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GRATITUDE GRATIDAO

que integrava o projeto “Desenvolvimento de princípios de transparência e prestação de contas em organizações da sociedade civil”. Resolveu fazer a inscrição e a notícia de que ele e Luciane tinham sido selecionados –o curso começaria no ano seguinte, 2010 – foi comemorada como uma aprovação no vestibular. “SEREMOS SEMPRE GRATOS À PARCEIROS VOLUNTÁRIOS PELO QUE A GENTE CONSIDERA UM DIVISOR DE ÁGUAS NO WIMBELEMDON. Aprendemos muito mais do que transparência e prestação de contas. Marketing, contabilidade, visão estratégica. Tudo contribuiu para ampliar nossa visão e melhorar nosso trabalho”, afirma Marcelo.

Ainda em 2009, um marco na história dos eventos do WimBelemDon: o 10 Rolando Arroz. O evento, regado a risoto, reuniu crianças, familiares e poucos convidados. Tímido, se comparado ao que se transformou nos anos seguintes. Mas os apoiadores do projeto participaram do torneio por uma causa nobre: testar as habilidades das crianças, que seriam boleiros da Copa Davis. A disputa, naquele ano, entre Brasil e Equador, aconteceria no Gigantinho. Agostinho Carvalho, do projeto Bola Dentro, de São Paulo, tinha vindo a Porto Alegre treinar os educandos voluntariamente durante dois dias, e depois eles seguiram o treinamento com o professor Guido até o dia da seleção. O Brasil perdeu, mas a experiência para os 13 educandos-boleiros, e para aqueles que não foram selecionados e ganharam ingressos para assistir aos jogos, foi extraordinária.

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Chegou 2010 e a chave virou. Marcelo e Lu estavam imbuídos da tarefa de aprender. Apostaram todas as fichas no curso que daria um novo rumo ao projeto. As mudanças começaram a acontecer, fruto de provocações, assinala Marcelo.

Uma das primeiras abordagens relacionadas ao marketing: “Quem tem um pórtico na entrada da instituição? Isso não é prioridade? É. Pede transparency principles and accountability in civil society organisations”. He decided to enrol and the news that he and Luciane had been offered a place – the course would begin the following year, 2010 – was celebrated as if they had been offered a place at university. “WE WILL BE FOREVER GRATEFUL

To Parceiros Volunt Rios

FOR WHAT

We Consider

TO BE A REAL MILESTONE FOR WIMBELEMDON. We learned so much more than transparency and accountability. Marketing, accounting, strategic vision. Everything contributed to expand our vision and improve our work”, Marcelo states.

Still in 2009, another milestone marked the WimBelemDon events history: the 1st Rolando Arroz. The risotto-fuelled event gathered the children, their families, and a handful of invited guests. A timid affair, compared to what it became in subsequent years; but the project sponsors took part in the tournament for a noble cause: testing the children’s skills so they could work as ball kids in the Davis Cup. That year’s competition between Brazil and Ecuador would be held at Gigantinho. Agostinho Carvalho, from project Bola Dentro, from São Paulo, had come to Porto Alegre to train our pupils for two days, then they continued their training with coach Guido until selection day. Brazil lost, but it was still an extraordinary experience for the 13 pupils/ball kids, and for those who were not selected to work but got tickets to attend the matches.

In 2010, the switch flipped. Marcelo and Lu were completely focused on learning. They went all in for the course that would give the project a new direction. Changes began to happen as a result of provocations, Marcelo points out.

One of the first approaches to marketing: “Who has a gate at the entrance of their institution? Isn’t this a priority? It is. Go ask a local metal worker to help. The neighbourhood needs to know what is going on”, they were told in the course. And the local metal worker made us a gate at cost price –

MOMENTOS DO 10 ROLANDO ARROZ: TREINAMENTO DE BOLEIROS, OS

EDUCANDOS QUE ATUARAM NA DAVIS E O TROFÉU FEITO PELAS CRIANÇAS

HIGHLIGHTS OF THE 1ST ROLANDO ARROZ: TRAINING THE BALL KIDS, THE PUPILS WHO WORKED AT THE DAVIS CUP AND THE TROPHY THE CHILDREN MADE

O PÓRTICO DE ENTRADA, INICIATIVA INSPIRADA

PELO CURSO DA PARCEIROS VOLUNTÁRIOS

CARMEM FRANCO, CONSULTORA QUE

AJUDOU A PROFISSIONALIZAR A ONG

NA QUADRA, EDUCANDA UNIFORMIZADA

E O SLOGAN “EDUCANDO COM O TÊNIS”

THE ENTRANCE GATE, AN INITIATIVE INSPIRED BY THE PARCEIROS VOLUNTÁRIOS COURSE

CARMEN FRANCO, CONSULTANT WHO HELPED THE NGO TO OBTAIN PROFESSIONAL QUALIFICATIONS ON THE COURT, A PUPIL IN UNIFORM AND THE SLOGAN, ‘EDUCATING WITH TENNIS’ ajuda ao serralheiro. O bairro tem que saber o que acontece”, diziam no curso. E eles fizeram, por um preço de custo – lonas vinílicas, logotipo do projeto, slogan “educando com tênis”. “Passamos a ouvir das pessoas: Bah, que legal, não sabia que era um projeto social. Apesar de termos atrasado conta de água e de luz, aquele investimento se justificava. A visibilidade aumentou no bairro. As pessoas passaram a saber o que era feito aqui”, recorda Marcelo.

Outra sacudida foi em relação ao Conselho. “O projeto não fazia favor, entregava um serviço social. Precisava de um Conselho ativo, de uma gestão atuante”, lembra Carmen Franco, que, depois da orientação no curso da Parceiros Voluntários, seguiu por alguns anos como consultora do WimBelemDon. Marcelo buscou novos nomes para o Conselho, perdeu a vergonha de cobrar atuação dos conselheiros, contratou um contador com experiência no terceiro setor, contratou um profissional para a gestão interna, administrativa.

A visão empresarial era contemporizada pela orientação da Parceiros Voluntários. Muitas ferramentas do setor privado eram necessárias, mas a essência do terceiro setor deveria ser mantida. O lucro é humano. A busca por excelência não terminava nunca.

Entre as novas contratações, a psicopedagoga Mariana Marona, o psicólogo Cassiano Pires e a assistente social e consultora Shirley de Hann Curtinaz. A equipe estava reestruturada e as atividades do projeto passaram a ser diárias. “Comecei como voluntária da oficina de leitura, em 2010, e no ano seguinte passei a fazer parte da equipe e trabalhar diariamente. Foi o período em que o projeto deu uma guinada. Conseguimos nos profissionalizar, recebemos consultorias que nos ajudaram muito na parte de processos. Começamos a sair da coisa mais empírica e experimentar e criar uma metodologia, mesmo”, afima Mariana.

Responsável pelas oficinas pedagógicas, Mariana destaca a capacitação constante e o comprometimento da equipe, que sempre vestiu a camisa da instituição. “Um ponto muito forte do WimBelemDon, meio with printed vinyl canvas, the project logo and the slogan “educating with tennis”. “We began to hear from people: oh, that’s really cool, I didn’t know this was a social project. Even though we were late with our water and energy bills, that investment was justified. Our visibility in the neighbourhood increased. People now knew what we did”, Marcelo recalls.

Another shakeup was regarding the Board. “The project wasn’t doing anyone a favour, it delivered welfare. As such, it needed an active Board, a proactive management”, recalls Carmen Franco, who, after providing guidance at the Parceiros Voluntários course, continued as a WimBelemDon consultant for a few years. Marcelo sought new names for the Board, stopped being nervous about asking the Board to be actively engaged, hired an accountant with third sector experience, and hired a new professional for the internal administration. This business-oriented vision was contextualised with guidance from Parceiros Voluntários. Many tools from the private sector were needed, but the essence of the Third Sector had to be kept. Profit was human. The pursuit of excellence would be endless.

New hires also included psychopedagogue Mariana Marona, psychologist Cassiano Pires and social worker and consultant Shirley de Hann Curtinaz. The team was restructured and the project began to offer daily activities. “I started as a volunteer in the reading workshop in 2010, and in the following year, I became a regular staff member working every day. That was when the project really picked up. We became professional, we received consultancy that helped a lot with all the processes. We moved from an empirical model and became to experiment with creating our own methodology”, Mariana affirms.

Responsible for the pedagogic workshops, Mariana highlights the continuous professional development

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