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OMITIR

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Adriano Godinho

Symphony X - Paradise Lost Blindfolded And Led To The Woods - Nightmare Withdrawals W.A. Mozart Symphonies

Carlos Filipe

Therion - Leviathan Efémero - Movimento Efémero Do Cosmos Empyrium - Über Den Sternen Moonspell - Hermitage Deamonarch - Hermeticum Bathory - Twilight of the gods

Cristina Sá

Harakiri for the Sky – Maere Hoofmark – Evil Blues Hyrgal – Fin de Règne Moonspell – Hermitage Perennial Isolation – Portraits The Legendary Tigerman – Femina

Eduardo Ramalhadeiro

Korpiklaani - Jylhä Amorphis - Under the Red Cloud Orden Organ - Final Days Soen - Imperial Ozzy Osbourne - Bark at the Moon Dire Straits - Alchemy Live

Emanuel Roriz

Moonspell - Hermitage The Crown - Royal Destroyer Carcolh - The life and works of death The Clash - Hits Back The Stooges - Funhouse

Ernesto Martins

Empyrium - Über Den Sternen Les Chants de Nihil - Le Tyran et L’Esthéte Pink Floyd- Wish You were Here Paranorm - Empyrean Unfleshed - Twisted Path to Mutilation

Gabriel Sousa

Harem Scarem - Mood Swings Moonspell - Hermitage Chez Kane - Chez Kane Stan Bush - Dare To Dream Joker - Ecstasy

João Paulo Madaleno

Exanimis - Marionnettiste Dvne - Etemen Ænka The Chant of Trees - The Chant of Trees Wolfheart - Skull Soldiers [EP] Becoming The Archetype - I am

Helder Mendes

Paradise Lost - Gothic Igorrr - Spirituality and Distortion The Gathering - Home Simbiose - Fake Dimension Brujeria - Raza Odiada

Hugo Melo

Devin Townsend _Devolution Series 1 - Acoustically Inclined Moonspell - Hermitage Les Chants de Nihil - Le Tyran et L’Esthéte Anneke Van Giersbergen - The Darkest Skies Are The Brightest Sodom - Genesis XIX

Ivo Broncas

Megadeth - Rust in Peace Alice in Chains - Dirt Ozzy Osborne - Ordinary Man Deftones - Ohms

Nuno Lopes

Melvins - Working With God Tomahawk - Tonic Immobility Age of Woe - Envenom Harakiri for the Sky - Maere Nature Morte - Messe Basse

“Painkiller” do Folk

Os Korpiklaani regressaram com um novo álbum, «Jylhä» e como sempre a inspiração folk manteve-se, no entanto, há algumas surpresas bastante agradáveis. O folk está vivo e recomenda-se.

Entrevista: Eduardo Ramalhadeiro | Fotos: Peero Lakanen

Olá! Antes de qualquer coisa mais, espero que tudo esteja bem contigo e com os teus. Após 11 álbuns, 21 anos e vários membros és o único membro original da banda. Como descreves a tua viagem com os Korpiklaani? Jonne Järvelä - Muito obrigado. Tem sido uma viagem atribulada. Muitos dos meus sonhos de criança tornaram-se realidade e estou muito feliz que, após 11 álbuns, ainda nos seja possível aprender coisas novas e crescer como banda. Não tivemos de fazer compromissos e estamos a fazer a música que gostamos. Pode não ser para todos, mas também não existe nenhum tipo de música que agrade a todos, pelo que haveríamos de o tentar? O melhor é sermos verdadeiros com nós próprios e fazermos a música que gostamos e que nos toca. Com sorte, há sempre a possibilidade de tocar outras pessoas.

Dos 11 álbuns que têm, onde é que este se insere este «Jylhä»? É o vosso melhor trabalho? Dada toda a situação e restrições da pandemia, tiveram de mudar alguma coisa nas gravações? Tivemos a possibilidade de colocar toda a nossa atenção nas gravações. Antes tínhamos de ir em digressão antes das gravações. Também trabalhámos mais no álbum porque agora tenho um estúdio em casa com boas condições e espaço suficiente para a gravação das baterias e tudo o resto. Foi por isso que passamos tanto tempo em pré-produção antes de efectuarmos a entrega do material ao nosso produtor Janne Saksa.

Segundo li o vosso novo baterista Mikkonen teve um papel especial neste processo. O que é que ele trouxe de novo para o álbum que fez a diferença. Depois de terminámos as gravações, o Samuli esteve praticamente todos os dias aqui no estúdio. Isto foi como o primeiro round. Depois veio o segundo round onde regravámos as coisas

“Tenho a sensação

que os Korpiklaani estavam no ponto em que se encontravam os Judas Priest depois do álbum «Ram it Down»

com as ideias dele. Por vezes pediame para cortar uma parte, outras vezes pedia para continuarmos a gravar. Depois disto aconteceu o terceiro round onde gravámos com baterias reais, que inicialmente tinham sido codificadas em computador. Também gravámos algumas linhas com acordeão e violinos. Depois disto fomos para o estúdio “real” com o produtor. As guitarras também foram gravadas em casa, no meu estúdio.

No geral, onde obtiveram a inspiração para fazerem a música de «Jylhä»? Estou sempre a escrever música, pelo que a inspiração pode vir de qualquer lado. A própria vida com as mudanças e esquinas é uma fonte inacabável de inspiração. A natureza é uma das principais inspirações para o dia a dia, mas também o é para a escrita das músicas. Novos instrumentos ou mesmo os membros da banda também podem ser fonte de inspiração. A própria acção de estar parado de mãos nos bolsos, se mantiveres os olhos abertos, vês que qualquer coisa pode servir de inspiração.

O álbum abre com “Verikoira” e nas tuas palavras, com “«Painkiller» in your minds”, como um género de homenagem aos Judas Priest. Quem teve a ideia de fazer esta “Verikoira”, uma mescla de folk e heavy metal (… de Judas Priest)? Eu tive a ideia de fazer um álbum mais rápido e pesado. Tenho a sensação que os Korpiklaani estavam no ponto em que se encontravam os Judas Priest depois do álbum «Ram it Down», que é muito mais calmo. Arranjaram um novo baterista e gravaram o melhor álbum até à data, o «Painkiller». O Samuli entranha o sentimento e quer fazer uma introdução muito porreira de bateria. Acaba por escrever uma estrutura que acabou por ficar intocável até ao resultado final. Eu limitei-me a fazer os riffs para as baterias dele, influenciadas pelos Judas Priest. Foi uma forma engraçada de fazer uma música e espero que possamos repetir, ou seja fazer música a partir de faixas de baterias. Até esta experiência sempre escrevi as músicas e só depois pensava nos arranjos dos restantes instrumentos.

Falando um pouco das vossas influências, «Jylhä» não é um simples álbum de folk, tem muitas e variadas influências. Podes falar um pouco sobre elas e de que forma ajudaram a moldar a vossa sonoridade?

A nossa música é bastante simples para incluir no seu género. Somos uma típica banda de folk metal. Sem sintetizadores e apenas com instrumentos de folk reais. As guitarras são bastantes pesadas, mas temos vários elementos mais leves de rock, pop e até da música reggae, porque não nos queremos limitar musicalmente. Na realidade pensamos muitas vezes porque raio é que os nossos fãs querem limitar a nossa música. Não precisamos de nos limitar, isso seria como mijarmos de manhã nos nossos Corn Flakes.

O meu finlandês está muito enferrujado (risos), por isso, qual é o significado de «Jylhä» e qual é o conceito por detrás dele? «Jylhä» significa majestoso, mas não é apenas isso. É um pouco difícil de explicar porque não existe uma palavra em inglês para isso. É algo agradável, grande e rochoso. Pode ser uma paisagem, mas também pode ser música.

Tuomas Keskimäki é quem habitualmente escreve as letras. Como te sentes (ou… é difícil) cantar as letras do Tuomas e fazêlas tuas? É bastante fácil e é por isso que cooperamos há tantos anos. Ele é talentoso e também um bom trabalhador. E rápido. Quando lhe envio às 22h uma música de demo, muitas vezes ele envia a letra nessa mesma noite. Por vezes na manhã seguinte, mas sempre muito rápido o que faz com que nunca perca aquela primeira impressão da música nova e ainda a consigo cantar com aquela sensação de novidade. É um dos segredos da minha escrita. Gosto de terminar rapidamente as músicas enquanto ainda tenho uma forte ligação emocional com a ideia original para a composição daquela canção.

Normalmente obtém-se uma boa parte das sensações das músicas através das letras. Para uma pessoa não finlandesa, isso não é possível, ou seja, não conseguimos beber esses sentimentos das letras das vossas músicas. Alguma vez pensaram em fazer um álbum em inglês ou pelo menos algumas versões, como os Opeth fizeram com «In Cauda Venenum» ou os Sabaton com a «Carolus Rex»? Fizemos o nosso álbum «Manala» com uma versão em inglês, mas esta não teve tanto sucesso como a versão finlandesa. Foi uma boa prova em como era possível escrevermos as letras apenas em finlandês. Já existem bandas suficientes a cantar em inglês as suas músicas. E se pensarmos bem, na Finlândia não se fala alemão e, no entanto, os Rammstein são muito populares. Em quase todas as capas está presente um homem idoso. Tem nome ou é como uma espécie de mascote para os Korpiklaani, como o Eddie é para os Maiden? É como uma mascote e chama-se Vaari (avô).

A última vez que tocaram em Portugal foi em Março de 2019, como estão os planos de digressões com tudo isto do COVID e haverá a possibilidade de actuarem em Portugal como cabeças de cartaz? Temos planos para o regresso às digressões em outubro. Esperamos sinceramente que Portugal seja inserido nesta digressão.

Por último, têm alguma mensagem para os fãs portugueses? Espero vos ver em breve nos concertos. Até lá mantenham-se em segurança. Folk, Metal, Paz e Amor!

São uma banda muito energética e as pessoas parecem seguir a loucura da vossa música. Qual foi a coisa mais engraçada/maluca que viram nos concertos ao vivo? Já vimos do palco relações sexuais, lutas, mas temos tido sorte em essencialmente o publico a dançar e a divertir-se… Até de manhã!

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