13 poemas de medo

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13 Poemas de Medo

Índice de autores e títulos Benedetti, Mario...................................................................................................................................2 O MEDO E A CORAXE.................................................................................................................2 VICEVERSA...................................................................................................................................2 Carver, Raymond..................................................................................................................................3 FEAR...............................................................................................................................................3 Castro Mendes, Luís Filipe...................................................................................................................5 DO MEDO.......................................................................................................................................5 Drummond de Andrade, Carlos............................................................................................................6 O MEDO..........................................................................................................................................6 Ferreiro, Celso Emilio..........................................................................................................................8 O MEDO..........................................................................................................................................8 González Ovies, Aurelio.......................................................................................................................9 O MEDO..........................................................................................................................................9 Loureiro Neves, Orlando......................................................................................................................9 O MEDO..........................................................................................................................................9 Mutis, Álvaro......................................................................................................................................10 O MEDO........................................................................................................................................10 Neruda, Pablo.....................................................................................................................................11 TEÑO MEDO................................................................................................................................11 O'Neill, Alexandre..............................................................................................................................12 POEMA POUCO ORIXINAL DO MEDO...................................................................................12 Pina, Manuel António.........................................................................................................................14 O MEDO........................................................................................................................................14 Pizarnik, Alejandra.............................................................................................................................14 O MEDO........................................................................................................................................14

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Benedetti, Mario O MEDO E A CORAXE El miedo y el coraje son gajes del oficio pero si se descuidan los derrota el olvido el miedo se detiene a un palmo del abismo y el coraje no sabe qué hacer con el peligro el miedo no se atreve a atravesar el río y el coraje rechaza el mar del infinito no obstante hay ocasiones que se abren de improviso y allí miedo y coraje son franjas de lo mismo1

VICEVERSA2 Teño medo de te ver necesidade de te ver esperanza de te ver desazóns de te ver. Teño ganas de te atopar preocupación de te atopar certidume de te atopar pobres dúbidas de te atopar. 1 2

http://www.iberlibro.com/blog/index.php/2013/02/07/los-poemas-ineditos-de-mario-benedetti/ http://www.ciudadseva.com/textos/poesia/ha/benedetti/viceversa.htm

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13 Poemas de Medo Teño urxencia de te oír ledicia de te oír boa sorte de te oír e temores de te oír ou sexa resumindo estou fodido e radiante quizais máis o primeiro que o segundo e tamén viceversa.

Carver, Raymond FEAR Fear of seeing a police car pull into the drive. Fear of falling asleep at night. Fear of not falling asleep. Fear of the past rising up. Fear of the present taking flight. Fear of the telephone that rings in the dead of night. Fear of electrical storms. Fear of the cleaning woman who has a spot on her cheek! Fear of dogs I've been told won't bite. Fear of anxiety! Fear of having to identify the body of a dead friend. Fear of running out of money. Fear of having too much, though people will not believe this. Fear of psychological profiles. Fear of being late and fear of arriving before anyone else. Fear of my children's handwriting on envelopes. Fear they'll die before I do, and I'll feel guilty. Fear of having to live with my mother in her old age, and mine. Fear of confusion. Fear this day will end on an unhappy note. Fear of waking up to find you gone. Novembro 2014

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13 Poemas de Medo Fear of not loving and fear of not loving enough. Fear that what I love will prove lethal to those I love. Fear of death. Fear of living too long. Fear of death. I've said that3.

MEDO Medo a ver un coche da policía achegarse á miña porta. Medo a durmirme pola noite. Medo a non me durmir. Medo ao pasado resucitando. Medo ao presente botando a voar. Medo ao teléfono que soa na quietude da noite. Medo ás tormentas eléctricas. Medo á limpadora que ten unha mancha na meixela! Medo aos cans que me dixeron que non morden. Medo á ansiedade. Medo a ter que identificar o corpo dun amigo morto. Medo a quedar sen cartos. Medo a ter demasiado, aínda que a xente non crerá isto. Medo aos perfís psicolóxicos. Medo a chegar tarde e medo a chegar antes que ninguén. Medo á letra dos meus fillos nos sobres. Medo a que morran antes ca min e me sinta culpable. Medo a ter que vivir coa miña nai cando ela sexa vella, e eu tamén. Medo á confusión. Medo a que este día acabe cunha nota infeliz. Medo a chegar e encontrarse con que te fuches. Medo a non amar e medo a non amar o suficiente. Medo de que o que eu amo resulte letal para os que amo. Medo á morte. Medo a vivir demasiado. Medo á morte. Teño dito.

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http://www.poetrysoup.com/famous/poem/1168/Fear

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Castro Mendes, Luís Filipe DO MEDO 1 Não pode o poema circunscrever o medo, dar-lhe o rosto glorioso de uma fábula ou crer intensamente na sua aura. Nós permanecemos, quando escurece à nossa volta o frio do esquecimento e dura o vento e uma nuvem leve a separar-se das brumas nos começa a noite. Não pode o poema quase nada. A alguns inspira uma discreta repugnância. Outras vezes inclinamo-nos, reverentes, ante os epitáfios ou demoramo-nos a escutar as grandes chuvas sobre a terra. Quem reconhece a poesia, esse frio intermitente, essa persistência através da corrupção? Quase sempre a angústia instaura a luz por dentro das palavras e lhes rouba os sentidos. Quase sempre é o medo que nos conduz à poesia. 2 Voltando ao medo: as asas prendem mais do que libertam; os pássaros percorrem necessariamente os mesmos caminhos no espaço, sem possibilidades de variação que não estejam certas com esse mesmo voo que sempre descrevem. Voltando ao medo: o poema

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13 Poemas de Medo desenha uma elipse em redor da tua voz e cerca-se de angústia e ervas bravias — nada mais pode fazer4.

Drummond de Andrade, Carlos O MEDO Em verdade temos medo. Nascemos escuro. As existências são poucas: Carteiro, ditador, soldado. Nosso destino, incompleto. E fomos educados para o medo. Cheiramos flores de medo. Vestimos panos de medo. De medo, vermelhos rios vadeamos. Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos. Há as árvores, as fábricas, Doenças galopantes, fomes. Refugiamo-nos no amor, este célebre sentimento, e o amor faltou: chovia, ventava, fazia frio em São Paulo. Fazia frio em São Paulo... Nevava. O medo, com sua capa, nos dissimula e nos berça. Fiquei com medo de ti, meu companheiro moreno, De nós, de vós: e de tudo. Estou com medo da honra. 4

http://www.citador.pt/poemas/do-medo-luis-filipe-castro-mendes

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13 Poemas de Medo Assim nos criam burgueses, Nosso caminho: traçado. Por que morrer em conjunto? E se todos nós vivêssemos? Vem, harmonia do medo, vem, ó terror das estradas, susto na noite, receio de águas poluídas. Muletas do homem só. Ajudai-nos, lentos poderes do láudano. Até a canção medrosa se parte, se transe e cala-se. Faremos casas de medo, duros tijolos de medo, medrosos caules, repuxos, ruas só de medo e calma. E com asas de prudência, com resplendores covardes, atingiremos o cimo de nossa cauta subida. O medo, com sua física, tanto produz: carcereiros, edifícios, escritores, este poema; outras vidas. Tenhamos o maior pavor, Os mais velhos compreendem. O medo cristalizou-os. Estátuas sábias, adeus. Adeus: vamos para a frente, recuando de olhos acesos. Nossos filhos tão felizes... Fiéis herdeiros do medo, eles povoam a cidade. Depois da cidade, o mundo. Depois do mundo, as estrelas, dançando o baile do medo5.

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http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond20.htm

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Ferreiro, Celso Emilio O MEDO Cando o corvo da noite se pousaba nas derradeitas luces do solpor, os meus ollos de neno enchíanse de bágoas e de lóstregos. O vento que fungaba nas vereas era un home langrán envolto en brétema cun fol ó lombo pra levar meniños. Os albres semellaban pantasmas de cabalos desbocados agallopando os eidos. Un medo que me viña das raíces do mundo tremíame no sangue. Pasaba o xornaleiro asubiando con dous luceiros prendidos na eixada, i eu tiña medo. Pasaba o cazador con bafexantes cans arrecendendo a toxos e carqueixas i eu tiña medo. Pasaban de ruada os fortes mozos que voltaran da guerra tan contentes, i eu tiña medo. Ao pasar ó meu lado e verme os ollos, alporizados, pasmos, decíanme: ―Non teñas medo, a i eu tiña medo Soio cando chegaba ós meus ouvidos a doce voz de mel da miña vella, xa non tiña medo. Agora non comprendo como aquil ser cativo, aquela vella nena tan endébel, (nos seus ollos azures había luces de amenceres novos) podía escorrentar tan grande medo6. 6

De O sono sulagado

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González Ovies, Aurelio O MEDO El miedo no existe, no tengo miedo. Es un color oscuro que se escapó de un cuento. Y si piensa asustarme, lo lleva claro, si se pone muy negro, yo le echo blanco. El miedo no existe, no tengo miedo, para todas las cosas hay un remedio7.

Loureiro Neves, Orlando O MEDO Que não se confunde. Por existir se ganha e nos pertence. Sílabas ou linguagem, busca o centro nas mãos, nos olhos, o contacto incessante. Percorre os muros da memória, na penumbra da palavra se instala. Nada partilha. Como um monólogo se mascara de gemas, rumores e gotas de ervas. Flui e estilhaça as pálpebras, domina as casas, abala os sismos. Ara o corpo, viva árvore em ascensão, ronda a pele e os jorros do ar. Até que nos toma e molda o ventre, descobre o preço diário da invisivel folhagem solar. É o que se oculta. Livor, sílaba, margem eterna da inicial prudência8. 7 8

http://vozymirada.blogspot.com.es/2010/11/el-miedo-poesia-para-ninos-de-aurelio.html http://www.citador.pt/poemas.php?op=10&refid=200810200206

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Mutis, Álvaro O MEDO Bandera de ahorcados, contraseña de barriles, capitana del desespero, bedel de sodomía, oscura sandalia que al caer la tarde llega hasta mi hamaca. Es entonces cuando el miedo hace su entrada. Paso a paso la noche va enfriando los tejados de cinc, las cascadas, las correas de las máquinas, los fondos agrios de miel empobrecida. Todo, en fin, queda bajo su astuto dominio. Hasta la terraza sube el olor marchito del día. Enorme pluma que se evade y visita otras comarcas. El frío recorre los más recónditos aposentos. El miedo inicia su danza. Se oye el lejano y manso zumbido de las lámparas de arco, ronroneo de planetas. Un dios olvidado mira crecer la hierba. El sentido de algunos recuerdos que me invaden, se me escapa dolorosamente: playas de tibia ceniza, vastos aeródromos a la madrugada, despedidas interminables. La sombra levanta ebrias columnas de pavor. Se inquietan los písamos. Sólo entiendo algunas voces. La del ahorcado de Cocora, la del anciano minero que murió de hambre en la playa cubierto inexplicablemente por brillantes hojas de plátano; la de los huesos de mujer hallados en la cañada de La Osa; la del fantasma que vive en el horno del trapiche. Me sigue una columna de humo, árbol espeso de ardientes raíces. Vivo ciudades solitarias en donde los sapos mueren de sed. Me inicio en misterios sencillos elaborados con palabras transparentes. Y giro eternamente alrededor del difunto capitán de cabellos de acero. Mías son todas estas regiones, mías son las agotadas familias del sueño. De la casa de los hombres no sale una voz de ayuda que alivie el dolor de todos mis partidarios. Su dolor diseminado como el espeso aroma de los zapotes maduros. El despertar viene de repente y sin sentido. El miedo se desliza vertiginosamente para tornar luego con nuevas y abrumadoras energías. La vida sufrida a sorbos; amargos tragos que lastiman hondamente, nos toma de nuevo por sorpresa. La mañana se llena de voces: voces que vienen de los trenes de los buses de colegio de los tranvías de barriada de las tibias frazadas tendidas al sol de las goletas de los triciclos de los muñequeros de vírgenes infames del cuarto piso de los seminarios Novembro 2014

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13 Poemas de Medo de los parques públicos de algunas piezas de pensión y de otras muchas moradas diurnas del miedo9.

Neruda, Pablo TEÑO MEDO Tengo miedo. La tarde es gris y la tristeza del cielo se abre como una boca de muerto. Tiene mi corazòn un llanto de princesa olvidada en el fondo de un palacio desierto. Tengo miedo. Y me siento tan cansado y pequeño que reflejo la tarde sin meditar en ella. (En mi cabeza enferma no ha de caber un sueño así como en el cielo no ha cabido una estrella.) Sin embargo en mis ojos una pregunta existe y hay un grito en mi boca que mi boca no grita. No hay oído en la tierra que oiga mi queja triste abandonada en medio de la tierra infinita! Se muere el universo, de una calma agonía sin la fiesta del sol o el crepúsculo verde. Agoniza Saturno como una pena mía, la tierra es una fruta negra que el cielo muerde. Y por la vastedad del vacío van ciegas las nubes de la tarde, como barcas perdidas que escondieran estrellas rotas en sus bodegas. Y la muerte del mundo cae sobre mi vida10.

9 http://www.poesi.as/amu013.htm 10 http://www.los-poetas.com/a/neru1.htm#TENGO%20MIEDO

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O'Neill, Alexandre POEMA POUCO ORIXINAL DO MEDO O medo vai ter tudo pernas ambulâncias e o luxo blindado de alguns automóveis Vai ter olhos onde ninguém o veja mãozinhas cautelosas enredos quase inocentes ouvidos não só nas paredes mas também no chão no tecto no murmúrio dos esgotos e talvez até (cautela!) ouvidos nos teus ouvidos O medo vai ter tudo fantasmas na ópera sessões contínuas de espiritismo milagres cortejos frases corajosas meninas exemplares seguras casas de penhor maliciosas casas de passe conferências várias congressos muitos óptimos empregos poemas originais e poemas como este projectos altamente porcos heróis (o medo vai ter heróis!) costureiras reais e irreais Novembro 2014

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13 Poemas de Medo operários (assim assim) escriturários (muitos) intelectuais (o que se sabe) a tua voz talvez talvez a minha com a certeza a deles Vai ter capitais países suspeitas como toda a gente muitíssimos amigos beijos namorados esverdeados amantes silenciosos ardentes e angustiados Ah o medo vai ter tudo tudo (Penso no que o medo vai ter e tenho medo que é justamente o que o medo quer) O medo vai ter tudo quase tudo e cada um por seu caminho havemos todos de chegar quase todos a ratos Sim a ratos11

11 http://portodeabrigo.do.sapo.pt/oneill3.html

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Pina, Manuel António O MEDO Ninguém me roubará algumas coisas, nem acerca de elas saberei transigir; um pequeno morto morre eternamente em qualquer sítio de tudo isto. É a sua morte que eu vivo eternamente quem quer que eu seja e ele seja. As minhas palavras voltam eternamente a essa morte como, imóvel, ao coração de um fruto. Serei capaz de não ter medo de nada, nem de algumas palavras juntas?12

Pizarnik, Alejandra O MEDO En el eco de mis muertes aún hay miedo. ¿Sabes tu del miedo? Sé del miedo cuando digo mi nombre. Es el miedo, el miedo con sombrero negro escondiendo ratas en mi sangre, o el miedo con labios muertos bebiendo mis deseos. Sí. En el eco de mis muertes aún hay miedo13.

12 http://ardaguarda.blogs.sapo.pt/184755.html 13 http://www.poesi.as/apz006.htm

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