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CRIAÇÕES COLETIVAS E COMPARTILHADAS: POVO IMBORÉ DA ALDEIA DO CACHIMBO E ESTUDANTES DE ARTES VISUAIS DA UFSB Alessandra Mello Simões Paiva1 Sheilla P. D. Souza2 Tadeu dos Santos Kaingang3 1 Professora adjunta na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA). alesimoespaiva@gmail.com 2 Membro do Coletivo Kókir, membro da Associação indigenista – ASSINDI – Maringá, doutora em Estudos da Linguagem (UEL), mestre em Artes Visuais (UFBA) e professora adjunta no curso de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM). spdsouza2@uem.br 3 Membro do Coletivo Kókir, membro da Associação indigenista – ASSINDI – Maringá, mestre em Ciências Sociais (UEM) e doutorando no programa de pós graduação em História na Universidade Estadual de Maringá (UEM). santos.tadeu17@gmail.com
Resumo: Entrelaçando diferentes olhares e saberes, este estudo desenvolve reflexões sobre criações coletivas e compartilhadas entre indígenas Imboré e estudantes de Artes Visuais da Universidade do Sul da Bahia (UFSB). A partir do diálogo interétnico proposto pela ONG Thydewá e o Coletivo Kókir surgiram três vídeos apresentados durante as Jornadas da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) em 2020. O presente artigo, visando a construção de referenciais teóricos e metodológicos embasados no diálogo entre saberes indígenas e não indígenas, apresenta uma análise sobre as criações realizadas a fim de contribuir para romper com óticas totalitárias e coloniais. Os resultados apontam para compreensões não eurocêntricas sobre o fazer artístico na contemporaneidade, permitindo que as vozes indígenas possam estar presentes nas reflexões sobre a criação artística no Brasil. Palavras-chave: criação coletiva; relações interétnicas, artes visuais.