Relações públicas, internet e suas tecnologias: ma análise das matrizes curriculares do ensino super

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO – FECAP CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS

ANDREZA DE CARVALHO NUNES

RELAÇÕES-PÚBLICAS, INTERNET E SUAS TECNOLOGIAS: UMA ANÁLISE DAS MATRIZES CURRICULARES DO ENSINO SUPERIOR NO ESTADO DE SÃO PAULO

Pesquisa de Iniciação Científica apresentada à Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado FECAP, para o programa de Iniciação Científica. Orientador: Prof. Dr. Taiguara Langrafe

SÃO PAULO 2015


Prof. Dr. Edison Simoni da Silva Reitor do Centro Universitário Álvares Penteado Prof. Dr. Ronaldo Froes de Carvalho Pró-Reitor de Graduação Profª. Paula de Aguiar Barros Coordenadora do Curso de Relações Públicas


ANDREZA DE CARVALHO NUNES

RELAÇÕES-PÚBLICAS, INTERNET E SUAS TECNOLOGIAS: UMA ANÁLISE DAS MATRIZES CURRICULARES DO ENSINO SUPERIOR NO ESTADO DE SÃO PAULO

Pesquisa de Iniciação Científica apresentada à Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - FECAP, para o programa de Iniciação Científica. Orientador: Prof. Dr. Taiguara Langrafe

SÃO PAULO 2015


DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos estudantes que assim como eu, são apaixonados por sua profissão. Encontrar-se numa área não é uma tarefa fácil. À minha família, que incentiva meus estudos e me acompanha em cada conquista. O nosso elo durará para sempre. Em especial, ao Daniel, por seu amor e infinito carinho. Obrigada por todos os momentos de afeto compartilhados comigo.


AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Prof. Marcelo Krokoscz, por ser o primeiro a me incentivar a realizar essa pesquisa e por me amparar nos primeiros passos. Seu apoio durante todo o meu processo de pesquisa foi fundamental. Profª Helena Jacob, Prof. Marcus Bonfim, Prof. Rovilson Britto e Prof. Wanderley Carneiro, por gentilmente cederem seu tempo esclarecendo-me dúvidas e trazendo-me sugestões de grande importância. Em todas as oportunidades, fui atendida com muito carinho. Profº Rafael Alberico, por seus valiosos apontamentos e horas de conversa em muitos finais de semana. Obrigada por toda a atenção concedida, espero reencontrá-lo em breve. Daniel Matsumoto, economista pela FECAP, que compartilhou do seu tempo e experiência na produção de trabalhos acadêmicos para que essa pesquisa fosse aperfeiçoada. Obrigada pela paciência e dedicação em me ajudar, mesmo em uma área tão diferente da sua. Por fim, e não menos importante, meu orientador, Profº Taiguara Langrafe, que me desafiou em vários momentos desse caminho. Obrigada por suportar minhas dúvidas e questionamentos, e principalmente por ter confiado em mim.


RESUMO

A tecnologia influencia a forma como o ser humano vive e constrói suas relações: especialmente no âmbito da comunicação. Para que as novas gerações possam acompanhar essa mudança sob um olhar científico e metodológico, as Instituições de Ensino Superior tem o desafio de preparar novos profissionais para o mercado de trabalho e sociedade. Para os relações-públicas, aproveitar os recursos tecnológicos como ferramenta de trabalho, é uma forma de aproveitar chances de atuação no mercado e legitimizar a profissão. Sendo assim, essa pesquisa tem por objetivo identificar como as IES no estado no São Paulo estão tratando de assuntos como cibercultura, mídias digitais e outros que discutem tecnologias ligadas à internet. Matrizes curriculares serão colhidas e analisadas para oferecer um diagnóstico sobre a atual formação dos profissionais de relações públicas no estado de São Paulo em relação a esse tema.

Palavras-chave: Comunicação. Relações Públicas. Graduação. Internet. IES


ABSTRACT

Technology influence the ways that human beings live and build their relationships, especially through advances in communications. For the new generations be able to follow this changes at a scientific and methodologic level, the universities have the challenge of prepare professionals for this new reality. For the Public Relations, the use of technological resources is a way to increase their participation on the market and legitimize the occupation. Under these circumstances, this paper has the objective of identify how São Paulo state’s IES are dealing with cyber culture, digital media and correlated topics that are associated with the internet. The universities curricula were analyzed to understand the current Public Relation’s formation at the state of São Paulo.

Key-words: Communication; Public Relations; Graduation; Internet; IES


LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Principal objetivo de atuação das empresas nas redes sociais conectadas: Relacionamento com públicos de interesse..............................................................................10 GRÁFICO 2 – Apenas 11,3% dos respondentes são graduandos ou graduados em RP..........12 GRÁFICO 3 – Distribuição dos cursos de RP por região.........................................................16 GRÁFICO 4 - Quantidade de disciplinas elegidas por IES......................................................18 GRÁFICO 5 - Percentual de disciplinas elegidas comparadas ao total de disciplinas oferecidas no curso.....................................................................................................................................19 GRÁFICO 6 - Oferta de disciplinas elegidas por semestre (Entre as IES posicionadas nos três primeiros grupos)......................................................................................................................20


LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Relação de IES que oferecem o curso de RP no estado de São Paulo................15 TABELA 2 - Relação de IES que não disponibilizaram suas respectivas matrizes curriculares ...................................................................................................................................................16


LISTA DE SIGLAS

DNC - Diretrizes Nacionais Curriculares IES - Instituição de Ensino Superior MEC - Ministério da Educação RP - Relações Públicas


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 1.1 APRESENTAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO..................................................1 1.2 TEMA E DELIMITAÇÃO....................................................................................3 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA...............................................................................3 1.4 OBJETIVOS.........................................................................................................4 1.4.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................4 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................4 1.5 JUSTIFICATIVA..................................................................................................4 1.5.1 RELEVÂNCIA/IMPORTÂNCIA.................................................................5 1.5.2 RESULTADOS..............................................................................................5 1.5.3 CONTRIBUIÇÕES........................................................................................5 1.6 OPERACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA.........................................................5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................7 2.1 REVISÃO LITERÁRIA SOBRE A RELAÇÃO DO RP COM A INTERNET. . .7 2.2 REVISÃO LITERÁRIA DO CURSO DE RP....................................................11 3. METODOLOGIA.....................................................................................................14 4. ANÁLISE DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS...............................................................................................................................15 5. CONCLUSÃO..........................................................................................................22 5.1 DO OBJETIVO PRINCIPAL.............................................................................22 5.2 DOS OBJETIVOS SECUNDÁRIOS.................................................................23 5.3 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO...............................................................23 5.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO.......................................................................24 REFERÊNCIAS............................................................................................................25 6. ANEXO A – Relação das disciplinas elegidas..........................................................29


1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO De acordo com Castells (2005), a sociedade é quem molda os recursos tecnológicos, ou seja, ela é ao mesmo tempo usuária e produtora, quando assume o papel de personificar o uso dessas possibilidades. Desta forma, percebemos a evolução destes recursos como resultado das necessidades e desejos da nossa sociedade. Como em um ciclo, as exigências aumentam e as tecnologias buscam acompanhar os novos desejos e necessidades. Lévy (1999), destaca que, o que influencia a sociedade não são necessariamente as tecnologias, mas sim, as formas como os homens “produzem, utilizam e interpretam as formas técnicas” (LEVY, 1999). Este mesmo autor ainda diz que “por trás das técnicas agem e reagem ideias, projetos sociais, utopias, interesses econômicos, estratégias de poder, toda a gama dos jogos dos homens” (LEVY, 1999). Isso significa que o resultado do uso diário da tecnologia traz aos seus usuários é muito mais profundo do que simplesmente uma resposta a um estímulo de um aparelho técnico. O Ministério das Comunicações define como uma inovação tecnológica como “toda a novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de pesquisas ou investimentos, que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que implica em um novo ou aprimorado produto”. Sobre inovações tecnológicas, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) produziu em 2005 uma lista com a relação dos “Top 25” , entre os quais podemos citar a Internet que conquistou o primeiro lugar. Esse é um exemplo de recurso que, segundo Castells (2005), transforma a capacidade de comunicação e altera a rotina de vida das pessoas. Dada a importância da tecnologia como parte do processo evolutivo da humanidade, e assim portanto, um processo natural e inevitável, os novos profissionais que irão atuar na área de comunicação podem e devem utilizar-se desses meios sabendo que os motivos reais da incorporação desses recursos, vão muito além do que apenas algumas funcionalidades técnicas. Levy (1999), faz a ligação da cibercultura com o pharmakon (significa remédio e veneno ao mesmo tempo), que, se aplicado aos dias atuais, ainda possui o mesmo caráter. Visto a multiplicidade e a complexidade relacionadas a este assunto, os futuros profissionais devem estar preparados para darem novos sentidos e usarem esses recursos de forma estratégica, visto sua importância e influência cada vez maior entre a sociedade. Essa preparação começa na formação acadêmica desses profissionais. 12


Moura (2008) traz um aspecto histórico da construção do curso de Relações Públicas no Brasil. É possível acompanhar a separação da grade curricular de Relações Públicas e do Jornalismo, que até então parametrizava a docência do curso (de acordo com Andrade (1983) apud Moura (2009) além da aproximação que havia em relação ao curso de administração, que justifica o fato de serem os Conselhos Regionais dos Técnicos de Administração, os órgãos oficiais de registro dos profissionais de Relações Públicas até 1967). Hoje, vigoram as Diretrizes Curriculares do Curso de Comunicação Social aprovadas em 2013, onde as necessidades para alteração foram “as intensas mudanças sociais, nas bases tecnológicas e nos próprios fazeres do campo de comunicação” (MEC, 2013). De acordo ainda com as informações divulgadas pelo Ministério da Educação (2013) “a emergência de novas formas e meios de comunicação digital [...] exige profissionais com novas competências” (MEC, 2013). São citadas entre as principais habilidades exigidas do relações-públicas, a comunicação digital e redes sociais e, ainda, devem ser oferecidas as devidas condições para que “os alunos desenvolvam conhecimentos e práticas em mídias digitais, utilizando recursos tecnológicos sempre atualizados” (MEC, 2013). Rhoden e Rhoden (2014), constroem uma crítica sobre a oferta de oportunidades de aprendizagem das tecnologias digitais e afirma ainda que “na área de relações públicas digitais, no que se refere ao ensino, há uma grande lacuna de pesquisa” (RHODEN; RHODEN, 2014), o que certamente causa impacto no alinhamento da formação profissional do aluno com as expectativas do mercado. Assim sendo, tendo em vista a rápida aceleração dos meios de comunicação e as transformações provocadas pela tecnologia, há a necessidade de que a formação acadêmica seja perspicaz e atual no âmbito tecnológico. No relatório disponibilizado pelo MEC estão os registros da pesquisa realizada pela Comissão de Especialistas em 2010 a fim de identificar as necessidades de adaptação do curso, somente homologadas em 2013, o que deixa sob a responsabilidade da IES pesquisar o que existe de atual para estruturar a oferta das disciplinas em suas respectivas matrizes. Esse estudo então tem por objetivo analisar como as IES se adaptaram as DNC em relação aos estudos da internet e suas tecnologias, sob o aspecto de oferta de disciplinas.

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1.2 TEMA E DELIMITAÇÃO A pesquisa será focada em analisar a matriz curricular de todos os cursos de RP do estado de São Paulo e diagnosticar como é a oferta de disciplinas relacionadas à internet, para então, apontar como é a formação do relações-públicas nessa área. Para isso, será esclarecida qual a importância desse tema na graduação para atuação profissional e como é o funcionamento do ensino superior brasileiro, assim como os fatores que influenciam a graduação.

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA Na era da informação livre e gratuita, novos desafios são estabelecidos para atrair e desenvolver uma relação com consumidores e stalkeholders, pois “vivemos numa era de mudanças que se caracteriza pela velocidade com que elas ocorrem” (BEVILACQUA, 2014). Com essa velocidade, é importante saber observar as principais mudanças e desenvolver habilidades para se adaptar rapidamente as novas situações que o cotidiano irá apresentar. O primeiro momento em que ocorre essa capacitação é durante a graduação. A relação entre instituições de ensino e mercado de trabalho é um organismo vivo, sendo assim, não há como determinar uma fórmula de sucesso. Como determinar então, quais são os caminhos a seguir em busca do relações-públicas que atende as expectativas profissionais emergentes? Raynaut (2014) diz que o que estamos vivendo hoje, é um momento de reconstrução, então a resposta é que, os primeiros indícios desse caminho podem ser percebidos se forem observados de uma nova forma: a universidade, por mais tradicional que seja, deve acelerar o passo a medida que o mercado de trabalho evolui, e os novos “insumos” dessa evolução mercadológica vão alimentar as matrizes das universidades no que diz respeito as diretrizes curriculares do curso. Especificamente no que se refere ao nicho de mercado onde a atuação do relaçõespúblicas precisa saber lidar com o cenário digital, as IES tem o desafio ainda maior de “repensar os currículos de maneira que possam atender à nova realidade pelos egressos no que tange as tecnologias digitais, a partir das demandas e expectativas atuais do mundo de trabalho” (RHODEN; RHODEN, 2014).

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Com base nessas observações, chegamos a seguinte questão: Quais as características da graduação em Relações Públicas no estado de São Paulo em relação à internet e suas tecnologias? 1.4 OBJETIVOS Para a investigação desta questão de pesquisa são estabelecidos os seguintes objetivos:

1.4.1 OBJETIVO GERAL a) Identificar as características das matrizes curriculares dos Cursos de Relações Públicas do estado de São Paulo com relação a internet e suas tecnologias.

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Relacionar o impacto causado pela internet na sociedade, no mercado e nas Relações Públicas. b) Discutir a importância da presença de assuntos ligados à internet e suas tecnologias nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Relações Públicas.

Ao atender esses objetivos, o trabalho pretende prover sua contribuição para o campo de estudos, dado seu cunho teórico e prático.

1.5 JUSTIFICATIVA A relação entre tecnologia e Relações Públicas se tornou pauta para muitas das pesquisas recentes da área. A importância do assunto e a velocidade com que as informações se atualizam, pedem novos estudos que acompanhem os novos passos desta profissão.

a) Oferecer um panorama da formação em RP relacionada à internet e suas tecnologias para alunos, professores e pesquisadores; b) Complementar os recentes estudos relacionados à formação acadêmica dos profissionais de comunicação.

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1.5.1 RELEVÂNCIA/IMPORTÂNCIA A relevância desta pesquisa é contribuir para as produções científicas relacionadas a educação na área de Relações Públicas, oferecendo constatações da atual formação dos relações-públicas no estado de São Paulo.

1.5.2 RESULTADOS Além da apresentação de um panorama do curso superior no estado de São Paulo através de um ranking com as 27 IES que oferecem a graduação em Relações Públicas sob o foco das internet e suas tecnologias, também será apresentada uma reflexão sobre a importância desse tema no ambiente acadêmico e no mercado de trabalho.

1.5.3 CONTRIBUIÇÕES As observações realizadas pretendem apresentar um mapeamento atualizado da formação relacionada à internet e suas tecnologias para os profissionais emergentes de Relações Públicas no estado de São Paulo.

1.6 OPERACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA

1. Revisão Literária sobre a relação do RP com a internet 1.1 Sobre os impactos causados pela internet 1.2 Oportunidades no mercado para atuação do RP 1.3 A WebRP no passado, atualmente e no futuro

1. Revisão Literária do Curso de Relações Públicas 1.1 Mercado de Trabalho e Formação Acadêmica 1.2 Funcionamento da graduação em RP 1.3 Sobre a formação em relação à internet e suas tecnologias

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3. Mapeamento das matrizes curriculares dos cursos de Relações Públicas 3.1 Identificação das IES que oferecem a formação em RP 3.2 Seleção de disciplinas relacionadas à internet e suas tecnologias por IES 3.3 Análise das matrizes curriculares (ranking das IES com maior oferta de disciplinas relacionadas à internet e suas tecnologias)

4. Apontamentos e considerações finais com base nos resultados levantados, amparados pela revisão de literatura

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 REVISÃO LITERÁRIA SOBRE A RELAÇÃO DO RP COM A INTERNET

Desde 1995, quando a internet chegou ao Brasil, os cursos de graduação em Relações Públicas começaram a adaptar-se e entender esse meio como um recurso para potencializar a visibilidade das organizações e promover a interação entre empresa e público (STASIAK; BARICHELLO, 2008). Diferentemente de outras tecnologias que surgiram no passado, a internet possibilitou uma nova experiência de compartilhamento de informações, pois agora ela permite “compartilhar, discutir e produzir dados em velocidade e quantidade excessivas e que altera a lógica da comunicação de massa” (GALLO; VERGILI, 2014). Porém, de acordo com os mesmos autores, a descentralização e a diversificação de fontes de informações permitiram a competição com os demais meios de comunicação tradicionais e que, segundo Stasiak e Barichello (2008), não fizeram com que as mídias tradicionais fossem abandonadas ou esquecidas: elas continuam ativas, mas passaram por mudanças para integrar-se com os instrumentos digitais. Por conta desse impacto, estudar a internet ainda é tão instigante: opostamente ao que se defendia nas antigas teorias de comunicação em relação ao comportamento de quem recebia alguma mensagem, no ambiente virtual o usuário torna-se muito menos passivo, empoderado a ponto dele mesmo tomar o papel de comunicador (SILVEIRA, 2004). Esse empoderamento dos usuários na própria produção de conteúdo cria um ambiente repleto de interatividades tecno-sociais1, que é uma forma de interação técnica de cunho “eletrônicodigital”, diferente da interação “analógica”2 que caracterizou as mídias tradicionais (LEMOS, 1997). Em consonância com o que dizem Vergili, Pereira e Carvalho (2011), nesse novo contexto, os consumidores querem participar da rede de uma forma aberta para se

1 Nossa interação, quando feita com outros indivíduos, caracteriza-se por social, e quando com aparelhos, caracteriza-se como técnica. O que temos hoje é uma relação tecno-social - quando há uma interação com outro indivíduo por meio de um aparelho (LEMOS, 1997).

2 “Analógico” representa as primeiras formas de tecnologias comunicativas que, etimologicamente representa “proceder separando”, ou seja, não promovia a interação direta entre emissor e receptor (Barichello, Oliveira, 2010).

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expressarem e acessarem todo o tipo de informação que lhes for conveniente - e até produzirem seus próprios conteúdos. As conexões entre as pessoas dentro da web3 foram estabelecidas a partir do surgimento dos grupos de interesse e o compartilhamento de conteúdo entre os seus indivíduos (CARVALHO, 2008). Essas conexões criaram uma grande rede onde as linhas entre emissor e receptor se transformaram, e, diante disso, os modelos tradicionais de negócio tiveram de se adaptar (VERGILI, 2012). Enquanto o cenário de tecnologias emergentes cresce e o acesso à internet é expandido, uma das partes dessa rede precisa passar a interagir com seus públicos, e não mais apenas se fazer visível - essa parte da rede é composta pelas organizações (STASIAK; BARICHELLO, 2008). Outro ponto que também merece destaque: com a maior exposição das informações dos consumidores, as empresas são capazes de identificar com mais precisão os hábitos, características e comportamentos dos seus públicos, muitas vezes em tempo real (CARVALHO, 2008). Dadas essas perspectivas e as possibilidades de interação que a internet proporciona, podemos dizer que há espaço para atuação de um profissional que consiga executar essas atividades com o fim de construir uma boa imagem de uma organização e, além disso, também estabelecer um relacionamento sólido - atuação essa que pode ser atribuída ao relações-públicas (MACHADO; MÜLLER; BARICHELLO, 2011). De acordo com Stasiak e Barichello (2008), o ambiente da web como espaço para interações é uma das possibilidades que o relações-públicas tem de aplicar estratégias que são de sua competência, legitimizando4 a profissão através desse exercício. Essa legitimização acontece quando o relações-públicas mostra que é um profissional capacitado para monitorar essas interações, gerar conteúdo e acompanhar a segmentação de publico de forma estratégica, fazendo com que a gestão de relacionamentos na web seja realizada de forma competente e apresente resultados de desempenho de acordo com as expectativas cada vez maiores nos dias atuais (CARVALHO, 2008). Levando em consideração que o relações-públicas possui as competências necessárias para gerenciar o relacionamento entre empresa e público, é importante lembrar 3 Entende-se “web” por uma redução de world wide web, rede mundial. É um sistema de interligação de documentos e recursos através da Internet. Disponível em http://www.priberam.pt/dlpo/web

4 Pelo processo de legitimazação, entende-se o reconhecimento da importância das práticas profissionais, consolidando-a no mercado (Stasiak, Barichello, 2008).

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que mesmo com essa capacitação, ele encontrará desafios quando for trabalhar com a web. Atividades como a “formação de conceitos, posicionamento favorável frente à opinião pública e a construção da credibilidade” (STASIAK, 2008) exigem uma prática que saiba lidar com recursos atemporais e geograficamente amplos; características que são fortemente presentes na Internet. Deve-se ainda somar isso ao fato de que, além de se preocupar em adaptar as estratégias tradicionais de comunicação, o relações-públicas ainda deve entender minimamente como funciona a lógica computacional, pois o fluxo das informações presentes na web não está sob a gerência exclusiva dos profissionais de comunicação: também estão presentes os softwares que editam a relevância dessas informações de acordo com uma organização automática programada (GALLO; VERGILI, 2014). Com a multiplicidade de conteúdo produzido e a velocidade de troca de dados, o relações-públicas tem de se preparar para lidar com esses acontecimentos de forma muito mais rápida e presente, sob o risco dessas interações tomarem um aspecto negativo (STASIAK; BARICHELLO, 2008). Como destacam Machado, Müller e Barichello (2011), não é errado dar mais atenção a alguns tipos de públicos em função de outros, visando uma ação estratégica - há de se ressaltar que a comunicação “não é de duas mãos, é uma teia e, sendo o público, prioritário ou não, o importante é manter uma comunicação sistemática e frequente” (MACHADO; MÜLLER; BARICHELLO, 2001). Ou seja, pensando no desafio de adaptar-se às rápidas mudanças que ocorrem na forma como os públicos trocam informação, as estratégias de gestão devem se movimentar para que as empresas saibam aproveitar as novas possibilidades de interação e não percam o controle sobre o que acontece na rede (CARVALHO, 2008). A fim de lidar com todos esses desafios profissionais que surgiram através da internet, o termo “Web RP” surgiu para representar a atividade de relações públicas na web, e foi inspirado nas teorias de web jornalismo (BARICHELLO; STASIAK, 2009). De acordo com Machado, Müller e Barichello (2011), além de entender cientificamente como funcionam os processos comunicacionais na internet, os estudos de Web RP também contribuem para o mercado de trabalho, já que ajudarão as organizações a construírem melhor as suas respectivas identidades digitais. Barichello e Stasiak (2009) desenvolveram um estudo que mostrou a evolução de funções de relacionamento em portais de pessoas jurídicas na internet no período de 1995 a 2009, avaliando-os através da identificação da presença de 27 estratégias diferentes de 20


relações públicas, consideradas as mais importantes. Nessa pesquisa, foi possível observar que, ao decorrer do tempo, cada vez mais estratégias de RP estavam presentes. No último ciclo de observação (de 2008 a 2009) esses portais já apresentavam conexão com outras mídias e estratégias para aproveitar recursos disponíveis na web, o que evidenciou uma preocupação crescente das empresas em estabelecer um relacionamento cada vez mais estreito com seu público. Uma pesquisa realizada por Vergili (2012) mostrou que mais de 70% das empresas observadas em seu estudo que possuem perfil no Twitter, tem como objetivo promover o relacionamento com os stakeholders. A mensuração foi feita a partir de uma amostra extraída de uma lista com as 1000 maiores e melhores empresas do Brasil, e apresentou o resultado a seguir:

GRÁFICO 1 – Principal objetivo de atuação das empresas nas redes sociais conectadas: Relacionamento com públicos de interesse

Principal objetivo de atuação das empresas nas redes sociais conectadas: Relacionamento com públicos de interesse Relacionamento

77,3%

Divulgação de serviços e produtos

13,2%

Suporte ao cliente

3,8%

Outro (Informação)

3,8%

Outro (Aumento de Audiência)

1,9% 0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Fonte: VERGILI (2012)

De acordo com a pesquisa “Latin American Communication Monitor 2014-2015”, 94% dos entrevistados5 consideram o enfrentamento da revolução digital e da internet como tema estratégico para as relações públicas/gestão da comunicação nos próximos três anos. A 5 Os entrevistados são diretores de comunicação, CEO’s de agências, gestores, membros de equipes e consultores de 18 países latinoamericanos.

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perspectiva desses entrevistados em relação aos canais e instrumentos utilizados por eles, é que em 2017, o uso da comunicação on-line crescerá 14% e o uso de mídias sociais crescerá 22%. Com esse cenário em mãos, é viável discutir então como é a preparação do relaçõespúblicas para lidar com todos esses aspectos, atendendo às expectativas não só das organizações, mas como também dos seus respectivos públicos.

2.2 REVISÃO LITERÁRIA DO CURSO DE RP Conforme tratado no capítulo anterior, é perceptível a atividade de Web RP como solução para uma demanda que está crescendo em função da expansão do uso da internet. Como ressaltam Rhoden e Rhoden (2014), nos nossos dias é necessário para o relaçõespúblicas que ele não só conheça, mas tenha domínio das tecnologias. Como por exemplo, para gerar um tipo de conteúdo específico que tenha potencial para alcançar os públicos estipulados, é preciso pesquisar, selecionar e combinar as informações disponíveis na web de forma estratégica. Quem entende a diferença entre os vários tipos de comunicadores sociais é a academia e não o mercado (FREITAS, 2008). Isso quer dizer que, para o mercado, o profissional que estiver melhor habilitado para desempenhar determinada função será o escolhido para preencher uma vaga, fazendo com que a formação não seja mais um critério eliminador - na pesquisa realizada por Vergili (2012), na qual foi possível identificar que o objetivo da atuação nas redes sociais de 77% das empresas entrevistadas é estabelecer relacionamentos com seus respectivos públicos, também foi identificado que existe uma baixa inserção do profissional de Relações Públicas para essa função, como demonstrado no gráfico a seguir:

GRÁFICO 2 – Apenas 11,3% dos respondentes são graduandos ou graduados em RP

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Apenas 11,3% dos respondentes são graduandos ou graduados em RP 100%

88,7%

80% 60% 40% 11,3%

20% 0%

Outras áreas

Relações Públicas

Fonte: VERGILI (2012)

Nesse caso, justifica-se a necessidade do relações-públicas ter uma formação que aborde o cenário digital de forma substancial, fazendo com que ele conquiste mais chances de atuação profissional e promovendo assim uma ampliação do mercado para a profissão ampliação essa que pode interferir no cenário do curso no Brasil, onde “cerca de 40 cursos de graduação em relações públicas não foram mais ofertados na última década, por falta de demanda” (RHODEN; RHODEN, 2014). Esses mesmos autores trazem a uma reflexão sobre o objetivo do curso superior: sendo esse objetivo formar o aluno para atuar plenamente em sua área6, é “indispensável [a] inserção de disciplinas e projetos que contemplem as novas tecnologias na estrutura curricular do curso de relações públicas" (RHODEN; RHODEN, 2014) como um dos aspectos necessário para que esse objetivo seja alcançado. Sobre a estrutura da oferta de disciplinas no ensino superior, Moura (2002, 2005) esclarece que são as diretrizes curriculares que oferecem os parâmetros para as Instituições de Ensino Superior (IES) construírem as matrizes de seus cursos - essas diretrizes orientam a elaboração dos projetos pedagógicos, articulando conteúdos abrangentes, conhecimentos específicos e de áreas afins. Ainda de acordo com Moura (2002), essas não são específicas em estabelecer procedimentos de ensino ou métodos de abordagem, apenas apontam direções para a escolha do conteúdo programático, deixando espaço para que as próprias IES possam eleger as disciplinas7 que julguem necessárias.

6 De acordo com a Resolução nº 2, de 27 de setembro de 2013 das Diretrizes Curriculares para relações públicas, no artigo 2º, a organização dos cursos de graduação em Relações Públicas deve ser elaborada abrangendo “habilidades e perfil desejado para o futuro profissional”.

7 Sobre a diferença entre matéria e disciplina, “a matéria abrange um determinado campo do saber e pode ser seccionada em subcampos a que se dá o nome da disciplina” (SOUZA, 1991).

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As regulamentações federais acerca da oferta do curso de relações públicas eram, em seu início, ainda muito restritivas e não concediam a autonomia necessária as instituições de ensino para executar adaptações nas necessidades enxergadas. Isso mudou ao longo do tempo, quando essas regulamentações tornaram-se mais flexíveis e passaram a observar as exigências e expectativas do mercado (BARICHELLO; RHODEN; ROSA 2011). Hoje, as diretrizes citam como dever do curso de RP a “formação profissional que revele habilidades e competências específicas [...] para sistematizar os repertórios necessários à prática profissional nos âmbitos das [...] inovações tecnológicas” (MEC, 2013), além de instituir como obrigatório a presença de estudos das tecnologias de informação e de comunicação e os estudos sobre a cibercultura, indicando assim, um direcionamento para que as IES trabalhem conteúdos relacionados a web durante a graduação. Além das Diretrizes Curriculares, as IES também devem se preocupar com outros quesitos que impactam no resultado de uma boa formação de seus alunos, como questões relacionadas ao Projeto Pedagógico Institucional, o Plano de Ensino e o Plano de Aula. Freitas (2008) ainda aponta que a qualificação e a preparação dos professores têm grande parte da responsabilidade do resultado final do sucesso da graduação, características que devem ser observadas no momento da construção do corpo docente, já que esse corpo docente tem a tarefa de oferecer um conteúdo que seja assimilado pelos seus alunos, de forma que o processo de aprendizagem seja eficaz. Com relação aos conteúdos que relacionam temas ligados à internet, Barichello e Oliveira (2010) falam sobre a impossibilidade de entender a cultura digital de hoje sem perceber que ela herdou características de outras culturas que juntas, se transformaram e uniram-se. É preciso entender o resultado dessas transformações e preparar-se para lidar com as próximas culturas que certamente virão (BARICHELLO; OLIVEIRA, 2010). Fernandez (2010) e Rhoden e Rhoden (2014) concordam que, com a velocidade em que as tecnologias se transformam, o papel desempenhado pelas IES vai além de preparar profissionais para serem apenas absorvidos pelo mercado de trabalho - elas têm também a responsabilidade de pensar nas novas configurações dessa profissão, que são impactadas pela tecnologia de forma contínua. Assim sendo, a proposta desse estudo é observar a presença de disciplinas ligadas à internet e a cultura digital nas matrizes curricular de relações públicas de todas as 27 IES

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localizadas no estado de São Paulo8 que possuem o curso ativo, sendo este o estado com o maior número de ofertas do curso no Brasil. Dessa forma, pretende-se constatar como está a formação dos egressos em RP para atuar nesse segmento de mercado.

3. METODOLOGIA

Do ponto de vista da natureza trata-se de uma pesquisa básica empírica. Cervo, Bervian e Silva (2007) dizem que o estudo empírico é “adquirido pela pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio social” (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007), assim, entende-se que esse processo é executado nessa pesquisa, visto que essa tem o intuito de analisar as matrizes curriculares dos cursos de Relações Públicas. Em relação aos objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória, pois esta investigação caracteriza-se como “o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e um auxílio que traz a formulação de hipóteses significativas para posteriores pesquisas”, (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Não foram identificados outros estudos similares a este, no sentido de identificar a presença de disciplinas específicas no curso de RP no estado de São Paulo, o que justifica a classificação da pesquisa como exploratória. Quanto aos procedimentos, se trata de uma pesquisa bibliográfica e documental. Bibliográfica no sentido de levantar a produção científica relacionada ao objeto de estudo desta pesquisa para contextualizar o leitor; e documental em função da análise das matrizes curriculares dos 27 cursos de RP atualmente oferecidos no estado de São Paulo. Todas as IES foram consultadas uma a uma, até que foram obtidos os dados necessários. Algumas dessas IES disponibilizaram as suas respectivas matrizes em seus sites, e em casos de informações insuficientes, o coordenador foi procurado para complementar os dados necessários para essa pesquisa. Desta forma, entende-se que este delineamento metodológico responde adequadamente a pergunta desta pesquisa.

8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RELAÇÕES PÚBLICAS. Mailing nacional de cursos de graduação em Relações Públicas. São Paulo: 2015, (planilha em excel).

25


4. ANÁLISE DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS Para a realização desse estudo, foi colhida a matriz curricular de todas as IES no estado de São Paulo que oferecem o curso de Relações Públicas, relacionadas na tabela a seguir: TABELA 1 - Relação de IES que oferecem o curso de RP no estado de São Paulo N º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

NOME

CIDADE

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – BA Centro Universitário N. Sra. do Patrocínio – CEUNSP Centro Universitário Sant'Anna – UNISANTANNA Escola Superior de Administração Marketing e Comunicação ESAMC Faculdade Cásper Líbero – FCL Faculdade de Americana - FAM Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas - METROCAMP Faculdade Mundial – FM Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação - FAPCOM Faculdades Atibaia – FAAT Faculdades Integradas Alcântara Machado – FIAM Faculdades Integradas de Itapetininga – FKB Faculdades Integradas Rio Branco – FIRB Faculdades Integradas Torricelli – FIT Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP Pontifícia Universidade Católica Campinas - PUCCAMP União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO Universidade Anhembi Morumbi – UAM Universidade Católica de Santos – UNISANTOS Universidade de Santo Amaro – UNISA Universidade de São Paulo – USP Universidade de Sorocaba – UNISO Universidade de Taubaté – UNITAU Universidade do Sagrado Coração – USC Universidade Estadual Paulista – UNESP Universidade Metodista de São Paulo – UMESP Fonte: ABRP

São Paulo Salto São Paulo Sorocaba e Santos São Paulo Americana Campinas São Paulo São Paulo Atibaia São Paulo Itapetininga São Paulo Guarulhos São Paulo São Paulo Campinas São José do Rio Preto São Paulo Santos São Paulo São Paulo Sorocaba Taubaté Bauru São Paulo São Paulo

Dessa relação, as IES abaixo não informavam a matriz curricular em seus respectivos sites e em contato com as coordenações responsáveis via e-mail, não houve retorno:

26


TABELA 2 - Relação de IES que não disponibilizaram suas respectivas matrizes curriculares Nº 1 2 3

NOME Faculdades Integradas Alcântara Machado – FIAM Faculdades Integradas Torricelli – FIT União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO Fonte: do autor

CIDADE São Paulo Guarulhos São José do Rio Preto

Verificou-se que a distribuição dos cursos no estado de São Paulo apresenta os seguintes percentuais:

GRÁFICO 3 – Distribuição dos cursos de RP por região

SOROCABA; 8% TAUBATÉ; 3% AMERICANA; 3% ATIBAIA; 3% BAURU; 2% CAMPINAS; 5% ITAPETININGA; 2% SALTO; 8% SANTOS; 12% SÃO PAULO; 55% SÃO BERNARDO DO CAMPO; 2%

Fonte: do autor

Para a seleção das disciplinas usadas neste estudo, foram elegidas todas as que (com base em seus significados linguísticos9) possuíam os seguintes termos em suas denominações:

-

Cibercultura: Conjunto de aspectos e padrões culturais relacionados com a Internet e a comunicação em redes de computadores.

-

Computação: Conjunto de conhecimentos e técnicas referentes ao uso de computadores.

9 PRIBERAM (Brasil). Dicionário da Língua Portuguesa. 2013. Disponível em: https://www.priberam.pt. Acesso em: 22/10/2015.

27


-

Digital: Que apresenta dados, resultados ou indicações sob forma numérica, por oposição a analógico (ex.: máquina digital, relógio digital).

-

Hipermídia: Suporte de difusão de informação apresentada sob a forma de texto, gráficos, áudio ou vídeo num sistema de hipertexto.

-

Internet: Rede informática largamente utilizada para interligar computadores através de modem, à qual pode aceder qualquer tipo de .usuário, e que possibilita o acesso a toda a espécie de informação.

-

Mídia10: Todo o suporte de difusão de informação (rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet, videograma, satélite de telecomunicação, etc.) que constitui ao mesmo tempo um meio de expressão e um intermediário na transmissão de uma mensagem.

-

On-line: Que tem ligação direta ou remota a um computador ou a uma rede de computadores, como a Internet.

-

Redes sociais: Conjunto de relações e intercâmbios entre indivíduos, grupos ou organizações que partilham interesses, que funcionam em sua maioria através de plataformas da Internet.

-

Tecnologia: Ciência cujo objeto é a aplicação do conhecimento técnico e científico para fins industriais e comerciais.

-

Web: Sistema de interligação de documentos e recursos através da Internet. Esses termos foram escolhidos por serem as principais palavras-chaves relacionadas a

atividade de Web RP, além de que, durante essa análise, tomou-se o cuidado de observar todas as disciplinas listadas, para certificação de que não havia mais nenhum termo que pudesse se enquadrar em conteúdos ligados aos temas estudados nesse estudo. Com base nesse filtro, foram escolhidas 62 disciplinas, oferecidas em 24 IES diferentes. Um ranking para apontar a

10 Neste caso, somente foram relacionadas as disciplinas de Mídias Sociais e Novas Mídias, excluindo as disciplinas que não explicitavam o tipo de mídia a ser abordada.

28


quantidade de disciplinas elegidas por cada IES foi realizado, demonstrado no gráfico a seguir:

GRÁFICO 4 - Quantidade de disciplinas elegidas por IES

Quantidade de disciplinas elegidas por IES USP FAPCOM BA CEUNSP FECAP UNISANTOS FAAP ESAM C UNISA FAM FAAT UNITAU FM UNI SANT'ANNA PUC CAM P UNESP UNISO UM ESP FIRB UAM FKB M ETROCAM P FCL USC

7 6 5 5 5 4 4 4 3

Total

2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0

1

2

3

4

5

6

7

8

Fonte: o autor

Verifica-se que a “Universidade de São Paulo (USP)” lidera o ranking, com a oferta de sete disciplinas11, seguidas pela “Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM)” com seis disciplinas. A Faculdade Cásper Líbero (FLC) e a Universidade do Sagrado Coração (USC) não apresentaram nenhuma disciplina com base nos critérios acima mencionados. Também, foi analisado o percentual que as disciplinas relacionadas à internet e suas tecnologias representam em relação ao total de disciplinas oferecidas, conforme gráfico a seguir: 11 Entre as sete disciplinas, quatro delas são optativas

29


GRÁFICO 5 - Percentual de disciplinas elegidas comparadas ao total de disciplinas oferecidas no curso

Percentual de disciplinas elegidas comparadas ao total de disciplinas oferecidas no curso USP

17,95%

FECAP

8,93%

FAP COM

8,33%

CEUNSP

7,69%

UNISA

7,32%

BA

7,25%

ESAMC

6,90%

FAAP

6,25%

UNI SANTANNA

5,26%

UNISANT OS

4,08%

FAM

3,70%

UNITAU FAAT

3,51%

FM

3,08%

P UC-CAMP MET ROCAMP

P orcentagem

3,51%

2,74% 2,13%

UAM

2,00%

UNESP

1,92%

FIRB

1,92%

FKB

1,92%

UNISO

1,89%

UMESP

1,79%

0,00% USC 0,00% FLC 0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0%

Fonte: do autor

Neste gráfico é possível perceber que, em comparação ao gráfico anterior, a ordem das IES se modifica: a USP continua a preservar a 1ª posição, mas a FECAP deixa a 5ª posição e passa a ocupar a 2ª posição. Já a FAPCOM que estava na 2ª posição, passa a ocupar a 3ª posição. Essa análise se torna relevante em comparação à análise anterior justamente porque demonstra o real peso das disciplinas elegidas nesse estudo dentro das próprias características que cada IES tem, ou seja, não avalia simplesmente a quantidade, mas o quanto da matriz curricular está dedicada a tratar desse assunto. As IES que apresentaram resultado igual ou superior a 6% no gráfico acima, foram organizadas em grupos para uma análise mais aprofundada, conforme descrito a seguir: 30


  

No 1º grupo: USP, com 17%; No 2º grupo: FECAP, FAPCOM, com 8%; No 3º grupo: CEUNSP, UNISA e BA, com 7%

Entre esses grupos, foi analisada a distribuição das disciplinas por semestre, para identificar o período em que esse assunto é mais abordado. Verificou-se que há um pico no 2º semestre, o que indica que esse assunto é abordado com mais frequência logo no início do curso12:

GRÁFICO 6 - Oferta de disciplinas elegidas por semestre (Entre as IES posicionadas nos três primeiros grupos)

Ofertas de disciplinas elegidas por semestre (Entre as IES posicionadas nos três primeiros grupos) 7 6 5

Total

4 3 2 1 0 1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 6º Semestre 7º Semestre

Fonte: do autor

É importante ressaltar que essas análises não representam a quantidade de vezes exata que uma IES aborda assuntos ligados à internet, visto que, esse tema pode ser tratado dentro de uma disciplina que esteja focada em outro assunto. Entretanto, essa mensuração serve para apontar a presença de disciplinas específicas para esse tipo de conteúdo e, assim, diagnosticar as matrizes curriculares que priorizaram o estudo da internet e suas tecnologias com maior profundidade.

12 Ambas as IES possuem regime de avaliação semestral com total de 8 semestres

31


5. CONCLUSÃO O presente trabalho teve como objeto de estudo as Instituições de Ensino Superior que oferecem o curso de graduação em Relações Públicas no estado de São Paulo, analisadas sob o aspecto da oferta de disciplinas relacionadas à internet e suas tecnologias, consideradas, após revisão da literatura existente na área, de grande importância no processo de formação dos profissionais emergentes em RP. Teve como objetivo principal identificar as características da oferta dessas disciplinas, recomendadas pelas Diretrizes Nacionais Curriculares do curso de RP homologadas em 2013. Essas características foram analisadas a partir da quantidade de disciplinas oferecidas, carga horária e distribuição por semestre. Como objetivos secundários, a partir do trabalho de outros pesquisadores na área, foram levantadas informações sobre o impacto da internet na vida em sociedade e especificamente, na forma como as organizações passaram a se relacionar com seus respectivos públicos. Também foi discutido, a partir da percepção da oportunidade de atuação no mercado, os aspectos necessários para que o profissional de relações públicas pudesse ter uma formação sólida durante a graduação para atuação nesse segmento.

5.1 DO OBJETIVO PRINCIPAL Verificou-se que a matriz curricular de um curso é resultado de outros processos, como a estruturação do plano pedagógico, a observação das diretrizes curriculares e do plano de aula de cada IES. Além da própria matriz, fatores como a preparação do corpo docente, funcionários e infraestrura que também influenciam na qualidade da formação dos profissionais emergentes (RHODEN; RHODEN, 2014). Foi possível colher as informações necessárias para analisar que, assuntos ligados à internet e suas tecnologias são abordados na maioria das IES, apontando uma preocupação entre as tais de não apenas seguir as recomendações das DNC, como também observar que as novas configurações na profissão dentro do mercado de trabalho exigem uma formação cada vez mais forte no que tange ao cenário digital. No ranking com a comparação entre a quantidade de disciplinas elegíveis por IES, verificou-se que as três primeiras posições foram ocupadas por IES da cidade de São Paulo, porém, esse fenômeno não é reproduzido ao longo do ranking, onde percebe-se que a localização não é fator condicionante para uma formação forte no que se refere á internet e suas tecnologias. 32


5.2 DOS OBJETIVOS SECUNDÁRIOS Quanto ao impacto causado pela internet, foi percebido que essa inovação tecnológica mudou substancialmente a forma como as pessoas estabelecem suas relações e como se posicionam entre si: a velocidade de troca de informações é muito superior se comparada ao passado e o emponderamento dos usuários na produção de seu próprio conteúdo é um fato (SILVEIRA, 2004). Com a mudança na forma em que as pessoas se relacionam, também mudou a forma como as empresas se posicionam frente a seus públicos, agora, muito mais próximas e abertas para a construção de um relacionamento (STASIAK; BARICHELLO, 2008). A partir desses aspectos, notou-se uma oportunidade para que o relações-públicas pudesse entrar nessa área e contribuir na construção desses relacionamentos a partir de suas competências e habilidades (MACHADO; MÜLLER; BARICHELLO, 2011). Quanto à importância da presença de assuntos ligados à internet e suas tecnologia nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Relações Públicas, justifica-se essa presença a partir do ponto em que há uma oportunidade de atuação no mercado de trabalho, o que contribui com a legitimação da profissão, e por assim dizer, aumenta a oferta do curso para formar novos profissionais (RHODEN; RHODEN, 2014), criando um fluxo que se auto alimenta.

5.3 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO O presente estudo proveu informações sobre o cenário da oferta do curso de relaçõespúblicas no estado de São Paulo em relação a quantidade de cursos oferecidos e suas respectivas IES, assim como a distribuição desses cursos por cidade. O levantamento do percentual de disciplinas relacionadas à internet e suas tecnologias por IES contribuiu para que fosse possível realizar um ranking entre essas IES, demonstrando onde essa formação é mais forte e mais fraca. Esse esclarecimento pode ajudar essas mesmas IES a repensarem a quantidade de ofertas dessas disciplinas, como forma de construir um diferencial competitivo, pode fomentar o estudo de outros pesquisadores interessados nesse tema, além de auxiliar alunos ingressantes na escolha de suas respectivas IES, em que o tema abordado nessa pesquisa é relevante na escolha da instituição mais apropriada. Pelo caráter de ineditismo deste estudo, também vale ressaltar que outros pesquisadores podem replicar o processo de pesquisa adotado neste trabalho em outras áreas 33


de formação e com diferentes recortes geográficos, como também, compará-lo a outros estudos já realizados.

5.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO Este trabalho apresentou uma amostra de 24 IES, quando o universo total abrangia 27 IES. Apesar da maioria das IES ter participado desse estudo, se as outras 3 IES que não disponibilizaram suas informações também tivesses participado, poderia ter sido construído um panorama mais exato sobre os assuntos abordado aqui. Sobre as informações das matrizes curriculares, algumas IES não ofereceram o detalhamento de disciplinas por semestre e de carga horária por disciplina, o que impediu outras análises envolvendo esses dados. Outro aspecto foi quanto à limitação da análise das disciplinas apenas por suas nomeações, análise que poderia ser aprofundada na consulta dos conteúdos programáticos de cada disciplina, mas que não foi possível realizar nesta pesquisa devido a impossibilidade de acesso à essas informações por parte do autor.

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REFERÊNCIAS

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6. ANEXO A – Relação das disciplinas elegidas

IES UAM BA BA BA BA BA CEUNSP CEUNSP CEUNSP CEUNSP CEUNSP ESAMC

SEMESTRE 3º Semestre 2º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 5º Semestre 6º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 4º Semestre

DISCIPLINAS ELEGIDAS Estrutura de Texto para Mídia Digital Internet, Convergência e Redes Sociais Computação Gráfica Editoração Gráfica, Eletrônica e Digital Design e Gestão de WEB, Mídias digitais e móveis Comunicação Digital Organizacional Tecnologias da Comunicação I Tecnologias da Comunicação II Tecnologias da Comunicação III Tecnologias da Comunicação IV Tecnologias da Comunicação V Computação Gráfica I

ESAMC ESAMC ESAMC FAAP FAAP FAAP FAAP FAAT FAAT FAM FAM FAPCOM FAPCOM FAPCOM FAPCOM FAPCOM FAPCOM FECAP FECAP FECAP FECAP FECAP FKB METROCAMP FM FM PUC-CAMP PUC-CAMP FIRB UMESP

5º Semestre 6º Semestre 7º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 6º Semestre 6º Semestre 3º Semestre 7º Semestre 1º Semestre 3º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 7º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 5º Semestre 3º Semestre 3º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre 6º Semestre 1º Semestre

Computação Gráfica II Web Design Plataformas Digitais Comunicação E Hipermídia Produção Audiovisual E Novas Mídias I Produção Audiovisual E Novas Mídias Ii Relações Públicas Nas Mídias Sociais Expressão Midiática III - Web Comunicação On-line Mídias Digitais Produção Gráfica e Digital Tecnologias de Produção em Relações Públicas I Tecnologias de Produção em Relações Públicas II Teorias da Comunicação III: Cibercultura Comunicação em Redes Digitais I Comunicação em Redes Digitais II Filosofia da Tecnologia Computação Gráfica Produção Gráfica e Digital Cultura Digital Gestão de Redes Sociais I Gestão de Redes Sociais II Web e Redes Sociais Tecnologias da Comunicação Novas Tecnologias de Comunicação I Novas Tecnologias de Comunicação II Relações Públicas e Cibercultura Laboratório de webcomunicação e portais (Produto) Gestão da Comunicação Digital Tecnologias da Comunicação (Básica)

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UNESP UNISANTANNA UNISANTANNA UNISA UNISA UNISA UNISANTOS UNISANTOS UNISANTOS UNISANTOS UNISO UNITAU UNITAU USP USP USP USP

7º Semestre 2º ano 3º ano Não Informado Não Informado Não Informado 3º Semestre 4º Semestre 7º Semestre 8º Semestre 2º Semestre 7º Semestre 7º Semestre 1º Semestre (Optativa) 2º Semestre (Optativa) 4º Semestre 4º Semestre (Optativa)

USP

5º Semestre

USP

6º Semestre

USP

7º Semestre (Optativa)

Técnica Redacional III: Texto Digital Computação Gráfica Novas Técnicas e Tecnologias em Comunicação Tecnologias em Comunicação Produção para Mídias Eletrônicas e Digitais I e II Relacionamento em Mídias Sociais e Portais Corporativos Mídias Digitais I Mídias Digitais I Produção Laboratorial Institucional - Mídias Digitais I Produção Laboratorial Institucional - Mídias Digitais II Mídias Sociais Comunicação Digital Redação para Meios Digitais Comunicação Interativa e o Texto Eletrônico-digital Comunicação Digital Comunicação Digital e as Novas Mídias Aspectos Teóricos da Comunicação Digital Produção de Periódicos Institucionais no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Produção Audiovisual no Contexto das Novas Mídias, do Novo Social, e das Empresas e Instituições Teoria da Opinião Pública em Contextos Digitais

40


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