentes têm até 25 segundos para atenderem a ligação. “Além da tecnologia, as pessoas da central da


OnStar estarão aptas a atenderem de forma ágil, gentil e carinhosa as ligações de todos os clientes”, garante o presidente da General Motors na América do Sul, Barry Engle. A comunicação com a central de atendimento começa no retrovisor interno. Ali estão três botões, separados por cores. O vermelho é de S.O.S., para ser acionado em casos de emergência, como acidentes e panes elétricas ou mecânicas, que conta com parceria com o SAMU e os Bombeiros – este último, por enquanto, apenas nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Caso detecte a deflagração dos airbags, por exemplo, um atendente tenta se conectar com os ocupantes automaticamente para verificar que tipo de ajuda pode prestar. Caso não consiga resposta, uma equipe de resgate é acionada. Já a tecla azul é usada para serviços de pesquisas rápidas na internet, reservas, buscas de endereços com envio de um arquivo diretamente ao GPS do veículo e informações sobre situações de trânsito. Por último, o preto tem funções distintas nas versões LTZ e LT. Na mais cara, a primeira, finaliza as chamadas. Já na LT pode ser também utilizado para o pareamento com o celular. A central presta também serviços de concierge, onde os atendentes dão informações como previsão do tempo para a semana, principais notícias, câmbio de moedas estrangeiras, horóscopo, atrações turística e opções para comer. Funciona como um assistente pessoal capaz de


reservar horários em restaurantes, por exemplo. Para os moradores de São Paulo, há ainda um alerta de rodízio: quando o condutor aciona a ignição do veículo no dia de restrição, uma mensagem é emitida automaticamente. Outro modo de monitoramento é através do aplicativo OnStar, disponível para dispositivos com sistema operacional Android ou iOS, que oferece travamento e destravamento de portas, acionamento de luzes e buzina, envio de percurso para o GPS do MyLink, alerta de movimento e de velocidade, localização do veículo e outras notificações. De um computador, via internet, é possível comandar diversas funções semelhantes às do aplicativo e também consultar datas e horários da movimentação do carro. O OnStar trabalha também em parceria com o Chevrolet Road Service. Trata-se de apoio gratuito às unidades que estão garantidas pelo serviço em caso de socorro mecânico, elétrico, reboque ou auxílio para a troca de um pneu furado. Além disso, a segurança é um dos pontos fortes do novo sistema. Ele avisa quando há suspeita de furto do automóvel e, confirmada a ocorrência, é capaz de registrar o deslocamento do carro via GPS e acionar um comando de redução gradual de velocidade. Outra função disponível é o controle de rota e destino seguro. Nele, o OnStar monitora o veículo e liga tanto se ele sair do percurso quanto na hora em que chega ao lugar desejado. Bom para pais de adolescentes recém habilitados.


Padrão superior

Para pegar no batente

A Ford mostrou nos Estados Unidos sua nova linha de picapes vocacionadas para o uso profissional. Intitulada de Super Duty, a série conta com três opções de modelos: a F-250, F-350 e F-450. Preparadas para o uso mais pesado, elas começam a ser vendidas já nos próximos dias e, de acordo com a marca, são reforçadas para suportar mais carga. A marca americana adotou carroceria de alumínio de especificação militar nos utilitários. A justificativa é que o material é mais resistente a pequenos danos e ainda garante uma redução de 350 kg no peso total do veículo – conquistada também pelo uso de aço de alta resistência no chassi. As “grandalhonas” são movidas por duas opções de motores. O primeiro é a gasolina, um 6.2 litros V8 de 385 cv. Já a outra opção é um também V8, mas turbodiesel, com 6.7 litros e capaz de render 440 cv. Há ainda três opções de carroceria, com cabine simples, dupla ou estendida. Entre as novidades estão sete câmaras de alta resolução que permitem visão 360 graus em torno do veículo, assistência em manobras de engate, monitoramento de pressão dos pneus do reboque, central multimídia com tela de 8 polegadas, alerta de pontos cegos, controle de cruzeiro adaptativo e alerta de colisão com assistência de frenagem.

A Mercedes deve lançar em breve um SUV com altos níveis de requinte e desempenho. A fabricante alemã estuda criar um utilitário esportivo dentro da divisão de luxo Maybach com grandes chances de ser baseado no GL. O modelo seria uma resposta a outros rivais como a Bentley, que já têm seus projetos bem encaminhados para os próximos anos.

Asas recolhidas A aguardada parceria entre a Red Bull Racing e a Volkswagen para a Fórmula 1 não deve mais sair. Depois de constatada a fraude nos testes de controle de emissão de poluentes em modelos do grupo alemão, a empresa do ramo de bebidas energéticas parece ter preferido não associar sua imagem à fabricante alemã. Pelo menos por enquanto, tudo leva a crer que a equipe seguirá utilizando os motores da francesa Renault na competição.

Resposta imediata A FCA – Fiat Chrysler Automobiles – tratou logo de arregaçar as mangas e revelar o nome da sua picape compacta-média antes mesmo da Renault lançar no mercado brasileiro a nova Oroch, baseada no SUV compacto Duster. Batizado de Toro, o utilitário compartilha plataforma, componentes e conjunto mecânico com o Jeep Renegade e deve chegar ao mercado nacional já no início de 2016.


Pré-Milão

A BMW Motorrad renovou sua linha de scoteers. As configurações C650 Sport – que se chamava C600 – e C650 GT tiveram o motor de dois cilindros com 647 cm³ e 60 cv de potência revisados para atender às normas de emissão de poluentes Euro4. Outras mudanças ficam no novo silenciador, na transmissão CVT com escalonamento configurado para gerar respostas mais rápidas e na suspensão, que recebeu melhorias para ficar mais confortável. No campo da segurança, além dos freios ABS e controle de estabilidade, há assistente para troca de faixas. O visual foi beneficiado com luzes de leds diurnas, guidons diferenciados e painel com novos mostradores.


Lá vem o Rio

A

Kia resolveu que vai trazer para o Brasil o compacto Rio. Embora a alta do dólar tenha prejudicado o processo, a marca coreana conseguiu contornar o problema. O modelo será produzido na fábrica de Monterrey, no México, que recebeu investimentos de US$ 1 bilhão – cerca de R$ 4 bilhões – e, através do Programa Inovar-Auto, terá tarifas mais baixas. O

compacto utiliza a mesma plataforma do sedã médio Cerato, que será montado no mesmo lugar e passará a vir de lá um pouco antes. Com isso, o motor do Kia Rio será o 1.6 litro de 128 cv – usado aqui no Hyundai HB20 – acoplado sempre a uma transmissão manual ou automática, ambas de seis velocidades.


fotos: Isabel Almeida/CZN

transmundo

Lnegro ado por MĂĄrcio Maio Auto Press

Motor envolvido em fraude no exterior move Volkswagen Amarok Dark Label, que alia conforto e aptidĂŁo off road


V

ersões “especiais” fazem cada vez mais parte da rotina do mercado automotivo. Seja para aumentar a visibilidade de determinado carro, testar novas configurações possíveis para o line up ou buscar mais vendas a partir de itens exclusivos e diferenciados das demais variantes. A Volkswagen Amarok, por exemplo, ganhou uma edição especial junto com o lançamento de sua linha 2015, no primeiro semestre deste ano. Limitada a 1 mil unidades e batizada de Dark Label, ela consegue cumprir bem duas exigências comumente feita neste segmento: a de garantir a robustez de um veículo de carga e destinado ao uso profissional, mas com luxos e itens de conforto capazes de entregar conforto similar ao de um carro de passeio. Sob o capô, traz o motor 2.0 diesel envolvido nas fraudes dos testes de emissões de poluentes. Para alterar os resultados, um software que identifica quando o veículo é avaliado foi utilizado e, ao ser detectada a situação, seu comportamento é alterado. A Amarok é o único modelo da Volkswagen a utilizar essa motorização no Brasil. O Ibama, inclusive, pretende averiguar se por aqui o propulsor está de acordo com as exigências vigentes ou se também contou com adulterações.


A configuração Dark Label ocupa posição de destaque na linha Amarok. Não é a mais cara – esse posto fica com a Highline –, mas aparece logo abaixo dela, acima da intermediária Trendline, na qual, inclusive, é baseada. Sempre com cabine dupla, a picape com o motor tem transmissão automática de oito velocidades e tração integral. O polêmico trem de força é capaz de gerar 180 cv e torque de 42,8 kgfm em baixas 1.750 rpm. As vendas da versão estão programadas para ocorrerem até dezembro e e ela acrescenta alguns equipamentos à variante de origem. Caso dos airbags laterais – que são exclusivos desta configuração –, bancos com apoio lombar, vidros escurecidos, santantônio, sensor de estacionamento traseiro, parachoque traseiro em preto fosco e faixas laterais de identificação, além de outros detalhes. A lista de itens de série é extensa. Há duas tomadas de 12V, volante com regulagem de altura e distância, faróis com luz de condução diurna e regulagem elétrica de altura, luzes de neblina, ar-condicionado, retrovisores externos com regulagem elétrica e aquecimento e piloto automático. Todos os vidros são elétricos e o modelo sai de fábrica com rádio com CD, SD, USB e Bluetooth.


Mas há ainda uma central multimídia opcional com navegador GPS. Sistema de Assistência à Frenagem, controle eletrônico de tração e de estabilidade, bloqueio eletrônico do diferencial assistente de partida e controle automático de descida ajudam a garantir a segurança e também estão inclusos no pacote inicial da Dark Label. O interior da Amarok Dark Label é outro diferencial. A marca alemã forrou parcialmente os bancos com couro Alcantara e inseriu tapetes de veludo no assoalho. A manopla da alavanca de câmbio e o freio de mão são revestidos em couro e as saídas centrais de ventilação têm acabamento especial em tom prateado. O volante também traz detalhes em preto brilhante e revestimento de couro, com costura aparente clara. Nele há comandos para os sistemas de som, de telefonia e também para acessar as funções do computador de bordo. O preço da edição Dark Label também está posicionado entre a versão intermediária Trendline e a de topo Highline. A primeira, quando equipada com transmissão automática, sai da loja a partir de R$ 140.990, enquanto a mais cara começa em R$ 158,990. Já a Dark Label parte de R$ 147.990, mas pode chegar a R$ 156.310.


Impressões ao dirigir

Pronta para tudo A Volkswagen Amarok é uma picape que se mostra apta para diversos tipos de uso. Seu porte médio garante boa capacidade para uso profissional – são 1.038 kg de carga útil e sua caçamba

tem 1.280 m³. A carroceria com cabine dupla garante amplo espaço para que cinco ocupantes viajem confortavelmente em seu interior. Além disso, o trem de força composto pelo 2.0 turbod-

iesel e a transmissão automática de oito velocidades e tração integral garantem pitada de aventura para trechos off road. Em movimento, o propulsor é suave quando se alivia o pedal do acelerador, mas mostra bastante vigor. Saídas e retomadas são garantidas pelo bom torque de 42,8 kgfm já em 1.750 rotações. As respostas são praticamente instantâneas e não se nota falta de força, mesmo quando o motorista viaja com algum peso extra no veículo. Todas as oito marchas do câmbio são bem exploradas e o isolamento acústico é digno de elogios, algo que impressiona em um modelo movido com diesel. Mas pelo valor que se paga, o acabamento deixa a desejar. O excesso de plásticos duros decepciona e não combina com a etiqueta de preço da Amarok Dark Label.


Ficha técnica Volkswagen Amarok Dark Label Motor: Diesel, dianteiro, longitudinal, 1.968 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, com duplo comando no cabeçote. Injeção direta de combustível do tipo common rail, acelerador eletrônico e dois turbocompressores com intercooler. Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração integral permanente, bloqueio eletrônico do diferencial e controle eletrônico de tração. Bloqueio manual do diferencial traseiro opcional. Potência máxima: 180 cv a 4 mil rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,9 segundos. Velocidade máxima: 179 km/h. Torque máximo: 42,8 kgfm a 1.750 rpm. Diâmetro e curso: 81,0 mm x 95,5 mm. Taxa de compressão: 16,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone, com braços sobrepostos, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. Traseira por eixo rígido, com feixe de molas semi-elípticas e amortecedores hidráulicos. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 245/65 R17.

Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência. Carroceria: Pick-up sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Com 5,25 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,83 m de altura e 3,09 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais dianteiros e laterais de série. Peso: 2.132 kg em ordem de marcha,

com 1.038 kg de carga útil. Caçamba: 1.280 m³. Tanque de combustível: 80 litros. Capacidade off-road: Ângulo de entrada de 28°, ângulo de saída de 23°, capacidade de rampa de 45°. Produção: General Pacheco, Argentina. Lançamento: 2010. Itens de série: Ar-condicionado, direção hidráulica, controle eletrônico de esta-


bilidade, airbags frontais e laterais, freios ABS off-road, controle eletrônico de descida de rampas, assistente de partida em rampa, rádio/CD-player com entradas SD-Card e USB e Bluetooth, retrovisores elétricos e aquecíveis, rodas de ligaleve de aro 17, sistema de alarme com comando remoto “keyless”, computador de bordo, faróis de neblina com iluminação lateral nas curvas, travamento central das portas com controle remoto, vidros com acionamento elétrico, ajuste lombar no banco do motorista, estribos laterais, maçanetas, para-choques traseiro e santantônio em preto fosco, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, lanterna traseira escurecida, revestimento dos bancos em alcantara, volante multifuncional, vidros escurecidos, volante e alavancas de câmbio e freio de estacionamento em couro, tapetes e faixas laterais com logomarca “Dark Label”. Preço: R$ 147.990. Itens opcionais: Travamento mecânico do diferencial traseiro, central multimídia com GPS, sensor crepuscular, luz de condução diurna, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, regulagem elétrica de altura dos faróis, pneus de uso misto, rodas de liga leve aro 18. Preço completo: R$ 156.310.


motomundo

Mudança

estratégica

foto: divulgação

por Márcio Maio Auto Press

Honda renova visual da PCX e diminui motor para favorecer exportações e se adequar às regras de emissões de poluentes


A

Honda sabe que o momento é de cautela no segmento de duas rodas. Mas aproveita a retração de 10,6% nos emplacamentos de motos no Brasil registrada nos primeiros oito meses de 2015 para movimentar uma categoria que vem crescendo no país: a de scooters. Para isso, a Honda promoveu mudanças estéticas e técnicas em sua PCX na linha 2016, que incluem a sofisticação do visual, com todas as luzes em leds, e também uma leve e estratégica redução da cilindrada, que passa das 153 cc para 149 cc. A Honda teria mesmo de alterar o propulsor por conta da adequação aos padrões técnicos de resistência e de emissão de poluentes exigidos pela segunda fase do Promot 4, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares, que passa a vigorar a partir de janeiro de 2016. E também para facilitar a vida do modelo, que é global. Em alguns mercados, a habilitação para motocicletas é dividida em categorias distintas e 150 cc é um dos pontos de divisão. Com isso, as 153 cc faziam com que só os aptos a pilotarem modelos de média cilindrada pudessem se tornar clientes – por míseros 4 cm³. O resultado final dessa mudança, de acordo com a Honda, melhora consideravelmente o consumo de combustível. Mas a ficha técnica mostra que o desempenho da scooter diminuiu um pouco. Os 13,6 cv a 8.500 rpm e 1,41 kgfm a 5.250 giros foram


reduzidos para 13,1 cv nos mesmos 8.500 rotações e 1,36 kgf.m a 5 mil giros. O motor monocilíndrico OHC, 4 tempos, com injeção eletrônica e arrefecido a líquido, trabalha em conjunto com a transmissão continuamente variável CVT e tem partida elétrica. A PCX dispõe também de sistema de freios combinados ou CBS, que desvia 70% da força aplicada ao freio traseiro para o dianteiro. Na frente, o disco possui diâmetro de 220 mm e cáliper de duplo pistão. Na traseira, apresenta freio a tambor de 130 mm. De acordo com a marca japonesa, o sistema de suspensão foi melhorado. Na frente, o garfo telescópio com 100 mm de curso foi reforçado. Atrás, o sistema bichoque, com 85 mm de curso, teve os amortecedores redimensionados, para melhorar a resistência a impactos e suavizar os desníveis do solo. A capacidade do tanque de combustível aumentou para 8 litros – era de 5,9 litros. A economia é favorecida pelo sistema Idling Stop, uma espécie de start/stop. Ele desliga o motor em paradas rápidas – como as de sinais de trânsito – e o religa assim que o acelerador é acionado. No visual, a PCX 2016 chega com novos conjuntos de carenagens, de linhas retas e mais modernas. O conjunto óptico cresceu e agora traz lâmpadas em leds para o farol, lanterna e indicadores de direção, mesma tecnologia utilizada nas luzes de freio e da placa traseira. O painel de instrumentos


também foi redesenhado e conta com um relógio digital e informações como velocímetro, hodômetro total, medidor de combustível, luzes-espia da injeção eletrônica e sistema de parada automática. O ponteiro do velocímetro é do tipo flutuante, que acompanha a borda do marcador. O assento ganhou novo formato e textura e ficou com 76,1 cm de altura em relação ao solo. O porta-objetos à frente do piloto estámaior e agora dispõe de uma tomada de 12 volts. O compartimento sob o banco é acessado por meio de um botão e traz uma nova trava que permite manter o assento em posição aberta. Outro chamariz que a Honda pretende usar na campanha da nova PCX é a mudança nos termos da garantia do modelo. Agora, é de três anos, com até sete trocas de óleo grátis. A posição da Honda PCX no mercado de scooters do Brasil é privilegiada. A marca detém 86% de participação na categoria, sendo que 69% deles vem só da venda da PCX – os 17% que sobram ficam com a Lead 110. Na linha 2016, os preços começam em R$ 10.299 para a versão Standard e R$ 10.699 na DLX, que chega na cor branco fosco e com as rodas douradas. Ou seja, cerca de R$ 1 mil a mais que na linha 2015 . E mais cara que sua principal concorrente, a Dafra Cityclass 200i, que sai a R$ 9.990 com motor de 199 cm³, mas dados de desempenho bem semelhantes à PCX – são 13,9 cv a 7.500 rpm e 1,41 kgfm a 6 mil rpm.


Ficha técnica Honda PCX 2016 Motor: A gasolina, quatro tempos, 149,3 cm³, monocilíndrico, duas válvulas, comando simples no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Sistema start/stop. Câmbio: Automático do tipo CVT – transmissão continuamente variável – através de correia. Potência máxima: 13,1 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 1,36 kgfm a 5 mil rpm. Diâmetro e curso: 58,0 mm X 57,9 mm.Taxa de compressão: 10,6:1. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com 100 mm de curso. Traseira dupla amortecida com 85 mm de curso. Pneus: 90/90 R14 na frente e 100/90 R14 atrás. Freios: CBS com disco de 220 mm na dianteira e com tambor de 130 mm na traseira. Dimensões: 1,93 metro de comprimento total, 0,74 m de largura, 1,32 m de distância entre-eixos, 76 cm de altura do assento e 14 cm de altura para o solo. Peso: 125 kg. Tanque do combustível: 8 litros. Produção: Manaus, Amazonas. Preço: A partir de R$ 10.299.


Tapa no visual A

Chevrolet revelou o face-lift da picape Silverado. O modelo, que já chegou a ser fabricado no Brasil, teve os faróis de neblina redesenhados e com novas luzes de leds. O capô está mais “parrudo”, com vincos bem marcados. Os

desenhos das rodas e detalhes da grade dianteira variam de acordo com as configurações – no total são sete disponíveis. Por dentro, o sistema multimídia MyLink passa a ser compatível com Apple Car Play e Android Auto.


Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 74, 2 de outubro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.1190 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raffaele Grosso redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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