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THE CROWD GRATITUDE Gratidao

também escreveram sobre a vida do projeto. Como estudante, tentava ajudar. E decidi me envolver cada vez mais.

Em 2016, participei do 80 Rolando Arroz. Fiquei muito feliz de estar com meus amigos de novo. Queria muito me reaproximar. Em 2018, me formei. Estava preocupado em não conseguir emprego na minha área. Editei vídeos numa startup. Comecei a trabalhar de garçom e depois de recepcionista de hotel. Precisava ganhar dinheiro. Logo depois, o Marcelo e o Cristiano me chamaram para participar do 20 Ué?! SOPA!: eu discursaria como ex-educando. Fiquei um mês elaborando a minha fala!

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Foi nesse evento que a gente se reaproximou de verdade. Falei abertamente que estava sofrendo por não estar exercendo a minha profissão, algo pelo qual eu tinha lutado tanto. Mais um ano e eu ainda estava naquela situação. Triste. Tinha resolvido até viajar com a minha companheira para a Argentina. Então me chamaram para ‘trocar uma ideia’. Pensei que me convidariam para discursar no Ué?! SOPA! novamente. Cheguei aoWimBelemDon de bermuda, boné. A entrevista era de emprego e eu não sabia! O Cris fechou a porta do Administrativo. Conversamos. E ele: ‘Ah, tu vai viajar? Então não vou poder te contratar’. Eu não acreditei. Quando ele disse que chamaria a Dionara para falar de salário, benefícios, etc., antes de ouvir qualquer coisa eu respondi que aceitava. EU QUERIA ESTAR ALI. EU QUERIA AJUDAR AS CRIANÇAS, DA

MESMA FORMA QUE O PROJETO ME AJUDOU.

Fui contratado como assistente de comunicação. Depois de um mês, passei a fazer parte da equipe técnica como educador da oficina cultural de cinema – eu sou crítico de cinema, escrevo para o Sala Crítica. Para mim, dar aula de cinema é surreal. Tento passar um pouco dos meus conhecimentos. Muitos se interessam e vejo que podem encarar isso como profissão. O mesmo acontece com a fotografia.

Realizei o sonho de viajar para a Argentina nas primeiras férias, um study Journalism at Uniritter. I did an internship at the Porto Alegre City Council. Through the university, I wrote a feature about the sale of the land and another one about the financial crises the project faced. I recommended WimBelemDon to two colleagues, who also wrote about the project. As a student, I tried my best to help. And then I decided to become more involved.

In 2016, I took part in the 8th Rolando Arroz. I was very happy to be with my friends again. I really wanted to get close again. In 2018, I graduated. I was worried about not finding a job in my area. I did some video editing work for a startup. I worked as a waiter and hotel receptionist. I needed to earn money. Then Marcelo and Cristiano invited me to participate in the 2nd Ué?! SOPA!, doing a talk as a former pupil. I spent a month refining my speech!

It was at this event that we really rekindled our friendship. I spoke openly about how much I was suffering not working in the chosen profession I had fought for so hard. Another year had gone by and I was still in the same situation. Sad. I had even thought about going to Argentina with my partner. Then they called me for a chat. I thought they were going to ask me to do another talk at Ué?! SOPA!. I arrived at WimBelemDon wearing shorts and a baseball cap. It was a job interview and I didn’t know! Cris closed the administrative office door. We talked. And he said, ‘oh, you’re going travelling? Then I can’t hire you’. I couldn’t believe it. When he said he would call Dionara to talk about wages, benefits, etc., before I heard anything else, I said I accepted it. I WANTED TO BE THERE. I WANTED TO HELP THE CHILDREN IN THE SAME WAY THE PROJECT HAD HELPED ME.

I was hired as a Communications Assistant. After one month, I integrated the technical team as an educator in the film workshops – I am a film critic, I review for Sala Crítica. To me, teaching film is surreal. I try to impart some of my knowledge. Many of the kids take an interest and start to consider a career in film. The same happens with photography.

“ELES SALVARAM A MINHA VIDA E MAIS ALGUMAS. O WIMBELEMDON TEVE UMA IMPORTÂNCIA GIGANTESCA, MESMO QUANDO FIQUEI AFASTADO; FOI RESPONSÁVEL PELAS EVOLUÇÕES E PELAS OPORTUNIDADES QUE TIVE NA VIDA” (RAFAEL BERNARDES)

“THEY SAVED MY LIFE AND A FEW OTHERS. WIMBELEMDON WAS OF HUGE IMPORTANCE EVEN WHEN I WAS AWAY. IT WAS RESPONSIBLE FOR MY PERSONAL GROWTH AND THE OPPORTUNITIES I’VE HAD IN MY LIFE” (RAFAEL BERNARDES)

The Crowd

ano depois, e, na volta, mais um sonho: participar de um evento do WimBelemDon como funcionário. Nunca tive uma sensação ou experiência melhor. É muito trabalho, mas o retorno é absurdo, é demais.

Gosto de falar que eles salvaram a minha vida e mais algumas. O WimBelemDon teve uma importância gigantesca, mesmo quando fiquei afastado; foi responsável pelas evoluções e pelas oportunidades que tive na vida. Como pessoa, como profissional. Foi no projeto que comecei a gostar de ler, de ir à biblioteca, que comecei a pensar no futuro, que desejei ter uma profissão. Antes de entrar no projeto, tinha ido ao cinema duas vezes na vida. Depois, comecei a ver mais filmes.

Com as aulas de inglês, vieram dicas para ver filmes legendados, e passei a exercitar a língua. NoWimBelemDon, ganhei até uma medalha – sempre gostei de esporte, mas nunca tinha sido bom em nada, até jogar tênis.

Atualmente, por causa do WimBelemDon, tive a possibilidade de evoluir como profissional: edito vídeos, fotos, melhorei meu texto, minha desenvoltura nas redes sociais. E também desperto nas crianças a vontade de continuarem como voluntárias do projeto.

O que eu mais gosto na vida é estar junto das crianças no dia a dia. Conviver com elas, passar um filme, debater o assunto com elas, passar lição de casa, receber um desenho sobre o filme a que assistimos com um ‘obrigado’. Não tem explicação! WimBelemDon é meu trabalho, minha vida, meu lugar preferido.”

Orgulho

O espírito de organização, de qualidade, de conforto. Tudo isso, para crianças que vêm muitas vezes de famílias desorganizadas, representa muito, avalia Rosane. “Um ambiente onde a gente vê amor em tudo, nas coisas mais simples, onde a gente sente o acolhimento. Elas se sentem em casa.”

I made my dream trip to Argentina on my first annual leave, one year after that, and another dream came true when I got back: take part in a WimBelemDon event as a staff member. I’ve never had a better feeling or experience. It’s a lot of work, but the reward is insane, it’s amazing. I like saying they saved my life and a few others. WimBelemDon was of huge importance even when I was away. It was responsible for my personal growth and the opportunities I’ve had in my life, both personal and professional. The project taught me to enjoy reading and going to the library, to think about my future, to want a career. Before I joined the project, I had only been to a cinema twice in my life. Then I started to watch more movies. With the English lessons, I started to get tips to watch subtitled movies to practise the language. I even won a medal at WimBelemDon – I had always liked sports, but I had never been good at any, until I tried tennis.

Nowadays, because of WimBelemDon, I have had the chance to grow as a professional: I edit videos, photos, I have improved my writing, my use of social media. And I also encourage the children to continue as project volunteers. My favourite thing in life is being together with the children every day. Spending time with them, show them a movie, discuss it with them, give them homework, receive a drawing about the movie we watched with a ‘thank you’ note. I can’t explain! WimBelemDon is my job, my life, my favourite place.

Proud

The organisational spirit, quality, comfort. All that, to children who often come from unstructured homes, means a lot, Rosane states. ‘A space where we see love everywhere, in the simplest things, where we feel welcome. They feel at home’. At events such as Rolando Arroz, in which the children participate actively, the Head Teacher

Em eventos como o Rolando Arroz, em que as crianças participam ativamente, a diretora enxerga a transformação e a maturidade delas.

“São elas que preparam a gente para o evento, fazem a produção dos entrevistados, explicam como vai ser todo o processo, as entrevistas. Com autonomia, desenvoltura. Fico orgulhosa desse empoderamento.” sees their transformation and maturity. ‘They are the ones preparing us for the event, they organise the interviewees, they explain how the whole process is going to be, the interviews. Autonomously, with confidence. I am incredibly proud of seeing them empowered like this’. WimBelemDon has transformed part of the community into a large family, which spreads the project’s values far beyond its boundaries. Luciane, the technical manager and heart of the project, knows each pupil by name and the background of every one of them, and affirms that while the children learn a lot, they also have a lot to teach every day. ‘I think the best thing is being among the children, living their daily routine with them. Trying things out. Helping them chase their dreams. It’s priceless’, Lu summarises.

WimBelemDon transformou parte da comunidade numa grande família, que multiplica os valores do projeto muito além dos seus limites. Luciane, a gerente técnica e coração do projeto, sabe o nome de cada educando e a situação pela qual passa cada um e afirma que, da mesma forma que as crianças aprendem, ensinam muito, todos os dias. “Acho que o melhor lugar é estar no meio das crianças, viver o dia a dia com elas. Experimentar. Fazer com que elas tenham a possibilidade de sonhar. Isso não tem preço”, resume Lu.

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