Manuel María, adaíl da lingua nai

Page 1

Manuel MarĂ­a, adaĂ­l da lingua nai


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Índice MANUEL MARÍA, ADAÍL DA LINGUA NAI..................................................................................3 Carta a Víctor Luís Molinari............................................................................................................3 Galiza...............................................................................................................................................3 Non estou nun mundo de revelaciós................................................................................................3 Prego de descargos...........................................................................................................................3 Renunciade á vella lingua................................................................................................................4 A fala é comuñón e sentimento........................................................................................................4 A nosa nobre fala ten.......................................................................................................................5 Os nenos dos casinos.......................................................................................................................5 Breve manual para deprender para señorito....................................................................................5 O autor fala de si..............................................................................................................................5 Acuso á clase media.........................................................................................................................6 Canción para cantar todos os días....................................................................................................6 Canción para cando se escoita falar castrapo...................................................................................6 Agora os mozos galegos..................................................................................................................6 Esa multitude de homes...................................................................................................................7 Para atopar a terra............................................................................................................................7 Vivimos arrodeados.........................................................................................................................7 Non temos escolas en galego...........................................................................................................7 Tamén ás veces me pregunto que sería............................................................................................7 Un non sabe, nembargantes, que no seu sangue..............................................................................7 Canto ao idioma galego...................................................................................................................8 Guía para turistas non concienciados...............................................................................................8 Poema do alleado.............................................................................................................................8 Canto á colonización........................................................................................................................8 Poema Autocrítica............................................................................................................................9 Poema á Patria...............................................................................................................................10 Poema contra o silencio.................................................................................................................10 Balada aos poetas galegos..............................................................................................................10 Balada dos galegos folclóricos......................................................................................................10 Berro contra a expresión colonizante.............................................................................................10 A fala..............................................................................................................................................11 O televisor......................................................................................................................................11 Escola.............................................................................................................................................11 Dá noxo ollar aos galegos..............................................................................................................11 O noso idioma é a luz.....................................................................................................................11 A palabra........................................................................................................................................11 Entrega...........................................................................................................................................12 Sempre fuche fiel ao teu idioma....................................................................................................12 Aqueles fillos xenerosos e lúcidos.................................................................................................12 Proverbio da desolación.................................................................................................................12 Ignorante Devesa: ti falas un castrapo...........................................................................................12 O pobo que deixa perder a súa palabra..........................................................................................13 FONTES.............................................................................................................................................13 ANEXOS............................................................................................................................................14 I. Dous textos de Antón Riveiro Coello sobre a lingua.................................................................14 II. Dúas novas de recente actualidade sobre a lingua....................................................................14 III. A mensaxe da Directora Xeral da UNESCO...........................................................................15

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

2

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

MANUEL MARÍA, ADAÍL DA LINGUA NAI Carta a Víctor Luís Molinari (...)E escríboche en galego, pois son pobre. E en galego non se fala de finanzas Prego de descargos nin se reparten tampouco dividendos. Só o pobo -e son pobo- fala a nosa fala. ¿Como hei falar galego e deixar O pobo canta, chora, reza. E pide pan (...) que o falen os meus fillos? (in Mar Maior, 1963) Considere atentamente e logo xulgue: eu son da clase media, un señorito, veño de xente fina; Galiza no meu fogar, o galego somentes é o idioma que usan os criados. (...) (...) Galiza somos nós: En galego non se dan leises a xente e máis a fala. nin se publican -¡ouh vergoña!¡Se buscas a Galiza as cotizaciós das bolsas; en ti tés que atopala! (in Os soños na gaiola, 1968) o galego non se usa na radio -aínda que para os chistes, hai que recoñecelo, non vai mal-; tampouco se oi no “televexo”, Non estou nun mundo de revelaciós espallador de ciencia e de cultura. Non importa (...) Estou cos meus, que máis do oitenta por cento co meu pobo de labregos, dos galegos sigan usando de mariñeiros e emigrantes: o seu idioma: son brutás como o seu pan, e brutamontes (...) bebo o seu viño, O meu ideal é que en todo o mundo falo o seu idioma secular. se use somentes unha fala. Este é o único xeito (Fíxese ben en tantos galegos de estar co pobo: que están a deprender para señoritos, compartindo a palabra que noxo e que vergoña, que nos xungue e nos salva. ¡que desprezo! (Non comprendo como lles fai sentir o seu idioma.) se pode estar co pobo E se non está aínda convencido desprezando á súa fala.) -eu coido que si, que non será Soio a fala popular vostede testalán- mire a linguaxe -patria común, que emprega en Galiza a Santa Igrexa, fogar de todossempre nai amorosísima, pode gardar a sinxeleza, mestra infalíbel, a claridade destes meus versos gardadora fiel do seu rebaño. feitos para que (in Proba documental, 1968) batan e furen no corazón da miña xente. (in Versos para un país de minifundios, 1969)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

3

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Renunciade á vella lingua Renunciade á vella lingua que nos vén tan de lonxe, tan do fondo, luída con amor xeneración con xeneración, soporte do noso esprito, flor do noso sentimento, fonte da que agroma o cachón potente do pensar. Renunciade á vella lingua, a creación máis xenial do noso pobo, a cunca sacra que garda a fonda e total plenitude do noso ser. Renunciade á vella lingua, dádevos ás flamenquerías e os amos quedarán para sempre satisfeitos: veredes que ben vos han de pagar co seu desprezo. Renunciade á vella lingua, a fala nai, e seredes entón máis señoritos, seredes máis “castizos”. Renunciade á vella lingua -aínda que non sei como faredes para borrar ese escuro acento delatore quedaredes capados, sen as palabras precisas pra aquecer o corazón, para expresar de verdade o que vós sodes. Renunciade á vella lingua que dende séculos vén mamando o noso pobo e quedaredes envoltos, sulagados na tebra e na impotencia. Quedaredes mudos, sen a palabra que alumea e que revela. (in Versos para un país de minifundios, 1969)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

A fala é comuñón e sentimento A fala é comuñón e sentimento, historia compartida intimamente, sufrimento de todos, amor de cada un e tamén amor de todo o pobo, laio e canción, nai que nos abrangue e arrola, estrela milagreira que nos guía e fai que os nosos corazós latexen xuntos. A fala é a voz da terra e máis do mar, o vencello que nos xungue no tempo cos que foron e máis cos que han de ser. Desconfía, ¡ouh pobo meu!, estén alerta contra aqueles que deixan a túa falar e din que te aman. Quen non está contigo é teu inimigo, aínda que os seus beizos che mintan un amor que nunca alumou o seu corazón. (in Versos para un país de minifundios, 1969)

4

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

A nosa nobre fala ten

Os nenos dos casinos

A nosa nobre fala ten zunido de carballal e máis de onda; rumor de vento entre trigais e centeeiras; ritmo de arada, de esfolla, de sementeira, de sacha e de seitura; son de regueiro cristalino e puro entre penedos; sangue, pulso e latexo -vida xa eternizadade todos os galegos que foron, que son e serán. A nosa nobre fala ten chíos de paxaros, forza de trono, luz de alborada, tristura de serán e fondura de noite; garda o suor común nado do traballo dos que teñen sido pobo galego de verdade. Falala é afirmarse, ser fiel ás raigañas, esteo imprescindíbel para poder erguer un futuro de luz que merecemos. A revelación, o milagre a posesión e a comprensión enteira de Galiza somentes a pode dar a fala, a fondura comunicábel da palabra. (in Versos para un país de minifundios, 1969)

(...) Os nenos dos casinos son tan finos, tan civilizados que coidan que só os atrasados son os defensores namorados do idioma dos seus antepasados (...) (in Versos para cantar en feiras e romaxes, 1969)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

Breve manual para deprender para señorito (...) Tamén é comenente... Non falar galego endexamais (é idioma do pobo, moi vulgar)... (in Versos para cantar en feiras e romaxes, 1969) O autor fala de si (...) ¿Que queredes de min? Eu non entendo a vosa alma complicada feita co rombar dos aviós, dos autos, dos trolebuses e os tranvías. A vosa voz fría, feita con cemento e aceiro, corta como un coitelo, ten o ton que lle dan os altavoces, o timbre do voso proveito e nada máis. Tampouco vós me entendedes. Non queredes entender o meu idioma usado por labregos, mariñeiros, artesás e poetas. É inútil falar. Non é posíbel. Non xurdirá o diálogo... (in Remol, 1970)

5

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Acuso á clase media

Canción para cando se escoita falar castrapo

(...) Acuso á clase media... de vivir na súa terra desprezándoa, intentando borrar o seu idioma, asasinando o seu ser diferenciado... (in Remol, 1970)

Ollade esa antroidada: son galegos, xente do pobo, sinxela e moi normal. Olládeos, como un fato de borregos, falando o seu castrapo "tipical". Exprésanse nunha estraña xerigonza, van falando un idioma que non hai. E senten gran reparo, gran vergonza, en falar, como é debido, a fala nai.

Canción para cantar todos os días Hai que defender o idioma como sexa: con rabia, con furor, a metrallazos. Hai que defender a fala en loita rexa con tanques, aviós e a puñetazos.

Ollade ós moi paletos e cretinos ladrando o seu castrapo por aí, intentando ser lidos, cultos, finos imitando ós "castizos" de Madrí.

Hai que ser duros, peleós, intransixentes cos que teñen vocación de señoritos, cos porcos desertores repelentes, cos cabras, cos castrós e cos cabritos.

Eles, pobres, non poden ser culpados polo seu idioma, tristeiro i anormal. A culpa é de quen di: "Sede educados, que falar galego está moi mal..." (in Canciós do lusco ao fusco, 1970)

Temos que pelexar cos renegados, cos que intentan borrar a nosa fala. Temos que loitar cos desleigados que desexan matala e enterrala.

Agora os mozos galegos Seríamos, sen fala, uns ninguén, unhas cantas galiñas desplumadas. Os nosos inimigos saben ben que as palabras vencen as espadas.

(...) Agora os mozos galegos son... xentes que se avergoñan de falar a fala nai, que procuran esquecer a limpeza da auga orixinal, o recendo das froumas e da herba curada, a fraxilidade dos fentos, as flores das cerdeiras (...) (in Aldraxe contra a xistra, 1973)

O idioma somos nós, pobo común, vencello que nos xungue e ten en pé, herencia secular de cada un, fogar no que arde acesa a nosa fe. Hai que loitar, pois, coa deserción, cos parvos ignorantes burras quentes. Hai que afirmar a fala con tesón, defendela con uñas e con dentes. Hai que darlle ao pobo a súa voz pura. Quen nos quer sen fala, quer matarnos. Hai que defender a fala con mao dura pois precisamos da fala para salvarnos. (in Canciós do lusco ao fusco, 1970)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

6

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Esa multitude de homes

Non temos escolas en galego

(...) Esa multitude de homes ilustrísimos e ilustres que deu -e que aínda dáen abundancia a nosa terra, que fixeron a súa obra en lingua allea -é un pouco sospeitoso que usaran precisamente a lingua dos que mandan-, traizoaron a súa xente, ocuparon postos importantes, dictaron leises contra os seus, fixeron o imosíbel para borrar o seu acento imborrábel de galegos... (in Aldraxe contra a xistra, 1973)

(...) Non temos escolas en galego, nin xornais en galego, nin radios en galego, nin televisión en galego, nin case libros en galego. Os nosos deberes non están escritos en galego. Estamos fartos de escoitar sermós que falan de caridade e amor almibarado nunha lingua que non é, precisamente, a nosa lingua... (in Aldraxe contra a xistra, 1973) Tamén ás veces me pregunto que sería (...) Tamén ás veces me pregunto que sería daquel deus velliño que me desacougaba... era un señor moi serio, de longas barbas brancas... eu escribín un libro de pregos, para o meu uso, no que desnudei o corazón; agora ao cabo dos anos, decateime que perdín o tempo: aquel señor non escoitaba pregos en galego, soio entendía a lingua dos fariseos e dos ricos e había que falarlle nun latín macarrónico... (in Informe para axudar a alcender unha cerilla, 1973)

Para atopar a terra

(...) Para atopar a terra... Para decatarnos de quen somos, de onde vimos, para saber que aínda non morremos hai que procurar o suor, as mans encalecidas, a lama, a pobreza, Un non sabe, nembargantes, que no seu sangue a vella fala asoballada... ... Un non sabe, nembargantes, que no seu sangue (in Aldraxe contra a xistra, 1973) navegan aínda moitas paisaxes que están mortas, que se oi o rumor de moitos homes que non son, ... dos seus antergos que... Vivimos arrodeados foron luíndo o idioma que agora uso... (in Informe para axudar a alcender unha cerilla, (...) Vivimos arrodeados... 1973) de castrapistas... de bilingüístas... (in Aldraxe contra a xistra, 1973)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

7

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Canto ao idioma galego

Poema do alleado

Idioma meu, humilde, nidio, popular, labrego, suburbial e mariñeiro, que fas avergoñar ao burgués, ao señorío e ao tendeiro levas sangue do pobo e raigañas escuras que anuncian un día novo sen mágoas nin tristuras.

Son un bilingüista moi apaixonado, un colonialista ben colonizado. Teño lingua nai, e unha lingua pai e unha lingua filla que me marabilla. ... ... ... ... ... Son un alleado fino e progresista ben domesticado. ¡Son un castrapista como está mandado! (in Cantos rodados para alleados e colonizados, 1976)

Idioma proscrito, asoballado, soterrado, refugado, negado, como a pobreza e o delito, fala do emigrante e do maldito solo resoas nos lares das xentes populares.

Canto á colonización

Ti tes que rexurdir puro, poderoso, enteiro para erguer o noso futuro de pobo absoluto e verdadeiro!

Os colonizadores... amósanlles a desprezar, a segar, a rabenar, a arrincar, a matar, a enterrar, a borrar a súa cultura, súa e pura; a esquecer a propia fala facéndolles ver e comprender que é bruta e mala... (in Cantos rodados para alleados e colonizados, 1976)

(in Cantos rodados para alleados e colonizados, 1976) Guía para turistas non concienciados (...) A xente do pais é moi calada, humilde e resignada, exprésase en galego e en castrapo e a súa verdade non lle sae do papo. (in Cantos rodados para alleados e colonizados, 1976)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

8

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Poema Autocrítica TEÑO QUE RECOÑECER ANTES QUE NADA: a) A miña primeiraúnica lingua foi o galego. Somentes o galego. NINGUNHA OUTRA LINGUA QUE O GALEGO. b) Na escola alleante que sufrín non me deixei colonizar DEMASIADO. c) Cando me mandaron á cidade para que aprendera o bachiller a miña resistencia comezou a ter algún burato. ASUMO UNHA CONDUCTA NADA CLARA: 1) Logo, xa mociño, comezaron os versos proermealuarme e daquela principiei a exercer=practicar o meu castrapo. 2) Por mor de cultivar a vaidade e de paso gañar algún diñeiro -unha pobreza que, malamente, me daba para café e tabacopublique contos, artigos e poemas na fala na que fun domesticado. 3) Debo, así mesmo, tamén de respostar -pois son firmante=responsábeldun pequeno folleto e dun libriño escrito igualmente en estranxeiro. ALEGATO -NON MOI LONGO- DE DESCARGO: PROMETO QUE INTENTAREI NON REPETIR OS ERROS QUE DEIXO RESEÑADOS, NON QUERO DESCULPALOSDESCULPARME DICINDO EN VOZ BAIXA, MOI TRANQUILO: “os tempos que corrían eran malos”. AGORA TEÑO TODO CLARO. SEI CAL É O MEU DEBEROBRIGAMILITANTE QUE, EN XUSTIZA, LLE DEBO Á MIÑA PATRIA. (in Poemas para construír unha patria, 1977)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

9

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Poema á Patria

Balada aos poetas galegos

(...) a Patria faise día-a-díaintre-a-intre, esforzo a es-for-zo luíndo esta nosa fala que temos para entendernoscom-prender-nos, na que se dictarán as leises e se contará a nosa propia única-Historia-verdadeira, o idioma común que usamos e gastamos para escribir cartas, panfletos, programas e canciós... (in Poemas para construír unha patria, 1977)

É fermoso utilizar esta lingua nosa que se funde e confunde co noso propio sangue, usar esta ferramenta luída polos beizos dos devanceiros, palabras vivas que expresaron -e expresan- medos, alegrías, amores, dores, loitas e arrepíos. Falar sen pensar é tirar sen apuntar.(...) (in O libro das baladas, 1978)

Poema contra o silencio (...) Por eso chamo co meu verso a un exército de xílgaros cantores, a unha multitude de ríos rumorosos, a todos os ventos vagabundos e ás palabras comús do meu idioma -terracolonialismomaremigraciónacubillado e agachado nas aldeas, nos tristes arrrabaldos das cidades, no corazón das clases populares. Cómpre loitar contra o silencio; é preciso, urxente e necesario rematar co silencio dunha vez, recobrar as palabras unha a unha, facer con elas proclamas e canciós, primaveras de soños e de esperanzas, coiteladas de luz, voz verdadeira que obrigue camiñar á nosa patria. (in Poemas para construír unha patria, 1977)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

Balada dos galegos folclóricos O galego folclórico é castrapista, coida que o galego é un dialecto, un patois aldeán indigno del -niso acerta-, de expresar os seus “nobres e fondos pensamentos”, a súa cultura de revista alleada, de novela radiada, de xornal deportiva e televexo. Debaixo da silveira todo é pingueira.(...) (in O libro das baladas, 1978) Berro contra a expresión colonizante (...) O máis noxento que hai na creación son eses pais galegos que lles deprenden a falar aos seus fillos en español-castelán-castrapeado para colonizalos xa dende neniños e que sexan eivados toda a vida. Esta aberración conmove aos mundos, avergoña ás galaxias máis lonxanas pois é como arrodear a Galiza de 4 catrillós de bombas H. Diante de tales arrepíos cabe este interrogante puramente apolítico, feito dende a seriedade absoluta da miña carraxe fría e obxectiva: ¿cómo é posibel que estes traidores poidan alcender o motor do seu corazón, iluminar os faros dos seus ollos e ollar á súa patria cara a cara? (in Catavento de neutrós domesticados, 1979)

10

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

A fala

Escola

O idioma é a chave coa que abrimos o mundo: o salouco máis feble, o pesar máis profundo.

(...) A maior parte dos mestres moi tristeiro papel fan: ¡nada ensinan de Galiza e falan en castelán...!

O idioma é a vida, o coitelo da dor, o murmurio do vento, a palabra de amor.

Non me gusta a miña escola, nela todo me é estrano. ¡Eu son un neno galego e non un americano...! (in As rúas do vento ceibe, 1979)

O idioma é o tempo, é a voz dos avós e ese breve ronsel que deixaremos nós. O idioma é un herdo, patrimonio do pobo, maxicamente vello, eternamente novo. O idioma é a patria, a esencia máis nosa, a creación común meirande e poderosa. O idioma é a forza que nos xungue e sostén. ¡Se perdemos a fala non seremos ninguén!

Dá noxo ollar aos galegos Dá noxo ollar aos galegos que renegan da súa fala. ¡Somentes por ser a nosa temos deber de falala! (in Escolma de poetas de Outeiro de Rei, 1982) O noso idioma é a luz O noso idioma é a luz que ilumina o noso ser. ¡Renunciar á nosa lingua é semellante a morrer! (in Escolma de poetas de Outeiro de Rei, 1982)

O idioma é o amor, o latexo, a verdade, a fonte da que agroma a máis forte irmandade.

A palabra

Nós, de verdade, unicamente temos a palabra. Só a palabra verdadeira pode traducir a pecha Renunciar ao idioma e insondábel soedade do noso ser. é ser mudo e morrer. Só a nosa palabra. A propia. ¡Precisamos a lingua A que pertence á nosa lingua. se queremos vencer! A que amamos. A que usa, (in As rúas do vento ceibe, 1979) coñece e recoñece a nosa xente. Sen a palabra sería a pobreza, O televisor a miseria total, a impotencia a escuridade e o non ser. (...) Din cousas incomprensíbeis Mais hai quen manipula, forza, nun castelán a barbeito. retorce, desfai e prostitúe ¡A penas falan galego! o auténtico senso da palabra. ¡Non fan programas con xeito!... Hai quen minte. E aínda hai (in As rúas do vento ceibe, 1979) o frío, feroz asasino da palabra. (in A luz resucitada, 1984)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

11

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

Entrega

Aqueles fillos xenerosos e lúcidos

Andei a esculcar, ano tras ano, con atento e delicado ouvido, a voz de cada ser ou cada cousa: o cintilante sorriso do orballo, a sinfonía do día baixo a luz, a palabra sacramental dos ríos, a cifrada mensaxe das estrelas, os latexos da noite, o sutil pestanexar da rosa, o rumor das nubes camiñantes, o doce fluír do noso sangue, a animación de todo o inanimado. E podo afirmar coa boca chea: paisaxes, cousas e animais falan galego. Só en galego se pode comprender e posuír en total plenitude esta terra. (in Oráculos para cavaliños do demo, 1986)

(...) Aqueles fillos xenerosos e lúcidos reventaron as gorxas e os pulmós para que toda a xente comprendera a súa domesticación degradante, os seus signos de morte evidenciados en que ían esquecendo a súa fala e xa comezaban a ladrar na lingua imposta polos amos. Todo inutilmente. Esta tribo suicida está a alongar a súa lenta agonía alimentándose coa tristísima mágoa da súa propia, puntual destrucción como Saturno que devora aos fillos. (in Saturno, 1989)

Sempre fuche fiel ao teu idioma Sempre fuche fiel ao teu idioma, non traizóache nunca a caste túa; firme, ergueita e en pé deche exemplo de lealdade coa tarefa sagrada de vivir. O teu pudor non quixo nunca mostrarnos o secreto amor que, teimudamente, gardabas só pra ti. Pro nós ollámolo, con filial e delicada ollada: a súa brasa incendiounos. E o seu calor poderoso, emocionado, irrepetíbel, manterá eternamente acesa a chama ancestral do noso lar. (in As lúcidas lúas do Outono, 1988)

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

Proverbio da desolación (...) ¿A quen pediremos auxilio nesta angustia se a nosa xente anda renunciando á palabra esencial, a que lle é propia e, dun xeito suicida, asume e usa a lingua que lle dictan os alleos? (in Compendio de orballos e incertezas, 1991) Ignorante Devesa: ti falas un castrapo Ignorante Devesa: ti falas un castrapo absurdo e pintoresco máis ruín que estes madrigais desaxeitados e dis que non usas o galego polo enorme respecto que lle tés e que é mellor non falar a falar mal. Se o que dis é certo non hai dúbida que non debes abrir a boca nunca máis. (in Compendio de orballos e incertezas, 1991)

12

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

O pobo que deixa perder a súa palabra O pobo que deixa perder a súa palabra creada, herdada, usada, revelada, aquela que lle é propia e singular, a que é unicamente súa, está empobrecendo ó mundo e perpetrando o seu propio xenocidio. Ese pobo vil ollará aniquilada a súa lembranza e o seu nome indigno borrárase, sen máis, do universo: hai agresiós á beleza e ó espíritu que a vida non tolera nen perdoa. (in Os lonxes do solpor, 1993)

FONTES DACOSTA ALONSO, Marta, Construír unha patria. A poesía de Manuel María entre 1957 e 1977 in http://ruc.udc.es/bitstream/2183/13033/1/CC-107_art_14.pdf FREIXEIRO MATO, Xosé Ramón, Manuel María, adaíl e labrador do idioma in http://illa.udc.es/Repository/Publications/Drafts/1452502782662_Manuel_Maria,_adail_e_labrador _do_idioma.pdf GÓMEZ TORRES, Camilo, O tempo vital de Manuel María, A Nosa Terra, Vigo, 2005 MANUEL MARÍA, Obra poética completa I (1950-1979) e II (1981-2000), Espiral Maior, Opera Omnia, A Coruña, 2001

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

13

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

ANEXOS I. Dous textos de Antón Riveiro Coello sobre a lingua (...) Encántame o idioma e Compostela tamén está edificada sobre el, e iso fai que a percepción que eu poida ter da cidade sexa moito máis completa a través das palabras que a acariñaron durante tantos séculos. É unha lingua apegada á pel, ao alento, á alma dos que viven e viviron aquí. Miro de comprender a cidade coma un pracer estético, intelectual, e o idioma tamén forma parte dela. Gusto do galego, a súa resonancia esgotada e melancólica que o envolve todo nunha saudade antiga, escura coma unha oración. RIVEIRO COELLO, Antón, Os elefantes de Sokúrov, Vigo, Galaxia, 2015, páx. 154

(...) O home e a muller esfórzanse por me falar nun castelán tan deficiente coma o galego que emprego eu e que parece desconcertalos. Teimo para que me falen no seu idioma, e xustifican a súa negativa no costume. Sigo sen entender como é posible que un prexuízo se instale no inconsciente durante tantos séculos e esta xente exerza de galega como pedindo desculpas. Hai algo tráxico ao redor do idioma que escapa á miña comprensión. RIVEIRO COELLO, Antón, ibíd., páx. 165

II. Dúas novas de recente actualidade sobre a lingua

21/01/2016

O Consello de Europa insta “encarecidamente” á Xunta a protexer e impulsar o galego no ensino O comité de expertos do Consello de Europa considera que o 'decreto de plurilingüismo' entra en contradición cos acordos contemplados na Carta Europea das Linguas. http://www.sermosgaliza.gal/articulo/lingua/consello-europa-insta-encarecidamente-xunta-protexerimpulsar-galego-no-ensino/20160121151616044213.html

27/01/2016

O Consello de Europa encoraxa a Xunta a promover os medios en galego http://www.sermosgaliza.gal/articulo/lingua/consello-europa-encoraxa-xunta-promover-mediosgalego/20160127163201044378.html

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

14

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Día da Lingua Materna 2016

III. A mensaxe da Directora Xeral da UNESCO O tema do Día Internacional da Lingua Materna de 2016 é «Educación de calidade, lingua(s) de instrución e resultados da aprendizaxe». Este tema pon de relevo a importancia das linguas maternas para a educación de calidade e a diversidade lingüística á hora de avanzar na aplicación da nova Axenda 2030 para o Desenvolvemento Sustentábel. No Obxectivo de Desenvolvemento Sustentable 4, a Axenda 2030 céntrase na educación de calidade e a aprendizaxe permanente para todos con obxecto de que cada muller e cada home poidan adquirir as aptitudes, os coñecementos e os valores necesarios para chegar a ser todo o que desexan e participar plenamente na sociedade. Isto é algo especialmente importante para as nenas e as mulleres, así como para as minorías, os pobos indíxenas e as poboacións rurais. Así se reflicte no Marco de Acción Educación 2030 da UNESCO, unha folla de ruta para a aplicación da Axenda 2030 na que se fomenta o pleno respecto cara ao uso da lingua materna no ensino e a aprendizaxe e a promoción e preservación da diversidade lingüística. O plurilingüismo é esencial para a consecución destes obxectivos e para o logro da Axenda 2030 no seu conxunto, desde o relativo ao crecemento, o emprego e a saúde ata o consumo e a produción sustentabél e o cambio climático. A UNESCO outorga a mesma importancia á promoción da diversidade lingüística na internet, apoiando os contidos locais pertinentes e fomentando a adquisición de competencias básicas en materia de información e medios de comunicación. A través do proxecto Sistemas de Coñecemento Locais e Indíxenas, a UNESCO destaca a importancia das linguas maternas e locais como medios para salvagardar e compartir as culturas e os coñecementos indíxenas, que son grandes minas de sabedoría. O uso das linguas maternas no marco dun enfoque plurilingüe é un compoñente esencial da educación de calidade, que é a base para empoderar ás mulleres e aos homes e ás súas sociedades. Debemos recoñecer e promover este potencial para non deixar a ninguén atrasado e construír un futuro máis xusto e sustentable para todos. Irina Bokova http://www.un.org/es/events/motherlanguageday/2016/unesco_message.shtml

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

15

IES “San Paio”


Renunciar á lingua materna é semellante a morrer!

Biblioteca e Club de Lectura “Pedra do Acordo”

Día da Lingua Materna 2016

16

IES “San Paio”


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.