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A FOREST OF DREAMS

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OMITIR

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Sonhos tornados realidade

Do nome da banda, da música, das letras emanam sonhos (mesmo que violentamente veiculados). Da mente de Mário Rodrigues – com ou sem a voz de Hugo Leal (aka Vulturius) – já saíram dois álbuns – um homónimo e outro intitulado «Sacrum Terram» – a que virá em breve juntarse um terceiro.

Entrevista: CSA

Olá, Mário! Estava à espera da oportunidade de te entrevistar, porque fiquei muito bem impressionada com este teu projeto. Para começar, gostava de saber como surgiu a Forest of Dreams. DS13 – Obrigado à Versus por esta oportunidade. AFOD surgiu quando, no dia 30 de outubro de 2019, fui fazer uma sessão fotográfica num dia de chuva e nevoeiro para a serra de Sintra, para comemorar os meus 50 anos. Ao chegar lá a envolvência parecia ter sido tirada de um sonho, um cenário surreal. O nome e a ideia para um futuro projeto nasceram nesse dia.

E também gostava de saber por que razão escolheste um nome em Inglês para a tua banda, se as letras das canções são escritas em Português. O nome pareceu-me bem em Inglês, foi o que me veio a ideia nesse dia e não me preocupei que fosse cantado noutra língua.

Vi que lançaste dois álbuns em 2020 (em março e agosto). - Já tinhas o material pronto? O confinamento devido à pandemia teve alguma influência nessa situação? O primeiro álbum – «A Forest of Dreams» – é um trabalho instrumental e comecei a compor e gravar ainda no final de 2019. Naturalmente, a pandemia trouxeme algum tempo livre pelo facto

de ter deixado de ensaiar com as minhas outras bandas. Esse afastamento social vem contribuir para a essência do primeiro álbum e frieza do som e os ambientes negros. No seguimento do primeiro álbum e da misantropia vivida por todos estarmos afastados daquilo que julgávamos ter como certo nas nossas vidas, as composições surgiram naturalmente mais agressivas. - Os dois álbuns são semelhantes (eventualmente até a continuação um do outro)? O que os aproxima um do outro? E o que os separa? Sinto que o «Sacrum Terram» é um álbum mais agressivo, mas mesmo assim ambiental e com alguma tranquilidade. O que os aproxima são os samples de sons da natureza e o que os afasta é o facto de um ser instrumental o outro não.

Como caracterizas a música de A Forest of Dreams? A linguagem musical é basicamente Atmospheric Black Metal, que é o género com que mais me identifico. A filosofia por detrás da música é centrada no misticismo do Monte da Lua com toda a sua envolvência entre a natureza e o sobrenatural.

Por que pediste ao Hugo Leal (aka Vulturius) para escrever as letras para as tuas canções? Ao mostrar os temas foi-me sugerido por uma pessoa amiga que ficavam bem com a voz do Vulturius (Irae, Morte Incandescente…). Logo, foi convidado a participar no projeto e ainda bem que aceitou, porque veio dar uma voz àquilo que eu queria transmitir. Eu dou o tema da música e o Vulturius escreve a grita aquilo que AFOD quer transmitir.

Quanto à escolha dele para vocalista, não podia ter sido mais acertada. Mas nunca pensaste em emprestar a tua voz às tuas canções? Isso seria impensável devido ao facto de não conseguir cantar ou gritar com a qualidade necessária. A minha voz apenas é ouvida num sample da faixa “Iniciático Chamamento”.

E por que razão pediste a um outro músico para tocar bateria numa das faixas do álbum? O Paulo Bucho é o baterista de Cavemaster e um músico habitual nos estúdios da Fatsound. Era natural que fosse ele a gravar esse tema.

Quem te fez o artwork para os dois álbuns? [As fotos são fantásticas.] O artwork foi desenhado pelo Márcio Blasphemator, que é um desenhador e criador de arte fantástico. As fotos foram tiradas por mim no bosque da Peninha na serra de Sintra e a composição feita pela Misanthrope Qliphoth.

E o logo para a banda? [É absolutamente maravilhoso.] Também foi feito pelo Márcio (Blasphemator) Menezes.

Já fizeste algum concerto? Quem toca contigo nessas ocasiões? Não faz parte da natureza de AFOD ser uma banda para tocar ao vivo.

E já tens material para um terceiro álbum? Sim, já comecei a compor e amanhã, dia 21 de dezembro de 2020, um dia especial para todos nós no começo de mais uma roda do ano – a celebração do solstício de inverno – vai estrear o single “A noite mais longa… Solstício de Inverno”, primeira música para escuta do terceiro álbum de AFOD.

Já agora, podes também apresentar-nos a editora em que lançaste os teus dois álbuns? A editora é a Fatsound.productions uma editora online que é minha e pretende, sem grandes fins lucrativos, promover as minhas bandas e de algum pessoal mais próximo de mim e fazer chegar a todos vós o merchandising das bandas que fazem parte da editora.

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“Esse afastamento social vem contribuir para a essência do primeiro álbum e frieza do som e os ambientes negros.

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