Revistaautopress085

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Ano 2, Número 85, 18 de dezembro de 2015

Pequeno notável

Honda Fit EXL mistura características de diversos E ainda:

segmentos para aumentar seu poder de atração

Subaru Forester XT Turbo Ferrari 488 GTB Chevrolet Malibu Renault Duster Oroch Dynamique 1.6 Harley-Davidson Nigth Rod


Sumário

EDITORIAL

Versatilidade em alta

Carros conseguem sair do lugar-comum de diversas formas. Podem ter um visual mais arrojado, um conjunto mecânico mais aprimorado ou mesmo facilidade para se adaptar a diversas aplicações. Um bom exemplo de automóvel versátil é o Honda Fit, que tem um interior configurável e atende a diferentes necessidades. Outras características muito valorizadas, ainda mais nos segmentos mais altos do mercado, são espaço e conforto. Caso do Subaru Forester, que vem enfrentando a crise com facilidade – teve alta de 30% de emplacamentos em relação ao ano passado. De fora, vêm dois casos de sucessão por motivos diferentes. A nova geração do Chevrolet Malibu chega para tentar devolver a marca para o segmento de automóveis mais vendidos dos Estados Unidos – a geração que sai de cena não agradou muito. Já a nova Ferrari 488 GTB chega forte com a dura missão de substituir um modelo de sucesso: a 458 Italia. Esta edição de Auto Press também traz a Night Rod, a tecnológica da Harley-Davidson que mistura o visual mais arrojado da marca com uma roupagem bem “bandida”. Por fim, a picape Duster Oroch 1.6 Dynamique, modelo intermediário da picape que se comporta como carro de passeio e que a Renault trata como uma espécie de SUV com caçamba. Boa leitura!

Edição de 18 de dezembro 2015

03 - Honda Fit EXL

30- Chevrolet Malibu

13 - Subaru Forester XT Turbo

37 - Renault Duster Oroch Dynamique 1.6

23 - Ferrari 488 GTB

44- Harley-Davidson Nigth Rod


Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

teste

O preรงo da fama por Mรกrcio Maio Auto Press

Honda Fit EXL tem tamanho de hatch e funcionalidade de monovolume compacto, mas custo caro


O

mercado automotivo se divide naturalmente em segmentos, mas o Honda Fit parece se posicionar em uma classe à parte dentro dele. O modelo tem carroceria de monovolume, disputa espaço entre os hatches compactos e tem um interior projetado com tamanha funcionalidade que é capaz de atender às necessidades de diferentes públicos. Desde o jovem que precisa levar a prancha de surfe à praia até as famílias que buscam alternativa para para um sedã ou utilitário esportivo compacto em busca de um porta-malas mais eficiente para as viagens ou compras do mês. Outra particularidade chama atenção no Fit: graças ao prestígio da marca japonesa no Brasil – compartilhado por aqui apenas com a rival Toyota –, seus carros atuam em faixas de preços superiores aos da concorrência. Mas sem que isso signifique necessariamente perda de vendas, mesmo em meio ao cenário de crise. Tanto que a configuração EXL, a mais cara, que custa R$ 70.900, é responsável por 24% de seu total de emplacamentos. E isso não é pouco: das 3.546 unidades mensais registradas entre janeiro e novembro de 2015, ela responde por 851. A EXL é a versão que mais aproxima o Fit dos hatches compactos mais sofisticados das marcas generalistas e dos SUVs menores de entrada. Não há luxos, mas tudo parece pensado para atrair quem busca um pouco além do essencial para garantir o conforto e a habitabilidade a bordo. A central multimídia tem tela LCD de cinco polegadas com CD, rádio, USB, Bluetooth e câmara de ré, além de comandos no volante. Há controle de cruzeiro, trio elétrico, direção elétrica, ar-condicionado e revestimentos dos bancos e volante e couro. Além disso, airbags laterais se juntam aos frontais obrigatórios. O motor, no entanto, é sempre o mesmo, em todas as configurações. Trata-se do 1.5 litro que já existia na geração passada, mas com coletor em plástico de alta resistência e comando de válvulas

redesenhado para diminuir índice de atrito e peso e, desta forma, beneficiar o torque em baixas rotações. A potência é de 115/116 cv a 6 mil giros com gasolina e etanol, respectivamente, enquanto o torque é de 15,2/15,3 kgfm, sempre a 4.800 giros, com os mesmos combustíveis. A transmissão é CVT, uma grande aliada na redução de emissões e melhora da eficiência energética. Quando foi lançada no Brasil, em maio do ano passado, a terceira geração estava projetada para chegar às 5 mil vendas mensais. E, assim, se tornar o principal produto da Honda no país. Talvez até tivesse conseguido, não fossem dois fatores muito importantes: além da queda acentuada do mercado automotivo, o sucesso do SUV HR-V fez com que a fabricante reorganizasse sua produção local, para dar mais espaço ao utilitário e fazer dele o mais vendido do segmento no ano. O fato é que o Fit não vende o esperado inicialmente, mas não encalha nos estoques.


Ponto a ponto

Desempenho – O motor 1.5 de 116 cv não impressiona, mas também não faz feio. A transmissão CVT deixa o hatch com uma tocada mais pacata, mas ao pisar fundo no acelerador e trabalhar em giros altos, é possível extrair saídas e retomadas um pouco mais vigorosas. O torque máximo de 15,3 kgfm só aparece em 4.800 rpm. Mas a proposta não é mesmo ser um modelo esportivo. Nota 7. Estabilidade – O Fit é um Honda, ou seja, trata-se de um carro que gosta de curvas. O conjunto suspensivo mostra enorme equilíbrio entre a rigidez necessária para enfrentar os caminhos mais sinuosos e a maciez suficiente para aliviar os passageiros das irregularidades dos pisos brasileiros. A sensação de segurança é constante. Nota 8. Interatividade – O compacto da Honda é um carro extremamente funcional. Todos os comandos mais importantes são bem localizados e com leituras bem intuitivas. A direção tem peso correto, é precisa e ajuda tanto na condução quanto nas manobras. O painel de instrumentos tem visualização clara. É um carro simples, mas muito prático. Nota 9. Consumo – O Programa de Etiquetagem do InMetro aferiu uma unidade do novo Honda Fit EXL. Com etanol, o hatch registrou 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/ na estrada. Abastecido com gasolina, as médias foram 12,3 km/l em trajeto urbano e 14,1 km/l na estrada. Esses números garantiram “A” tanto no segmento quanto na classificação geral, com índice de eficiência energética de 1,66 MJ/km. Nota 9. Conforto – Em sua nova geração o Fit ganhou em dimensões – apesar do espaço nunca ter sido um problema. Por ser “altinho”, é ainda mais fácil se acomodar em seu interior, inclusive na


traseira. Os bancos recebem bem os ocupantes e o isolamento acústico agrada em baixas e médias rotações. Aliás, às vezes, o carro parece até estar desligado quando está em movimento. Nota 9. Tecnologia – A plataforma da terceira geração do Fit é nova, compartilhada com o sedã compacto City e o utilitário compacto HR-V. O interior também foi repensado e o monovolume ganhou comodidades como central multimídia com Bluetooth e câmara de ré – mas não há GPS. A nova transmissão CVT assegura economia de até 17% de combustível em relação ao câmbio automático anterior. O freio traseiro, que antes era a disco, regrediu e agora é com tambores. E não existe controle de tração ou estabilidade. Nota 7. Habitabilidade – Esse é um dos pontos altos do Fit. As portas abrem em um ângulo ótimo e os porta-objetos são bem posicionados e capazes de guardar tudo que é preciso estar mais à mão. O sistema de configuração dos bancos em várias posições permite aproveitar o espaço interno de maneira suficiente para, por exemplo, transportar uma bicicleta ou uma prancha de surfe ou, se necessário, até transportar um móvel, por exemplo – o teto alto ajuda bastante nisso. Nota 9. Acabamento – Os encaixes são precisos e os materiais aparentam resistência, mas não há qualquer charme ou requinte: é um verdadeiro excesso de plásticos rígidos. O revestimentos dos bancos na versão EXL é em couro, o que melhora um pouco essa situação. Mas, de maneira geral, o habitáculo não condiz com o de um carro com preço acima dos R$ 70 mil. Nota 6. Design – O visual é bem contemporâneo e até um tanto agressivo, graças aos para-choques com largas tomadas de ar. A nova identidade visual da Honda foge do conservadorismo nipônico que normalmente se vê nas linhas e formas dos carros japoneses. As lanternas traseiras com extensores que invadem a tampa do


porta-malas não chegam a impressionar tanto, mas se equilibram com a proposta jovial. Nota 8. Custo/benefício – Um Honda Fit EXL custa R$ 70.900. A Hyundai cobra R$ 63.535 pelo HB20 Premium com transmissão automática de seis marchas e equipado à altura do Fit EXL. Um Peugeot 208 1.6 Griffe automático é mais bem equipado – tem GPS e seis airbags, ar de duas zonas e até teto solar – e é vendido

por R$ 62.990. Por R$ 66.490, a Ford entrega o Fiesta mais caro, que conta com acesso ao veículo e partida do motor sem chave, sete airbags e controle de tração e estabilidade. O Fit é caro em sua configuração de topo e, a não ser pela credibilidade que a Honda carrega e que diminui sua desvalorização, sua decisão de compra não é nem um pouco racional. Nota 6. Total – O Honda Fit EXL somou 78 pontos em 100 possíveis.


Impressões ao dirigir

Troca de gênero

O Honda Fit sempre foi visto como um carro “de mulher”. Fosse por seu visual um pouco mais delicado ou pela funcionalidade de sua configuração de bancos aliada ao teto alto – um “prato cheio” para transportar compras de casa e crianças, por exemplo. Mas o hatch ganhou linhas fortes e agressivas, capazes de atrair a atenção de pessoas de diferentes gêneros, faixas etárias, estado civil, etc. O espaço interno e a maneira inteligente como ele foi planejado são pontos muito fortes do Fit. É possível criar na traseira uma área completamente plana e transportar objetos com até 1,30 metro na vertical. A forma de monovolume garante também uma facilidade incrível nas manobras, já que a frente é curta e a traseira, reta. Estacionar o modelo é bem menos complicado do que outros hatches concorrentes. Mas a central multimídia, no entanto, causa certo estranhamento. A tela de cinco polegadas não chega a ser pequena, mas o painel comportaria uma maior – muitos concorrentes têm de sete polegadas, por exemplo. E o fato de não ser sensível ao toque destoa do visual moderno adotado no compacto. A ausência de um GPS também decepciona, visto que modelos que custam bem menos já contam com este tipo de recurso.

O visual carrega linhas fortes que lembram um pouco as de modelos que expressam esportividade. Embora essa não seja exatamente uma de suas características. Na verdade, o Fit é um carro pacato. O propulsor 1.5 litro de 116 cv é suficiente para movimentá-lo, mas não sobra força em nenhum momento. Qualquer situação que exija uma resposta mais imediata e ágil do modelo, como uma ultrapassagem na estrada, por exemplo, só será feita “no grito” com o motor. Isso significa pisar fundo no acelerador e subir os giros até quase a faixa

das 5 mil rpm. Parte desse comportamento mais calmo é fruto da adoção da transmissão continuamente variável, a CVT. Por outro lado, se ela não chega a favorecer o desempenho do hatch compacto da Honda, entrega uma economia de fazer inveja a muitos modelos. Em comparação ao antigo câmbio automático, são 17% a menos no gasto de combustível. Em tempos de crise econômica e de preço de um litro de gasolina por volta dos R$ 4 reais, essa é uma vantagem e tanto.


Ficha técnica Honda Fit EXL

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.497 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio continuamente variável, CVT – com três modos de condução: normal, sport e low. Tração dianteira. Potência máxima: 115 e 116 cv a 6 mil rpm com gasolina e etanol. Torque máximo: 15,2 e 15,3 kgfm a 4.800 rpm com gasolina e etanol. Diâmetro e curso: 73,0 mm X 89,4 mm. Taxa de compressão: 11,4:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira por eixo de torção. Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS com EBD. Pneus: 185/55 R16. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,99 metros de comprimento, 1,69 metro de largura, 1,53 metro de altura e 2,53 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais e laterais. Peso: 1.099 kg.

Capacidade do porta-malas: 363 litros. Tanque de combustível: 45,7 litros. Produção: Sumaré, São Paulo. Itens de série: alarme, travas elétricas, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, Isofix, airbags frontais e laterais, vidros elétricos, controle de cruzeiro, computador de bordo, arcondicionado, banco do motorista com regulagem de altura, bancos traseiros re-

clináveis e bipartidos 60/40, retrovisores elétricos com indicadores de setas, quatro alto-falantes, faróis de neblina, câmara de ré com três ângulos de visualização, volante multifuncional revestido em couro, bancos revestidos em couro, sistema de áudio com FM/AM/MP3/CD com tela de LCD de 5 polegadas e Bluetooth, chave tipo canivete e entrada USB. Preço: R$ 70.900.


Troca

A

Na briga

os poucos, a Fiat mostra como será a disputa por espaço das novas picapes compactas do cenário nacional com cabine dupla e quatro portas. A marca italiana divulgou a primeira imagem da traseira da Toro, que chega a partir de fevereiro disposta a rivalizar diretamente com a recém-lançada Renault Duster Oroch. Na foto, é possível observar a tampa bipartida da caçamba, com maçaneta que exibe o nome “Fiat”. Além disso, barras de teto integradas à luz de freio e detalhes cromados nas maçanetas das portas laterais também podem ser notados. Na imagem, vê-se ainda a inscrição “Volcano”, nome de uma das versões. Há ali também a sigla “AT9”, o que indica que essa variante da Fiat Toro terá configuração de câmbio automático de nove marchas, e a informação de sua tração, 4X4. A picape da Fiat compartilha a mesma plataforma do SUV Jeep Renegade. Ou seja: trata-se de uma versão de topo com o mesmo motor turbodiesel 2.0 litros de 170 cv do utilitário-esportivo.

de propriedade

-

Especializado na produção de utilitários e tratores, o grupo indiano Mahindra é o novo dono do estúdio de design de carros italiano Pininfarina. A negociação foi fechada por cerca de 33 milhões de euros, ou seja, aproximadamente R$ 140 milhões. A Pininfarina tem no currículo projetos de modelos da Ferrari, Maserati, Peugeot, Rolls-Royce e Cadillac. O acordo determina que a Mahindra & Mahindra controlará 40% da empresa, enquanto a unidade de serviços de TI Tech Mahindra ficará com os outros 60%. Para concretizar o acordo, a joint venture da Mahindra adquirirá 76,06% da Pininfarina por 1,1 euro por ação. E ofertará o mesmo aos acionistas minoritários para os 23,94% que faltam para ficar com a companhia inteira. E investirá 20 milhões de euros, cerca de R$ 84 milhões, na projetista italiana. Além disso, a Mahindra dará garantia avaliada em até 114,5 milhões de euros, o equivalente a R$ 490 milhões, para credores e locadores da Pininfarina.

Abaixo da meta -

A imagem da Volkswagen não escapou ilesa do escândalo das fraudes nos testes de emissões em propulsores diesel. Segundo dados divulgados nesta semana, as vendas de carros na Europa cresceram 13,7 % no mês passado. Mas, enquanto marcas como Opel, FCA e Ford conseguiram crescer consideravelmente no mercado, a fabricante alemã decepcionou. Foram 1,12 milhão de carros vendidos em novembro de 2016, contra os 989.758 registrados no ano passado. E a Ford e a Opel, que pertence à General Motors, estão entre os melhores desempenhos. Já a Volkswagen, que é a maior em vendas no continente, caiu de 13,5% de participação para 12,2 %. As vendas até cresceram 3,1 %. Só na Grã-Bretanha, os emplacamentos da marca caíram 20% após a revelação das fraudes. E isso em um cenário próspero no mercado, já que o mercado automotivo europeu cresceu 8,6 % entre janeiro e novembro de 2015.


Hora marcada

O novo BMW X1, que antes era um crossover e agora assume mais seu lado SUV, só chega às lojas na metade de janeiro. Mas a marca já aceita encomendas do modelo. Inicialmente, ele virá apenas importado da Alemanha. Mas será produzido na fábrica de Araquari, em Santa Catarina, já a partir do primeiro trimestre de 2016. A segunda geração do X1 também traz opção de tração dianteira ou integral. As versões passaram por alterações. Ficarão disponíveis a

sDrive20i GP, com preço de R$ 166.950; a sDrive20i X-Line, a R$ 179.950; e a “top de linha” xDrive25i – a única 4X4, por R$ 199.950. As dimensões foram ampliadas. São 53 milímetros a mais na altura e 23 mm na largura, totalizando 4,43 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,59 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. O motor é o novo 2.0 turbo, capaz de render 192 cv nas opções 20i e 231 cv na 25i. Já o torque fica em 28,6 e 35,7 kgfm, respectivamente, sempre a 1.250 rpm. A transmissão é automática de oito marchas.


Troca de calendário A

linha 2016 da Honda Biz 125 já está à venda em toda a rede de concessionárias da marca no Brasil. A cub da fabricante japonesa ganhou novo grafismo e fica disponível nas cores perolizadas vermelha e branca e na sólida preta. Há mais espaço no compartimento embaixo do assento e o painel de instrumentos foi redesenhado. O preço parte dos R$ 8.790,00. Em versão única, a EX, o modelo possui motor de 124,9 cm³ de capacidade, com tecnologia bicombustível FlexOne e arrefecimento a ar. Além disso, a motocicleta possui novo catalisador – para atender às normas da segunda fase da Promot 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), que deve vigorar a partir de janeiro do próximo ano. A Honda também passa a adotar no modelo três anos de garantia sem limite de quilometragem, com fornecimento gratuito de óleo em sete revisões.


autoperfil

A dinâmica

do equilíbrio

Fotos: Isabel Almeida/CZN

por Raffaele Grosso auto press

Subaru Forester XT Turbo aposta no conjunto mecânico e estrutural para seguir em alta no Brasil


O

atual cenário do mercado automotivo brasileiro apresenta suas peculiaridades. A crise no setor arrasou com as marcas generalistas, mas pouco afeta as marcas premium. Enquanto isso, a Subaru, que não se encaixa em nenhum desses dois grupos, vivencia bons momentos. De janeiro a outubro deste ano, a marca japonesa registrou 1.341 unidades vendidas, mais que o ano passado inteiro – 1.126 comercializações. Grande parte desse crescimento deve-se ao utilitário esportivo Forester. Nos dez primeiros meses deste ano o modelo registrou 974 emplacamentos, um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi responsável por 741 vendas da empresa nipônica. E é de olho na demanda cada vez maior de utilitários do mercado brasileiro que a Subaru busca continuar crescendo – e aposta na variante XT Turbo como o ponto forte do modelo. Um dos destaques do SUV está sob o capô. O Forester XT turbo carrega um propulsor boxer de quatro cilindros contrapostos dois a dois. Tal mecanismo permite um centro de gravidade mais baixo. Os pistões se movimentam para lados opostos ao movimento da carroceria do veículo, numa espécie de contrapeso para proporcionar maior estabilidade. O motor de 2.0 litros é turboalimentado e capaz de render 240 cv de potência a 5.600 rpm e 35,7 kgfm de torque a 3.600 rpm. A força gerada pelo bloco é distribuída pelo sistema de tração integral Symetrical All Wheel Drive. A engenharia permite detectar a perda de aderência em alguma roda e assim, corrigir de maneira instantânea e automática, ao enviar a força do motor para as rodas com melhor tração. A transmissão do modelo é batizada de Lineartronic – câmbio CVT que simula até oito trocas de marchas. O utilitário possui três modos de condução: Inteligente, que pode ser considerado o modo normal, e os modos Sport e Sport Sharp. Nesses dois últimos, o comportamento do carro fica mais “afiado” e o câmbio simula até seis marchas, com as trocas sendo feitas através de aletas no volante. Há também sistema X-Mode, que altera as respostas do motor e do sistema de tração


integral para otimizar o desempenho em pistas irregulares e escorregadias – foco voltado para o off-road. O design do veículo segue a identidade visual da marca. Na parte frontal aparece o conjunto ótico com faróis de xênon e luzes diurnas de leds. O para-choque robusto agrega as luzes de neblina e possui tomadas de ar nos cantos. A grade no formato colmeia possui os contornos cromados e ao centro aparece a logo da marca. Na lateral, o destaque fica por conta das rodas de liga leve aro 18 com pigmentação brilhante e os fortes vincos com linhas fluídas. Na traseira, o para-choque é “parrudo” e incorpora as duas saídas de escape, uma em cada canto. Dentro do habitáculo do SUV japonês, os bancos, portas, manopla de câmbio e volante multifuncional são revestidos em couro. Há diversos elementos cromados na cabine, como as molduras dos botões, saídas de ventilação, maçanetas e pedaleiras. Ao centro do painel encontra-se a tela da central multimídia sensível ao toque de sete polegadas com funções de áudio, telefonia, Bluetooth, pareamento com smartphones e câmara de ré. Acima, sobre o painel, existe outra pequena tela que exibe as funções do computador de bordo e dados relacionados ao sistema de tração integral. O quadro de instrumentos é formado por dois mostradores analógicos que exibem o velocímetro e o conta-giros. Entre eles existe uma tela colorida de LCD onde o condutor visualiza nível do tanque de combustível, indicador de marcha selecionada, velocidade e odômetro parcial e total. Para dar sentido ao valor de R$ 144.900 cobrado pela Subaru, o modelo fornece boa lista de itens de série. O carro sai de fábrica equipado com airbags frontais, laterais e de cortina, ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com regulagem elétrica, teto solar panorâmico, vidros com proteção a raios UV, som premium com oito alto-falantes Harman Kardon, freios ABS com EBD, assistente de partida em rampas e declives, controles eletrônicos de estabilidade e tração, controle de cruzeiro e partida por botão.


Ponto a ponto

Desempenho – O motor turbinado de 2.0 litros com 240 cv de potência e 35,7 kgfm de torque impulsiona de maneira satisfatória o utilitário esportivo. Se o condutor optar por uma viagem tranquila, o motor trabalha em baixas rotações e o carro desfila de maneira linear. Caso o motorista opte por um desempenho mais esportivo, basta pisar um pouco mais forte no acelerador que o carro responde rapidamente e desenvolve velocidade sem fazer muito esforço. Nota 9. Estabilidade – Embora seja alto, comprido e pesado, o Forester XT Turbo em nenhum momento passa a sensação de insegurança. A carroceria rígida e as rodas aro 18 calçadas por pneus 225/55 auxiliam bastante em curvas. Tanto em retas quanto em curvas o modelo se mostra bem dinâmico e sempre passa a sensação de estar “na mão”. Controles eletrônicos de estabilidade e tração e o sistema de tração Symetrical AWD reforçam ainda mais a segurança neste quesito. Nota 10. Interatividade – O ajuste elétrico do banco e as regulagens de altura e profundidade do volante permitem logo achar a melhor posição de dirigir. O volante multifuncional possui boa pegada e os comandos nele existentes fazem com que o condutor realize a maioria das funções sem desviar o olhar da via. A pequena tela sobre o painel exibe informações do computador de bordo e se mostra bem útil. O câmbio CVT realiza a troca de marchas no tempo certo e sem “trancos”. Os retrovisores externos grandes e a altura do veículo favorecem a visibilidade. Nota 8. Consumo – O modelo apresentou nota C no comparativo de sua categoria e no geral, após registrar média de 9,2/12,8 km/litro em trecho urbano e rodoviário, respectivamente, pelo programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Não é exatamente econômico.


Nota 6. Conforto – Um dos pontos fortes do modelo. Os bancos revestidos em couro são macios e possuem boa densidade. Passageiros da frente dispõem de bom espaço para cabeça, joelhos e pernas, assim como os traseiros. Um quinto elemento viaja tranquilamente sem incomodar os demais. A suspensão é macia e filtra bem as imperfeições das vias brasileiras. O isolamento acústico se mostra bem eficiente, porém, ao pisar de forma mais agressiva no acelerador, a troca de marchas faz com que o motor passe a trabalhar com giros mais altos, e o som emitido pelo propulsor começa a invadir a cabine a partir dos 3.500 rpm. Ar-condicionado de duas zonas oferece boa refrigeração para todos os ocupantes. Nota 8. Tecnologia – O Subaru Forester XT Turbo é bem equipado. No campo do conforto, o carro sai de fábrica com ar-condicionado digital de duas zonas, bancos de couro, teto solar elétrico, sistema de som premium assinado por Harman Kardon e partida do motor através de botão. Na área da segurança aparecem os airbags frontais, laterais e de cortina, câmara de ré, assistente de partida em rampas e aclives, controles eletrônicos de estabilidade e tração. Ao centro do painel encontra-se a tela central multimídia de 7 polegadas touch screen. O propulsor boxer de cilindros contrapostos proporciona baixo centro de gravidade e possui bloco e cabeçotes em alumínio. Nota 8. Habitabilidade – o SUV japonês possui as portas bem largas com bom ângulo de abertura, o que facilita o entrar e sair. Há diversos porta-trecos ao longo da cabine que atendem mais que o necessário da demanda cotidiana para ocupantes dianteiros e traseiros. A segunda fileira de bancos pode ser rebatida facilmente através de um botão e o teto solar amplia a sensação de espaço interno. A capacidade do porta-malas varia entre 505 litros e 1.541 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Nota 9.

Acabamento – No interior do Subaru Forester XT Turbo predomina a sobriedade. O desenho da cabine é simples, e embora os materiais não sejam luxuosos, aparentam boa qualidade. Os plásticos são agradáveis ao toque e demonstram bom encaixe. Molduras cromadas nas saídas de ventilação e botões e as pedaleiras também cromadas dão um pequeno ar de sofisticação. Portas, bancos, volante e manopla de câmbio são revestidos em couro. Nota 7. Design – O modelo não é dos mais atraentes do mercado, mas tem lá seu charme. Suas proporções transmitem presença e o deixam imponente – 4,59 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,73 m de altura. A frente é ligeiramente agressiva com parachoques encorpados com entradas de ar e ganha certa dose de modernidade com o conjunto ótico com luzes de leds. Na lateral as rodas de liga leve brilhantes aro 18 e a dupla saída de escape na traseira lhe fornecem ar de esportividade. Nota 6. Custo/Benefício – A Subaru cobra R$ 144.900 pelo Forester XT


Turbo. O Mitsubishi Outlander GT equipado com tração nas quatro rodas e motor 2.0 litros de 240 cv transmissão CVT não sai por menos de R$ 148.990 e pode chegar a R$ 158.990 com o pacote de opcionais Full Technology Pack. O Honda CR-V importado em versão única com motor flex 2.0 litros de 155 cv e tração AWD custa R$ 136.900. A Volkswagen cobra R$ 175.800

pelo Tiguan equipado por completo com propulsor turbinado de 200 cv e tração integral. O Toyota RAV4 com lista de acessórios semelhantes e motor 2.5 litros a gasolina de 179 cv chega a R$ 152.400. Nota 8. Total – O Subaru Forester XT Turbo somou 79 pontos de 100 possíveis.


Impressões ao dirigir Multifuncional exemplar

O primeiro olhar em relação ao Subaru Forester XT Turbo não causa grandes admirações. O modelo é simples em seu design, mas não faz feio. O interior também é discreto. Porém, o espaço interno e conforto se sobressaem de uma maneira que recompensa o restante. A ampla visibilidade gerada pelos vidros dianteiro e laterais enormes também faz com que aos poucos as impressões externas sejam deixadas de lado. Ao acionar o botão start, o motor do utilitário começa a dar o ar da sua graça. No modo de condução normal, o carro se comporta de maneira linear. A suavidade com que desenvolve velocidade é bem satisfatória, e caso o condutor precise realizar alguma ultrapassagem e pisar mais fundo no acelerador, o câmbio CVT apresenta boa resposta. Parte da facilidade em pegar embalo do carro está no turbo, que proporciona boas arrancadas mesmo em rotações mais baixas. O rodar do veículo é silencioso e suave. O conforto se torna uma das principais qualidades do modelo e a boa altura em relação ao solo – 22,5 centímetros – faz com que o Forester XT Turbo passe por lombadas, buracos e até mesmo em trechos não

pavimentados tranquilamente. A suspensão é bem macia e o comportamento do SUV tanto em retas quanto em curvas se mostra eficiente. A sensação do carro estar “na mão” predomina o tempo inteiro. Ao tocar a alavanca de câmbio para esquerda e pôr no modo manual, o câmbio Lineartronic também mostra seu talento. As marchas só podem ser manipuladas através das aletas no volante. Os modos de pilotagem Sport e Sport Sharp podem ser acionados através de um botão no vo-

lante. Nestes modos, o motor trabalha em rotações mais elevadas para proporcionar maior desempenho ao modelo. O SUV ganha ainda mais vigor e mostra seu lado “apimentado”. Embora seja um utilitário, o desempenho chega a animar como se fosse um esportivo. Poucas rolagens da carroceria e firmeza na condução tornam ainda mais prazeroso um passeio com o modelo. O Subaru Forester XT Turbo mostra-se versátil e dinâmico, com doses de conforto e esportividade.


Ficha técnica Subaru Forester XT Turbo Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.998 cm³, boxer com quatro cilindros, turbocompressor, duplo comando variável no cabeçote, quatro válvulas por cilindro, injeção direta. Transmissão: Câmbio automático do tipo CVT com simulação de oito velocidades à frente e uma à ré. Tração integral. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 240 cv a 5.600 rpm. Torque máximo: 35,7 kgfm a 3.600 rpm. Diâmetro e curso: 86 mm x 86 mm. Taxa de compressão: 10,6:1 Aceleração de zero a 100 km/h: Estimado em 7,5 segundos. Velocidade máxima: Não divulgado. Suspensão: Independente nas quatro rodas. Dianteira do tipo McPherson. Traseira com braços oscilantes. Oferece controle de estabilidade. Freios: Freio a disco nas quatro rodas. Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,59 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,73 m de altura e 2,64 m de distância entreeixos. Pneus: 225/55 R18. Peso: 1.502 kg. Capacidade do porta-malas: 505 litros, podendo chegar a 1.541 litros com o rebatimento dos bancos. Tanque de combustível: 60 litros. Itens de série: abertura das portas por comando elétrico, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, revestimento dos assentos, volante e manopla de câmbio em couro,

body kit exterior esportivo, espelhos retrovisores com luzes indicadores de direção, faróis de neblina dianteiros, rodas de liga leve aro 18, suspensão autonivelante, airbags dianteiros, laterais e de cortina, assistente de partida em rampas e aclives, controles eletrônicos de estabilidade e tração, freios ABS com EBD, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital de duas zonas, câmara de ré, computador de bordo com tela de alta definição com função ECO, controle de velocidade de cruzeiro, faróis de xênon com assinatura em leds, portamalas com abertura elétrica, sistema de travamento e abertura das portas e partida do motor sem uso de chave, sistema de som com oito alto-falantes Harman Kardon, teto solar elétrico panorâmico, paddle-shifetrs para troca de marchas, volante multifuncional e controle de velocidade de cruzeiro. Preço: R$ 144.900.


Sustentabilidade ágil A Ford está decidida a se tornar uma referência no mercado de automóveis elétricos. Para isso, a marca norte-americana promete investimentos de US$ 4,5 bilhões, cerca de R$ 18 milhões, e uma série de lançamentos neste segmento para os próximos cinco anos. A intenção é colocar nas ruas, até 2020, nada menos do que 13 novos carros “amigos do meio ambiente”, ou seja, movidos com esse tipo de alimentação. E o pontapé inicial será com um moderno

carregador para o Focus Electric, disponibilizado no ano que vem. O dispositivo será capaz de recarregar, segundo a Ford, cerca de 80% das baterias de íons de lítio utilizadas pelo hatch média em apenas meia hora. Isso significa torná-lo apto a rodar aproximadamente 160 quilômetros com essa energia. E se traduz em uma economia de mais ou menos duas horas em comparação com o sistema utilizado por um carregador convencional.


Nova identidade Os modelos Boxster e Cayman, da Porsche, ganharão novos nomes a partir de 2016. Na verdade, números. Os carros da marca alemã passarão a contar com o “718” em sua nomenclatura, uma alusão ao 718 lançado em 1957 com motor central de quatro cilindros – os novos 718 Boxster e 718 Cayman vão ter a mesma configuração de motor. Para a fabricante, o significado desse batizado é especial, já que o 718 teve muitas vitórias em competições entre 1958 e 1960.

Prevenção apropriada

A

No ritmo

chinesa Chery, que já fabrica o compacto Celer em Jacareí, São Paulo, vai nacionalizar os modelos Tiggo e QQ em 2016. De acordo com a marca, o subcompacto começa a ser feito já a partir de março e o SUV, no meio do ano. O objetivo é disputar o segmento que, apesar do momento de dificuldade na economia no país, teve alta nas vendas, principalmente após a chegada do Jeep Renegade e do Honda HR-V.

A associação de consumidores Proteste está solicitando ao Denatran a obrigatoriedade do sistema de controle eletrônico de estabilidade nos carros fabricados no Brasil a partir de 2017. Com isso, a entidade estima reduzir o número de vítimas fatais em acidentes no trânsito. O sistema utiliza o ABS para frear as rodas internas nas curvas em caso de derrapagem e devolver o controle do carro ao motorista.

Mais erros Em 2015, entre os meses de janeiro a novembro, cerca de 106 recalls foram contabilizados. As convocações envolvem um número de automóveis 188% maior que os de 2014, quando foram realizados 83 chamados. De acordo com a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, 2,7 milhões de carros precisaram de reparos até agora em 2015, ante os 964 mil do ano passado. O sistema de airbags lidera a lista, com 20 chamados que envolvem 1,3 milhão de veículos.


Evolução

vitrine

por Victor Alves Auto Press

Ferrari aposenta 458 Italia e mostra a força da sucessora 488 GTB

Fotos: divulgação

sob pressão


A

missão de substituir a lendária Ferrari 458 Italia foi executada pela Casa de Maranello com sucesso. Embora tenha 85% das suas características renovadas em relação à antecessora, a Ferrari 488 GTB não é exatamente nova, mas sim uma expressiva evolução da 458 Italia. Além disso, tratase do primeiro Ferrari turboalimentado com motor V8 central depois da F40, produzida entre 1987 e 1992. O desenho da 488 GTB – sigla em italiano para Gran Turismo Berlinetta – traz linhas modernas e sofisticadas, que entregam um visual mais escultural e encorpado. E ainda proporciona um coeficiente aerodinâmico de 1,67 Cx, o melhor já alcançado por uma Ferrari, além de um downforce de 50% maior que o da 458 Italia, o que representa 325 kg a 250 km/h. O cupê tem peso de 1.475 kg. Mas é o motor que faz, de fato, o modelo brilhar. O V8 central de 3.9 litros trabalha com dois turbocompressores controlados eletronicamente. Esse conjunto é capaz de produzir 661 cv de potência a 8 mil rpm e torque de 71,3 kgfm em 3 mil rpm. A explicação para a aparição da potência máxima em giros tão altos está no controle eletrônico que limita a atuação das turbinas. Os engenheiros da


Ferrari afirmam que esse sistema faz com que o motor trabalhe de forma mais linear e progressiva e não permite a entrega repentina de toda a capacidade do trem de força nas rotações mais baixas, o que é comum nos motores turbo. Outro detalhe que foi cuidado pelos criadores da 488 GTB é a sonoridade característica do funcionamento dos motores V8 da Ferrari. A aplicação das turbinas poderia desconfigurar o que pode ser

chamado de “sinfonia” para os ouvidos dos entusiastas. Mas, embora a engenharia da marca tenha se dedicado a manter o som de um clássico V8, o atual motor da 488 GTB não ‘ronca’ como a antecessora 458 Italia, que trazia propulsor aspirado. De qualquer forma, o desempenho é de deixar o queixo caído. A Gran Turismo Berlinetta é capaz de chegar aos 100 km/h, partindo da imobilidade, em míseros 3 segundos. Já para chegar aos

200 km/h, a 488 GTB precisa de 8,3 segundos. Para ter esse resultado, o motor do superesportivo trabalha em conjunto com uma transmissão automatizada de sete marchas e dupla embreagem. Esse câmbio é equipado com um sistema de gerenciamento de torque, responsável por distribuir de forma equilibrada a força do motor em cada marcha. Isso permite que o condutor tenha a sensação de que nunca falta potência, em qualquer situação.


Exagerada Primeiras impressões

por Rubén Hoyo do Autocosmos.com exclusivo no Brasil para Auto Press

Cidade do México/México – A suspensão magnética e a transmissão automatizada de dupla embreagem são fatores que contribuem para a performance nervosa do cupê. Além disso, o sistema Slide Slip Control 2, que monitora os controles eletrônicos, o diferencial e a direção, também permite que os amortecedores permaneçam rígidos para facilitar um comportamento mais

dinâmico, capaz de entregar até 12% a mais de tração ao sair em uma curva. A nova 488 GTB é tão soberba em termos de desempenho quanto sua antecessora 458 Italia, com exceção do som de funcionamento de um clássico V8 aspirado, que a GTB fica devendo. O novo superesportivo pode alcançar o modelo anterior em todos os aspectos, e de forma ainda mais eficaz.


Ficha técnica Ferrari 488 GTB Motor: A gasolina, central, longitudinal, 3.902 cm³, oito cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas do cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automatizado de sete velocidades à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 661 cv a 8 mil rpm. Torque máximo: 71,3 kgfm a 3 mil rpm. Diâmetro e curso: 86,5 mm x 83 mm. Taxa de compressão: 9,4:1. Suspensão: Dianteira independente, molas helicoidais, amortecedores magnéticos e barra estabilizadora. Traseira independente, com molas helicoidais, amortecedores magnéticos e barra estabilizadora. Oferece con-

trole eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 245/35 R20 (dianteiros); 305/30 R20. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e dois lugares. Com 4,58 metros de comprimen-

to, 1,95 m de largura, 1,21 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Peso: 1.475 kg Capacidade do porta-malas: 230 litros. Tanque de combustível: 78 litros. Produção: Maranello, Itália. Lançamento mundial: 2015. Preço: R$ 2,5 milhões.


Novo estilo

Prevista para ser lançada em 2016, a Ford divulgou as primeiras imagens da picape Ranger reestilizada para a América do Sul. A frente foi remodelada e terá novas rodas de liga-leve, de acordo com a versão. O modelo topo de linha, Limited, traz o mesmo

3.2 diesel de 200 cv e câmbio automático de seis marchas. Por dentro, porém, a Ford ainda não divulgou os detalhes sobre as novidades. A picape continuará sendo produzida na Argentina, de onde será exportada para os países do continente.


Foco no mercado A Mercedes já vende no Brasil o C 450 AMG Sport. O modelo da divisão esportiva da marca alemã não é tão agressivo quanto o topo de linha, C 63 AMG. O motor é um 3.0 V6 biturbo de 367 cv e 53 kgfm, com transmissão automática de sete marchas e tração integral. O zero a 100 km/h é feito em 4,9 segundos e a

máxima é de 250 km/h. Entre os itens de série estão sistema de ajuste de suspensão, sete airbags, detector de fadiga, rodas de liga leve de 17 polegadas e central multimídia com navegador GPS. No Brasil, o C 450 AMG Sport é comercializado por R$ 309.900.


fotos: divulgação

Novo olhar

automundo

por Victor Alves Auto Press

Chevrolet aposta em linhas modernas para aumentar as vendas do sedã médio-grande Malibu


O

declínio nas vendas da oitava geração do Malibu, fabricada entre 2011 e 2015, fez com que a Chevrolet concentrasse suas forças para renovar o sedã. Logo após uma tentativa de aquecer os negócios com um face-lift, em 2014, uma nova geração do carro já está nas lojas como modelo 2016, com desenho e versões completamente diferentes da anterior. A aposta foi dar um visual mais moderno, que lembra de longe um cupê – com faróis e lanternas finos e horizontalizados. Aliás, boa parte das reestilizações da marca, que faz parte do grupo General Motors, tem apostado nesse padrão. Caso do novo Cobalt, que seguiu à risca a ideia de linhas finas e horizontais. Com aparência chamativa e elegante, o Malibu 2016 conta com duas opções de motor: um 1.5 litro turboalimentado, que rende 160 cv e tem torque de 25,5 kgfm, e um 2.0 litros, também com turbo, que gera 250 cv e 35,7 kgfm de torque. O primeiro trabalha em conjunto com uma transmissão automática de seis velocidades, enquanto o segundo usa câmbio automático de oito marchas. Além disso, o novo Malibu também tem uma versão híbrida, com motor 1.8 em conjunto com dois outros elétricos, que entregam 182 cv de potência e 38,2 kgfm de torque. Além da aparência e novos motores, as dimensões também foram modificadas. O sedã médio-grande da Chevrolet ganhou 5,8 cm de comprimento e 10 cm de entre-eixos. Com essas medidas, o Malibu passa a ter 4,92 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,46 m de altura e 2,83 m de entre-eixos. No entanto, mesmo com esse ‘generoso’ tamanho, o modelo da Chevrolet emagreceu 136 kg, e agora tem peso total de 1418 kg, ante aos 1554 kg da versão anterior. Por dentro, o requinte toma conta do Malibu 2016. A nova geração do modelo apresenta texturas em couro e detalhes em

alumínio e madeira. Em termos de tecnologia, o carro é dotado de central multimídia com tela sensível ao toque de sete ou oito polegadas – variando de acordo com a versão – com sistema de conectividade MyLink que agrega rádio, GPS, Bluetooth e wi-fi. No quesito segurança, o Malibu 2016 vai bem. O modelo possui 10 airbags de série e sistemas de alerta de colisão frontal, alerta de movimentação na traseira, monitor de ponto cego, assistência de auxílio para manter o carro na faixa de rolagem, assistência em manobras de estacionamento e sistema de detecção de pedestres. Uma novidade é o Teen Driver, que faz um mapeamento sobre o modo de condução dos motoristas adolescentes, impondo limites de velocidades e exibindo posteriormente a quantidade de advertências por eventuais excessos.


Primeiras impressões

Menos é mais

por Luis Hernández do AutoCosmos.com exclusivo no Brasil para Auto Press

Califórnia/Estados Unidos – No primeiro contato com a linha 2016 do Chevrolet Malibu, houve a oportunidade de dirigir ambos os motores a gasolina por cerca de 200 quilômetros. Obviamente, ao experimentar o mais potente, nota-se uma sobra maior de força, ainda mais pelo excelente torque, de 35,7 kgfm já disponíveis a partir dos 1.700 giros. O carro tem respostas similares às de um seis cilindros, mas com o consumo de um propulsor com quatro cilindros. Mas o fato é que o modelo equipado com o 1.5 turbo de 160 cv também se sai bem em movimento. No entanto, a transmissão automática de seis velocidades não entrega tanta agilidade ao Malibu. A direção elétrica se mostra mais estável que antes, assim como a suspensão. De maneira geral, ambas as versões do Chevrolet Malibu proporcionam passeios seguros e confortáveis a seus ocupantes.


Ficha técnica Chevrolet Malibu Motor 2.0: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas do cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 250 cv a 5.300 rpm. Torque máximo: 35,7 kgfm a 1.700 rpm. Diâmetro e curso: 86 mm x 86 mm. Taxa de compressão: 9,5:1. Motor 1.5: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.490 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas do cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 160 cv a 5.600 rpm. Torque máximo: 25,5 kgfm entre 2 mil e 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 86,6 mm x 74 mm. Taxa de compressão: 10:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo four link, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 205/60 R16, 225/55 R17, 245/45 R18 e 245/40 R19. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,92 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,46 m de altura e 2,83 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais,

laterais, de cortina e de joelhos nos bancos frontais de série. Peso: 1.418 kg (2.0); 1400 kg (1.5) Capacidade do porta-malas: 447 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Kansas, Estados Unidos. Lançamento: 1964. Lançamento da nona geração: 2015. Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricos, direção elétrica, freios ABS, controle de estabilidade, airbags frontais, laterais de cortina, e de joelhos nos bancos frontais, controle de estabilidade ESP, desembaçador traseiro, alarme com comando à distância, rádio/CD/MP3/iPod/USB/Bluetooth com sistema de conectividade MyLink, leds de iluminação diurna, espelhos elétricos. Preço nos Estados Unidos: A partir de US$ 25.897, com motor 1.5, e de US$ 31.795, com motor 2.0, equivalentes a R$ 101 mil e R$ 124 mil, respectivamente.


Esportividade útil

Sua estreia só deve acontecer em 2018, mas as expectativas da Lamborghini para o lançamento de seu utilitário Urus são enormes. A marca promete produzir o SUV mais rápido do mundo, tanto no que diz respeito à velocidade máxima quanto à aceleração. Para isso, o motor adotado será um V8 biturbo de 4.0 litros criado especialmente para ele. Uma estratégia que, aliás, a Lamborghini adota em todos os seus carros. Atualmente, ela produz os esportivos Huracán e Aventador.

Apesar de pertencer ao Grupo Volkswagen, o propulsor não será compartilhado com nenhum modelo de qualquer outra marca própria, como a Audi e a Bentley – o Urus, inclusive, utilizará a plataforma do Audi Q7 e do Bentley Bentayga. Além da exclusividade, o propulsor carrega outra particularidade: será o único turbinado da linha Lamborghini. Haverá ainda uma outra opção de motorização: um híbrido plug-in, ou seja, com baterias recarregadas diretamente na tomada.


Todo vapor

A Volkswagen já começou a venda do novo Golf GTI Cabriolet na Europa. O modelo recebe o mesmo propulsor da sua versão hatch, um 2.0 turbo de 220 cv, com câmbio automatizado de seis velocidades. O conversível segue o padrão do hatch GTI nos acabamentos e acessórios. Os bancos vêm de fábrica revestidos com

tecido xadrez, mas há opção de couro com detalhes em vermelho. As rodas de liga-leve são de 17 polegadas, mas há opcionais aro 18. O zero a 100 km/h é feito em 6,9 segundos e a velocidade máxima chega a 236 km/h. O conversível é comercializado por 37.075 euros, algo em torno de R$ 155 mil.


Mais depojado

A Lotus apresentou a nova versão Sport 350 do esportivo Exige. O modelo ficou mais leve 51 kg que o antecessor Exige S e pesa agora 1.125 kg. O Exige Sport 350 é equipado com motor V6 de 3.5 litros e 350 cv, com câmbio manual de seis marchas. O zero a 100 km/h é feito em apenas 3,9

segundos, com velocidade máxima de 274 km/h. Há, ainda, opção de câmbio automático de seis marchas, que faz aceleração de zero a 100 km/h cair para 3,8 segundos. Prevista para chegar à Europa em fevereiro de 2016, a versão cupê parte de 74 mil euros, cerca de R$ 300 mil.


Fotos: Isabel Almeida/CZN

transmundo

Versão de briga por Laís rezende Auto Press

Renault Duster Oroch Dynamique 1.6 ganha competitividade ao aliar conforto e versatilidade com bom custo/benefício


O

lado esportivo das picapes compactas vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. As caçambas são um inegável diferencial na hora de transportar pranchas de surfe, bicicletas e até mesmo ter um extensor para levar uma moto. E esse gênero de veículo tem evoluído bastante nos quesitos conforto e espaço interno, com habitáculos cada vez mais amplos. Pensando nessa demanda, a Renault apresentou em outubro sua primeira picape no mercado nacional, a Duster Oroch. Na prática, trata-se de um “utilitário esportivo com caçamba”, já que disponibiliza os mesmos conteúdos do SUV Duster, que lhe empresta a base. E uma das versões mais procuradas da nova picape é a Dynamique, com motor 1.6 e câmbio manual. Na parte estética, o modelo fabricado em São José dos Pinhais, no Paraná, se assemelha ao SUV Duster, que passou por um “facelift” em maio deste ano. A grade também segue a filosofia estética da marca, com o losango em evidência ao centro e faróis idênticos aos do Duster, assim como


os parachoques bojudos. A diferença está toda na parte de trás, que perde o porta-malas e dá lugar à caçamba. Agora são 4,69 metros de comprimento, 1,82 metros de largura, 1,69 de altura e 2,82 metros de entre-eixos. Para garantir maior espaço para a carga – a capacidade é de 683 litros –, o estepe fica preso embaixo do carro. A caçamba conta ainda com oito anéis de fixação rebatíveis, que suportam 50 kg cada. O Duster Oroch Dynamique é oferecido em duas opções de motores, sempre movidos a gasolina e etanol – 1.6 e 2.0. Com a primeira configuração por R$ 66.790, a picape entrega 115 cv a 5.750 rpm e torque de 15,9 kgfm, quando abastecida com etanol. Na versão 2.0, que acrescenta R$ 4 mil, oferece 143 cv, quando abastecida com gasolina, e 148 cv de potência, com etanol. O torque é de 20,2 kgfm e 20,9 kgfm, respectivamente. As versões estão disponíveis em duas ofertas de câmbio. O motor 1.6 recebe transmissão manual de cinco velocidades do Duster e o propulsor 2.0 traz câmbio manual de seis marchas, também


do SUV. Os preços da picape compacta começam em R$ 62.290 na versão de entrada Expression 1.6 – já com ar, direção, vidros dianteiros e travas elétricas, luzes diurnas, rodas de liga leve, barras de teto longitudinais, santantônio e protetor de caçamba. Os R$ 4.500 a mais da versão Dynamique 1.6, acrescentam vidros traseiros elétricos, faróis de neblina, controle de velocidade de cruzeiro, rodas de 16 polegadas, volante revestido em couro e sensor de estacionamento traseiro. Há, ainda, computador de bordo, acionamento do vidro do motorista com um toque, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas e GPS, duas tomadas de 12V e iluminação no porta–luvas. Entre os opcionais, a versão Dynamique pode incluir apenas bancos em couro. O modelo dispõe ainda de uma extensa lista de acessórios, como cinta para amarrar carga, barras de teto transversais e câmera de ré. E, em 2016, a Oroch já deve estrear uma nova versão com câmbio automático – que provavelmente estará restrita ao motor 2.0.


Impressões ao dirigir

Vida urbana

A picape compacta da Renault pode ser um ótimo investimento para quem deseja aliar conforto e esportividade. O veículo oferece o espaço interno espaçoso dos SUVs e a praticidade e boa capacidade de carga das picapes. O que realmente incomoda é o comando dos retrovisores externos estar perto da alavanca do freio de mão. Porém, passadas as primeiras “apresentações”, rapidamente encontra-se o melhor ajuste para dar a partida. Sair com o Duster Oroch não causa nenhuma sensação de insegurança. As relações das duas primeiras marchas são curtas e logo se atinge a faixa de torque suficiente para que a picape se mova com bastante agilidade. Porém, o motor, de 115 cv, perde um pouco a força em ladeiras, mostrando não ser tão potente assim. Outro ponto desfavorável é a posição da central multimídia que, por ser baixa, pode desviar atenção do motorista ao dirigir. O interior não chega a encantar, devido ao aspecto rústico, mas também não deixa a desejar em relação à concorrência. Os bancos são macios e há boa mobilidade para passageiros e o motorista. A suspensão absorve bem as imperfeições do meio urbano e o isolamento acústico também agrada. Em retas, a estabilidade se mostra confiável.


Ficha técnica Renault Duster Oroch Dynamique Motor 1.6: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 110 cv e 115 cv com gasolina e etanol a 5.750 rpm. Aceleração: 0-100 km/h: 14,3 e 13,2 segundos com gasolina e etanol. Velocidade máxima: 160 km/h e 164 km/h com gasolina e etanol. Torque máximo: 15,1 kgfm e 15,9 kgfm com gasolina e etanol a 3.750 rpm. Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 9,8:1. Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com amortecedores hidráulicos telescópicos, triângulos inferiores e molas helicoidais e barra estabilizadora. Multilink independente e MacPherson, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora. Não possui controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 215/65 R16. Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS. Carroceria: Picape em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,69 metros de comprimento, 1,82 m de

largura, 1,69 m de altura e 2,82 m de entre-eixos. Oferece airbag duplo frontal. Peso: 1.292 kg. Capacidade da caçamba: 683 litros. Carga útil: 650 kg. Capacidade tanque de combustível: 50 litros. Dynamique 1.6: airbag duplo, freios com ABS, direção hidráulica, travas elétricas, volante com regulagem da altura, ar-condicionado, rodas aro 16 polegadas de liga leve na cor “Alumínio”, alerta sonoro de luzes acesas, rádio CD MP3 com 4 alto falantes (3D Sound by Arkamys) + USB + Bluetooth, vidros elétricos, alarme perimétrico, chave com comando de travamento a distância, comando de áudio e celular na coluna de direção (comando satélite), assento do condutor com regulagem de altura, desembaçador do vidro traseiro, sistema CAR (travamento automático das


portas a 6 km/h), barras no teto, santantônio, protetor de caçamba, Media NAV Evolution com funções Eco-Coaching e Eco-Scoring, faróis de neblina, rodas aro 16 polegadas de liga leve na cor “Cinza Escuro”, piloto automático, comando elétrico dos retrovisores, sensor de estacionamento, volante

com acabamento em couro, computador de bordo, indicador de temperatura externa e vidros do motorista com comando one touch. Preço: R$ 66.790. Opcional: Bancos de couro (R$ 1.700).


Foto: Isabel Almeida/CZN

motomundo

Fdeama mau N ight R od une tecnologia e a imagem rebelde tĂ­pica da H arley -D avidson por Eduardo Rocha Auto Press


Q

uando lançou a linha VRod, em 2001, a ideia da Harley-Davidson era mostrar que podia ir além das motos clássicas. A fabricante norte-americana queria aproveitar o renascimento da marca para consolidar uma imagem mais moderna, com um design mais ousado e, quem sabe, até fazer frente às japonesas. O motor Revolution, desenvolvido em conjunto com a Porsche, foi o primeiro da fabricante a ter injeção eletrônica e refrigeração líquida. Apesar da intenção de ganhar um perfil mais tecnológico, não demorou para que a Harley resolvesse dar uma cara mais “selvagem” ao modelo. Nasceu aí a Night Rod, em 2006, uma espécie de versão malvada da V-Rod. Ainda hoje, a linha Rod representa o que há de mais moderno no line up da Harley-Davidon. E atualmente é composta de apenas dois modelos. Além da Night Rod Special, tem a V-Rod Custom. A diferença entre as duas está basicamente no visual. A Night Rod traz rodas, guidão, garfo telescópico e motor são em preto fosco. Há ainda uma pequena carenagem preta sobre o farol – que não existe na V-Rod. Mu-


dam também a cobertura do radiador, a tela sobre a tomada de ar do motor, o para-lama traseiro e a lanterna. De perfil, a única área “clara” está na parte da ponteira do escapamento que é em aço escovado. Os dois modelos são vendidos com um motor V2 Twin a 60º de 1.247 cc, gerenciado por um câmbio de cinco velocidades. Mas o da Night Rod tem um pouco mais de potência – 125 cv contra 121 cv – e torque um pouco menor e em giro mais alto. São 11,4 kgfm a 7.250 giros contra 11,9 kgfm a 6.500 rpm. Essa alteração, feita basicamente no mapeamento do motor, dá à Night Rod uma característica um pouco mais esportiva. Há poucos meses, com o dólar em torno de R$ 2,50, o modelo era vendido no Brasil por pouco mais de R$ 60 mil. Isso antes da subida do dólar. Agora, com o dólar a R$ 3,90, ela sai por R$ 79.900. Nem o fato de ser montada em Manaus aliviou a decisão da Harley de repassar a variação cambial. Mesmo que a comercialização do modelo já sentisse os efeitos da crise. Em 2014, a média girava em torno de 50 unidades mensais. Neste ano, caiu para cerca de 25 vendas por mês.


Impressões ao pilotar

Rebelde, não errante A Night Rod incorpora o espírito inconformista que a Harley-Davidson tanto valoriza. Tanto pelo ronco bem característico do motor quanto pelo visual, marcado por uma profusão de partes pintadas em preto fosco. Mas não é exatamente uma Harley típica. O modelo valoriza a esportividade, com o guidão baixo. Mas, ao contrário de modelos esportivos tradicionais, as pedaleiras são bem avançadas e forçam o piloto a ficar com braços e pernas esticados para a frente. A posição não dificulta o controle sobre a moto e permite até andar entre os carros com alguma desenvoltura, mas não é nada relaxada. Em trechos mais longos, é bastante cansativa. Mesmo com o ótimo apoio que o banco oferece para a base da coluna cervical do piloto – o carona tem uma nesga de espuma sobre o para-lama para sentar. De qualquer forma, a Night Rod não é pensada para quem pretende pegar a estrada sem destino. Já o lado esportivo encontra uma boa resposta no motor V2 Twin Revolution. Ele tem 125 cv e é bem elástico e progressivo. Além disso, a embreagem deslizante ajuda o câmbio a trabalhar suavemente e a transmissão por correia é bastante silenciosa. Em relação aos propulsores clássicos da marca, este fica mais à vontade em giros mais altos – a faixa vermelha começa em 9 mil rpm –, e aceita uma pilotagem mais agressiva. Mesmo assim, tem um torque respeitável, que torna quase dispensável a troca de marchas em conduções mais calmas.


Ficha técnica Harley-Davidson Night Rod Special Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.247 cm³, dois cilindros em V a 60º, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica. Câmbio: Manual de cinco marchas com transmissão por correia. Potência máxima: 125 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 11,4 kgfm a 7.250 rpm. Diâmetro e curso: 105 mm X 72 mm. Taxa de compressão: 11,5:1. Quadro: Tipo berço duplo em aço carbono. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico invertido e traseira bichoque, com amortecedores e molas helicoidais. Pneus: 120/70 R19 na frente e


240/40 R18 atrás. Freios: Disco duplo com quatro pistões na frente e disco simples com quatro pistões na traseira. Oferece ABS de série.

Dimensões: 2,44 metros de comprimento total, 0,89 m de largura, 1,07 m de altura, 1,70 m de distância entre-eixos e 0,74 m de altura do assento.

Peso: 302 kg. Tanque do combustível: 18,9 litros. Produção: Manaus, Brasil. Preço: R$ 79.900.


Segurança máxima A

nova geração da Toyota Hilux foi um dos modelos avaliados pelo Latin NCAP em sua última bateria de testes de 2015. Junto com os novos Mitsubishi Pajeto Sport e Toyota RAV4, a picape alcançou cinco estrelas na proteção para adultos e, sozinho, ficou com o mesmo resultado também na proteção infantil. Em sua lista de itens de série, destacam-se os dois airbags frontais e de joelhos para motorista, alerta de cinto de segurança para os dois passageiros dianteiros, sistema Isofix e possibilidade de desativação do airbag do passageiro. O SUV RAV4 conquistou quatro estrelas na proteção

infantil e o Pajero, três. Outros três modelos vendidos no Brasil passaram pela avaliação do órgão. Volkswagen Fox, Nissan Versa e Nissan March conseguiram quatro estrelas para adultos. Quando o assunto é a segurança das crianças, no entanto, a situação não é nada animadora. O Fox ficou com duas estrelas, enquanto os compactos fabricados pela Nissan em Resende, no Rio de Janeiro, ganharam uma mísera estrela no teste. Isso em função da falta de cinto de três pontos para todos os ocupantes, impossibilidade de desativar o airbag do passageiro e ausência de sistema Isofix.


Por partes

A Ferrari não perde uma chance de faturar uns trocados. A fabricante italiana fez um acordo com a Lego para a produção de uma réplica da Ferrari F40, montada a partir da união de 1.158 blocos do famoso brinquedo. O modelo está à venda nos Estados Unidos por US$ 89, cerca de R$ 355. O esportivo que deu origem ao brinquedo foi produzido pela marca de Maranello entre 1987 e 1992, em comemoração ao 40º aniversário da Ferrari. O motor era um V8 3.0 litros de 478 cv, que acelerava até os 324 km/h. Já o zero a 100 km/h era feito em 4,1 segundos.


Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 85, 18 de dezembro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.201 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Laís Rezende redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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