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É fogo
Anos 1960. Os irmãos Curti estavam prestes a inaugurar o majestoso Cine São José, na rua General Glicério – um templo de requinte e sofisticação, sobressaindo-se o luxo das poltronas aveludadas, dos tapetes e dos carpetes felpudos, das cortinas exuberantes... Porém, apenas alguns dias antes da primeira exibição, um incêndio devastador como poucos surpreendeu todos e destruiu o palácio durante a madrugada. Ao saber da notícia, o diretor da rádio Independência, Alexandre Macedo, telefonou, altas horas, para um dos repórteres da emissora – J. Havilla – e o incumbiu de comparecer imediatamente ao local para cobrir a tragédia. Sonolento, recém-chegado de uma noitada, o jovem radialista desligou o telefone e voltou a dormir. Então, quando acordou, já pela hora do almoço, leu no jornal a notícia do incêndio e comentou com a mãe: – Puxa, que engraçado! Esta noite sonhei que o Alexandre havia me telefonado para avisar que o Cine São José estava pegando fogo!
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