Escolma

Page 1


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Índice AGRELO HERMO, Xosé....................................................................................................................3 O CARTAFOL DE RUPERTO........................................................................................................3 ALEIXANDRE, Marilar....................................................................................................................10 ABECEDARIO DE ÁRBORES....................................................................................................10 FALA CARRAPUCHIÑA.............................................................................................................10 ÁLVAREZ NÚÑEZ, Sabela...............................................................................................................11 VIOLETA ELA..............................................................................................................................11 BABARRO, Xoán..............................................................................................................................18 CARPAMETA-CARPADEDUNA E OS SEUS AMIGOS............................................................18 CASALDERREY, Fina......................................................................................................................20 QUERIDO AVIADOR...................................................................................................................20 CORTIZAS, Antón.............................................................................................................................23 NOS PÁRAMOS DA LÚA...........................................................................................................23 DOCAMPO, Xabier P........................................................................................................................24 ¡ESTAMPADO!.............................................................................................................................24 O MISTERIO DAS BADALADAS.............................................................................................26 FERNÁNDEZ PAZ, Agustín..............................................................................................................27 O ENIGMA DO MENHIR............................................................................................................27 FERNÁNDEZ TEIXEIRO, Manuel María........................................................................................32 FRÍAS CONDE, Xavier.....................................................................................................................34 COUSAS DE BRUXAS................................................................................................................34 GARCÍA TEIJEIRO, Antonio............................................................................................................36 GRAÑA, Bernardino..........................................................................................................................37 PLANETA DOS RATOS TOLOS.................................................................................................37 LUNA SANMARTÍN, Xosé..............................................................................................................42 O ANO DAS MIMOSAS..............................................................................................................42 MACEIRAS, Lourdes........................................................................................................................52 MARIÑA.......................................................................................................................................52 MARTÍN, Paco...................................................................................................................................55 UN REGUIÑO NA TERRA CHA.................................................................................................55 MIRANDA, Xosé...............................................................................................................................57 A BIBLIOTECA DA IGUANA......................................................................................................57 NEIRA VILAS, Xosé.........................................................................................................................59 O CICLÓN.....................................................................................................................................59 QUERIDO TOMÁS.......................................................................................................................60 QUEIPO, Xavier.................................................................................................................................61 O APAREAMENTO DOS ESCORNABOIS................................................................................61 QUINTIÁ, Xerardo............................................................................................................................64 OS PANTRIGOS DE ROSARIO..................................................................................................64 SÁNCHEZ, Gloria.............................................................................................................................66 A GALIÑA PEREGRINA.............................................................................................................66 VÁZQUEZ, Pura................................................................................................................................70 UN NIÑO PARA XÍLGAROS CANTORES................................................................................70 FONTES: Agás os textos con cita expresa a pé de páxina todos os demais proceden da Biblioteca Virtual Galega (http://bvg.udc.es/) Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

2

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

AGRELO HERMO, Xosé.O CARTAFOL DE RUPERTO PERSONAXES: O porquiño Ruperto Nena A bruxa Caramuxa O bandido Gumersindo A muller Pirata Alí Babá Escea I (Canta o galo. A luz vai a máis no escenario baldeiro. É o mencer) Voz en OFF.¡Todo o mundo arriba! ¡Erguédevos xa! ¡Hoxe é día de matanza! ¡A todo o porco lle chega o seu sanmartiño! ¡Afiade os coitelos! (No fondo branco do escenario que durará toda a representación aparece en sombra sinistra dun hombre armado dun grande coitelo na man. Algarabía de xente. No escenario varios xoguetes dispersos). Porco.(Entra correndo) ¡Asasinos! ¡Matachíns! (Acrequéñase nun curruncho, cheo de medo) Voz en OFF.¿Onde se meteu ese condenado porco? Nena.(Entrando) ¡Ruperto! ¡Ruper! ¡Ruper! Porco¡Chits...! Estou aquí. ¿Xa marchou o matachín? Teño que escapar... Nena.(Senta ao seu lado) Agarda un pouco. No cuarto dos xogos non te van atopar. Voz en OFF.(Lonxe) ¡Rupertiño! ¡Ven acó, meu rei, que che vou dar unha mazá! ¡Ru-perti-ño! (Pausa) Porco.Parece que se fartaron de buscarme. ¿E agora que fago? Nena.Estiven pensando e teño para min que a mellor solución é que marches polo mundo. Porco.¿Polo mundo? ¿E a onde vou? Nena.Ti liches todos os libros da miña biblioteca, ¿non si? Non lerías o Corán... Porco.¿O Corán? Non, oh... Dos libros relixiosos non pasei da Biblia, daquel capítulo no que conta que Cristo meteu os demos nos porcos... ¿non tería outro sitio mellor? Nena.Ben, deixa iso e escoita: Mahoma no Corán di que os mouros non poden comer carne de porco... Porco.Pois disque está moi boa...Deus me perdoe. Nena.E que, ¿non te das conta? ¡Teñen prohibida a carne de porco! ¿Entendes? Porco.Xa caio... Nena.Pois nada, vas para a terra dos mouros e a vivir tranquilo o resto da túa vida. Porco.¿Queres saber que non é mala idea? Pero eses...son os das alfombras e os das pateras ¿non? Din que son moi malos... Nena.Din, din... Non fagas caso do que din. As cousas non son o que parecen. Porco.O caso é que non teño cartos para a viaxe.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

3

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Nena.Non te preocupes. Levas este cartafol que está cheo de palabras bonitas e no camiño trócalas por comida. A min xa non me serven pois aquí ninguén as quer. E agora vaite a présa e que non te vexan saír. Porco.Gracias por todo, Nena. Nena.Vaite, vaite. E non esquezas que as cousas non son o que parecen. (Vaise o PORCO por un lado e a NENA por outro. Escuro) Escea II (O PORCO corre no meio do escenario sen moverse do sitio ao ritmo dunha música marchosa.No fondo brancona sombra dun castelo tétrico. No escenario, un portalón gótico). Porco.¡Ai mamaíña! O castelo da Bruxa Caramuxa. Teño medo de raios, pero tamén teño unha fame negra.(Dándose ánimos) ¡Forza, Ruperto! (Chama ao portalón) Bruxa.(En Off) ¡Non estou na casa! (Con voz bronca) Porco.¡Señora Bruxa, ábrame por favor! Teño que comer, se non, morro. Bruxa.Non lle abro a ningún morto de fame ¡Estou durmindo a sesta! Porco.Perdoe, dona Caramuxa, pero eu... Bruxa.¡Non son dona, recoiro! Son a Bruxa Caramuxa, e son máis mala.. (Asoma a cabeza pola porta) ¿E ti quen es? Porco.Son o porco Ruperto da Augalevada e vou a terra de mouros. Bruxa.Vouche abrir porque xa me tiña que levantar, pois alguén chamou á porta pero lembra que eu son malísima... ben... (Con voz natural) ¿E que se che perdeu a ti na terra dos mouros? (Cambia o ton e volve ao forte) ¿Que se che perdeu a ti na terra dos mouros, eh? Porco.Nada, pero como alí non comen carne de porco pois... iso... que me zafo. Bruxa.(Rindo) Mira que listo é o porquiño. ¿E como me vas pagar a comida? Porco.Con palabras. Bruxa.¿Con palabras? Porco.Si, señora Bruxa, téñoas moi bonitas e para todos os gustos, mire, mire... (Saca varios cartonciños do cartafol) Estas pódenlle ir ben: Conxuro... Pócima... Beberaxe... Feitizo... Borraxeira... Bruxa.¡Bah! ¡Bah! (Suave) Esas son moi feas. ¿Non as tés máis bonitas? Porco.Pois claro, pero como vostede é bruxa e é tan mala... Bruxa.(Sentimental) Non fagas caso, Rupertiño. Fágome a mala pero a verdade é que nunca fixen mal a ninguén. Teño que aparentar porque se non os nenos perderíanme o respecto pero o que me gusta a min é axudar á xente, xogar cos animaliños da fraga, coller amoras... ¡ai! pero con esta sona... Porco.¡Carai, señora! Ten vostede un desdoblamento de personalidade que lle pode traer secuelas moi negativas. Bruxa.¡Pero que listo é este porquiño! A ver, meu homiño, ensíname palabras bonitas. Porco.Colla, colla vostede. Bruxa.(Elixindo do cartafol) Arume... Faísca... Chorima... Urce... ¡que bonitas! Por estas douche unha taza de caldo e un anaco de pan candeal. Esta noite durmes no castelo e... ¿sabes unha cousa? Mañá voume contigo polo mundo. Xa estou farta de ser a bruxa da comarca. Agora serei unha meiga boa. Porco.Pois eu regálolle outra palabra (Dalle un cartón). Bruxa.(Lendo) Agarimo... ¡Este porquiño é un poeta! (Escuro).

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

4

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020 Escea III

( O PORCO e a BRUXA andan sen moverse do sitio no meio do escenario ao ritmo da música. Na sombra do fondo, unha paisaxe de montaña. No escenario, unha árbore). Porco.¡Que canso estou! ¿Canto levaremos andado? Bruxa.Polo que nos doen os cadrís, alomenos sete légoas. (Aparece o BANDIDO GUMERSINDO con antefaz, mochila e un pistolón anticuado). Bandido.- ¡Alto aí! Ninguén pasa polo territorio do bandido Gumersindo sen padar peaxe. ¡Veña! ¡Arriade a xarda! ¡Axiña! Porco.Por favor, señor bandido, non nos faga mal. Bandido.- E ¿que pintan xuntos un porco e mais unha bruxa? Bruxa.¡Meiga, señor bandido, meiga... non bruxa! Bandido- Meigas... bruxas... tanto tén. Soltade os cartos que vos fulmino. Porco.Non temos cartos, señor, somos moi pobres. Bandido.- A ver que levas nese cartafol. Ábreo. Bruxa.Só son palabras. Porco.Si, si... palabras somentes. Bandido.- ¿Teño cara de parvo ou que? Non vos riades de min que vos deixo tesos. Atraquei a moitos millonarios con grandes escoltas e non ides ser vós os primeiros que pasades impunemente polos meus dominios. Bruxa.E se joubou a tantos homes ricos ¿onde meteu o diñeiro? pois máis ben vai vostede de pobre de pedir. Bandido.- (Tuse) Está ben... Eu dixen que os atraquei pero non dixen que os roubara. Son un bandido pero non son ningún ladrón ¿está claro? Porco.Non, eu non o vexo tan claro, porque bandido e ladrón, aínda sen ter o mesmo significado, dalgunha maneira son sinónimos e, desde logo non son antónimos. Bandido.- ¡Mira que listo nos saiu o porquiño! (Berrando) ¡Eu son... o que son! (Cambia o ton.) En realidade eu non son nada, son un cheíñas. Quero meter medo e a xente rise de min. A pistora era de meu bisavó, un recordo da familia, e non funcionou nunca. Onte mesmo unha velliña con cara de santa perinoca rouboume un tarro de mel dun enxamio que teño no monte. Son un desastre como bandido... vivo só... non teño amigos... son un ninguén... (Choromica.) Bruxa.Vamos, señor Gumersindo, non se poña así. Hai que ser forte e tirar para diante. Vostede parece boa persoa e agora xa tén dous amigos. Bandido.- ¡Gracias, moitas gracias! Sodes la mar de bos. Non sei como agradecervos este trato... Porco.Eu si que sei... dándonos algo de comer. Bandido.- Non faltaría máis. Na mochila aínda me debe quedar algo de queixo e un pouco pan duro... PorcoPois a comer, que eu polo menos, teño unha fame... Pero antes voulle pagar. Bandido.- Os pobres e os amigos non pagan a comida. Porco.Pois chámeo troco en vez de prezo. Vostede dame queixo e eu doulle palabras. Bandido- ¿Palabras? Porco.Si, palabras. Xa lle dixen que as levaba no cartafol. Palabras bonitas e novas para vostede. Tome. (Vaille dando cartóns). Bandido.- (Lendo) Amizade... Careixo... Irmandade... Ledicia... ¡Vaia, sonche ben bonitas! (Sentan no chan e comen). Porco.¡Que ben se está cando se está ben! Bruxa.Xa case somos unha familia. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

5

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Bandido.- ¿Sabedes unha cousa? Voume ir convosco polo mundo. Isto de ser bandido é moi aburrido. Porco.E, por riba, moi perigoso porque se algún día se atopa cun bandido de verdade, deses que non o parecen, non lle arrendo a ganancia. ¿Vostede oiu falar de Pepa a Loba...? Bandido.- Este porco é unha enciclopedia... (Escuro). Escea IV (Os tres camiñan no centro do escenario sen moverse do sitio ao ritmo da música. No pano branco a sombra dunha goleta. No escenario, un rezón e dous remos.) Bruxa.A min chéirame a salitre. Porco.Polo que levamos andado debemos estar chegando ao mar. Bandido.- Alí ven alguén. (Entra a MULLER PIRATA. Pano na cabeza, parche nun ollo, camisa e pantalóns amplos, botas e espada no cinto.) Pirata.¡Por Neptuno! ¡Aí ven a miña nova tripulación! ¡Benvidos ao "Terror dos mares" o bergantín máis mariñeiro e máis bonito que sulca os océanos! Bruxa.(Aparte) A min paréceme que esta muller non está ben da cachola... Bandido.- (Id.) Fala baixo que leva unha espada. Porco.Señora pirata, agradecémoslle o amábel recebemento pero nós non somos mariñeiros. Esta señora é a meiga Caramuxa, este xentil doncel é o ex-bandido Gumersindo e eu son o porco Ruperto para servila. (Fai unha reverencia esaxerada.) Pirata.Entón, ¿en que vos podo servir? Porco.Queremos que nos leve á outra beira do mar, se non é moita molestia. Pirata.¿Non queredes vir conmigo apresar galeóns cheos de ouro e prata para facérmonos ricos e famosos? Bandido.- Moitas gracias pero xa somos ricos dabondo. Bruxa.Só queremos ir lonxe para vivir en paz. Porco.Se vostede quixese deixar de piratear unha tempada e nos levase a terra de mouros, nós pagaríamoslle ben. Pirata.¿Tantos cartos tendes? Porco.Non, señora, cartos ningúns, pero temos palabras, palabras moi bonitas que valen máis có tesouro do capitán Flint. Pirata.(Enfadada) E querédesme pagar con palabras... ¡Por Neptuno que nunca me fixeran unha oferta tan ridícula...! Bruxa.Ben... vostede o perde. Agardaremos outro barqueiro que nos queira levar. Bandido.- E por nós, non se prive. Vaia piratear o que lle apeteza e roube todos os tesouros que hai no mar. Porco.Piratee, señora, piratee, que a nós non nos vai ese rollo. Pirata.(En ton humilde.) O que ocorre é que... ultimamente non pirateo grande cousa, ou mellor dito, non pirateo nada. Non teño nin tripulación. Na primería si, os mariñeiros viñan atraídos polo aquel da muller pirata. ¿Vostedes non ouviran falar da muller pirata? Se ata fixeron un filme... Pero como eu non tiña calleiro para afundir barcos, nin deixar abandoados nunha illa deserta os amotinados, ou colgalos da verga do pao maior pois... velaí. (Pausa.) A verdade é que estou cansa de facer o canelo. Porco.Pois ánimo, señora. Lévanos ao outro lado e despois ven connosco buscar un lugar apacíbel onde vivir tranquilos. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

6

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Bruxa.Anda, miña mociña. Pensa que, se cadra, atopaches a túa verdadeira familia. Bandido.- Ademais, aos que non nacemos para roubar fáisenos costa arriba andar a quitarlle cartos á xente. Dígollo eu, que diso sei moito. Pirata.Está ben, acepto. Levareivos á banda dalá e despois acompañareivos na vosa viaxe. Está visto que o mar non é o meu. (Pausa.) ¿E que hai desas palabriñas? Porco.Non faltaría máis. Pode escoller... Pirata.Non, non, faino ti por min. Porco.Encantado. Por aquí teño... Cotovía... Catavento... Viravento... Infindo... Mencer... Solpor... Pirata.¡Que marabilla! E eu, ata agora, nas berzas... Bandido.- Iso pasounos a moitos. Pirata.Pois imos aló. ¡Todos a bordo! Bruxa.A min dame o corpo que me vou marear. Bandido.- Fai unha pócima ou un xarope dos teus, muller. Porco.¡Adiante! ¡Levade as áncoras! ¡Arriba a mesana! ¡Cinguide o trinquete! Aí vai a derradeira singradura do "Terror dos mares". Bruxa.Este Ruperto parece un capitán... (Escuro.) Escea V (Os catro andan no centro do escenario sen moverse do sitio ao ritmo da música. No fondo branco, dunas e un oasis no deserto. No escenario, unha palmeira.) Bandido.- ¡Que calor vai! Bruxa.Pero alí vese unha lagoa de auga fresca. Porco.Este lugar éche ben bonito. Non sei se non chegariamos ao noso obxectivo final. Pirata.Aquí hai calor, auga limpa, terra fértil e, sobre todo, tranquilidade. Non é mal lugar para quedarnos. Porco.¿Fin da viaxe? Todos.¡Fin da viaxe! Porco.Agora cumpre que nos organicemos. Aquí faremos unha cabana. Buscaremos dátiles para comezar, cultivaremos... Alí Babá.- (Interrumpindo) ¡Jamalajá! (Sae de detrás da palmeira, con chilaba, turbante e alfanxe). ¿Quen anda por acá? Porco.(Facendo reverencia) Ilustre emir destas cálidas terras, reciba os respectuosos saúdos dos seus vasalos Caramuxa, Gumersindo, Ruperto e a ex-muller pirata, todos humildes servos de Alá. Bruxa.(Aparte) ¡Que ben fala o condenado! Alí Babá.- Deixade as verbas fermosas, bárbaros infieis, inimigos estranxeiros, e entregádeme os tesouros que gardades con avaricia. Eu non son emir de nada. Son o ladrón máis ladrón de todos os ladróns: ¡Alí Babá! ¡Jamalajá! Bandido.- ¡Anda mi madre, un colega...! Pirata.Este si que é ladrón de verdade. Bruxa.E nós pensando en quedármonos a vivir aquí... Porco.¿Alí Babá? Encantado, señor. Lin moito sobre vostede en "As mil e unha noites", pero ¿non había corenta máis? Alí Babá.- (Olla cara atrás. Cambia o ton). ¿Corenta? Porco.Si, alomenos iso é o que di no libro: Alí Babá e os corenta ladróns. ¿Non era así o conto? Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

7

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Alí Babá.- Boh... Nin corenta nin catro. Tés ti razón: todo era un conto. (Senta no chan). A alguén se lle ocorriu escribir sobre min e a miña cuadrilla porque ao principio si tiña unha banda, pero ¿a quen iamos roubar nun país tan pobre coma este? Gustei da fama e non o desmentín pero nunca pasei de roubar uns dátiles ou muxir algunha cabra allea... Todo un conto, por Alá. Bandido.- E que nós queríamonos establecer neste lugar para sempre, co seu permiso naturalmente. Alí Babá.- Por min non hai inconveniente. Así facédesme compañía e contaremos contos polas noites... Aquí as noites son moi estreladas e cando sae a lúa chea o deserto cóbrese dunha luz prateada tan fermosa que fai esquecer o paraíso das huríes. Porco.Pois, hala, quedamos. Bruxa.¡Pero, ¿onde imos vivir? Aquí non se ven casas. Alí Babá.- (Érguese) Eu tiña por alí unha cova que xa debe estar coberta polas silvas (Olla a bastidores) Pero hai tanto tempo que non entro nela que xa non me lembro das palabras que hai que dicir para que se abra. (Facendo esforzos por lembrar) Era algo así como... ¡Ábrete, Sísamo! Non... non... ¡Ábrete, Sásamo! Tampouco... Non lembro... Porco.Ai, que demo de Alí. Como se nota que non liches o conto. Xa verás como acerto eu: ¡Ábrete, Sésamo! (Forte estrondo) Todos.¡Abreu, abreu! (Saltando) ¡Ben, ben! Pirata.¡Que bonito é todo! ¡E a tranquilidade! (Forte ruido de berros, balas, canóns e cornetíns. Todos fican abraiados agás Alí Babá) Alí Babá.- (Resignado) Xa están aquí outra vez. Son os soldados do país viciño que, de cando en vez, veñen arrasar todo e non nos deixan vivir en paz. Bandido.- ¡Todos para dentro da cova! Porco.(Berrando) ¡Quieto parado! Se nos agochamos o primeiro día, nunca deixaremos de ser escravos covardes. Prantémoslle cara e loitemos polo que vai ser o noso país. Alí Babá.- Pero eles son máis ca nós e teñen armas. Porco.Pero nós temos a razón e polo tanto, somos máis listos. Cada un que faga o que sabe facer. (Todos brincan e berran) Bandido.- ¡Alto aí! ¡A bulsa ou a vida, ou a tripa rompida! (coa pistola na man). Bruxa.¡Esconxúrote, pai de todos os demos! ¡Vade retro, Sátana! Porco.¡Asasinos!¡ Asasinos! ¡Vou facer morcillas co voso sangue e un balón coa vosa vexiga! ¡A todo porco lle chega o seu sanmartiño! Pirata.(Coa espada) ¡Á abordaxe, meus bucaneiros! ¡Fogo os canóns da amura de estribos! Alí Babá.- (Co alfanxe.) ¡Jamalajá! ¡A min os corenta principais! (Repíteno mesturado. Enorme algarabía con música de fondo. Ao pouco soa un cornetín). Todos.¡Retíranse! ¡Xa se retiran! ¡Gañamos! Bruxa.Agora poderemos vivir en paz. Bandido.- Vamos á cova. Pirata.Merecemos un descanso. (Vanse BRUXA, BANDIDO e PIRATA) Alí Babá.- Gracias, amigos. Empezaremos de novo. Porco.Seremos unha familia, pero temos que pagarche o aluguer da cova. Alí Babá.- Non, de ningunha maneira. Porco.Déixame a min. Eu non teño cartos pero podo pagarche con palabras. Alí Babá.- ¿Palabras?

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

8

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Porco.Si, palabras moi bonitas. Mira: Fraternidade... Tolerancia... Solidariedade... Globalización; non, esta non ¿que diaño me metería esta palabra no cartafol?... Liberdade... Paz... (Cae o pano)

http://www.cdn.uolala.com/getimage.ashx?width=730&q=70&src=/event-covers/b-taller-teatro-terapeutico20160907175756208-1af2c0.jpg

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

9

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

ALEIXANDRE, Marilar.ABECEDARIO DE ÁRBORES bidueira é con b de branco e que dicir das magnolias branco como a lepra, con m de mágoa os longos rabos do b que te asaltan por sorpresa desempenados como riscas de xiz. con esa creación excesiva Na cortiza branca da bidueira de flores pesadas como chumbo, sutil como a casca do ovo as linguas ou sexos dos pétalos os indios de tempos idos murchas antes de abrirse. (antes do alcohol barato, das plumas de plástico) Non quero ver magnolias, non escribían mensaxes instantáneas teñen contención, non fráxiles como todo o que vale a pena. son discretas. bidueiras como mulleres de loito, Esa paleta de cores carnais como prisioneiros famentos non se acorda coa miña roupa na interminable estepa do país do Medio, nin cos mobles do living room. unha mitteleuropa ou outra, montando garda ós espectros plataneiro, con p de prender, de Dachau ou Matthausen. con p de pólvora e pincel, falsos como ningunha árbore, ollo coas acacias, que levan na codia un mapa con c de coitelo. con promesas de viaxes incumpridas. son máscaras de entroido que esconden o gume das súas follas árbores de inverno, nun estoupido de lámpadas amarelas. o último libro que Unha acacia ou mimosa nun entroido, hai anos, Sylvia partiume a lingua en dous. antes de pousar a cabeza no acougo enganadizo do forno de gas.

FALA CARRAPUCHIÑA Chamoume e metinme na cama con el. Facía como que ía comerme, rillando as uñas moi a modo e despois tragando as biscardas. Outras veces metía na boca os dedos, a man ou mesmo o brazo enteiro ¡tan pequeno! Comerse un ó outro, así fan os que se aman. Eu non podía comelo, sendo tan grande, tan enorme, con aqueles cabelos hirsutos, o alustro dos dentes brancos, a voz profunda como os tronos. Daquela quitáballe os carrachos que o asañaban como a todos os lobos e despois comíaos, rebentando de sangue que esvaraba pola miña boca, polo queixo, manchando o meu vestido. Por iso dixo o cazador, cando nos encontrou a primeira vez, que eu ía ensanguentada, que rompera isto ou aquilo, que el estaba coméndome e tivera que tirarme do máis fondo das súas tripas. Non era certo e, por outra banda, se nos comemos o un á outra e por amor. Tamén Beatriz comeu a Dante ou polo menos comeu o seu corazón, o centro do centro. Tampouco é verdade que o cazador lograra ferilo, senón que, non podendo enfrontarse á escopeta cargada, fuxiu para o máis escuro da fraga. Pero eu probara o seu sangue, o sangue que rebentaba o corpo esvaradío dos carrachos que sabían a terra, a metais enferruxados. A lúa comezou a cambiar o meu corpo. Dentro de min nacían alustros e tronos, coitelos de linguas, dentes afiados como esquírolas de cristal. Cando o cazador nos encontrou a segunda vez eramos dous e non puido escapar. Desde entón unhas veces vou eu procuralo ó escuro do bosque, outras ven el e entra comigo na casa, enganando ós outros co seu aceno de can, os ollos baixos para non descubrir os relampos de treboada que aniñan neles. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

10

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

ÁLVAREZ NÚÑEZ, Sabela.VIOLETA ELA A Ela. A Montserrat Roig. Rosalía sempre se sentira atraída por aquela casa construída no bico dun dos acantilados, unha casa que vivía de espaldas ó mundo,isto é, á vila xa que a súa fronte fitaba para un único escenario, o mar. Era unha casa solitaria acompañada, unicamente, das veas salgadas dese mar bruador que arreo batía a súas ondas contra a súa raíz, ese grande rochedo que a sustentaba ata a elevar, maxesustuosa nunha gran columna, ata o infinito. E tal parecía que esta columna fose espacio propio do mar e do seu universo de gaivotas, un universo que a rodeaba ata o abandono e ata a converter nunha casa inombrada, secreta, afastada do mundo. E dándolle case a man alí estaban tódolos rochedos que a circundaban e se erguían sobre ela como as torres dun castelo que a gardaban, aillándoa na súa propia soidade. E relativamente preto da súa xeografía estaba a praia onde nenas e nenos pasaban as máis das horas no verán e algunha que outra no inverno. Á espaldas da casa, estaba a vila, extendida nun val que desafiaba coas súas chás plantacións a aquelas montañas de pedra de roca, a aqueles castelos que rexentaban o val coma verdadeiras torres de Babel. Quizais Ela estiveses cansada das xentes e decidira mirar só á natureza -pensou Rosalía-, mentres camiñaba polo camiño da praia e ollaba cara á casa solitaria. Ela, quén sería Ela, aquela muller misteriosa da que ninguén sabía nada, nin de ónde viñera, nin cándo chegara, porque, quén reparara no intre en que aquela casa, empezara a estar habitada. Ninguén. Ninguén non, porque Rosalía deseguida se percatou. Unha noite, antes de se meter na cama, asomouse coma tódalas noites ó seu balcón para ve-la silueta da lúa e para verlle a cor a algunha estrela. Foi nesa noite cando reparou na luz violeta que envolvía a casa do acantilado. Rosalía sorriu cara ó ceo tratando de descrubi-la estrela violeta que iluminaba ese lugar solitario. Rosalía durmiuse enfeitizada coa imaxe e, esa noite, soñou que a estrela de cor violeta volvería ó día seguinte, e ó outro e ó outro. Ó día seguinte pola noite Rosalía volveu mira-lo ceo e, en efecto, alí estaba de novo aquela luz violeta sobre a casa. Quedou un tempo ollando para as estrelas buscando a dona da luz, e despois de estar observando un anaco, reparou en que a luz non viña do ceo senón que proviña..., si, seguramente, dun farol situado na fronte da casa. Claro, alguén debera vir vivir alí e acendía o farol polas noites. Pola mañá xa se encargaría de descubri-lo misterio. Debía de tratarse dun ser solitario que non tiña medo á soidade, nin ás casas solitarias, ou quizais a habitase alguén que se sentise atraído pola forza daquel mar que a ela tanto lle impoñía, ó miralo desde a cima do acantilado. Ó outro día pola mañá encamiñouse ata a praia sen llo dicir a ninguén. Desde alí víase máis de preto a casa e, cunha pouca de sorte, -pensou- quizais puidese ver a alguén asomado nunha das fiestras, ou tal vez vise a alguén paseando á beira do acantilado. Si, alá nunha fiestra víase a silueta dunha persoa fitando o mar. Máis tarde viu que alguén paseaba cunha capa ondeante -parecía cor violeta- á beira dos acantilados e albiscando o mar. Rosalía non o pensou máis e decidiu colle-lo camiño que a levaba ó pico daquel acantilado. Sabía dunha fenteira que había preto da casa desde onde podía vixiar sen ser vista. Alá se dirixiu pois, e, ó que chegou, agachouse tras dun fento de moita ramaxe. Desde alí podía ve-la fronte da casa e podería, xa que logo, ve-la misteriosa persoa que a habitaba cando volvese do seu paseo. Agardou e, mentres esperaba, reparou na pequena horta con leitugas, repolos, allos, tomates, Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

11

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

pementos...¡Ah! ¡E un xardín dunhas flores que ela nunca vira! Un xardín de flores, todas color violeta, repartidas en dúas bandas, unha banda de flores cor clara e a outra de cor escura! A muller da capa violeta axiña se deixou ver. "Ela", así sería como empezarían a chamarlle moi pronto as xentes da vila, volvía do seu paseo. Entrou no xardín e, resolta, púxose a regar coidadosamente as flores; despois, entrou dentro da casa. Máis tarde sabería Rosalía que Ela regaba as súas flores con auga do orballo,"porque viña do arco da vella", -diríalle-. Rosalía, desde o seu agocho, preguntábase quén sería esa muller misteriosa que se vestía cunha capa violeta e que coidaba flores violetas. Para descubrir estes misterios Rosalía decidiu volver secretamente, un e outro día, ó lugar dos fentos. E así foi como descubriu os seus ollos calmos e de cor anil, o seu gusto polos paseos e o seu pracer pola música, e sobre todo por unha que era unha constante no seu tempo libre e de traballo, unha música que a Rosalía ó principio non lle gustaba pero que despois aprendeu a oír e a querer e que a ela se lle antollaba música de voces enamoradas. Tódolos días que podía Rosalía seguiu vixiando os movementos da misteriosa muller, aquela que se vestía sempre de violeta, e cada noite ollaba, desde o balcón do seu cuarto, para aquela luz violeta que iluminaba a casa ó que caía a tarde. E cantos máis días pasaban máis a atraía aquela luz, aquel xardín, aquela música e aquela misteriosa señora. E, a forza de montar garda, Rosalía descubriría que os días 15 de cada mes, días de mercado na vila, a misteriosa muller, baixaba ó mercado para vende-las súas flores. Foi a partir desta circunstancia como as xentes da vila repararon nela: na súa roupa diferente e nas súas flores únicas e quixeron saber ónde vivía, de ónde viña, quén era, a qué se dedicaba..., pero nada foi o que puideron saber; só que vivía na casa do acantilado. E, desde iso, deron en dicir mil cousas sobre ela: -que se era unha medio meiga, que se viñera de..., que non era un ser normal, que moitas cousas debía ocultar, que, se... e toda a xente calaba ó seu paso para murmurar despois polo baixo. A xente da vila, descoñecedora da súa historia, deu en chamarlle: ELA. Aquela noite, despois de fitar longo tempo a estraña luz desde o seu balcón, Rosalía decidiuse. Mañá era 15, día de mercado. De seguro que a muller violeta baixaría cedo vende-las súas flores, únicas na redonda e por iso tan preciadas. Pois, mentres Ela vendía no mercado, Rosalía entraría na casa e descubriría, por fin, o misterio da delicada e estraña muller. Ó outro día para gloria da súa nai, Rosalía ergueuse moi cedo e marchou da casa moi enigmática cando súa nai lle preguntou que a ónde ía tan cedo. Colleu o camiño do acantilado e a piques estivo de se cruzar de fronte coa muller violeta, mais, afortunadamente, Rosalía viuna antes e tivo tempo para se agachar tras dunha moreira. Ela pasou moi preto. Levaba unha cesta chea de flores e vestía unha capa violeta. Tamén levaba un pano marelo ó pescozo. Rosalía mirouna ó pasar á súa altura e sen saber por qué os seus ollos cor anil fixéronlle lembra-lo arco da vella. Rosalía ficou moi quieta ata que a capa foi só un punto impreciso no camiño e despois botou a andar cara á casa. Si, quizais Ela, afeccionada como era a mirar polas fiestras abertas, se lle esquecese unha sen cerrar. Rodeou a casa e, á primeira ollada, as fiestras estaban pechadas. E a porta. Agatuñou ata se subir a unha das fiestras da planta baixa e unha voz de gato -de gata, sabería máis tardeinterrompeu os seus pensamentos. ¡Miau, miau...! A gata, desde dentro, tentaba abri-la fiestra coa súa poutiña. Rosalía empurrou sen moita esperanza mais, ¡se estaba aberta! ¡Gracias gatiño!, e deulle un bico para lle expresa-lo seu contento. Coouse dentro. Na parte de abaixo había unha cociña, un baño moi grande e un cuarto de durmir tamén moi grande que tiña outra particularidade: as súas paredes e teito estaban pintadas con sete cores. Coa gata sempre detrás subiu á planta de arriba que era unha única estancia, dedicada a biblioteca. Debaixo dunha inmensa fiestra estaba unha mesa de traballo sobre a que había moitos libros e follas de papel escritas. As paredes estaban cubertas de andeis cheos de libros e había tamén Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

12

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

un aparato de música. A mirada de Rosalía detívose no centro do cuarto. ¿Que era iso? No mesmo centro erguíase unha columna heptagonal que tal parecía atravesa-lo teito e seguir, maxicamente, ata o mesmo ceo. Pero a verdadeira maxia da columna estaba en que, segundo recibía raios de sol, íaos descompoñendo en cores de diferentes tonos: vermello, verde... e, segundo te moveras de posición, xeraba movas cores. Rosalía desconfiante do fenómeno trataba de convencerse de que estaba diante dunha ilusión óptica pero alí estaba a columna, unha prisma creadora de cores. Algo tan real que mesmo parecía irreal. Ó pé da columna había discos compactos e libros ciscados. Rosalía apartou a mirada cara ó fondo do cuarto e descubriu dous enormes e antigos baúis, pechados cun cadeado. Rosalía preguntouse qué outros segredos gardaría alí a muller violeta e por qué os tería pechados se na casa só parecía vivir ela maila súa gata. Ó pé dun dos baúis estaba, a medio facer, un crebacabezas de moitas pezas e de moitas cores. Enriba dun dun baúl estaba un disco compacto. Rosalía colleuno e leu: La Traviata. ¿Sería esta a música de voces enamoradas? Había tamén unha entrada de ópera para o Teatro Principal da cidade para o próximo día 30. Rosalía sentiu unha forte necesidade de compoñe-lo crebacabezas e, pacienzudamente, púxose con destreza a unir pezas. O resultado final foi un grande arco da vella e debaixo dúas frases: "Adeus, Rosalía". "A hora Violeta". Sen saber por qué sentiuse sobrecollida pola forza destas palabras e pola forza coa que aquel arco da vella brillaba. Un calofrío percorreulle a pel e, tratando de encontra-la fronteira real das cousas, mirou para fóra. O mar tiña unha cor verde metálica e o sol tiña a tonalidade do ouro vello. E as cores da natureza de fóra e as cores do arco da vella de dentro parecían fundirse e entenderse. Sacudiu a cabeza con forza. A gata foi sentar enriba do crebacabezas. Daquela, Rosalía volveu en si e desfixo o crebacabezas, para que a dona do xogo non descubrira o paso dunha man allea á súa. E Rosalía decidiu que volvería o día 30. A ópera era ás nove da noite pero era na cidade e, polo tanto, Ela tería que saír, polo menos, a iso da media tarde. Pasou o tempo e chegou o ansiado día da ópera. Rosalía xa estaba, a iso das cinco da tarde, tras dos fentos e non pasara nin media hora cando Ela saíu da casa. Esta vez ía fermosísima e elegantísima. Levaba un vestido violáceo e un chal violeta escuro sobre un ombro. Os zapatos eran negros. O seu longo cabelo, negro e solto, destacaba sobre a espalda dela e do vestido e levaba tamén uns grandes pendentes cor violeta. Cando Ela foi un punto violeta na distancia, Rosalía dirixiuse á casa e, esta vez, entrou pola fiestra da cociña. Ela debía de deixar sempre unha fiestra aberta por se a gata quería entrar e saír. Antes de subir á planta de arriba parouse no cuarto das sete cores descubrindo, ó se quedar mirando, que se trataban das cores do arco da vella. Despois foi directa arriba acompañada de Nube -así se chamaba a gata, como moi pronto sabería- e alí encontrouse con follas escritas a man e cunha letra clara e firme. Debía de ser un conto. Titulábase:A hora violeta. Empezou a ler. Debía tratarse de retallos dunha historia inacabada. A HORA VIOLETA Esta é a historia dun arco da vella que padecía unha estraña enfermidade porque un día, sen saberse a razón, comezou a enfraquecer e a palidecer. As bandas das súas cores volvéronse cada vez máis pálidas e as enrugas comezaron a gravarse moi profundamente na súa face. A falta de cor e a súa delgadez chegou a ser tan pronunciada que xa se esvaíran completamente do seu rostro catro das súas fermosas cores e, de non encontrarse un remedio pronto, o arco da vella corría o perigo de perde-las tres cores que aínda lle quedaban: o azul xa pálido, o marelo, pouco dourado e o vermello cor dunha brasa a medio consumir. O rostro do arco da vella volvérase cada vez máis triste e nostálxico e parecía vivir ensumido en profundas e negativas reflexións.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

13

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Os seus amigos, o sol mailas nubes, falaban a cotío e moi baixiño procurando que el non ouvise: -¿Será un maleficio que caeu sobre o noso arco da vella? -dicían as nubes-. -Debe de se-la fatalidade do destino -comentaba o sol que sempre oía falar ós vellos do terrible destino-. -Quizais sexa unha enfermidade hereditaria dalgún antepasado -comentaron as nubes-. (...) Nubes e sol acabaron por se ensumir nun sombrío silencio pensando nese temible final que non era moi imposible de prever. Tiña que haber un remedio para sanda-lo arco da vella. Se averiguasen, cando menos, a causa da doenza, -pensaban desesperadamente os dous- estarían no camiño de dar coa solución que acabase co seu mal. E as nubes, sorprendentemente pálidas, acababan, moitas veces, por derramar un orballo de verán que non era máis có choro vertido por uns ollos amigos que compartían secretamente a tristura do seu amigo o arco da vella. E o sol, recuberto de estrañas nostalxias, converteuse nunha sombra escura agachada tras das súas amigas as nubes. E nubes, sol e arco da vella deixáronse anegar nunha fonda tristura. (...) Un día recibiron a estraña visita dun ser minúsculo que se autopresentou ela mesma: -Ola, chámome Violét e son unha trasna. E continuou: Queridas nubes, querido sol e querido arco da vella. Estou aquí non para vos dar consolo, tampouco para dictamina-lo mal que sofre o arco da vella pero si para sandalo da súa doenza. Se o arco da vella me regala unha banda marela para eu convertela en bufanda, eu recuperareille as cores que perdeu: a cor violeta, a anil, a verde e a laranxa e, esta vez, será para sempre. As súas palabras actuaron cun efecto tan tranquilizador que o arco da vella iluminouse nun amplo sonriso e foi como se as cores que lle faltaban lle asomasen por un breve instante. O arco da vella reaccionou: douche un cachiño da miña cor marela para a túa bufanda. ¡Cóllea! Sol e nubes reaccionaron e preguntaron: -¿E como o farás, podemos axudar nós en algo? - Necesito unha casa que albisque para o mencer do leste e que se erga moi alta por enriba do mar. Se sabedes desa casa, eu recuperarei as cores do arco da vella para sempre. Nubes e sol sorriron con complicidade e dixeron case á vez, chocándolle-las palabras: -Nós sabemos dunha casa desas características. O sol, que sería o transbordador de Violét, sentouna agarimosamente nun dos seus raios e, dobrándoo a modo de cadeira, dispúxose a leva-la trasniña á casa do acantilado. Violét despediuse primeiro das nubes e despois do arco da vella choscándolle un ollo e dicíndolle que non se trataba dunha despedida xa que moi pronto alí estaría ela de volta, coas anovadas cores. E colocándose, con certa coquetería, a súa xa bufanda amarela, dixo alegremente: -¡Estou preparada para a travesía! (...) Ó chegar á casa do acantilado, Violét converteuse nunha fermosa señora, que se vestía de cor violeta, que de cando en vez levaba un pano marelo ó colo e que se entregou a coida-lo xardín de flores violetas, repartidas en dúas bandas e regándoas tódalas mañáns con auga do orballo da noite. Lía, escribía e escoitaba música que a enfeitizaba. Violeta tiña, ademáis, un estraño e raro traballo Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

14

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

no que empregaba moitas horas. Este traballo consistía en experimenta-la fusión de diferentes cores a través da prisma heptagonal que,verticalmente, atravesaba, como se fose unha columna de cristal que subise ó ceo, a súa biblioteca. Nas horas de entretemento xogaba a compoñe-las pezas dun estraño crebacabezas de moitas cores e paseaba ollando e fitando longamente, non sei se tamén tristemente, o mar e o ceo. (...) Rosalía volveu darlle a cabeza polos seus pensamentos. Mellor continuaba coa lectura: Violeta espreguizábase tódalas mañás co primeiro raio de sol do abrente e, despois de se espreguizar, poñíase a experimentar durante longo tempo cos raios de luz e de sol que rompían na súa prisma heptagonal xeradora de cores. E, despois de moitas horas e moitos días de traballo, logrou, por fin, o seu primeiro descubrimento importante. Fusionando raios de luz cor marela e vermella e, facéndoos atravesa-la prisma heptagonal, conseguira descompoñe-la cor LARANXA do arco da vella. Esperanzada por este descubrimento seguiu a traballar arreo e, un novo día, logrou fusionar e fundir na prisma os raios de luz cor marela e azul que lle proporcionaron outro brillante resultado: a cor VERDE do arco da vella. Fusionando despois raios vermellos máis azuis, e imprimindo moitos máis raios de cor azul, conseguira a cor ANIL. E un pouco máis tarde deu coa última cor que precisaba o arco da vella: a cor VIOLETA, conseguida gracias á descomposición de raios vermellos máis azuis e utilizando moitos máis raios da cor vermella. Xa tiña, pois, xa as catro cores que o arco da vella perdera e precisaba. Chegaría pronto, pois, a soidade de... ...de... "A hora violeta". (...) Rosalía buscou máis retallos da narración, mais por moito que remexeu entre os seus papeis de Rosalía, non encontrou máis. A Rosalía percorréronlle o corpo negrísimos presaxios e nestas pensou en marchar. Rosalía foise triste e esa noite, desde o balcón do seu cuarto, mentres ollaba a luz violeta que envolvía a casa do acantilado, sentiu que a soidade da muller violeta a acompañaba. E notou, sen poder explicar por qué, que os ollos se lle enchían de bágoas. E no medio de tanta tristura pareceulle coma se o ceo palidecese diante daquela luz misteriosamente violácea. E aquela noite Rosalía tivo pesadelos. Ó se espertar, o primeiro que se lle veu á cabeza, foi unha das frases do crebacabezas que ela mesma resolvera o primeiro día que entrara na casa misteriosa. Esa frase: "Adeu, Rosalía", ¿estaría a se despedir dela? Tratou de desbotar esta idea tan louca. Era só un xogo; si, todo era unha casualidade. Como casualidade eran aqueles anacos de conto inacabado. Si, contaba a historia da trasna Violét, reconvertida na muller violeta e despois chamada, Violeta. Pero todo isto non era nada máis ca un invento, nada máis ca ficción, nada máis ca literatura... -como diría o seu profesor de literatura-. Simplemente, á dona desa casa gustáballe a cor violeta e é por iso que estaba inventando ese conto que a ela tanto lle impresioara. Así trataba Rosalía de razoar e de convencerse para os seus adentros cando outra idea lle veu á mente. ¿E o arco da vella? Efectivamente, faltábanlle catro cores; e isto non o vira ela soa, xa que ata a súa mesma nai dixera, mirando moi seriamente para o ceo, que o arco da vella só tiña tres cores e que isto debía ser por culpa do furado que había na capa de ozono. Suspirando e moi, moi confusa, decidiu esquecerse desa casa e desa señora que lle estaba quitando o sono e volvéndoa media tola,

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

15

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

ata o punto de non poder diferencia-lo que era fantasía do que era realidade. Ademais tamén lle estaba dando moitos pesadelos pola noite así que o mellor sería esquecerse dela. Pasaron case dúas semanas e Rosalía volveu á praia a xogar todo o tempo con Xoana, Manuel e Andrea pero por máis que tratara de se centrar nos xogos, os seus pensamentos voaban cara á casa do acantilado e a súa mirada acababa por se lle desviar cara a alá. Un día que xogaban os catro á billarda, Rosalía preguntou supetamente: -¿Mañá que día é de mes? -Estás tola Rosalía, mañá é 15 pero ¿a que ven iso agora? Ultimamente xa xogabas moi pouco connosco e agora que, por fin volviches, quén sabe no que andas a pensar -comentoulle Manuel-. -Adeus, xa vos verei, e en dicindo isto, Rosalía deixounos coa boca aberta. -Ó mellor ten anemia -dixo Xoana- porque di miña nai que o despiste é signo de anemia. En Rosasía marchou. Estaba decidido. Mañá era 15. Volvería á casa por última vez e convenceríase de que alí non había nada misterioso e que o único misterio estaba dentro da súa cabeza. Ó día seguinte, pola mañá cedo, Rosalía estaba entrando pola fiestra da gata Nube -moi pronto descubriría o nome da gata. Rosalía foi directa á biblioteca e alí volveu comproba-la descomposición desordenada das cores na prisma-columna que atravesaba o cuarto ata o teito. E isto era real, tan real coma que ela se chamaba Rosalía. Acercouse á mesa de traballo e colleu os apuntes daquela historia inacabada "A hora Violeta". Púxose a relela descubrindo un novo retallo de conto que aínda a confundiu máis á hora de poder deslinda-la fronteira do real e da fantasía. Rosalía leu consternada: (...) Violeta acompañouse da soidade do acantilado, da presencia da gata Nube de ollos cor nube e dos soños de Rosalía. (...) Entregada como estaba á lectura e ós seus pensamentos non sentiu como alguén subía as escaleiras. A voz da muller violeta asustouna: -¿Que fas aquí? -¡Miau!- suavizou a gata-¡Cala Nube!- volveu falar Violeta-. Rosalía quedou uns instantes calada pensando que era lóxico que no conto aparecese a súa gata, pero, ¿que sabía Ela dos seus soños, ¿por que os coñecía? Pensativa como estaba dixo: -Perdóeme señora Violeta. Son Rosalía e desde a miña casa vexo tódalas noites a luz violeta da súa. Ó principio eu pensaba que era unha estrela desta cor que se pousaba sobre a súa casa, mais cando descubrín que non era así, quixen saber máis da casa e da persoa que a habitaba, xa que sen saber por qué antollóuseme que debía de ser alguén máxica e misteriosa. Un día acerqueime, vin o gato na fiestra e empurreille a folla da fiestra para que saíse. Despois entrei eu, sendo moi ben recibida polo seu gato. -Gata, Rosalía, e chámase Nube porque ten os ollos cor de nube -interrompeuna Violeta-. Nese intre Rosalía soubo que alí diante tiña unha amiga e tanto lle tiña que fose real ou que fose fantasía. Ela continuou a lle falar. -Non te preocupes, Rosalía, seino case todo. Sei que me vixiaches desde os fentos. Sei que é a terceira vez que entras aquí. Sei que descubriches moitas cousas e sei que te preguntas por moitas Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

16

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

outras das cales non podes te-la resposta. Sei que desexas saber qué é o que agacho dentro dos baúis, ou o por qué do crebacabezas ou por qué no conto aparece o teu nome. Eu chámome Montserrat e non Violeta, pero isto non vén ó conto. Estou aquí realizando unha viaxe que moi pronto chegará á súa fin. ¿Ve-lo crebacabezas? Moi pronto aparecerán as frases enteiras e moi pronto o arco da vella coas súas sete cores brillará. Ese día ireime para non volver máis. Ese día entenderá-lo que hoxe che parece tan misterioso. E notando a tristura de Rosalía continuou: -Non, Rosalía, non esteas triste. Ensancha ese peito. Eu quedarei sempre contigo. Acompañareite sempre. Ficarei no alto do ceo brillando para ti desde a banda violeta do arco da vella. E desde a banda cor anil os meus ollos sorriranche. Alí vivirei nunha felicidade apaciguadora para sempre. E recorda que tamén me encontrarás buscándome dentro dos baúis; eles gardan segredos que irás entendendo a medida que medres. O día que eu marche, ven aquí e ábreos. -¿Pero como saberei que te fuches para sempre e non que fuches, por exemplo, ó mercado vender flores ou ve-la Traviata. Montserrat dixo sorrindo: saberal. Será unha certeza. E a partir dese día coidarás das miñas cousas. E agora adeus, Rosalía, que é moitora de que vaias indo para a túa casa. Rosalía, esa noite, durmiu tranquila e profundamente. Cando espertou pola mañá arrecendía a terra húmida. Chovera toda a noite e agora un soberano e relucente arco da vella brillaba con todo o seu fulgor no máis alto do ceo. A Rosalía nubráronselle os ollos porque ó velo tivo a certeza de que "A hora violeta" chegara e soubo que Ela se fora xa ó outro lado da hora violeta. Fixérao en silencio, tan en silencio como viñera. A Rosalía pareceulle que un resplandor violeta cubría a paisaxe. Rosalía vestiuse e encamiñouse cara á casa do acantilado. Alí estaba o arco da vella do crebacabezas coas frases replandecentes: "A hora violeta". "Adeus Rosalía". Abrazouse a aquela prisma que desprendía unha luz violeta que tal parecía vir da paisaxe de fóra. E alí estaban os baúis coas súas grandes chaves para abri-los seus cadeados. Abriu, primeiro, o que parecía máis antigo. Quedou marabillada. Estaba cheo de pálabras cálidas, de emocións e de mensaxes que falaban dunha presencia creadora. Eran palabras da memoria para mirarse no presente, reconstruí-lo pasado, edifica-lo futuro... O segundo baúl estaba cheo de libros que falaban dos ecos de moitas voces e de linguaxes que a ela lle tocaría descifrar. Rosalía, comprendendo moitas cousas, chorou de emoción e mirou para un anaquiño de ceo. Ela sabía que, con toda esta equipaxe que Montserrat lle legaba, ela tería que construír novas xeografías e novas singladuras. Rosalía chamou por Nube e baixou ó xardín. Regou as flores con auga do orballo e logo fixo un ramiño de violetas. Colleu a Nube no colo e dirixiuse á súa casa de volta. Alí puxo as flores en auga para despois convidar a Nube a baixar ata a praia a busca-los seus amigos para xogar, pero a gata xa estaba feita unha caracola enriba da súa cama. Saíu. Fitou para o ceo e viu un espléndido arco da vella, coas súas sete cores vivísimas. Choscoulle un ollo á banda anil, lembrando dos ollos calmos de Montserrat. Á banda violeta sorriulle ledamente lembrándose duns fermosísimos vestidos violetas. E ollando fixamente para aquel anaco de ceo díxose que aquel arco mais ela sabían da súa cita coa memoria e das súas próximas viaxes.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

17

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

BABARRO, Xoán.CARPAMETA-CARPADEDUNA E OS SEUS AMIGOS Hai unha chea de tempo coñecín eu a unha man que andaba polo mundo. Tiña, como teñen a maioría das mans, cinco dedos e chamaba a cada un deles polo seu nome: ó meimiño decíalle FIRFILINDIRTI; ó seu sobriño, PURPULUNDURTU; ó mordetodos, MARMALANDARTA; ó furabolos, REMELENDERTE, e ó matapiollos tíñalle de nome GORGOLONDORTO. Pero a pobre man trabucábase decote cando tiña que chamalos, e un día tomou unha repentina decisión: —Desde hoxe chamareivos Firfi, Purpu, Marma, Reme e Gorgo. E se non vos gusta, botádelle azucre. Os dedos, pola contra, viron o ceo aberto; pois era un bo momento para lle pagar a ela coa mesma moeda. Firfi, o pequerrecho, que para poronuncia-lo nome da man tiña que facer un descanso no medio tomando un refresco de laranxa para poder continuar, aproveitou a ocasión: —Pois nosoutros, de agora para adiante tampouco che imos chamar CARPAMETACARPADEDUNA. E mellor que che digamos simplemente Carpa. —¡Que boa idea! —dixo Gorgo. —¡Estupenda! —asegundou Reme. —¡Fantástica! —terciou Marma. —¡Fenomenaaal! —berrou de último Purpu. Carpa era moi viaxanta e aventureira e gustáballe meterse en camisas de once varas por ondequera que fose. Verás que feliz ocorrencia se lle veu á cabeza: —Vouvos deixar libres un mes; para ver quen de nó-los seis conta a aventura máis emocionante. —¡Que boa idea! —dixo Gorgo. —¡Estupenda! —asegundou Reme. —¡Fantástica! —terciou Marma. —¡Fenomenaaal! —berrou Purpu. —¡Sinsiciniiiil! —asubiou finiño Firfilindirti. —Pois dentro dun mes estaremos de volta todos neste mesmo lugar — esixiu Carpa, antes de se despediren. Gorgo montouse no ¡pooo-pooo! dun camión e colleu camiño da autoestrada. Reme enganchouse ó ¡meee-meee! dunha ovella e botouse a chimpacarneiras polo prado. Marma quixo ve-lo que pasaba dentro dun bote de marmelada e meteuse debaixo da tapa. Purpu enganchouse no ¡cuuu-cuuu! do cuco e deu en voar de árbore en árbore. Firfi, o máis pequeniño, esperou á mañá cedo e subiuse ás carramulas do ¡quiquiriquiiii! do galo poara camiñar por unha raiola de sol. E por fin Carpametacarpadeduna dixo ó se ver soa: —Pois eu voume canda a miña tocaia traballar no circo. E pasados os trinta días xustiños do mes, volveron atoparse no mesmo sitio para contárense as aventuras. Carpa foi a primeira en falar: —¡Unha experiencia inolvidable!. O domador de leóns emprestoume o látigo. Deixáronme facer equilibrio polo arame dos funambulistas. Fixen acrobacias no lombo dun cabalo. Bambeeime na trompa dun elefante. Calcei unha bota xigante do pallaso Seteleguas. E salvei dunha grave caída a dous trapecistas. —¡Que boa idea! —díxolle Gorgo—. Tesnos que levar un día a todos a ese circo. Eu en cambio paseino "rechúlez" contando marcas de coches último-modelo: mercedes, ferraris, lamborghinis... e Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

18

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

aínda tiven tempo de impedir que o camioneiro chocase nun cambio de rasante cun toliño que viña adiantando en sitio prohibido. —¡Que estupendo! —falou Reme—. A min tamén me gustaría ir canda ti ver coches. Pois eu pasei o tempo emborcallándome pola herba a percibindo miles de arrecendos. Falei cos saltóns e as carricantas e un grilo aprendeume a toca-la frauta. Unha vez salvei a unha ra de caer no peteiro dunha cigoña. —¡Fantástico! —berrou Marma—. Temos que ir todos de novo a ese sitio, para que o grilo nos dirixa nun grupo musical. Pois veréde-lo que me pasou a min. Metinme tranquilamente no bote de marmelada. ¡Que ben se estaba alí lambendo o doce de froita! Pero unha boa mañá, abren o bote para unta-las torradas do almorzo e... "¡¡¡AAAAAAAAhhhhhhhh!!!" berraron estridentemente ó ve-la miña uña; e quedaron todos sen probar bocado. A ama foise dereitiña ó comerciante ameazando que o ía denunciar por caníbal e falsificador de productos. A sorte que tivo o dono da tenda foi que eu me convertese en invisible, e por máis análises que fixeron, atoparon decote unha marmelada de primeira categoría sen falsificacións nin canibalismo de ningún tipo. —¡Fenomenal! —engadiu Purpu— . A próxima vez pido ese papel, que quero facer unha trastada caníbal. Pois eu fíxenme amigo dos cucos, das rulas e das bubelas e aprendín deles moitas cancións en u maior e u menor. Agora xa non teñen segredo para min as ramas das árbores nin a música do vento nas follas. Unha vez impedín que o miñato arramplase coas crías dunha escribenta. Todos esperaban oí-lo "¡¡¡Sinsiciniiil!!!" de Firfi; pero foi precisamente nese intre cando se decataron de que o dedo meimiñ o aínda non aparecera no grupo. —¿Que lle pasaría? —dixo Gorgo. —¿Por onde andará? —asegundou Reme —¿Perderíase polo camiño? —terciou Marma. —¿Enganaríase ó conta-los días? —imaxinou Purpu. —Témolo que ir buscar —esixiu Carpa. E por medo a se perderen uns dos outros, saíron xuntos a buscalo, preguntando por un sitio e outro: —¿Viches a Firfi? —Non o vin nin o sentín. —¿Vistes a Firfi? —Non o vimos nin o sentimos —respondían por un sitio e outro. E cando xa estaban cansiños e agotados de preguntar e preguntar, díxolles unha xoaniña: —O Firfilindirti despois de pasear encantouse no meu lunariño pra non se secar. E así fora. Firfi viaxara coa raiola polo espello do río, polas ondas do mar, polo orballo das follas; e tan entusiasmado estaba co seu brillo, que se esqueceu de beber. A porquiña rubia atopouno desfalecido e levoulle á boca unha pinguiña de orballo que o fixo revivir ó tempo que o transformaba nun dedo tan pequeniño, tan pequeniño, que era practicamente imposible velo. A xoaniña cargouno ó lombo e el extraviouse no medio dun lunariño. Había que rescatalo fose como fose; e esta foi a solución: A porquiña rubia colocouse na palma de Carpa e os dedos berraron a coro moi forte: —¡¡¡Firfilindirtiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! E a longa chamada chegou deica o fondo do lunar onde estaba perdido Firfi. Este agarrouse a un i e foi gateando pola escada de i-i-i-i-i-i-i-is ata presentarse na palma da man diante dos amigos, que celebraron con moita alegría o encontro. É por iso polo que as porquiñas rubias son tan amigas de conta-los dedos e voar de man en man.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

19

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

CASALDERREY, Fina.QUERIDO AVIADOR O neno, reclamado pola forza da súa estrela, acababa de regresar ó asteroide B 612, despois dunha longa viaxe polas estradas do universo. Coñecera personaxes de diferente condición e rango: borrachos, vaidosos, reis... No seu corazón, agora fragmentado, portaba moreas de cousas invisibles que lle producían unha enorme mágoa. Dun peto sacou un papel no que un aviador, que coñecera no deserto africano, lle debuxara unha caixa. Observouna con ollar claro e agarimoso. Un sorriso tenro pousou nos seus beizos. Ben sabía que alí dentro estaba o año que lle pedira. Abriuna e asomaron dous faros preguntóns. Colleu o año no regazo e fíxolle cóxegas no pescozo e no lombo. Pasou a man repetidas veces por aquela la branca e crecha, e bicouno nunha aperta. —¿Ves, año? Este é o meu pequeno planeta —dixo. O año, famento, ollou unha fermosa flor que conversaba fachendosa coas bolboretas. Brincou do colo do cativo cara á ela. —¡Non, por favor! —pediulle o neno—. É a miña flor, a única. Non a intentes comer ou terei que che poñer o bozo. —Teño fame —protestou o año. —Hai baobabs. —¿Que é iso? —Son estes arbustos —sinalou—. Non podo deixalos medrar. Téñoos que arrincar tódolos días ou desfarán, coas súas malvadas raíces, o meu planeta. Non respectan os xermolos das plantas pequenas, non lles permiten alimentarse. —¡E que son feísimos! —volveu protestar o año—. E coa vista tamén se come. O neno retirou da fronte os seus cabelos dourados e faloulle con firmeza: —Terei que te domesticar, como ti me domesticaches a min. —¿Domestiqueite? —sorprendeuse o año. —Si... avermellouse o neno. —¿Como o sabes? —Precísote como amigo. —¡Ah! O neno pensou en argallar algunha andrómena para entreter o año e que desistise de comer a única flor do seu planeta. —¿Queres ver como deita o sol no colo laranxa do horizonte? —Non. Non me gusta o solpor. Prefiro comer flores ca durmir. —¿Gústache, entón, o amencer? —Vaia..., mellor. E o neno, deulle a volta ó seu arrandeadoiro cara ó leste, colleu o año no colo e contemplaron xuntos como o sol espreguizaba ledo, estarricando os seus brazos de rei poderoso. —¡Quero outro amencer! —esixiu o año. O neno foi arrastrando contra atrás o arrandeadoiro e volveron contemplar a chegada da alba. E así máis dunha ducia de veces. A flor, na crenza de que o neno non lle dedicaba as mesmas atencións ca antes da súa viaxe interplanetaria, sentiu celos do año. Descoidou tanto os seus pétalos que viraron en follas de outono. O neno quería á súa flor por riba de tódalas flores e ó seu año por riba de tódolos años. ¿Por que lle facían escoller? Sentiu impotencia. Non podía solucionar só tantos problemas. Se soltaba o año, comería a flor; a flor murchaba se vía o año no seu colo e, mentres, os baobabs ameazaban con Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

20

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

se converter nas únicas plantas do planeta, estendendo con liberdade as egoístas raíces ata crear unha desfeita. Ó neno acordoulle o bozo que trouxera da Terra para lle poñer ó año. Colleuno. ¡Non tiña trenzas para o suxeitar! Sabía que se lle poñía unha carapucha á flor, morrería afogada e, se non arrincaba axiña os baobabs, desintegraríase o planeta. Mirou ó ceo. Unha choiva maina, coma bágoas de neno puro, comezou a caer. A flor, atrapada no seu feitizo, ergueu os pétalos recuperando a súa espléndida beleza. Ó año caeulle unha pinga de auga salgada no fociño e saboreouna. De seguida saltou do colo do neno e púxose a lamber as follas dos arbustos. Non se sabe se foi polo agarimo das cóxegas, pero certo é que os baobabs reaccionaron: algúns comezaron a minguar ata desaparecer convertidos en sementes secretas do solo, a outros a caricia das lambetadas cambiou as súas raíces por outras máis razoables e a algúns, que se resistían a variar de actitude, comeunos de inmediato. O año aprendeu de contado que lle alimentaba máis a contemplación da fermosura da flor ca engulir os seus pétalos. A choiva limpara os seus tentadores pensamentos. Sen embargo, o neno consumía o tempo sentado no arrandeadoiro, bambeando a súa tristura. Arrastrábao, cada pouco, cara adiante perseguindo na súa fuxida diaria a un sol que lle arroibaba a cara. As bolboretas pousaban na súa man e desaparecían entre os domesticados baobabs. O año bebía nas follas dos arbustos, engulindo unicamente os que seguían coa súa teima de se converteren en planta única con pretensións de destruír as diferentes. De cando en vez dialogaba coa flor. —O neno está triste. —Deixou o seu sorriso na Terra. —¡Que pena! —suspirou o año. —Está enfermo de melancolía. —Ten o corazón roto. Domesticados polo amor do neno, mostraban a súa preocupación. De súpeto, un novo manto gris volveu cubrir o ceo. O sol quixo asexar por unha fenda daquel nuboeiro e xurdiu a maxia: un arco de cores ledas ocupou o horizonte. —¡Unha ponte! —dixo o neno. E tivo unha idea. Aproveitou a migración dunhas andoriñas que debuxaban unha frecha cara á Terra. Viaxou nos seus lombos ata que, coma a unha cría no niño, pousárono no xardín dunha casa. —Gracias —despediuse o neno. Ó seu carón, sentada sobre unha alfombra verde, atopábase unha vella de pelo rizo, mouro coma o acibeche. A súa pel charonaba co agarimo fresco dunha lúa que se resistía a desaparecer malia á chegada do sol. Poñía cores nas ás da súa colección de bolboretas, debuxaba bicos de avoa, e imaxinaba o que hai dentro de cada estrela; borraba as bágoas dos cativos que choraban por non querer comer e as dos que choraban de fame... Entretida nas súas cousas, non se decatou da presencia do neno ata que escoitou a súa voz: —¡Ola! ¿Por que fas iso? —Práceme —contestou sen mirar. —A min gústanme as ás. É bonito esvarar polos tobogáns do vento. A vella ergueu a cabeza e mostrou un sorriso tan branco que parecía multiplicar os dentes na súa boca. —Tamén pinto arcos de cores no ceo —e aínda preguntou—. ¿Vives aquí? O neno dos cabelos da cor do trigo só moveu a cabeza para negar. —¡Vaia! —entendeu a vella. E seguiu a pintar. —¿Por que non pintas raposos? —Non sei. —¿E aviadores? Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

21

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

—Tampouco. —Eu coñecín un raposo e un aviador que me domesticaron. —¿Son amigos teus? —Si... eran amigos —e púxose triste—. Perdinos. Non sei onde andan. —Os amigos verdadeiros non se perden. Están aí aínda que non os esteas vendo. —¿Onde? —iluminóuselle o sorriso da esperanza. —Onde os precisas. —Ah. O corazón do neno recompúxose coma boliñas de mercurio e comezou a latexar máis ledo. Cerrou as pálpebras e recuperou a imaxe do raposo, do faroleiro, do borracho... ¡e do aviador! Os seus beizos debuxaron unha intensa ledicia. Unha nube retorceuse de risa, baleirando parte da súa auga. O sol abriuse en gargalladas de raios. A vella aproveitou para debuxar no ceo un arco multicor. O neno subiu por el ata o curuto máis alto. Dende alí deixouse esvarar e deu no seu pequeno planeta. No corazón levaba todo o amor do mundo. A anciá, cos seus lapis de cores, escribiu unha condensada carta. Querido aviador: Son xa moitas as colleitas que presenciei. Confeso, pois, non ter folgos nin para viaxar no meu propio arco ata o deserto onde, un día, podería atopar co Principiño. Asegúroche que a estrela da que ti falas pode verse dende tódalas partes, mesmo coas pálpebras choídas. O Principiño pode agromar en calquera lugar. ¡Hoxe atopeino no meu xardín! Abonda con buscar entre as estrelas ou pintar soños para que apareza. Non esteas triste. Como ti desexabas, fun todo o amable que souben con el. Resultou doado querelo. Escríbocho en cumprimento da túa petición na derradeira páxina. Bicos de cores desta vella. P.D. ¡Ah! A súa flor permanece intacta, e a min só me queda desexar que o Principiño continúe a domesticar o mundo.

https://pt-br.facebook.com/mapaliterariopontevedra/photos/caricatura-de-fina-casalderrey-realizada-para-a-versi %C3%B3n-impresa-do-mapa-literari/366692097067023/

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

22

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

CORTIZAS, Antón.NOS PÁRAMOS DA LÚA III ESENCIA

Non é o esencial mirarte nin non verte nin comprender sequera a voz privada do silencio en flor dos ameneiros. Presentir a lentura dos menceres tampouco é esencial nin notar como o sol vai espremendo o sumo de limón sobre os camiños nin ver o voo infantil do musgo das cegoñas nos mastros de granito.

Non busco as melodías minerais das voces que parecen máis que voces nin as leis caedizas dos alerces nin a limpa pegada do peso do meu peso sobre a lama dos murmurios alleos. Non busco badaladas de amarelles nin nome do teu nome nos camelios nin busco o meu nome desprendido dos foxos dos violíns. Non busco nada diso nin nada diso quero que por buscar procuro o que xa teño que busco a ave libre escrita sobre as nubes cenitais co aroma da palabra amigo sempre.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

A esencia é o moumeo dos homes nas estrelas o lume das idades sen lamentos e cando nas lembranzas se esborranchen coa ferruxe das áncoras cando se fosilice o eco humano no ámbar dos reloxos pra sempre han de ficar nas voltas cegas dos esquecementos as dúas carabelas que cruzaron o océano do tempo gravando co salitre das amuras ronseis de nata e trigo nos cadernos doridos da memoria. Que así é o esencial un berce inexplicábel no páramo cincento e cereal das periferias vivas dos solsticios.

23

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

DOCAMPO, Xabier P.¡ESTAMPADO! Damián é un rapaz traste onde os haxa. Non hai trasnada que a el non se lle ocorra. Desde que se ergue da cama está a matinar nas cousas que pode facer. É coma se pasase a noite dándolle voltas á cabeza para artellar a maneira de que ninguén teña paz con el. É deses que na escola están sempre sentados na mesa que está máis preto do mestre, porque sempre ten que estar en liberdade vixiada. Aínda así, el ha argallar a maneira de que non haxa paz arredor de si. As conversas da sua nai co mestre sempre acaban da mesma maneira: —Eu xa non sei que hei facer con el —di a nai. —Pois algo temos que facer porque non hai quen o ature —di o mestre, que tampouco lle queda nada por probar. Castigos, xa apañou todos os posibles. Ó recreo poucas veces sae, porque, a forza de o castigar con esa frase de "toda a semana sen recreo", ten hipotecado o curso enteiro e parte do próximo. O caso é que non fai grandes maldades, non. Só fai as cousas que todos fan algunha vez, pero el seguido. Non fai grandes inventos nas trasnadas, son as mesmas que se lle ocorren a calquera, pero no seu caso xunta as de todos. Non hai cousa que a calquera compañeiro se Ile ocorra facer, na que el non se lle adiante. Empurra nas filas, cuspe, belisca, chama a todos polo alcume que máis lles ofende, érguelles a saia ás nenas, turra para baixo do calzón do chándal dos compañeiros para que queden en cirolas,... En fin canto hai, hao facer el. Así foi que un día, na hora de entrar na escola, foille chamar gordo a Álvaro e alí foi onde pasou o que pasou. Álvaro, certamente é gordo, pero quere que lle chamen Álvaro, e non gordo nin fraco. Álvaro, a máis de gordo, é alto e forte. Así que cando escoito que Damián lle dicía: —Oes ti, gordo. Foise para el e fixo o aceno de Ile dar unha labazada. Ergueu a man dereita, levouna a detrás da cabeza co revés cara a Damián, e dixo: —Vouche dar unha torta que te estampo na parede. Damián recuou con medo. Unha torta de Álvaro é algo serio e non é cousa de agardar que cha dea. Así que Damián deu atrás con présa, con forza e con mala sorte, porque o seu pulo era como para se arredar de Álvaro dous ou tres metros e a parede estaba a sesenta centímetros. E ¡zas!, Damián estampouse na parede. Dixen ben: iestampouse! Porque alí quedou pegado coma se, no canto de ser un rapaz de carne é óso, fose un retrato de Damián. Non fai falla dicir o revoo que se armou. Alí chegaron todos os nenos e nenas do colexio; os mestres e mailas mestras que estaban dentro e os que ían chegando; o director, o secretario e o xefe de estudios; o conserxe; un vendedor de libros que estaba de visita; a xente que pasaba pola estrada; os que vivían nas casas que hai preto do colexio; os dous gardas municipais que envía o concello para regular o tráfico nas entradas e saídas.... Todos ollando para Damián coma quen contempla un cadro nun museo. E todos querendo poñerse de fronte, porque de lado non se vía nada, Damián quedara estampadiño de todo na parede e tiña o grosor dun papel. Perdera o perfil. Parecía un debuxo de Damián, iso si, moi feitiño e con cara de abraio. O primeiro en falar foi o mestre de Damián, que lle dixo: —Báixese vostede agora mesmo de aí, que sempre ten que estar a dar a nota. Póñase na súa fila que xa falaremos na clase. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

24

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

A Damián non lle deu tempo a respostar, porque de seguido falou o director: —E procure que non quede sinal ningún na parede, porque como fique aí a máis pequena mancha, fágolle fregar as paredes todas do colexio. Ninguén máis se atreveu a abrir a boca a non ser o propio Damián. —E que non podo baixar. Estou pegado. Foi Álvaro que me deu unha torta e "estampoume" na parede. —Ei, ei... —berrou Álvaro—. Eu non lle toquei. Que o digan todos estes que o viron —falaba agora dirixíndose á xente que estaba de arredor e que se encollían de ombros dicindo que eles non viran nada, que cando chegaran xa Damián estaba pendurado na parede coma un cartel. Moito lle custou dar con tres testemuñas que desen fé de que o bo de Álvaro non fixera máis que acenarlle. Pouco a pouco todos se foron dando de conta da gravidade do asunto. Álvaro comezaba a se sentir preocupado polos inesperados resultados de tan pequeno acto de defensa propia. Só o consolaba que algúns lle, dicían que el non fixera nada, e moito menos comparado co que adoitaba facer Damián. Mesmo había quen lle dicía que lle estivera ben, a ver se Damián aprendía dunha vez. Os primeiros intentos de desestampar a Damián foron moi dolorosos para este, porque todos consistían en agarralo por calquera parte do corpo que sobresaía algo da parede e turrar con forza. Os berros do rapaz escoitábanse a centos de metros de distancia. E o peor é que non servían para nada, non se afastou da parede nin un milímetro. Alguén dixo que o mellor sería despegalo con auga quente, ó que se negaron redondamente os pais do rapaz, que acababan de chegar avisados polo director do colexio. Viñeron médicos para estudiar a maneira de arrincalo e ningún deles deu cunha solución que, sen ser dolorosa para Damián, fose eficaz. Por fin ocorréuselles chamar a quen entendía disto: un home que se adicaba a pegar carteis de publicidade das paredes. Este preguntou que clase de engrudo empregaran para pendurar o rapaz e ninguén lle soubo responder, así que el mesmo intentou investigar tal cousa. Retirou un pouquiño unha orella de Damián rañando cunha navalla. Non hai que dicir que os berros de Damián parecían tronos. —Aguanta un pouco rapaz, que non é para tanto —dicía o home—. Pero se queres ficar aí para sempre, por min... Mañá veño por aquí e pégoche enriba un cartel da discoteca "Pataca's" e dentro de oito días ninguén se lembra de ti. Cando lle pareceu que xa tiña nas mans unha cantidade suficiente do material que mantiña a Damián estampado na parede, comezou a esfarelalo entre os dedos con coidado e atención. Por fin cuspiu na palma da man e botou nela o po que fixera. —Xa está —dixo—. Isto despega coma un cartel calquera, vaise desprendendo pouco a pouco el só, pero pode tardar oito ou dez días. Se queren arrincalo algo máis axiña, o mellor que hai para amolecelo é, perdoando, o cuspe. Deu por feito o seu traballo e foise. Iso si, non quixo cobrar nada pola sua peritaxe, era un caso de caridade. Comezaron todos a cuspir contra Damián coma tolos. O rapaz berraba e torcía o fociño con noxo. —¡Parade, parade! Que isto é unha porcallada —berraba. Pronto se deron de conta de que eran poucos para producir secrecións salivares suficientes como para que Damián se ceibase da parede, porque xa estaba anoitecendo e case non quedaba ninguén. Como estaba a chegar a noite planteáronse recortar a parede arredor da figura estampada de Damián e levala a onde estivese ó abrigo, pero non foi posible, porque un arquitecto dixo que se se debilitaba aquela parede podía caer o colexio enteiro, así que lle construíron un telladiño por enriba Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

25

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

e fixeron un lume mesmo diante da figura do rapaz para que non tivese frío pola noite. Alí fixeron garda os pais e algúns amigos. A noite non foi das mellores que pasou o rapaz, súa nai botouna case enteira dicíndolle que lle estaba ben, que sempre andaba a facer trasnadas e algunha vez lle había tocar a el. E o pai dicía: —Xa verás en canto te despegues de aí e chegues á casa, vouche dar uha labazada que te vou colgar da lámpada do salón. Isto non lle gustou nada á nai, que dicía que xa chegaba de bofetadas e de andar a citar as consecuencias delas, que non había máis que ver o que acaba de pasar. Para o outro día pola mañá, cando foron chegando os rapaces, baixo a atenta organización do director, foron formando unha longuísima fileira diante da figura de Damián e, un por un, achegábanse e cuspíanlle. Aquilo era unha festa, todos os agraviados por Damián estaba agora a lle cuspir para lle facer un favor. —¡Que noxo! —dicía o estampado ca vez que alguén lle atinaba na face. —Tamén a min mo deu —lle respondían os que non había moito recibiran o mesmo del, pero sen precisalo. Mentres, os mestres e os pais ían turrando polo rapaz que se arredaba da parede lentamente. Dobrábase cara abaixo e cada vez recibía menos proxectís no rostro e o proceso era máis levadeiro. Cando estivo totalmente ceibo, seus pais levárono para a casa. Téñeno pendurado con dúas pinzas no cordel de tender a roupa. Hai que agardar que enxugue ben e vaia recobrando o volume.

O MISTERIO DAS BADALADAS CARTA Benqueridos amigos: Sempre que non é posible estar presente cando se van poñer en contacto dous amigos que aínda non son tal entre eles, hai que lle dar, polo menos a un, unha carta de presentación. Ei-la que che presenta a ti, amigo meu, esta noveliña, filla miña. Quero que saibas que a debes tomar como o que debera ser sempre a lectura: unha aventura na que te mergullar sen medo, en moitas cousas eivada e incompleta, como somos todos e tódalas nosas obras. Pero tamén sei que podes completala coa túa imaxinación, e daquela será obra dos dous: túa e miña. Un libro é algo vivo, que, nas túas mans e baixo os teus ollos, manifestará esa vida e moverase. Por iso algunhas veces terás que volver follas para atrás, e consultar de novo certas cousas, que, xa adrede, as deixei sen completar. Desa maneira ti participarás na solución deste misterio, analizando as pistas e dándolles solución. No tocante ós protagonistas, non dou tampouco moitos detalles de como son físicamente, porque non era preciso, xa que ti sabes perfectamente como es e eles son coma ti. Direi máis, un deles es ti mesmo. Unha aperta.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

26

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

FERNÁNDEZ PAZ, Agustín O ENIGMA DO MENHIR I Hai ensinanzas que só a vida che pode aprender, pois é o paso dos anos quen nos vai facendo aceptar o que noutrora xulgariamos insoportable. Cando se chega á miña idade, afeita a convivir de xeito permanente coa traxedia que tanto me marcou, a angustia perde os seus peores matices e acaba por integrarse na memoria coma se fose un vello membro do clan familiar. Pero a noticia que acabo de ler no xornal de hoxe produciu dentro de min un efecto perturbador, e fíxome aflorar de novo as peores lembranzas. As protestas contra a destrucción do monte do Coto do Rei van en aumento, a xente oponse a que a autoestrada o coute polo medio e medio. As declaracións dos opositores son as de sempre, cántas veces non as terei oído xa: que é unha das poucas zonas do concello onde as árbores autóctonas aínda permanecen, que hai valiosos restos de orixe prerromana, que o seu valor paisaxístico e ecolóxico é incalculable... Eu mesma, noutras circunstancias, tamén subscribiría esa defensa. ¿Como podo explicar entón o temor que me invade cando penso que os políticos de Madrid poden ceder a estas presións? Total, para eles este non é máis que un lugar afastado do noroeste da península, un punto do mapa sen ningún significado especial. Qué máis lles ten ceder, deixar que a autoestrada rodee o monte, aínda que teña que ter unha curva máis. ¡Se mesmo lles é máis barato facelo así! Sen embargo, o meu desexo máis intenso é ben distinto: que entren canto antes as máquinas escavadoras, as padeadoras, os camións. Que troncen as árbores, que rebaixen o monte polo medio e medio, que derruben os restos que a xente chama prerromanos. Que non quede nada en pé, que desfagan canto hai, que non deixen unha pedra no seu sitio. E que logo o sepulten todo baixo toneladas de rocha e de cascallo, e boten por riba ben capas de cemento e alcatrán. É o destino mellor para ese lugar maldito, ese lugar que ningún día da miña vida puiden expulsar do territorio dos meus soños. Porque nunca, por moitos anos que viva, poderei esquecer o verán de 1973, aqueles días terribles que marcaron para sempre a miña vida. Daquela eu acababa de facer quince anos. Vivía cos meus pais na parroquia de Sillobre, nun rueiro cunhas poucas casas que para min era o centro do mundo. Alí vivían tamén os mellores amigos meus, Rosalía e Carlos, os dous da miña mesma idade. Eramos inseparables; sentiámonos unidos por unha desas amizades que só se poden asentar na infancia, cando aínda non se coñece a maldade e se mira o mundo con ollos inocentes. Certo que os anos de nenos xa nos quedaban lonxe, pois estabamos atravesando a complicada terra da adolescencia, pero a amizade, aínda que transformada, seguía sendo sólida. Eu non tiña segredos para Rosalía, a miña mellor amiga, a irmá que nunca tivera. Con Carlos, as cousas eran distintas. El era un rapaz e, malia a nosa unión, hai cousas nas que o sexo establece unha barreira difícil de cruzar. Por riba, eu viña notando desde había algún tempo que o meu amigo me trataba de xeito diferente a como o facía con Rosalía. Eran detalles sutís, algún brillo especial na súa mirada, a forma de premerme o brazo ao suxeitarme, algunhas frases cargadas de dobre sentido... Todo me indicaba que Carlos comezaba a namorar de min. Un sentimento que me agradaba, para qué negalo, e ao que eu, coa mesma discreción, procuraba corresponder. Pero nada diso impedía que os tres mantiveramos a nosa unión. Gustábanos moito andar en bicicleta; ademais de ser cómodo e útil, era a única forma que tiñamos de poder movernos lonxe do control familiar. E aquel verán, quizais porque eramos conscientes de que sería o derradeiro daquela unión especial, esforzabámonos por espremer ao máximo as horas de cada día. Así que dedicabamos as tardes a facer excursións coa bicicleta, cada vez algo máis lonxe, e había días en Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

27

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

que nos afastabamos moito do lugar, coa ilusión de descubrir o que para nós eran territorios inexplorados. Eramos felices, ou iso me parece a min agora, cando traio á memoria a lembranza daqueles días. Unha felicidade inocente, que quebrou de xeito brusco cando aquel horrible suceso me descubriu a existencia dun mundo escuro e cruel que as persoas nunca poderemos entender.

II A tarde daquel día fatídico, os tres tiñamos pensado facer unha excursión ata un lugar ao que nunca chegaramos: o monte do Coto do Rei, un outeiro que era o punto máis alto de toda a contorna. Atraíanos non só por distante, senón tamén porque os maiores, cando se referían a el, facíano cun aire de vago temor, coma se fose un territorio prohibido. E a advertencia de que non debiamos ir por alí, sempre inconcreta, tiñámola escoitado máis dunha vez nas nosas casas. A última hora Rosalía fallou, pois tiña que acompañar a súa nai a visitar uns parentes. Así que fomos só Carlos e mais eu quen collemos as bicicletas, dispostos a non renunciar ao que tiñamos programado. Era un agasallo inesperado, pensaba eu, pois quizais así poderiamos falar de xeito máis íntimo e dicirnos as cousas que os dous levabamos meses desexando. Levounos tempo chegar, pois o monte estaba lonxe e,ademais, paramos a descansar en varias ocasións. Finalmente, cando xa a tarde ía ben avanzada, demos chegado ao pé daquel outeiro que tantas veces ollaramos desde a distancia. Toda a aba estaba ocupada por un arboredo mesto no que abundaban os castiñeiros e os carballos, pois daquela os eucaliptos aínda non invadiran todos os espacios do país, como, por ignorancia e cobiza, ocorre na actualidade. Fomos ascendendo por carreiros estreitos, coas bicicletas da man, decididos a chegar ata o máis alto do outeiro. Ninguén debera andar por eles en moito tempo, pois as polas das árbores tupíranos e facían difícil e noso avance. Cando xa nos atopabamos preto do cume, fixemos unha descuberta inesperada. A angosta verea pola que ascendiamos desembocaba nun aberto, unha especie de meseta onde as árbores non medraban. Era un calvelo semicircular, co chan cuberto de herba intensamente verde. No centro había un gran penedo chantado na terra e, moi preto del, unha extensa poza de auga que aparecía rodeada por un valo de pedras de pouca altura. Achegámonos á gran pedra, fascinados por aquel inesperado achado. Hoxe sei que aquelo era un menhir, pero entón o único que vin foi unha rocha enorme que parecía espetada na terra por un xigante de forza descomunal. Dez pedras máis pequenas, coma os marcos que se poñen para sinalar os límites dunha finca, aparecían chantadas ao redor daquel colosal penedo. Tan grande era a nosa ignorancia que nin se nos pasou pola cabeza asociar un lugar así con algún perigo. Enténdoo ben, aínda hoxe hai xente que só ve os dolmens ou menhires como restos arqueolóxicos que cómpre protexer. ¡Canto esquecemos neste país! Non son quen de imaxinar que o antigo poder que eses penedos tiveron sobre os homes, a enerxía misteriosa que un día os empregou como vehículos, en certos casos segue aínda latente na pedra, ou na terra dos arredores, nun sono fráxil que as persoas de hoxe non deberiamos turbar. Sen embargo, máis que o menhir e as pedras que o rodeaban, o que axiña chamou a nosa atención foi a poza. A auga debía nacer alí mesmo, pois na superficie había un gurgullar continuo que indicaba a existencia de varios mananciais subterráneos. Aquela auga aparecía anormalmente escura, xa desde a mesma tona, algo que atribuímos á terra negra que debía haber no seu leito. Demos unha volta completa ao seu redor, tratando de albiscar algo máis alá da superficie, pero non se vía nada.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

28

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

--¿Canta profundidade terá? -preguntou Carlos. E, de seguido, tras axeonllarse na herba, debruzouse sobre as pedras do valado e meteu un brazo na auga. --¡Non dou tocado o fondo! -díxome--. ¿Como pode haber tanta profundidade? ¡Semella un pozo, máis que unha fonte! --¿Como non o vas tocar? -contesteille, ao tempo que me colocaba na mesma postura ca el e mergullaba tamén o meu brazo todo canto podía. De súpeto, notei que, desde dentro da auga, algo semellante a unha man me suxeitaba con firmeza polo brazo e turraba de min cunha forza irresistible. Dominada por un medo irracional, berreille ao meu amigo, pedindo a súa axuda. Pero el debía estar experimentando o mesmo ca min, pois só recibín a resposta dos seus ollos espantados. Uns instantes despois atopabámonos os dous mergullados naquela poza, tragando auga e loitando por volver á superficie, mentres a forza misteriosa seguía a turrar de nós cara ao fondo, un fondo que parecía estar a unha gran profundidade inacabable.

III Sempre me dixeron que todo tivo que ser unha fantasía, que as lembranzas que conservo daquela tarde non foron máis que o froito da miña atolada imaxinación. Os médicos mesmo me teñen explicado que son lóxicas as miñas visións, pois o cerebro estivo baixo a auga moito tempo, sen recibir o osíxeno suficiente, e en estados así a nosa mente fabrica imaxes irracionais, que mesmo poden estar emparentadas coas que, segundo o psicanalista Carl Gustav Jung, almacena o noso cerebro nas capas primitivas da evolución, cando aínda non era humano. De tanto repetirmo, o normal é que eu albergase dúbidas, aínda que na miña memoria permaneza todo gravado como só un feito real o pode estar. Pero cando me fixen maior, cando, en vez de esquecer, puiden viaxar e coñecer outras culturas, os ollos abríronseme de vez e para sempre. Agora sei da existencia das korrigans irlandesas, as gardianas das fontes situadas a carón de dolmens e menhires. Sei da súa beleza e das transformacións horribles que poden adoptar, en Irlanda hai casos e casos que o documentan. E o mesmo ocorre coas lamignak en Euskadi, ou coas diale dos escuros lagos dos Alpes. As mesmas que en Galicia se chamaron lamias, antes de que a falsa idea do progreso arrasara cos saberes que nunca debemos esquecer. Toda a vella Europa coñeceu no seu día esta realidade, aínda que agora nos libros só figuren como lendas para aliviar a nosa fame da fantasía. Por iso, porque sei, podo contar sen reparo o que en realidade ocorreu naquel ominoso lugar. Cando os nosos pés tocaron fondo, puidemos comprobar que era máis dun ser quen nos suxeitaban, pois algo semellante a unha multitude de mans percorría o meu corpo. Eu non podía ver aqueles seres, non sei se pola auga negra ou porque o meu cerebro estaba xa demasiado debilitado. Si que vía, sen embargo, unha milleira de puntos fosforescentes, que quizais eran os seus ollos, pois movíanse de dous en dous. Quixen berrar, pero da miña boca non saía ningún son. E logo non sei qué máis ocorreu, porque sentín unha especie de vertixe e acabei por perder o coñecemento. Cando abrín os ollos, sorprendeume ver a lúa chea que brillaba no alto do ceo, iluminando o calvelo coa súa luz pálida. Ao primeiro non souben ónde estaba, pero axiña descubrín que me atopaba outra vez fóra da auga, tombada na herba do prado e empapada por completo. O corpo de Carlos, mollado e sen sentido, xacía a carón miña. Tamén estaban fóra da auga uns seres máis pequenos ca min, de ollos brillantes que axiña me lembraron os que vira no fondo do pozo. Aparecían como mulleres de fermoso rostro, cubertas por unhas longas túnicas brancas que lles chegaban ata os nocellos e deixaban ao descuberto uns osudos Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

29

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

pés de cabra. Todas elas estaban sentadas ao pé da poza, ocupadas en peitear os seus cabelos con brillantes peites de ouro. A nós non nos facían caso ningún, pois debían saber ben que nos atopabamos paralizados polo medo. Cando acabaron de peitearse, erguéronse e colocáronse ao redor do menhir, formando dúas circunferencias concéntricas. E logo deron en moverse en círculo, se ben cada grupo o facía na dirección contraria á do outro, iniciando así unha rara danza. Executábana ao tempo que entoaban un canto nunha lingua estraña, se é que eran dunha lingua os sons que eu oía. A salmodia que recitaban aqueles seres foi medrando en intensidade ata acabar por converterse nunha ladaíña tan obsesiva como un mantra, un son desacougante que resoaba entre as árbores do calvelo. Desprazábanse seguindo o ritmo marcado pola ladaíña, un ritmo monocorde e hipnótico que dirixía unha das voces, máis alta e nítida que as outras. De cada pouco, estendían os brazos cara á lúa e ceibaban un berro agudo, como adorando o astro que brillaba no alto do ceo. Despois de non sei cánto tempo, algúns deles achegáronse a onde estabamos e obrigaron a Carlos a poñerse de pé. Arrastrárono ata colocalo coas costas apoiadas contra o menhir. E logo volveron danzar ao redor del, mentres entoaban unha e outra vez aquel canto hipnótico. Pouco a pouco foron pechando o círculo, mentres o canto medraba en intensidade. Naqueles momentos pensei nas cousas máis terribles, tanto que nin me atrevo a repetilas. Pero o círculo só se pechou de todo durante uns instantes, pois axiña volveron á posición inicial. Busquei a Carlos coa mirada, mais non o puiden descubrir. Pensei que se atoparía caído no chan, ou que algunhas daquelas mulleres o levarían suxeito canda elas, pero non había nada diso. Simplemente, o corpo de Carlos xa non estaba alí. O meu amigo desaparecera diante da miña vista. Algunhas daquelas mulleres achegáronse a min, posiblemente querían repetir comigo a mesma cerimonia que fixeran con el. Paralizada no chan, podía velo todo, pero sentíame incapaz de ofrecer resistencia ningunha. Foi naquel momento cando, ao lonxe, se oíron voces chamando por Carlos e por min. Eran voces que soaban cada vez máis preto, e axiña puiden ver algunhas luces que se movían entre a masa escura das árbores. Agora sei que era a xente de Sillobre e de Fene. Mobilizáranse na nosa busca a instancias dos nosos pais, asustados porque chegaba a noite e non regresabamos. Gracias a Rosalía, puideran saber dos nosos planos e orientarse sen perder tempo cara ao lugar correcto. Eu debera de seguir mirando aquelas luces, ben o sei, elas eran a miña salvación; pero o certo é que virei a cabeza para ver cómo reaccionaban aquelas mulleres. E foi daquela, impresionada pola terrible visión, cando non o puiden resistir máis e perdín o coñecemento. Nunca saberei se o que vin non foron máis que desvaríos dunha imaxinación aterrorizada. Pero o certo é que puiden contemplar cómo, en poucos segundos, todos aqueles seres se transformaban en grosas e repugnantes cobras verdes. Uns réptiles noxentos e viscosos que, con gran axilidade, reptaron por riba das pedras da poza e se perderon no fondo da auga. A seguinte lembranza que teño é a cara de meu pai achegada á miña, cunha expresión entre alegre e ansiosa. Colleume nos brazos e, guiado por outros dous homes, baixoume polos carreiros do monte ata chegar á pista máis ancha que o bordeaba. Alí metémonos nun coche que nos levou deica a nosa casa, onde nos agardaba miña nai, que ao verme trocou os choros de angustia polas bágoas de alegría. As patrullas que subiran ao monte seguiron rexistrando o lugar durante toda a noite, na procura de Carlos, mais sen resultado ningún. Dous homes mergulláronse varias veces na poza, de insólita profundidade, pero non atoparon nada. A busca continuou durante os seguintes días, tanto no calvelo como en cada un dos recunchos do outeiro. E tamén na poza, xa con mergulladores preparados, onde tampouco non se atopou nada. Pasado o tempo, fíxose evidente para todos que Carlos non aparecería nunca máis.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

30

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

IV Enfermei, e durante varios días mesmo temeron que non me recuperase. Daquela non tiñamos os avances que hai hoxe, e supoño que o meu corpo se veu obrigado a loitar sen axudas contra unha enfermidade para a que non había medicinas, pois nacía das emocións do meu cerebro. Pero eu era de natureza forte e acabei recuperándome. Foi entón cando lles contei todo o que nos ocorrera, tal e como eu o lembraba. Pero, aínda que non mo dixeron abertamente, ben notei que nin meus pais, nin os de Carlos, nin a Guardia Civil, nin os periodistas, nin sequera Rosalía, crían na miña historia. No fondo, supoño que entendían o meu relato como un desvarío fabuloso que tiña a virtude de darme unha explicación que, cando menos a min, me servía para sobrevivir. Eles barallaban outras hipóteses máis previsibles, pero ningunha serviu para atopar o meu amigo. Cando mellorei o suficiente, subín outra vez ata o calvelo, na compaña de meus pais. Os da Guardia Civil querían facer unha reconstrucción dos feitos, por se eu era capaz, aínda sen prevelo, de ofrecerlles algunha pista nova. Custoume moito traballo vencer o temor que sentía, malia seren as doce do mediodía e brillar o sol con especial intensidade. Volvinme ver naquel claro do bosque, achegueime con espanto á poza de augas escuras, contemplei de novo o enorme menhir. O terrible menhir, e tamén as pedras máis pequenas chantadas ao redor del. Foi entón cando un medo atroz, un espanto como nunca sentira nin volverei sentir no que me quede de vida, me asolagou por enteiro e se infiltrou ata as capas máis agochadas do cerebro. Foi tamén cando decidín calar, calar para sempre, gardar o horror tan só para min. Agora sabía que nunca me crerían, que mesmo poderían chegar a dubidar da miña saúde mental e internarme nun daqueles lugares terribles onde antes se illaba aos tolos. Cando me atopei ante o menhir, contei mentalmente as pedras chantadas arredor del. Agora había once pedras, e non dez, como contara aquela tarde. Unha delas aparecía coa superficie máis limpa que as outras, como se se chantara había aínda pouco, e o vento e a auga non tiveran tempo de escurecela. Ao anicarme e mirala de preto, subitamente alarmada por un deses irracionais avisos interiores que ás veces sentimos, comprendino todo nun instante. Por unha das súas caras, a pedra tiña unhas formas en relevo, unhas formas que gardaban unha estreita semellanza coas dun rostro moi querido para min: o do meu amigo Carlos, condenado a permanecer naquel lugar durante toda a eternidade. https://4.bp.blogspot.com/-JuNUT-5qdzY/T9NoK3YJiSI/ AAAAAAAAAdU/4jy5xtSWn9k/s400/Agust%C3%ADn+Fern%C3%A1ndez+Paz.jpg

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

31

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

FERNÁNDEZ TEIXEIRO, Manuel María O SOL O sol chámase Lourenzo e é un señor moi finchado que está no alto do ceo todo o día relumbrando. Vai vestido de marelo, leva chaleque encarnado. Moi seguro de si mesmo o seu calor nos vai dando. O sol chámase Lourenzo e é un señor moi sinalado. Se non fose polo sol estaría o mundo xeado! Só o sol manda no ceo, moi solemne, moi barbado. As súas barbas son os raios con que nos vai alumando. O ARADIÑO Labrado da miña mao fixen coa miña navalla, un aradiño de pao... Leva timón e chavella ¡e unha rella furadora feita dunha lata vella! Ten orelleiras; rabela ten luída e rematada ¡que namora mirar para ela! O meu arado é tan feito ¡que pode incluso esfender labradíos a barbeito...! ¡Teño xa que darlle estreno ao meu arado arador, ao meu arado pequeno...!

O MUÍÑO O muíño O muíño roula, roula. O muíño é roulador: volta as augas do regato en murmurio cantador! O muíño, roula roula e non deixa de roular, e coas augas do regato o rodicio fai cantar! O muíño é cantador. O muíño é cantareiro: volta notas musicais as ondiñas do regueiro! O muíño moe e moe, nunca deixa de moer: que as ondiñas do regato con cancións o fan mover!1 O MAR Ti nunca viches o mar cos seus berros bruadores, coas súas escumas de prata, cos barcos e os pescadores. -¿Ti nunca viches o mar a tecer i a destecer ondas azuis que van á praia mansa a morrer? -¿E ti non sabes que o mar é unha inmensa planura, auga e ceo, ceo e auga, maxestade e fermosura? -¿Ti nunca viches o mar? ¿E sabes que non repousa? -¡Si nunca viches o mar non viches ningunha cousa!3 (Os catro poemas pertencen a Os sonos na gaiola)

¡E non sei a ónde hei de ir buscar os bois que preciso, buscar bois para xunguir!2 1 2 3

http://www.casamuseomanuelmaria.gal/upload/recursos/cat_2/23/unidade-didactica-os-sonos-na-gaiola---as-ruasdo-vento-ceibe.pdf https://www.lingua.gal/c/document_library/get_file?folderId=1652221&name=DLFE-11801.pdf http://www.edu.xunta.gal/centros/cpisansadurnino/system/files/omarmanuelmaria.pdf

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

32

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

CONTO DE MEDO Según rezan contos vellos e moitas antigas consellas os lobos feroces comen as inocentes ovellas. Cando as ovellas están en calquer monte ou pasteiro pódense ollar sorprendidas polo lobo carniceiro. E hai lobos moi astutos: para acabar un rebaño métense entre as ovellas disfrazados de pel de año. E hai lobos tan agudos, tan agudos lobos hai que caen sobre as ovellas sen deixarlles decir: ¡ai!

SEI O QUE VALE UN VERSO Sei que todos os versos do mundo non valen o que vale un home, o que vale o berro dolorido dunha nai, o bico apaixonado dos amantes ou o tenro recendo dunha flor. Sei que os versos non valen pero sigo escribindo sen parar. Sigo escribindo con carraxe, entusiasmo e paixón por se acado algo de poesía ‐unha folliña só que move o vento‐ entre a faramalla das miñas pobres verbas desnortadas. Un verso nunca vale o que vale o chío dun paxaro, nin ten a forza dun río ou o poder arrepiante dunha bala. Pero eu sigo fidel, encadeado á música amorosa das palabras.4 in Remol

Pro nestes tempos de agora xa hai un invento novo: ¡é que aparecen ovellas que acaban comendo ao lobo! in As rúas do vento ceibe

http://catalogodematasellos.fesofi.es/wp-content/uploads/2016/11/1103.jpg

4

http://365diasparamanuelm.blogspot.com

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

33

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

FRÍAS CONDE, Xavier.COUSAS DE BRUXAS "A fada da marmelada" A Tareixa era unha bruxa ruín ruinísima. Era tan ruín que minguara e minguara até se tornar en diminuta. E é que por mor da súa maldade, a Tareixa reducira ao tamaño dun puño. A Tareixa chegara a se converter en case un demo. Tiña a pel de cor cinza e levaba sempre unha roupa preta que cheiraba a xofre. Voaba enriba dun plumeiro a moita velocidade, a procurar o lugar exacto onde facer algunha falcatruada. Era practicamente invisíbel para o ollo humano. Gustáballe, por exemplo, pasar por baixo dos cascos dos motoristas, estirándose moitísimo, e argallarlles entre as orellas, como se fose un abellón. Daquela, o motorista premía no acelerador da moto e arrincaba a toda velocidade facendo un ruído espantoso e organizando un caos xigante no tráfico, porque pasaba por riba de coches, autobuses, peóns e até elefantes se daquela houbese algún a cruzar a rúa. Tamén lle gustaba pasear por entre as operadoras telefónicas, facéndolles cóxegas embaixo do nariz, até elas berraren en algo que semellaba xaponés e deixaren os usuarios dos servicios telefónicos pampos por creren que a súa chamada saíra desviada para a China. Mesmo nunha ocasión, a Tareixa mobilizou unha escuadra de tanques. Por mor dun feitizo, convencera un coronel de que os tanques habían atacar unha colonia de moscas. O resultado foi terríbel, porque naturalmente os tanques non mataron mosca ningunha mais, en troques, fixeron unha chea de buratos nun campo de golf. Sen embargo, aquilo tivo a súa parte boa, porque despois o campo de golf valeu como reserva natural de morcegos. Así as cousas, Tareixa facía unha falcatruada tras doutra, e cada día era máis e máis ruín, máis e máis cincenta, máis e máis pequena... Até aquel día. Si. Porque aquel día, da que buscaba unha falcatruada para facer, descubriu aquel recendo tan estraño. Nunca tal ulira. Era doce, suave e a boca tornábase en auga. Aínda que a Tareixa era moi moi ruín, non podía de ser curiosa e mesmo, quen sabe, até era lamboa. O certo é que o cheiro viña dunha xanela dunha casa pequena dun barrio afastado da cidade xigantesca. Ninguén podería atopar aquela xanela agás polo olfacto. E a Tareixa atopouno. Sen pensalo dúas veces, voou até aquela xanela da que procedía aquel olor marabilloso. A bruxiña pensou que debía tratarse dalgunha poción fantástica que ela descoñecía. Pensou tamén que se se facía con ela, podería facer falcatruadas aínda maiores. Xa dito xa feito, alcanzou a xanela e penetrou no cuarto. Era unha peza humilde onde había unha caldeira sobre o lume a ferver. Dentro fervellaba un líquido espeso, de cor avermellado. A Tareixa pensou que aquilo debía ser, ao menos, sangue de dragón, que, é preciso dicilo, ela nunca non vira na súa vida. A Tareixa asomou os fociños dentro da caldeira. Ía moita calor alá dentro. E a bruxa, como era moi curiosa, esvarou desde o plumeiro e caeu dentro da pota. Choff!! A Tareixa pasouno moi mal. Tiña toda a sensación que ía afogar. Enguliu e enguliu moito daquel líquido vermello... pero aconteceu que estaba docísimo. Era delicioso!! Cando ao cabo deu saído da caldeira, a Tareixa alcanzou a xanela. E viuse reflectida no vidro. Mais para a súa sorpresa xa non era moura, era... dunha cor avermellada que case que sabía doce, escuriña mais con ar larpeiro. A Tareixa parecía un caramelo con brazos, pernas e cabeza. E se montaba no seu plumeiro, daquela era un caramelo con pao!!

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

34

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

De todos modos, a Tareixa levara un bo susto. Non pensara que ía caer naquela caldeira e que aquel sangue de dragón lle escorregaría polo corpo todo. A cousa foi que tiña moita falcatrúa pendente por facer e non pensou en quitar a capa de sangue de dragón que levaba enriba. E ía tan ocupada, que da que liscaba non se decatara que a xanela da casa onde entrara pertencía a unha humilde pastelería dun barrio perdido, onde unha anciá muller facía sempre os seus doces. Daquela, a Tareixa, toda vermella, montou no seu plumeiro, tamén vermello, e percorreu os ceos da cidade ao solpor. Seguía a ser tan invisíbel como decote, mais había unha diferencia entre o rastro que deixaba antes de caer na pota e o que comezou a deixar despois. A bruxa pasou por entre unha multitude de xente que con caras serias e longas voltaban para cadansúa casa despois do traballo. A todos lles mudou a expresión das súas caras. Algúns pensaron en croasáns recheos. Outros en torradas con marmelada. Mesmo algún lembrouse de cando era cativo e tomaba marmelada de amorodo para a merenda. Certamente, a todos os que se cruzaban no camiño da Tareixa lles mudaba completamente a expresión da cara. Despois a bruxa meteuse no metro. Tamén aquel ía cheo de xente. A bruxiña foi realizar unha das súas falcatrúas favoritas: correr polo vidro da cabina do conductor simulando ser unha fantasma e así espantar o conductor e obrigalo a saltarse unha estación causando a indignación de todos os viaxeiros. E alá foi cruzando os vagóns, e da que ía cara a dianteira, os viaxeiros comezaron a sorrir e a pensar en bolos con marmelada e iren de merenda coas súas familias aquela fin de semana. Todos tiña pensamentos moi bonitos que lles chegaban a través do cheiro que desprendía a Tareixa. A bruxa decatouse do que acontecía e nin sequera deu chegado á cabina. ¿Que era aquilo? Todos sorrían, todos tiñan cara alegres! A bruxa estaba anoxadísima porque todo comezara a lle saír xusto ao contrario de como ela pretendía. Volveu á superficie, á rúa, e sentou ao pé dun farol da rúa. Seguía invisíbel para os ollos humanos, mais non puido evitar que un can abandonado se puxese ao seu carón e comezase, de súpeto, a lambela. O can remexía no rabo todo ledo. Debía levar todo o día sen comer e as lambetadas sobre a bruxa sabíanlle a gloria. A Tareixa xa estaba ao bordo da desesperación porque a súa mera presencia provocaba sorrisos e caras de alucinación. E xusto iso era o contrario do que se propuña a diario calquera bruxa malvada. De feito ela tiña sona de ser unha das bruxas peores do país... se as súas compañeiras soubesen o que lle estaba a acontecer!! Cando o can marchou todo satisfeito, a bruxa mirouse as mans. Estaban vermellas. De feito, aquel sangue de dragón enchoupara todo o seu corpo e mais as súas roupas e non saía de ningún xeito. Entón pensou que aquilo non era casual, era unha apócema feita por algunha poderosa feiticeira. A Tareixa decidiu ir voltar á xanela da casa do barrio afastado. Daquela, diante da caldeira, encontrou unha anciá que remexía diante da caldeira onde seguía a bulir o sangue de dragón. A bruxa colocouse diante dela e faloulle así: —Ah, muller, ¿que poderosa apócema é esa que me fai provocar sorrisos na xente? A muller, que era cega, respondeulle: —Non é apócema ningunha. É só marmelada de amorodo e cereixa que uso como recheo dos meus pasteis... E a muller seguiu coa súa tarefa. Entón, a Tareixa quedou máis sorprendida do que xa estaba. E antes de se decatar, comezou a sentir unha dor punzante nas costas. De repente, xurdíronlle dúas pequenas ás, como de cabaliño do demo. A Tareixa deixou caer o seu plumeiro e notou que podía aboiar no ar. A anciá, que seguía a remexer na caldeira, uliu o ar e dixo: —Hmm, xa vexo que es unha fada... e recendes a marmelada. Quizais ti sexas a fada de marmelada... E así foi desde aquel momento.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

35

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

GARCÍA TEIJEIRO, Antonio.QUE OCORRE NA TERRA?

A BOLBORETA

Non hai follas verdes nin perlas no mar, area nas praias nin ondas de sal.

A bolboreta debuxa un beixo con moitas cores nalgún espello.

Xa non funga o vento nin voa o pardal. As flores non medran nin quenta o verán.

Beixo amarelo de noz e mel, brinco na brisa, luz de papel.

Que ocorre na terra? Que ocorre, rapaz? Se son pesadelos, eu quero espertar.

A bolboreta debuxa un beixo que rouba ó aire moitos insectos. Beixo violeta, vivo lunar, onda nas nubes, choiva no mar.

As árbores perden as pólas sen máis e nos amenceres o sol non está. As nubes no ceo están a falar, e a lúa na noite non quere alumar.

A bolboreta debuxa un beixo que cando soa racha o silencio6.

Que ocorre na terra? Que ocorre, rapaz? Se son pesadelos, eu quero espertar5.

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Felpais.com%2Fcultura%2F2017%2F10%2F10%2Fbabelia %2F1507650214_734134.html&psig=AOvVaw1UCvf3H_8926AiFv3DQe7&ust=1585594137128000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCODS052fwOgCFQAAAA AdAAAAABAE

5 6

http://garciateijeiro.blogspot.com/2011/06/paco-ibanez-canta-el-poema-de-antonio.html http://garciateijeiro.blogspot.com/2008/07/cinco-poemas-de-bicos-na-voz-besos-en.html

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

36

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

GRAÑA, Bernardino.PLANETA DOS RATOS TOLOS XOVINIÁN PRIMEIRO CONTRA ÍDEM (escolma) I (No río e no monte) —¿E dis —dixo o Rei— que esa historia vén de Alemaña e é dun Rei? —Pois se non lembro mal —dixo o mariñeiro Arandel—, foi nun porto alemán onde a aprendín. O título dela pode ser "Xovinián primeiro contra Xovinián Primeiro". —¡Curioso! —dixeron os contertulios. —Tamén —dubidou o Arandel— podía ser chamada: "A fachenda e a ignorancia sempre xuntas e en abundancia". —Xa ardemos de ganas de escoitala —dixo o Rei. Puxéronse cómodos e Arandel contou así: NO REINO DO REI Xovinián e a Raíña Eduvixes todo marchaba ás mil marabillas, sen guerras, sen pestes, sen incendios. Pero neste planeta as cousas non son nunca perfectas e, cando menos o esperaba, Xovinián houbo de perder o trono, a muller, todo. Había pouco que no reino tiveran lugar as vodas da única princesa cun príncipe moi importante dun reino veciño. De xeito que o Rei e a Raíña estaban moi satisfeitos e descansados. Unha mañá o Rei Xovinián espertou como outra mañá calquera. Abriu os ollos, viu ó seu carón, tamén no intre de espertar á Raíña... e fixo como un sorriso. A Raíña abriu de todo os ollos. Notou algo no marido. Sen se mover da cama, que era moi grande, púxose a reparar no que facía o Rei. O Rei ollou para o teito, que era de madeira de castiñeiro labrada e vernizada. Logo ollou para as xanelas, que tiñan vidros de cores, logo para as roupaxes reais, que estaban ciscadas por cadeiras de boas madeiras, por coxíns e alfombras orientais. Coas mans colocadas por debaixo da súa propia cabeza, o Rei ollou toda a cámara. De contado ergueu, foi onde tiña as cousas de aseo e, ollándose nun espello enmarcado en ouro, estivo un anaco a frotar a face cunha toalla azulada. De súpeto, tirou a toalla e bateu palmas dando unha orde: —¡Criados! ¡Camareirosl Os criados e xefes de cámara viñeron correndo. O Rei faloulles: —Arranxade axiña un bo almorzo con torradas de manteiga... De manteiga con sal. E con salchichas das pequenas... E que na campa dos cabalos vaian preparando os cabalos e todo o necesario para un día de caza. Traédeme agora mesmo a roupa de caza e vestídeme. Houbo rebulicio e zafallada e correteos de mordomos, criados, capitáns... Unhas camareiras pasaron coa Raiña atrás dunha cortinaxe de seda, e alí axudaron a vestila, mentres na cámara empezaban a vestir ó Rei da maneira que el quería para ir de caza. Axiña estivo todo amañado. Os monarcas almorzaron felices, conversando, comentando o fermoso día que facía de comezos de outono, de como seguramente poderían coller moitas perdices e de como paparían xuntos unhas cantas no anoitecer. Cando o Rei Xovinián Primeiro saíu á parte traseira do pazo, ó que chamaban "a campa dos cabalos", xa estaban os cabalos, os cabaleiros, os músicos, os criados, todos con alegría e elegancia Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

37

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

agardando. O capitán Valerio, que era o seu brazo dereito para xiras como aquela, acudiu a saudalo solemnemente e a dar exemplo ós soldados de obediencia e disciplina. Era un home loiro, fillo de campesiños, aínda xove, ó que apreciaba moito. Brillou o sol nacente no casco de prata da cabeza do Rei. Soaron trompetas, timbais, vivas. Houbo mesmo tremular de estandartes como se saísen para unha guerra. Vibraron as patas e os rabos dos catro cans perdigueiros. O Rei, moi satisfeito, despediuse da Raiña que lle acenaba desde unha xanela, montou, axudado polo capitán Valeiro, no seu cabalo branco, e saíu para a cacería acompañado de moita xente. Saíron por aquela espaciosa campa e contornearon todo o soberbio pazo real pasando perto da porta principal. Axiña se decatou o Rei de que alí, na entrada principal, estaba como debía ser, no seu posto, outro dos seus máis fieis servidores, o capitán Alberte, o xefe da garda do Pazo. Ollouno un par de segundos, de esguello, comprobando que se tiña posto firmes no alto da escalinata do pórtico, saudando marcialmente ó monarca. Tal como pensara, atoparon bandos de perdices. A maior parte eran novas, inexpertas, non acostumadas a desconfiar e fuxir a tempo dos homes, e foi fácil arrecadar ducias delas. Polo mediodía fixeron un descanso á sombra duns carballos para escapar da calor, que era como de verán, e para reparar forzas tomando algún alimento. Despois continuaron cazando, ata que, sentindo calor e cansazo, decidiron achegarse a un río de augas limpas entre bidueiros, ameneiros e outras plantas frescas e gratas. Alí beberon e molláronse un pouco as faces, e ó Rei Xovinián apeteceulle quitar as roupas de caza, cousa na que lle axudaron, e, de seguido, apeteceulle espirse de todo e darse un baño no río. Ordenoulle ó capitán Valerio e a todos que se alongasen, para non ser visto en coiros, e que non se preocupasen del durante algúns minutos. Botouse moi feliz na corrente do río, que era bo para tales baños, sen perigos, e estivo entre pedras e herbas, entre correntes e remansos, xogueteando e nadando, e chegou ata a outra marxe. Con calma, saboreando aqueles momentos de pracer, foi vindo de novo para onde deixara as roupas. Entón levouse unha sorpresa. Non había roupas. Nin as roupas de caza nin sequera os seus panos menores. Tampouco soldados. Nin cabalos, nin cans. Nin o seu fiel capitán Valerio. Deu voces: "¡Valerio! ¡Valerio! ¡Soldados! ¡Soldados!". E nada. Ninguén contestaba. Pensou: "Debinme de equivocar. Non é aquí. As correntes deberon de me levar río abaixo... Será máis para contra corrente". Seguiu buscando e nada. Nin roupas, nin cabalos, nin soldados, nin capitán. —¡Que estraño! —falou consigo mesmo—. ¿Qué é o que pasa? ¡Estou espido de todo!... ¿Será unha emboscada? ¿Será algunha trampa dun inimigo? ... ¿Haberá inimigos escondidos? ¿Estarán por detrás destes ameneiros? ¿Fuxiron os soldados e o capitán? ¿Mataríanos a todos? Seguiu dando voces: ¡Valerio! ¡Valerio! iSoldados! ¡Soldados! Tapou as súas partes con follas das árbores. Prestou a atención máxima ós sons por uns segundos. Só se oía o rumor das augas do río e rechouchíos de aves na fronde. Empezou a sentir frío. Apañou ramallos de ameneiros e fixo polo van coma un taparrabos do máis primitivo. E sentiuse un desvalido, un pobre home... De súpeto viu algo interesante no chan. Eran pegadas de cabalos e de cans. Foinas seguindo e comprendeu que toda a compañia marchara por alí. A simple vista non había pegadas de cabalos de ferraduras diferentes ás do seu reino, non se apreciaban sinais de pelexa ou batalla. O sol ía baixando, o fresco ía aumentando. A angustia, a sensación de invalidez tamén medraba.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

38

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

—Todo un monarca coma min —pensaba— neste traxe de Adán, nesta situación de ridículo... ¡Que vergoña, se pasa un pastor, unha lavandeira, un campesiño...! Ben. Supoño que me recoñecerán... Se non me recoñecen, mellor. Pasarei menos vergoña... Pero supoño que me axudarán... O que necesito é que alguén axude axiña... Xa vai empardecendo. Rechouchíos de aves e rumor de río correndo sempre igual. Ameaza de sombra, de frío e de silencio. Había ben pouco que sentira calor. Calor física, polo sol e as roupas, e calor de protección e respeto e agarimo. Agora nin sol nin roupas nin xente que o protexese e mimase. A brisa que antes do solpor era un regalo, agora era unha gadoupa que lle chegaba ata o corazón. —Esta mañá —pensou— eu era o Rei máis poderoso e feliz, co meu pazo, as miñas alfombras, os meus servidores, os meus capitáns e, sobre todo, coa miña Raíña... Agora ando en coiro e perdido... De repente todo desapareceu... ¿Estarei morto? ¿Será que pasei, sen me dar de conta, a outro mundo? ...Lembro que me botei ós baños... Nadei un pouco e xa voltei para onde deixara as roupas... Seguiu cavilando e ó mesmo tempo seguiu subindo do río cara ós camiños e pescudando pegadas de cabalos. Veulle unha idea. —¡O eremita Froilánl Ese axudarame. Mora por aquí arriba, no monte... Irei onda el... Si. El axudará. Xa estou salvo. O eremita Froilán quéreme ben. Téñolle feito favores. Foi, sobe que te sobe, entre xestas, entre toxos e silvas, sentindo moitas pinchadas e rabuñadas nos pés, nas pernas, por todo o corpo, pero ó mesmo tempo sentindo un pouco máis de calor polo esforzo de camiñar, subindo a encosta do monte, sentindo tamén esperanza firme. —O eremita Froilán —dicía para si— é un home puro, un home santo, vive para a relixión, para facer o ben. Por fin recibirei axuda e verei un ser humano. E subía animoso. Chegou ó casopo do eremita coa lingua de fóra. Respirou fondo. O aire cada vez máis frío. Colleu forzas e berrou: "¡Froilán! ¡Froilán! ¡Froilán!" Achegouse máis á casopa: "¡Froilán!". E o eremita non daba sinais, non saía a recibilo. Xovinián pegou a cabeza ós paus da porta. Entre eles puido enxergar a figura do eremita. O eremita estaba inmóbil. Por uns segundos Xovinián chegou a pensar que era como unha momia ou unha estatua. Pero comprendeu axiña que o que ocorría era que Froilán estaba en oración, nun prego místico, nunha éxtase que non debía ser interrompida. —Froilán —impacientouse Xovinián—, perdoa a miña interrupción... Non quero interromper os teus pregos, pero tes ocasión de facer caridade, de demostrar o teu amor polos demais... Son un pobre peregrino sen roupas, sen nada... Perdín todo. Silencio e o rumor baixiño dun prego. —¡Froilán! —dixo a brados Xovinián—. Mándoche que abras a porta agora mesmo. ¡Mándacho o Rei Xovinián! Silencio outra vez. A angustia de Xovinián medraba, como o frío e a escuridade. Viu un coio no chan e apañouno e púxose a bater con el a porta da cabana, con todas as súas forzas, bradando: —¡Remata os teus pregos e abre! ¡Cumpre con Deus e co teu Rei! ¿Que relixión é esa? ¡Estou aquí esperando que me axudes! ¡Son o propio Xovinián! Parou de bater e escoitou atento. Dentro o eremita non se moveu. Por fin Xovinián oíuno falar. O eremita dixo con serenidade: -¡Vaite, encarnación do diabo!

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

39

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Xovinián sentiu un forte arrepío por todo o corpo. Sentiu a brisa fresca ata adentro no corazón. "¡Encarnación do diabo! ¿Como é posible que Froilán me diga iso a min?", pensou para si. E dixo en alta voz: —¿A quen lle dis iso? ¿A min, o teu Rei Xovinián? De novo con serenidade, sen se mover, mandoulle a resposta o eremita: —Ti non es Xovinián, que es un demo. E Xovinián sentiu un medo que nunca sentira na vida. Comprendeu nun segundo de lucidez que hai muros que non se destrúen con arietes ou catapultas, que hai castelos e batallas máis fortes no espiritual que no militar. "Non sei —pensou—, non sei nada do que está acontecendo. ¿Será cousa dun demo? ¿Entraría dentro de min un demo?" Pero arrepúxose e contestou: —¿E ti non estarás tamén posuído polo demo? ¿Es ti o eremita Froilán, o que me di esas cousas e non me abre a porta? —Son —dixo con calma o eremita—. Estou ben certo de quen son e do que digo. O meu Rei Xovinián veu hai un pouco aquí cos seus soldados a visitarme e pedirme a bendición. En sentindo estas palabras, Xovinián aínda sentiu máis frío por fóra e no corazón. Logo sentiu que o relixioso dicía: "¡Vaite, impostor!" Afastouse da cabana e foi repetindo coma un parvo: "Xovinián veu hai un pouco por aquí, Xovinián veu hai un poco por aquí, Xovinián veu hai un pouco por aquí. ¿Pero entón eu quen son? ¿Son un demo que colleu a forma de Xovinián? ... Pero eu teño conciencia de que son Xovinián... Lembro todos os detalles... Como saín esta mañá do pazo, como cacei, como comín, como me espín e metín no río. Lembro que pasei ó outro lado do río... Aí é onde empeza o lío... Cando volvín para este outro lado, onde tiña as roupas e os soldados, xa non atopei nada..." E, coma un autómata, coma apalambrado, ía baixando polo monte. Oíanse uns cans nun pequeno monte en frente, ladra que te ladra. Caíalle o taparrabos de follas. Entón tivo que espelirse. Saíu do abraio, e atendeu a cubrirse e a moverse de alí. Parouse un anaco. ¿Que podía facer? ¿A quen acudir? ¿A quen pedir axuda? Prestou atención ós cans de alí en frente e dixo: —¡Ahl ¡Aí en frente teñen a casa os pais de Valerio, o meu fiel Valerio! ¡Eles si que me axudarán! E con novos ánimos seguiu baixando o monte para pouco despois subir polo outeiro da casa onde ladraban os cans con insistencia. Esgarduñábase nas silvas, nas toxeiras, nas matogueiras, caíanlle as follas do seu burdo taparrabos, aparecíanlle feridas polas pernas e sangraba... Pero el seguía para adiante coma apampado. Perdía o camiño e volvía atopalo. Nun certo momento, ó ollar para o chan, descubriu excrementos e pegadas de cabalos. E ilusionouse, recuperou ánimos, matinando que podían ser dos seus propios cabalos. "Aclararase todo. O Froilán chamoume impostor. Pero, se acaso, pode que alguén me roubase as roupas e ande de impostor a facerse pasar por min, polo Rei Xovinián. Aclararase todo". E camiñaba e camiñaba, mancándose, tropezando, tendo que apañar outros ramallos para cubrirse o corpo. Os cans ladraban, e mesmo ouveaban terribles e feroces, na casa á que se dirixía. Alí moraban os pais do capitán Valerio, que eran uns vellos que pasaran de non ter nada a ter casa e terras, precisamente gracias ó favor do Rei Xovinián, por mor de que o xove Valerio caéralle en gracia e nomeárao o seu lugartenente. Eran medosos, túzaros e desconfiados. Estiveron ollando desde alí o que acontecía ante a choza do ermitán. Decatáranse de como o ermitán non recibiu a este home que agora sobe cara a eles. Danse de conta do raro que é. "Non trae roupas. Ven ferido. Sangrando. A pel é moi branca. Non ten pinta de labrego. Debe de ser un forasteiro", van pensando os vellos. Cando por fin o Xovinián, alterado, nervioso, cansadísimo, greñudo, despenuxado, se presenta ante eles, os cans irrítanse e póñense tolos e queren atacarlle. E o diálogo é imposible. Os vellos recíbeno de malos modos: —Váiase de aquí. ¿Que fai aquí? ¿Quen é? ¿Quen é? Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

40

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

—Son o Rei Xovinián. —E eu —berra o pai de Valerio— son o Emperador da China. E os cans veña arregañar os dentes, e dar brincos violentos e ladrar e ouvear. —Son o Rei —brada Xovinián—. Ti es Valerio, o pai do meu capitán Valerio. —Vaite de aquí, vagabundo, mentirán, ou sóltoche os cans —di o vello—. Se os solto, cómente. —Señor Valerio, que son o Rei —insiste o outro. —Cómente —segue o vello—. E farían ben en comerte, porque debes de ser un bandido que nos quere enganar. Has de saber que eu coñezo ó Rei mellor ca ti, e son tan amigo, que el mesmo en persoa estivo aquí, aquí mesmo estivo aínda non hai media hora. Vaite con esas troulas a outra parte. Vaite, que xuro que arrío os cans e comerante. —¡UF! ¡QUE TERRIBLE! ¡Que historia! —suspirou o Rei Carolo. E as princesas, o poeta, o Paramés... tamén daban mostras de estaren arrepiados, conmovidos co conto. —Dádeme un pouco de viño e queixo do país —pediu o Rei Carolo dirixíndose ó mordomo.

https://www.farodevigo.es/portada-o-morrazo/2019/06/18/pegada-bernardino-grana-na-capela/2125592.html

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

41

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

LUNA SANMARTÍN, Xosé.O ANO DAS MIMOSAS A Nicolás, por suposto. ... Din que as campás de Liripio fan escorrentar os tronos. Ogallá que resoen en Bos Aires as campás de Liripio e fagan posible a unión de todos os estradenses!... (Revista da Unión Estradense na Arxentina, Alfonso Daniel Rodríguez Castelao. Maio. 1941) Ogallá que resoen tamén, en todo o mundo, as campás de Liripio e escorrenten, para sempre, os lóstregos do racismo. (Unha arela, O autor. Abril. 2000) Acacia Dealbata Link ... As flores son hermafroditas, espidas, en cabezolas, globosas, de color marela viva, moi arrecendentes. Florea en xaneiro ou febreiro... (Guía das árbores de Galicia, Ed. Xerais. 1989) I ACACIA DEALBATA LINK A VERDADE É que teñen un nome rarísimo. O meu avó Aarón díxome que se lle chamaban, cultamente, Acacia Dealbata Link. Tamén me contou que veñen de Nova Gales do Sur que queda, podédelo mirar no atlas, alá polo continente dos canguros. O meu avó Aarón é, entre outras moitas cousas, un auténtico especialista en mimosas. Distingue entre seis ou sete tipos delas e tenme contado que as mimosas que hai nunha leira no lugar de Mámoas, na súa aldea, ao outro lado do río, preto de onde temos a casa vella, son as que máis e mellor arrecenden de toda Galicia. O meu avó Aarón tenme contado infinidade de cousas, historias e contos dos máis incribles que vos podedes imaxinar: ensinoume como conseguir miñocas de aneis, que seica son as preferidas das troitas; explicoume a linguaxe das plantas, que seica resulta tremendamente difícil para os humanos; descubriume a receita dos pirulís de amorodo e chocolate, que seica facía a miña bisavoa Rocío. O meu avó Aarón contoume moitos contos de tesouros agochados, de troitas xigantes que ninguén era quen de pescar, de mouros que xogaban á estornela, de cruceiros que protexían igrexas, de piratas que loitaban pola paz nos mares, de animais que posuían nome de persoa e de persoas que tiñan nome de animais. Mais o que nunca, xamais me contou, a pesar da miña insistencia, é por qué non quere vivir comigo e cos meus pais na vila e prefire vivir, el só, nesa aldea perdida de nome tan gracioso. En fin, non me digades como o sei pero creo que esta súa decisión ten moito que ver con esa súa paixón pola Acacia Dealbata Link. Era o seu grande segredo. E para min era un grande misterio. Ante a miña curiosidade sempre dicía o mesmo: Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

42

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Cando fagas once anos, André. Contareicho aos once anos. —Aos once anos, ¿por que aos once anos, avó Aarón? —Porque foi aos once anos cando regalei o meu primeiro ramo de mimosas —respondeu coa mirada perdida nun retrato en branco e negro que penduraba da parede. É curioso, ata este momento, nunca reparara nesa vella fotografía. Tratábase dun grupo de persoas que posaban diante dun carromato. Semellaba unha familia. Vianse moi felices. Quixen preguntarlle ao meu avó por esa xente, pero vino tan exhorto que despedinme, sen dicir ren, dándolle un bico na meixela. Dun tempo a esta parte o meu avó amosábase distraído e moitas veces quedaba ensimesmado como se estivese mirando o retrato. Meu pai dicíame que non cansara ao avó, que o deixase tranquilo, que tiña moitos anos e que lle podía facer mal recordar; pero eu quería saber todo, absolutamente todo: ¿quen era a xente da fotografía?, ¿por que o avó prefería vivir, el só, na aldea? E, sobre todo, sobre todo: ¿que tiñan que ver as mimosas con todo isto?... II SANTA BÁRBARA BARBARIA O DÍA QUE cumprín os once anos, nada máis chegar da escola, díxenlle ao meu pai que me levase á casa do avó Aarón. Estaba sentado, nunha cadeira, baixo unha enorme árbore, á beira do Liri. Tiña a mirada perdida en azul e branco. Os beizos amosaban o seu estado de felicidade. Era o sorriso dun home de noventa e sete anos. Era a súa forma de darlle as gracias ao ceo. —¡Avó!, ¡avó!, —berrei mentres corria cara a el— ¡Xa teño once anos! ¡Xa teño once anos! ¡Quero que me contes...! Sen deixarme rematar a frase deume un bico e unha aperta e con bágoas nos ollos, díxome: —Senta aquí André, ao meu carón. Vouche contar unha historia que fala de mimosas e de dous rapaces, da túa idade, que eran moi amigos e tiveron que separarse por mor dun sino. E a continuación, vendo a miña cara de circunstancia, apresurouse a explicarme, con todo luxo de detalles, que un sino era unha campá, o axóuxere da igrexa. E principiou co seu relato... A historia que che vou contar aconteceu hai moito, moito tempo, nunha parroquia galega na que todos os seus veciños vivían, nunca mellor dito, atormentados. A aldea da que che estou a falar coñézoa moi ben. Chámase Liripio. Está situada nun outeiro, nas abas dunha montaña, dende onde se divisa o ceo máis azul de todos os ceos. Eu nacín baixo ese ceo e alí pasei os mellores anos da miña vida. Vivía nunha casiña de pedra ao carón da igrexa. Dende a bufarda da miña casa divisábase o mellor río troiteiro de toda a bisbarra, o Liri. E dende a ventá da miña habitación víase o cruceiro máis alegre de todo o concello. —¡¿Un cruceiro alegre, avó Aarón?! —interrumpín cun ton entre incrédulo e choqueiro. —Si. Verás, André. O cruceiro estaba dedicado ao noso patrón, o San Brais. Fixérao — segundo me contou don Genaro, o cura, moi posto nestes temas— un canteiro de Laxe que viñera traballar á catedral de Santiago. Cando remataron a obra da sé Compostelá ofrecéronlle traballo nas moitas igrexas que por aquel entón se estaban a construír na nosa comarca. Contan que cando estaba traballando nos capiteis do presbiterio da igrexa de San Lourenzo de Ouzande, no seu tempo de lecer, como era moi devoto do San Brais, subía á parroquia de Liripio e traballaba no cruceiro do adro da igrexa.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

43

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Un día, mentres esculpía os beizos do santo, escoitou repenicar o sino con tanta dozura que Manuel, que así se chamaba o canteiro, quedou a vivir para sempre en Liripio, e o santo quedou para sempre sorrindo. Ben. Pero continuemos coa historia, André. Os veciños de Liripio vivían con medo. Vivían atormentados pola grande cantidade de tronadas que, dende había un ano, sacudían á parroquia. As treboadas duraban horas. Ás veces días enteiros. Todos pensaban que o roubo do sino da igrexa era a causa dos trebóns; mais eu, meu netiño, estaba seguro de que as tormentas eran un castigo pola inxustiza cometida. —¡¿Tormentas?¡!, ¡¿Roubo?!, ¡¿Inxustiza?! —saltei coma un resorte— Non comprendo nada, avó Aarón. —Non sexas impaciente André; e escoita, presta moita atención. As tormentas comezaban decote da mesma maneira. Levantábase algo de vento e os papeis e as follas do adro da igrexa debuxaban con moita precisión tenues remuíños. Este era o sinal. Os liripienses corrían atemorizados cara ás suas casas. As treboadas producían, dende había un ano, moitas desgracias en Liripio. —Aarón —dicía Ramón, o meu pai— a tormenta vai empezar. Corre filliño. Métete na casa. De repente o ceo tornaba de color. A escuridade abrazaba á claridade, coma se a noite vencera nunha rápida loita ao día, e viamos, escondidos trala ventá do meu cuarto, unha forte luz branca, coma cando botaban os morteiros ao finalizar os festexos do San Brais. —¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!! A tormenta xurdía coma por arte de birle birloque. Mesmo asemellaba un castigo divino. Quizais —como lle escoitara dicir nunha ocasión a don Genaro— estaba próximo o día do Xuízo Final. —¡Que Deus a mande maina! —dicía miña nai facendo o sinal da cruz. E logo recitaba aquela pregaria que todos os liripiáns repetiamos de memoria, unha e outra vez, dende había un ano: Santa Bárbara, Barbariña vai xuntar a treboada que no monte anda espallada... Alá arriba ocorría todo moi de présa. As nubes atropelábanse; pelexaban unhas con outras. Era coma se no ceo dúas forzas antitéticas loitasen sen tregua por levar a verdade á Terra, a Liripio. —¡Aí está! Ese, ese é o Señor Lóstrego. Escoita ben Aarón —sentenciaba meu pai cun aceno de preocupación— ese é o perigoso. Nunca, xamais, te interpoñas no seu camiño. É moi forte, ataca ata que queda sen folgos; e é moi falso, primeiro cégate e depois vai por ti, sen piedade. O Señor Lóstrego, coma se do gume dunha navalla se tratase, foi quen de facer clarexar por un instante o ceo. ... Xúntaa ben xuntiña pásaa a Montevideo onde galo non cantaba nin paxaro chiaba nin boi bruaba... Mentres tanto, todos xuntiños, ficabamos enmudecidos. Despois de vermos ao Señor Lóstrego, saiamos correndo de detrás da ventá e poñiamos as mans nas orellas. Agora viria o que realmente me daba medo de verdade. —¡¡Bruuumrnm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!!. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

44

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

O seu resoar fora verdadeiramente estrondoso, mesmo fixera tremer o sorriso do San Brais. ...Pola gracia de Deus e da Virxe María un Pai Noso e unha Ave Maria —E, ese, Aarón —seguía a explicarme meu pai— ese é Don Trono. O irmán bo do Señor Lóstrego, que nunca o dá pillado e que lle berra para que non faga mal, para que se deteria. —¡¡Bruuummm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!! Santa Bárbara, Barbariña Vai xuntar a treboada que no monte anda espallada ... —¡Caeu preto do río! —sentenciou meu pai. Máis raios, máis tronos, máis vento, máis chuvia... A tronada estaba a atacar de novo. —¡Bruuummm!, ¡Bruummm! Xúntaa ben xuntiña Pásaa a Montevideo Onde galo non cantaba Nin paxaro chiaba Nin boi bruaba... —¡Bruumm! Cando o intervalo entre o lóstrego e o tanxer do trono aumentaba quería dicir que a treboada se alonxaba, pouquiño a pouco, ata desaparecer. ... Pola gracia de Deus e da Virxe María un Pai Noso e unha Ave María. O ceo quedaba entón con ese azul que só ten o noso ceo. A tranquilidade voltaba a Liripio. III AMORODO E CHOCOLATE —¿CANDO COMEZARON AS tronadas, avó Aarón? —preguntei intrigado. —Todo comezou cando don Daniel, o pedáneo, ordenou expulsar aos Montoya da nosa aldea... Pedro Montoya e a súa muller Rocío tiñan once fillos, dez rapaces e unha rapaza. Vivían, todos xuntiños, nunha pequena casa, no lugar de Mámoas, ao outro lado do Liri, lindando coa leira de don Daniel.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

45

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

O cabeza de familiar Pedro Montoya, ía de festa en festa, co seu carromato cheo de cousas incribles e fabulosas: papaventos, contos de piratas, zancos, filharmónicas, veletas, balóns de regulamento, miñocas de aneis, foguetes de colores. Tiña tamén uns saborosos pirulís; as larpeiradas facíaas a súa muller, dona Rocío. O pirulí ia sempre de regalo. Así é que todos, rapazas e rapaces de Liripio, devecían por subiren ao seu carromato, comprar algunha chilindrada e saborear, cos ollos pechados, os sabedeiros pirulís. Dona Rocío quedaba mirando fixamente cos seus grandes ollos de moucho e dicía: —A ti, Luis, vaiche gustar moito o de amorodo; e ti, Sonia, ti vas probar este de Pexego... Coñecín á única filla de Pedro o día que chegaron a Liripio. Tiña dez anos. Eu vira de cumprir os once, igual ca ti André. Era case tan alta coma min. Tiña unha fermosa cabeleira morena e a cara colorada, chea de pencas; os seus beizos debuxaban, decote, un permanente sorriso coma o do San Brais. Xuntos pasámolo moi ben. Á noitiña fomos ao carromato dos seus pais; e dona Rocío, despois de observarnos cos seus ollos de moucho, díxonos: —Pensade un desexo e pechade os ollos que as larpeiradas hai que saborealas cos ollos pechados. Cando levabamos un ratiño saboreando o pirulí, dona Rocío contou ata tres e o desexo debía cumprirse, sempre e cando déramos co sabor. —Un, dous, tres. Abrimos os ollos e berramos, ambos os dous á vez, con todos as nosas forzas: —¡AMORODO! —berrou ela. CHOCOLATE —dixen eu. E, mirando o un para o outro, botamonos a rir a cachóns. Amorodo e chocolate. AMORODO E CHOCOLATE. Que marabillosa, mestura, o desexo cumpriríase. Entre tantas emocións esquecemos de dicir cales eran os nosos nomes. Cando lle preguntei como se chamaba, miroume fixamente cos seus grandes ollos negros e sen parar de sorrir un só momento, contestoume: —Do dereito e do revés, ¿o meu nome é ...? E cando xa marchaba, de volta, para a miña casa berroume dende o outro lado da ponte: —E ti, ¿como te chamas, ti? Non era moi bo coas adiviñas pero lembreime do que contara don Genaro o outro día na catequese, referente ao meu nome. Así que non tiven problemas en espetarlle: —Chámome igual có irmán pequeno de Moisés... Quizais llo puxera moi difícil. ¿Difícil? En absoluto, ela resultou ser moi intelixente e non tivo problemas para descubrir o meu nome. Seguramente o mirou nalgún deses libros que o seu pai tiña no carromato. Eu, pola contra, estivera toda a noite matinando. Dándolle voltas e reviravoltas. Pensei en todos os nomes de rapaza que coñecía e nos que non coñecía. Era inútil. Tiña que ser igual do dereito e do revés. ¿Do dereito e do revés? Nada. Nin idea; nin remota idea. Á mañá seguinte fun correndo ata o outro lado do río e alí agardaba ela co sorriso nos beizos. —Ola, mago Aarón; porque, ¿chámaste Aarón, verdade? Mireina aos ollos. Estaba abraiado. E non sei como pero contestei: —Si. Chámome Aarón. E ti es Ana. Ana, a xitana. Queres ser a miña moza? —preguntei mentres pensaba que, quizais, Ana cos seus poderes de xitana, me convertese nun mago, o Mago das Palabras. Ese mesmo día viremos aquí, André. E neste mesmo carballo gravamos, cunha navalla, os nosos nomes: Ana a Xitana e Aarón o Mago das Palabras...

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

46

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

O noso amor estaba escrito na alma da árbore; xa nunca ninguén, ninguén, nos podería separar. O desexo do pirulí cumprírase, igual que a fresa e o chocolate, estariamos por sempre xuntos. O meu avó víñame de contar, xusto o día do meu cumpreanos, como coñecera á miña avoa. ¿Non vos parece marabilloso? Era realmente fantástico. Contoume todo: a que xogaban, por onde paseaban, as trasnadas que facían, mesmo cando se bicaron por primeira vez. Foi no mes de febreiro, polo San Brais, namentres a banda tocaba á saída da misa. El, axeonllado na grada do cruceiro, regaloulle un ramo de mimosas e pediulle que fose a súa moza. Ela, sentada na base co seu corpo apoiado no varal liso, contestoulle cun bico debaixo do nariz que sabía a amorodo e chocolate e que arrecendía a mimosas baixo a atenta mirada do San Brais que sorría máis ca nunca. IV O CORPO DO DELICTO PEDRO —SEGUÍA A contarme o meu avó Aarón— gustaba de contarmos moitos contos. Eran unhas historias coma as cousas que levaba no seu carromato. Eran unhas historias incribles. Contábanos como pescar as troitas máis grandes. Falábanos da linguaxe das plantas. Mesmo lembro un día que nos contou como no pobo onde nacera, no sur de Portugal, todas as persoas tiñan nome de animais e aos animais púñanlle nome de persoa. Nunca souben ben o por qué, supoño que Ile terían envexa, pero o caso é que algunha xente de Liripio non podía ver diante a Pedro e á súa familia. Estaban enrabexados, falaban mal dos Montoya, sobre todo o pedáneo, o señor Daniel. Dicía que eran pobres e era certo, mais eran ricos en felicidade. Comentaba que os seus fillos non ían á escola e era certo, mais eran intelixentes e educados. Murmuraba que non ían á misa e tamén era certo, mais sempre estaban dispostos a axudaren a todo aquel que o necesitaba. Acusábaos de ser xitanos e tamén era certo, mais estaban moi ledos e orgullosos de selo. Mira Danielito —díxolle un día meu pai ao pedáneo—, Pedro gáñase a vida honradamente e saca adiante á súa familia facendo felices a todos os rapaces de Liripio. E éme igual que sexa ou non xitano, ¿vale? Ao mencer seguinte ao festexo do San Brais, cando o sancristán foi tocar as campás, fíxose o descubrimento... —¿Descubrimento? ¿De que descubrimento falas, avó Aarón? O do roubo do sino, André. O sino, a campá, estaba considerada por todos os liripiáns coma unha auténtica reliquia, unha auténtica xoia; era a testemuña da antiga igrexa románica. O primeiro en chegar á igrexa foi don Daniel que, sen dubidalo un só instante, acusou do roubo sen ter ningunha proba a Pedro Montoya. A verdade é que os feitos sucedéronse moi de presa. Un grupo de homes encabezados polo pedáneo ordenaron de ir ata o outro lado do Liri e de rexistrar a casa dos Montoya, mais co único que se atoparon foi cos pirulís de amorodo e chocolate que estaba a facer dona Rocío. Ordenaron logo rexistrar o carromato, mais co único que se atoparon foi con todas as cousas incribles de Pedro. O Daniel dixo entón que seguramente tirara o corpo do delicto ao rio. —¡¿O corpo do delicto?! —remedouno con sorna o meu pai— ¡déixate de parvadas, Danielito...! Non tes ningunha proba contra el. ¡Déixao en paz! Pedro Montoya permanecía calado. Moi triste. Estaba desilusionado. Agora estaban ben naquela parte do río. Levaban vivindo en Liripio dous anos. El e toda a súa familia foron obrigados Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

47

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

a abandonar a aldea. Terían que marchar. Comezar de novo unha nova vida noutro lugar con outra xente. Ninguén os quería alí. Estaban acusados de roubar —como dixo o pedáneo— o patrimonio artístico da nosa parroquia. Pedro Montoya marchou coa súa familia ao seu pobo natal, no sur de Portugal, Caldas de Monchique. Nin tan sequera lle deron tempo a meter dentro do carromato todas as súas pertenzas. Tivo sorte de non ir parar cos seus ósos ao cárcere —berraban alporizados os veciños. —E ti, avó Aarón: ¿ti crías na inocencia de Pedro? —Por suposto, André. Eu estaba seguro da inocencia de Pedro. El non faría nunca nada así. Ramón, o meu pai, e outras familias de Liripio tamén o crían e intercederon por el diante da autoridade, pero era demasiado tarde; don Daniel tiña a decisión tomada. —A decisión está tomada Ramón. Non hai volta de folla, o mellor para Liripio é que marchen e punto. Ao atravesar a ponte cruzamos as miradas. Ía sentada ao carón da súa nai e dos seus irmáns. Ao xirar a cabeza, a súa longa cabeleira morena ondeou ao vento, os seu beizos seguían a debuxar un lixeiro sorriso coma se foran esculpidos por Manuel, o canteiro de Laxe, que quedara a vivir en Liripio; mais, os seus grandes ollos negros, herdados da súa nai, denotaban unha profunda tristura. Era terrible. Quizais non nos volveriamos a ver xamais. Entón, berroume dende o carromato: —Do dereito e do revés, ¿o meu nome é ...? —Escribireiche todos os días —dixen en baixa voz—. Verémonos axiña. Confia en min. ¿Lembras? Son Aarón, o irmán pequeno de Moisés, o Mago das Palabras. ¡Confia en min! ¡verémonos axiña! ¡Quérote! —berreille, agora, con todos os meus folgos, mentres dúas bágoas que corrían pola miña faciana deron lugar a unha nubarrada, que provocou que todos os liripienses corresen resgardarse. Dende aquela, día si e día tamén, padeciamos continuas treboadas. Os liripienses tiñan moito medo. Vivían atormentados. Preguntábanse se fixeran ben condenando ao ostracismo aos Montoya. O único que estaba seguro de obrar correctamente era Danielito, o pedáneo, que andaba moi ledo e fachendoso. —Non se fale máis do asunto, fixemos o correcto e punto. —Sentenciaba cada vez que un veciño lle amosaba dúbidas ao respecto. V NEVE AMARELA ENTRE TORMENTA E TORMENTA, entre carta e carta cara a Caldas de Monchique, foron parando as estacións, ata que chegamos de novo ao San Brais. Ía xustamente un ano que non vía a Ana e ía tamén, xustamente, un ano dende que Don Lóstrego —como dicía o meu pai— atacaba sen piedade Liripio. Tiña lista unha nova carta para Ana. Lembreime das mimosas. Polo San Brais locían un fermoso vestido amarelo. Seguro que en Caldas de Monchique non as habería. Gustaríalle moito. Meteríalle unha ramiña no medio da carta. Fun collelas ao lugar de Mámoas, á leira doutro lado do Liri, a que lindaba coa casa dos Montoya. Dun salto boteime enriba do valado. Tiña que darme présa. Estaba escurecendo e o vento principiaba a debuxar remuíños. Don lóstrego ía atacar de novo. Naquel sitio as mimosas eran as máis fermosas e as que mellor arrecendían. Si. Cortaría esa. A que se erguía por riba das silvas e das carqueixas. —¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!! Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

48

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

A tormenta atacaba de novo. Unha negra sombra cobre o día. Tiña que controlar o medo. Non me acordaba nin a pregaria. Voltaría rapidamente para a miña casa, meus pais estarían moi preocupados. —¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!! —¡¡¡Son Aarón, o Mago das Palabras, o irmán maior de Moisés e ordeno que cese a ....!!! Unha lufada pechoume de contado a boca e arrancou pola raíz a árbore das mimosas. Lévaas ao ceo, máis ala de onde se están a pelexar as nubes. Incrible. —¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!!, ¡¡Bruuumm!! Estou aterrado. Non son mago nin teño ningún irmán que se chame Moisés. Teño que fuxir... Foi entón cando apareceu, alí, no chan, xusto diante de min, un obxecto cheo de lama. Axeonlleime e limpieino, axudado pola forte chaparrada que estaba a caer e polo flamexar do vento. Tiña nas miñas mans a campá, o sino, o axóuxere da nosa igrexa. Quizais Ana, a Xitana, tiña razón e era mago de verdade. —E, ¿que fixeches avó Aarón? —preguntei entusiasmado polo novo achádego. —Corrín. Corrín como non correra na miña vida. Corrín empuxado polo vento ata o campanario. Subín as escaleiras de dúas en dúas, de tres e tres, de catro en catro. Don lóstrego continuaba ameazando Liripio. —¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!! Alcei a campá coas dúas mans e implorei ao ceo. Como acontecera cando descubrín o nome de Ana, as palabras xurdían da miña boca coma por arte de maxia: Tente trono tente en ti, que Deus pode máis ca ti. Santa Bárbara, san Simón pecha as portas ao trebón. Unha forte luz brillante cegoume un intre. —Nunca, xamais, te interpoñas no seu camiño, Aarón —dixérame nunha ocasión o meu pai —; é moi forte, ataca ata que queda sen folgos; e é moi falso, primeiro cégate e despois vai por ti, sen piedade. De seguido escotei un ruído enxordecedor. —¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!! Tiña unha sensación rara como se flotase. Mesmo semellaba que pasaba voando á altura do cruceiro. Escotei outro ruído, sería o Señor Trono, ese non ten perigo. Doíame todo o corpo. Queria pechar os ollos. Pareceume ver unhas folerpas de neve. Neve amarela no San Brais. A campá estaba a tanxer. As folerpas de neve amarela seguían a caer. Ana tiña razón, eu son Arón, o Mago das Palabras. Estaba moi canso. Escoitaba unha voz, é unha voz amiga. Era Ana que estaba a chamarme, con moito agarimo, quería ir pasear comigo. Seguía nevando amarelo e a campá, o axóuxere da igrexa, seguía repenicando, docemente, alá arriba, no campanario. —¡¡Bruumm!!, ¡¡Bruumm!! Pensei en Manuel, o canteiro de Laxe que quedara a vivir en Liripio. Pensei no carromato de cousas incribles dos Montoya. Pensei nas mimosas. Pensei no sino. Pensei en Ana. Pensei no bico de amorodo e chocolate. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei nas palabras de dona Rocío: as larpeiradas hai que saborealas cos ollos pechados; e pechei, pechei, pechei os ollos para poder saborear os pensamentos; e soñei, soñei, soñei coas primeiras mimosas do ano; e ...

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

49

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020 VI O ANO DAS MIMOSAS

—E... ¿QUE PASOU despois, avó Aarón? —Preguntei preocupado. —Pois pasou o que tiña que pasar querido André. Verás, espertei no meu cuarto. O primeiro que fixen ao abrir os ollos foi dicirlle á miña nai que era o Mago Aarón e seica preguntei polo meu irmán Moisés. A miña nai, claro está, comezou a chorar e a dicir que o lóstrego me trastornara os miolos. Despois, máis tranquilos, contáronme todo: que levaba cinco días durmindo, que me alcanzara un raio e que, por moi difícil de crer que fose, caera dende o campanario. Era un milagre que estivese con vida. Ramón, meu pai, non paraba de dicir que estas cousas non eran reais, só pasaban nos contos ou nos soños. Contáronme que estiveran caendo do ceo, durante estes días, boliñas amarelas dos acios das mimosas; todo Liripio arrecendía a mimosas. Dixéronme, asemade, que toda a parroquia estaba moi orgullosa de min. Contáronme como don Daniel, o pedáneo, confesara ser o autor do roubo da campá, como a agachara na leira da sua propiedade e como dende que o sino estaba no campanario non houbera máis tronadas. Foi, precisamente, naquel tempo cando os liripiáns comezaron a cantar dende o adro da igrexa: Campaiñas de Liripio Cando empezas a tocar, Nin que fosedes un feitizo; Vaise a tronada pro mar E, foi así, deste xeito, como se fraguou a lenda do sino. O sino do trono. A nova esparexeuse por toda a comarca e chegou a todos os recunchos de Galicia e de alén mar. A xente colleu unha grande fe nesta campá e facíana repenicar cando ventaban algún perigo. Solucionado o tema das treboadas, só quedaba arranxar a outra cuestión pendente. O novo pedáneo e todo Liripio pediríanlle desculpas públicas aos Montoya. Todos desexabamos que Pedro e a súa família voltasen de novo á súa casa, á beira do Liri. Querían que fose eu o que lle escribise a carta. Por suposto, fíxeno contando todos os pormenores do acontecido. Ao rematar deille un bico ao sobre e metinlle dentro unha ramiña de mimosas e asinei como Aarón, o irmán pequeno de Moisés, o Mago das Palabras. Fíxosenos de noite. O facho da lúa chea pousábase engordiño sobre o Liri e acendía as nosas caras baixo o enorme carballo que tiña gravado os nomes dos meus avós. Agora entendía porque meu avó Aarón non quería abandonar aquel lugar. O amorodo sempre ía co chocolate e, xa que logo, o seu sitio estaba alí, con Ana a xitana. O avó Aarón fixérame o mellor regalo de todos os regalos. Contoume a historia máis fermosa de todas as historias. Era a historia dos meus avós. Era a miña propia historia. —Avó Aarón: ¿En que ano ocorreu isto? —Pois déixame pensar, André. Foi... Foi, no ano.... agora mesmo non me lembro ben. Foi... Eu caseime coa túa avoa, Ana, no ano trinta e nove... pois, entón tivo que ser no.... —¡Non te preocupes avó Aarón! —díxenlle, sen pensalo dúas veces, coma se eu tivese tamén no meu poder a maxia das palabras—, eu recordareino sempre como O ANO DAS MIMOSAS.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

50

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

NOTA DO AUTOR: Nos primeiros días do mes de abril do ano 2000 tiven un fermoso soño. Era un soño deses redondos cun final feliz. O meu avó contábame un conto para que eu llo contase ao meu fillo. O caso é que, como adoita ocorrer con isto dos soños, ao espertar non me lembraba moi ben del; e quizais, por iso, comecei a escribir este libriño. Esta pequena historia, O ano das mimosas, está inspirada na lenda do sino do trono; lenda da parroquia estradense de Liripio. Os feitos aquí narrados, os lugares descritos, e as personaxes protagonistas son, totalmente, froito da imaxinación; e, seguramente, tamén, da necesidade que todos temos de facer realidade os nosos soños. Cando meu bo amigo Paco Lareo leu O ano das mimosas, veume a visitar e entregándome un sobre cheo de papeis díxome: —Xosé, este feixe de debuxos son para o teu soño. Ao introduciren no texto as colores, as paisaxes, as caras, o sabor a amorodo e chocolate e o arrecendo a mimosas, comprendín que Paco me fixera un magnífico regalo... Así era o conto que o meu avó me contou no soño para que eu llo contase ao meu fillo.

http://2.bp.blogspot.com/_U7iD1tTf6v8/SRngBvjsrOI/AAAAAAAACYk/KBnD2ZKU7gQ/s320/ O+ANO+DAS+MIMOSAS.jpg

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

51

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

MACEIRAS, Lourdes.MARIÑA Gústanos vir no verán a esta vila. Betanzos é moi bonito. Ten casas con soportais, prazas onde xogar, un río, e, se queres achegarte ao mar, tamén podes; nós, de feito, bañámonos nel moitas veces nas vacacións. Pero o que máis nos gusta do verán na vila son as festas. Hai unha feira medieval, feiras do queixo, a do patrón, San Roque, onde soltan un globo grande, grande... e despois del botan unha morea de fogos artificiais, que seica os traen uns fogueteiros de Valencia, onde teñen moito aquel para estas cousas, e que están moi adestrados por ter que botalos na súa terra durante as Fallas. Tamén temos unha romaxe na que unhas barcazas soben polo río ata un sitio onde hai moitas canas e que se chama Os Caneiros, alí paran, e todas as persoas que imos nelas baixamos a terra para pasear, xogar e esas cousas; despois volvemos subir ás barcazas porque o xantar é nelas, e máis tarde cantamos, bailamos e xogamos alí, coa música das gaitas de fondo; son moi grandes e dentro de cada unha cabe moita xente. E... hai moitos bailes e sitios onde xogar e comer xeados todos eses meses. Antes viviamos aquí, pero un bo día (mal día, segundo a que membro da familia se lle pregunte...) ao meu pai trasladárono no traballo; a miña nai, á súa vez, pediu cambio no seu, e fomos vivir, ante as protestas de nós os dous, a unha cidade do interior. Non queriamos, pero foi o mesmo ca se quixeramos; probablemente por iso gústanos volver no verán e, ás veces, tamén no Nadal e na Semana Santa. Para nós estas voltas supoñen tamén un reencontro coas amigas e amigos do noso ex-colexio, e un reinicio das actividades que deixamos pendentes dunhas vacacións a outras. —¿Onde quedaches coa panda, Amadeo? —pregúntolle ao meu irmán. —Mmmmmm... na praza do Campo, máis ou menos pola fonte de Diana. —¿Coas bicis ou sen elas? —Sen elas, que queren ir a non sei que do Centro Socio-Cultural. Mentres rebusco o libro que quedei en prestarlle a Uxía, o meu irmán sae mangado e, xa dende as esqueiras, berra. —Irimiaaaaa ¿ves ou que? —Vouuu... ¿E por que hai que saír correndo agora? Non obteño resposta; en parte porque xa estou baixando tamén. Vai un día radiante e aspiro profundamente o aire. Entrementres camiñamos cara á praza, vou pensando na fonte na que quedamos cos demais. Ten unha estatua de Diana, a deusa cazadora, en negro; non sei de que material está feita pero é moi bonita; fixérona en Francia aló polo 1866, imitando a fonte de Diana que hai nos Xardíns de Versalles, e que irei ver cando sexa maior. Tamén está na praza a estatua dos irmáns García Naveira, en branco, para contrastar (he, he...); parece ser que antes estaba nos Xardíns do Pasatempo, pero quedaron en ruínas durante a guerra civil que houbo en España hai cáseque setenta anos, e na posguerra fixeron unha desfeita neles, así que cando no pobo comprobaron que os irmáns seguían vivos, trouxéronos para a praza (¡non fose a ser!), que é moi grande e algo lle tiñan que meter dentro para enchela... digo eu... Levan feitas moooitos anos pero iso non é impedimento para que estean coma novas. —Mira, os tíos —dime Amadeo. ¡E xusto! Mesmiño diante do noso nariz, alí estaban a tía Lurdes e o tío Ánxel; levaban á pitufa, que é a nosa curmá máis pequena. Despois dos saúdos, bicos e preguntas normais nestes casos, a tía mirounos cun grande sorriso. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

52

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

—¡Que ben nos vides! Queriamos ir mercar uns mobles, pero igual lévanos bastante tempo miralos, ¿podedes quedarvos con Mariña un tempiño? —preguntou. "¡Oh, ceos!" pensei mirando para a nena e o meu irmán alternativamente...; el ollaba con desconcerto á pequena e víaselle cara de estar a piques de contestar: "¿Mariña?, ¿que Mariña?"... Mirámonos ambos e a resposta foi coma se nos puxeramos de acordo. —Si, claro, ¡sen ningún problema! Os nosos amigos axudarannos a coidala. Como nos pase un coche por riba e morramos de repente, iremos dereitiños ao inferno, por mentireiros... Se ben é verdade que a nena é moi tranquila, non colle perrenchas e non da traballo ningún, e ata nos atrae a atención dos demais cando imos con ela a algures. Quedamos cos tíos á fin da mañá na praza, ¡e alá fomos o trío!, na procura de Diana, con Mariña mastigando non sei moi ben que e enzoufada dalgún deses doces que lles gustan aos pequerrechos. Cando chegamos á praza, a parte da panda que xa estaba aló mirounos con curiosidade. —¿E esta quen ven sendo? —¡Dende logo!... ¡e que mercades cada cousa!... ¡Xa empezamos! Amadeo armouse de paciencia. —É curmá nosa. Os nosos tíos andan moi atarefados hoxe e pedíronnos que a coidaramos un pouco —comunicoulles. Así que empezamos a pensar que cambios tiñamos que facer nos plans para que puideran incluíla a ela. —¿Como te chamas bonitiña? —Aiña. —¿Aiña? ¿e ese que nome é? E, coma sempre nestes casos, tivemos que responder nós. —¡Mariiiiiña! —¿Mariiiiiña? —¡Non! ¡Mariña! En fin... —¿E cantos anos tes? —Güó. —Intenta dicir que dous —interviñemos xa nós antes de que preguntaran que iso que era—, pero non os ten, ¡e aínda lle queda!... Total, que as nosas primeiras intencións eran ir fedellar nun Obradoiro de elaboración de monicreques, ¡pero coa nena!... —Se fose ir ver un teatro de monicreques, aínda ben —dicía Uxía—, ¡pero ir confeccionalos!... —O que podemos facer —respondín eu— é entrar con ela e, segundo o que faga despois, ¡xa veremos con que a entretemos! Moción aprobada. Entramos disparados no Centro Socio-Cultural, que está nun edifico que hai nun dos lados da praza, porque xa se facía tarde. ¡Que mogollón de xente había dentro!..., persoas con cámaras fotográficas, a televisión... —¿Pero que pasa aquí? —e parei en seco no medio do rebumbio. —¡Ah, nada! —respondeume Antón, que ía ao meu carón. —¿Nada?, ¡pois menos mal!, ¡que se chega a pasar algo...! —É que hai unha conferencia —continuou el— dunha bióloga do Zoo de Barcelona para falar dos monos e de Copito de Nieve. Pero nós imos ao primeiro andar. —Pois entón hai que subir á nena porque... ¡a nena!, ¡a nena!, ¿onde está? Mariña desaparecera da nosa vista. Tamén nós estabamos divididos, uns xa subiran, outros estabamos abaixo, Amadeo miraba as cámaras de fotos con detemento... Tireille dun brazo con tanta forza que deu un brinco...

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

53

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Cando nos xuntamos a primeira subparte da parte dos membros da panda que andabamos por abaixo, quedamos en dúas cousas: ir buscar a quen faltaba e buscar todo o mundo á nena, que tiña que estar por alí porque non podía ir moi lonxe. Dentro da sala de conferencias escoitábase unha voz con tons flexibles. —... o problema é que os animais son imprevisibles, xa sei que tamén o son as persoas —risas entre o público—, pero aos animais, ademais de seren imprevisibles, non os entendemos nas súas expresións..., nin, probablemente, eles a nós... Por detrás da mesa e a cadeira da conferenciante había unha gaiola cun pequeno chimpancé dentro, que semellaba estar bastante aburrido, mirando a un sitio e a outro. O escenario tiña uns enormes cortinóns de cor granate. Os de diante estaban separados para deixar ver a escena que se desenvolvía nel, e os de atrás estaban corridos tapando a parede do fondo, deles colgaba unha pantalla na que se ían proxectando imaxes de monos e os seus hábitats. A ambos laterais víanse as cortinas que estaban alí e sobresaían. De socato unha meniña moi pequena saíu entre as cortinas laterais e achegouse á gaiola do mono. Ninguén a viu. A nena meteu o brazo entre os barrotes; o mono, que estaba sentado e seguiu sentado dentro, colleuno e tirou del, mirouno fixamente e achegou a man da pequena ao seu nariz,e, sen máis nin máis, empezou a lamberlla. Despois ergueuse, achegouse aos barrotes, meteu o fociño entre eles e comezou a lamberlle a cara. —... e pódense volver agresivos cando se senten atacados —seguía a conferenciante— aínda que nós non queiramos atacalos... A esas alturas xa se escoitaban berros polos corredores. —Mariñaaaa..., Mariiiiiñaaaaa... Un dos gardas de seguridade, que estivera axudando a organizar o acto, saíu da sala de conferencias a ver que sucedía fóra... Varias persoas, xunto coas rapazas e rapaces da panda, buscaban a unha nena pequena que se perdera. Como xa había xente dabondo alí e el estaba para outras cousas, volveu dentro da sala. ¡E foi cando a viu! ¡Horror! Nun recuncho do escenario a nena e o mono estaban nun cara a cara, e nunca mellor dito, só cos barrotes da gaiola por medio. Quedou xeado. Non podía moverse. Cando reaccionou algo, pensou en subir correndo ao escenario, pero os dous do recuncho estaban moi tranquilos e el moi alarmado... ¿E se, ao velo achegarse, o mono se alteraba e mordía á rapaciña? Lembrou cando lle dicían na academia: "A présa ás veces é esencial, pero outras veces é mala compañeira"..., e botou unha mirada ao seu redor. Alá diante, na primeira fila, xunto con outras autoridades, estaba sentada a Concelleira de Cultura. Foi falar con ela. Viuse subir ao escenario á Concelleira, por un lateral e moi discretamente; achegouse á gaiola do mono, argallou algo alí, non se vía o que, e desapareceu entre as cortinas dese lado. Cando nos xuntamos cos tíos Lurdes e Ánxel na praza e nos preguntaron polo comportamento da nena... —¿Mariña?, portouse moi ben, coma sempre. —¿E que fixestes en toda a mañá? —Eeeee... mellor volo contamos noutro momento, que agora agárdannos os amigos e amigas e quedamos en ir dar unha voltiña antes do xantar.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

54

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

MARTÍN, Paco.UN REGUIÑO NA TERRA CHA A Saleta e Manuel María

AO REGATO DO CEPELO A increíbel levedade da súa auga faise fidel espello pra levar consigo a miña imaxe: única eternidade que a piedade dos deuses me concede. Manuel María

Hai disto unha chea de anos, tantos que nin os tataravós dos máis vellos da Bisbarra chegarán a saber nunca dalgún seu devanceiro que tivese noticia do tempo no que se desenvolvera a historia que agora imos contar: Daquela á Terra Cha aínda non se lle chamaba por ese nome porque a vida das xentes transcorría nun espacio tan cativo que non permitía o coñecemento cabal dos límites dunha bisbarra e, ademais, tampouco non había naquela época poetas que puidesen deixar por escrito o fondo sentimento que a terra de cada un fai solecer na alma dos seus fillos. Por estas razóns, o rapaz de dezaseis anos que vivía, el só, ó abeiro duns cinsentos penedos, húmidos de mofo pola cumprida sombra das grandes árbores que os rodeaban, nunca pensara en lle dar nome ó lugar aquel nin podía imaxinar que outros chegasen a facelo algún día. El si sabía da terra, do seu tacto e mais do seu sabor, do arrecendo diferente de cada unha das herbas que nela medraban, das pegadas que garda na tona despois do paso dos animais, da súa harmonía plástica coa auga, do seu xeneroso ventre creador de froitos e tamén desa amorosa aperta final coa que permite a calquera ser vivo integrarse nela para sempre. E era saber abondo para unha persoa que se tiña que se valer soa desque se fora afastando dos demais compoñentes da tribo, en parte por vontade propia e en parte por causa daquelas inxustas actitudes de rexeitamento que, debido ó seu natural reflexivo e pouco violento -tan diferente ó do común dos rapaces do seu tempo-, provocaba sen dúbida nos seus semellantes. Pero el era quen a sobrevivir polos seus propios medios e non lle importaba moito o feito certo de que as súas relacións co resto da xente fosen escasas e moi illadas. Aprendera, só, a traballa-lo barro e a facer con el fermosas vasillas que eran moi apreciadas, especialmente polas mulleres, o que motivaba a visita ó seu abeiro de persoas que pretendían facerse con algúns cacharros por el fabricados trocándollelos por alimentos, ferramenta ou roupas. Non admitía xoias nin elementos superfluos porque estaba convencido de que toda a fermosura plástica era posible dentro das formas ás que se podía somete-lo barro traballado coas mans e el tiña que se superar día a día na súa arte. Así, a modo e sen moitas mudanzas, ía pasando o tempo ata que unha morna mañá de outono, cando as árbores da fraga lucían contra a luz o triunfo inxente de tantos matices na cor, chegaron a cabo do rapaz, precedidas polo murmurio xordo dos seus pasos entre as follas caídas, dúas mulleres ás que non coñecía. El soubo que non pertencían á tribo polo xeito que tiñan de se mover, polo estilo das roupas que vestían e mais por algo definido que tódolos seus sentidos chegaban a apreciar. Habían ser nai e filla. A rapaciña, algo máis nova ca el e de longos cabelos louros e ollos claros coma o ceo dun amencer de primavera, observaba atentamente e sen disimula-la súa

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

55

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

admiración as vasillas de diferentes formas e enxeñosa decoración. Cando ergueu a súa vista para fixala na do rapaz, este notou que algo novo e fondísimo asentaba para sempre na súa alma. Pouco falaron, que non eran tempos nos que o uso da palabra servise de camiño principal para a relación entre as persoas, pero si souberon de sentimentos e emocións que nunca antes coñeceran para poder imaxinar así a ilusión de soños futuros. E no intre de toma-la moza unha cunca enfeitada con debuxos de flores e ramallos que o rapaz lle ofrecía, rozaron os seus dedos e un estremecemento, ó tempo dorido e pracenteiro, percorría cada célula dos seus corpos. Marcharon as mulleres seguidas polo ollar anovado do alfareiro e, xusto antes da volta do camiño que se ía perder entre as árbores, virouse cara atrás a rapaza deixando vivo entre as cores decadentes do outono o relustro magnífico do seu sorriso branco. Volveu quedar só o mozo, mais agora gardaba dentro unha esperanza distinta e un fato de ilusións nunca sabidas. Comprendeu, daquela mesmo, que tiña que se poñer de contado ó labor para crear, coas súas mans, a máis fermosa vasilla que nunca ninguén fora quen a facer e poderlla ofrecer a aquela rapaza cando ela volvese. Traballou sen acougo, día e noite, sen atender ás xentes que a el acudían para se facer cos seus cacharros, experimentando novos feitíos e ornamentos, loitando para entrar no celme oculto do barro e afondar en cada un dos segredos que garda o lume, sempre cos ollos postos na volta do camiño que se perdía entre as árbores. Pasou o inverno frío, soleceu a terra coa chegada da primavera, murcharon as tenras herbiñas baixo a calor do verán e el seguía á procura da máis cumprida beleza que coubese na forma posible da arxila. Comezaban xa as follas a muda-lo seu verde vizoso pola dozura caduca dos diferentes tons do marelo cando o home viu recompensados os seus esforzos. Despois dunha longa noite de vixilia sacou de baixo da terra, aínda fumegante, a más delicada e fermosa vasilla que ninguén puidera imaxinar nunca. Quedou satisfeito e pensou que xa non lle quedaba outra cousa que facer se non era agardar. E pasou aquel outono, viñeron as duras xeadas e os días pequenos e ninguén aparecía polo camiño, cada vez máis perdido entre a maleza. Pasaron outros outonos e novas primaveras. Todo ía sendo diferente, mesmo a súa propia persoa, pero o remol da esperanza seguía aceso no seu peito. Certo que ás veces choraba sen desexalo mentres acariñaba entre as mans o galano gardado para a rapaza loura, e as súas bágoas, escorrendo polas meixelas, máis curtidas e engurradas a cada paso, ían caer, entrando pola delgada vinca, no escuro interior da vasilla. Tantas veces mudaran as follas a súa cor, tantas lúas de distinta feitura foran testemuña daquela eterna esculca ó antigo camiño da fraga que o home soubo que xa ía moi vello aínda que sentise, esmorecendo pero viva aló no máis fondo do seu peito, a mínima lapa que loitaba por alumar unha feble esperanza. Un serán de primavera o home morreu como morreran xa algunhas das árbores enormes que sinalaban o cabo da fraga, ensumíndose pouco a pouco e cos ollos, que xa non podían ver, fixos no lugar no que nun tempo houbera un camiño. Crebouse ó caer a máis fermosa vasilla que nunca fora feita e as bágoas nela gardadas discorrían docemente por riba da herba morna ata formar un regato pequeno que procuraba o seu camiño entre o mato. Este regatiño aínda existe. Non aparece nos mapas pero está sempre vivo nos ollos ilusionados das rapazas que senten agroma-lo amor primeiro e tamén nos íntimos versos de algúns poetas. Lugo, 1995

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

56

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

MIRANDA, Xosé.A BIBLIOTECA DA IGUANA (fragmento) VOCES Percorro as rúas baleiras e escuras sen oír os meus pasos nin o asalto frenético do sangue nos meus pulsos, nin o entrecortado e sufocado alento que loita por estourar nos meus pulmóns, nin o brado feble e ó final imposible que de min foxe só, inaudible chío, nunha burla agónica. As voces son máis fortes e non me permiten oílos. Percorro desnortado as rúas deshabitadas, baleiras, sen percibir o cheiro da miña suor nin o das innumerables bolsas de lixo. O seu fedor é máis forte e impídeme cheiralas. Non son nin as catro da mañá. Estou só, terriblemente só. Tan só que sobre min todo é escuridade nesta noite de lúa inalcanzable e baixo os meus pés non existe nin sequera a seguridade do asfalto. Fomos os últimos en saír do pub. Nalgunhas xanelas as cortinas xirgan os raios de luz, outras despídenos coma un fanal e a maioría están pechadas. Eles insistiron en me levar no coche, eu decidín ir andando. Entráranme unhas ganas súpetas de mexar. Mentres me achegaba a un muro oín o bruído do motor do seu auto afastándose. Despois, ó tempo que os ouriños baixaban coma un río pola rúa encosta, sentín na caluga un frío e a sensación inexplicable dunha presencia próxima que me fixo volverme con urxencia. Pero non había ninguén, só un coche que pasaba en completo silencio. Quedeime ollando para el coma un parvo. Ó chegar á curva, onde tiña que virar para seguir a rúa paralela á estación, seguiu recto meténdose no canellón sen saída que vai dar ós hangares e espetouse contra a parede sen a penas estrépito, porque ía moi a modo. Non saíu ninguén do seu interior. Achegueime por ver se lles pasara algo para comprobar unicamente que estaba baleiro e que se movera a favor da gravidade, caendo pola rúa abaixo. Sentinme inquieto porque o coche estaba pechado e ademais era o do meu amigo Rubio, que xa baixaba a grandes pasos de cara a min. —Non o entendo. Deixei o coche aparcado ás once cando subín á casa da Marga. Estivo alí todo o tempo, e agora, cando ía abrilo, bótase a andar sen que eu lle tocase —dixo, mentres retorcía nas mans a súa gorra. Un novo coche sen conductor esvaraba lentamente cara a nós. Apartámonos e deixámolo esnafrarse contra o muro. Rubio olloume en silencio, nun silencio excesivo, pero eu non podía evitar ollar noutra dirección, na dirección pola que viñeran os coches rúa abaixo. As luces das xanelas acendíanse e apagábanse intermitentemente e puidemos oír con toda claridade unha muller laiándose no seu leito, a grande distancia. Rubio puxo a pucha e abriu o seu coche. O freo de man estaba posto e a marcha atrás metida. O coche non acendía. As luces si. As luces acendéronse soas, como as do outro automóbil e as das casas. Rubio brincou do asento deixando as chaves e botamos a correr rúa arriba, aterrorizados. Un terceiro auto descendía ó noso encontro, bordeando a beirarrúa. Ó chegar á nosa altura parou, como convidándonos a subir. O meu amigo fixo ademán de coller o pecho, pero eu detíveno, agarrándolle o brazo. O coche estaba baleiro. Non había ninguén no seu interior. Sen embargo comportábase como o faría alguén dotado de intelixencia. Afastámonos uns pasos e o auto volveu andar, movéndose paseniño, case imperceptiblemente. Cando chegou á curva non seguiu recto, que era o que esperabamos, senón que a tomou e desapareceu pola esquina no mesmo intre no que se apagaban de novo tódalas luces. Rubio ceibou un urro grandísimo, que ecoou contra o muro no que estaban espetados os cadáveres dos autos e resoou moi lonxe, nas pedras doutro muro moito máis fenomenal e máis antigo que rodea a cidade. Entón acendéronse de novo as luces e unha voz, non Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

57

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

formada por palabras humanas nin por berros de animais, contestou ó seu berro. Contestou nun rosmido, nunha exhalación incoherente de sons guturais e voces entrecortadas, nunha poderosa aínda que apagada sucesión ininterrompida de palabras coma ruxidos ou grallos, e esa voz rouca e clara, esa voz tan distante que parece provir de moi lonxe, de debaixo da terra, atravesando ó seu paso as capas xeolóxicas e as augas e o pavimento, e tan próxima que parece xurdir do chan precisamente ós nosos pés, foce definitivamente a voz dun animal que pronunciase os nosos vocábulos distorsionándoos ata facelos irrecoñecibles, nun arremedo de conversa, ou a voz dun home que conversase coas palabras imposibles dos bechos, fiando verbas e compoñendo frases que significan algo, mais algo tan terrible que é mellor non sabelo. Abríronse tódalas ventás, pois todos a oíran, e cen rostros alarmados amosáronse nelas, coa pavura nos ollos, e mentres eu lisco espaventado e Rubio agáchase a recoller a pucha que lle caeu co arrepío, péchanse todas de novo, porque a voz non cesa e faise necesario poñer unha barreira contra o horror do incomprensible. Vanse outra vez as luces, mesmo as das farolas, e Rubio tropeza comigo na escuridade e rolamos ó chan acompañados pola voz que medra en volume e intensidade e ton, e faise máis apremiante e máis perentoria. Corremos, pois, desesperadamente, coma tolos polas rúas desertas, nunha fuxida negada, pois as estrañas palabras, que son coma as galegas pronunciadas pola boca dun can ou mellor dun paxaro, dun enorme paxaro de rapina, saen do chan onde estamos nós, sempre onde estamos nós, onde os nosos pés pisan, onde os nosos pés van dar o próximo paso, e a Rubio cáelle e vólvelle caer a gorra cada vez que se agacha a collela. Escapamos cara a ningures, cruzando rúas e quellas, collendo perpendiculares e paralelas, dando voltas ás cuadras e voltando ós mesmos sitios, ó tempo que seguen acendendo e apagando as luces cun ritmo caprichoso que non chegamos a dilucidar. A sensación de perigo faise máis e máis patente a medida que as voces se nos mostran máis cercanas e máis ameazantes. Dúas ou tres veces, cando nos é dado ver nesta confusión de claros e sombras, divisamos o Renault negro sen conductor dobrando unha esquina, xusto diante nosa. Ó cabo dun tempo, estamos de volta onde o automóbil do meu amigo, que nos olla pasar cos seus faros moribundos. A Rubio cáelle de novo a pucha e xa non se baixa a collela. Eu si que o fago. E cando me ergo, Rubio xa non está. Estou só. Ou se cadra non. Se cadra ségueme, acompáñame, alguén, algo, iso que fede a ludre como se habitase nas cloacas e fala ou chía interminablemente e achégaseme, iso que eu noto xa renxer no chan, coma tal un pequeno terremoto baixo as miñas botas. Antes, cando empecei o meu deambular frenético, tódalas olladas saían ás xanelas cando entrabamos nunha nova rúa ou pasabamos por un novo barrio; agora non, agora as voces son tan altas e tan insistentes que toda a cidade, toda a cidade, está xa avisada e todos están parapetados tras das contras, as persianas o as cabas. Sinto que se me aproxima un rumor xordo que alanca baixo as lastras, mentres eu corro sen sentido, e vén sumarse á pavorosa algarabía que agora xa non sei se procede do chan ou do ceo, pero que me é tan fiel canto unha sombra. As luces apáganse ó meu paso e acéndense detrás de min. Cruza pola esquina o Renault negro e párase a esperarme. Ábrese a porta. Por un instante creo que vai saír alguén, pero a porta abriuse para min. Quere que suba. Espavorecido, evítoo collendo pola esquerda o ollo atrás. Non o vexo. Pero os sumidoiros das cloacas e as bocas de rego estoupan sucesivamente contra min, segundo se aproxima o que me segue. Xa chega. Vencido, caio ó chan. Sinto tremer as lastras so os xeonllos. Diante miña estoupa o sumidoiro máis cercano e o ludre sae coma un vómito acadando as xanelas.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

58

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

NEIRA VILAS, Xosé.O CICLÓN Ti naciches moito despois, pero terás oído falar do ciclón do ano vinteseis, o máis fero que recorda a Habana, segundo contan os vellos máis vellos. Eu vivino hora por hora e case me fai recachar a mazaroca, como lles aconteceu ós meus compañeiros de tripulación. Aquelo foi unha desfeita. Voaban tellados, letreiros, árbores polo pé, chemineas, vigas, campanarios. E a zarracina de auga inundou vivendas a eito, encheu rúas e parques, e na riada ían e viñan mobles, roupas e cadáveres dos afogados. Afundiuse o iate presidencial e dous barcos de guerra; o central azucreiro Toledo derrubouse con toda a maquinaria; esbargallouse a estación do ferrocarril, e caiu coma un palloco a figura lanzal de Giraldilla, que coroaba a fortaleza real dende había máis de trescentos anos. Todo empezou cun balbordo teimoso e estarrecedor que encheu a cidade. O frade astrónomo do colexio de Belén avisou da catástrofe que se aveciñaba. O que vivían en lugares baixos ou en casas algo febles pecharon as portas e foron pasar o ciclón con parentes ou amigos que moraban entre paredes seguras. As ferreterías enchéronse de xentes que a toda présa mercaban cravos para reforzar portas e xanelas, ó tempo que arramplaban co que ía quedando nas tendas de víveres. Coma tantos, vivín eses días con moito grimo. Cando todo pasou fun sabendo... Oito paisanos morreron esmagados polo teito dun galpón portuario no que se cobexaran; un mariñeiro de Caamouco salvouse collido dunha táboa que o sostivo varias horas; outro, de Laxe, agatuñou polo pau maior dun viveiro para pasar a outro barco e perdeu a vida no intento. E logo o caso daquel barco fóra de uso, sen áncora e coa proa embicada nunha beira, convertido en cárcere a onde ían dar os estranxeiros condenados a deportación. Había nel un fato de putas francesas, que berraban na cuberta cando o calimbornio deu en moverse descontrolado, batendo aquí e alá e afundindo pesqueiros e homes. Tal foi a sorte negra do Cerdido e doutros. Voucho contando polo atallo, pois moitas máis foron as desgracias. Podo contalo porque o destino quixo que vivise e que me atope agora aquí, vello e xubilado, de palique contigo nesta praza de tantos recordos, de tantas conversas mariñeiras, de tantas historias de loitas e de naufraios, de esperanzas e derrotas. E inda non che contei de min. Aínda non che dixen como salvei da traxedia naquel malfadado outubro do vinteseis. Eu era pescador no Coruña. Chegaramos de Campeche na véspera, cunha boa marea de cherna. Eramos doce, co patrón. Todos estabamos a bordo, co barco amarrado na badía. A proximidade do furacán era noticia que rolaba de boca a orella e sentíase na calma chicha que viña do sur, do Caribe, e cubríanos a manta dun nubeiro mesto, sen cabo, e oiamos coma un balbor tremante. Pero rosmábase que o ciclón tardaría en chegar; que inda estaba lonxe. E por eso falei cos compañeiros e díxenlles que os deixaba por dúas ou tres horas para ir ó teatro Alhambra, onde viñan poñendo La isla de las cotorras. Nada apuxeron. E funme. E vin a obra. Ai, pero cando voltei xa non puden nin achegarme á Avenida do Porto. Entrara o ciclón e aquelo era un mundo de auga e vento. A xente berraba, e grupos de voluntarios, atados uns ós outros con cordas, axudaban o que podían. Agarreime coas dúas mans a unhas reixas do Club Marino e estiven varias horas enchoupado e aterecido, procurando que non me levase o vento. Recordo unha árbore arrincada polo pé, que case me esmaga, e un balcón que me caiu á beira, e o enorme letreiro de chapa que viña voando e que logrei esquivar. Cando aquelo foi pasando deixeime caír nunha poza de auga suxa. Estaba desfeito. Souben logo o peor: o Coruña afundírase e afogaran os meus once compañeiros. Chorei moito. Chorei sobre todo por Pepiño, o rapaz de trece anos que saíra ó mar por primeira vez, despois que eu falara coa nai para que o deixase vir. Teño coma un anoto que me atafega; doime esta sobrevida, este sentirme orfo de compañeiros. Eran todos de Redes, e cando a noticia chegou alá tocaron a morto as campás durante cinco días. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

59

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020 QUERIDO TOMÁS (fragmento)

Agora vexo ben o azul de alá endiante, onde o río dá a volta darredor do penedo. Vexo como se espalla ese rachón de ceo, esa guichola cinguida polas nubes viaxeiras. Tantos anos aquí, nesta aldea mortiza, dando por ollado e sabido cánto hai, hastra que caio na conta de que nada conozo. Todo é vello e novo ó mesmo tempo. Todo está e non está. E eu ando a beliscarme pra saber de min, pra ter a seguranza de que son e de que estou. Dende que se me deu por traguer as miñas cavilacións aquí, á orela da ponte, véxolle un novo anchor ó mundo e avivecen en min, en mestura de anduriña e toupa, uns degaros tolos de fuxir e un sono de pedra vella que se afunde maina e silandeira no miolo da terra. O río sigue no seu, coma fai catro ou cinco ou cen mil anos. Sigue rolando, moendo o tempo e luindo pelouros con feroce teimosía; badúa, ruxe, agurgulla en escumas, fura nas raiceiras, e eu vexo nel a vida, o alento de cada hora dándolle feitío á eternidade, e síntome cativa no arrimo desta orela, destas pedras carricentas postas polo xenio andeiro dos romanos. E a xente qué dirá, qué dirán os que pasan e me ven aquí unha tardiña e outra, cos ollos pousados na auga e no verdume dos árbores e da erba do resío. Qué pensarán desta muller, desta mestra solteira, corentesete anos cumpridos, solteira e soia, que remoi lembranzas e dalle ó beo do tempo matinando que as semáns do vrao non dan pasado e mellor fora que non houbese vacacións. Ou talvez non pensen nada, boas tardes tenga usté e acabouse, cumprido de rotineira, pois cadaquén anda no seu e non é pouco. Son eu quen maxina todo esto porque non teño outra urxencia que me abure, nin home pra atender e querer, coitada, nin vaca bruando, nin millo que apodreza, e avíome o mellor que podo, limpo a casa, poño en axeito as bonecas e sallo, cansa das paredes que me atafegan, e de «Chicha», a gata, e dos cazolos de cada día. Así vou mirrando, por fora e por dentro, voume ensumindo a por de cavilacións e de lembranzas, en renques de horas igoales e valdeiras, pedra que moi, rebola que achanza, e por veces teño ganas de sairme da carrileira e facer algo novo, algo que estoure e crebe as leis da boa crianza, do sorriso que acocha unha moura procesión de por dentro; algo que pode ser vivir cun home porque me peta, ou guindarme da ponte embaixo. iCalquera cousa! Pero vese que non podo, non, áchome coutada por lonxanos adibales que me non deixan sair do rego herdado... E agora choro, coitada, mentras a noite foi caindo sobre o canto das arráns e o ir e vir dos morcegos; choro e sinto noxo e acedume a causa de lle ter dado ó sarillo de tales ideas no maxín, todo porque me botei a pensar nos rapaces, deses nenos que se alonxaron de min por unha tempada anque siguen na aldea, vrao nemigo e soedoso. Voltarán en setembre á miña pobre escola, co rechoucheo de sempre, e outra vez serei aboa e nai de todos eles, e algúns non han de vir por teren cumprido os catorce anos, pero a vida sigue e terei darredor a uns cantos pequerrechos, noviños, de a e i o u por primeira vez. http://2.bp.blogspot.com/-8eJXNWwfve0/VF79s-tQQVI/ AAAAAAAAFvQ/tCkXh3u8Wa8/s1600/NEIRA-VILAS-WEB.jpg

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

60

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

QUEIPO, Xavier.O APAREAMENTO DOS ESCORNABOIS Na pereira que hai enriba do pío, mutilada polas podas sen sentido, polos temporais sen número, pola sevicia das estacións e as pragas, polos fungos e os liques incrustantes, hai sete escornabois machos e unha femia. Levado polo fastío ou polo interese (un nunca sabe), achégome ao seu pé chamado polo balbordo do combate entre dous machos. Cornos contra cornos e estralar de xunturas, coirazas contra coirazas de insectos erixidos en paladíns dun combate singular. Na fin, un deles gaña e o outro perde o desafío e o equilibrio, caendo sobre a herba recen cortada. O perdedor, logo de dous segundos de tanatocrese (simulación de morte), ponse en movemento na dirección do tronco da pereira. O gañador achégase á femia pola retagarda. Esta, allea a todas as demostracións de afouteza dos rivais, chucha na ferida que hai pouco fixera na codia da pereira. Chega o macho paladín e comeza o ritual da monta. Sitúase enriba da femia, que non opón resistencia, que segue a chuchar coma se a historia non fose con ela. O macho abre o seu abdome polo cabo posterior, extrae o seu aparello sexual e comeza cun discreto, case imperceptíbel, movemento rítmico de inxección de fluídos. Arredor da parella, un fluxo constante de formigas afánanse en libar o zume que sae da fenda aberta na codia da pereira Williams. Dúas moscas de abdome globoso da cor do amarelo limón, de ás e dorso xaspeados a xeito de camuflaxe, anoxan permanentemente ao macho, que teima no seu empeño e que, de cando en vez, as aparta coas súas patas articuladas rematadas en unllas poderosas como garfos pneumáticos, deseñados para servir de ancoraxe, para desgarrar estruturas, para facer dano ou proporcionar seguridade nos movementos en terra. As moscas chimpan nerviosas dun lado a outro, pero non abandonan o lugar. A cada tanto achéganse onde a femia e introducen a trompa no caudal que flúe da ferida da árbore. Os outros machos dividen as súas estratexias. Hai dous que ascenden pola mesma póla na que se está consumando o acto. Outro decidiu abrir as ás externas despregando as membranosas, coas que inicia un voo espectacular, manténdose no aire e desprazándose lateralmente, como cangrexo alado ou colibrí sen plumas. Dous máis permanecen estáticos, escrutadores, ancorados en dúas pequenas pólas situadas no alto, observando con aparencia desinteresada dende unha atalaia, esperando, se cadra, a súa oportunidade de fecundar á femia ou mergullados nunha tristura reactiva a unha derrota previa. Finalmente, o sexto macho desocupado ascende frenético por unha vía paralela á do lugar onde se desenvolve a coreografía sexual. A femia segue chucha que chucha na ferida da árbore. As formigas continúan con seus tráficos, sen inmutarse polas mandíbulas serradas da femia-cascuda, que non as usa contra elas. As moscas seguen amolando. O macho fecundador, logo de varios puxos, retirou o seu aparello sexual. No intre de o retirar un fío elástico, continúa unindo aos dous oficiantes (resístome a falar de amor por mor de caer na antropomorfización máis vulgar) ata que acada o seu punto de esticamento máximo e racha con violencia de fractura, retraéndose sobre o aparello sexual do macho e formando un botón glutinoso no seu cabo, coma se o que rachase fose unha fita de goma arábiga. Sen abandonar a súa posición enriba da femia, o macho xirou agora 180 graos o seu corpo, ficando coa cornamenta virada cara ao cabo abdominal da femia. Púxose así á defensiva, pois un outro macho ascendía se achegaba certeiro como un dardo con intencións de lle disputar a súa condición de exaculador privilexiado. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

61

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Chega o macho retador. Escoitase o ruído de coiraza contra coiraza, de torsión contra torsión, un crepitar que esperta a atención distante doutros machos, que agora se moven nerviosos. Engánchanse os dous contrincantes cos cornos facendo presa un no outro, agarrando cada un a base dos cornos do inimigo. Bambéanse intentando coller ao rival desprecavido. Repítese o crepitar das superficies quitinosas. Poderíase pensar que van crebar como láminas que perdesen a súa capacidade de deformación, que chegasen a un punto crítico onde se produce o estralar das superficies. Alternan movementos desesperados das patas, afincándose nas extremidades traseiras, cravando as unllas na codia da pereira Williams, movendo en remuíño os artellos e as tibias dianteiras, coma se braceasen nun fluído invisíbel. O máis poderoso (sempre hai algún máis habelencioso, non é sempre cuestión de forza), consigue erguer ao outro en peso, sostelo no aire en equilibrio inestábel e separalo da súa ancoraxe arbórea. So ten que se liberar dos cornos do opoñente. Por uns instantes semellan conxelados no espazo e no tempo, cunha inmobilidade tensa que antecede á resolución da liorta. O que perdera pé abre as súas ás externas e deixa despregar as internas, membranosas e fráxiles. Sepáranse nun embate brusco, convencidos do resultado. O gañador, esporeado non seus afáns, vaise cara á femia, que non abandonou en ningún momento o seu labor de esfuracar a codia da pereira. Móntase enriba dela, extrae o seu aparello sexual no cabo abdominal e penétraa por vez enésima, con ansia renovada. Un macho inmaturo, con cornos pequenos aínda para facer fronte aos seus adversarios conxéneres, achégase á escena do apareamento. De seguida é rexeitado polo macho montador cun certeiro golpe da tibia posterior esquerda, que o desequilibra e fai que caía ao chan, dunha altura de metro e medio. Queda ventre ao sol, paralizado. Diríase que está morto, ou cando menos impedido, pero logo de escasos segundos (non cronometrei, foi un experimento sorpresa) comeza mover as antenas e xa logo as patas e os cornos. Esvarando na relva, afincándose coas unllas nos gromos das herbas resecas, consegue virar o seu corpo a unha situación máis natural e ponse axiña en disposición de marcha. Dubida un chisco, permanecendo estático e, xa mesmo, comeza a súa marcha regular, a impulsos calculados das seis patas, usando das unllas e os artellos, da sincronía nos movementos e dunha forza esmagadora, de pánzer coleóptero, para ir retornar ao tronco da pereira, onde se desenvolve a acción que concita o seu interese reprodutor. Pasan así minutos e minutos de intensa actividade, de leas rituais entre machos, de exaculacións olímpicas (tres dos machos, por quendas acadadas logo de descabalgar ao adversario) conseguen ter relacións coa femia. Os outros catro, perdedores dos combates singulares, debátense nunha actividade axitada e ansiosa ou recuperan forzas e dignidade logo das feridas inflixidas aos seus egos de escornabois célibes. A femia non abandona nunca a súa posición e chucha e chucha sen parar, ben estea baixo o corpo coriáceo dalgún dos machos ou ben liberada da carga masculina. Nun momento de relaxación, ceiba polo seu cabo un chafariz dun fluído pouco denso, que proxecta en parábola ata o chan (¿pode ser merda? ¿a que cheirará a merda de cascuda?). As moscas continúan a chuchar na fenda que a femia fixera na codia da pereira Williams. As formigas, instauraron hai tempo un fluxo incesante, como camiño de peregrinación ata as fauces da cascuda femia. Relévanse con prontitude. Chegan. Lamben entre as mandíbulas da femia e dan paso a outras compañeiras de fatigas, mentres elas descenden (obreiras no seu destino de servas da comunidade) na dirección do formigueiro.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

62

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Pasou unha hora e vinte minutos. A miña atención foi distraída nos innúmeros combates e penetracións. Na aparencia dunha observación tranquila. O espectáculo non se pode clasificar senón dunha extrema violencia, de competencia voraz dos sete machos por fecundar a unha femia única. Son as 16.50 e a calor vai en aumento logo da pasaxe dunhas nubes de sombra que me permitiron resistir a pé de árbore. A auga cae no pío, delimitando un espazo de tranquilidade e lecer. A harmonía da auga sobre auga, o seu fluír constante e melódico, contrasta coa violencia ritualizada das escenas observadas. Regreso ao fresco da casa a durmir unha sesta necesaria. Vou cavilando nas forzas da natureza, no que levou a aqueles sete machos a se achegar á mesma árbore onde a femia escornabois chucha aínda sen acougo posíbel o fluído nutricio da pereira. Sei que mozo aínda, e para escándalo da miña parentela cronometrei o acto sexual dos escornabois. Falouse da conveniencia dunha visita ao psiquiatra. Eran xeiras duras, onde a diferenza estaba punida en exceso, (se cadra por temor ao meu futuro presentido como de traxedia e sufrimento, se cadra como manifestación de amor e protección desmedida da prole, agora o vexo máis claro) onde por calquera cousa te aconsellaban uns psicofármacos laminadores ou un impacto eléctrico e perturbador do metabolismo. Lembro que hai dous anos, nunha outra pereira como escenario observei un espectáculo semellante, aínda que daquela o número de machos era menor, só tres. ¿Será unha casualidade que as tres observacións pausadas que na miña vida tiven da actividade dos escornabois fosen sempre sobre a codia dunha pereira? ¿Será a súa escaseza actual resultado dunha diminución do número de pereiras? ¿Existe realmente unha diminución do número de pereiras no rural galego? ¿Ten algún papel evolutivo esta disparidade no número de machos e femias? ¿Existe unha disparidade na proporción entre machos e femias, ou se trata de observacións conxunturais e, por tanto, de corolario dubidoso? ¿Que vai ser dos machos que non fodan? ¿Poñeranse murchos de puro rexeitamento ou comezarán unha xeira de anomia social coleóptera? ¿Veremos antes a extinción dos escornabois ou a liberación sexual das súas femias poliándricas? ¿Non será toda esta historia unha parábola? ¿Ten senso escribir parábolas? ¿Tívoo algunha vez?

P. S . Este texto seleccionado forma parte dun traballo máis extenso, que progresa con lentitude de caracol, no que se recollen as observacións que nos meus cadernos hai sobre entomoloxía e botánica, sobre comportamentos animais e errores vulgares e crenzas erradas nas ciencias e na vida, que teñen como referentes maxistrais os traballos do médico inglés Thomas Browne e do monxe galego Xerónimo Feixoo e Montenegro.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

63

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

QUINTIÁ, Xerardo.OS PANTRIGOS DE ROSARIO De Rosario Fontefría marmulouse moito, antes e máis despois de finar; e casemente deu máis que parolar de difunta que de viva. Dela díxose de todo e cada quen foille engadindo o seu aquel ó que contaba sen saber se o que dicía era de lei ou viña do fume. Así medrou o conto como medredan as medas con cada mollo que se pon; así medrou o conto e así foi caendo ela na lengua da xente, xa dende ben noviña. Naceu coa mala, así viviu e así morreu. Foi filla de moza solteira e, ó pouco de saíres do berce, quedou orfa no mundo; no mundo daqueles tempos. A mai, a Virtudes de Candal, morreu de tuberculose. Acolleuna un tío seu, un irmao da Virtudes. Licinio de Candal, se chamaba; de quen se dicía ser o pai natural da nena, xa que polos tiguidillos da xente a pequena seica se enxendrara no pecado dos dous irmaos. Un mal home, o tal Licinio. Fraco e revirado, levaba a maldade pintada na cara. Deulle mala vida á pequena. Déulle a peor de todas as vidas habidas e por haber. Tróuxoa de casa en casa traballando por nada. Vendíaa ós homes por catro reás. Acabou con ela sendo unha nena, pouco máis ca unha nena. Todos acubillaban o conto como se o conto non fose con eles; pero todos, o que máis e o que menos en San Mamede das Corredoiras, levaba o pecado nos ollos. Aquel pecado de Rosario Fontefría. Así lle foi caendo a maldición sobre todos nosoutros. Xa os tempos, aqueles tempos, aqueles anos de despois da guerra, non eran moi doados de vivire; pra canto máis con aquel maleficio onde todos nos fomos vendo enguedellados. Os maleficios son así, vaise caendo neles sen case un darse de conta, e todos, todos, foron caendo; un por un. Non houbo quen tivese unha migalla de valor para arrepoñerse. Era máis doado deixarse ir que atallar e poñer as cousas no seu sitio. Ninguén dixo nada. O conto morreu e por moitos moitos anos de Noso Señor, Rosario Fontefría andivo de home en home coma se fose de todos; dende que era unha rapaciña ata os vintedous anos, ata aquel sete de Sanguán, cando a atopei enforcada das trabes do muiño, espida en coiro vivo e cos ollos abertos e cravados na desesperación. Houbo que interceder coa vontade de don Custódio pra que a deixase repousar no camposanto de San Mamede das Corredoiras. Fomos as mulleres e falamos con el. Pedímoslle e rogámoslle pola compasión de Cristo. E así, gracias ós ovos das galiñas de Fuenciscla Ferreira, e ós dous lacós do porco de Anuncia Celeiro, e ós dous sacos de fariña que lle levou Filomena, a do muiño; a vontade de don Custódio abrandou e permitiu que se fixese un buraco na terra do camposanto pra metelo cadavre de Rosario Fontefría onde estaban os outros cadavres de San Mamede das Corredoiras. _Pase que se venga enterrar aquí a esta pecadora del diablo. _Dixo don Custodio. _Pero de ninguna forma mi boca dirá palabra santa, ni misa, ni responso, que la alivie de las penas del infierno. _Aínda permita el cielo que así escornamentes, corvo do inferno. _Rosmou Anuncia de Celeiro entre dentes. Pero don Custódio nada oíu e, se oíu fixo oídos xordos, que pro caso todo é igual. Deu a volta e cada quen de nosoutras rezoulle o que sabía ou o que mellor lle parcese; pro o caso era non deixala soia naquel intre, que por moi pecadora que fose, ela nunca tivo razón do seu pecado e ninguén está libre de verse nunha mala hora e pra xuízo ben ha de chegar o que veña despois. E antes de irmos de volta a casa, despois de que cada quen lle rezase pros seus adentros, entre todas dixémoslle o Padrenuestriño Pequeno á i-alma pecadora de Rosario Fontefría. Escomenzou a Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

64

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

orballar unha chuvia disas pingonas, disas que choven miudiño e que te van mollando sen que te decates. Era o oito de Sanguán. As nosas voces enchían o silencio do camposanto e o mundo semellaba quieto, coma se deixase de camiñar. "Padrenuestriño pequeno polo ceo vai ruxindo, cantan galos, abren luces e os santiños levan cruces; mais no perdón colorado, vai Jesucristo enclavado. A sangre que del caía, caía nun cáliz sagrado. El hombre que la bebera, será bienaventurado. En este mundo será rei y en el otro rei coronado. O que esta oración dixere tódolos venres do ano quita una alma de pena e a súa dun gran pecado. Quen a sabe non a dice, quen a oe non a adeprende; pro día de San Juicio verás que conta nos tiene". Corría o ano corenta e poucos, pro corría tan pouco que nunca daba pasado... Éranvos tempos aqueles; tempos de fame loura pra todos nós. Tempos de marchar praló do mare e de ir percurar ás Americas o que acó non había. Os fillos íansenos cos soños no fondo dos pés e coa necesidá regañada nos dentes. Os homes, o máis deles, morreran na guerra, ou o que aínda era pior, volveran eivados. Así andaba o mundo, igual que os cas polas corredoiras, soio, desamparado e con cara de fame. O mundo, o probe mundo... Así era, aínda que agora non se crea o que se di; daquela o mundo somellaba un can de ollos mancados, regañando os ósos de porta en porta, con esa lástima coa que os cas andan dun lado ó outro, sen tan siquer acougo onde caeren mortos. Así era o mundo e así era a vida. O que máis e o que menos tiña a fame e o frío metido nos ósos. As cabezas da xente andaban cheas de pensamentos, de peollos e de mortos a quen lembrare, e ata a propia terra se volvera famenta e comía os frutos que había de comere a xente. Nin sementes había pra sementare, nin soños que durmire, nin descanso que descansare. O aire do ceo andaba enrarecido e a auga dos ríos levaba no seu espello a porcallada das nosas miserias de xentiña esquencida. Todo era unha penitencia. Máis como di alí, "que me dean un amigo, anque sexa nas portas do inferno". Un amigo é o todo. Eso ben se sabe. E a nós chegounos a salvación dende a porta dos infernos, ou de onde quixer que viñese, pouco máis ten; pro despois de morrer Rosario Fontefría a súa ánima deu en aparecer de casa en casa, deixando cestos de pantrigos nas soleiras das portas. _Vos calai, que esto non mo saben aló. _Dicíanos a ánima de Rosario Fontefría. _¿Pro onde estás, Rosario, no ceo ou no inferno?. _Perguntámoslle un día, aproveitando unha das súas aparicións. _No inferno, meus santiños, no inferno. ¿Onde había estar senón unha pecadora coma min?. _Díxonos ela, xa collendo outra vez o camiño cara o alén. _Pro Rosario, esto máis parce obra de Noso Señor do Ceo que do demo do inferno. _Dixémoslle nós sen comprender moi ben. _¡Hai meus santiños!, as obras non son do ceo nin do inferno. Namais son que de quen as fai. Asi que morra o conto e vos calai e comei. Xa virán tempos mellores. Así o fixemos, comemos e calamos. O conto morreu e a ánima de Rosario Fontefría seguiu vindo ás nosas portas, deixando aqueles cestos de pantrigos que tan ben sabían anque viñesen do forno do inferno. Con perdón de Deus Noso Señor, o caso era vivir aínda que fose axudados polo inferno. Mal como se puidese, ir indo hastra que nos chegasen aqueles tempos mellores dos que nos falaba a ánima de Rosario Fontefría, daquela gran pecadora que fora en vida.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

65

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

SÁNCHEZ, Gloria.A GALIÑA PEREGRINA Foi unha noite do día de Santiago. Na praza do Obradoiro esmorecían os últimos ecos dos fogos de lucería en honor do Santo. Unha marea de xente serpeaba polas ruelas da cidade deixando a praza solitaria e magnífica. Entón, como cada ano xacobeo, as pedras da catedral espreguizábanse dun soño vello e antigo e na intimidade da noite as figuras do Pórtico da Gloria, cobran vida. Hai un son confuso e agudo de cordas tensadas. Os 24 anciáns do arco central afinan os seus instrumentos, balorentos polo longo silencio de chuvias persistentes... —¡Atchísssssss! —espirrou un tanxedor de viola. Dende o outro extremo do arco respóndelle un ancián que abraza a arpa: —Deberías coidarte. Non vaia ser que te colla o mal da pedra. —Ou non —responde o primeiro—. O fume do botafumeiro que se me mete polo nariz. Non vou afacerme nunca. Pouco a pouco tódolos instrumentos van recuperando o seu harmónico dicir e unha grave melodía anega a friaxe do templo. Na parte superior das columnas, santos e profetas conversan distendidos uns cos outros. Os anxos baten as ás entumecidas trala quietude. Nos capiteis, dragóns, leóns e aves monstruosas latexan lentamente emitindo sons roucos e apagados. Só o Apóstolo permanece inmóbil. Apoiado no seu caxato, vai pechando as pálpebras. Arrolado pola música e o runrún das voces abandónase nun soño reparador. Hoxe foi un dia duro. Moitas visitas, peticións; tantos soños e angurias que os peregrinos depositan nos ombros deste Santo cativeiro. Nas basas, soportando o peso do Pórtico con outras feras, un oso farfalla: —¡Moita leria os de aí enriba! Mais se non fose por nós que termamos de vós, iades todos tomar vento. Ninguén repara nas arroutadas da besta. Cadaquén vai o seu. Santiago ronca con sutís asubíos. San Pablo arquea as cellas e menea a cabeza, porque non se pode concentrar na lectura. De súpeto o portón da catedral renxe sobre as suas bisagras. Alguén se achega. Todos gardan silencio. No Pórtico irrompe unha galiña case branca. Ten un aspecto lamentable; as patas inzadas de bochas sanguentas e as plumas da cola chamuscadas. A galiña avanza sixilosa. Dúas centas olladas furtivas seguen dende as alturas os seus pasos diminutos. —¡Señor Santiago! ¡Ei, Señor Santiago! San Pedro rompe o seu mutismo e co rostro irado dille: —¡Chssssssss! ¿Non ves que Santiago está a durmir? —¡Vaia ho! —responde a galiña. E abaixa a cabeza, contrariada. San Xoán con falas bondadosas pregúntalle: —¿Que é o que queres? —Falar con el. É un asunto persoal. Fixen unha longa viaxe para velo. —¿E como te chamas? —Galiña —responde ela. San Xoán consulta no seu libro de visitas e dille: —Ben cho sinto, pero aquí non figura ninguén con ese nome. —¡Vaia, ho! —responde ela. Daniel dende o outro lado pregunta: —¿Vés de moi lonxe? —Da Rioxa, de Santo Domingo... Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

66

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

—¿De veras? —insiste Daniel—. ¿Non serás ti a galiña de Santo Domingo da Calzada? —A mesma —responde ela. —¡Oooooooooooh! —no Pórtico todos falan á vez. Están sorprendidos pola visita de tan particular peregrina. —¿O que? —pregúntalle a Daniel o vello Xeremías, que está un pouco xordo e desmemoriado. —A galiña do milagre, ¿non se acorda? O velliño nega coa cabeza. Daniel levanta a voz e dille á orella: "Viñan tres peregrinos alemáns a Santiago e ó pasar por Santo Domingo foron durmir nunha fonda. O dono, que era moi ruín, meteulle unha copa de ouro no saqueto do fillo e pola mañá foino acusar á xustiza por ladrón. Prendérono e mandárono aforcar. Os pais marcharon moi tristes a Santiago e á volta comprobaron que o fillo, pendurado da corda, aínda estaba vivo. O xuíz non lles deu creto e comentou burlón: —O voso fillo está tan vivo como esta galiña asada que estou a piques de comer. Entón a galiña incorporouse da fonte e cantou: "¡cocorocó!" —¡Xa me lembro! —dixo Xeremías—, por iso se di: Santo Domingo da Calzada, onde a galina cantou despois de asada —¿Pero ti non estabas nunha gaiola dentro da catedral de Santo Domingo? —Estar estaba —respondeu a galiña—. Pero fuxín. No interior da catedral resoou unha voz Iastimeira: —¿Non podedes falar baixo? ¡Vaime estalar a cabeza! A galiña entornou os ollos con curiosidade. —¡Pobriño! —explicoulle Daniel—. É Mateo, o Santo dos croques. Tódolos que veñen á catedral deron na teima de pegarlle cabezadas... Un anxo botouse a voar e foille dar unhas fregas de á nos croquiños do home. Daniel retomou a conversa: —É unha viaxe moi longa para unha galiña —dixo. —¡Ou si! —respondeu ela—. E perigosa. Coches, coches, moitos coches; cans ceibes. Algún lampantín que me requería para facer caldo. O peor foi no Cebreiro, cos lobos, ¿ti sabes? ¡Oi eses fulanos! Só de mentalos reviríchanseme as plumas. Pero gracias a unha peregrina francesa que me meteu na sua mochila e me trouxo ata aqui. Entender non nos entendiamos; ela dicíame "mapul", pero penso que non era con mala intención. Eu agradecida púñalle un ovo tódolos días... A galiña interrompeu a conversa, mirounos a todos e dixo: —Eu teño que falar co Santo. É moi importante para min. —Non sei se será posible —engadiu San Xoán—. Nunca se deu o caso de que atendese a unha galiña, aínda que sexa a do milagre. San Pedro, que é un santo rabechudo e mexeriqueiro, berrou facendo bater as chaves no aire: —¡A quen se lle conte! ¡A ver se pensas que eu teño as chaves dun galiñeiro! ¿Onde tal se viu? ¡A señora galiña quere ir ó ceo! No Pórtico montouse un rebumbio de moito coidado. Todos falaban, opinaban, discutían; que se merecía tratamento de peregrina..., que se non pasaba de bicho aventureiro... Non había acordo. A cousa íase caldeando por momentos. Un dos leóns asoballados polo peso do Pórtico, con fame de mil anos, alongou a pouta e agarrou a galiña polo gañote. Esta emitiu un cacarexo afogado que ninguén escoitou, ensumidos como estaban na liorta dialéctica de se as galiñas tiñan alma ou non. Cando a fera estaba a piques de Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

67

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

engulipar a súa presa, un dos anxos trompetistas chamou a atención dos presentes soprando ata quedar sen folgos: —¡¡¡TURURÚUUUUUUUUUU!!! O Apóstolo pegou un chimpo no seu asento e espertou asustado: —¡Que está a pasar! ¿Acabouse o mundo? Entón decatouse do que ocorría e berrou con autoridade: —¡León! ¡Para quieto! Iso non está ben. A fera ruxiu, soltou a galiña e agachouse roñando baixo a columna. A pobre da pita arfaba espatarrada no chan. Pouco a pouco foise recuperando e exclamou: —Un pouco máis e non o conto... —E ben... —preguntou o Apóstolo que durmía cun ollo aberto—. ¿Que é o que me tiñas que dicir? A galiña acovardouse un pouco. Así e todo foi quen de dicir: —Verá, señor... Eu... pois... Que está moi ben que vostede salvase daquela ó peregrino inocente, mais a min... A min sen ter cometido ningún delito engaioláronme de por vida nunha catedral para lembrarlle a todos o seu milagre. Señor, as velas acesas non son o sol. Os cantos sagrados non falan do rumor do vento e da chuvia no inverno... Arriba de todo, no arco central, os músicos remexíanse inquedos nos seus asentos. O ancián que sostiña o organistrum preguntoulle o compañeiro: —¿Que foi o que dixo? —Que non lle gusta a música —respondeulle o outro incrédulo. —¡Non tal! —dixo a galiña—. Claro que me gusta o que tocades, mais no encerro ata o máis fermoso resulta o mais triste do mundo. Non sei se me entendedes... Santiago asentiu e indicoulle que continuase. Ela dixo: Señor Santiago, eu xa son moi vella e pouco tempo me queda de vida. Ó mellor resulta que as galiñas non temos alma e non hai un ceo para nós, nin tan sequera un curral limpo e soleado. Verá... Eu quería pedirlle unha cousa. Aínda que fose por un instantiño, por ver o que é... ¡Eu queria voar! De novo alporizouse todo o Pórtico. —¡Oooooooh! —¡O que me quedaba por oír! —refungou o santo das chaves. Unha das aguias soltou unha burlona gargallada que resoou en todo o templo. A galiña ruborizouse e abaixou o peteiro avergoñada. Aquela noite bailaron as bágoas nos ollos das pedras. A máis dun santo se lle fixo un nó na gorxa. Santiago pediu silencio batendo co seu caxato no chan. Inclinou a cabeza e as ás da galiña comezaron a remexerse: ¡tlap, tlap, tlap!, a axitarse nun movemento incontrolado ata que esta se atopou suspendida no aire. ¡Oooooooooooh! A galiña estreou o seu voo torpe polo interior da catedral dando cacarexos novos de alegría. Voou ata o Apóstolo, anicouse no seu colo e este acariñoulle a crista. Viron como se alonxaba voando coma unha pomba gorda pola Praza do Obradoiro. Seguírona cos ollos emocionados ata que se perdeu por riba do Pazo de Raxoi, por riba dos tellados da cidade de Santiago de Compostela. ¡Que teñas sorte, irmá galiña! Coa primeira luz do abrente as figuras do Pórtico arroupáronse de novo baixo o teso manto de pedra labrada. Foron calando os instrumentos, os murmurios, o bramido monótono das bestas. Só se escoitaba o repique do cicel do mestre Mateo gravando no pergameo do Apóstolo a seguinte lenda: Logo de feito o camiño a galiña voou Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

68

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

cal paxariño Cando tivo rematado o traballo, Mateo dirixiuse ó Apóstolo: —Señor Santiago, se fai que as galiñas voen, ¿non podería a min poñerme nun altiño, onde ninguén me pegue crocazos? —Xa falaremos, Mateo. Xa falaremos —respondeu Santiago. Mateo marchou amoucado a ocupar o seu lugar no templo. Ía rosmando polo baixo: —Xa falaremos, xa falaremos. Leva dicíndome o mesmo dende hai 800 anos...; que xa falaremos. ¡Cachis nos pelouros! A Daniel pegoulle a risa e mirou para outro lado. Unha raiola de sol petrificou por sempre o xesto retranqueiro do profeta.

https://www.xerais.gal/imgautores/10000527613.jpg

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

69

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

VÁZQUEZ, Pura.UN NIÑO PARA XÍLGAROS CANTORES I Dous xílgaros voaban por unha bisbarra moi pobre na que case non había árvores nin matos, senón tan soio campías secas, aínda que estabamos xa na estación da primavera. Eles xuntaban herbiñas secas e fiaños de lán, matinando facer un niño para poder por os ovos a xilgariña, que era noviña e fermosa, e traer no seu oco suave unha familia de xilgariños ó mundo. Os xílgaros chiaban contentos porque anceaban criar unha nova xeración de xilgariños, mais sentíanse inquedos porque non ollaban un lugar axeitado onde poder aniñar, e levar a cabo o seu desexo de traer fillos ó mundo. E puxéronse toliños a buscar o lugar mais axeitado onde a xílgara poidera aposentar, e por os ovos coa maior tranquilidade. No medio dunha pequena leira de trigo onde se abrían milleiros de bermellas mapoulas, atoparon unha casiña branca. Mais ó pé dela durmía un can de palleiro, debaixo dun pendello abrigado. A casa tiña un teito de palla e fenestras desde onde as crías dos xílgaros podían ollar a paisaxe, e aprender os primeiros rechouchíos. E coidando os reiseñores pais que aquela vivenda podía servir para facer nela o seu niño, rechouchiaron forte, revoando sobre dela, co que despertaron ó can. Iste espertou. So que o fixo de tan mal humor porque lle estropearan a sesta aqueles mal educados, que os paxaros quedáronse un tanto abraiados ó decatarse do enfado do cadelo, e dixéronlle coa maior humildade: - Amigo can, nos soio queremos facer un niño para que podan nacer nel os nosos fillos. Non atopamos onde facelo. -¿Déixasnolo facer tí no teu pendello? E o can, que tamén era noviño e aínda non sabía moito o que era a vida dos paxaros, respondeulles, voltando a pechar os ollos para durmir: - Eu deixaríavos, pero facedes tanto barullo que os vosos chíos e revoares non me deixarían durmir. A xílgara sentía mágoa e presa, e piaba, piaba. II Os xílgaros voltaron a voar polos arredores, axexando onde poderían deixar aquela cárrega que levaban nos seus piquiños. Cavilaron un intre si sería posible facer o niño na chaminea da casa, sobre ou baixo do tellado. Apousáronse alí, e preguntáronlle á chaminea si lles deixaba colocar o niño ó seu abrigo. A chaminea era xenerosa e amiga de facerlles favores ós paxariños sempre que podía. Ollou para eles e sintíu mágoa tamén, ó ollalos cansos e desexosos de deixala cárrega en algures para poder facer a súa casiña. Díxolles coa millor intención do mundo: - Irmáns paxariños, por mín podedes facer o niño aquí. Mais sabede que cando cociñan os amos embaixo, a fumeira que sae por ahí de seguro que acabaría afogando os vosos filliños. Pensádeo ben primeiro, e que haxa sorte. Por mín non ha de quedar. Os xílgaros viron que a chaminea tiña toda a razón, falaron entre eles o que millor lles conviría facer, e voltaron a espreitar polo arredor tratando de atopar unha mellor solución para o seu caso. Estaban xa tan tristeiros e cansos que non podían nin tan xiquera piar. Por mais que ollaban non vían onde poderían descansar, mais decidiron seguir adiante, non había outro remedio, e os oviños apuraban á xilgariña, coa presa por sair, abrir o piquiño para facer un sitio na casca, por onde poideran sair as crías que lles rebulían dentro. Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

70

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

Un galo moi presumido e orgulloso III Alcontraron un galiñeiro preto dalí, e viron as pitas e poladas que escarabellaban na terra quente do sol, que pegaba forte naquela primavera. Un galo mouro adoado con prumas de brillantes cores no pescozo e nas belas as, cantaba cada intre, erguendo presumido e orgulloso a alta cresta colorada: Co co ro có. Os paxaros faláronlle humildes ó que lles parecía o capitán daquil galiñeiro: - Señor galo ¿sería tan amable que nos deixara facer un niño nalgún recanto da súa fermosa propiedade? Pavoneábase o galo ó darse conta da súa importancia diante daqueles paxariños tan pouco ledos, que parecía que nin piar podían xa coa pena e o medo de non atopar remedio para a súa apremiante necesidade. O galo, ademais, non lles quería ben ós paxaros. Tíñalles unha grande envexa porque eles podían voar, e chamáballes, así, os donos do ar, porque il quería aprender a facelo e non lle saía, dando logo co seu corpo na terra se o intentaba, e tamén porque cantaban moito mellor ca il. E agora viñan e pedíanlle un favor. Nada menos que querían que lles deixase facer o niño no teito do seu galiñeiro. Pois apañados estaban, porque il non quería esas veciñanzas de sabe Deus cantos paxaros en cada niñada, que como inda eran moi novos, poderían traer ó mundo. - Non, -díxolles. A fé que non podo, meus amigos. As pitas, miñas donas, non poderían durmir, porque sodes moi madrugadores e cantades coma tolos desde a rompida do día. - Adeus, Capitán do galiñeiro, apresuráronse a dicirlle os xílgaros. Temos que seguir buscando. - Idevos logo, que teño que contentar as miñas galiñas. Non vaian a sair e facervos fuxir en estampía. Xa vos podedes ir indo e buscar noutro lugar. Co co ro có... E unha galiña que saía do niño onde puxera un ovo, protestaba tamén cacarexando: - Fora deiquí, lampantís, presumidos, vade a buscar a vosa vivenda por ahí, que eiquí xa temos niñadas e cativos dabondo. Un vagón parado que semellaba unha cárcere. IV Fóronse tristes os paxaros ó ver a pouca caridade que atopaban naquela terra. Chegaron a unha estación do ferrocarril. Coidaron que alí atoparían o acougo agardado, nalgunha árvore onde poideran apousar e cumplir os seus desexos e necesidades. Mais tampouco había árvores nin matos onde apousar a cárrega e poder descansar, senón aquil vagón parado que semellaba unha cárcere. - Meu amigo, aquí tampouco hai nada según parece, díxolle a xilgariña á súa parella, sen poder evitar un acento despeitado na súa voz. Case que xa non chiaba tan xiquera, e ollaban os dous, desconsolados, aquela tremenda soedade onde soamente o galo rachaba o silencio, así como as pitas cando puñan os ovos, e o galo cantaba de contento. Os dous xilgariños cavilaban que en algún vagón de aqueles que estaba estalando coa calor alí parados ó sol horas e días, poderían acaso vivir unha tempada, cando escoitaron un estronicio que viña de lonxe, acercándose. Ollaron para a vía do ferrocarril, e viron que era un deses mostruos que

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

71

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

se acercaba a onde eles estaban. Ollárono serpear coma un verme moi grande que se afataba avanzando e pitando, i enchendo de fume negro e tamén de ruído todo aquil lugar. Os paxariños ollábano surprendidos e asustados. A xilgariña, a pesar das súas presas por pór os ovos, afastouse chamando polo xílgaro: - Boa nola fixeron, meu amigo. Alixeira, e vámonos fuxindo apresa. Tampouco isto serve para os nosos filliños, posto que é peor que a chaminea aquela da granxa. Pacíficas vacas e ovellas, dín tamén non V Saíron de presa voando, e viron como o grandísimo verme voltaba a moverse e arrastrarse polas dúas ringleiras de ferros botando lume polos ollos e fume polas orellas das chamineas. Por fin chegaron a outra granxa moito mais grande que a primeira. Tentaron sorte, e acercáronse cun pouco de medo. Mais a primeira vista, xa comprenderon que por aquela banda non tiñan tampouco moito para escoller. Unha vaca pacífica pacía nas poucas herbas verdes que nacían maznidas entre toxos e xestas, polo monte. Preguntáronlle ó animal: - Dona vaca, non temos niño e queremos facelo aixiña, para por os oviños donde están a sair os nosos fillos. ¿Nos nos mostraría un lugar xeitoso onde poidan nacer as nosas crías? A vaca contestoulles pacíficamente, ollándoos con aburridos ollos: - Múuuuuuu. E déuse media volta e seguíu pastando mentres rosmaba polo baixo: - Olla. Velaí ós señoritos do mundo. Non contentos de poder voar e pasalo ben, tamén queren ter casa. Xa os xílgaros estaban parolando cunha ovella que aproveitaba as poucas herbas que ía deixando a vaca: - Ovelliña fermosa, ¿sabes dalgún corruncho onde nós poideramos facer un niño? Non temos casa, ovelliña, e os nosos fillos están a nacer. Queremos que sexa logo. A ovella ollounos mansurrona e seguíu comendo. Máis, dábanlle mágoa os paxariños, tan cativos e fermosos, e contestoulles: - Eu vivo nunha cortella coa vaca. Cecais no tellado poderíades aniñar. Pero o predio está cheo de ratos e donicelas, e poderían paparvos os fillos. Eso non vos serve. Non serve. Adeus. Mais antes de que os paxaros fuxiran, chamounos de novo: - Vinde. Vinde acá. Dareivos unha idea. Da outra banda da casa, hai un xardín. Cecais alí poidades atopar sitio. Os paxaros deron a volta á casa e viron un xardín pequeniño, cunha soa árvore e algunhas roseiras, margaridas e xirasoles. Refolgaron ledos os paxaros. Acaso niste lugar poderían descansar e logo preparar niño. Por fin, unha árvore nun xardín VI Unha árvore. Por fin. Atopamos unha árvore, falábanse os paxariños xa mais ledos. Achegáronse. Un espantallo grandísimo penduraba dunha das polas, vestido de trapos de vivos colores, coma para ir a unha festa. Ben se vía que o espantallo aquil era dunha casa rica. A árvore era unha cerdeira grande, e os froitos roxos penduraban cobizosos entre as follas. - Dona cerdeira, xa non podemos voar mais lonxe de cansos que estamos. ¿Poderíamos facer un niño nas súas ramas?, suplicáronlles. E a árvore brincaba ledamente xa que os ía a ter por viciños Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

72

IES “San Paio” TUI


Escolma

Día Internacional do Libro Infantil e Xuvenil 2020

e xa lles ía a dicir que sí, cando se decatou do espantallo que lle puxeran alí, e que mandaba tanto como a cerdeira. - Por mín, sí que podedes. Pero tedes que pedirlle permiso ó espantallo vixiante dos paxaros. - Señor espantallo, pregaron os paxariños, ¿poderíamos? - Xa vos ouvín, adiantouse a dicir o espantallo. Por mín tamén podedes facelo. Pero advírtovos que temos unha veciñanza de gatos famentos. - Xa non podemos mais. Non voamos case coa fatela. Estamos moi cansos, queixáronse as belas aves piando tristeiramente. Nesto saíu da casa unha nena belida e púxose a escoitar a conversa dos xílgaros, a cerdeira e o espantallo. Víu as herbiñas e os fiaños de lá que as aves levavan nos piquiños, e decatouse do que lles pasaba. E como era unha nena boa acercouse a eles, e díxolles: - Haber, hai moitos gatos. E famentos tamén están. Mais os gatos non suben ás árbores estando un espantallo pendurado del. Entón decídeme, ¿polo qué non han de poder facer o niño na cerdeira? E todo foi ledicia e alboroto VII Despois da sentencia da nena todo foi alboroto no xardín. - É verdade. É moita verdade, aplaudía a árbore de cerdeira, chea de ledicia por aqueles inquilinos de luxo que ían a ter. E o espantallo, contento de poder facer algo útil e darlle gusto á rapaza e ós paxaros, berrou, dando unha grande voltereta no ár: - Veña. Aixiña. Comezade escollendo a mellor pola para facer o niño. - A mellor e a mais belida, a mais alta, dixo a árvore. - No recanto mais abrigado, entre dúas polas, dispuxo a nena. - Pretiño de mín. Pretiño de mín, dicía entusiasmado o espantallo, dando as volteretas. Eu vos gardarei a todos e vos sacarei dos perigos. Gatos a mín... Bóooo. Ó fin, os xilgaros atopaban un lugar onde apousarse. Agarimo e amizade, e moito amor para facer a casa onde os fillos dos xilgariños virían ó mundo. Entre dúas polas, foron deixando as palliñas e os desfeitos nodeliños de lán, que colocaron cos biquiños os pais para facela cama mais branda. Trouxeron tamén soaves prumas, e todo o que un niño precisa para que sexa morno e quente. Cando o niño estivo feito, a xílgara puxo en cinco días cinco oviños feiticeiros, e logo deitouse sobre diles para lles dar a quentura necesaria. O espantallo removíase dunha a outra banda contra o vento i espaventaba a calquer gato larpeiro, que xa non se atrevía a gatuñar pola cerdeira enriba na presencia de aquil garda espantallo vestido con tantos colores. Chegaban ata o meio das ramas e relambíanse cobizosos ó mirar ó xílgaro revoar polas ramaxens, catando as cereixas maduras e velando a maternidade da súa compañeira, sempre cantando contento, polo arredor do xardín. Pasaron uns días mais, e os ovos fóronse rompendo. E cinco piquiños famentos abríronse dentro do niño, a piar, pedindo a comida que os xílgaros lles levaban, pais gozosos de seren xa unha leda familia de paxaros. A árvore sorría porque cargaba sobre dil con engado a casa e o contento daquela familia xilgariña. O espantallo axexaba e bailaba de contino, noite e día, para libralos de todos os perigos. A nena, ouvíaos cantar desde a súa cama tódolas mañáns ó despertarse. E así foron todos moi ledos e felices naquela campesiña primavera.

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

73

IES “San Paio” TUI


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.