Deixa que se oia a Paz! (30 poemas para o 30 de xaneiro)

Page 1


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Índice de poetas e títulos Jotamario Arbeláez...............................................................................................................................3 Despois da guerra.............................................................................................................................3 Beatriz Abaurre.....................................................................................................................................3 Em busca da liberdade.....................................................................................................................3 Limam Boicha......................................................................................................................................4 A quinta estación..............................................................................................................................4 Werewere-Liking Gnepo......................................................................................................................6 Marchemos pola paz........................................................................................................................6 Ángel González....................................................................................................................................7 Campo de batalla.............................................................................................................................7 Miguel Hernández................................................................................................................................9 Guerra..............................................................................................................................................9 Langston Hughes................................................................................................................................12 Democracia....................................................................................................................................12 Opresión.........................................................................................................................................13 Xustiza...........................................................................................................................................13 Será o día da vitoria tamén o meu día?..........................................................................................14 Patricia Jabbeh Wesley.......................................................................................................................16 Buscando á miña familia................................................................................................................16 Jazra Khaleed......................................................................................................................................17 Toque de queda..............................................................................................................................17 Jesús Lizano........................................................................................................................................19 Balada del soldado conocido.........................................................................................................19 Xulio López Valcárcel........................................................................................................................20 Tempus fugit..................................................................................................................................20 Diana Morán.......................................................................................................................................21 Tirados al aire................................................................................................................................21 Miguel Anxo Mouriño........................................................................................................................22 Xove...............................................................................................................................................22 Ana Muela Sopeña.............................................................................................................................23 Plegaria a la Tierra.........................................................................................................................23 Eliéser Wilian Ojeda Montiel.............................................................................................................24 La Paz y el verbo Amar..................................................................................................................24 Blas de Otero......................................................................................................................................26 Inerme............................................................................................................................................26 Chus Pato............................................................................................................................................27 Brian Patten........................................................................................................................................27 A confesión do pequeno Johnny....................................................................................................27 Marge Piercy.......................................................................................................................................28 Carl August Sandburg.........................................................................................................................29 Ferro...............................................................................................................................................29 E obedecen.....................................................................................................................................30 Listo para matar.............................................................................................................................30 Anne Sexton.......................................................................................................................................31 Despois de Auschwitz....................................................................................................................31 Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

1

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Nichita Stănescu.................................................................................................................................33 Vencedores e vencidos...................................................................................................................33 Manuela Temporelli............................................................................................................................34 Reporteros......................................................................................................................................34 Märta Tikkanen...................................................................................................................................35

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

2

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Jotamario Arbeláez (Colombia, 1940)

Despois da guerra Un día despois da guerra se hai guerra se despois da guerra hai un día tomareite nos meus brazos un día despois da guerra se hai guerra se despois da guerra hai un día se despois da guerra teño brazos e fareiche con amor o amor un día despois da guerra se hai guerra se despois da guerra hai un día se despois da guerra hai amor e se hai con que facer o amor. https://www.poetryinternational.org/pi/poem/7733/auto/0/0/Jotamario-Arbelaez/AFTER-THEWAR/en/tile

Beatriz Abaurre (Brasil, 1937-2013)

Em busca da liberdade Eu quero ter a certeza de ser livre. Por isto não me ensinem códigos. Deixem-me calada, na dor e no amor; Deixem em paz a ferrugem dos meus planos abandonados, Minhas presenças inesperadas, Meus silêncios loucos, minha tristeza estranha. Sei que tenho o adeus de todos os deuses, Sei que trago comigo a interrogação eterna Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

3

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Em todos os meus sonhos sonhados e esquecidos; Degraus cheios de folhas mortas e ressequidas, Sei que sou um pouco de tudo, Um pouco de nada. Por isto deixem a alvorada surgir Com meus olhos pregados à janela. Deixem a solidão fundir-se como chumbo No fogo de vida que trago escondido em mim. Não esperem que eu chegue a um ponto determinado, Pois eu quero apenas andar pelas ruas Como todos andam pelas ruas. Quero ter apenas a certeza de ser livre... https://enredversados.wordpress.com/2016/11/07/em-busca-da-liberdade-beatriz-abaurre-brasil/

Limam Boicha (República Saharaui, 1972)

A quinta estación A miña cidade está sen localizar na xeografía do desamparo, ouvea baixo os entullos de castigados vales; os seus ecos estalan contra as murallas do silencio, contra a impunidade dos televisores. A miña cidade ten castelos de adobe e vestixios de palacios e vasillas de Clúster Bombs e semáforos de proxectís e carpas coas mans alzadas rogando xustiza ao máis aló. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

4

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

A miña cidade, a miña casta cidade, no seu sono foi violada, as súas aves emigraron confundidas de emigración, e no seu constante penar algunhas pombas quedaron durmindo a eterna sesta. A miña cidade vaise corroendo impregnada de medo, orfa de lexitimidade. Nas súas infecundas avenidas deambulan militares e rabaños de mercadores, usureiros e observadores aparellos de escoita e sospeita. A miña cidade conta no seu pelello máis de vinte cicatrices; conta nostalxias gardadas nas gabetas da memoria esperando o divino sopro que as desempoe. A miña cidade será localizada cando reine a súa implacable fragrancia e os cartógrafos se lembren da outra propiedade do zume de limón. https://blogs.elpais.com/donde-queda-el-sahara/2016/01/memoria-de-ciudad-03.html#more

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

5

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Werewere-Liking Gnepo (Camerún,1950)

Marchemos pola paz Que nada te engane Para embarcarte nunha guerra Non te armes nin de fusís nin de lanzas Non desperdicies nin a túa forza nin o teu tempo, irmán Marchemos pola paz que iso é moito mellor Non existe guerra boa Nin guerra pequena Non existe guerra propia Nin sobria Nin guerra santa Nin hai guerra lóstrego Sábese cando comeza Pero xamais cando vai terminar Marchemos pola paz que iso é moito mellor Toda cousa combatida Nútrese da enerxía do combatente E pode tamén destruílo Confundir guerra e paz en unha soa medalla Non pode senón nutrir o odio E xustificar a violencia Superar a cólera. Vencer a intolerancia É unha marcha pola paz e iso é moito mellor Alto ás discriminacións, respectemos as diferenzas A paz non ten necesidade de Heroes nin de Mártires Senón dos actos de todos os días para maior harmonía Marchemos pola paz que iso é moito mellor Todos os combates « Contra » Non fixeron senón reforzar Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

6

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Ese contra o cal estaban dirixidos Combates contra as drogas a depravación A prostitución, a corrupción E mesmo contra a pobreza, Dirixamos máis ben combates « Para » Para facer progresar á humanidade Marchemos pola paz que iso é moito mellor Werewere Liking (Camerún) - Festival Internacional de Poesía de Medellín (festivaldepoesiademedellin.org)

Ángel González (Oviedo, 1925-Madrid, 2008)

Campo de batalla Hoy voy a describir el campo de batalla tal como yo lo vi, una vez decidida la suerte de los hombres que lucharon muchos hasta morir, otros hasta seguir viviendo todavía. No hubo elección: murió quien pudo, quien no pudo morir continuó andando, los árboles nevaban lentos frutos; era verano, invierno, todo un año o más quizá, era la vida entera aquel enorme día de combate. Por el Oeste el viento traía sangre, por el Este la tierra era ceniza, el Norte entero estaba Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

7

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

bloqueado por alambradas secas y por gritos, y únicamente el Sur, tan sólo el Sur, se ofrecía ancho y libre a nuestros ojos. Pero el Sur no existía: ni agua, ni luz, ni sombra, ni ceniza llenaban su oquedad, su hondo vacío: el Sur era un inmenso precipicio, un abismo sin fin de donde, lentos, los poderosos buitres ascendían. Nadie escuchó la voz del capitán porque tampoco el capitán hablaba. Nadie enterró a los muertos. Nadie dijo: «dale a mi novia esto si la encuentras un día» Tan sólo alguien remató a un caballo que, con el vientre abierto, agonizante, llenaba con su espanto el aire en sombra: el aire que la noche amenazaba. Quietos, pegados a la dura tierra, cogidos entre el pánico y la nada, los hombres esperaban el momento último, sin oponerse ya, sin rebeldía. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

8

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Algunos se murieron, como dije, y los demás, tendidos, derribados, pegados a la tierra en paz al fin, esperan ya no sé qué -quizá que alguien les diga: «amigos, podéis iros, el combate…» Entre tanto, es verano otra vez, y crece el trigo en el que fue ancho campo de batalla. https://www.zendalibros.com/campo-de-batalla-de-angel-gonzalez/

Miguel Hernández (Alacant, 1910-1942)

Guerra Todas las madres del mundo, ocultan el vientre, tiemblan, y quisieran retirarse, a virginidades ciegas, al origen solitario y el pasado sin herencia. Pálida, sobrecogida la fecundidad se queda. El mar tiene sed y tiene sed de ser agua la tierra. Alarga la llama el odio y el amor cierra las puertas. Voces como lanzas vibran, voces como bayonetas. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

9

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Bocas como puños vienen, puños como cascos llegan. Pechos como muros roncos, piernas como patas recias. El corazón se revuelve, se atorbellina, revienta. Arroja contra los ojos súbitas espumas negras. La sangre enarbola el cuerpo, precipita la cabeza y busca un hueco, una herida por donde lanzarse afuera. La sangre recorre el mundo enjaulada, insatisfecha. Las flores se desvanecen devoradas por la hierba. Ansias de matar invaden el fondo de la azucena. Acoplarse con metales todos los cuerpos anhelan: desposarse, poseerse de una terrible manera. Desaparecer: el ansia general, creciente, reina. Un fantasma de estandartes, una bandera quimérica, un mito de patrias: una grave ficción de fronteras. Músicas exasperadas, duras como botas, huellan la faz de las esperanzas y de las entrañas tiernas. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

10

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Crepita el alma, la ira. El llanto relampaguea. ¿Para qué quiero la luz si tropiezo con tinieblas? Pasiones como clarines, coplas, trompas que aconsejan devorarse ser a ser, destruirse, piedra a piedra. Relinchos. Retumbos. Truenos. Salivazos. Besos. Ruedas. Espuelas. Espadas locas abren una herida inmensa. Después, el silencio, mudo de algodón, blanco de vendas, cárdeno de cirugía, mutilado de tristeza. El silencio. Y el laurel en un rincón de osamentas. Y un tambor enamorado, como un vientre tenso, suena detrás del innumerable muerto que jamás se aleja. https://trianarts.com/miguel-hernandez-guerra/#sthash.m6zn9pY8.dpbs

La vejez de los pueblos. El corazón sin dueño. El amor sin objeto. La hierba, el polvo, el cuervo. ¿Y la juventud? En el ataúd. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

11

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

El árbol solo y seco. La mujer como un leño de viudez sobre el lecho. El odio sin remedio. ¿Y la juventud? En el ataúd. https://www.poemas-del-alma.com/miguel-hernandez-la-vejez-en-los-pueblos.htm

Langston Hughes (USA, 1902-1967)

Democracia A democracia non virá o día de hoxe, nin este ano, nin nunca, a través do compromiso e o medo. Teño tanto dereito como o resto de cidadáns para manterme erguido sobre os meus dous pés e ser propietario da terra. Cánsome de escoitar o que di a xente: Deixa que as cousas sigan o seu curso. Mañá será outro día. Non necesitarei a miña liberdade cando estea morto. Non podo vivir co pan de mañá. Liberdade é unha semente forte plantada nunha gran necesidade. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

12

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Eu vivo aquí, tamén. Quero liberdade como vostede. Opresión Actualmente os soños non están dispoñibles para os soñadores, nin as cancións para os cantantes. En moitos países a noite é escura e un frío aceirado prevalece. Pero o soño regresará e a canción romperá o seu cárcere. HUGHES, Langston, Los Blues fatigados. Antología, Laberinto, 2020, 151 pp.

Xustiza Que a Xustiza é unha deusa cega é algo que os negros sabemos ben: A súa vendaxe esconde dúas chagas purulentas que talvez noutro tempo foron ollos.

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

13

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Será o día da vitoria tamén o meu día? Aí A Segunda Guerra Mundial.

Queridos compatriotas americanos, escríbovos esta carta esperando que os tempos sexan mellores cando esta guerra teña terminado. Son un ianqui de pel escura que conduce un tanque. Pregúntovos: SERÁ O DÍA DE LA VICTORIA TAMÉN O MEU DÍA? Levo un uniforme dos EE. UU. Inflixín moito dano ao inimigo, fixen retroceder aos alemáns e aos xaponeses, desde Birmania ata o Rin. En cada liña de batalla, lancei derrota sobre o colo do fascista. Son un negro americano entregado a defender a miña terra Exército, Armada, Forzas Aéreasaí estou. Transporto municións, loito -ou fago de estibador, tamén. Enfróntome á morte como vós en calquera sitio. Vin xacer ao meu compañeiro no lugar onde caeu. Vino morrer. Prometinlle que tentaría Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

14

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

facer da nosa terra unha terra onde o seu fillo puidese ser un homeonde non houbese máis paxaros Jim Crow no ceo. Así que isto é o que quero saber: Cando vexamos o resplandor da Vitoria, deixaredes aínda que Jim Crow me reteña? Cando toda esa xente estranxeira que esperou -italianos, chineses, daneses- ser liberada, seguirei eu sendo un desgraciado porque son negro? Aquí na miña terra natal, a miña propia terra, seguirán vixentes as leis de Jim Crow? Seguirá Dixie linchándome cando regrese? Ou vós, compañeiros de armas das fábricas e as granxas, darédesvos conta que esta guerra foi unha loita para que aprendésemos? Cando me quite o uniforme, estarei a salvo do perigo ou farédesme o mesmo que fixeron os alemáns aos xudeus? Despois de axudar a salvar este mundo, seguirei aínda escravizado á cor? Ou cambiará a Vitoria as vosas ideas anticuadas? Non podedes dicir que non loitei para esmagar o poder dos fascistas. Non podedes dicir que non estiven convosco en cada batalla. Como soldado e como amigo. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

15

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Cando esta guerra chegue ao seu final, meterédesme nun coche de Jim Crow coma se fose gando? Onde vos poñeredes de pé como homes no seu fogar e tomaredes partido pola Democracia? É todo o que vos pido. Cando deixemos ao carón as pistolas para celebrar o noso Día da Vitoria SERÁ O DÍA DE LA VICTORIA TAMÉN O MEU DÍA? É todo o que quero saber. Atentamente, Gi Joe file:///C:/Users/T440s-1/AppData/Local/Temp/cuaderno-de-poesia-n-077-langston-hughes.pdf

Patricia Jabbeh Wesley (Liberia,1955)

Buscando á miña familia “Bo amigo, por favor axúdame. Cando vivías en Kataka non verías a dous nenos? Un deles de pel escura, repoludo. O outro de cute máis clara e ollos negros. Meu bo amigo, non os terás visto cando vivías en Ganta? Un tería ao redor de dez anos o outro, aproximadamente esta altura. O meu fillo maior, Nyema, o menor Doeteh. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

16

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Meu bo amigo poderías dicirme se se dirixiron a Tapeta? Entregáronlles fusís, matarían? Meu bo amigo, poderías dicirme se camiñaron cara a Bassa? Morrerían de fame? Meu bo amigo, poderías informarme se ao seu lado camiñaba unha nai? Estaba ela ben de saúde, recibiu bo trato? Ah, entón, meu bo amigo, foi alí onde os obrigaron a saírse da columna? Bo amigo, tiñan fame cando se enfrontaron ao seu final? Agora, meu bo amigo, poderei seguir os seus pasos e envolver os seus ósos. Grazas, meu bo amigo. Pero como farei para recoñecer os seus ósos?” http://www.poesiademujeres.com/2014/01/buscando-mi-familia.html

Jazra Khaleed (Chechenia, 1979, poeta grego)

Toque de queda Nun monopatín atraveso a cidade policías, coche-patrullas por todos lados soldados en cada esquina trato de evadir as cámaras de vixilancia desde os capiteis míranme como os ollos de Deus por detrás de xanelas con cortinas os homes da casa están a mirar as noticias das oito e asegurando as súas portas odian o que é diferente aman a seguridade Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

17

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

a humanidade esta morta sen eles temen cada contacto, aínda o contacto visual As rúas baleiras tendas pechadas teléfonos mortos outra noite de terror eu busco razón non me preguntes quen son todos os meus heroes están mortos non vexo nin as árbores nin a madeira só antenas e rúas se puidese conter todos os amenceres do mundo nas miñas mans non sabería que facer con toda esa luz e aínda así nunca matei á ninguén por un pouco de gas natural ou un campo de golf Toque de queda Unha noite branca en Atenas Apresúrome no meu monopatín unha pistola no meu templo outra noite traizoa aos seus nenos música a todo volume desde as celas da policía o amor abandonou esta cidade deixando detrás só lixo e soldados se vivise nos “vinte” sería un mineiro comunista pero este é o século vinte e un ás ratas encántanlles os labirintos - e doce Señor Xesús Primeiro levaron aos musulmáns logo aos anarquistas aqueles quen odia este mundo o meu tempo hai tempo que paso transfórmome nun trasgo atraveso a cidade nun monopatín Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

18

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

espido cos pasadores frouxos vólvome invisible cámara de vixilancia ou pistola - unha delas matarame hai un camiño, pero non liberdade Toque de queda Unha noite branca en Atenas https://www.lyrikline.org/ru/stihotvoreniya/apagoreysh-kykloforias-7709?showmodal=es

Jesús Lizano (Barcelona, 1931-2015)

Balada del soldado conocido Es el soldado conocido. Era muy conocido. Le conocían muy bien los que le habían perdido. Qué significan todos los monumentos al soldado desconocido. Era muy conocido. Todos eran muy conocidos. Dejad de enviarle flores los mismos que le habéis destruido. Vosotros lo convertisteis en soldado y en desconocido. ¡Es el soldado conocido! VICENT CAMPS: poesia recitada: un poema de jesús lizano (Barcelona 1931) (vicentcampspoesia.blogspot.com) Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

19

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Xulio López Valcárcel (Lugo, 1953)

Tempus fugit Agardan fillos as nenas que amei onte, todo decorre en sucesión de vértigos, nada se recupera. Polos cuartos de húmidas pensións fuches deixando anacos da túa vida, a túa suor aceda, un fato de cabelos, unha lene pegada nas sabas, o alento. Fúcheste deixando enteiro como un laio prolongado. Xa só na palabra me trascendo. Cara a min a través de invernizas salas, de alamedas sen xentes, vén un escuro neno orinándose por si, traéndome unha antiga dor. Non cara a morte na que estou, cara á vida ireime. Atrás os remotos corpos amados, os inútiles buracos percorridos, a morte toda atrás. Ireime buscando o aire, a luz, o día primitivo, Algo de paz, algo de paz... Onde sexa posible a vida, Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

20

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

onde o meu corazón e a terra latexen a compás. Visualizar obra (udc.es)

Diana Morán (Panamá, 1929 - Ciudad de México, 1987)

Tirados al aire Requisaron los ojos las uñas los cabellos esposaron la lengua los libros la madre y como entre las argollas el puño se multiplicaba herrados desnudos sin pasaportes nos tiraron al aire. https://docplayer.es/84512851-Cuaderno-de-poesia-critica-no-110-diana-moran.html

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

21

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Miguel Anxo Mouriño (Cambados, 1943)

Xove Se vives a cotío o misterio da vida desfrutando sen traumas do billete de ida, dos tesouros ocultos que amosa cada xeira o devalo do tempo na infinita ribeira. Se te sabes mellor ou igual cós mellores pero non o pregoas nin reclamas honores, e acépta-las gabanzas de bocas verdadeiras sen modestias finxidas nin palabras baleiras. Se fa-lo que meditas que merece ser feito e non fúrta-la cara nin agácha-lo peito. Se calas moitas veces pero dis o que pensas se falas, anque a moitos lles parezan ofensas, e prefires menta-las virtudes cós vicios aínda que obtiveses menores beneficios. Se militas na vida activo no teu posto brandindo unha ilusión con outra de reposto. Se pretendes que as túas son ideas-diamante e dáslle a quen discrepa un valor semellante, e sabes que é doado confundir unha alfaia cunha doa de vidro de magnífica talla. Se abrazas unha causa que nega a maioría e ao medra-los atrancos medra igual a porfía. Se lles roubas aos soños menos tempo ca á cama e lles rendes aos feitos máis honores ca á fama. Se un anaco de paz sementas a cotío, ese pouso inconcreto do tempo fuxidío, porque sabes que o froito dese orballo inmorrente fai a vida máis doce, máis lúcida e máis quente. Se fa-lo teu camiño de cántiga e de verso e o vento que habitamos no emprestado universo estreleces con pompas de dourada alegría que estralan rosicleres na interina estadía. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

22

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Se consegues así que o zume se renove serás eternamente ¡eternamente! XOVE. https://bvg.udc.es/ficha_autor.jsp?id=MigMouri1&alias=&solapa=obras

Ana Muela Sopeña (Bilbao 1961)

Plegaria a la Tierra Amada Tierra, rescátanos de sombras, más allá de la ira de los cielos y de la nube radiactiva. Permite que tus signos y alfabetos acallen los tambores de la guerra y puedan las heridas ancestrales sanar con la sagrada medicina de la Tierra Cristal. Amada Tierra, vagamos en la noche en un fractal de pánico y de lágrimas, despojados de culpas y de ética. Con la ignorancia plena de los tiempos, en vértigo y silencio. Somos degradación, aunque nos pese, perversidad agónica. Purifica nuestra alma antigua y cósmica con círculos de agua. Amada Tierra, permite que el espejo de la luna y las mareas altas del espíritu se adentren en las grutas de la luz. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

23

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Que la perplejidad de los humanos eleve la espiral del adn con la memoria atávica de la galaxia de babel en esferas de fuego. Amada Tierra que las rocas nos hablen al oído y susurren las flores las palabras del inicio de todo. Que las montañas dancen con mariposas blancas de visiones. Que imágenes de niños sonriendo nos salven de los túneles futuros de la depredación y la locura y nos ayuden a limpiar el aire denso. http://www.poesiasolidariadelmundo.com/search/label/PLEGARIAS%20A%20LA%20TIERRA

Eliéser Wilian Ojeda Montiel (Venezuela, 1948)

La Paz y el verbo Amar I Si yo Amara si tú Amaras el mundo fuera perfecto terminarían las guerras y tantos odios molestos. II La humanidad viviría en un Paraíso Eterno y olvidado quedaría el pretérito imperfecto. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

24

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

III Si nosotros amásemos si vosotros amaseis la Paz del mundo llegaría volando en alas del eterno encanto o en alas de la paloma del bello Espíritu Santo. IV Y en su pico portaría la verde rama de olivo para construir el nido donde se criara la Paz, V y en la tierra esparciría dejando a todos contento y olvidando quedaría el pretérito imperfecto. VI El verbo Amar conjugado en su modo potencial no le serviría de nada a todo el conglomerado de este globo terrenal. VII Porque el Amor debe darse siempre en tiempo presente jamás en condicional. VIII Si yo pudiera Amar si tú pudieras Amar Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

25

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

no le serviría de nada a la Paz Universal. IX Solo el Amor que brindemos conjugándolo en presente dará la Paz permanente a todito el Universo y olvidado quedaría El pretérito imperfecto. http://www.poesiasolidariadelmundo.com/search/label/PAZ%20Y%20AMOR

Blas de Otero (Bilbao, 1916-Madrid, 1979)

Inerme Aún no nos damos por vencidos. Dicen que se perdió una guerra. No sé nada de ayer. Quiero una España mañanada donde el odio y el hoy no maniaticen. Ínclitas guerras paupérrimas, sangre infecunda. Perdida.(No sé nada, nada.) Ganada (no sé) nada, nada: éste es el seco eco de la sangre. Por qué he nacido en esta tierra. Ruego borren la sangre para siempre. Luego hablaremos. Yo hablo con la tierra inerme. Y como soy un pobre obrero de la palabra, un mínimo minero de la paz, no sé nada de la guerra. http://platea.pntic.mec.es/~jdelucas/otero.htm Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

26

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Chus Pato (Ourense, 1955)

Certo, é posíbel estar namorado dun obús é posíbel estar namorado da vulva dunha egua e contemplar como de vagar as vacas se envelenan. É posíbel afirmar que o sexo dunha trincheira é mais longo que o sexo da mais longa das serpes porque tamén as trincheiras falan no idioma no que falou Morgana. É posíbel dicir que as moscas as do inimigo tratan de impedir a chegada dunha carta a túa. Que Pio X é o home máis moderno do teu século e disfrazar un tristísimo emigrante con traxe dun lord morto. http://revistamododeusar.blogspot.com/2014/05/chus-pato.html

Brian Patten (Gran Bretaña, 1946)

A confesión do pequeno Johnny Esta mañá sendo máis ben novo e parvo collín prestada unha metralleta que meu pai deixara agachada dende a guerra, saín e eliminei un bo número de pequenos inimigos. Dende entón non regresei á casa. Esta mañá multitudes de policías con cans asexaban pola cidade coa miña descrición impresa nas súas mentes, a preguntar: Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

27

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

"Vírono? Ten sete anos, gústanlle Pluto, o Super Rato e Biffo o Oso, Vírono nalgures?" Esta mañá sentado só nun estraño campo de xogos a murmurar: equivocácheste, equivocácheste unha e outra vez planeo o meu seguinte movemento pero non podo moverme. Os sabuxos van cheirarme, teñen os meus caramelos. http://bitacoraparalugaresreencontrados.blogspot.com/2007/08/poemas-de-brian-patten.html

Marge Piercy (USA, 1936)

Cando morre un amigo o salmón non crece. O trigo non serve de alimento. E ao sufrir só se logra que a pena se agrande. Un apetito chúpanos da mente cores destinxidos cando o último crisantemo de bronce murcha na neve. Algo, vehementemente, desauga ao día. Unha ferida familiar reábrese ao picar unha moa. Un xigante vermello tórnase estrela Nova. E, no ceo, un espazo baleiro Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

28

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

cóase polo Arco de Orión durante unha noite que se abre tanto como un ollo desvelado que fita. Nesta loita contra a dor a fatiga derruba. Péchansenos os ollos. E ao amencer devólvenos á pena que miramos sen pestanexar ata quedarnos cegos. https://circulodepoesia.com/2012/12/alforja-poemas-por-la-paz/

Carl August Sandburg (USA, 1878 -1967)

Ferro Armas, longas armas de aceiro que apuntan desde os buques de guerra en nome do deus da guerra. Armas rectas, brillantes, brunidas, ás que se empolican os recrutas de camisa branca, a gloria dos rostros tostados, o cabelo revolto, os dentes brancos, a risa dos áxiles recrutas de camisa branca, sentados a cachapernas nas armas cos seus cantos de guerra, coas súas bélicas salomas. Pas, anchas pas de ferro que recollen carbón das adegas curvas, removen a turba, nivelan a terra. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

29

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Pídovos que sexades testemuñas de que a pa é irmá da arma. E obedecen Esmagade as cidades. Facede cachizas as murallas. Esnaquizade fábricas e catedrais, almacéns e fogares; amontoádeos como caian, entre entullos e madeira renegrida e queimada: sodes soldados e ordenámosvolo. Construíde as cidades. Levantade de novo as murallas. Reparade fábricas e catedrais, almacéns e fogares; amontoádeos en forma de edificios para a vida e o traballo: sodes obreiros e cidadáns todos, e ordenámosvolo. Listo para matar Dez minutos levo mirándoo. Por aquí pasei antes moitas veces e estrañoume. Velaquí un monumento en bronce, recordo dun famoso xeneral a cabalo, coa bandeira e a espada e revólver en man. Canto me gustaría facer cachizas todo ese catafalco, reducilo a unha chea de entullos, que llo [leven ao chatarreiro. Direicho con toda claridade: logo de que o granxeiro, o mineiro, o tendeiro, o obreiro, o bombeiro e o camioneiro fosen lembrados nos seus monumentos de bronce, dándolles a forma do traballo de conseguirnos a todos, algo que comer, algo que vestir, Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

30

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

cando amontoen unas cantas siluetas recortadas contra o ceo aquí no parque, e rememoren aos auténticos forzudos que fan o traballo do mundo, que dan para comer á xente no [canto de aniquilala, entón, se cadra si que me plantarei aquí a contemplar con tranquilidade a este xeneral do exército que enarbora a súa bandeira ao vento e cabalga como un demo na súa montura, listo para matar a todo o que se lle poña por diante, listo para que corra o sangue vermello pola herba nova e tenra do prado, e que a empapen as [entrañas dos homes. http://amediavoz.com/sandburg.htm

Anne Sexton (USA, 1928 -1974)

Despois de Auschwitz Ira negra como un gancho atállame. Cada día cada nazi agarrou, ás oito da mañá, un bebé e fritiuno para o almorzo na súa tixola. E a morte observa con ollo casual e xoga coa roña baixo as uñas. Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

31

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

O home é malo —digo en voz alta. O home é unha flor que se debe incendiar —digo en voz alta. O home é un paxaro cheo de lodo —digo en voz alta. E a morte observa con ollo casual e resga o ano. O home cos seus dedos milagrosos e os dedos do pé rosadillos non é templo senón latrina —digo en voz alta. Que o home nunca volva levantar a súa taciña de té. Que o home nunca volva escribir un libro. Que o home nunca volva poñerse o zapato. Que o home nunca volva levantar os ollos nunha suave noite de xullo. Nunca. Nunca. Nunca. Nunca. Nunca. Estas cousas digo en voz alta. Rogo ao Señor que non escoite http://www.materialdelectura.unam.mx/index.php/poesia-moderna/16-poesia-moderna-cat/46-016siete-poetas?showall=1

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

32

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Nichita Stănescu (Rumanía, 1933-1983)

Vencedores e vencidos Escribíronme as pedras que xa non poden soportar o frío escribíronme as árbores que xa non poden vivir sen certezas escribíronme as miñas amigas as arañas que a choiva fixo envellecer as estatuas de tanta como caeu ultimamente escribíronme as formigas e escribíronme os parentes dos que xa non están pero nin uns nin outros me convenceron así que eu mesmo quixen ver oír e falar coas poucas testemuñas sobreviventes desposuídas pola neve as velas teñen algo dos xestos da moribundos noite tras noite alguén fala aos vencidos: «Vós herdaredes a terra vós seredes os auténticos vencedores non temades!» e de súpeto os vencedores retíranse a morte contados cos dedos dunha soa man «Que tedes contra eles? Que mal vos fixeron?» pregunta a multitude e o eco responde: «Eles teñen a culpa dos mortos que non quixeron morrer sen saber por que» nas súas tumbas abandonadas só a neve esparexe recordos tarros baleiros dando voltas ao azar debaténdose contra a morte a soga da que caerán as cabezas dos antigos e futuros vencedores POESÍA SOLIDARIA 1.394 Poetas Solidarios del Mundo y 3.082 Poemas Solidarios: VENCEDORES Y VENCIDOS (poesiasolidariadelmundo.com)

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

33

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Manuela Temporelli (Madrid, 1956)

Reporteros La fortuna de la resurrección no alcanzará ni siquiera a ese hombre que aún palpita, que, aún hoy, soporta el estertor de muerte enterrando/desenterrando huesos. Los macilentos odres, que visten esos cuerpos del hambre, siguen sobreviviendo en la esperanza de que, a la prontitud de la noticia, pueda seguirle un rápido remedio. Sin embargo, las cámaras enlatan la barbarie y el hombre la contempla como quien mira un film de Tarantino: La sangre le es ajena. Porque contar los muertos se convierte en tarea rutinaria, no alcanzará a ese hombre la clemencia: Las liendres emponzoñan el desierto. Una imagen inunda el bienestar, la sobremesa..., La cámara recarga baterías y un óxido de llanto derrama por la lente... https://poetassigloveintiuno.blogspot.com/2011/08/4522-manuela-temporelli.html

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

34

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Märta Tikkanen (Helsinki, 1935)

A min foime fácil ao principio bastaba con amar Era ben fácil amar cando unha sempre estivera rodeada de amor e cando aprendera moi cedo que o amor era o máis grande e o máis alegre e o mellor que había Mentres houbo amor todo foi ben Pero logo converteuse en odio e o odio estaba prohibido cando eu era pequena Como proceder cun odio que non pode existir? Non se din palabras feas Non se blasfema Non se pega Non se grita Non se dan portadas, desde logo Non se deixa translucir nada na cara Non se tira ningunha cousa naturalmente Hai que tratar de ser verdadeiramente amable cando se odia Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

35

IES “San Paio”


Deixa que se oia a Paz!

30/01/2022

Hai que tragarse o odio metelo dentro non manifestalo non admitir nunca a súa existencia A min non me foi fácil odiar pero o fatal foi non facelo. http://petitpalaisduvocabulaire.blogspot.com/2017/04/marta-tikkanen-mi-me-fue-facil.html

Equipo da Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

36

IES “San Paio”


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.