S. Pedro de Pardilhó

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S. PEDRO DEPARDILHÓ

ESTARREJA 2023
Procissão de São Pedro de Pardilhó, possivelmente na década de 1960. Espólio de Germano da Silva Matos.

S. PEDRO DEPARDILHÓ

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2018, Igreja Matriz de Pardilhó

Viva o São Pedro, nosso padroeiro! Padroeiro dos pardilhoenses e dos marinhões! São Pedro do arroz doce, dos rojões e do galo estufado. Foste Sumo Pontífice, o primeiro, e também pescador no Mar da Galileia, tal com muitos desses homens de Pardilhó, que navegam a Riaparacolhersustento…eésnosso,onossoS.PedrodePardilhó!

Altivo na embarcação, de chave em punho, encaminhas o povo até à Ribeira da Aldeia. É dia de festa, pois celebremos o nosso Santo. Veneremo-lo com preces e louvores para que chegada a hora nos seja garantidaaentradanoReinodosCéus.

O verão já aí está e regressam os emigrantes para lhe dar graças pela ajuda que lhes tem dado. Estão de volta à família e à mesa do S. Pedro, pois só Pardilhó dá sabor às iguarias desse dia. Pedem força e saúde e umasegurapassagemderegressoaosnovospaísesqueosacolheram edeondeumdiaesperamregressar.

Há quem mate o cevado, para os rojões e o debulho! Para a fressura e as tripas, a chouriça e outro fumeiro! E em tempos idos atestava-se a salgadeira de carne-branca, e cozia-se a broa que tão bem acompanhaessacarne.

É São Pedro, pois festejemos! Há tradição e felicidade. Há ranchos folclóricos e marchas coloridas, a nossa Banda já antiga, carregada de juventude. E o cheiro da sardinha assada, que inunda os Santos Populares.

Sejamostradição,sejamospovo,PovodePardilhó.Vivamosestesdias comosónóssabemosfazer.

Viva o São Pedro, nosso Padroeiro. Viva a Nossa ALDEIA DE PORTUGAL! Viva Pardilhó!

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Procissão de São Pedro de Pardilhó, na Ribeira da Aldeia, em 1973. Espólio da Associação Saavedra Guedes.

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SEMANA DA COMUNIDADE E FESTA DE SÃO PEDRO DE PARDILHÓ

A semana da Comunidade e Festa do São Pedro de 2023 ficará na memória dos Pardilhoenses cinquenta anos depois da primeira ida da procissão à Ribeira da Aldeia (1973-2023).

Cerca de vinte anos de interregno, foi possível levar de novo a procissão do São Pedro aos cais da Aldeia, graças ao espírito de união e envolvimento das forças vivas da nossa terra, nomeadamente, Junta de Freguesia e Assembleia Municipal, Paróquia de Pardilhó, Associações e Comunidade.

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António José Tavares Presidente da Junta de Freguesia de Pardilhó

HISTÓRIA DA IGREJA EM PARDILHÓ

NoiníciodoséculoXVIosportugueseseosespanhóistrouxeramdaAmérica o milho grosso, até então desconhecido na Europa. O novo cereal adaptou-seperfeitamenteàregiãomarinhoa,ondeseinserePardilhó,substituindoo trigoeaumentandobastanteaprodução,queporsuavezlevouaoaumento populacional.

No fim do século XVI a população marinhoa era já suficiente para que se criassem novas igrejas, o que então aconteceu. Assim se autonomizaram de Avanca,massobtuteladoseuReitor,oscuratosdePardilhóeBunheiro.Esta ordem manteve-se até 1833, ano da extinção dos padroados eclesiásticos em Portugal. A partir desta altura os curas de Pardilhó tornaram-se totalmenteindependentesdoReitordeAvanca,epassaramausartambémotítulodeReitor.

AprimeiraigrejadeS PedrodePardilhóedificou-senoséculoXVII,possivelmenteampliandoacapelaanteriorcomamesmainvocação.

Ao longo do século XVIII seriam construídas as duas principais capelas do povoado.AprimeirafoiadeNossaSenhoradosRemédios(1717),invocação local da Imaculada Conceição, e actualmente o edifício mais antigo que se conhece em Pardilhó. A segunda a de Santo António (1770-1926), que se situavanocentrodafreguesia,efoisucedidapornovacomomesmotitular naQuintadoRezende(1937).

Naactualigreja,quevinhasendoconstruídadesde1812,celebrou-sepelaprimeira vez com dois baptismos no dia de S. Pedro de 1835. Nesse mesmo ano oCurapassouaassinarosRegistosParoquiaiscomoPároco.

Enquanto antes se sepultava na igreja antiga, sepultou-se pela primeira vez no cemitério (o velho) em 1835. Talvez por a actual igreja ter aberto ao culto na mesma altura, e por isso não chegou a acolher enterramentos, manteve-seopisooriginaldivididoemtaburnos,querarasigrejashojepossuem.

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Rosto de São Pedro, parte da estátua que se presume ter estado sobre a porta principal da antiga igreja de Pardilhó (anterior a 1835).

Em 1863 veio paroquiar a freguesia o Pe. Caetano de Pina Abreu Sá Freire, de Avanca, tio e padrinho de Egas Moniz, a quemeducounasuacasaemPardilhó.Estesacerdotehavia antes sido Abade noutra paróquia, e preferia que o tratassem por Abade e não Reitor. Os párocos que o sucederam mantiveramousodotratamentodeAbade,aoinvésdoque seriamaiscorrectodeReitor.

Um pardilhoense ascendeu ao episcopado no ano de 1931, pela primeira e única vez: D. Manuel Maria Ferreira da Silva (1888-1974), com os títulos de Bispo e Gurza (1931-1949) e Arcebispo de Cizico (1949-1974). Desempenhou funções de Cónego e Abade da Sé do Porto (1927-1931), Bispo Auxiliar de Goa (1931-1939, Índia), Superior Geral da Sociedade Portuguesa das Missões Católicas Ultramarinas (1940-1949, Cucujães), e Presidente Nacional das Obras Missionárias Pontifícias(1949-1973,Lisboa).

Pardilhó que desde o início da nacionalidade pertencera à Diocese do Porto, integrou a nova Diocese de Aveiro com a sua restauração em 1938. Na segunda metade do século XX desenvolveu-se na paróquia a Acção Social, principalmente ligadaaoCentroParoquialdeAssistência,criadoem1962. Entre1967e1969decorreramobrasderemodelaçãodaigreja e a construção de um Centro Infantil em terreno anexo. DesseespaçooCentroParoquialmudou-separanovasinstalaçõesem1999(inauguradasem2001),sitasnaQuintado Rezende, que permitiram ampliar o conjunto de valências sociaiseonúmerodepessoasporestasabrangidas.

PEREIRA, Marco - "História da Igreja em Pardilhó", Correio do Vouga, n º 4022, 25 4 2012, p. 4

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180.º ANIVERSÁRIO DA IGREJA DE PARDILHÓ

A actual igreja de Pardilhó veio substituir outra mais antiga que ficava um pouco a poente, na curva onde se vira para a Quinta do Rezende, onde ainda se encontra uma pedra de granito com a data de 1740 inscrita, juntamente com as chaves de S. Pedro. Essa primeira igreja ter-se-á edificado no século XVII, possivelmente sendo a ampliação deumamaisantigacapeladeS.Pedro.

Em 1798 iniciaram-se esforços para obter os fundos necessários à construçãodaactualigreja,queseconcretizounumterrenodepinhal ligeiramente elevado, próximo da anterior. A aquisição desse terreno pela Confraria do Santíssimo Sacramento, a entrega da obra ao empreiteiroeoiníciodaconstruçãoocorreramnoanode1812.Ostrabalhos prolongaram-se no tempo, devido a vicissitudes várias, passando pelas mãos de dois empreiteiros diferentes: António da Silva, dePardilhó,eManuelLourençoAfonso,deAvanca.

Terá sido no dia de S. Pedro de 1835, faz agora exactamente 180 anos, que foi inaugurada a actual igreja de Pardilhó, a fazer fé no testemunhoinscritopelopárocodeentãonoLivrodoRegistoParoquial:«Baptizados na Igreja Nova desta Freguezia de S. Pedro de Pardilhó em q seCelebroupelap.ravezemdiadeS.Pedrode1835sãoosseguintes» (Arquivo Distrital de Aveiro, Registos Paroquiais de Pardilhó, Lv. 13, fl. 55v).Segue-senolivrooassentodedoisbaptismos,realizadosnesse mesmo dia, os primeiros na actual igreja. Embora continuassem obras na igreja durante anos, pode-se dizer que a sua inauguração ocorreunodiadeS.Pedrode1835.

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Diasdepois,em2deJulhode1835,celebrou-seoprimeirocasamento nanovaigreja.Jáosfunerais,queanteseramfeitosnaigrejavelhaou na capela de Santo António, foram pela primeira vez realizados no cemitério em 28 de Julho de 1835, dando execução à nova lei que instituiuessamudança.Assim,anovaigrejanãochegouaacolherenterramentos, embora tenha sido construída preparada para isso, sendo hoje das poucas que mantém intocados os seus taburnos, isto é, o piso dividido em sepulturas. O primeiro cemitério de Pardilhó, que durou cerca de um século, ocupava o espaço entre a antiga e a actual igreja,noquehojechamamosojardimdebaixo.

Na imagem que aqui se reproduz vê-se o centro da freguesia de Pardilhótalcomoeranoanode1892,estandoàesquerdaaantigacapela de Santo António (demolida em 1926), a igreja actual inaugurada comosedisseem1835,entreambosostemplosoceleirododízimodo Mosteiro de Arouca (que deixou de lhe pertencer em 1848 e foi demolido em 1906) e a poente o cemitério velho, que durou entre 1835 e 1938, quando foram removidas as últimas ossadas. À direita lê-se uma referência a “Casa d’Escola”, que é a escola do Pe. José Lopes Ramos, onde fez a instrução primária Egas Moniz. A imagem provém da planta do “Lanço de Estrada de Areia do Gonde ao Bunheiro” (1892), um projecto para reforma e alargamento da estrada, até aí um caminho apertado cheio de curvas, que se encontra no Arquivo MunicipaldeEstarreja.

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PosteriormenteaigrejadePardilhóteveobrasemváriasocasiões,de reparo ou melhorias, sendo de referir as ocorridas entre 1967 e 1969, dando-lheoaspectoquehojetem,pordentroeporfora.

De tudo isto se trata com mais pormenor no meu livro “História do Centro Paroquial e da Paróquia de Pardilhó”, editado em 2012 pelo Centro Paroquial de Pardilhó, que ainda o tem à venda, revertendo todooprodutodavendaparaaobrasocialdoCentroParoquial.

PEREIRA, Marco – "180 aniversário da igreja de Pardilhó", O Concelho de Estarreja, n º 4275, 23.6 2015, p. 3

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Primeiros baptismos na actual igreja de São Pedro de Pardilhó, em 1835 Arquivo Distrital de Aveiro, Paróquia de São Pedro de Pardilhó, Lv. 13, Fl. 55v

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Largo da igreja de Pardilhó em 1892. Arquivo Municipal de Estarreja.

CENTRO DA FREGUESIA DE PARDILHÓ EM 1892

Identificam-se à esquerda a Capela de Santo António (e seu adro), demolidaem1926,aIgrejaactual,inauguradaem1835,eentreambos os templos o celeiro do dízimo, que pertenceu ao Mosteiro de Arouca até 1848 e foi demolido em 1906. Em baixo encontra-se o cemitério velho, utilizado de 1835 a 1938. À direita lê-se uma referência a “Casa d’Escola”, que é a escola do Pe. José Lopes Ramos, onde fez a instruçãoprimáriaEgasMoniz.

Esta imagem corresponde a parte de uma planta parcelar de 1892, identificadacomo“LançodeEstradadeAreiadoGondeaoBunheiro”, umprojectoparareformaealargamentodaestrada,queatéaíeraum caminho apertado cheio de curvas. Pertence ao Arquivo Municipal de Estarreja,ProcessosdeObrasPúblicas.Namesmaplantapodemver-se os Moinhos do Carvalhal (dois moinhos, com três mós cada), em frente dos quais passava a estrada velha, e dois fornos de telha em Fontela.

PEREIRA, Marco – História do Centro Paroquial e da Paróquia de Pardilhó. Centro Paroquial de Assistência de Pardilhó, 2012, p. 25

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Procissão de São Pedro a chegar à igreja, em 1973. Espólio da Associação Saavedra Guedes.

PROCISSÃO DE SÃO PEDRO DE PARDILHÓ

«Numa notícia de 1909 escrevia-se que a procissão do S. Pedro desse ano foi pela primeira vez à Senhora dos Remédios [1]. Era provavelmente o reactivar de uma tradição mais antiga, uma vez que Egas Moniz(n.1874)testemunhouquenasuainfânciahaviaprocissãodoS. Pedro até à Senhora dos Remédios [2]. Em 1973 o percurso mudou, indoatéàRibeiradaAldeia,assimsemantendoduranteváriosanos.»

[1]OConcelhodeEstarreja,n.º405,3.7.1909,p.1.

[2]EGASMONIZ,ANossaCasa,Lisboa,1950,p 209 PEREIRA, Marco – História do Centro Paroquial e da Paróquia de Pardilhó. Centro Paroquial de Assistência de Pardilhó, 2012, p. 24

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Presumível entrada da antiga igreja e a atual ao fundo, fotografadas em 2001. Espólio de Marco Pereira.

O SÃO PEDRO DE PARDILHÓ DA INFÂNCIA DE EGAS MONIZ, NO FINAL DO SÉCULO XIX

Tinham-mefeitoemPardilhójuizdafestadeS.Pedro,oquemeenvaideceu; mas os trabalhos foram para meu pai que sabia tratar dessas coisas no campo profano e religioso. Lembro-me que o meu tio Abade recebeu a família e alguns amigos na sua casa, recentemente melhorada, no dia 28 de Junho. Houve fogo preso, desafio entre duas músicas de nomeada e também estrondoso fogo do ar. Fez-se um palanqueparaosconvidados,eeusentia-mefelizcommeuirmãoMiguel,na noitadadoarraialquedurouatétardesemqueosononosvisitasse. No dia seguinte, sumptuosa festa de Igreja com música, cantoria e sermão a que se seguiu a procissão até à Senhora dos Remédios Sei queiaimponente,deopavermelhaebastãodeprataquemecompetia como juiz do orago da terra. Meu irmão seguia-me de perto, tambémcomopaigual,massemoemblemadomandoqueafinalnãopassava de uma adorável ficção. Lembro-me hoje de muitas particularidades que não merecem relato, da véspera e do dia do padroeiro. Era a melhor noite de Verão! Muitos anos depois, na véspera de S. Pedro, tive a boa sorte de alcançar a primeira angiografia cerebral no homem. Decididamente o dia 28 de Junho deu-me satisfações pela vidafora!

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EGAS MONIZ – A Nossa Casa. Lisboa, 1950, p. 209

FESTA DE S. PEDRO

Realiza-sehojeeamanhã,comgrandepompaafestadonossopadroeiro. Hoje à noite haverá illuminação, fogo de artificio, etc., e tocarão no largo da Egreja as philarmonicas de Pardilhó e de infantaria 24 de Aveiroquevemprecedidadegrandefama.

Amanhãfestasolemneaomeiodia,edetardearraialcomascostumadas corridas de cavallos e caracteristicas espadeiradas aos carneiros, tocandoasmesmasmusicasatéánoite.

Áfestapois!

OConcelhodeEstarreja,n.º38,28.6.1902,p.3

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Largo da igreja de Pardilhó, num bilhete-postal ilustrado de 1913

A FESTA DO NOSSO PADROEIRO

Correram sem incidente algum desagradavel os festejos em honra de S. Pedro, n’esta freguezia, nos dias 28 e 29 do preterito. O largo da egreja esteve apinhado de povo na noute de 28 e tarde de 29, sendo impossivelotransito,vendo-sealimuitaspessoasdonossoconcelho e de fóra d’elle que vieram assistir às pomposas festas que se realizavam. N’uma tribuna, expressamente preparada para este fim, assistiu aos festejos, tanto na noute de 28 como na tarde de 29 o nosso deputado Dr. Egas Moniz, sua ex.ma esposa, Dr. José Maria d’Abreu Freire ex.ma esposa e família, e outros cavalheiros, amigos e convidados do nossoillustreamigo.

Nãoexageremos,sedissermosqueafestividadefoiumadasmaiores, senãoamaiorque,emhonradeS.Pedro,aquisetemfeito.

A illuminação era d’um effeito surpreendente. Muitas arcarias, d’um desenho lindissimo, dispostas com muito boa ordem e profusamente illuminadas,formandodoistuneis,faziamrealçarolocaldosfestejos, que estava deveras encantador. As musicas, tocaram, durante a noute de 28, alternadamente, e durante a tarde de 29. Ambas se desempenharamàalturadosseuscréditos.Abandado24muitoagradou, mas a Pardilhoense, apesar de ter por competidora uma musica de fama e de se achar com pouca gente, não parecia uma música d’aldeia, a que faltam todos os meios para se aperfeiçoar e desenvolver, tal foi o seu desempenho que mereceu de todos, e mesmo dos seuscompetidores,osmaisrasgadoselogios.Houvecorridasdecavalos e degola de carneiros, mais uma vez ainda, mas cremos que por excepção,oquemuitodesejamos.

Assim terminou esta festa de gratas recordações para todos e digna em tudo do bom nome do seu heroe, pelo que são dignos de louvores oscavalheirosquealevaramacabo.

OConcelhodeEstarreja,n.º39,5.7.1902,p.3

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AS FESTAS A S. PEDRO

[…] Depois da missa sahiu a procissão que pela primeira vez neste dia, foi à capella da Senhora dos Remédios, regressando depois ao templo. […] Entre os passatempos doarraialde29,nãofaltaramascorridasdecavallos[…]

OConcelhodeEstarreja,n.º405,3 71909,p 1.

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Procissão do São Pedro de Pardilhó, talvez década de 1950 ou 1960. Espólio de Emídio Matos. Folheto sobre o São Pedro de Pardilhó de 1954 Espólio de Marco Pereira. Cartaz das festas de São Pedro de Pardilhó de 1946 Espólio de Germano da Silva Matos.

Procissão do São Pedro de Pardilhó, talvez cerca de 1960. Espólio de António Santos.

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São Pedro de Pardilhó, talvez década de 1950 ou 1960 Espólio de Emídio Matos. Procissão do São Pedro de Pardilhó, talvez década de 1950 ou 1960. Espólio de Emídio Matos. São Pedro de Pardilhó, 29 de Junho de 1957. Espólio de Germano da Silva Matos Coreto temporário no São Pedro de Pardilhó, possivelmente na década de 1970. Espólio de Bernardino Pombo.

FESTAS A S. PEDRO DE PARDILHÓ

A Comissão de Festas de S. Pedro, da freguesia de Pardilhó, tem o prazer de poder anunciar aos prezados leitores o Programa das Festas que vai realizar em honra do seu Padroeiro, nos dias 24 a 30 de Junho e 1 de Julho. Mercê da colaboração de todos os Mordomos de 1973, foi possivel elaborar este Programa deveras grandioso que em baixo se apresenta resumido.

A mesma Comissão esclarece que o trânsito no Largo de Pardilhó vai ficar quase totalmente vedado, havendo os desvios oportunos nos locais mais indicados. Assim os senhores automobilistas devem prestar a maior atenção aos sinais de trânsito colocadosàentradadePardilhóeàentradadolargo daFestas,afimdequetudocorrasemaborrecimentosparaninguém.

Pede,ainda,estaComissãoaosPardilhoenses moradoresnaestradaparaaRibeiradaAldeia o favor de manterem as suas testadas limpas e engalanadas, e o troço correspondente da estradajuncadanahoradaProcissão.

PROGRAMA

Dias 24, 25, 26 e 27: Divertimentos diversos no Largo das Festas. Gigantones, Cabeçudos e Zés-Pereiras. Nodia24TiroaoAlvonaRibeiradaAldeia.

Dia 28: 18h – Arraial com o Conjunto Típico Henrique Silva, de Escapães, Feira Às 22h30 – Grandes MarchasLuminosas.

Dia29:DiadoPadroeiro.Às11h–MissaSolene;às16h. – Grandiosa Procissão desde a Igreja Matriz até à Ribeira da Aldeia, junto à Ria; às 18h – Arraial com as BandasClubPardilhoenseeGolães,deFafe;às22h.–Arraial com as Bandas Goliães e Marcial de Gueifães, daMaia.

Dia 30: às 16h. – Arraial com os Ranchos Folclóricos Lavradeiras de S. Martinho da Gândara, de Ponte de Lima e Camponesas do Vouga, de Aveiro; às 22 h. –Grande noite de Variedades – Actuação especial de Fernando Farinha e seus Guitarristas privativos, e ainda os artistas da Rádio e Televisão Silita Lopes, Zezinha Gonçalves, Manuel Sanches, Manuel Morais, NatáliaMariaeJosédeSousa.

Dia1:às16h.–ArraialcomosRanchosFolclóricosTáMar, da Nazaré, e Cantarinhas, de Buarcos, Figueira daFoz.

Visitai Pardilhó, nas Festas ao seu Padroeiro S. Pedro! BoasestadasparaaMurtosa,Torreira;Ovarviaponte daVerela;BonsacessosparaPortoeAveiro

OConcelhodeEstarreja,n º3597,961973,p 1

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Lista de mordomos do São Pedro de 1973 Espólio

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São Pedro de 1973. Espólio da Associação Saavedra Guedes. São Pedro de 1973 - mordomos. Espólio da Associação Saavedra Guedes. de António Santos. São Pedro de 1973 - a procissão chega à igreja. Espólio da Associação Saavedra Guedes. São Pedro de 1973 - na Ribeira da Aldeia. Espólio da Associação Saavedra Guedes.
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Procissão de São Pedro, em 1973. Espólio de Jorge Pinho Procissão de São Pedro, na década de 1980. Espólio de Ventura Lavoura. Procissão de São Pedro, entre 1991 e 1993 (pároco Pe. Hugo Fent) Espólio de José David da Silva Godinho Procissão de São Pedro, entre 1991 e 1993 (pároco Pe. Hugo Fent). Espólio de José David da Silva Godinho. Procissão de São Pedro, entre 1991 e 1993 (pároco Pe. Hugo Fent). Espólio de José David da Silva Godinho

EdiçãoMunicípiodeEstarreja

TextosDiamantinoSabina,AntónioJoséTavares

InvestigaçãoHistóricaMarcoPereira

FotografiadeCapa 1967-1969, Pormenor do Vitral de São Pedro na fachada da Igreja Matriz dePardilhó,daescultoraClaraMeneresSemideexecutadoporJoãoAntunesdoPorto

ConceçãoEditorialCMEDivisãodaCultura,EventoseTurismo

ConceçãoGráficaCMEGabinetedeComunicação,RelaçõesPúblicaseProtocolo

ImpressãoGrecaArtesGráficas,Lda

Tiragem250exemplares

DistribuiçãoGratuita

S.PedrodePardilhó/AldeiadePortugal 2023

Oautorescrevesegundooantigoacordoortográfico

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