Ano 2, Número 97, 11 de março de 2016
Juízo
de valor E ainda: Ford EcoSport 1.6 AT Freestyle Audi Q2 Aston Martin DB11 Ducati Hypermotard 939 e 939 SP Ford, Torqshift para a linha Cargo
Volkswagen Fox Track é hatch compacto bem equipado, mas chega a custar mais de R$ 55 mil
EDITORIAL
Boa leitura!
Sumário
Padrão elevado
Foi-se o tempo em que versões de entrada abriam mão de conforto ou tecnologia. Mas tudo tem seu preço. A Volkswagen recheou tanto o seu Fox Track, com motor 1.0, que o modelo começa em quase R$ 47 mil e ultrapassa os R$ 55 mil com todos os opcionais disponíveis. Já a Ford, de olho em crescer as vendas do EcoSport, ampliou as opções de trem de força do modelo no fim do ano passado. A marca passou a adotar o câmbio Powershift no propulsor 1.6 e descontinuou a versão Freestyle no motor 2.0. Desta forma, ela passou a oferecer itens de série de topo de linha na motorização de entrada do SUV compacto. Diretamente da Suíça, duas matérias mostram dois dos principais destaques mostrados no Salão de Genebra. Uma esmiúça os detalhes do novo Audi Q2, SUV compacto que a marca das quatro argolas lançará ainda em 2016. E a outra é sobre o Aston Martin DB11, que substitui o DB9 no portfólio da marca. O cupê esportivo é encarado como o principal lançamento da Aston Martin desde 2003. No mundo das duas rodas, uma volta na Ducati Hypermotard 939, que foi apresentada no último Salão de Milão e chegou para substituir a Hypermotard 821 em duas versões: 939 e 939 SP, com motor Testastreta de dois cilindros e 113 cv. E no segmento de caminhões, a Ford passa a oferecer câmbio automatizado para seis veículos médios e semipesados de sua linha Cargo 2017 – antes, esse tipo de transmissão só era oferecido para os pesados e semipesados.
Edição de 11 de março 2016
03 - Volkswagen Fox Track
26- Aston Martin revela o novo DB11
12 - Ford EcoSport 1.6 AT Freestyle
32 - Ford Caminhões, Torqshift para a linha Cargo
21 - Audi Q2
37- Ducati Hypermotard 939 e 939 SP
Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
D
teste
Inversão
de valores
Volkswagen Fox Track tem recheio de versão topo de linha com motorização de entrada
por Márcio Maio Auto Press
e maneira geral, os consumidores brasileiros estão cada vez mais exigentes e interessados nos avanços tecnológicos. No mercado automotivo, isso se comprova facilmente. Até poucos anos, muitos modelos – principalmente compactos – eram ofertados em versões básicas, que sequer traziam itens como ar-condicionado, vidros elétricos e direção assistida. Caso do Volkswagen Fox, lançado no Brasil há 13 anos e que hoje pode ter até central multimídia que espelha celulares em configurações de entrada, com motor 1.0. Um bom exemplo desse “upgrade” dos modelos básicos é a versão Track, que surpreende pela valoração que recebe da fabricante – inclusive em seu preço. A proposta da Volkswagen com a versão, lançada em outubro do ano passado, era atrair o público mais jovem com um visual levemente aventureiro e pitadas de modernidade. Para isso, apostou nas opções de centrais multimídia para o modelo, que vão desde tela touch, de 5 ou 6,3 polegadas, ao espelhamento de smartphones Android ou iPhone – neste último caso, é preciso pagar pelo equipamento mais caro, com tela maior, para contar com o Volkswagen App-Connect e, de quebra, ter também GPS no carro. O Fox Track segue a trilha do Gol Track no line up da marca: é uma versão com roupagem ligeiramente “off road”, mas que, assim como as outras, não é realmente destinada para este uso. Esteticamente, a grade dianteira tem o friso prateado e o para-choque traz faróis de neblina integrados. Os faróis têm acabamento que mistura máscara
negra com detalhes cromados e, no perfil, chama atenção o rack de teto e as molduras inferiores e nas caixas de rodas. Maçanetas das portas e retrovisores são sempre na cor preta e, atrás, o para-choque traz um adesivo preto na região da placa e defletor na mesma cor na parte superior da tampa do porta-malas. O interior tem a mesma ambientação e tecidos do Fox Comfortline, mas opcionalmente pode receber o revestimento interno do teto e das colunas escurecido. A lista de opcionais, na verdade, é que surpreende mais, já que tratase de uma configuração praticamente de entrada do Fox. As rodas são de liga leve de 15 polegadas e o carro sai da fábrica com, no mínimo, ar-condicionado, direção e vidros elétricos dianteiros e som com rádio, Bluetooth, MP3 e entradas USB, auxiliar e SD, por R$ 46.950. Mas é possível equipá-lo com vidros traseiros e retrovisores elétricos, sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento dianteiro e traseiro, volante multifuncional revestido em couro e a própria central multimídia, entre outros itens. Com tudo que pode receber, no entanto, a conta assusta: são R$ 55.190 pelo Fox Track completo. Sob o capô, o hatch traz o mesmo motor 1.0 de 3 cilindros da família EA211 que estreou no Fox Bluemotion e já é usado por toda a linha de compactos 1.0 da marca. Sua potência máxima é de 82 cv a 6.250 rpm, com etanol, e o torque chega a 10,4 kgfm a partir de 3 mil giros com o mesmo combustível. O propulsor tem sistema de partida a frio, ou seja, dispensa o tanque auxiliar para gasolina, e trabalha em conjunto com uma transmissão manual de 5 marchas.
Ponto a ponto
Desempenho – O 1.0 de três cilindros do Fox Track é um tanto modesto para mover o modelo. Ele só mostra mesmo algum vigor a partir dos 3 mil giros, quando alcança o torque máximo de 10,4 kgfm com etanol no tanque. Em tráfego rodoviário, até se sai bem. Mas, em perímetro urbano, não mostra muita agilidade. O câmbio manual, no entanto, tem engates precisos e as marchas são bem escalonadas. Nota 6. Estabilidade – O Fox tem uma suspensão firme – típica da marca alemã. Mas a altura um pouco elevada da carroceria faz com que ela balance em mudanças de direção. Não chega a ser um grande problema, mas convém não levar o hatch aos limites em trechos sinuosos. De qualquer forma, a direção tem relação mais direta com as rodas e peso correto em velocidades altas, o que transmite sensação de segurança ao motorista. Nota 7. Interatividade – O Fox Track é simples, mas bastante funcional. Todos os instrumentos têm boa visualização, são de fácil compreensão e estão bem localizados. Há ainda uma central multimídia opcional que espelha celulares e tem GPS. É possível parear, via Bluetooth, dois celulares simultaneamente e operar telefone e áudio streaming. O sistema ainda lê mensagens de texto do celular por meio dos alto-falantes e é possível respondê-las por comando de voz. Nota 8. Consumo – O InMetro avaliou o Volkswagen Fox Track e registrou 8,6/9,3 km/l com etanol na cidade/estrada e 12,2/ 13,4 km/l com gasolina, nas mesmas condições. Os números renderam nota A em sua categoria e B na geral, com 1,68 MJ/
km de consumo energético. Nota 8. Conforto – O bom espaço interno do modelo é um dos pontos altos. Quatro adultos conseguem se acomodar no interior sem apertos, com boa área para cabeça, pernas e ombros. Apenas um terceiro ocupante atrás pode sofrer graças à pouca largura da carroceria. O isolamento acústico é eficiente e a suspensão, apesar de mais firme, filtra boa parte das irregularidades do asfalto. Nota 7. Tecnologia – O Fox é um projeto antigo, em comparação com seus concorrentes diretos. A plataforma é a simplificação da utilizada no Polo em 2001. Já o motor da versão Track é moderno, o 1.0 de três cilindros. A central multimídia opcional é a grande novidade do modelo, completa e eficiente. Nota 7. Habitabilidade – Há bons porta-objetos e o ângulo de abertura das portas também é suficiente para garantir o acesso e a saída dos passageiros com facilidade. O porta-malas leva um
volume normal para sua categoria: 270 litros. Nota 7. Acabamento – O interior do modelo é simples, mas correto. Há plásticos rígidos abundantes, mas a realidade dos concorrentes diretos não é tão diferente. Os encaixes e arremates são bons. De qualquer forma, é pouco para um carro que começa em cerca de R$ 47 mil e, completo, ultrapassa R$ 55 mil. Nota 7. Design – O visual do Fox Track é marcado pela grade dianteira com friso pintado e para-choque com luzes de neblina integradas. Os faróis têm acabamento que mistura máscara negra com detalhes cromados e a lateral é valorizada por um rack de teto, molduras inferiores e nas caixas de rodas e o logotipo da versão nas portas traseiras. Maçanetas e retrovisores são sempre na cor preta e, atrás, há um defletor preto na parte superior da tampa do porta-malas. Apesar de algumas reestilizações desde seu lançamento, o design já é ultrapassado. Nota 6. Custo/benefício – O Fox Track parte de R$ 46.950, mas chega a R$ 55.190 com todos os opcionais. É muito caro, apesar da lista extensa de equipamentos de conforto e entretenimento, com itens como sensor crepuscular e de chuva. Nenhum modelo de marca generalista com propulsor deste tamanho é tão bem equipado quanto o Fox Track. Mas o preço dele completo é superior ao do Renault Sandero inclusive em suas versões mais caras, como a Stepway, a partir de R$ 55 mil. O Nissan March topo de linha, com propulsor 1.6 de 111 cv, é R$ 51.790. Já a Ford pede R$ 51.690 pelo Ka SEL 1.5, que traz até controle eletrônico de estabilidade e tração. Definitivamente, este não é um ponto favorável para o Fox Track. Nota 5. Total – O Volkswagen Fox Track somou 68 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Desempenho
contundente Toda a linha do Volkswagen Fox passou a receber o motor 1.0 de três cilindros da marca – que inclusive estreou no Brasil no modelo, depois de ter feito seu “debut” na Europa no subcompacto Up. O propulsor não chega a injetar esportividade no carro, mas faz com que os giros subam mais rápido e, em diversos modelos, afasta a ideia de “falta de força” comum aos outros 1.0 de quatro cilindros, mais antigos e já ultrapassados por aqui. Nas arrancadas, essa vantagem não aparece tanto. É já perto das 3 mil rpm que o Fox Track mostra mais vigor e propicia ultrapassagens e retomadas próximas às de modelos com motores um pouco maiores. Nesta faixa, as respostas ao acelerador são mais rápidas e consistentes e abrem espaço até para a dúvida se os dados da ficha técnica são mesmo tão modestos – de 82 cv máximos a 6.250 rpm com etanol e 10,4 kgfm de torque com o mesmo
combustível, em 3 mil giros. Mas a grande surpresa do Fox Track é sua lista de equipamentos, capaz de provocar inveja se comparada à de alguns concorrentes com propulsores mais fortes. Completo, ele tem central multimídia que espelha celulares, GPS, faróis automáticos e sensores de chuva. A questão é que todas essas características elevam demais o valor do mod-
elo e um dos pontos que mais deveriam influenciar a decisão de compra de um carro, que é a questão da segurança, passou batido pela marca. Não há nada nesse aspecto que não seja encontrado também na concorrência. Aliás, alguns oponentes até mais baratos, como o Ford Ka, já desfrutam de equipamentos como controle eletrônico de estabilidade e tração, ausentes no Fox Track.
Ficha técnica - Volkswagen Fox Track Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 82 cv e 75 cv a 6.250 rpm com etanol e gasolina. Torque máximo: 10,4 cv e 9,7 kgfm a 3 mil rpm com etanol e gasolina. Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,4 e 14,7 segundos com etanol e gasolina. Velocidade máxima: 159 e 158 km/h com etanol e gasolina. Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 11,5:1. Pneus: 195/55 R15. Peso: 1.084 kg. Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com mola helicoidal e barra estabilizadora. Traseira interdependente com braço longitudinal e mola helicoidal. Freios: Discos na frente e tambor atrás. ABS com EBD. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,87 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,58 m de altura e 2,47 m de distância entre-eixos. Airbags frontais. Capacidade do porta-malas: 270 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: São José dos Pinhais, Paraná. Itens de série: Sistema de partida a frio sem tanque auxiliar de gasolina, direção elétrica, banco do motorista com ajuste de altura, banco traseiro rebatível, dois apoios de cabeça no banco traseiro, quatro alto-falantes e dois tweeters, aerofólio traseiro preto bril-
hante, alças de segurança dianteira e traseiras no teto, antena no teto, ar-condicionado, chave tipo “canivete” sem controle remoto, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador e limitador de carga, cintos de segurança traseiros laterais de três pontos, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, colunas centrais externas com aplique preto, desembaçador traseiro, espelhos retrovisores externos com comando interno manual e luzes indicadoras de direção integradas, faróis de neblina, faróis duplos com máscara escurecida, gaveta sob o banco do motorista, lanterna de neblina, lanternas traseiras escurecidas, para-sol com espelho iluminado para motorista e passageiro, porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros, racks de teto longitudinais, rodas de liga leve de 15 polegadas, sistema infotainment com rádio AM/FM, Bluetooth, MP3 e entradas USB, SD, e auxiliar, tomada 12V no console central, travamento elétrico das portas e porta-malas e vidros dianteiros elétricos com função “one touch”. Preço básico: R$ 46.950. Opcionais: alarme, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, luz de leitura dianteira e duas traseiras, chave tipo “canivete” com comando remoto, porta-malas com iluminação, retrovisores externos elétricos com função “tilt down” no lado direito, porta-luvas com iluminação, porta-objeto removível e acendedor de cigarro, rede no porta-malas, tampa do porta-malas com abertura por controle remoto, tomada 12V no console central e no compartimento de bagagens, travamento elétrico das portas e porta-malas com controle remoto, vidros traseiros elétricos, banco traseiro corrediço e com três apoios de cabeça com ajuste de altura, computador de bordo, retrovisor interno eletrocrômico, faróis de neblina com luz de conversão estática, sensores de chuva e crepuscular, sistema infotainment touchscreen “Discover Media” com navegação e espelhamento de celulares e volante multifuncional revestido em couro. Preço completo: R$ 55.190.
Menos por menos
A Mini barateou sua station wagon Clubman. Antes oferecido apenas na versão Top, por R$ 179.950, agora a perua parte de R$ 152.950 na variante Exclusive. O trem de força segue o mesmo, com motor 2.0 turbo de 192 cv e 28,6 kgfm e câmbio automático de oito marchas, mas a lista de itens de série foi enxugada. A tela da central multimídia cai das 8,8 polegadas para 6,5 polegadas e o modelo perde assistente de estacionamento, câmara de ré e sensores de estacionamento, os pneus run flat, teto solar e as rodas de 18 polegadas, que passam a ser aro 17.
Garota interrompida
Aventura exclusiva
A Mitsubishi acaba de lançar uma nova série especial e limitada do ASX. Batizada de ASX-S, ela adiciona adereços estéticos ao crossover para deixá-lo com visual mais esportivo. Caso do teto pintado na cor cinza, dos faróis com máscara negra, das rodas de liga leve de 18 polegadas grafite e emblemas com o nome da versão com o “S” destacado em vermelho. Além disso, o ASX-S traz luzes diurnas de leds. Com preço de R$ 120.990 e somente 200 unidades produzidas, a configuração será numerada com uma placa no painel. O interior é marcado pelos bancos de couro com logo bordada, ajustes elétricos e aquecimento nos assentos dianteiros. Os itens de série contemplam volante multifuncional, central multimídia, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista e sensores de estacionamento e de chuva. Além disso, há também controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, faróis com acendimento automático e chave presencial. O motor, no entanto, é o mesmo 2.0 a gasolina de 160 cv e 20,1 kgfm de torque, com câmbio CVT e tração integral.
A Porsche suspendeu o patrocínio à tenista Maria Sharapova depois do anúncio da própria atleta de que um exame de dopping realizado no início do ano, na Austrália, teve resultado positivo – segundo ela, em função de uma substância presente em um medicamento de prevenção de diabetes. Pelo menos até que tudo fique esclarecido e a situação seja explicada, Maria ficará de fora da lista de esportistas que recebem apoio financeiro da marca alemã, que pertence ao Grupo Volkswagen. A parceria entre Sharapova e a Porsche começou em abril de 2013, com contrato de três anos. Em função deste acerto, ela já participou de alguns lançamentos e outros eventos ligados aos carros da montadora. Agora, com a comprovação do doping, Maria não perde o apoio apenas da Porsche. Outras empresas que tinham contrato com ela, caso da Nike, também recuaram no vínculo.
Em alta
A Mercedes-Benz está começando muito bem o ano de 2016. O primeiro trimestre ainda não se encerrou e a marca alemã já bateu um recorde: esse foi o melhor mês de fevereiro em vendas de toda a história da fabricante. Foram 133.752 carros emplacados em todo o globo terrestre, o que representa um crescimento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2015. Os bons resultados na Europa, Ásia e América do Norte alavancaram o total no mundo. Só na Europa, os ganhos chegaram a 14,5%, com destaque para a Alemanha, país onde está a sede da empresa e que registrou 20.751 vendas. Na Ásia, a China chegou a crescer 29,3% em relação ao ano passado. Nos Estados Unidos, no entanto, houve queda. Mas o bom desempenho de países como Canadá e México compensaram as perdas.
Realinhamento
Fotos: Isabel Almeida/CZN
tático
autoperfil
por Márcio Maio auto press
Ford alia praticidade do câmbio de dupla embreagem à eficiência do propulsor 1.6 no EcoSport Freestyle
P
or mais de uma década, o Ford EcoSport foi a principal referência na categoria de SUVs compactos e o líder de vendas entre os utilitários esportivos do Brasil. Até que as investidas da concorrência em projetos completamente da Jeep e da Honda – com os “queridinhos” Renegade e HR-V, respectivamente – surtiram efeito. E o representante da Ford perdeu seu trono. Cedo demais para que uma nova geração fosse planejada – a atual é a segunda do modelo e foi lançado há quatro anos –, o jeito foi inovar no trem de força e tentar oferecer mais conforto e vigor às configurações com propulsor Sigma 1.6, que ganharam em potência e disponibilizam um câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades. Caso da Freestyle, a mais completa, que incorpora itens de variante de topo com preço de configuração intermediária. A intenção foi mirar justamente no público que busca um SUV compacto, mas não tem condições de arcar com os preços cobrados pelas versões mais completas, com transmissão automática, normalmente associada à motorizações mais caras. No ano passado, a Ford pesquisou e percebeu que mais de 90% dos SUVs compactos com trocas de marchas automáticas custavam acima dos R$ 75 mil e decidiu colocar o EcoSport nessa briga com o motor 1.6 e transmissão já utilizados no hatch compacto Fiesta. E para deixar a configuração de topo desse trem de força, a 1.6 Freestyle, com ar de superioridade, excluiu do portfólio do EcoSport a 2.0 Freestyle na mesma época. O propulsor Sigma 1.6 16V é o mesmo que equipa a versão mais simples do modelo, a SE 1.6 manual, de 110/115 cv com gasolina/etanol. A diferença está na utilização de cabeçote de alumínio com comando de válvulas variáveis, pistão com saia
grafitada, tuchos polidos, bomba de óleo de ação variável, o que permite o uso de um óleo de menor viscosidade. As mudanças promoveram um acréscimo de potência de 16 cv com ambos os combustíveis, totalizando 126/131 cv com gasolina/ etanol. A lista de itens de série é boa para disputar espaço. Arcondicionado, direção hidráulica, vidros, travas e espelhos elétricos, farol de neblina, controle de cruzeiro, engates isofix para cadeirinhas infantis, sistema multimídia Sync e controle eletrônico de estabilidade e tração são de fábrica. Há ainda assistente de partida em rampas e chave eletrônica capaz de programar a velocidade máxima do veículo – excelente para quem tem filhos adolescentes que utilizam o carro. As rodas de liga leve são de 16 polegadas e o motorista conta ainda com sensores de estacionamento traseiros com visualização gráfica.
Ponto a ponto Desempenho – O EcoSport com motor 1.6 e transmissão de dupla embreagem acelera de maneira bem progressiva. Em giros baixos, o comportamento é comedido – antes de 2.500 rpm não há grandes emoções no SUV compacto. Mas, conforme o conta-giros sobe, o vigor aparece e suprime qualquer sensação de falta de força. Nota 8. Estabilidade – O EcoSport se mostra bem neutro nas curvas. As rolagens de carroceria são praticamente imperceptíveis. Ajuda o fato de não se tratar de um utilitário esportivo muito alto – são 1,67 metro. A direção é firme o suficiente para garantir segurança em altas velocidades e, com esse trem de força, o modelo ainda recebe controles eletrônicos de tração e estabilidade. Nota 8. Interatividade – A direção é leve em manobras de estacionamento e o quadro de instrumentos tem visualização simples e clara. Já o sistema de entretenimento é um tanto “vintage”: a tela não é colorida e muito menos sensível ao toque. Existem diversos botões para operar o equipamento, o que confunde o motorista principalmente quando o carro está em movimento. Já o sistema de comando vocal é dos mais evoluídos do mercado. Nota 7. Consumo – O InMetro avaliou o Ford EcoSport 1.6 automatizado e aferiu médias de 7,2/8,3 km/l com etanol e 10,2/12,1 km/l com gasolina no tanque. O resultado rendeu nota A na categoria e C na geral, com 1,98 MJ/km de consumo energético. Nota 8.
Conforto – A suspensão do EcoSport privilegia a estabilidade, mas não chega a comprometer tanto o conforto dos passageiros. A maioria dos desníveis das ruas brasileiras é absorvida com eficiência. O espaço interno é condizente com o segmento de SUVs compactos e a transmissão automatizada de dupla embreagem facilita bastante a vida do condutor. Nota 9. Tecnologia – A plataforma do EcoSport é derivada da que é utilizada no New Fiesta. Mesmo com as adaptações para um modelo bem maior, no final ela manteve boa rigidez e ainda oferece espaço interno melhor. O motor 1.6 16V recebeu 16 cv e a transmissão sequencial de dupla embreagem. A lista de equipamentos inclui controle de estabilidade e demais recursos obrigatórios para um modelo topo de linha que custa quase R$ 80 mil. Falta só uma central multimídia mais moderna. Nota 8. Habitabilidade – Há bastante espaço para porta-objetos e os ajustes são fáceis. Entrar e sair é simples, já que o EcoSport é um pouco mais alto que um carro de passeio. Mas a abertura em pivô lateral da tampa do porta-malas não é das mais práticas. E apesar de o estepe ficar do lado de fora, dentro do compartimento só cabe 362 litros – pouco mais que um hatch compacto. Nota 7. Acabamento – O interior não chega a decepcionar, mas fica distante do que se espera de um veículo em sua faixa de preço. Os revestimentos não aparentam requinte e os plásticos rígidos aparecem em abundância. Nota 6. Design – Quando surgiu, em 2012, a segunda geração do EcoSport chamava atenção pelo visual moderno e limpo. O SUV ainda é vistoso e com desenho atual, mas a proliferação de projetos novos nessa categoria acabou deixando a
impressão de que o EcoSport já precisa de uma reestilização. Nota 7. Custo/benefício – O EcoSport 1.6 AT Freestyle é vendido por R$ 78.900. Um Jeep Renegade Sport 1.8 Flex automático custa R$ 3 mil a mais, mas trata-se de um projeto mais moderno. O Honda HR-V 1.8 com câmbio CVT começa em R$ 82.900, com nível de equipamentos semelhante ao do EcoSport – só falta a central multimídia, mas esta também
não é um dos pontos altos do modelo da Ford. O Renault Duster só tem câmbio automático na versão Dynamique, com motor 2.0, e custa R$ 85.150. Já um Peugeot 2008 Allure 1.6 automático é mais bem equipado que o Ecosport 1.6 AT Freestyle e sai a R$ 72.290 – o melhor custo/benefício da categoria. O EcoSport fica bem na média. Nota 7. Total – O Ford EcoSport 1.6 AT Freestyle somou 75 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Dose de vigor
As alterações no trem de força do Ecosport 1.6 foram além da adoção da transmissão automatizada de dupla embreagem. Para receber o equipamento, o SUV compacto da Ford ganhou também 16 cv – são 131 cv máximos agora, com etanol –, que deixaram o modelo visivelmente mais vigoroso. Aliado à nova caixa de marchas, o resultado é um desempenho na maioria das situações similar até às versões com propulsor 2.0, que têm apenas 14 cv a mais abastecidos com gasolina e 16 cv a mais com etanol, mas também são mais pesadas. O câmbio trabalha em boa sintonia com o motor, elevando os giros rapidamente e esticando as marchas menores quando se pisa com vontade o pedal do acelerador. Arrancadas, ultrapassagens e retomadas são feitas sem grandes problemas. O que atrapalha é a insistência da marca em não adotar aletas para trocas manuais no volante. Quem prefere garantir o controle sobre a transmissão vira
refém do incômodo botão comutador presente na própria alavanca. Enquanto se vê no mercado uma proliferação de projetos novos na categoria de utilitários esportivos compactos, o Ford Ecosport perde no interior um tanto ultrapassado. Sua nova geração veio na linha 2013, ou seja, ele foi pioneiro na valorização deste segmento no Brasil. E colheu
excelentes frutos com isso, mantendose na liderança absoluta até a chegada dos concorrentes mais modernos. Hoje, a central multimídia com tela de cinco polegadas causa certo estranhamento por ser pequena, sem tela colorida e não sair do “feijão-com-arroz” da conectividade via Bluetooth com os smartphones – embora o sistema de comando vocal seja bem evoluído.
Ficha técnica Ford EcoSport 1.6 AT Freestyle Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.596 cm³, quatro cilindros em linha, duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão e no escape. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automatizado com dupla embreagem e mudanças sequenciais de seis marchas à frente e uma a ré com tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 126 cv e 131 cv com gasolina e etanol a 6.500 rpm. Torque máximo: 15,4 kgfm a 4.250 rpm e 16,1 kgfm a 5 mil rpm com gasolina e etanol. Diâmetro e curso: 79,0 mm X 81,4 mm. Taxa de compressão: 12,0:1. Aceleração 0-100 km/h: 11,8 segundos com etanol. Velocidade máxima: 180 km/h. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços inferiores, barra estabilizadora e molas com compensação de carga lateral. Traseira semi-independente com eixo de torção, amortecedores hidráulicos pressurizados com molas helicoidais. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 205/60 R16 na FreeStyle. Freios: Discos ventilados na frente, tambores atrás e ABS de série. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,23 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,67 m de altura e 2,52 m de distância
entre-eixos. Airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.274 kg. Capacidade do porta-malas: 362 litros. Tanque de combustível: 52 litros. Produção: Camaçari, Bahia. Itens de série: Ar-condicionado, direção, trava, espelhos e vidros elétricos, volante com regulagem de profundidade e altura, airbag duplo, ABS com auxílio para partida em rampa, rodas de liga leve aro 16, chave programável, controle de estabilidade e tração, faróis de neblina, sistema Sync com rádio/ CD/MP3/AUX/Bluetooth, sensor de estacionamento traseiro, carcaça dos retrovisores e rodas em cinza. Preço: R$ 78.900.
Cinco décadas
A Chevrolet celebra os 50 anos do cupê Camaro com uma edição especial de aniversário nos Estados Unidos. Batizada de 50th Anniversary Edition, a versão começará a ser vendida por lá a partir de junho e trará pintura externa grafite com detalhes em laranja, rodas de liga leve de 20 polegadas com pinças
pintadas também em laranja e a inscrição da configuração na carroceria. Há ainda lanternas em leds e spoiler traseiro. O propulsor é um V8 6.2 litros de 455 cv com transmissão manual de seis marchas ou, opcionalmente, automática de oito velocidades.
Vcontido igor Reserva disponível A
Triumph iniciou nesta semana a pré-venda da Street Twin. Modelo de entrada da nova linha Bonneville, a motocicleta chega às concessionárias em abril e com promoção especial para suas 200 primeiras unidades: o preço é de R$ 36.500. No entanto, ainda não há informações a respeito do valor de tabela depois que esse lote inicial terminar. A moto foi apresentada em Londres em outubro do ano pas-
sado, depois de passar quatro anos sendo desenvolvida. Ela é equipada com propulsor de 900 cm³ e capaz de entregar 55 cv. Com transmissão de cinco marchas, a Street Twin conta com freios ABS e controle eletrônico de tração e a fabricante garante que há mais de 150 acessórios para que os consumidores possam customizar suas unidades. A carenagem pode ser nas cores vermelha, prata, preta fosca e preta brilhante.
Os modelos grandes da Volvo devem ganhar, no futuro, um novo trem de força. A marca sueca já desenvolve um motor 1.5 litro turbo de três cilindros que será inserido no line up do sedã S90, da perua V90 e do utilitário XC90. A intenção é de que ele seja capaz de entregar 150 cv e alguns testes já vêm sendo realizados na Europa para apressar esse lançamento. Além disso, este motor é cotado para ser acoplado a motores elétricos e formar novos conjuntos híbridos com potência combinada de mais ou menos 250 cv, só que com tração integral, e o propulsor elétrico direcionado ao eixo traseiro. Sobre os próximos lançamentos da Volvo, também já foi confirmado anteriormente que as futuras gerações do S40 e do V40 e também o novo crossover XC40 compartilharão a plataforma CMA com modelos da chinesa Geely, que controla a sueca.
vitrine
Olho na
Fotos: divulgação
quantidade
por António de Sousa Pereira do Absolute-Motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press
Audi mira nos SUVs compactos para lançar ainda em 2016 seu novo modelo de volume, o Q2
O
mundo está de olho nos utilitários esportivos compactos. Depois do sucesso estrondoso de modelos como o Jeep Renegade e o Honda HR-V, as marcas perceberam que, de fato, este segmento pode ser a melhor aposta hoje na busca por modelos de volume. E é exatamente isso que a Audi quer com o novo Q2, apresentado no Salão de Genebra e com vendas confirmadas ainda em 2016. Anunciado com um SUV urbano para ser utilizado tanto em atividades de lazer como no diaa-dia, o carro é assumidamente destinado a uma clientela mais jovem do que a habitual da fabricante premium. São 4,19 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 1,51 m de altura, com distância entre-eixos de 2,60 m – a título de comparação, é 10 cm menor no comprimento, 7 cm na altura e 1 cm no entre-eixos que o Honda HRV, e mais largo 2 cm. O pequeno utilitário da Audi foi desenvolvido sobre a plataforma modular MQB e exibe formas propositadamente geométricas e angulares, em que se destacam a imponente grelha frontal, as generosas
colunas traseiras pintadas de preto e o para-choque dianteiro com tomada de ar integrada. Com a carroceria realçada por uma paleta de cores com opções vibrantes. O interior é aparentemente espaçoso para a categoria. O porta-malas tem capacidade para transportar 405 litros, mas esse valor sobe para 1.050 litros com o banco traseiro rebatido. Serão disponibilizadas duas opções de acabamento mas, de acordo com a Audi, haverá diversas maneiras de personalizar o carro. Tecnologicamente, o SUV compacto segue a tendência atual da marca de inserir o eficiente Audi Virtual Cockpit em todos os seus carros – já presente no Brasil em modelos como o cupê esportivo TT e o SUV médiogrande Q7, com tela personalizável e complementada por um head up display. O sistema multimídia MMI com navegação estará também disponível para o modelo, que receberá ainda modernidades como controle de cruzeiro adaptativo. A gama de motores começa com três movidos a gasolina. Há o 1.0 TFSI
– utilizado no Brasil pelo Up – capaz de render 116 cv e os já conhecidos 1.4 TFSI de 150 cv e 2.0 TFSI de 190 cv. Além deles, a marca das quatro argolas também venderá, na Europa, três opções de propulsores a diesel: 1.6 TDI de 116 cv, 2.0 TDI de 150 cv e 2.0 TDI de 180 cv. A transmissão pode ser manual de seis marchas ou automatizada de dupla embreagem e sete velocidades S tronic. Já a tração é dianteira, exceto nas versões 2.0 TFSI de 190 cv e 2.0 TDi de 180 cv, que saem de fábrica com sistema de transmissão integral Quattro – que ainda é proposto como opcional para as variantes com potências superiores a 150 cv. O sistema de tração utilizado mexe também na suspensão do Audi Q2. Quando o modelo está equipado com 4X4, ela é independente nas quatro rodas. Já para as configurações 4X2, é utilizado eixo traseiro de torção. Por enquanto, ainda não há qualquer informação a respeito dos preços do modelo. Mas as vendas do Q2 já estão confirmadas para começarem no terceiro trimestre deste ano. (Colaboração de Márcio Maio/Auto Press).
Na agenda
Já está tudo planejado para mostrar no próximo Salão de São Paulo, em novembro, o novo crossover da Honda que ficará posicionado abaixo do HR-V. Com o nome mais provável de WR-V, o modelo compartilha a mesma plataforma do SUV compacto da marca japonesa, mas tem dimensões menores e disputará espaço com concorrentes como o Volkswagen CrossFox, Renault Stepway, Hyundai HB20X, Toyota Etios Cross e Fiat Idea Adventure. O motor será o mesmo 1.5 de 115 cv e 15,3 kgfm usado pelo Fit, com câmbio manual ou transmissão CVT.
Presente de aniversário A BMW decidiu comemorar seu primeiro século de vida, em março deste ano, com uma visão de futuro. O Vision Next 100 é o primeiro conceito da fabricante de um veículo autônomo e antecipa tecnologias e visual que inspirará o próximos modelos da marca alemã. E o modelo exibe, de fato, uma visão extremamente futurista. No conceito, há opção de modo autônomo ou manual de condução e chama atenção a ausência de painel de instrumentos no carro. Isso porque todas as
informações necessárias para o motorista e passageiros são projetadas no para-brisa. A estrutura é feita de fibra de carbono reforçada com polímeros plásticos – como já acontece com os modelos da linha i. Quando em modo de direção automático, o interior se transforma em uma espécie de sala e peças como volante e console central são recolhidos, para ampliar o espaço. Não há informações sobre o trem de força, mas mais provável é que seja um propulsor elétrico.
Declínio insistente
A produção de motocicletas de fevereiro foi de 71.057 unidades, o que significa queda de 6,5% em relação a janeiro e de 35,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas no atacado tiveram crescimento de 24,3% no mês passado, na comparação com janeiro, passando de 58.801 para 73.079 unidades. Mas na comparação com fevereiro de 2015, quando foram comercializadas 108.637 unidades, a retração é de 32,7%. As exportações, no entanto, foram bem: as 5.692 unidades representaram crescimento de 70,6% em relação a janeiro e 128,5% ao mesmo mês do ano passado.
fotos: divulgação
automundo
O lhar hi-tech
por António de Sousa Pereira do Absolute-Motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press
Salão de Genebra confirma tendência de crescimento dos SUVs compactos no mundo
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Aston Martin escolheu o Salão de Genebra, na Suíça, para finalmente revelar seu DB11, modelo que substitui o DB9 no portfólio da marca. E que também marca o inicio de uma nova etapa em sua existência, já dentro do plano chamado Segundo Século da fabricante, com sua nova assinatura visual. O cupê esportivo é encarado como o principal lançamento da Aston Martin desde 2003, quando o próprio DB9 foi criado. São 4,74 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,28 m de altura e distância entreeixos de 2,80 m. Trata-se de um cupê em configuração 2+2 que, apesar de anunciado como o DB mais potente, mais eficiente e aerodinâmico da Aston Martin, começa a se impor justamente pelo design. Em destaque, há o longo capô e ao conjunto ótico
afilado em leds, com novo desenho. A grade frontal também foi remodelada e está mais larga, enquanto o perfil chama atenção pela ausência da coluna central – traço já visto no DB9. A traseira é compacta e a tampa do porta-malas e as lanternas em led foram redesenhadas. Em conjunto com a sua parceira técnica Daimler, a casa de Gaydon desenvolveu para o DB11 um painel de instrumentos totalmente digital, de 12 polegadas. E também um sistema de entretenimento comandado através de um botão rotativo e de um touchpad, com tela de oito polegadas instalada na parte central do tablier. Ao mesmo tempo, o maior ângulo de abertura das portas facilita o acesso ao habitáculo – que, de acordo com a marca, oferece mais espaço do que o DB9, especialmente para as pernas e cabeça de quem viaja
atrás. Já o porta-malas carrega 270 litros de carga. Tecnicamente, um dos principais atributos do DB11 é ter como base uma nova plataforma em alumínio, bem mais leve e robusta. A carroceria recebe portas com estrutura em magnésio. Suspensões, direção – que agora é elétrica – e os sistemas eletrônicos foram aprimorados, com destaque para os amortecedores adaptativos, o sistema de vetorização de torque e um seletor de modos de condução com as opções GT, Sport e Sport Plus. Já o motor é um novo V12 de 5.2 litros com dois turbos, comando variável, desativação de cilindros e sistema start/stop, desenvolvido pela própria Aston Martin. Ele é capaz de render 608 cv a 6500 rpm e 71,4 kgfm entre 1.500 e 5 mil giros. O propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão
automática com assinatura da ZF de oito velocidades. O trem de força é suficiente para levar o DB11 aos 320 km/h e cumprir o zero a 100 km/h em apenas 3,9 segundos. Para Andy Palmer, CEO da marca, o novo DB11 é não só o lançamento mais importante da Aston Matin dos últimos tempos, mas também o de toda a história da fabricante – são 103 anos de existência. Isso porque a intenção é que o modelo coloque a montadora de novo entre as principais produtoras de automóveis de luxo do mundo. Algo que só será possível avaliar depois que o modelo chegar ao mercado. O que deve acontecer no último trimestre deste ano, com preço na Europa previsto em cerca de 205 mil euros – algo como R$ 900 mil. (Colaboração de Márcio Maio/Auto Press)
Dupla função
A Indian soltou as primeiras imagens da Springfield, seu próximo lançamento. Esteticamente, ela é muito semelhante à Chief Vintage, mas com para-brisa, banco e malas laterais removíveis e com sistema de engate rápido. O assento é de couro e o modelo é equipado com freios
ABS, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, controle eletrônico de velocidade e faróis auxiliares. O motor é um V2 de 1.811 cm³ com transmissão de seis marchas. A moto pesa 388 kg quando equipada com todos os acessórios removíveis.
Borrachudo A Dunlop fechou um acordo com a Fiat e, já a partir deste mês, passa a ser mais uma fornecedora de pneus para os compactos Palio, Siena e Uno. Com medida 175/65 R14 82T, o composto é produzido no Brasil, na unidade localizada na Grande Curitiba, no Paraná. O novo modelo foi desenvolvido no Centro Técnico de Kobe, no Japão, e, de acordo com a Dunlop, garante maior aderência tanto em superfícies secas quanto molhadas.
Cheio de gás
A Audi aproveitou sua conferência financeira anual, na sede de Ingolstadt, na Alemanha, para apresentar a versão S de seu maior utilitário esportivo. O SQ7 chega para completar a lista de SUVs da linha com preparação esportiva da fabricante, que já conta com o médio-grande SQ5 e o médio RSQ3. Segundo informações da marca das quatro argolas, o SUV “nervoso” consegue partir do zero e atingir 100 km/h em apenas 4,8 segundos e chegar à velocidade máxima de 250 km/h.
Para tanto, ele conta com um propulsor diesel 4.0 com oito cilindros em V completamente novo. O motor conta com um compressor elétrico que poderá substituir, no futuro, o turbo convencional. A potência chega a 435 cv e o torque bate os 91,8 kgfm, disponíveis já a partir dos mil giros. Além disso, o SQ7 traz tecnologias de condução semiautônoma que permitem que os condutores não precisem assumir a direção em situações de trânsito lento.
Edexpansão mercados Lançada no Brasil em 2014, a geração atual do Ford Ka passará a ser vendida, nos próximos dias, na Argentina. A marca norte-americana já iniciou a produção do modelo na terra dos “hermanos”, mas apenas em carroceria hatch e com motor 1.5 a gasolina, com 105 cv. Por aqui, o modelo é fabricado também com propulsor 1.0 de três cilindros e na configuração de sedã.
Solução na
transmundo
Fotos: divulvação
palma da mão por Luiz Humberto Monteiro Pereira Auto Press
Para crescer em tempos de crise, Ford Caminhões lança versões automatizadas Torqshift para a linha Cargo
O
s tempos não andam nada fáceis para a indústria brasileira de caminhões. Em 2015, as vendas do setor caíram pela metade em relação a 2014. A Ford foi uma das poucas marcas de caminhões que mais cresceu no ano passado – embalada pelo bom posicionamento da linha Cargo no segmento de caminhões leves, o menos afetado pela crise. A Ford teve em 2015 um ganho de 3,7 pontos percentuais de “market share” – de 14,3% para 18%. Consolidou também a liderança no segmento de caminhões semileves – com o modelo F-350 e 42% de participação – e no segmento de leves, com os modelos Cargo 816, Cargo 1119 e F-4000, com 31% das vendas. Seguindo a tendência global de uso de transmissões automatizadas no transporte de carga, a Ford resolveu passar a oferecer uma opção de câmbio automatizado para seis veículos médios e semipesados da linha Cargo 2017 – antes, esse tipo de transmissão só era oferecido para os pesados e semipesados. Batizada de Torqshift, a nova transmissão automatizada da linha Cargo tem opções de 10 ou 16 marchas. Além de dispensar o pedal da embreagem e dar mais conforto aos motoristas, os caminhões automatizados da Ford incorporam outros recursos, como a opção de trocas manuais e os modos Economia e Performance. A nova linha é formada pelos modelos Cargo 1723 Torqshift, Cargo 1723 Kolector Torqshift, Cargo 1729R Torqshift, Cargo 2429 Torqshift, Cargo 1729T Torqshift e Cargo 1933T Torqshift, destinados a segmentos distintos. O Cargo 1723 Torqshift é um médio com peso bruto total de 16.000 kg e capacidade máxima de tração de 32.000 kg, com motor de 230 cv e transmissão de 10 marchas. Na sua versão Kolector, vem com transmissão reforçada de 10 marchas e peso bruto total de 23.000 kg com terceiro eixo instalado. Já o médio Cargo 1729R Torqshift, com peso bruto total de 16.000 kg, tem motor de 290 cv e transmissão de 10 marchas, com as opções de cabine simples e leito. O semipesado Cargo 2429 Torqshift tem transmissão de 10 marchas, tração 6x2, peso bruto total de 23 toneladas e capacidade máxima de tração de 38.000 kg. Ele chega com dois anos de garantia e custa R$ 220 mil na versão cabine simples
e de R$ 228 mil na versão leito. Os dois últimos modelos da linha Cargo Torqshift são os cavalos-mecânicos 1729T e 1933T. O Cargo 1729T Torqshift traz cabine leito, transmissão de 10 velocidades e capacidade máxima de tração de 38.000 kg. Já o 1933T vem com suspensão a ar e transmissão automatizada de 16 marchas. Sua capacidade máxima de tração é de 45.150 kg. Desenvolvida pela Eaton em parceria com a Ford e a Cummins, a nova transmissão automatizada conta com recursos que, segundo a Ford, otimizam o desempenho, o rendimento e a segurança do caminhão. Entre eles está o piloto automático inteligente, que mantém a velocidade constante em subidas e descidas, e a assistência de partida em rampa, que segura o caminhão por até três segundos em rampas com inclinação superior a 3%. Tem também a função “Low” para descidas, indicador de marcha no painel e dois modos de direção: Performance e Economia. Ambos contam com escalonamento de marchas que garante alto torque em subidas e inclinações. Ainda de acordo com a marca, comparada às transmissões automáticas, a Torqshift tem como vantagens o menor custo de aquisição e reparo, a maior economia de combustível e a facilidade de manutenção. “Por fazer as trocas de marcha sempre no regime ideal de rotação, o Cargo Torqshift nivela o desempenho dos motoristas. Assim, aumenta a economia de combustível e a vida útil da embreagem, reduzindo os custos de manutenção. Ao mesmo tempo, diminui a fadiga do motorista no trânsito urbano e em viagens longas”, diz Antonio Baltar, gerente geral de Marketing e Vendas da Ford Caminhões. A Ford afirma que o lançamento dos modelos como Linha 2017 permite ao cliente aumentar o tempo de permanência do veículo na frota – já que a maioria dos contratos no setor exige veículos com até três anos de uso –, sem contar a sua valorização na hora da revenda. Com o lançamento dos caminhões Torqshift, a linha Ford 2017 cresce de 26 para 34 modelos. Em abril, a marca apresentará quatro novas versões com transmissão manual: Cargo 1419, Cargo 1519, Cargo 3129 e Cargo 3129 Mixer.
Primeiras Impressões
Baixo estresse Caxias do Sul/RS - No campo de provas da fabricante de implementos rodoviários Randon em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, foi possível avaliar o caminhão Cargo 1723 Torqshift, com câmbio de dez marchas, e o cavalo-mecânico Cargo 1933T Torqshift, com câmbio de 16 marchas – ambos carregados com cargas superiores a dez toneladas. Durante a avaliação, que incluiu aclíves, declives e trechos sinuosos, o câmbio desenvolvido pela Eaton apresentou um desempenho surpreendente. Na prática, a nova transmissão automatizada coloca os modelos da linha Cargo em um novo patamar de conforto. No campo de provas da Randon, em qualquer faixa de giro, a passagem das marchas no modo automático dos caminhões Cargo aconteceu sempre de modo progressivo e eficiente. E ainda há a possibilidade de acioná-las manualmente, através de um botão na manopla do câmbio. Pela leveza com que os caminhões da Ford se deslocaram no campo de provas, mesmo em trechos sinuosos ou aclives, tornou-se impossível perceber que arrastavam cargas de mais de dez toneladas. Além do câmbio automatizado, o sistema
que impede que o caminhão “caia” quando sai da imobilidade em aclives também funcionou com precisão, assim como o sistema que mantém a velocidade pré-determinada pelo motorista, sem que ele tenha sequer de pisar no acelerador. A função “Low” para facilitar os declives, o indicador de marcha no painel e os dois modos de direção – Performance e Economia – também reveleram efetividade e extrema simplicidade de uso. Ar-condicionado, rádio com entrada USB, travamento elétrico das portas e vidros que sobem e descem ao toque de
botões – os caminhões da linha Cargo Torqshift oferecem níveis de conforto elevados para veículos de transporte de cargas. No final do teste, ambos os modelos deixaram uma impressão bastante positiva. Com sua posição elevada, seus amplos espelhos e recursos só disponíveis em carros de passeio sofisticados, os novos Cargo Torqshift se mostram até mais agradáveis de dirigir que muitos hatches “pé de boi” que se encontram por aí. Em tempos de empregos escassos, pilotar um caminhão como esses pelas estradas afora pode ser uma opção a considerar.
Proteção exemplar A National Highway Traffic Safety Administration, agência ligada ao Departamento de Transportes do governo norte-americano, deu cinco estrelas para toda a linha do Volkswagen Golf em seu programa de avaliação de segurança veicular. O resultado engloba versões convencionais e esportivas do modelo tanto na carroceria hatch – desde que tenham quatro portas – quanto na
configuração de station wagon, a Golf Variant. Em testes semelhantes aos realizados pelo EuroNCAP, na Europa, o modelo foi avaliado em situações de impacto frontal, lateral e de capotamento. Com esse resultado, o médio se junta a outros três modelos da marca alemã que conquistaram a mesma colocação máxima na avaliação da NHTSA: Jetta, Passat e Beetle.
Fotos: divulgação
motomundo
Fundamentos da fúria
N ova D ucati H ypermotard 939 mantém esportividade e ganha tecnologia
por Eduardo Rocha Auto Press
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olta e meia, as normas de emissões colocam as fabricantes em um dilema para atender a cada etapa dos programas antipoluição: reduzir a potência ou modificar o motor. A Ducati, porém, não tem dúvidas: aumenta a cilindrada para manter o poderio de seus modelos. Hypermotard 939 é um caso típico. Ela foi apresentada no último EICMA, o famoso Salão de Milão, ocorrido em novembro do ano passado, e chegou para substituir a Hypermotard 821 – processo que no Brasil só deve acontecer no final deste ano. As duas versões, 939 e 939 SP, trazem o motor Testastreta, de dois cilindros a 11º, agora com 113 cv. São 3% a mais que os 110 cv da 821, apesar de ter cilindrada 15% maior. A diferença fica por conta dos controles do Euro 4. Além da potência, muitas qualidades da Hypermotard foram preservadas. Caso da ciclística que quase desmente a cilidrada. A motocicleta manteve o estilo de enduro, com o tanque e o banco biposto formando uma linha contínua. Outro detalhe interessante são setas integradas aos protetores de punho, típicas de modelos off-road. O corpo é bem esguio e nas laterais se destaca o chassis em treliça. A leveza do modelo também facilita o uso. A Hypermotard pesa 181 quilos a seco e 204 em ordem de marcha, enquanto a versão SP fica em 178/201 quilos. A ideia é que seja uma moto versátil, ágil para se usar no cotidi-
ano da cidade, confortável para enfrentar a estrada e poderosa para encarar um dia na pista. Uma diferença importante entre as duas está na suspensão – o que acaba determinando a capacidade esportiva de cada versão. O curso de suspensão na 939 é de 170 mm na frente e 150 mm na traseira enquando na SP é maior: fica em 185/175 mm. A primeira se dá melhor no asfalto e a SP tem mais habilidade para terrenos irregulares. Nas duas, o garfo telescópico na frente é invertido, tipo up-side-down, fornecido pela Ohlins. Na traseira, porém, a 939 tem amortecedor da Ohlins enquanto a SP traz um da Sachs. Os freios são sempre da Brembo, com discos duplos na frente e simples atrás, gerenciados por um ABS da Bosch. No mais, o trem de força e o pacote tecnológico são idênticos. As duas têm três mapeamentos do motor – High, Medium e Low – e também três modos de condução – Sport, Touring e Urban. Os mapeamentos definem a resposta aos comandos do acelerador eletrônico. Em High e Medium, ela entrega os 113 cv de potência a 9 mil giros, com 10 kgfm a 7.500 rpm, mas com reações mais agressivas no modo High. Em Low, são liberados apenas 75 cv e ela fica bem menos reativa. Já os modelos de condução definem o grau de intervenção dos controles de estabilidade e tração. Eles atuam de forma mais “liberal” no modo Sport e mais conservadora no Touring e no Urban.
Primeiras impressões
Mudar para manter por Gianluca Cuttitta Infomotori.com/Itália Exclusivo no Brasil para Auto Press
Castelloli/Espanha – Não é todos os dias que se pode experimentar um motor Ducati Testastretta 11° totalmente novo. Ele tem exatos 937 cc e traz componentes feitos de carbono e titânio de alta qualidade. Uma vez posto em marcha, o motor da Hypermotard é um deleite para os ouvidos. A bela instrumentação é compacta e inclui um display de LCD com a exibição de todos os dados, como o modo de condução selecionado e os níveis correspondentes de ABS e conjunto de DTC. O modo selecionado foi o mais agressivo, que permite sair muito mais rápido das curvas. O motor é encorpado e forte, principalmente em baixas velocidades, o que deixa a moto divertida e incisiva. O motor tem mais
torque entre 3 mil e 6 mil rpm e a boa cavalaria da moto consegue chegar facilmente ao chão. A Hypermotard 939 parece soldada na estrada, graças à ótima suspensão e aos pneus Pirelli Diablo SP Supercorsa.
Com a versão SP na pista, pode-se literalmente fazer o que quiser e com muita diversão. Ela é muito reativa, com ótimas saídas da curva e mudanças de direção muito controláveis, assim como os freios, fortes e capazes
de manter a moto estável. Em resumo, a Hypermotard mudou pouco, do ponto de vista de capacidade do motor, em relação ao modelo anterior. Mas o comportamento está mais equilibrado e estável.
Lado negro
O Brasil recebeu 45 unidades da série Black do Land Rover Discovery Sport HSE. A versão, vendida por aqui a R$ 276.900, tem acabamento escurecido nas rodas de 20 polegadas, grade, saídas de ar laterais e moldura dos faróis de milha. O motor é o mesmo 2.2 turbodiesel de 190 cv e 42,8 kgfm, com câmbio au-
tomático de nove marchas, do HSE convencional. A nova central multimídia que controla aplicativos do smartphone pela tela touch de oito polegadas já sai de série no modelo. A carroceria fica disponível em quatro cores: cinza, branco, preto e vermelho, sempre com teto preto.
Sem o pé esquerdo
Enquanto não recebe uma nova geração no Brasil – o que deve ocorrer só no ano que vem – a Mitsubishi L200 Triton agrega novidades sutis em sua linha 2017. A principal mudança na picape está na versão Savana, que até então só ficava disponível
com câmbio manual, agora pode ser comprada com transmissão automática de cinco marchas. A diferença no preço fica em R$ 8 mil – com pedal de embreagem, custa R$ 138.990, e sem, R$ 146.990. O motor é um 3.2 litros turbodiesel de 180 cv e 38 kgfm.
Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 97, 11 de março de 2016 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.213 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br
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