Có amor no punto de mira

Page 1

Biblioteca e Club de Lectura IES “San Paio”

Día dos Namorados 2014


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Índice de autores

A modo de INTROITO.........................................................................................................................3 CÓ AMOR NO PUNTO DE MIRA DA POESÍA................................................................................5 Luali y Saleh Abdalahe................................................................................................................................5

Déixame crer en ti.......................................................................................................................5 Como Adán e Eva.......................................................................................................................6 A túa ausencia.............................................................................................................................7 Vicente Aleixandre (1898-1984) .................................................................................................................9 Abd Allah Ibn Alhaddad (morto en Granada, s. XII).................................................................................10 Abu Muhammad Ali Ibn Hazm (nado en Córdoba, s. XI)..........................................................................11 Al-mu`tamid (nado en Beja, Portugal, s. XI).............................................................................................12 Anónimos (século XV)..............................................................................................................................13 Louis Aragon (1897-1982) ........................................................................................................................14 Elizabeth Barrett Browning (1806–1861) .................................................................................................15 Bernal de Bonaval (s. XIII)........................................................................................................................17 Juan Boscán (1493-1542)..........................................................................................................................18 Robert Burns (1759–1796) .......................................................................................................................19 Darío Xohan Cabana (1952)......................................................................................................................20 Ramón de Campoamor (1817-1901)..........................................................................................................21 Yolanda Castaño (1977).............................................................................................................................23 Luis Alberto de Cuenca (1950)..................................................................................................................23

La cita........................................................................................................................................23 El desayuno...............................................................................................................................24 Álvaro Cunqueiro (1911-1981)..................................................................................................................24 Robert Desnos (1900-1945).......................................................................................................................25 Emily Dickinson (EE.UU, 1830-1886) .....................................................................................................26 Omar Kayyan (Persia, s. XI-XII)...............................................................................................................26 John Keats (1795–1821)............................................................................................................................27 Raquel Lanseros (1973).............................................................................................................................28 Pilar Pallarés (1957)..................................................................................................................................29 Manuel Pereira Valcárcel (A Estrada, 1955) .............................................................................................30 Alfonso Daniel Rodríguez Castelao (1886-1950) .....................................................................................30 Mohamed Salem Aldefatah .......................................................................................................................31

Amareite....................................................................................................................................31 Donos da lúa..............................................................................................................................32 Pedro Salinas (1891-1951) ........................................................................................................................34 Concha Sedano González..........................................................................................................................35 William Shakespeare (1564-1616) ............................................................................................................36 Shakîr Wa'el ?(s. XIII)...............................................................................................................................37 Juan de Tassis, conde de Villamediana (1582-1622)..................................................................................40 Helena Villar (1940), Xesús Rábade (1949)..............................................................................................41

CÓ AMOR NO PUNTO DE MIRA DO TEATRO............................................................................42 Pierre Corneille (1606-1684) ....................................................................................................................42 Víctor Hugo (1802-1885)..........................................................................................................................44 William Shakespeare (1564-1616) ............................................................................................................47

IES “San Paio”

2

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

A modo de

Día dos Namorados 2014

INTROITO

POETA QUE ETERNIZA O AMOR NA LETRA DOS SEUS POEMAS Un poeta galego, do século XV, Macías, de sobrenome “O Namorado”, morre prisioneiro dunha dobre prisión, a do amor por unha fidalga e por tanto inalcanzable para el, e a do cárcere onde é pechado para que non siga cantando pola súa señor. “Cativo! de mia tristura” é o primeiro verso do seu poema máis coñecido, pero non é a calidade literaria do seu poema o que vai convertelo en inmortal, é o exemplo do seu autor o que o vai converter en modelo de namorados peninsulares, fronte aos modelos franceses e italianos, ata que o mito de Romeo e Xulieta, ben apuntalado polo cine (pero esa é outra historia) sexa capaz de o substituír no imaxinario popular. Cativo! de mia tristura ja todos prenden espanto e preguntan que ventura é que m' atormenta tanto que non sei no mundo amigo a quen mais de meu quebranto diga d' esto que vos digo: Quen ben see, nunca devia al pensar, que faz folia. Cuidei sobir en alteza por cobrar mayor estado, e caí en tal pobreza que moiro desamparado. Con pesar e con desejo ben vos direi, mal-fadado, o que ouço ben e vejo: Cando o louco cree mais alto sobir, prende mayor salto. Pero que provei sandece, por que me dev' a pesar, minna loucura assi crece que moiro por én trobar. Pero mais non averei

IES “San Paio”

3

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

se non ver e desejar, e por én assi direi: Quen en carcer sol viver, en carcer deseja morrer. Minna ventura en demanda me poso atan dultada, que meu coraçon me manda que seja sempre negada. Pero mais non saberán de minna coita lazerada, e por én assi dirán: Can ravioso é cousa brava, de seu sennor sei que trava1.

Pierre Mignard, Cronos corta as ás de Cupido (1694), Museo de Denver (EE.UU)2

1

http://vello.vieiros.com/galego.org/linguadascantigas/documentos/cancioneiro1.html

2

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pierre_Mignard_%281610-1695%29_-_Time_Clipping_Cupid %27s_Wings_%281694%29.jpg

IES “San Paio”

4

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

AMOR NO PUNTO DE MIRA DA POESÍA Luali y Saleh Abdalahe3

Déixame crer en ti Déixame crer en ti

para seguir atado a algo. Quero volver ver o teu rostro, neste minuto de paz,

entre este siroco que se vai e o próximo que chegue.

Asomarme a mirar este atardecer

dende o apracible amencer dos teus ollos. Déixame pensar que o aire do teu alento

é o alento do meu aire,

que a noite é un estigma dos nosos corpos,

a mañá un descenso dos teus brazos e o crepúsculo, só,

un capricho dos teus bicos. Déixame seguir atado

ao silencio do teu amor para seguir amando

a dor do teu silencio.

3

Dous novos poetas saharianos.

IES “San Paio”

5

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Quero navegar entre os teus bicos e a miña soidade só, sempre só e apartado neste camiño case irreal

non deixes que a lúa irrompa coa súa azulada luz na imperativa escuridade onde se oculta o noso amor quedémonos quietos agora

para que este instante perdure sempre e o agora convértase en onte

e o noso hoxe fágase un bico eterno.

Como Adán e Eva Querían estar sós, unir os seus corazóns mesturar as súas carnes, as súas salivas

mollar a area virxe coa suor dunha promesa E fóronse, afastáronse da xente, das pegadas da vida

encontráronse entre o espellismo e o horizonte entre a inmensidade e o baleiro

o mundo deixou de existir nas súas incógnitas miradas salvo un sol que os acaricia entre a sombra que os acolla

e fundíronse nun cansazo pracenteiro

buscáronse as miradas, as únicas miradas preguntáronse por Adán e Eva

e unha nube caprichosa, namorada envolveu o sol eles, entre a chuvia, a carne, a area a suor, o xemido,

volveron nacer do barro

do nu, para unha promesa.

IES “San Paio”

6

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

(...)

no amor son como unha pedra dunha beira que mira sen mollarse o vaivén das ondas

se me botan, sempre vou dunha mirada ao máis fondo.

e estou a caer do ar con redes

e anzois na túa misteriosa lagoa.

A túa ausencia Cal grande é o deserto e cal baleiro está sen ti Onde me irei, a quen buscarei

A que porta tocarei, sabendo que a miña nube Xa non está

O pasto secouse, o rabaño do meu peito xeme pola falta dun pastor

pero ireime, ireime abrazando á miña soidade detrás das pegadas de onte

ireime ás augas que nos viron nacer en busca da túa saliva que me alenta a sede en busca da túa voz que me esperta

ireime para arrancar da vela e da lúa as memorias das nosas caricias

Oh! rabaño non te desesperes que a miña nube

é un búmerang e o meu corazón homeopático respira como un camelo, pola chuvia de onte.

IES “San Paio”

7

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Cando se murcha o xardín

E queres sentir a fragrancia Do xasmín

Busca o amor e sementa O teu corazón

Cando sentes frío e non tes Con que taparte

Pensa naquel niño que tiveches Unha vez

Cando te sentes desamparado E non sabes que facer

Pensa naqueles mans que te acariciaron Unha vez

Cando te sentes só E non tes con quen falar

Pensa naquelas frases de amor Que confesaches unha vez Cando a noite está escura E queres ver as estrelas

Pensa naqueles ollos que Contemplaches unha vez Cando te sintas débil

E fáltache xuventude

Pensa naquel amor que tiveches Por primeira vez

Cando a hora chega e queres saboreala Como o mel

Pensa naqueles labios que bicaches Unha e outra vez.4

4

http://www.lasonet.com/sahara/poesia1.htm

IES “San Paio”

8

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Vicente Aleixandre (1898-1984)

Cuerpo feliz que fluye entre mis manos, rostro amado donde contemplo el mundo, donde graciosos pájaros se copian fugitivos, volando a la región donde nada se olvida. Tu forma externa, diamante o rubí duro, brillo de un sol que entre mis manos deslumbra, cráter que me convoca con su música íntima, con esa indescifrable llamada de tus dientes. Muero porque me arrojo, porque quiero morir, porque quiero vivir en el fuego, porque este aire de fuera no es mío, sino el caliente aliento que si me acerco quema y dora mis labios desde un fondo. Deja, deja que mire, teñido del amor, enrojecido el rostro por tu purpúrea vida, deja que mire el hondo clamor de tus entrañas donde muero y renuncio a vivir para siempre. Quiero amor o la muerte, quiero morir del todo, quiero ser tú, tu sangre, esa lava rugiente que regando encerrada bellos miembros extremos siente así los hermosos límites de la vida. Este beso en tus labios como una lenta espina, como un mar que voló hecho un espejo, como el brillo de un ala, es todavía unas manos, un repasar de tu crujiente pelo, un crepitar de la luz vengadora, luz o espada mortal que sobre mi cuello amenaza, pero que nunca podrá destruir la unidad de este mundo.5 (de La destrucción o el amor)

5

http://artazalite.blogspot.com.es/2011/11/vicente-aleixandre-cuerpo-feliz-que.html

IES “San Paio”

9

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Abd Allah Ibn Alhaddad (morto en Granada, s. XII)

Talvez amada miña, pola verdade de Xesús, queiras sosegar o meu corazón enfermo! A beleza deuche o poder de facerme vivir e facerme morrer, e ela fíxome amar apaixonadamente as cruces dos monxes e os ascetas. Eu non tería ido ás igrexas por amor desas cruces, se non fose por ti! Aquí estou, por causa túa, sometido a unha ruda proba sen que haxa saída feliz para os tormentos que me inflixes. Non podo distraerme esquecendo, pois ti retesme solidamente nas redes do teu amor. Cantas bágoas de sangue vertín; pero ti non tes piedade do que chora! Sabes o que os teus ollos decretaron contra os meus? Sabes o lume que atiza no meu corazón a sutil luz que emana do teu rostro? Ti escondiches a túa claridade aos meus ollos mentres que ela brilla por enriba do sol. Na rama flexible e no outeiro areento que se curva vexo os teus costados, no medio das platabandas, as túas meixelas, e o perfume que se exhala, atopo o teu perfume. Nuwayra, se ti me esquivas, eu ámote, ámote. Os teus ollos son testemuñas de que pertenzo ao número das túas vítimas.

IES “San Paio”

10

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Abu Muhammad Ali Ibn Hazm (nado en Córdoba, s. XI)

Entrégoche un amor puro e sen mácula: nas miñas entrañas está visiblemente gravado e escrito o teu cariño. Se no meu espírito houbese outra cousa que nos foras ti, arrancaríaa e esgazaríaa coas miñas propias mans. Non quero de ti outra cousa que amor; fóra del non pido nada. Se o consigo, a Terra enteira e a Humanidade serán para min unha miudeza e os habitantes do país, insectos.

Cando se trata dela, agrádame a conversación, e exhala para min un exquisito arrecendo de ámbar. Se fala ela, non atendo aos que están ao meu lado e escoito só as súas palabras placenteiras e graciosas. Aínda que estivese co Príncipe dos Crentes, non me desviaría da miña amada en atención a el. Se me vexo obrigado a irme do seu lado, non paro de mirar atrás e camiño como unha besta ferida; Pero, aínda que o meu corpo se distancie, os meus ollos quedan fixos nela, como os do náufrago que, dende as ondas, contemplan a beira. Se penso que estou lonxe dela, sinto que me afogo como o que bocexa entre a poeira e a solaina. Se ti me dis que é posible subir ao ceo, digo que si e que sei onde está a escaleira.

IES “San Paio”

11

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Al-mu`tamid (nado en Beja, Portugal, s. XI)

A noite da túa ausencia é longa e perdura máis alá do amencer escurecendo os días. O teu baleiro fende as paredes do cuarto e obrígame a vivirte en soños. Pero xamais a miña imaxinación te abrangue. E fuxo avanzando como un cadáver polo sarrio das rúas. Miro... busco... como quen todo perdeu, mais nada hai nelas que supla a túa ausencia. A noite da túa ausencia é longa, moi longa, e afiada.6

6

IES “San Paio”

http://circulodepoesia.com/nueva/2013/08/relampago-de-poesia-persa-y-andalusi/

12

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Anónimos (século XV)

Vuestros son mis ojos, Isabel, vuestros son mis ojos y mi corazón también. Ojuelos graciosos, que os estáis riendo del que está muriendo. Ojos tan hermosos doleos de min, no me deis el fin, basten mis enojos. Miradme, mis ojos, aunque sea riendo del que está muriendo. Perdida traigo la color: todos me dicen que lo he de amor. Viniendo de la romería encontré a mi buen amor; pidiérame tres besicos: luego perdí la color. Dicen a mí que lo he de amor. Perdida traigo la color: todos me dicen que lo he de amor.7 7

Tesoros de la poesía en lengua castellana (prólogo de Rafael Alberti, selección de Regino García-Badell), Ediciones del Prado, Madrid, 1996, pp. 42-3

IES “San Paio”

13

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Louis Aragon (1897-1982) Nous dormirons ensemble Que ce soit dimanche ou lundi Soir ou matin minuit midi Dans l'enfer ou le paradis Les amours aux amours ressemblent C'était hier que je t'ai dit Nous dormirons ensemble. C'était hier et c'est demain Je n'ai plus que toi de chemin J'ai mis mon cœur entre tes mains Avec le tien comme il va l'amble Tout ce qu'il a de temps humain Nous dormirons ensemble. Mon amour ce qui fut sera Le ciel est sur nous comme un drap J'ai refermé sur toi mes bras Et tant je t'aime que j'en tremble Aussi longtemps que tu voudras Nous dormirons ensemble.8 (de Le fou d'Elsa)

Durmiremos xuntos. Aínda que sexa domingo ou luns Sexa de tarde, mañá, media noite ou mediodía Así sexa na gloria ou no inferno Os amores aos amores aseméllanse E foi tan só onte cando te dixen Que durmiremos xuntos Foi soamente onte e xa é mañá Non te teño máis que a ti como camiño Coloquei o meu corazón entre as túas mans Para que deambulase ao paso teu Por todo canto hai de tempo humano Durmiremos xuntos O que foi o meu amor seguirá sendo O ceo cóbrenos como un manto Aférrome a ti encerrándote nos meus brazos Porque ámote tanto que ata tremo E así por todo o tempo que ti queiras Durmiremos xuntos. (de Tolo por Elsa)

8

IES “San Paio”

http://www.poesie-francaise.fr/louis-aragon/poeme-nous-dormirons-ensemble.php

14

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Elizabeth Barrett Browning (1806–1861)

How do I love thee How do I love thee? Let me count the ways. I love thee to the depth and breadth and height to My soul can reach, when feeling out of sight For the ends of Being and ideal Grace. I love thee to the level of everyday's Most quiet need, by sun and candlelight. I love thee freely, ás men strive for Right; I love thee purely, ás they turn from Praise. I love thee with the passion put to use In my old griefs, and with my childhood's faith.9

De que modo te quero? De que modo te quero? Déixame contarche as maneiras. Pois quérote ata o abismo e a rexión máis alta a que podo chegar cando persigo os límites do Ser e o Ideal. Quérote no vivir máis cotián, co sol e á luz dunha candea. Con liberdade, como se aspira ao Ben; coa inocencia do que ansía gloria. Quérote coa febre que antes puxen na miña dor e coa miña fe de nena.

9

IES “San Paio”

http://www.poets.org/viewmedia.php/prmMID/15384

15

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Reza Abbasi, Os dous amantes, 1629-30, Museo Metropolitano, Nova York10.

10 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Twolovers.jpg

IES “San Paio”

16

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Bernal de Bonaval (s. XIII)

A dona que am´e tenho por senhor Amostrade-mi-a Deus, se vos em pracer for, Se non dade-mi-a morte. A que tenh´eu por lume d´estes olhos meus E por que choram sempr´, amostrade-mi-a, Deus, Se non dade-mi-a morte. Essa que vós fezestes melhor parecer De quantas sei, ai Deus! Fazede-mi-a veer, Se non dade-mi-a morte. Ai, Deus! Que mi-a fezestes mais ca min amar, Mostrade-mi-a u possa con ela falar, Se non dade-mi-a morte.11

11

http://bitaculas.as-pg.com/sondepoetas/2007/12/07/a-dona-que-eu-ame-tenho-por-senhorbernal-de-bonaval/

IES “San Paio”

17

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Juan Boscán (1493-1542)

Dulce soñar Dulce soñar y dulce congojarme, cuando estaba soñando que soñaba; dulce gozar con lo que me engañaba, si un poco más durara el engañarme. Dulce no estar en mí, que figurarme podía cuanto bien yo deseaba; dulce placer, aunque me importunaba que alguna vez llegaba a despertarme. ¡Oh sueño, cuánto más leve y sabroso me fueras, si vinieras tan pesado, que asentaras en mí con más reposo! Durmiendo, en fin, fui bienaventurado, y es justo en la mentira ser dichoso quien siempre en la verdad fue desdichado.

12

IES “San Paio”

12

http://www.sonferrer.com/poetas/boscan.htm#DULCE%20SO%C3%91AR

18

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Robert Burns (1759–1796) A rede, rede rose O my Luve's like a rede, rede rose That's newly sprung in June; O my Luve's like the melodie That's sweetly play'd in tune. Ás fair art thou, my bonnie lass, So deep in luve am I: And I will luve thee still, my dear, Till a' the sexas gang dry: Till a' the sexas gang dry, my dear, And the rocks melt wi' the sun: I will luve thee still, my dear, While the sands ou life shall run. And fare thee well, my only Luve And fare thee well, a while! And I will come again, my Luve, Tho' it were ten thousand mile. Unha rosa vermella, vermella Oh, o meu amor é como unha rosa vermella, vermella, que acaba de abrirse en xuño, oh, o meu amor é como a melodía que se toca con dozura e harmonía tan fermosa sodes, miña preciosa pastora, estou tan namorado de vos, e aínda vos amarei, amada miña, cando os mares se sequen: cando os mares se sequen, amada miña, e as rochas derrétanse ao sol, aínda vos amarei, amada miña, mentres a area da vida corre. E despídome de vos, o meu único amor, e despídome de vos por un momento, e volverei, amada miña, aínda que dez mil millas nos separen.13

13

IES “San Paio”

http://lyricstranslate.com/es/red-red-rose-una-rosa-roja-roja.html

19

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Darío Xohan Cabana (1952)

Que sería de min sen a presencia da tua lene risa luminosa, que sería de min sen a promesa do teu corpo froital xa floreado. Que sería de min sen os teus beizos, dóce veleño antigo que me invade, que sería de min sen os teus ollos de noite aluarada e desmedida. Que seria de min sen os teus rios, sen o teu pozo fondo en que me afogo, sen a tua fonte de auga sempre viva. Que sería de min sen as tuas mans que me estremecen, que me queiman vivo; que sería de min sen ti á beira.

14

(de Ábrelle a porta ó día)

14

IES “San Paio”

http://ocadernodoprofe.blogspot.com.es/2011/10/o-pan-e-mais-util-que-poesia-pro-como.html

20

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Ramón de Campoamor (1817-1901) ¡Quién supiera escribir! I -Escribidme una carta, señor cura. -Yá sé para quién es. -¿Sabéis quién es, porque una noche oscura nos visteis juntos? - Pues. -Perdonad; mas... -No extraño ese tropiezo La noche... la ocasión... Dadme pluma y papel. Gracias; Empiezo: Mi querido Ramón: -Querido?... Pero, en fin, ya lo habéis puesto... -Si no queréis... -¡Sí, sí! -Qué triste estoy! ¿No es eso? - Por supuesto -¡Qué triste estoy sin tí! Una congoja, al empezar, me viene... -¿Cómo sabéis mi mal?... -Para un viejo, una niña siempre tiene el pecho de cristal. ¿Qué es sin ti el mundo? Un valle de amargura. ¿Y contigo? - Un edén. -Haced la letra clara, señor cura; que lo entienda eso bien. -El beso aquel que de marchar a punto te dí... -¿Cómo sabéis?... -Cuando se va y se viene y se está junto, siempre... no os afentéis. Y si volver tu afecto no procura, tanto me harás sufrir... -¿Sufrir y nada mas? No, señor cura, ¡que me voy a morir! -¿Morir? ¿Sabéis que es ofender al cielo... -Pues, sí señor ¡morir! -Yo no pongo morir. - ¡ Qué hombre de hielo! ¡Quién supiera escribir!

IES “San Paio”

21

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

II -¡Señor rector, señor rector! en vano me queréis complacer, si no encarnan los signos de la mano todo el sér de mi ser. Escribidle, por Dios, que el alma mía ya en mí no quiere estar; que la pena no me ahoga cada día... porque puedo llorar. Que mis labios las rosas de su aliento, no se saben abrir; que olvidan de la risa el movimiento a fuerza de sentir. Que mis ojos, que el tiene por tan bellos, cargados con mi afán, como no tienen quien se mire en ellos, cerrados siempre están. Que es, de cuántos tormentos he sufrido, la ausencia el más atroz; que es un perpetuo sueño de mi oído el eco de su voz... Que siendo por su causa, el alma mía ¡goza tanto en sufrir!... Dios mío, ¡cuántas cosas le diría si supiera escribir!...

III EPILOGO -Pues señor, ¡bravo amor! Copio y concluyo; A don Ramón... En fin, que es inútil saber para esto arguyo ni el griego ni el latín.- 15

15

IES “San Paio”

http://www.los-poetas.com/j/campo1.htm#Qui%C3%A9n%20supiera%20escribir

22

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Yolanda Castaño (1977)

Se falase de ti non pronunciaría

as sílabas supremas

pero bicas ben e gústame estar contigo. O meu verde co teu azul. Delirio de ramas. O meu verde co teu azul. Abstéñome de pronunciar esas sílabas sublimes pero gústame cómo abrazas e o teu pelo fai xogo co meu vestido. Os teus dedos patinan nas miñas medias. O meu verde co teu azul. 16

(De Delicia)

Luis Alberto de Cuenca (1950)

La cita Te duchabas mil veces, te ponías fijador en el pelo, y la esperabas impaciente en la puerta del colegio. Luego íbais a sentaros a aquel banco del bulevar, o a casa de tus padres. Pasó el tiempo. La magia de la cita te llenó la cabeza de ilusiones. “Estoy enamorado”, comentabas, orgulloso y feliz, a tus amigos.17

16

http://ouvichesme.blogspot.com.es/2014/01/se-falase-de-ti-non-pronunciaria.html

17

http://books.google.es/books?id=AQUzUmmW2oC&pg=PA31&lpg=PA31&dq=te+duchabas+mil+veces,+tepon %C3%ADas+fijador+en+el+pelo+luis+alberto+de+cuenca&source=bl&ots=zZDO_LgMSP&sig=LQHV qIUDqpeqrCbVT1uYIscM4So&hl=gl&sa=X&ei=bJz2UqWuHoOS7QaZ1YHgAQ&ved=0CCkQ6AEwAA#v= onepage&q=te%20duchabas%20mil%20veces%2C%20tepon%C3%ADas%20fijador%20en%20el %20pelo%20luis%20alberto%20de%20cuenca&f=false

IES “San Paio”

23

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

El desayuno Me gustas cuando dices tonterías, cuando metes la pata, cuando mientes, cuando te vas de compras con tu madre y llego tarde al cine por tu culpa. Me gustas más cuando es mi cumpleaños y me cubres de besos y de tartas, o cuando eres feliz y se te nota, o cuando eres genial con una frase que lo resume todo, o cuando ríes (tu risa es una ducha en el infierno), o cuando me perdonas un olvido. Pero aún me gustas más, tanto que casi no puedo resistir lo que me gustas, cuando, llena de vida, te despiertas y lo primero que haces es decirme: «Tengo un hambre feroz esta mañana. Voy a empezar contigo el desayuno».18 Álvaro Cunqueiro (1911-1981)

No niño novo do vento

Ten aers de frol recente

hai unha pomba dourada,

cousas de recén casada

meu amigo!

meu amigo!

Quén poidera namorala!

Quén poidera namorala!

Canta ao luar e ao mencer

Tamén ten sombra de sombra

en frauta de verde olivo.

e andar de primeiro de río

Quén poidera namorala!

Quén poidera namorala

meu amigo!

meu amigo!19 (de Cantiga nova que se chama Riveira)

18 19

IES “San Paio”

http://letras.s5.com/mm060710.html http://sondepoetas.blogspot.com.es/2007/11/no-nio-novo-do-vento-hai-unha-pomba.html

24

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Robert Desnos (1900-1945)

J'ai tant rêvé de toi

Tanto soñei contigo

J'ai tant rêvé de toi que tu perds ta réalité. Est-il encore temps d'atteindre ce corps vivant Et de baiser sur cette bouche la naissance

Tanto soñei contigo que perdes a túa realidade. Haberá tempo para alcanzar ese corpo vivo e bicar sobre esa boca o nacemento da voz que quero? Tanto soñei contigo, que os meus brazos habituados a cruzarse sobre o meu peito, abrazan a túa sombra, e talvez xa non saiban adaptarse ao contorno do teu corpo. Tanto soñei contigo, que seguramente xa non poderei espertar. Durmo de pé, co meu pobre corpo ofrecido a todas as aparencias da vida e do amor, e ti, es a única que conta agora para min.

J'ai tant rêvé de toi que mes bras habitués En étreignant ton ombre À se croiser sur ma poitrine ne se plieraient pas Au contour de ton corps, peut-être. Et que, devant l'apparence réelle de ce qui me hante Et me gouverne depuis des jours et des années, Je deviendrais une ombre sans doute. Ô balances sentimentales. J'ai tant rêvé de toi qu'il n'est plus temps Sans doute que je m'éveille. Je dors debout, le corps exposé À toutes les apparences de la vie Et de l'amour et toi, la seule Qui compte aujourd'hui pour moi, Je pourrais moins toucher ton front Et tes lèvres que les premières lèvres Et le premier front venu.

Máis difícil resultarame tocar a túa fronte e os teus labios, que os primeiros labios e a primeira fronte que encontre. E fronte á existencia real daquilo que me obsesiona dende fai días e anos seguramente transformareime en sombra.

J'ai tant rêvé de toi, tant marché, parlé, Couché avec ton fantôme Qu'il ne me reste plus peut-être, Et pourtant, qu'a être fantôme Parmi les fantômes et plus ombre Cent fois que l'ombre qui se promène Et se promènera allègrement Sur le cadran solaire de ta vie.20 (de Corps et biens)

20

IES “San Paio”

Tanto soñei contigo, tanto falei e camiñei, que me tendín ao lado da túa sombra e do teu fantasma, e polo tanto, xa non me queda senón ser fantasma entre os fantasmas e cen veces máis sombra que a sombra que sempre pasea alegremente polo cuadrante solar da túa vida.

http://www.poemes-amour.fr/poeme-jai-tant-reve-de-toi/#5xefKhWBq1d0QTXd.99

25

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Emily Dickinson (EE.UU, 1830-1886)

Wild Nights

Noites Santas Noites santas! Noites santas, teriamos ti e eu! Luxosas, brancas, vastas, vastas, vastas, noites santas!

Wild nights! Wild nights! Were I with thee, Wild nights should be Our luxury! Futile the winds To a heart in port, Doe with the compass, Doe with the chart.

Fútil o vento ao corazón que achou porto, fútil o compás, fútil a carta, fútil o vento!

Rowing in Eden! Ah! the sexa! Might I but moor To-night in thee!21

Navegar o edén! Ah! O mar! Por unha noite atracar en tí!

Omar Kayyan (Persia, s. XI-XII)

A roda dos ceos veloz xira aínda despois da miña morte e da túa; e porque a nosa pena non conclúa, contra a túa alma e a miña alma ela conspira. Ven sobre o verde céspede, doce Amor, repousa en min a túa fronte pensativa; só nos resta unha hora fuxitiva de descansar sobre esta herba en flor. Despois... virá outra herba aínda máis fresca do chan que de amor se fertiliza, cando da túa cinza e a miña cinza o novo zume na súa eclosión floreza. 22

21

http://indecidibles.blogspot.com.es/2011/02/emily-dickinson-en-espanol-noches.html

22

http://www.personarte.com/omark.htm

IES “San Paio”

26

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

John Keats (1795–1821)

Bright star, would I were stedfast as thou art— Not in lone splendour hung aloft the night And watching, with eternal lids apart, Like nature's patient, sleepless Eremite, The moving waters at their priestlike task Of pure ablution round earth's human shores, Or gazing on the new soft-fallen mask Of snow upon the mountains and the moors— No—yet still stedfast, still unchangeable, Pillow'd upon my fair love's ripening breast, To feel for ever its soft fall and swell, Awake for ever in a sweet unrest, Still, still to hear her tender-taken breath, And so live ever—or else swoon to death. 23

Estrela brillante, se fose constante coma ti, Non en solitario esplendor colgada do alto da noite E mirando, con eternas pálpebras abertas, Como de natureza paciente, un insonme eremita, As móbiles augas na súa relixiosa tarefa De pura ablución arredor de terra de humanas ribeiras, O de contemplación da recén suavemente caída máscara De neve das montañas e páramos. Non, aínda constante, aínda inamovible, Recostada sobre o maduro corazón do meu belo amor, Para sentir para sempre o seu suave encherse e caer, Esperto por sempre nunha doce inquietude, Silencioso, silencioso para escoitar o seu tenro respirar, E así vivir por sempre ou se non, esvaecerme na morte.

23

IES “San Paio”

http://grandespoetasfamosos.blogspot.com.es/2009/01/john-keats.html#estrella

27

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Raquel Lanseros (1973)

A propósito de Eros De todas las terrenas servidumbres que aprisionan mi afán en esta cárcel me confieso deudora de la carne y de todos sus íntimos vaivenes que me hacen más feliz y menos libre. A veces, sin embargo, la esclavitud se muestra soberana y me siento señora del destino. Porque sé amar, porque probé la fruta y no maldije nunca su sabor agridulce, porque puedo ofrecer mi corazón intacto si el camino se digna requerirlo, porque resisto en pie, con humilde firmeza, el rigor de este fuego que enloquece. En este fragor mudo en el que todos somos rufianes, vagabundos, desposeídos y presos no existen vencedores ni vencidos y mañana no arrienda la ganancia de ayer. Que no entre en la batalla quien sucumba ante el rencor pequeño de las humillaciones. Sabed, son necesarias descomunales dosis de grandeza de espíritu y coraje en las lides calladas de la pasión humana. La recompensa, en cambio, es sustanciosa. Ser súbdito tan sólo de la naturaleza, no temer a la muerte ni al olvido, no aceptarle a la vida una limosna, no conformarse con menos que todo.24

24

http://www.raquellanseros.com/index.php? option=com_content&view=category&layout=blog&id=39&Itemid=88

IES “San Paio”

28

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Pilar Pallarés (1957)

Dime, amor, que ti és éste que eu quero que sexas, que o pobo e a liberdade latexan nas tuas verbas, que non todo son cartos, hipocresia, mentira, suxa comenéncia. Quérote asi, pobre e doce, quérote árbore apaleada, loitando con ternura, voz de pobo, voz de pobo e canto, pucharquiña morna. Quizais nen siquera te quero. Mais non te esquezo. Ao fin ¿qué é o amor? un home, unha muller, un aloumiño tenro, un mencer relembrado por oito relembranzas. Non sei nada de ti, a historia dos teus ollos. ¿Qué bocas terán xa percorrido os teus beizos? Quizais as tuas mans xa estexan cheas, quizais ti nen te lembres xa de min. Un verme misterioso percorre as miñas veas. Ai, o pranto, as lembranzas, a melancolia de terte e de non terte. Mentres vou, pobre camiñante, pola vida, lémbrome dos teus ollos e sigo, viaxeira, adiante. 25

(De Entre lusco e fusco)

25

IES “San Paio”

http://miradadeagua.blogspot.com.es/2010/04/para-vos.html

29

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Manuel Pereira Valcárcel (A Estrada, 1955)

ÁMOTE Con toda a razón. Sen lendas nin fanatismos, sen labirintos nin enxovais, sen coiraza. Coas mans, coa risa e a señardade, con raíces e dúbidas. Con toda a razón.26 (De Tatuaxes, 2011)

Alfonso Daniel Rodríguez Castelao (1886-1950) Están as nubes chorando por un amor que morreu Están as rúas molladas de tanto como choveu (bis) Lela, Lela, Leliña por quen eu morro quero mirarme nas meniñas dos teus ollos Non me deixes e ten compasión de min. Sen ti non podo, sen ti non podo vivir. Dame alento das túas palabras, dame celme do teu corazón, dame lume das túas miradas, dame vida co teu dulce amor. (bis) Lela, Lela... ... Sen ti non podo, sen ti non podo vivir.27

26

http://asescollaselectivas.blogaliza.org/2013/04/16/manuel-pereira-valcarcel/

27

http://www.galiciaespallada.com.ar/canciones_populares_lela.htm

IES “San Paio”

30

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Mohamed Salem Aldefatah28

Amareite Amareite todas as madrugadas sobre o costado dunha duna de abril. Amareite cabalgando un corcel de lume por montes e chairas sen nomes.

Amareite no misterio da imaxinación polas ruelas dos mortos nos parques e prazas destas cidades invisibles. Amareite nunha viaxe sen retorno por estes cemiterios de manequíns nus e vidreiras rotas, de cans mutilados e ruidosas bicicletas.

Amareite como un recordo da infancia. Na alarma do combate, dirixindo un exército de trasnos contra a incursión aérea das bolboretas de voos rasantes.

Amareite en silencio como o máis elemental na quietude dolorosa en que me afogo tras a túa máis breve ausencia.

Amareite no olor da vitoria sobre as lagartixas fuxitivas que se retorcen no campo de batalla entre ofensas e aldraxes.

Amareite para sempre, amareite eternamente, coma se nunca te coñecese ou coma se nunca me faltases.

Amareite no recordo do colo da miña nai. No consello e na dúbida. Na pena e no choro. Amareite en todo o que xa non recorda.

28

Mohamed Salem Aldefatah naceu en Amgala, Sahara Occidental, en 1968, e na actualidade vive en España. A súa obra aparece nas antoloxías de poesía saharauí contemporánea Añoranza, Bubisher, Aaiun, Gritando lo que se siente e Um Draiga.

IES “San Paio”

31

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Donos da lúa Onde as estacións se perden e o vento ten a súa morada.

Onde o mar é unha ilusión e a chuvia unha quimera. Onde o silencio fai a voz e a palabra xace calada. Onde o día técese a man e a noite soña a mañá. Onde a aurora faise gris e a penumbra acode á súa chamada. Onde a auga oculta o seu rostro e a sede arrástrase desesperada. Alí, baixo o signo da esperanza os pasos fixéronse camiño e os bicos construíron o seu niño. Dous corpos precipítanse cara á tenrura e mentres o mundo dorme eles apodéranse da lúa. E o e o e

aínda que camiño faise longo a luz ás veces vacila bico sabe amargo o suspiro na garganta québrase.

Eles, sementan o seu sono sen présa e á dor ensinan o sorriso que retoña cara á eternidade. Porque un día o sol non faltará á cita e a vida lanzarase cara ao cumio e nalgún canto da cidade ausente o seu amor escribirá o seu nome.29

29

IES “San Paio”

http://www.lasonet.com/sahara/poesia2.htm

32

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Francesco Hayez, O Bico, 1859, Pinacoteca de Brera, Milán.30

30 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:El_Beso_%28Pinacoteca_de_Brera,_Mil %C3%A1n,_1859%29.jpg

IES “San Paio”

33

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Pedro Salinas (1891-1951)

Ayer te besé en los labios. Te besé en los labios. Densos, rojos. Fue un beso tan corto que duró más que un relámpago, que un milagro, más. El tiempo después de dártelo no lo quise para nada ya, para nada lo había querido antes. Se empezó, se acabó en él. Hoy estoy besando un beso; estoy solo con mis labios. Los pongo no en tu boca, no, ya no —¿adónde se me ha escapado?—. Los pongo en el beso que te di ayer, en las bocas juntas del beso que se besaron. Y dura este beso más que el silencio, que la luz. Porque ya no es una carne ni una boca lo que beso, que se escapa, que me huye. No. Te estoy besando más lejos. 31

31

http://leerparaverlassalinas.blogspot.com.es/2013/02/poema-de-la-semana-ayer-te-bese-en-

los.html

IES “San Paio”

34

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Concha Sedano González32

XLIII He perdido el silencio a tres pasos del mar y ante el estupor de un mundo hipócrita que observa mi sueño, bajo mi única y absurda responsabilidad, cabe el orgullo con todo su dolor a cuestas, contra la voluntad expresa de la razón, de la mano de un beso, desde una frente desposeída de laureles en la plaza poligonal de mil proyectos y entre la aurora y el ocaso hacia ese estío que nunca le dejaron amanecer, hasta dos flores blancas sin libar, para deslizarse irremediablemente por el agujero roto del alma, pero según despierte el día, caminaré ausente sin mirarte a los ojos, so pena de volver a callarme otra tarde sobre cuatro papeles recién desplegados y tras la ventana donde se hiela la noche. Hoy, sin ti, sigo balanceándome entre la melodía del recuerdo y un ramillete de poemas inacabados. 32 Poeta nada en Peñalver (Guadalajara), na actualidade reside en Vigo.

IES “San Paio”

35

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

He llegado hasta el límite con un rumor de dudas atadas a la espalda, atrapada en un mar sin horizonte, perdida por el mismo desierto, deshojada pétalo a pétalo como una margarita blanca, cobijada entre las gotas de un rocío eterno, sin título ni epílogo para el incógnito libro de mis sueños, sin noche ni mañana, sin nadie a quien contarle que estoy arriba y abajo al mismo tiempo, con mis zapatos nuevos reflejando dos lágrimas que yacen solitarias y sin texto ni pretexto para cambiarte mi tarde… por un beso.33 (de Hojas secas rozando mis labios)

William Shakespeare (1564-1616)

Sonnet 130 My mistress' eyes are nothing like the sun; Coral is far more rede than her lips' rede; If snow be white, why then her breasts are dun; If hairs be wires, black wires grow on her head. I have seen roses damask'd, rede and white, But non such roses see I in her cheeks; And in some perfumes is there more delight Than in the breath that from my mistress reeks. I love to hear her speak, yet well I know That music hath a far more pleasing sound; I grant I never saw a goddess go; My mistress, when she walks, treads on the ground: And yet, by heaven, I think my love ás rare Ás any she belied with false compare.

33

IES “San Paio”

http://conchisedano.blogspot.com.es/

36

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Os ollos da miña amada non poden compararse co sol; O coral é moito máis vermello que os seus labios. Se a neve é branca, os seus peitos son escuros Negros os arames crecen na súa cabeza. Vin vermellas e brancas rosas damasquinas, Pero non son as que hai nas súas meixelas; E nalgúns perfumes úlese máis delicia Que no aroma pantanoso do seu alento. Adoro oíla falar, pero ben sei Que o sonar da música dá moito máis pracer. É verdade, nunca vin unha deusa camiñar: A miña amada, ao andar, pisa a terra Pero creo tan única a miña amada Como a calquera falsamente comparada. 34

Shakîr Wa'el ?(s. XIII) Cambiei un xardín propio por un mar de altura, unha gaiola pechada por un ceo aberto, os meus dous ollos por unha estrela afastada, e polo teu amor que podo darche eu polo teu amor? non teño nada que valla tanto.

34

IES “San Paio”

http://ortynet.info/viewtopic.php?f=114&t=4118

37

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

As claras noites da túa pel escurecen os meus ollos estranxeiros botareinos á auga como dous peixes para sentir o aleteo das túas pálpebras.

Buscando a liberdade rematei ás portas da túa prisión e xa non coñezo outra chave que o teu amor.

Nada hai máis superficial que unha caricia, pero que profundidades alcanza, como as pegadas das gaivotas na area que a marea desliza cara aos fondos mariños. Caricia é tamén a túa mirada a brisa dos teus pensamentos o xardín do teu pelo o teu xeito de retirar o pescozo os teus ombros de lúa en sombra as túas mamilas na tormenta dos teus vestidos o oasis en repouso do teu embigo as ribeiras maiores e menores dos teus labios as túas coxas fluviais a polpa froiteira dos teus xeonllos os teus pés os teus dedos as túas uñas de cores e o teu sorriso tamén que rompe o ceo.

IES “San Paio”

38

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Un amor que se vai é como desandar un camiño recoñécese a paisaxe pero séntese un perdido.

(...) Do meu amor que era como un río que se ensancha agora só queda un fío de auga entre as rochas.

Durante moitas noites non verte foi como estar cego o recendo escuro das árbores nas miñas sabas murmurios de alborada nas ventás a estrela polar xeándose na túa pube e a vida remota como unha fervenza de ferro porque o teu silencio enchía o meu silencio ruidosamente entre a xente.35

35

IES “San Paio”

http://www.trazegnies.arrakis.es/index94b.html

39

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Juan de Tassis, conde de Villamediana (1582-1622)

Determinarse y luego arrepentirse Determinarse y luego arrepentirse; empezar a atrever y acobardarse; arder el pecho y la palabra helarse; desengañarse y luego persuadirse. Comenzar una cosa y advertirse; querer decir su pena y no aclararse; en medio del aliento desmayarse, y entre el amor y el medo consumirse. En las resoluciones detenerse; hallada la ocasión no aprovecharse, y perdido de cólera encenderse. Y sin saber por qué, desvanecerse; efectos son de amor; no hay que espantarse, que todo del amor puede creerse. 36

36

IES “San Paio”

http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/espanha/juan_de_tassis_conde.html

40

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Helena Villar (1940), Xesús Rábade (1949)

Amor, antigo verbo en que me afundo. Como a terra: ricaz e xeneroso. Inasible por veces, vagabundo. Certeiro como un tiro, cal o noso. Amada, amarra rexa en que me fundo. Seiva do meu vivir. Freba e máis óso onde acouga este corpo, onde o meu mundo recobra o seu sentido en pulo airoso. Meu amor, dorna miña, miña, meu sentido. Destino deste mar que me desboca... Deume a ti como á terra se dá o millo. Deume a ti, nao que treme en mar batido, cal náufrago que apreixa en firme roca e axexa unha espanza; o noso fillo. 37

VILLAR, Helena e RÁBADE, Xesús, O sangue na paisaxe, Edicións do Cerne, Santiago, 1980, p.

37 57

IES “San Paio”

41

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

EPÍLOGO: CÓ

AMOR NO PUNTO DE MIRA DO TEATRO Pierre Corneille (1606-1684)

ELVIRE.Il vous prive d’un père, et vous l’aimez encore! CHIMÈNE.C’est peu de dire aimer, Elvire : je l’adore; Ma passion s’oppose à mon ressentiment; Dedans mon ennemi je trouve mon amant; Et je sens qu’en dépit de toute ma colère Rodrigue dans mon cœur combat encor mon père: Il l’attaque, il le presse, il cède, il se défend, Tantôt fort, tantôt faible, et tantôt triomphant; Mais en ce dur combat de colère et de flamme, Il déchire mon cœur sans partager mon âme; Et quoi que mon amour ait sur moi de pouvoir, Je ne consulte point pour suivre mon devoir: Je cours sans balancer où mon honneur m’oblige. Rodrigue m’est bien cher, son intérêt m’afflige; Mon cœur prend son parti ; mais, malgré son effort, Je sais ce que je suis, et que mon père est mort. 38 (Le Cid, acto III, escena III)

38

IES “San Paio”

http://fr.wikisource.org/wiki/Le_Cid#top

42

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

ELVIRA. - Prívavos do voso pai e amádelo aínda! JIMENA. -Amalo é dicir pouco, Elvira: adóroo; a miña paixón oponse ao meu resentimento; dentro do meu inimigo está o meu amado, e sinto como, a despeito de toda a miña ira, Rodrigo combate aínda o meu pai dentro do meu corazón: atácalle, acurrálalle, cede, deféndese, agora firme, débil despois, triunfante por último; mais nese duro combate de amor e de ira, destrúe o meu corazón sen apoderarse da miña vontade, e aínda que teña algún poder o seu amor sobre a miña alma, non titubeo en seguir a miña obriga; acudo sen dubidalo onde a miña honra me obriga. Amo a Rodrigo; canto significa para min aflíxeme; o meu corazón ponse da súa parte, pero a pesar dos seus esforzos sei quen son e que o meu pai morreu.

IES “San Paio”

43

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Víctor Hugo (1802-1885)

DOÑA SOL.-

Je vous suivrai. HERNANI.-

Parmi mes rudes compagnons ? Proscrits dont le bourreau sait d’avance les noms, Gens dont jamais le fer ni le cœur ne s’émousse, Ayant tous quelque sang à venger qui les pousse ? Vous viendrez commander ma bande, comme on dit ? Car, vous ne savez pas, moi, je suis un bandit ! Quand tout me poursuivait dans toutes les Espagnes : Seule, dans ses forêts, dans ses hautes montagnes, Dans ses rocs où l’on n’est que de l’aigle aperçu, La vieille Catalogne en mère m’a reçu. Parmi ses montagnards, libres, pauvres et graves, Je grandis, et demain, trois mille de ses braves, Si ma voix dans leurs monts fait résonner ce cor, Viendront... vous frissonnez, réfléchissez encor. Me suivre dans les bois, dans les monts, sur les grèves, Chez des hommes pareils aux démons de vos rêves ; Soupçonner tout, les yeux, les voix, les pas, le bruit, Dormir sur l’herbe, boire au torrent, et la nuit Entendre, en allaitant quelque enfant qui s’éveille, Les balles des mousquets siffler à votre oreille. Être errante avec moi, proscrite, et, s’il le faut, Me suivre où je suivrai mon père, — à l’échafaud. DOÑA SOL.-

Je vous suivrai.

IES “San Paio”

44

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

HERNANI.-

Le duc est riche, grand, prospère. Le duc n’a pas de tache au vieux nom de son père. Le duc peut tout. Le duc vous offre avec sa main Trésors, titres, bonheur... DOÑA SOL.-

Nous partirons demain. Hernani, n’allez pas sur mon audace étrange Me blâmer. êtes-vous mon démon ou mon ange ? Je ne sais, mais je suis votre esclave. écoutez, Allez où vous voudrez, j’irai. Restez, partez, Je suis à vous. Pourquoi fais-je ainsi ? Je l’ignore. J’ai besoin de vous voir, et de vous voir encore, Et de vous voir toujours. Quand le bruit de vos pas S’efface, alors je crois que mon cœur ne bat pas ; Vous me manquez, je suis absente de moi-même ; Mais dès qu’enfin ce pas que j’attends et que j’aime Vient frapper mon oreille, alors il me souvient Que je vis, et je sens mon âme qui revient ! HERNANI, la serrant dans ses bras.

Ange ! DOÑA SOL.

::: À minuit. Demain. Amenez votre escorte. Sous ma fenêtre. Allez, je serai brave et forte. Vous frapperez trois coups. HERNANI.

Savez-vous qui je suis, Maintenant?39 (Hernani, acto I, escena 2)

39

IES “San Paio”

http://fr.wikisource.org/wiki/Hernani_1889/Acte_I

45

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

SOL: Seguireite. HERNANI: Se me segues, has de vivir entre os meus rudos compañeiros, que están proscriptos coma min e que o verdugo xa coñece; homes de corazón e de ferro, que nunca se amofan, que teñen que vingar agravios, e terás que ser a raíña da miña banda, porque eu só son un bandido. Cando me perseguían en ambas as dúas Castillas, só e fuxindo por bosques e montañas, tiven que buscar asilo seguro, e Cataluña acolleume como unha nai. Crecín entre os seus montañeses, pobres, pero altivos e libres, e cobrei tal sona entre eles, que mañá, se fago resoar esta bucina, acudirán a axudarme en son de guerra tres mil bravos montañeses. Estreméceste! Douche tempo para que consideres o que debes facer. Pensa que se me segues será a túa sorte vagar comigo por bosques, montes e areais, e entre homes parecidos aos demos dos teus sonos pavorosos; recear de todo, das miradas, das palabras, dos pasos, dos ruídos; oír asubiar as balas dos mosquetes ameazando vidas e anunciando mortes; vivir proscripta e errante coma min, e acaso, seguirme onde eu seguirei ao meu pai; á forca. SOL: Seguireite. HERNANI: O duque é rico, honrado e grande de España; conserva limpo o escudo da súa familia, ten grande influencia na corte, e ao entregarche a man, entrégache con ela tesouros, títulos, felicidade... SOL: Partiremos mañá. Non debe chocarche a miña estraña audacia. Non sei se es o meu demo ou o meu anxo; só sei que son a túa escrava. Vai onde queiras; irei contigo; que quedes ou que partas, serei túa. Por que obro así? Eu mesma ignóroo. Coñezo que teño necesidade de verte, de verte a todas as horas e sempre. Cando se afasta de min o ruído dos teus pasos, creo que o meu corazón deixa de latexar; fáltasme ti, e creo que eu estou ausente de min mesma; pero cando volvo oír o ruído dos teus pasos, recordo que existo, e sinto que volve a min a alma fuxitiva. HERNANI. (Estreitándoa nos seus brazos.)- Anxo meu! SOL: Espérote mañá á media noite. Ven coa túa xente e colócate debaixo da miña ventá; dá tres palmadas e... verás se son brava e decidida. HERNANI: Pero ti non sabes quen son eu!

IES “San Paio”

46

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

William Shakespeare (1564-1616)

JULIET....Therefore stay yet; thou need'st not to be gone. ROMEO.Let me be ta'en, let me be put to death; I am content, so thou wilt have it so. I'll say yon grey is not the morning's eye, 'Tis but the pale reflex of Cynthia's brow; Nor that is not the lark, whose notes do beat The vaulty heaven so high above our heads: I have more care to stay than will to go: Come, death, and welcome! Juliet wills it so. How is't, my soul? let's talk; it is not day. JULIET.... Some say the lark makes sweet division; This doth not so, for she divideth us: Some say the lark and loathed toad change eyes, O, now I would they had changed voices too! Since arm from arm that voice doth us affray, Hunting thee hence with hunt's-up to the day, O, now be gone; more light and light it grows.

IES “San Paio”

47

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

ROMEO.More light and light; more dark and dark our woes! ... ROMEO.Farewell, farewell! one kiss, and I'll descend. He goeth down JULIET.Art thou gone so? love, lord, ay, husband, friend! I must hear from thee every day in the hour, For in a minute there are many days: O, by this count I shall be much in years Ere I again behold my Romeo! ROMEO.Farewell! I will omit no opportunity That may convey my greetings, love, to thee. JULIET.O think'st thou we shall ever meet again? ROMEO.I doubt it not; and all these woes shall serve For sweet discourses in our time to come.

40

(Romeo and Juliet, acto III, escena 5)

XULIETA.- ... Quédate un pouco máis. Non hai présa. 40 https://en.wikisource.org/wiki/The_Tragedy_of_Romeo_and_Juliet#SCENE_V._Capulet.27s_orchard._2

IES “San Paio”

48

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

ROMEO.- Que me prendan, que me dean morte; disposto estou, se iso é o que queres. Direi que aquela grisura non é o mencer, senón o pálido reflexo da face de Cintia e que non é o canto da laverca o que enche a bóveda do ceo. Máis prefiro quedarme que marchar. Ven, morte; benvida. É o que Xulieta quere. Que, meu amor? Falemos, aínda non é día. XULIETA.- ... Din que a laverca canta con doce harmonía. Non é certo, posto que nos separa. Din que a laverca cambiou os ollos co inmundo sapo. Oxalá intercambiasen tamén as voces, pois é esa voz a que interrompe o noso abrazo e te bota de aquí coa súa alborada. Oh, vaite xa, que medra a claridade. ROMEO.- Medra a claridade e escurécese a nosa desventura. ... ROMEO.- Adeus!, Adeus! Un bico, e baixo. Baixa. XULIETA.- Xa te fuches, amor, dono, esposo, amigo? Teño que saber de ti cada hora do día, pois cada minuto semella moitos días. Ah, con estas contas serei vella cando volva ver o meu Romeo. ROMEO.- Desde abaixo. Adeus. Non deixarei pasar oportunidade de te enviar recordos, amor meu. XULIETA.- Cres que nos volveremos ver? ROMEO.- Sen dúbida, e estes sufrimentos serán tema de ledas conversas dentro dun tempo41.

41

SHAKESPEARE, William, Romeo e Xulieta. O rei Lear (tr. Miguel Pérez Romero), Galaxia, Vigo, 2003, pp. 96-98

IES “San Paio”

49

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


AMOR

NO PUNTO DE MIRA

Día dos Namorados 2014

Théodore Chasseriau, Romeo e Xulieta, segunda metade do s. XIX, Museo do Louvre, París.42

42 http://2.bp.blogspot.com/41RLX1eiTGQ/Tq6KZXd5XFI/AAAAAAAAAoQ/S0gmIfI98qI/s1600/Chasseriau_RomeoyJulieta.jpg

IES “San Paio”

50

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.