SPMARÇO/2023 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
PITTY
Roqueira se apresenta no Lollapalooza e celebra os 20 anos do lançamento de seu primeiro álbum, “Admirável Chip Novo”, com sonoridade e letras que se mantêm atuais
VIAGEM
As paisagens cinematográficas e arrebatadoras do Deserto do Atacama, no norte do Chile
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Hora H
Antes que o verão acabe: escolas de surfe na capital e no litoral paulista
Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior
redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)
Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Felipe Morais, Fernando Navas, Georges Henri Foz, Greg Estrada, IMS, Juliana Simões, Lucas Bicudo, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Stella Trigueirinho, Tecla Music Agency
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COMERCIAL comercial@29horas.com.br
equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Eduarda Delacalle (eduarda. delacalle@29horas.com.br), Giulia Barbastefano (giulia.barbastefano@29horas. com.br), Paulo Silva (paulo.silva@29horas.com. br)
Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br)
rio de Janeiro – Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br)
Jornalista resPonsável
Paula Calçade MTB 88.231/SP
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Agenda 29h
Viagem
A natureza, a gastronomia e as opções de hospedagem do Deserto do Atacama, no Chile
36 28 50
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Capa
Pitty comemora 20 anos de seu primeiro álbum com show no Lollapalooza
COLUNAS 06 26
INSTANTE FOTOGRÁFICO
Evandro Teixeira no IMS
22 24
HORAS DE VOO Novas conexões entre Brasil e França
BOM DE COPO Bares de vinho em São Paulo
BON VIVANT Vila Mariana se torna novo circuito gastronômico
RÁDIO VOZES Jards Macalé completa 80 anos
HORA LIVRE Crônica de Luiz Toledo
EVANDRO TEIXEIRA
CURADORIA SERGIO BURGI E ALESSANDRA COUTINHO CAMPOS
Pouco depois do golpe militar de 1973 no Chile, Evandro Teixeira – nascido em Irajuba, na Bahia – viajou para Santiago enviado pelo Jornal do Brasil. Suas fotografias revelam uma cidade sitiada, ocupada pelas forças militares. Entre os eventos registrados pelo fotógrafo, está o enterro de Pablo Neruda, primeira grande manifestação contra o regime do general Augusto Pinochet. Nesta exposição, no Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo, são apresentadas as imagens que Evandro produziu na capital chilena, em diálogo com registros feitos durante a ditadura militar brasileira, evidenciando a importância do fotojornalismo para a liberdade de expressão e o testemunho da realidade.
H hora
PESSOAS E IDEIAS | PASSEIOS | TURISMO | CULTURA
Flores no edifício histórico
ARTE As exposições imersivas e altamente tecnológicas tomam conta de São Paulo. Em cartaz até o final de maio, o coletivo internacional de arte contemporânea teamLab apresenta a exposição “Impermanente Flores Flutuando em um Mar Eterno” – com direção artística de Facundo Guerra – em dois andares do Farol Santander (22º e 23º). Durante o período de uma hora, flores sazonais projetadas em grandes painéis transformam-se continuamente à medida em que florescem e se espalham em um movimento que levaria o ano todo. A mostra inclui uma instalação em que a imagem não é pré-gravada e, sim, criada por um programa de computador que renderiza continuamente a obra de arte em tempo real. Assim, as reproduções daquele momento nunca mais poderão ser vistas.
FAROL SANTANDER: RUA JOÃO BRÍCOLA, 24, CENTRO. INGRESSOS A R$ 35
PESSOAS E IDEIAS
Obra revisitada
Bete Coelho traz a São Paulo peça baseada em ‘Ulysses’, do escritor irlandês James Joyce, e coloca em cena os desejos femininos
COM MAIS DE 40 ESPETÁCULOS NA CARREIRA, Bete Coelho é sinônimo de teatro. Um roteiro cativa a atriz e diretora quando se revela, em suas palavras, “necessário e urgente para nos ajudar na reflexão das transformações da nossa existência”. Sua nova peça, "Molly-Blom”, em cartaz no Teatro Unimed até o final do mês, carrega justamente uma narrativa repleta de contemporaneidade – apesar de pertencer a uma obra de 100 anos (“Ulysses”, de James Joyce). Bete também coassina a direção, ao lado de Daniela Thomas.
“Quis levar à cena uma das personagens femininas mais icônicas da literatura moderna. A adaptação para o teatro contou com a valiosa colaboração e os conselhos do último tradutor brasileiro de ‘Ulysses’, Caetano Galindo”, conta. O ponto de partida do espetáculo é o retorno de Leopold Bloom, interpretado por Roberto Audio, a sua casa após vagar por Dublin. Sua esposa, Molly Bloom (papel de Bete Coelho), já está dormindo, ou finge estar. Ele, exausto, entra na cama com cautela para não a despertar, e dorme. Nesse momento, ela começa a refletir sobre seu casamento, seu corpo, seus desejos – muitas vezes frustrados e proibidos para uma mulher do século 20 – seu passado e a infância, passando por memórias marcantes e pelas incertezas ou certezas deprimentes do futuro.
100 anos depois, essas angústias se mantêm atuais e persistem em dialogar com o público. “Impressiona o fato de que alguns temas abordados pela personagem ainda sejam motivo de espanto e tabu, ao mesmo tempo em que certos pontos são eternos, como o amor, as contradições, o desejo e a maternidade. O que se mantém muito moderna é a maneira como tudo isso é pensado, escrito e agora falado”, analisa.
Após o fim desta temporada, o desejo é levar a peça para outras cidades. “Eu, particularmente, adoraria entrar em cartaz na minha cidade natal, Belo Horizonte, e levar a Molly para a cidade onde ela mora, Dublin, ou onde nasceu, a península de Gibraltar”, compartilha. E o leque de outros projetos para o ano é amplo: “Estamos envolvidos com textos clássicos, contemporâneos, inéditos e até um bíblico!”
POR PAULA CALÇADEReduto do bom gosto
Um dos bairros mais nobres da capital, a Vila Nova Conceição oferece excelentes opções gastronômicas e para as compras. Com calçadas largas e arborizadas, as ruas são charmosas e valem a caminhada
Eataly
Maior centro gastronômico italiano do mundo, a rede tem 38 unidades espalhadas por diversos países. O primeiro Eataly da América Latina conta com um amplo espaço de 4.500 m2, mais de oito mil produtos, seis restaurantes, cafeterias, confeitaria, sorveteria e a maior adega latino-americana de vinhos italianos.
Tchocolath
Praça Pereira Coutinho
Cercada de verde, é um verdadeiro refúgio no meio do agito da capital. Muito limpa e bem cuidada, a praça dispõe de equipamentos de exercício para os adultos, parquinho para as crianças e área destinada aos pets. Para os leitores, há uma grande banca com diferentes títulos de jornais e revistas no centro do espaço.
Domingos Leme e João Lourenço
Se você ama passear pela rua Oscar Freire, nos Jardins, vai gostar de saber que a Vila Nova Conceição também abriga ruas recheadas de lojas de marcas famosas –como Iorane, Richards, Animale e Farm – ideais para percorrer a pé e fazer compras, além de salões de beleza renomados, como Marcos Proença, Studio Tez e Jacques Janine, e estabelecimentos voltados ao bem-estar, como o Spa L’Occitane. As ruas Domingos Leme e a João Lourenço são as mais badaladas nesse quesito.
Inaugurada em 1986 por Eliana Pasquali, a loja de chocolates artesanais tem como carro-chefe o pão de mel, que combina a receita original russa com especiarias e blend de chocolate ao leite exclusivo. O sabor do doce também está presente em diferentes produtos como bolos, biscoitos, bombons, trufas e sorvetes.
�F R. Antônio Afonso, 19, tel. 3842-5623. De segunda a sábado, das 9h às 20h; domingo, das 10h às 18h30.
CULTURA
As novas cores da República
Lojas de designers e estilistas nacionais se misturam a antigas agências de viagem e conhecidos restaurantes de prédio histórico de São Paulo
POR PAULA CALÇADE
AINDA É CEDO PARA AFIRMAR que a Galeria Metrópole, na Avenida São Luís, renasceu. Mas, após período difícil na pandemia, é visível o surgimento de novos espaços que preenchem o prédio modernista – projetado por Gian Carlo Gasperini e Salvador Candia, em 1960. São itens de arte, design, moda, além de livros, rótulos de vinhos e aulas de pilates e yoga – frutos da economia criativa de empresários e artistas, que recentemente voltaram a atenção ao edifício e à região.
A Transa 55, no térreo, é um exemplo. Com peças que destacam estampas únicas, da estilista Sara Beltrami, a marca propõe uma moda sem gênero e possui sua única loja física na Galeria. São vestidos, camisas, quimonos, calças e blusas em cores vibrantes. Nesse mesmo estilo autoral e colorido, a designer Ju Amora expõe seus autênticos bancos – com tons e desenhos muito brasileiros – e velas aromáticas, em sua loja no primeiro andar.
Ainda em meio à decoração repleta de brasilidades, a marca Paiol abriu sua terceira unidade também no primeiro andar da Metrópole. Focada em arte popular, a loja vende obras de artistas do Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas Gerais; da Ilha do Ferro, em Alagoas; xilogravuras de nomes como J. Borges; e esculturas.
E os livros ganharam espaço ainda mais cativo na Galeria. O Sebo IP, no segundo andar, destaca publicações de arquitetura, fotografia e design, e edições raras de clássicos da literatura nacional e internacional. Já a mais tradicional no edifício, a livraria e espaço cultural Tapera Taperá – no mesmo andar – propõe rodas de conversa e eventos que dialogam política, cultura e arte.
Em frente, o Instituto Socioambiental (ISA) inaugurou no ano passado a Floresta no Centro, loja que reúne peças
– como cerâmicas, cestarias e acessórios – de diferentes comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas do país. Logo ao lado, está a La Baguette, padaria artesanal que se dedica a pães de fermentação lenta e tradição francesa. Por fim, vale subir ao último andar para apreciar a vista na Prosa e Vinho, que exalta rótulos brasileiros nas prateleiras e apresenta uma pequena carta de taças para beber no local.
Acima, jardim de inverno da Galeria Metrópole. Roupas da marca Transa 55 e banquetas da designer Ju AmoraESPORTE
Caldos nunca mais!
Escolas de surfe na capital paulista e nos litorais norte e sul oferecem metodologias próprias, que podem até incluir aulas na piscina no meio da cidade
POR VIVIAN MONICCI
AS ÁGUAS DE MARÇO ESTÃO CHEGANDO
para fechar o verão, mas ainda dá tempo de aprender o esporte que é a cara da estação: o surfe. Para os moradores da capital paulista, ter aulas em uma praia não é uma tarefa tão simples, já que é necessário viajar para encontrar o mar. Mas, acredite, não é preciso pegar a estrada para se aventurar na prancha.
A escola Surfa-Sampa conta com unidades em toda a Grande São Paulo, litoral paulista e na cidade de Campinas. Os cursos duram de três a quatro meses e incluem treinos semanais em piscina e encontros quinzenais no mar – conforme o aprendizado de cada um –, sempre com profissionais da área
e metodologia própria. As pranchas e equipamentos de segurança são disponibilizados pela escola, que também é especializada em stand up paddle e bodyboard.
Caso tenha facilidade para descer a serra e aprender no mar, não faltam opções. No litoral sul, o Guarujá abriga a Surfistas para Sempre, localizada na areia da Praia do Pernambuco, que ensina os fundamentos básicos do surfe, long board, fun board, short board, bodyboard, stand up paddle, stand up surf, body surf e jacaré. Há, ainda, aulas de surfe adaptado, destinadas para pessoas com paralisia física, síndrome de Down, cadeirantes,
amputadas, com problemas respiratórios ou mais de 70 anos. Os equipamentos necessários para a prática estão inclusos nos preços das aulas.
Para quem prefere o litoral norte do estado, Ubatuba é sempre uma boa pedida. Fundada em 1995, a Escola Zecão de Surf fica na praia da Itamambuca e surgiu como um projeto social para crianças carentes na região. No método desenvolvido pelo famoso surfista José Carlos Maciel Rennó, mais conhecido como Zecão, em apenas duas horas de aula o aluno já consegue surfar sua primeira onda sozinho. A escola oferece também todo o material necessário.
Escola Zecão
Tel 12 3845-1021.
Aulas: a partir de R$ 150.
Surfa-Sampa
Tel 11 93066-4003.
Curso de surfe: R$ 320 (mensal).
Surfistas para Sempre
Tel 13 99787-5056.
Aulas: a partir de R$ 120.
O melhor dos dois mundos
Hotéis executivos ampliam suas atividades e seus espaços de lazer graças às mudanças nas viagens a trabalho nos últimos anos
POR VIVIAN MONICCI
A CONSOLIDAÇÃO DO HOME-OFFICE
fez surgir uma nova demanda: viagens de negócio com horários mais flexíveis e possibilidade de incluir dias dedicados ao lazer. O chamado “bleisure” – termo em inglês que é uma junção de “business” (negócio) com “leisure” (lazer) – sugere uma nova agenda a executivos em viagens, com mais tempo para descanso e turismo para além do quarto de hotel e das salas de reunião.
Inaugurado em 2020, o InnSide by Meliá São Paulo Itaim – primeiro hotel da marca InnSide by Meliá no Brasil – tem o bleisure como um de seus principais pilares. Localizado no Itaim, próximo ao Parque Ibirapuera, Jockey Club e Avenida Nove de Julho, o lugar oferece salas de reunião criativas, fitness center completo, lobby bar com música ao vivo e o restaurante saudável Bite Box, que facilita a vida dos executivos com o serviço “Grab & Go” (“pegue e leve”) de comidinhas rápidas e leves.
Outro hotel que aderiu ao conceito é o Canopy by Hilton Jardins, que em 2021 marcou a estreia da marca lifestyle na América do Sul. Com design inspirado na cultura local e grande incidência de luz natural, o estabelecimento inclui dois espaços para reunião, fitness center, rooftop, restaurante e bar. O hotel está próximo a pontos turísticos indispensáveis na capital, como Masp, Japan House, Parque Ibirapuera e Sesc Avenida Paulista.
Também nos Jardins, na badalada rua Oscar Freire e rodeado de lojas, galerias e restaurantes, o hotel
Emiliano preza pela exclusividade e sofisticação. Por lá, o hóspede tem à disposição 24 horas por dia um business center com workstations que garantem toda a estrutura necessária para trabalhar. Na hora de relaxar, o Spa Santapele é o refúgio ideal para cuidar da mente e do corpo. A experiência fica ainda mais completa com o Restaurante Emiliano, o Lobby Bar e o Champagne Bar e Caviar.
Para aqueles que preferem se hospedar em uma das principais regiões de negócios da cidade, o Sheraton São Paulo é uma boa escolha, pois está na Avenida das Nações Unidas. O hotel faz parte do complexo WTC, que conta com restaurantes, bancos, farmácia e casa de câmbio. No quesito lazer, não faltam opções: academia de ginástica, piscina ao ar livre, cabeleireiro, restaurante Dok, spa, bikes gratuitas e serviço de aluguel de carro.
Canopy by Hilton São Paulo Jardins
Rua Saint Hilaire, 40, Jardim Paulista. Tel. 11 3509-9610.
Diárias: a partir de R$ 750.
Emiliano
Rua Oscar Freire, 384, Jardins.
Tel. 11 3728-2000.
Diárias: a partir de R$ 1.950.
InnSide by Meliá São Paulo Itaim
Rua Jesuino Arruda, 806, Itaim Bibi.
Tel. 11 3704 4400.
Diárias: a partir de R$ 700.
Sheraton São Paulo WTC
Avenida das Nações Unidas, 12559, Brooklin Novo.
Tel. 11 3055-8000
Diárias: a partir de R$ 1.000.
De cima para baixo, fitness center do INNSiDE by Meliá São Paulo Itaim, rooftop do Canopy by Hilton Jardins, spa do Emiliano São Paulo, piscina do Sheraton São Paulo WTCCOMPETIÇÃO
Onde velocidade rima com sustentabilidade
Sambódromo e área em torno do Anhembi recebem este mês uma das etapas literalmente eletrizantes do circuito mundial de Fórmula E, com a participação de dois pilotos brasileiros
KIKE MARTINS DA COSTA
NESTE MÊS, O CIRCUITO MUNDIAL DE FÓRMULA E terá uma prova aqui no Brasil pela primeira vez em sua curta história. A principal competição entre carros elétricos do planeta, que já está em sua 9ª temporada, realiza no dia 25 seu primeiro E-Prix brasileiro.
O público paulistano terá a oportunidade de ver de perto o futuro do automobilismo e da indústria automobilística, com os ultra-eficientes carros Gen3 – ainda mais leves, velozes, tecnológicos e sustentáveis que os seus predecessores. Eles vão mostrar toda sua potência pelo traçado de 2,8 km, que tem a passarela do Sambódromo como sua grande reta.
Muito mais do que uma simples
série de corridas, a Fórmula E é uma experiência cheia de entretenimento e energia. Além de acompanhar a disputa na pista, os espectadores podem ainda se divertir na Fun Village, onde funciona a arena de games (com simuladores e outros brinquedos), acontecem os shows musicais e fica a Praça de Alimentação.
A competição reúne grandes e poderosos players – como é possível ver nas marcas que estão por trás das principais equipes: Jaguar, Porsche, Maserati, DS Citroën e Nissan. E dois pilotos brasileiros brilham nessa temporada da Fórmula E. Desde 2014, o paulistano Lucas Di Grassi (que já correu na F-1 no ano de 2010) é um dos principais nomes da
categoria, tendo se sagrado bicampeão em 2016 e 2017, a bordo dos bólidos elétricos da Audi. Atualmente Di Grassi corre pela equipe indiana Mahindra.
O outro brasileiro é o mineiro Sérgio Sette Câmara, que fez sua estreia na categoria no ano passado pela equipe Dragon, mas agora ocupa um cockpit da equipe chinesa Nio333. Sette Câmara tem apenas 24 anos, mas já foi tricampeão brasileiro de kart, participou por cinco anos de provas da F-3 e da F-2 na Europa e, em 2019 e 2021, atuou como piloto de testes e desenvolvimento das equipes McLaren, Red Bull e Alpha Tauri, na F-1. “Estou muito feliz por ter a oportunidade de competir no Brasil. Eu sou um cara que dá muito valor à família e aos amigos e, desde muito cedo, mudei para a Europa e vivo sozinho com meus compromissos do esporte. Competir ao lado das pessoas de que gosto e, principalmente, com a energia da torcida brasileira será algo especial e que está me motivando muito”, avisa o piloto.
POR 2023 Julius Baer E-Prix de São Paulo Avenida Olavo Fontoura, 1.209, Santana. Ingressos de R$ 150 a R$ 375.Se jogue nas incríveis atrações de Cunha
Estrutura turística dessa cidade a cerca de 200 km da capital ainda tem muito a evoluir, mas possui formidáveis diferenciais, como suas incontáveis cachoeiras e seus fascinantes ateliês de cerâmica
NO MEIO DA ANTIGA ESTRADA que ligava
Ouro Preto a Paraty, a cidade de Cunha sempre foi vista como apenas mais uma parada, desde o século XVII. Esse engano, no entanto, vem aos poucos sendo corrigido por paulistanos que cada vez mais vêm explorando e se encantando pelas belezas da região.
Na zona rural de Cunha, dezenas de cachoeiras fazem a alegria de quem gosta de se banhar em águas limpas e fresquinhas. A fotogênica Cachoeira do Pimenta e a mais escondida Cachoeira do Desterro são perfeitas para quem quiser se conectar à natureza, com muita paz e sem muvuca.
Também nos arredores da cidade, é possível visitar haras que oferecem aulas de equitação e cavalgadas. Tem até um lavandário, onde uma colina é recoberta for flores de lavanda, principalmente no outono e no inverno. Mas não espere encontrar uma paisagem perfumada e colorida como a da Provence francesa – aqui as plantinhas não são tão exuberantes.
E, se você for fã de laticínios artesanais, vale a pena conhecer a Sapore di Puglia, uma propriedade onde são produzidas burratas, scamorzas e mozzarellas fior di latte com leite de vacas criadas ali mesmo. Quem quiser experimentar esses queijos e também alguns embutidos típicos da Itália não pode deixar de ir ao restaurante Il Pumo, bem pertinho da Praça Central da cidade. Outra excelente opção para quem busca um cantinho gostoso para almoçar ou jantar é o simpático Veríssima Bistrô.
Outro diferencial de Cunha é a elevada concentração de ateliês de cerâmica. Alguns ficam mais afastados e espalhados pelas montanhas, mas em uma das entradas da cidade fica a Alameda dos Ateliês, onde é possível comprar peças artísticas, utilitárias e o que mais você imaginar. O Aeon Cerâmicas e a Casa do Artesão se destacam pelas lindas criações expostas e por seus espaços acolhedores.
E, quando o cansaço bater, o ideal é descansar em um lugar bem tranquilo
e aconchegante, não? Então reserve um dos dez chalés da Pousada Candeias, que fica a 14 km do Centro, em meio a 200 mil m² de área verde com trilhas, piscina e sauna. Nas noites de frio, acenda a lareira e relaxe. O café da manhã – com bolos, tortas, pães e geleias caseiras – é preparado e servido pelos proprietários do local, os simpáticos Antonio e Kika Turci.
Pousada Candeias
Estrada do Campo Alegre, km 1,1, Bairro Aparição. Acesso pelo km 58,5 da rodovia SP 171 (CunhaParaty). Tels. 12 3111-2775 e 12 99603-5892. Diárias a partir de R$ 480. www.pousadacandeias.com.br
Museu a céu aberto no meio do sertão
lha do Ferro e Piranhas, em Alagoas, revelam a impressionante arte de moradores artesãos e a espetacular natureza recortada pelo Velho Chico
A HISTÓRIA DA ILHA DO FERRO na beira do rio São Francisco, a 235 km da capital Maceió, na região do sertão alagoano –começa por aquelas contingências cósmicas que posicionaram uma série de elementos para que essa narrativa fosse escrita. Em 1985, o povoado pleiteava a chegada de energia elétrica. No meio do caminho havia uma árvore, havia uma árvore no meio do caminho.
Derrubaram a árvore, e toda sua madeira, chamada de mulungú, ficou espalhada na frente da entrada da pequena vila – que constituía o lugar –especificamente perto do “Redondo”, espaço de confraternização na casa de Fernando Rodrigues, que era um ótimo anfitrião, mas não tinha nenhum banco para receber quem chegava em dia de festa.
Ele olhou para todo aquele mulungú no chão e pensou em fazer bancos para os seus convidados. Acontece que nesse gesto, transformou todo o curso da Ilha do Ferro. Ao privilegiar o formato da madeira na composição de suas peças, o artesão criou algo totalmente original. Enxergou um ofício. Mais do que isso: compartilhou com outros moradores como manusear o mulungú e desenvolveu uma expressão artística local.
As obras de Fernando e do que viria a se tornar o Ateliê Boca do Vento fizeram parte da mostra “Brésil, Arts Populaires”, que aconteceu no Grand Palais, em Paris, em 1987. Hoje, essas peças fazem parte do acervo do Centro Cultural de São Francisco e do Museu de Arte Popular, em João Pessoa, na Paraíba. Ele também foi figurinha carimbada na Casa Cor de São Paulo e viveu a experiência de expor suas obras na abertura do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
O pioneiro artista faleceu em 2009, deixando um legado inestimável. Ao visitar a Ilha do Ferro, é possível conhecer o Espaço de Memória Artesão Fernando Rodrigues dos Santos e um verdadeiro museu ao ar livre. Na região, todos são acolhidos por uma aura lúdica dentro de cada ateliê, na casa dos artesãos, onde as famílias recebem a quem chega com um café e um sorriso no rosto.
Por ali, o Redário Ilha do Ferro é a hospedagem ideal para quem quer viver essa experiência artística, em
pleno sol do sertão, e retornar ao fim do dia para esticar as pernas e brindar de frente ao Velho Chico. Com apenas quatro quartos e trabalhada majoritariamente no cimento queimado, a arquitetura do lugar exalta os dois principais elementos da Ilha: suas veias artísticas e o São Francisco. O quarto é pensado para casais e o pequeno hotel se torna uma alternativa para se juntar com os amigos ou a família e fechar um pacote completo.
CAPÍTULOS FINAIS DO CANGAÇO
A 90 km da Ilha do Ferro – talhado em um majestoso cânion – o sítio histórico e paisagístico de Piranhas foi tombado em 2004, como Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil, pelo Iphan. É um destino que está intimamente ligado à história do Cangaço e aos seus capítulos finais – é prato cheio para quem ama um lugar carregado de simbolismos. Uma cidade colonial, que acompanha o relevo das montanhas, rumo ao Baixo São Francisco. Perfeita
TURISMO DE EXPERIÊNCIA TEXTO E FOTOS POR LUCAS BICUDOpara tomar banho de rio, para comer uma comida sertaneja, para passar tempo tomando uma boa cerveja e para se hospedar em grande estilo.
O Pedra do Sino Hotel, à beira dos cânions, é um local ideal para preparar um banho de banheira, botar um jazz para tocar e aproveitar a paisagem. O hotel fica em uma pequena estrada de terra, que sai da via principal rumo ao São Francisco. Hospedado na suíte master, com vista direta para o rio, a experiência em Piranhas e no sertão é deslumbrante.
Na cidade, a primeira parada é o Museu do Sertão, na antiga estação ferroviária. Com exposição permanente de peças ligadas ao cangaço, à estrada de ferro Paulo Afonso, à navegação a vapor, à religiosidade sertaneja e aos costumes locais, o acervo é composto de fotografias, documentos e artefatos de época. Lá, por exemplo, está a
famosíssima fotografia dos cangaceiros do bando de Lampião mortos em Angico. A Igreja de Santo Antônio de Lisboa – a mais antiga edificação de Piranhas – construída em 1790, é outro destaque.
O centro histórico também é ponto de boemia. De dia, as atenções se concentram nos bares da orla que ficam às margens do São Francisco e há pontos sinalizados para banho. À noite, com a cidade iluminada, o cenário da "Lapinha do Sertão" – nome dado por D. Pedro II quando visitou Piranhas – é ainda mais encantador.
E, para mergulhar na natureza, a 30 minutos do centro, o clube Espaço Angicos surpreende. O lugar pede por um dia inteiro de sossego, com drinques e petiscos à beira rio em espreguiçadeiras. Em contraste interessante, o clube abre as portas da história efervescente da região. Por ali, o visitante
pode fazer a mesma trilha pela qual a polícia de Piranhas emboscou Lampião na Grota do Angico. É possível passar pela casa do Coiteiro Cândido – ainda preservada nas características de taipa –, pelo Alto das Perdidas, posição estratégica do ataque, até descer onde hoje residem as lápides em homenagem aos cangaceiros mortos naquele fatídico dia 28 de julho de 1938. O local parece uma arena teatral a céu aberto e as cruzes fincadas nas pedras mantêm viva a memória da quase mística história do sertão brasileiro.
Redário Ilha do Ferro
Rua Seguindo a Igreja, Ilha do Ferro, Alagoas. Diárias a partir de R$ 500. Tel. 82 99982-0909.
Pedra do Sino Hotel
Rua Alto do Mirante, 1.600, Centro Histórico, Piranhas, Alagoas. Diárias a partir de R$ 480. Tel. 82 98807-3918.
Na outra página, peças de Fernando Rodrigues, na Ilha do Ferro. Nesta página e em sentido horário, Casa Pedro Cândido, em Piranhas, centro histórico e Pedra do Sino Hotel, na mesma cidade, e obras do artesão Petrônio e Redário Ilha do Ferro
Horas de voo
Martins da Costa
Radar
House of cards
Mais uma empresa vai conectar o Brasil à França
A partir do final de abril, a Azul colocará seus modernos Airbus A350 na rota que liga Viracopos ao aeroporto de Orly, nos arredores de Paris
Vive la concurrence! Nada como uma maior concorrência para oferecer mais opções aos passageiros e baixar os preços das passagens. A partir do dia 26 de abril, a Azul passa a operar seis vezes por semana voos entre Viracopos e o aeroporto de Orly, nos arredores de Paris. A rota será operada pelos modernos Airbus A350, com capacidade para 334 passageiros (sendo 301 na classe econômica e 33 na executiva).
As passagens estão sendo vendidas por cerca de R$ 5 mil (com direito a uma mala de 23 kg despachada) – valor significativamente inferior ao cobrado pelas duas outras companhias aéreas que ligam São Paulo a Paris. Na Latam, uma passagem equivalente, para o final de abril, não sai por menos de R$ 7 mil. Na Air France, os melhores preços ficam na faixa dos R$ 6.200. Ambas saem de Guarulhos e chegam a Paris no aeroporto Charles de Gaulle.
Os voos da Azul vão partir de Viracopos nas segundas, quartas,
quintas, sextas, sábados e domingos, sempre às 23h, com chegada a Orly às 15h30 do dia seguinte. No sentido inverso, o voo sairá de Orly de quinta a terça-feira, às 22h15, chegando em Campinas às 4h45. O aeroporto de Orly é o 2° maior da França e o mais próximo de Paris, localizado a menos de 20 km do centro da capital. O terminal é servido por trens que se conectam ao metrô e permitem um acesso rápido à Cidade Luz.
Em 2020, antes da pandemia, a Azul estava com tudo pronto para inaugurar seus voos de Viracopos a Nova York (EUA). Por causa da crise na aviação causada pelo coronavírus, o projeto teve de ser cancelado e milhares de passagens que já haviam sido vendidas tiveram de ser reembolsadas.
Agora a expectativa é que essa zica não se repita. E, se tudo der certo, em 2024, o ano dos Jogos Olímpicos de Paris, a Azul já estará operando voos diários entre o Brasil e a França!
A United Airlines vai retomar no dia 25 de março os voos entre São Paulo (GRU) e Washington, a capital dos Estados Unidos. A rota será operada diariamente com aviões Boeing 767-400 com 240 assentos (duas classes) ou 231 assentos (três classes). A companhia aérea havia suspendido o voo em maio de 2022 após os problemas enfrentados por alguns de seus jatos Boeing 777. Os voos saem de São Paulo às 21h30 e chegam a Washington às 6h25 do dia seguinte.
Ranking
De janeiro a dezembro de 2022, 84 milhões de passageiros viajaram a bordo de voos domésticos pelo Brasil. A Latam foi a companhia que transportou o maior número de pessoas – 34,6% do total. Em 2° lugar ficou a Azul, com 32,33%. E, em 3°, bem pertinho, veio a Gol, com 32,17% dos bilhetes vendidos. A nanica VoePass respondeu por 0,63% do total, mas segue sobrevivendo e crescendo: em 2019 sua fatia era de apenas 0,2% do bolo.
Galeão afundado
No Rio de Janeiro, um dado surpreendeu quando foram totalizados os números de 2022: no ano passado, passaram pelo aeroporto de Santos Dumont cerca de 10,2 milhões de passageiros. E, pelo aeroporto do Galeão, o total de embarques e desembarques ficou nos 5,7 milhões de passageiros! Em outros tempos, o aeroporto internacional instalado na Ilha do Governador já chegou a ter movimentações superiores a 16 milhões de passageiros por ano!
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Galeria com mostradores oficiais
Resistência à água 50 metros
technos.com.br
Bateria de longa duração até 10 dias
Bom de copo
Onde degustar bons vinhos em São Paulo?
Bares, restaurantes e empórios se dedicam a receber bem e apresentam rótulos de qualidade a clientes que não dispensam um bom passeio pela cidade
Lembro quando não existiam bares de vinho na capital paulista. Eu mesmo e meus filhos abrimos um que quebrou, pois ninguém entendia o conceito à época. Foi em 1998, o lugar ficava na rua Araçari, na esquina com a Adolfo Tabacow, no Itaim. Todos achavam estranho uma carta de 36 vinhos em taça e nenhum cardápio, uma vez que havia um balcão com petiscos diversos para se servir à vontade. Entendi, então, que tudo tem o seu momento certo.
Hoje, fico feliz em ver a diversidade de excelentes bares e restaurantes onde é possível se sentar e tomar uma ou mais taças de vinho, além de “beliscar” alguma maravilha. É uma questão de cultura, de hábitos, que agora começamos a ganhar. Consigo, inclusive, listar endereços que primam pelos bons rótulos, com bons preços e, principalmente, com vinhos bem tratados, o que considero fundamental!
Aos sábados, por exemplo, você pode ir ao De la Croix Vinhos (Alameda Lorena, 678, Casa 1), que, das 11h às 18h, transforma sua loja em um delicioso bar a vin, com diversas opções em taça ou garrafa a preço de importador, e com terrines e queijos deliciosos! O local está em uma vila, é um espaço agradável e super bucólico.
No Shopping Iguatemi, dois lugares são muito especiais para se beber uma taça e oferecem um atendimento correto e elegante. O Piselli Sud, que dispensa apresentações, onde se tem sempre opções em taça de boa seleção de espumantes e vinhos, além de diversos acompanhamentos. E o Mistral Wine Bar, que apresenta uma enormidade de garrafas a preço de importador e vinhos em taça. Para acompanhar, peço umas bruschettas muito bem-feitas entre outras opções de queijos e frios. É um ambiente perfeito para marcar um encontro!
Os dois endereços da Daniela Bravin e da Cassia Campos também são pontos obrigatórios para quem gosta de bons vinhos. Falo do Sede, na Rua Benjamin Egas, 261, em Pinheiros – um espaço descontraído e informal, mas que oferece sempre simpatia e qualidade, em uma garagem que se abre para a ruela, e nas calçadas há cadeiras e banquinhos. O outro é o Huevos de Oro, na Pedroso de Morais, 267, que abre no fim da tarde em diante – no andar de baixo há muita descontração e mesinhas na calçada, e em cima o lugar é mais sóbrio e intimista. O destaque são os petiscos da chef Ligia Karazawa, que são sensacionais, e a carta da Cassia e Daniela, que enfatiza os espanhóis, com boas opções de jerezes.
Falta ainda destacar o Restaurante Cais, que fica na Vila Madalena, na Rua Fidalga, 314. O Guilherme Giraldi, uma simpatia e que cuida do salão, é apaixonado por vinhos naturais e tem uma das melhores cartas de taças que já vi, também com bons jerezes. E do talento de seu sócio, Adriano de Laurentis, saem maravilhas da cozinha, para mesa ou balcão. Bom passeio e saúde!
Bon vivant
Novo circuito gastronômico
No radar dos gourmets e dos boêmios, a Vila Mariana oferece cada vez mais opções de restaurantes e bares a clientes descolados da cidade
Passada a pandemia, parece que os níveis de consumo e de frequência de saídas do paulistano aumentaram e muito. De lá para cá, assistimos à expansão de vários bairros satélites do até então imbatível Jardins – onde já não sobra espaço para atender o vigor da expansão do setor. Pinheiros foi o primeiro dessa nova onda e já é considerado o novo centro gastronômico da cidade. Na sequência e no mesmo caminho, veio o Baixo Pinheiros (abaixo da Faria Lima), com novos talentos abrindo as portas ao lado de filiais de restaurantes e de outras lojas gourmets já reconhecidas.
O momento agora favorece a expansão para o outro lado dos Jardins, em direção ao Paraíso – já famoso pelos bons restaurantes japoneses de todos os tipos –, e coloca os holofotes na Vila Mariana, que também é citada como Vila Clementino, por dividirem fronteiras mal definidas. O fato é que a Vila Mariana virou queridinha do circuito gastronômico, boêmio e cultural de São Paulo.
O bairro já é frequentado por visitantes em função dos holofotes atraídos por alguns endereços icônicos na cidade. É o caso do várias vezes premiado boteco Veloso, conhecido por suas caipirinhas exóticas e pelas minicoxinhas de catupiry – eleitas várias vezes como melhor petisco de boteco da cidade. Também é o caso da pizzaria Quintal do Bráz, representante da excelente bandeira Pizza Bráz em versão mais exótica, que oferece um ambiente cravado em um jardim lotado de plantas e árvores frutíferas.
Outro endereço excepcional que fez a fama do bairro é o Dr Tchê, a parrilla da Vila. É ali que o Adelar, gaúcho de
Vacaria, assa os melhores cortes de carne em uma parrilla tipicamente Argentina. O assado de tira dele é imbatível. O lugar fica na rua França Pinto, que aliás é uma das mais agitadas do bairro. Nessa mesma rua se encontra o Balcón, um boteco uruguaio que garante excelentes empanadas e choripanes. No mesmo endereço, está o Pojang Wooza – restaurante coreano de qualidade, onde se come os melhores mandus (equivalentes às guiozas japonesas) e um ótimo bulgogui, que faz jus à forte migração coreana no bairro.
Já na rua Áurea, funciona o ótimo contemporâneo Ae! Cozinha, que exibe um merecido Bib Gourmand Michelin na porta. É ali também que fica o Mapu, um sobradinho discreto que vende comida de rua de Taiwan. Só ali você pode experimentar o Bao original, sanduíche de massa branca cozida no vapor e recheado de pancetta, conserva de mostarda, amendoim e coentro ou a berinjela empanada servida com molho adocicado de missô e shoyu. E é ainda na rua que fica o Amazônia Soul, onde você pode pedir o dadinho de maniçoba de entrada para seguir com um pato no tucupi com jambu e finalizar com bombom de cupuaçu.
E não posso deixar de falar do Vista, que divide o terraço com o bar Obelisco, no limite do bairro com seu vizinho Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral. Cravado no topo do MAC (Museu de Arte Contemporânea), esse lugar já virou cartão-postal de São Paulo, tanto pela vista quanto pela competência da cozinha contemporânea brasileira que oferece, pilotada pelo chef Marcelo Corrêa Bastos.
Aproveite o novo circuito gastronômico da cidade! Até!
Sofisticador de melodias e ritmos
Jards Macalé, que completa 80 anos neste mês, está presente no cenário musical e cultural brasileiro há décadas – compondo, arranjando e cantando a história do país
Mais um grande nome da música brasileira completa 80 anos em março: Jards Macalé. Carioca da Tijuca, morador de Ipanema, ele foi copista de partituras para o grande Severino Araujo da Orquestra Tabajara, aprendeu a tocar em um violão de Turíbio Santos – instrumento em que compõe até hoje –, trocou ideias sobre samba e bossa nova com João Gilberto, foi fundamental na obra pós tropicalista de Gal Costa – dirigiu o histórico show “Fatal” com Waly Salomão –, é compositor de clássicos como “Movimento dos Barcos” (com o poeta Capinam) e “Vapor Barato” (com Waly). Isso só para começar!
Macalé é um imenso compositor. Em agosto de 2013, estivemos juntos no Jardim Botânico para uma longa entrevista para o livro “Vozes do Brasil” (edições Sesc). Ele me contou do “tempo do desbunde”, o final dos anos 1960 quando se reuniam nas areias do Posto 9, nas dunas da Gal, a turma da música, do cinema novo, de tudo que era novo
jazz, o blues, o pop e o rock com a música feita no Brasil. Debussy, Ciro Monteiro, Clementina e Nora Ney são todos parte de uma mesma história.
Minha proposta é um mergulho na obra deste artista. Vamos começar com o disco de 1972, que Macalé gravou com Lanny Gordin (guitarra, violão e baixo) e Tutty Moreno (bateria). Produzido por Guilherme Araujo, o álbum tem um repertório maravilhoso: "Mal Secreto", "Movimento dos Barcos", "Hotel das Estrelas", "Farrapo Humano" (de Luiz Melodia) e “Let’s Play That” – parceria de Macalé com Torquato Neto. Aliás, ler o poeta é um ótimo caminho para entender essa obra. Recomendo o livro “Torquatália”, que reúne as colunas escritas por ele e que falam muito da música feita nesse tempo.
Seguindo nos discos, vamos para 1987: “Quatro Batutas e Um Coringa”. Macalé gravou composições de Paulinho da Viola, Geraldo Pereira, Lupicínio Rodrigues e Nelson Cavaquinho. Um luxo. Anos depois, em 2011, pela Biscoito Fino , saiu o disco “Jards” – uma belíssima compilação de composições de Macalé e seus parceiros, com participações maravilhosas de Elza Soares, Elton Medeiros, Luiz Melodia, Ava Rocha, Cristovão Bastos, Jorge Helder - um timaço!
Em 2019, o professor Macalé se encontrou com os paulistas Rômulo Fróes, Kiko Dinucci, Thiago França, Tim Bernardes, Rodrigo Campos e mais uma turma de talentos dessa geração para compor, arranjar e tocar em “Besta Fera” – disco que concorreu ao Grammy Latino. Em 2021, ele se juntou ao também fundamental João Donato, e os dois mestres lançaram “Síntese do Lance”.
Todas as loas para o mais novo oitentão da música pop do Brasil. Salve Macalé! Ouça e caia no feitiço. Perceba a sofisticação das melodias, do ritmo, da intenção em cada parceiro, em cada verso. A história do Brasil passa por ali!
PATRICIA PALUMBO é jornalista especializada em música, apresenta o programa "Vozes do Brasil" em rede nacional de rádio e é criadora da Rádio Vozes. Baixe o app gratuito nas lojas digitais ou acesse www.radiovozes.com
Admirável nova baiana
COM SUA ENERGIA CRIATIVA E SUA CONEXÃO COM A MÚSICA NO AUGE, PITTY SE APRESENTA ESTE MÊS NO LOLLAPALOOZA E, EM SEGUIDA, RODA O PAÍS COM UM SHOW QUE CELEBRA OS 20 ANOS DO LANÇAMENTO DE “ADMIRÁVEL CHIP NOVO”, SEU ANTOLÓGICO ÁLBUM DE ESTREIA
TODA MENINA BAIANA tem um jeito que Deus dá, como dizia Gilberto Gil, mas nem todas têm o mesmo jeito. Nascida em Salvador há 45 anos, a pequena Priscilla Novaes Leone sempre valorizou sua individualidade, seu próprio jeito de ser. Nunca se identificou com a euforia do axé, com a brisa lânguida de Caymmi ou com o hedonismo odara de Caetano. Identificava-se mais com Raul Seixas e com a marginália soteropolitana. Em meados dos anos 1990, começou sua trajetória na cena musical underground da Bahia com duas bandas de hardcore, a Shes e a Inkoma.
Foi nessa época que Rafael Ramos, produtor e diretor artístico da gravadora Deckdisc, a “descobriu”. “Quando ouvi sua demo, foi paixão à primeira vista por sua música. A primeira impressão que ficou foi a de uma vocalista de hardcore extremamente afinada e talentosa. Ela era incrível em todos os aspectos, muito autêntica, brilhante mesmo”, recorda.
De lá para cá, Priscilla virou Pitica (por causa de seus 1,61 m de altura), depois Pitty e, a partir do lançamento de seu primeiro álbum, “Admirável Chip Novo”, em 2003, também passou a ser chamada de “Princesa do Rock” –apesar dessa coisa de princesa não ser muito a sua onda...
POR KIKE MARTINS DA COSTA
Hoje, com centenas de milhares de álbuns vendidos, bilhões de plays em plataformas de som digital, incontáveis prêmios e uma filha (a fofa Madalena, que veio ao mundo em 2016), Pitty é pura potência. Com sua voz poderosa e suas bem articuladas ideias, ela é mais do que uma cantora – é um farol para milhões de brasileiras e brasileiros.
Neste mês, ela será uma das atrações do festival Lollapalooza São Paulo, apresentando-se no sábado, dia 25. Em seguida, nos meses de abril, maio, junho e julho, vai rodar o país com uma turnê que celebra os 20 anos do lançamento de “Admirável Chip Novo”, uma obra que mudou a sua vida e a de muita gente, com suas letras que até hoje soam pertinentes e atuais. Naquela época, quando tudo ainda era mato no universo das discussões sobre questões identitárias, Pitty já cantava “o importante é ser você, mesmo que seja estranho” e “cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia, sugerindo soluções, discutindo relações, bem certos de que a verdade cabe na palma da mão”.
“O rock é a minha essência, o meu estilo de vida. É por meio dele que eu me expresso e enxergo o mundo. Sempre fui de provocar, de questionar o status quo”, resume a cantora, compositora e produtora. Leia a seguir os principais trechos da entrevista que ela concedeu à 29HORAS:
Qual foi a sua sensação quando, ao final de 2003, ver que seu álbum de estreia havia se tornado o mais vendido entre os lançamentos do rock nacional daquele ano? Como explicar o sucesso de uma nova baiana que de repente surge do nada e sem cantar axé, sem ser tropicalista e longe dos estereótipos de Marina Morena e de Gabriela Cravo & Canela?
Foi a realização de um sonho, um desejo que soava como loucura, utopia, insanidade. Não parecia possível haver algo assim, especialmente naquele cenário dos anos 2000, no auge da música baiana “tradicional” e do axé. Era uma boa época para o rock brasileiro – nas rádios do Sudeste tocava muito Charlie Brown, Planet Hemp, O Rappa e CPM. E a cena de Pernambuco se destacava com Chico Science e Nação Zumbi. Mas na Bahia era outra história. Eu já tinha minha banda de hardcore em Salvador, e ver o rock nacional bombar me inspirava a seguir. Mas, parecia uma maluquice que uma menina baiana pudesse viver de rock no Brasil. Como assim? Assim, mesmo, ora! Meu existir significava avisar que baianos não são todos iguais, que não cabemos em
estereótipos, que somos diversos e que tem muito nordestino que curte rock, jazz, blues e outros estilos musicais.
Desse primeiro álbum, cinco faixas já se tornaram clássicos do rock brasileiro (“Máscara”, “Admirável Chip Novo”, “Equalize”, “Semana Que Vem” e “Teto de Vidro”). Como clássicos, essas canções não envelheceram e seguem atuais musicalmente e nas letras. Como você explica isso?
Não sei explicar, só sentir [risos]. Fico maravilhada e grata. Quando a gente escreve, compõe uma canção, os sentimentos e a inspiração contidos ali simplesmente vêm. Pelo menos assim é para mim. E aí, quando essa canção vai para o mundo e ocupa esse espaço na vida e na história das pessoas de forma tão profunda a ponto do tempo se dissolver, é algo mágico e imprevisível. Essa é a beleza da arte e especialmente da música, que envolve as pessoas com a poderosa tríade “letra-ritmo-melodia”. Especialmente nesses últimos anos,
tenho sentido como essas músicas continuam atuais para as pessoas. O povo comenta comigo pelas redes, e eu vejo isso nos shows também. Elas não soam datadas ou nostálgicas. As letras fazem muito sentido hoje – quiçá até mais sentido hoje. E eu fico muito feliz de saber que seguem fazendo sentido para mim também, porque assim eu posso continuar a cantá-las nos shows de forma verdadeira.
O que mudou no mundo de 2003 para 2023? Onde avançamos e onde regredimos? Na sua opinião, o sistema que nos diz “pense, fale, compre, coma, beba, ouça, tenha” ficou mais forte ou menos poderoso?
Ele continua aí, e vai encontrando formas de se modificar através dos tempos e evoluir e se disfarçar à medida em que o identificamos. Como um vírus que vai mutando para encontrar novos hospedeiros. É a lógica que nos empurra para o consumismo, para o “ter” em detrimento de “ser”, para o culto à aparência,
Capa do CD ''Admirável Chip Novo'' e retrato da cantora em 2003. Na página à direita, Pitty e Nando Reispara a falsa liberdade do neoliberalismo. É o jeito que o mercado se apropria de pautas por motivações econômicas, e não éticas ou sociais. Como seres críticos, é importante refletirmos e termos consciência dessas questões, para que possamos escolher como queremos viver, que valores queremos praticar. Era sobre isso e continua sendo. Mas de 2003 para cá muita coisa mudou, e a questão da tecnologia é a mais evidente. Não havia internet como ela é hoje, nem smartphones, nem redes sociais. A comunicação era intermediada pela imprensa, pelo rádio ou a TV. Hoje as pessoas se tornaram o próprio meio e a mensagem. Todo mundo é influencer. Em relação às discussões e pautas, muita coisa não tinha nome ou não era chamada como fazemos hoje. Lembro da primeira vez que publicaram sobre mim “feminista!”, como algo pejorativo. Hoje, essa conversa está amplificada, assim como a questão das liberdades individuais, do respeito à comunidade
LGBTQIA+ e do combate ao racismo. Nesse ponto, avançamos. Agora, esse lance de ressuscitar a calça cintura baixa eu acho que não precisa, sabe? Aí é retrocesso [risos]!
E o que mudou em você de 2003 até hoje, como pessoa e como artista? Antes eu tinha tempo, mas não tinha dinheiro. Aí comecei a trabalhar e ganhar dinheiro, mas fiquei sem tempo [risos]. Eu tenho muito afeto e gratidão por aquela menina sonhadora e determinada, que conseguiu botar no papel seus sentimentos, se expressar e se comunicar com tanta gente. Continuo obstinada, inquieta e sonhadora; a cada projeto eu me reinvento, me desconstruo e reconstruo, de forma a não me deixar estagnar em zonas de conforto. Sigo me arriscando artisticamente, apostando no inusitado e nas experimentações sonoras, sem recorrer a caminhos já pisados ao subestimar o público achando que não vão entender..
Voltando para a música, como será o seu show no Lollapalooza?
Estou bem animada e preparando um show especialíssimo. Será a estreia da nova turnê, mas ali será apenas um gostinho, pois em festival nosso tempo de palco é reduzido. Quero mostrar a ideia do novo show em comemoração aos 20 anos do “Admirável Chip Novo”, e mesclar essa amostra da nova tour com outras músicas conhecidas – afinal, quero todo mundo celebrando com a gente. Vamos entregar um show intenso, vigoroso e divertido!
2022 foi um ano intenso. Você fez shows da turnê “Matriz” e rodou o país com Nando Reis no projeto “PittyNando”. O que te faz queimar de novo, como você mesma canta em “Ninguém É De Ninguém”?
Projetos desafiadores, isso me motiva, como foi “PittyNando”. Montar uma turnê dessa proporção, dirigir um show e uma equipe gigante foi algo novo e empolgante. E o Nando é um parceiro incrível, que não só me apoiou como me deu asas. Em “Matriz”, eu já havia me jogado nessa de dirigir show, de montar de fato um espetáculo. Gosto de propor essa narrativa através do roteiro – continua sendo um show de rock, não é uma peça de teatro. Mas eu entendi que adicionar algumas marcações, mudar o eixo da cena, encaixar a cor certa na música – tudo agrega e deixa a experiência mais sensorial. É usar os recursos cênicos como pano de fundo para as canções, não só subir lá e tocar. Enfim, isso é muito legal, embora também sofrido e angustiante [risos]. Mas a arte é meio que um parto: a gente fica ali gestando, sem enxergar direito, confiando na natureza de que está criando algo bonito. E só descobre qual é a real quando ele vai para o mundo e é compartilhado. Aí é uma coisa linda! Sinto que, neste momento, estou no auge da criação e da conexão com todas as linhas que formam essa teia.
Agora preciso te fazer a pergunta que não quer calar: quando teremos um álbum da Pitty com canções inéditas?
Em 2023, a prioridade será a turnê de celebração dos 20 anos de “Admirável Chip Novo”. Sobre disco novo, devo começar esse processo só após a turnê –aí eu vou parar pra me concentrar nisso.
Entre 2017 e 2021, você ocupou um lugar no sofá do “Saia Justa”, no canal GNT. Você curtiu a experiência, se sentiu à vontade naquela saia?
Nossa, eu adorei a experiência! Foi um desafio novo, e eu topei: estar ao vivo na TV toda semana, conversando sobre assuntos às vezes complexos – não era algo a se fazer de qualquer jeito. Me comprometi e estudei sobre cada tema antes de falar, me informava, pesquisava. Acho que, para esse lugar, é necessário ir além do “eu acho”. Claro que se trabalha ali também com a própria vivência, mas eu sinto que me informar e ter mais dados agregava à discussão e podia torná-la mais abrangente. A vontade de dialogar com pessoas diferentes de mim me levava a isso, também. Porque eu poderia me contentar em só
falar o que já sei e o que penso; mas eu sinto que a comunicação pode ser mais ampla do que nós mesmos e nossos universos pessoais. E, ao mesmo tempo, nas conversas do programa também era possível imprimir a minha identidade, o meu jeito de ver as coisas – que geralmente é uma visão não ortodoxa, fora dos padrões, questionando o status quo. Gostava de ser provocativa e criar debates apaixonados.
Para encerrar, dá para ver nos seus shows e nas suas redes sociais que os fãs te acham cada vez mais gata e maravilhosa. Você se acha bonita? Nunca fui um modelo de beleza, muito menos do que se entende como padrão, e desde muito nova procurei encontrar beleza na estranheza, na diferença. Essa coisa da perfeição, especialmente pelo fato de ser mulher, sempre me soou muito opressor. Mas eu sou uma esteta por natureza – será que é coisa de libriana? Acredito que o belo pode estar em várias formas. Resumindo, tem dia que eu estou mais bonitinha do que outros, e depende muuuito do meu estado de espírito.
O que mais vai ter de bacana no Lollapalooza São Paulo 2023
Festival terá a estreia no Brasil de grandes nomes internacionais, como Billie Eilish, Blink 182 e Lil Nas X, além do retorno de Tame Impala e Drake
EM SUA DÉCIMA EDIÇÃO NO PAÍS, o festival Lollapalooza vai encher de música e animação o Autódromo de Interlagos nos dias 24, 25 e 26 de março de 2023. Serão quatro palcos espalhados pelos mais de 600 mil m2, trazendo para São Paulo grandes atrações internacionais e acolhendo talentosos artistas brasileiros. Em 2018, o festival teve seu público recorde, gerando um impacto de mais de R$ 152 milhões na economia da cidade, somando os gastos em hospedagem, alimentação, transporte e lazer, de acordo com levantamento feito pela Prefeitura. Em 2019, o evento reuniu mais de 246 mil pessoas no autódromo e mais de 4,5 milhões de pessoas acompanharam as 67 atrações pela TV. E, em 2022, em um momento de retomada do setor de entretenimento, o festival realizou uma edição histórica e determinante para a volta da agenda de grandes festivais do país, com mais de 302 mil pessoas presentes.
Este ano, a festa começa na sexta, com a primeira apresentação de dois dos nomes mais quentes da música pop contemporânea em solo brasileiro: a cantora Billie Eilish e o rapper sensação Lil Nas X. Também estão escalados para este dia Conan Gray,
Rise Against, Pedro Sampaio, AnaVitória, Black Alien, Planta & Raiz e Baby.
No sábado, dia 26, além do show de Pitty, os palcos vão receber Blink-182 (foto acima), Tame Impala, Jane’s Addiction, The 1975, Melanie Martinez, Wallows, Sofi Tukker, Yungblud, Ludmilla, Purple Disco Machine, Gilsons, Tássia Reis, Medulla, D-Nox, Mulamba e Ana Frango Elétrico.
E, para encerrar a maratona, o domingo terá Drake, Rosalía, Armin van Buuren, Tove Lo, Cigarettes After Sex, L7nnon, Os Paralamas do Sucesso, Tuyo e Larissa Luz, entre outros. O Lollapalooza foi criado em 1991 pelo norte-americano Perry Farrell (vocalista da banda Jane’s Addiction, que se apresenta no sábado). Hoje, a franquia possui edições regulares em várias cidades, como Chicago, Berlim, Paris e Santiago, além de São Paulo.
Lollapalooza Brasil
Dias 24, 25 e 26 de março, no Autódromo de Interlagos (Avenida Senador Teotônio Vilela, 261). Ingressos de R$ 550 (válido para um só dia na Geral) a R$ 5.350 (passe VIP para os três dias).
Onde as nuvens encontram o chão
Com paisagens cinematográficas que vão muito além de areia e dunas, o Deserto do Atacama é um destino repleto de história, natureza e gastronomia
EXISTEM CERTOS LUGARES NO MUNDO que colocam em perspectiva a grandiosidade da natureza em relação à pequenez do ser humano. E, acredite, não é preciso ir muito longe para ter essa experiência. O Chile é um país que guarda muitos tesouros, mas talvez sua grande estrela seja o imponente e arrebatador Deserto do Atacama.
Com cerca de 105 mil km², o deserto mais seco do mundo é um acontecimento que chega a emocionar. Ao contrário do que muitos pensam, a região não é feita apenas de areia e dunas. Por lá, lagoas, salares, termas, gêiseres – além de um céu estrelado de tirar o fôlego – completam a paisagem. Por causa da altitude muito elevada, as nuvens ficam próximas ao chão e suas sombras formam desenhos no solo, que ajudam a identificar com muita facilidade onde está sol e onde está sombra.
É necessário ter cautela e se prevenir para conseguir aproveitar ao máximo a experiência apesar da elevação. Para não virar do avesso com dor de cabeça e enjoo, existem duas opções: tomar, antes da viagem, um remédio que previne o mal-estar – que só deve ser utilizado com recomendação médica, pois pode causar formigamento e até alterar o sabor dos alimentos –, e o famoso chá de chachacoma, planta típica dos Andes. Após ingerir o chá, em cerca de cinco minutos a dor de cabeça melhora.
Para desbravar o deserto, San Pedro de Atacama funciona como base. Após a ambientação, a primeira parada é a Cordilheira de Sal. Como o próprio nome já diz, tudo é feito de sal – tudo! A paisagem já foi o cenário “extraterrestre” de vários filmes. Uma das séries do momento, “The Mandalorian”, da Disney+, teve cenas gravadas por lá. Como é muito frio à noite e durante o dia esquenta, pela manhã se escuta o sal estalando, se dilatando. É emocionante!
AS ÁGUAS E AS ESTRELAS
As lagoas de sal são as pérolas do Atacama. Algumas são naturais e outras surgiram inadvertidamente pela exploração de minério. Com altíssimas concentrações de sal, afundar se torna impossível. A sensação é de ser uma bexiga na água. Durante o passeio, deve-se ter cuidado para não passar muito tempo em contato com a água e não molhar os olhos, boca ou cabelo.
As Lagunas Escondidas de Baltinache são um presente no meio do deserto, sem qualquer pista natural de que estão ali. O turismo fez surgir toda uma estrutura para a visitação do lugar, com passarela de madeira e área para piquenique.
Já a Laguna Cejar, uma das mais famosas, tem uma concentração um pouco menor de sal, mas atrai flamingos e oferece banheiros, duchas e vestiários para conforto dos turistas.
Vale a pena ainda aproveitar o turismo geográfico, histórico e arqueológico. Como é uma região vulcânica, cada cordilheira conta a sua história. O Vale do Arco-Íris é uma das provas mais bonitas dos milhares de anos que a terra tem. O mosaico de cores permite identificar cada período da história e para onde quer que se olhe há uma combinação única.
Se atualmente turistar no deserto pode ser desafiador, imagina para aqueles que viveram na região três mil anos antes de Cristo? Existem vários registros arqueológicos dos povos nômades, como os atacamenhos. Seus petróglifos (representações gravadas em rochas) contam uma vida muito diferente e distante de nós e, graças à aridez do deserto, são tão bem preservados que é possível considerar que estão lá há apenas algumas semanas.
A cereja do bolo é o passeio astronômico. O Atacama, pela condição climática e altitude, sempre foi reconhecido
Na outra página, Pedra do Índio, uma das formações mais famosas dos Monjes de la Pacana, na Rota dos Salares. Nesta página, de cima para baixo, Laguna Diamante, próxima ao Salar de Tara; foto tirada ao fim do Tour Astronômico, de madrugada, no meio do deserto; Prefeitura de San Pedro de Atacama, na praça central da cidadepelos cientistas como um excelente ponto de estudo, tanto que concentra observatórios internacionais de alto nível para pesquisas. É mágico estar sob um céu estrelado, em que se vê a olho nu estrelas e planetas a anos-luz de distância. Um verdadeiro e interessante paradoxo já que, ao mesmo tempo, se olharmos para o lado, não conseguimos enxergar uns aos outros a mais de dois metros de distância.
MELHOR PREVENIR
É muito recomendável contratar uma empresa com guia para não passar por nenhum perrengue. Por ser um deserto, é fácil se perder e em muitos lugares não há sinal de telefone. A agência Araya, cujos donos são uma brasileira e um chileno, é uma boa opção, já que oferece um roteiro personalizado, levando em conta preferências de horário, limitações físicas e restrições alimentares, e seleciona sempre os melhores momentos do dia para os passeios, quando tudo ainda está vazio para aproveitar ao máximo sem estresse. Além disso, a empresa disponibiliza um chip de celular com internet, transporte e refeição nas excursões, que pode ser café da manhã, almoço ou piquenique, dependendo do tipo de atração e horário. Nos passeios noturnos, por exemplo, é possível saborear um delicioso chocolate quente.
Como as temperaturas podem variar
de um extremo ao outro e cada atração tem suas particularidades de clima, o ideal é levar roupas de todos os tipos para se garantir, desde shorts e camisetas até casacos, blusas térmicas, gorro, luva e cachecol. Em alguns locais, a temperatura pode chegar a quatro graus negativos e a sensação térmica fica ainda pior por causa da umidade do ar. Nos pés, o melhor calçado é a bota de trekking, que garante conforto e firmeza para caminhar longas distâncias e nos mais variados tipos de terrenos.
Também são itens indispensáveis protetor solar, óculos de sol, boné ou chapéu e muita água mineral. Caso faça passeios nas lagoas e termas, é essencial levar roupas de banho. E fazem muita diferença o hidratante labial e um fluidificante para o nariz, pois a falta de umidade pode castigar bastante.
DIFERENTES SABORES E DESCANSO NECESSÁRIO
Um prato bastante comum e barato no deserto e que vale a pena experimentar é a chourrillada mista, que leva batata, linguiça, carne, frango, ovo e cebola. Para uma noite especial, o restaurante Adobe, que tem comida e ambientes mais refinados, conta com pátio interior com fogueira para as noites frias e música ao vivo.
Para refeições diárias, mas ainda assim interessantes, o La Casona tem
um apelo mais turístico e área externa com um grande palco que recebe música ao vivo; destaque ainda para o La Picada del Indio, que serve pratos muito similares aos brasileiros; e a pequena pizzaria tradicional Él Charrua, muito famosa entre os moradores, com preço bom e opção de pedir para a viagem.
Não deixe de degustar os sorvetes locais, que misturam os sabores tradicionais, como chocolate, com as ervas típicas da região, entre elas chachacoma. A sorveteria mais badalada é a Cacao, localizada na praça principal de San Pedro. A Babalú é um pouco mais cara, mas é uma ótima alternativa, pois disponibiliza grande variedade.
As ervas também são as grandes estrelas na bebida típica pisco-sour, um destilado de uva com limão e açúcar muito famoso em vários países da América do Sul e que, localmente, leva mais alguns ingredientes, como a rica-rica – erva levemente apimentada.
No quesito hospedagem, existem basicamente três categorias: hostels, que são bem baratos, mas não têm muita estrutura; hotéis mais confortáveis e com bom custo-benefício, próximos ao centro de San Pedro de Atacama; e hotéis grandes e luxuosos no meio do deserto que, apesar de todos os atrativos e regalias, tiram um pouco da sua autonomia por estarem longe do centro, dificultando deslocamentos a pé.
Entre as alternativas centrais, o
Na outra página, Vale do Arco-íris. Nesta página, de cima para baixo, piscina n° 5 das Termas de Puritama; Laguna Piedra, ao lado da Laguna Cejar; vista de cima dos Geysers del Tatio
Jardín Atacama é, além de hotel, um espaço de cowork. Apesar de pequeno, é bem localizado, está próximo ao centro e de muitos restaurantes, e conta com quartos e banheiros confortáveis, jardim e uma piscina pequena.
Para quem busca uma experiência diferenciada e completa, com sistema all inclusive, spa, gastronomia de primeira e excursões próprias, vale investir em um hotel de categoria superior. Um dos mais famosos é o Tierra Atacama Hotel & Spa, que fica de frente para o Vulcão Lincancabur e tem como um de seus pilares principais a sustentabilidade. Outra opção interessante é o sofisticado Nayara Alto Atacama, integrante da Leading Hotels of The World e cuja culinária local é um dos grandes atrativos.
Hotel Jardín Atacama
Gustavo Le Paige 159, San Pedro de Atacama. Tel +56 9 3440 5088
Diária: a partir de R$ 500.
Tierra Atacama Hotel & Spa
Camino Sequitor S/N, Ayllu de Yaye, San Pedro de Atacama. Tel +562 6469 0518
Preçoa: a partir de R$ 19.600 (pacote mínimo com três diárias).
Nayara Alto Atacama
Camino Pukará, Suchor s/n, San Pedro de Atacama. Tel +41 3908-6232
Diária: a partir de R$ 2.652.
MAR 2023
29H agenda
PROGRAMAS PARA TODOS OS DIAS DO MÊS
CURA PARA TODOS OS MALES
O premiado Guilhotina Bar acaba de lançar uma nova carta de bebidas, com drinques inspirados nas poções milagrosas criadas por um excêntrico médico do século XIX no interior dos Estados Unidos. Pág. 46
MÚSICA
Chico Buarque faz série de shows no Tokio Marine Hall Pág. 42
MUSICAL Sucessso na Broadway, “Wicked” retorna a SP Pág. 44
ARTE
Exposição traz a poesia de Marc Chagall ao CCBB Pág. 46
COMIDINHAS
We Coffee inaugura mais duas unidades na cidade
Pág. 47
1 quarta
Pão ostentação
A casa de pães Le Blé acaba de incluir ainda mais novidades em seu extenso cardápio. Entre elas, uma seção dedicada aos ovos beneditinos, com seis versões desse clássico perfeito para dar sustança ao café da manhã ou brunch. O Bacondict, por exemplo, leva bacon artesanal, molho hollandaise e ovo poché no pão brioche. Outros deliciosos lançamentos da casa são os prensadinhos no pão de miga da casa – caso do Margherita, recheado com mozzarella fior di latte, tomate e pesto.
�F Rua Pará 252, Higienópolis, tel. 3663-4626.
quinta
Que tal um Chico?
Chico Buarque estreia hoje no Tokio Marine Hall a temporada paulistana de sua turnê “Que Tal Um Samba?”, que deve ir até o dia 2 de abril. No palco, Chico tem como convidada a cantora Mônica Salmaso. O show é uma lufada de esperança depois de quatro anos de demência e dor no país. O roteiro do espetáculo promove um passeio pela obra de Chico Buarque de Holanda através das décadas. Ingressos de R$ 125 a R$ 560.
�F Rua Bragança Paulista, 1.281, Chácara Santo Antônio, tel. 5646-2153.
Vira, vira, vira, virô!
O Virô Bistrô está com uma carta de coquetéis totalmente renovada. Ela inclui clássicos e 17 drinques autorais, assinados pelo mixologista e consultor Marcelo Serrano. Entre eles, o Intenso (à base de cachaça envelhecida, Amaro, licor de amêndoas, vermute rosso e alcaparrone), o Tangibre Smash (que mistura bourbon, suco de tangerina, gengibre, hortelã e limão) e o Belle de Jour (feito com gim de pêras, Lillet Blanc, maçã verde e physalis).
sexta
�F Rua Haddock Lobo, 74, Consolação, tel. 3129-4930.
sábado
Deliciosidade em camadas
Seguindo os ensinamentos de seu mestre – o chef pâtissier francês Cédric Grolet –, o confeiteiro Pedro Frade produz entremets fantásticos, vendidos e expostos em diferentes versões na apetitosa vitrine de doces do complexo gastronômico Vila Anália. Cada um custa R$ 32, e eles estão disponíveis em surpreendentes sabores –como caramelo & pipoca, Floresta Negra, avelã & chocolate, maçã com amêndoas ou ainda chocolate & frutas vermelhas.
�F Rua Cândido Lacerda, 33, Tatuapé, tel. 2674-0843.
5 domingo
Tragicomédias
"Histórias do Porchat” é o novo espetáculo de stand-up do comediante, que estreou no Teatro das Artes e fica em cartaz até o dia 30 de abril. No palco, o artista conversa com o público sobre hilariantes situações que ele vivenciou em suas inúmeras viagens pelo mundo. Momentos que vão desde uma massagem na Índia, um encontro com gorilas na África a uma dor de barriga homérica no Nepal. Ingressos de R$ 60 a R$ 140.
�F Avenida Rebouças, 3.970 (Shopping Eldorado, piso 3), Pinheiros, tel. 3034-0075.
8 quarta
6 segunda
Amor empanado
A cozinheira Paola Carosella e seu sócio, o empresário Benny Goldenberg, acabam de reabrir a unidade de casa de empanadas
La Guapa na região do Baixo Augusta. Pertinho do endereço antigo, a nova loja possui uma área de 180 m2 divididos em dois andares, com capacidade para 44 clientes sentados. Outra novidade é o lançamento de mais uma opção de sabor: a empanada Toscana, recheada com nacos de linguiça artesanal e muito queijo. Cada uma custa R$ 9,90.
�F Rua Antônio Carlos, 302, Consolação, tel. 3288-1378.
7 terça
Jurassic rock
Logo após uma gigantesca turnê pelos EUA e pelo Canadá com mais de 1,3 milhão de ingressos vendidos, o Def Leppard e o Mötley Crüe trazem a São Paulo a sua épica The World Tour. As duas lendárias e dinossáuricas bandas de heavy rock fazem hoje um único show na arena Allianz Parque. A trajetória do Def Leppard começou há 47 anos, na Inglaterra. Já o Mötley Crüe deu início à barulheira em 1981, em Los Angeles. Ingressos a partir de R$ 180. �F Avenida Francisco Matarazzo, 1.705, Água Branca.
Novidade borbulhante
O Mionetto – o prosecco mais vendido pelo mundo – acaba de inaugurar um bar dentro do complexo gastronômico Eataly. Em seu balcão, os visitantes podem degustar todo o frescor e a leveza característicos desse espumante com mais de 130 anos de história e produzido na província de Treviso, no norte da Itália. No novo bar, cada taça custa R$ 30, e cada garrafa com 750 ml sai por R$ 119,90.
�F Avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 1.489, Vila Olímpia, tel. 3279-3300.
9 quinta
Pranzo estivo
Neste verão, o restaurante mediterrâneo Dhomus está servindo um Menu Executivo com ingredientes frescos e leves. Disponível de terça a sexta, das 12h às 15h30, custa R$ 88 e inclui entrada, prato principal e sobremesa. Inicie a refeição com a salada grega servida com gazpacho de beterraba ou com as lulinhas à doré acompanhadas de hommus. De prato principal, peça o trenette com pesto e vôngole (foto) ou o milanesa de filé mignon com risoto de cogumelos.
�F Rua Amauri, 29, Jardim Europa, tel. 93903-9443.
sexta
Noite das bruxas
Acaba de estrear no Teatro
Santander a nova montagem de “Wicked”, o musical de mais sucesso na Broadway escrito neste século. A temporada vai até junho, estrelada por Fabi Bang e Myra Ruiz. “Wicked” leva ao palco a história não contada das bruxas Elphaba e Glinda, do Mundo de Oz. Bem antes de Dorothy ser levada até esse distante lugar por um tornado, elas protagonizam ali uma trama que mistura humor e dor. Ingressos de R$ 50 a R$ 400.
�F Avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041 (Shopping JK Iguatemi).
11
sábado
Churras in the box
O restaurante Nena Cocina oferece parrilladas espanholas todos os sábados e domingos, no almoço e no jantar. Os clientes podem optar entre a Parrillada do Mar (com camarão, lula, polvo, mexilhão, robalo, batatas portuguesas e arroz de brócolis) e a Parrilada da Terra (com wagyu, fraldinha, bife de chorizo, linguiça calabresa, coxa e sobrecoxa de frango, arroz biro-biro e vinagrete). Cada porção custa R$ 280 e serve até três pessoas numa boa. �F Rua Diogo Jácome, 372, Vila Nova Conceição, tel. 3846-0389.
E o Oscar vai para...
Acontece hoje em Los Angeles a 95ª cerimônia de entrega dos Academy Awards. Mais conhecido como Noite do Oscar, o evento conta com a presença das maiores estrelas de Hollywood. Este ano, a disputa pela estatueta na categoria de melhor filme está entre “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, “Os Banshees de Inisherin”, “Entre Mulheres”, “Nada de Novo no Front” e “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg. A festa será transmitida ao vivo e na íntegra pelo canal TNT e, em parte, pela TV Globo.
Corvos roqueiros
14 terça
A banda norte-americana The Black Crowes, dos irmãos Chris e Rich Robinson, faz show hoje à noite no Espaço Unimed, como parte da turnê que celebra o 30º aniversário do seu álbum inovador de estreia, “Shake Your Money Maker”, que trazia hits como “She Talks to Angels”, “Hard to Handle” e “Twice as Hard ”. Há 27 anos, a banda não se apresenta no Brasil. A última vez que eles estiveram por aqui foi no festival Hollywood Rock, nos anos 90. Ingressos a partir de R$ 170.
�F Rua Tagipuru, 795, Barra Funda.
Vida simples
A Feliciana é uma padaria que funciona no estacionamento-gourmet do Mercado de Pinheiros. Decorada como um empório no meio da roça, tem fogão a lenha e uma enorme lista de produtos artesanais. Muitos pães são feitos com farinhas orgânicas brasileiras e longa fermentação. A casa tem ainda pães de queijo bem queijudos, tapiocas, sandubas e tentadores bolos de milho com calda de goiabada. Aos sábados, a partir das 9h30, serve brunch sets por R$ 52.
segunda
�F Rua Pedro Cristi, 89, Pinheiros, tel. 99534-2473.
quarta
Renovazione
Diego Sacilotto, vencedor do “MasterChef Profissionais 2022”, é quem comanda a La Crosta, forneria que mistura tradições italianas com toques contemporâneos, na linha “farm to table” – muitos ingredientes vêm da Fazenda da Mamma, que pertence à família de Natalia Gambini, esposa do chef. No menu, destacam-se as caprichadas massas - como o spaghetti a carbonara, o caramelle de abóbora e o culurgione (foto) – além das pizzas com massa de longa fermentação.
�F Rua Pontins, 52, Santana, tel. 99186-5038.
Quer moleza?
O confeiteiro Adriano Akkari é quem comanda os trabalhos na Melhor Pudim do Mundo, que ao longo de 2022 vendeu nada menos que 35 mil unidades/mês. No cardápio, delícias cremosas no sabor tradicional e em versões menos usuais, como pistache, chocolate belga, baunilha de Madagascar, paçoca, doce de leite argentino, coco, gengibre, café e Nutella. Cada pudim com 1,1 kg é vendido por preços entre R$ 85 e R$ 100, dependendo do sabor escolhido.
quinta
�F Rua Antônio Camardo, 219, Tatuapé, tel. 95390-3909.
Made in China
Santos remédios
Há três anos seguidos na lista dos World’s 50 Best Bar, o Guilhotina acaba de renovar sua carta de drinques. Inspirado no controverso Antikamnia, lançado nos Estados Unidos em 1890 pelo excêntrico médico Louis Crusius como um poderoso analgésico, o novo cardápio assinado pelo mixologista Spencer Amereno traz doze coquetéis autorais inéditos. Entre eles, o Codeine (de rum com cambuci salgado) e o Antikamnia (à base de gim, hidromel e licor Drambuie).
sábado
�F Rua Costa Carvalho, 84, Pinheiros, tel. 3031-0955.
sexta
Até o dia 22, o espetáculo “Shen Yun” traz para o palco do Teatro Bradesco o melhor da dança e da música chinesa. Suas histórias atemporais celebram a graça e a bondade, trazendo uma mensagem de esperança e de harmonia com o universo e com os ensinamentos do Tao. Com uma orquestra ao vivo e cenários digitais, o Shen Yun é a soma do talento de dezenas de bailarinos, músicos e encenadores. Ingressos a partir de R$ 234. �F Rua Palestra Itália, 500 (Shopping Bourbon, 3° andar), Pompeia, tel. 3670-4100.
19 domingo
Jap monster
São Paulo agora tem uma lanchonete temática que faz a alegria dos fãs de Godzilla, o ícone da cultura pop japonesa. A loja faz parte da rede Eat Asia, que já possui uma unidade inspirada em vilas asiáticas e outra na personagem Hello Kitty. Aqui, a nova casa da marca tem como estrela de seu cardápio o Godzilla Burger, feito com 300 g de carne wagyu no brioche, com queijo cheddar, bacon e maionese. O menu tem ainda lamens, sushis e domburis.
�F Rua Moliére, 198, Vila Sofia, tel. 5522-0019.
segunda
Chagall é amor
O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta até 22 de maio uma exposição carregada de lirismo, “Marc Chagall: Sonho de Amor”. A mostra reúne 191 obras do artista que marcou o século XX pelo uso revolucionário das formas e das cores, criando um universo único em suas pinturas –fazendo delas verdadeiras obras poéticas. Nascido em 1887 no bairro judaico de Vitebsk, na Rússia, Chagall viveu por décadas na França e morreu aos 97 anos, em 1984. Entrada gratuita.
�F Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 4297-0600.
21 terça
A Síria
é
aqui
Fundado em 2006 pelo imigrante sírio Moris Azar, o Empório Samir Amis é referência em culinária árabe. Os best-sellers da casa são as esfihas, o trio de pastas (hommus, babaganoush e coalhada seca), os charutinhos de folha de uva, o tabule e o arroz marroquino. A cada mês, o estabelecimento vende mais de 250 mil esfihas! O empório também é uma loja de produtos como tahine, água de rosas, pimenta síria, azeites do Oriente Médio e muito mais.
�F Alameda dos Nhambiquaras, 1.020, Moema, tel. 5054-2695.
22 quarta
Café Photo
A rede de cafeterias
Lobo esperto
Sob o comando do restaurateur Daniel Sahagoff, o restaurante Loup apresenta novidades em seu cardápio. Entre elas, destaque para o poke de atum com avocado, manga e ovas de peixe-voador, os cones de harumaki recheados com salmão e cream cheese ou com steak tartare e mostarda Dijon, os gnocchi de batata e sálvia com lulinhas na manteiga e ainda o bife Ancho orgânico do Pantanal, servido com couve de Bruxelas e batatas ao murro.
Largada
�F Rua Dr. Mário Ferraz, 528, Jardim Paulistano, tel. 3078-1089. 23 quinta 24
We Coffee, conhecida pelas vitrines e bebidas coloridas, acaba de inaugurar duas novas unidades na cidade: uma bem próxima ao Parque Ibirapuera e outra dentro do icônico Edifício Citi Center, no coração da Avenida Paulista. No cardápio, os carros-chefes são os doces e os cafés instagramáveis, além dos salty cream –smoothies que também conquistam pelo sabor e pelo forte impacto visual.
�F Rua Diogo Jácome, 598, Vila Nova Conceição / Avenida Paulista, 1.111, Bela Vista.
sexta
Começa hoje no Autódromo de Interlagos mais uma edição do Lollapalooza São Paulo. A principal atração do dia é a cantora californiana Billie Eilish, mas o line-up inclui também shows de Lil Nas X, Kali Uchis, Claptone, Gorgon City, Conan Gray, Rise Against, Dominic Fike, Polo & Pan, John Summit, Modest Mouse, Hot Milk, Madds e Öwnboss, além dos brasileiros Pedro Sampaio, AnaVitória, Gab Ferreira, Planta & Raiz, Aliados e Brisa Flow. Ingressos a partir de R$ 550.
�F Avenida Sen. Teotônio Vilela, 261, Interlagos.
Combo matinal
Imperdível
A companhia norte-americana Momix apresenta hoje no Vibra São Paulo um espetáculo inspirado na beleza da natureza. No palco, os movimentos dos bailarinos geram lindíssimos efeitos e imagens impressionantes que enchem os olhos e deixam intrigada a mente do espectador. O programa reúne atos de outros espetáculos protagonizados pela companhia, como “Botanica” (2009), “Alchemia” (2014), “Opus Cactus” (2001) e “Lunar Sea” (2005). Ingressos a partir de R$ 50.
sábado
�F Avenida Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.
Pais & filhos
O longa “Um Filho”, em cartaz nos cinemas, segue a vida de Peter (Hugh Jackman), agora tranquilo na companhia de Emma (Vanessa Kirby), sua nova parceira e mãe de seu bebê. Mas a paz do casal é abalada quando a ex-esposa de Peter, Kate (Laura Dern), aparece do nada com um adolescente, Nicholas (Zen McGrath), que é apresentado como filho de Peter. O longa é dirigido por Florian Zeller, o mesmo do premiado “Meu Pai”, estrelado por Anthony Hopkins, que também atua neste filme, como o pai de Peter.
segunda
domingo
O Locale Caffè serve brunchs todo dia, das 9h às 15h. O “pacote” oferecido por R$ 129 inclui uma saladinha de frutas, ovos mexidos, uma escolha de panini (de salmão curado, de prosciutto ou Caprese) ou de croissant recheado (com presunto & queijo ou peito de peru & queijo branco), um drinque (um Limoncello Spritz ou uma Mimosa) e um cannoli, que pode ser de Nutella, pistache, limão siciliano, brigadeiro, doce de leite ou Romeu & Julieta.
�F Rua Manuel Guedes, 349, Itaim, tel. 94140-4371.
28 terça
Sensacionipo
O Imakay é um restaurante japonês conhecido por seus sushis preparados com um arroz temperado como em Tóquio e por seus ricamente saborosos peixes maturados a frio. Mas de sua cozinha saem também maravilhas que passaram pelo calor do fogo e da brasa. Não deixe de provar as ostras grelhadas na parrilla e servidas com manteiga de katsuobushi e o apetitoso porco glaceado (foto), acompanhado de arroz de kimchi e flores de nirá.
�F Rua Urussuí, 330, Itaim, tel. 3078-7786.
quarta
Art mall
Até o dia 2 de abril, a 19ª edição da SP-Arte ocupa o Pavilhão da Bienal, com mais de 150 expositores, entre galerias de arte nacionais e de outros sete países (Argentina, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai), estúdios de design, instituições culturais e espaços independentes. O espaço dedicado ao design está quase 30% maior do que na edição passada, reunindo agora 44 expositores. Ingressos a R$ 70. �F Avenida Pedro Álvares Cabral, s/ n°, Parque Ibirapuera.
Produtos selecionados
Especializada em embutidos artesanais maturados e defumados, a Antica Salumeria –inaugurada no final de 2022, nos Jardins – destaca em sua vitrine pancetta defumada, lombos saborizados autorais (preparados com limão siciliano e laranja Bahia), pastrami, bacon da coppa maturada da bresaola (lagarto bovino) e linguiças defumadas. A casa também oferece uma linha de pães de longa fermentação, que aparecem em diferentes versões disponibilizados em fornadas diárias. Aos domingos, é possível tomar um brunch no local com uma tábua de queijos e frios escolhida na hora.
quinta
�F Rua Pamplona, 1783, Jardins, tel 97276-8001.
Sabores do Pacífico
O Quinoa Restobar serve tradicionais receitas do Peru, como os chicharroncitos (entrada à base de pancetta de porco desfiada), o tiradito de pescado, o ceviche com molho de pisco e crocantes de batata-doce ou ainda o polvo grelhado. Mas vale provar também os diversos “arroces” da casa e o clássico Lomo Saltado. Para beber, tem cervejas, drinques e cremoladas (espécie de raspadinha típica de cidades praianas banhadas pelo oceano Pacífico).
sexta
�F Rua Anhaia, 1.034, Bom Retiro, tel. 3224-0037.
Às vezes, (na verdade quase sempre) até para o que você não gosta, um sorriso é a melhor resposta.