A LIDERAR DESDE O ANO 2000
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Cab e Série Braud 9090X Dual: Performances nunca vistas nas vinhas e olivaisT4F
Cab e Série Braud 9090X Dual: Performances nunca vistas nas vinhas e olivaisPORTUGAL PELO 22º ANO
Novos Série T7 LWB PLM
Intelligence - Stage V e Nova Série Big Baler Plus A revolucionar o enfardamento de grande dimensão
Catarina Gusmão DIRETORApudemos acompanhar duas das principais feiras agrícolas portuguesas: a Ovibeja e a AgroBraga. É notória a sua crescente profissionalização, e o interesse por parte das empresas do setor, concessionários e fabricantes, que escolhem esses eventos para apresentarem novos produtos dedicados especificamente para as culturas dessas zonas.
Ainda nos eventos, acompanhámos de perto as demonstrações em campo da Jopauto/Clemens e New Holland Portugal, fruto do protocolo da primeira com a Universidade de Évora. Um exemplo da importância de atrair os jovens para o setor das máquinas agrícolas.
Uma das empresas que conseguiu reunir uma equipa jovem e se afirmou a nível europeu é a Servidiesel - um centro de excelência Bosch - ao nível dos melhores da Europa (tanto em termos de equipamento como de pessoal especializado), que fomos conhecer nesta edição e
que pretende alargar ainda mais a sua área de atuação no setor das máquinas agrícolas.
Outro grupo empresarial português que se afirma no mercado internacional é o Grupo Campicarn, que adquiriu dois unifeeds automotrizes da Faresin, tendo as entregas sido realizadas pelo próprio Sante Faresin, dono da empresa italiana, que tem como valor inegociável dentro da companhia o bem-estar e crescimento dos seus colaboradores.
Relativamente à importância da Formação, e de como a percepção da mesma tem vindo a aumentar dentro do setor das máquinas agrícolas, entrevistámos Dário Afonso, Diretor Executivo da ACM - Autocoach Management.
Finalmente, porque as empresas são feitas de pessoas exemplares que nos servem de faróis, deixamos a nossa homenagem a Fernando Garcia, que abandonou as suas funções como Diretor Geral da CNH Portugal.
PS: A Prova de Campo está de volta com o Deutz-Fahr 6.135C!
Foram dois dias na exploração dos Irmãos Soares, onde conhecemos o jovem Miguel Soares de 22 anos, desportista ex-federado de canoagem, atualmente estudante universitário de zootecnia e ainda com tempo para estar em cima de um tractor a fazer os trabalhos de campo, ao lado do avô e do pai. Exemplos destes são precisos!
DIRETORA Catarina Gusmão ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses REDAÇÃO Sebastião Marques (sebastiaomarques@revista-abolsamia.com) · João Sobral (joaosobral@ abolsamia.pt) PUBLICIDADE Catarina Gusmão (T. 913 469 299 · catarinagusmao@abolsamia.pt) · Américo Rodrigues (T. 917 769 014 · americorodrigues@abolsamia.pt)
MARKETING DIGITAL Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Victor Manfredo (prepress@abolsamia.pt) COLABORARAM NESTA
EDIÇÃO Rui Reis PROPRIEDADE Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda (Contribuinte 502 885 203 · Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97)
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R. Q.ta Conde de Mascarenhas 9, 2820-653 Charneca de Caparica TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023 GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) · T. 21 983 0130)
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Utilidade para a Agricultura em campo aberto, Agro-pecuária, Serviço Municipal, Apoio Logístico, Construção, Floresta e Operações em Estaleiro.
Determinação em garantir economia dos custos de operação, baixo consumo e grande autonomia, componentes muito testados e com longevidade, longos períodos de manutenção e partes em aço.
Experiência com o cliente, oferecendo eeciência, eabilidade, conforto automóvel, design robusto. Apesar de universais permitem várias conegurações de fabrico que vão ao encontro das exigências especíecas do se especíecas do serviço.
8 Portugal: 1º trimestre 2023
14 A visão dos representantes das marcas
18 Barómetro de negócios da Associação Europeia de Maquinaria Agrícola
20 Europa: matrículas de tratores em 2022
EMPRESAS
28 NOTÍCIAS
28 Agradecimento e gratidão a Fernando Garcia
30 Alemanha: inquérito aos agricultores sobre a força das marcas de tratores
32 Jan-Hendrik Mohr substitui Thomas Böck como CEO da Claas
33 Grupo Milleuno-Imoco inicia processo final de aquisição da Antonio Carraro
34 Kverneland Group e Kubota Corporation adquirem a marca Phenix Agrosystem
EM FOCO
42 AgroRibatejo – Clientes fiéis num mercado em mudança
44 Servidiesel - “O setor agrícola é muito mais técnico do que o ligeiro”
ENTREVISTAS
36 Dário Afonso, Diretor-Executivo da ACM AutoCoach Management
40 Tomás Rocha, Administrador do Grupo Auto-Industrial
46 Entreposto Máquinas é o novo importador da TYM Corporation
48 Ovibeja ainda maior
49 Tiro de partida para a Borrego Leonor Alentejo
50 Herculano – Novo reboque apresentado a pensar na colheita de frutos secos
51 Irmãos Luzias – Dois trunfos no coração do Alentejo
54 Agrobraga 2023
56 Jopauto leva Clemens à Universidade de Évora
EM FOCO
58 Novo intercepas Clemens Radius D
62 Snarler AT6 ST – Garras apontadas ao mercado
66 Tractorave entrega três automotrizes Faresin
92 NOTÍCIAS
62 Snarler AT6 ST – Garras apontadas ao mercado
70 Deutz-Fahr 6135
C RVShift: Média Potência associada a versatilidade
86 JCB Fastrac 4220 iCon
90 Landini Rex 4-120
GT Robo-Shift
De origem japonesa e com uma grande tradição no mercado nacional, a Iseki é uma marca de tratores compactos, com uma gama completa e diferenciada, bem conhecida dos agricultores. Com soluções dos 16 aos 67 cv, robustos e evoluídos, os tratores Iseki são indicados para pequenas propriedades, culturas especializadas, estufas, horticultura, manutenção de espaços verdes, municípios, entre outras aplicações.
Conheça a gama de tratores compactos Iseki, na Moviter ou no concessionário da sua região.
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Parque Movicortes, Portelas, 2410-855 Cortes, Leiria
T (+351) 244 890 180 / moviter@movicortes.pt www.moviter.pt / facebook.com/moviter
”Para 2023, as expectativas são de quebra significativa no mercado de tratores se não houver um programa de apoio ao investimento e à revitalização da agricultura que permita fazer face ao aumento generalizado dos preços e dos custos de produção.” Esta “quebra significativa em 2023” prevista por Arnaldo Caeiro, da SDF Portugal, e demais representantes de marcas no balanço de 2022, já se faz sentir: no fim do primeiro trimestre há aproximadamente menos 30% de tratores matriculados em relação ao mesmo período de 2022. Mais importante do que esclarecer os agricultores, urge a “abertura das candidaturas aos diferentes apoios ao rendimento e investimento.”
Oprimeiro trimestre de 2023 foi a confirmação de um cenário já esperado pelos profissionais do setor: o registo de matrículas de tratores agrícolas caiu a pique em janeiro e fevereiro e ainda que março tenha revelado uma ténue luz ao fundo do túnel (melhoria de 6% em relação a fevereiro), a quebra é evidente. Nos três primeiros meses deste ano, foram matriculados 1.235 tratores, menos
499 (-28,78%) do que em igual período de 2022 e, dada a ausência de projetos de apoio ao investimento – a curto, médio ou longo prazo -, a tendência é pouco animadora sobretudo porque os agricultores continuam sem saber com que ajuda podem contar da parte do Governo. Uma “mecanização agrícola mais eficiente e sustentável, bem como o incentivo forte na Agricultura 4.0” para proporcionar a revitalização do setor é cada vez mais necessária, como realçou Nuno Santos, Diretor Comercial do Entreposto Máquinas, na edição anterior. E o impacto negativo neste primeiro trimestre faz-se sentir até em marcas que apresentaram um forte crescimento em 2022, casos da Solis, Kubota ou John Deere.
Se em março de 2022, o mercado dava sinais de força, com um crescimento na ordem dos 14% - em
virtude de uma vaga de entregas que estavam adiadas desde a reta final de 2021 -, passado um ano, a situação é inversa: decréscimo de 28,78% e três meses com registos abaixo de 500 tratores/mês, situação que só ocorreu por cinco vezes em 2022. E em fevereiro foram mesmo registados menos de 400 tratores, algo que no ano passado só aconteceu em novembro e dezembro, num claro sinal de que a quebra havia chegado para ficar. Situação que poderá abrir espaço ao ‘pedido’ de Nuno Santos na edição anterior d’abolsamia: “Deve ser feita uma reflexão estratégica profunda sobre a nossa segurança alimentar, de forma a prepararmo-nos melhor para subsistir nas catástrofes e a reagir a eventuais cenários como os que poderiam ter saído de uma pandemia ou uma guerra em países dos quais dependamos demasiado para alimentar a nossa população.”
New HollandA New Holland ganhou o ano de 2022 mas é quem apresenta a maior quebra entre as dez marcas que mais tratores registaram no primeiro trimestre: -52,91% em relação ao período homólogo do ano transato. A Solis está no topo, ainda que com quebra de 4% face a 2022 e, entre o Top10, só a Farmtrac e a LS melhoraram os números, embora de forma ligeira. Se no fim de março de 2022, havia três marcas acima dos 200 registos, essa barreira agora só é ultrapassada pela Solis, que matriculou 264 tratores entre 1 de janeiro e 31 de março. No que se refere às quotas de mercado das marcas, a Solis ‘disparou’: tem 21,38% quando tinha 15,86% no fim de março de 2022. A New Holland chega ao fim do primeiro trimestre com uma quota de 8,5%, abaixo dos 10,12% da Kubota, a segunda marca com maior quota de mercado em março de 2023.
IDEAIS PARA A NOSSA AGRICULTURA
Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria
T e os Telescópicos. | Origem: IMT / Fonte: ACAP
Os tratores LS, distribuídos em Portugal pela Moviter, apresentam-se no mercado nacional com as séries XJ e MT3. Com motores Stage V, modernos e económicos, os LS MT3 posicionam-se no segmento dos tratores compactos, numa faixa de potências bem justada às necessidades da agricultura no nosso país. Com excelente força e binário, uma transmissão eficiente (12x12 e 16x16) e um hidráulico de alta capacidade, os tratores LS MT3 garantem a produtividade necessária em qualquer tipo de trabalho e com qualquer alfaia.
Conheça a gama de tratores LS (25 aos 57 cv), na Moviter ou no concessionário da sua região.
Parque Movicortes, Portelas, 2410-855 Cortes, Leiria
T (+351) 244 890 180 / moviter@movicortes.pt www.moviter.pt / facebook.com/moviter
Segundo os dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a Solis foi a marca que matriculou mais tratores nos primeiros três meses de 2023 (264) e também a que detém o modelo mais vendido, ainda que não seja aquele que monopolizou 2022. O destaque da marca indiana é agora o Solis 26 9+9 M5, o qual teve 111 unidades matriculadas, ou seja, 42,05% do total dos registos. Contabiliza, assim, mais 59 unidades do que o Farmtrac 26 4WD, o qual mantém o estatuto de segundo modelo mais matriculado que já trouxera de 2022. Quanto às marcas líderes nos diferentes escalões de potência, a Solis prolongou o domínio <50cv, com 246 tratores matriculados novos, mais 178 do que a Kubota. No escalão 51-120cv, a New Holland supera a forte concorrência, chegando aos 84 tratores matriculados, mais 13 do que a Deutz-Fahr, que ocupa agora um lugar que foi da Kubota em 2022. Já nas potências mais elevadas, a John Deere ainda dita a sua lei no 121200cv, matriculando mais do dobro (28) do que a Valtra (13) mas a marca finlandesa redime-se no escalão >200cv: matriculou 15, também mais do dobro dos 7 registados pela John Deere.
Marcas e modelos mais vendidos, classificados por segmentos de potência
Analisando os segmentos de potência mais vendidos, e depois dos sinais de janeiro e fevereiro, março confirmou que, sem os apoios do Governo para uma nova Renovação do Parque de Tratores Agrícolas, os papéis invertem-se em relação a 2022: agora manda o escalão <50cv, superando a barreira dos 50% - com 51,74% - e o escalão 51-120cv fica aquém dos 40% (37,73%). Nos segmentos de maior potência, o de 121-200cv mantém-se a navegar entre os 7 e os 8% (7,45%), enquanto o escalão >200cv já matriculou 38 tratores atingindo, só em três meses, 42,2% do número total (90) de 2022.
O primeiro trimestre de 2023 trouxe algumas melhorias no mercado de reboques em relação aos números finais de 2022 (-10,6%) mas regista menos 5,9% de registos quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado. São, no total, menos 25 reboques matriculados em relação ao fim de março de 2022, ainda que Galucho, Rates e Joper tenham crescido. Principalmente a Galucho, que volta a entrar em força num novo ano: matriculou 117 reboques quando há um ano tinha só 68 matriculados. Excetuando o trio da frente, quase todas as restantes marcas caíram e aqui o destaque é a Herculano: ganhou 2022 mas conta, em março de 2023, com menos 50 reboques matriculados em relação
ao período homólogo do ano anterior. Outra nota de destaque é que em março de 2022, os 423 reboques matriculados estavam
mais distribuídos pelas marcas, enquanto agora 55,02% (219) das 398 matriculações foram feitas por Galucho e Rates.
Numa análise ao mercado de vendas de ATV’s (Veículos todo-o-terreno) e UTV’s (Veículos utilitários multitarefas) no primeiro trimestre de 2023, a CF Moto surpreende na liderança de vendas de ATV, registando um crescimento de 58,33%: matriculou 114 veículos, mais 42 do que em igual período do ano passado e mais 10 do que a Linhai, marca que acabou 2022 como líder neste segmento. Já nos UTV, a CF Moto, que terminou 2022 no topo após um ano muito discutido com a BRP, viu a marca canadiana regressar à
liderança que também ocupava no fim do primeiro trimestre de 2022. Agora, a BRP matriculou 42 veículos, mais 1 do que em igual período do ano passado e mais 4 do que CF Moto e Polaris. Esta última é, aliás, a que mostra maior crescimento em 2023, pois ocupa o 3º lugar, com 38 veículos matriculados: + 280% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Por fim, assinale-se a significativa subida de vendas dos UTV (54,13%) e a quebra residual dos ATV (-3,22%), comparando com os números entre janeiro e março do ano passado.
Quebra de 21,07% no mercado em Espanha
O Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA) de Espanha divulgou os dados relativos ao registo de tratores agrícolas no país no primeiro trimestre de 2023 e os números vão ao encontro do que se passa em Portugal: foram matriculados 1.925 tratores agrícolas entre 1 de janeiro e 31
de março, menos 514 do que os 2.439 registados em 2022, o que significa uma queda de 21,07%. Depois de ter sofrido uma quebra de 19,75% em fevereiro, os números decresceram em março e a previsão é que assim se mantenha enquanto não for implementado pelo
governo espanhol o “plano de recuperação” que é esperado por todo o setor agrícola no país vizinho. Mesmo contabilizando os números relativos a máquinas automotrizes, reboques ou telescópicos, o resultado continua a ser negativo (-1,27%) em relação ao primeiro trimestre de 2022.
A Hürlimann é uma marca com história no mercado nacional e uma referência de qualidade e inovação, com tratores de 50 a 146 cv, compactos, convencionais e especializados. Em 2023, a marca tem novidades em vários segmentos de mercado, com novas soluções e tecnologias que enriquecem a gama e aumentam a oferta junto dos clientes. Aos tratores XF e XS, com transmissão V-Drive e suspensão Active Drive, junta-se o novo XL.K com transmissão RVShift (conceito de Power Shift Total 20x16) ou V-Drive.
Conheça as novidades e toda a gama de tratores Hürlimann na Moviter ou no seu concessionário.
A revista abolsamia pediu a quatro representantes de marcas uma leitura ao mercado nesta fase do ano.
1 O ano de 2023 arrancou em forte quebra e piorou em fevereiro mas já melhorou no fim do primeiro trimestre, embora continue negativo (-28,78%). A quebra era expectável? Como prevê a evolução do mercado nos próximos três meses?
2 Depois da preponderância do escalão 51-120cv no ano passado, os representantes das marcas contactados no fim do ano indicavam que este escalão voltaria a perder peso este ano em detrimento do <50cv, que é o que está a acontecer. Tem a ver só com a ausência de novo programa de abates ou há mais razões a justificar esta alteração?
3 Que medidas considera que poderiam ser tomadas por parte do Governo em relação aos apoios previstos para renovação do parque de máquinas?
4 E as empresas, que tipo de estratégias podem desenvolver de forma a contribuir para a revitalização do setor? abolsamia março / abril 2023
1 – Sim, a quebra era expectável, face não só ao que vinha já a ocorrer desde meados do ano passado, bem como ao agravar da situação económica em que a inflação não só fez disparar preços como, ao mesmo tempo, os juros dispararam e fizeram com que os financiamentos também ficassem mais caros.
A juntar a isto tudo, acrescentar que não existem projetos com ajuda do Estado em curso e não se vislumbram a curto prazo… infelizmente e em face do que disse, não vejo grandes alterações nos próximos meses.
2 – Não diria que está a perder peso mas sim que o escalão dos <50cv está a crescer bastante. Do meu ponto de vista, terá a ver com alguns fatores tais como a diminuição das importações de tratores sem matrícula durante a pandemia, a limitação de não poderem circular na via pública e ainda o aparecimento de várias marcas provenientes de mercados mais baratos. O que faz com que os preços desses tratores sejam atrativos não só para esse tipo de mercado mas também para os clientes de motocultivadores e de uso menos profissional. No caso da nossa marca, os modelos nessa gama (linhas B1 e B2) continuam a ser vendidos a bom ritmo e, como é sabido, a Kubota com a sua participação maioritária na fábrica Escort na Índia, coloca também no nosso mercado esse tipo de produto mais barato, com a marca E-Kubota.
3 – Creio que retomar e lançar o quanto antes esses apoios seria não só fantástico para o nosso mercado mas também uma maneira de modernizar o parque com todos os benefícios, não só de segurança e ambientais, bem como de otimização de custos de operação dos agricultores. Terá que ser é bastante mais abrangente do que foi o último, onde apenas foram contemplados alguns agricultores e sobretudo das regiões mais desfavorecidas. Nada contra essas ajudas, sempre a apoiar regiões mais distantes dos centros de decisão e com maiores dificuldades mas deve-se também apoiar agricultores com perfil mais profissional e com dimensão para concorrer em diversos mercados, muitos deles no exterior.
4 – Da nossa parte, continuar a apresentar-nos no maior número de eventos a nível nacional (nomeadamente na FNA e na Agroglobal), onde apresentaremos as nossas soluções de produto. Também continuamos, em conjunto com o BNPLeasing, a procurar as melhores soluções financeiras para ajudar na aquisição de equipamentos. Continuar em conjunto com a nossa rede de concessionários e com os clientes finais a colaborar para que, junto da nossa representada, encontremos as melhores soluções para as suas necessidades.
“Não prevejo grandes alterações nos próximos meses”João Bizarro Diretor Comercial Tratores New Holland
1 – A quebra era esperada. Em igual período de 2022 entregavam-se muitas unidades vendidas ao abrigo da campanha de abate. A verdade é que o mercado não está em quebra no primeiro trimestre deste ano mas sim desde Maio do ano transato.
2 – Por se tratar de um escalão de potência (51-120 cv) mais profissional, os apoios comunitários ou a ausência deles condiciona muito as matriculações. Existe também alguma incerteza em alguns setores como por exemplo a produção de leite, olival, amendoal ou vinha.
3 – No mínimo, clarificar se voltará a abrir este tipo de apoios. A incerteza leva os potenciais compradores a retraírem-se e, mesmo necessitando, acabam por ir adiando essa decisão. A última unidade entregue ao abrigo da campanha anterior tinha uma pontuação demasiado elevada. Grande parte do território acabou por não beneficiar e, em minha opinião, muitos agricultores (até mesmo de zonas mais profissionais) não foram abrangidos. Se o Governo reforçasse agora com verbas semelhantes à campanha anterior, utilizando os projetos já inseridos/não contemplados, chegaria a todo o país e a todo o tipo de agricultor. 4 – Só para recordar, nos últimos 5 anos, houve escassez de matéria-prima, falta de chips e conectores, dificuldade em obtermos contentores disponíveis, preço dos transportes marítimos internacionais (em alguns casos aumentou para o triplo), grandes condicionamentos nas fábricas durante o período crítico na pandemia, ocupação da Ucrânia, aumento do custo geral da energia… As empresas que comercializam máquinas agrícolas vivem em constante adaptação.
Nuno Santos
Diretor comercial do Entreposto Máquinas
1 – A queda que se registou no início deste ano era previsível e em linha com a tendência dos últimos meses de registos do ano anterior, talvez não tão acentuada, mas ainda assim não se pode falar em surpresa, considerando o enquadramento atual. Pensamos que, nos próximos três meses, a tendência de quebra relativamente ao período homólogo do ano transato se mantenha, mas esperamos que seja um pouco menos acentuada do que foi nos dois primeiros meses do ano.
2 – Sim, a ausência de incentivos ao abate/troca de equipamentos neste segmento tem uma consequência direta nos números. Por outro lado, o nosso tecido empresarial agrícola tem registado a tendência de profissionalização crescente, o que normalmente implica maior crescimento relativo neste segmento e nos segmentos de maior potência por oposição ao dos compactos mais ligados ao “Hobby Farming” e explorações de menor dimensão.
3 - O programa de incentivo ao abate e renovação de equipamentos mais antigos, mais poluentes, menos eficientes e menos seguros foi um sucesso que poderá muito bem ser continuado, mas devemos apostar mais nas novas tendências disponíveis que permitem melhorar significativamente a competitividade dos nossos clientes empresários, associando o equipamento a características diferenciadoras, como o sistema de conetividade e análise em tempo real, automatização e semi-automatização, e mesmo software de análise de frota e agronómicos, entre muitas outras e novas soluções já disponíveis.
4 – A aposta em divulgação, formação e consultoria junto dos profissionais é essencial para dinamizar o desenvolvimento de soluções e produtos. A simplificação e flexibilização de processos e modelos de negócios disponíveis para os nossos clientes deve ser desenvolvida criando novas formas de fazer negócio para além das “clássicas” de compra/venda. Por último, ter uma voz de conselho/opinião, quer junto das associações de agricultores, quer das entidades reguladoras e governantes seria um contributo positivo para o desenvolvimento do nosso setor.
Arnaldo Caeiro Diretor Geral da SDF Portugal1 – Esta quebra era expectável sobretudo depois do forte crescimento que o mercado teve no primeiro trimestre de 2022 em grande parte devido à medida de renovação do parque de tratores. Nos próximos três meses devido às baixas expectativas dos agricultores, agravadas pela situação da seca, esperamos uma queda do mercado.
2 – O segmento de potência 51-120cv aumentou em 2022 muito por influência da medida de renovação do parque de tratores. É um facto. No entanto, dentro do segmento de potência 51-120cv, temos que fazer a separação entre os tratores de 51-100cv, destinados maioritariamente a clientes não profissionais, e consequentemente muito dependentes dos apoios ao investimento, e os tratores acima de 101cv que, podemos dizer, são na sua maioria destinados a clientes profissionais onde a compra é, em grande parte, determinada por fatores dependentes da rentabilidade da atividade agrícola. A confirmar isso verificamos que entre Janeiro e Março de 2023 o segmento 101-120cv tem uma queda menor do que o segmento 51-100cv. Relativamente ao segmento <50cv, aumentou o peso relativo no mercado total sobretudo devido às vendas de tratores abaixo dos 26cv.
3 – A medida de renovação do parque de tratores recebeu 7.120 candidaturas das quais só 1362 foram aprovadas, o que significa uma taxa de aprovação de 19%. Este resultado ficou muito aquém do esperado e, em certa medida, causou frustração nos agricultores, sobretudo porque os critérios de pontuação das candidaturas foram, na minha opinião, pouco ou nada adequados à realidade agrícola do País. O Ministério da Agricultura decidiu avançar com essa medida em 2021 sem consultar a entidade que representa as empresas que atuam no mercado do tratores agrícolas, a Comissão Especializada de Grossistas de Máquinas Agrícolas da ACAP e, como tal, o resultado está à vista de todos: das 1.362 candidaturas aprovadas, 68% foram na Zona Norte, 27% na Zona Centro, 3% no Alentejo e 2% no Algarve. É nossa convicção que a medida deveria continuar, embora com critérios de pontuação diferentes de modo a beneficiar todas as regiões de forma equitativa. É publico também que em março foram disponibilizados 126 milhões de euros no PDR2020 que irão beneficiar cerca de 2100 candidaturas pendentes por falta de dotação orçamental. Esperamos que esta decisão possa beneficiar o mercado dos tratores agrícolas.
4 – Ao nível das empresas, creio que todos enfrentamos uma situação semelhante, com quedas acentuadas das vendas, devido à quebra do mercado total. Quando o mercado está em queda acentuada, a estratégia passa sobretudo por melhorar a competitividade dos nossos produtos. Naturalmente que cada marca tem a sua maneira própria de atuar no mercado.
“Critérios de aprovação das candidaturas à renovação do parque de tratores frustraram os agricultores”
“Esperamos que no próximo trimestre a queda seja menos acentuada”
Oíndice geral de clima de negócios para a indústria de máquinas agrícolas na Europa abandonou de vez a tendência positiva que vinha apresentando desde a quebra abrupta verificada no decurso da guerra da Rússia contra a Ucrânia, mantendo-se apesar de tudo a um nível relativamente bom. Em abril, o índice caiu dos 24 para os 16 pontos (numa escala de -100 a +100).
Depois da deterioração verificada nas avaliações do clima de negócios atual, os representantes da indústria também reviram em baixa as suas expectativas para o futuro. Apesar de uma considerável flexibilização do lado da oferta, as incertezas aumentam do lado do mercado, decaindo assim os níveis de confiança.
Analisando país a país, é possível verificar que alguns dos maiores mercados, tal como a França, a Alemanha, Itália, Espanha e Polónia estão a perder força. Os stocks atuais dos revendedores, tanto de máquinas novas como usadas, continuam relativamente baixos por toda a Europa, apesar de ser notório um reabastecimento, nomeadamente na Polónia e em França.
CBI=média geométrica de 1) avaliação da situação atual do negócio e 2) expetativa de volume de negócios: Escala do índice de -100 a +100-, Índice positivo para 1) maioria dos inquiridos avalia a situação como favorável e vice versa; Índice positivo para 2) maioria dos inquiridos espera nos próximos seis meses um aumento do volume de negócio e vice versa (comparando respetivamente com o nível obtido no ano anterior).
Questão: Consideramos que o negócio atualmente está... Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios
Questão: Consideramos que o negócio atualmente está... Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses nosso volume de negócios...
Source: CEMA Business Barometer
Source: CEMA Business Barometer
Em 2022, foram registados em toda a Europa pouco menos de 215.000 tratores, de acordo com os números fornecidos pelas autoridades nacionais. Destes registos, 59.283 tratores tinham 37 kW (50cv) ou menos e 155.686 tinham 38 kW ou mais. O CEMA (Associação Europeia de Maquinaria Agrícola) considera que, dos 214.969, 165.228 são tratores agrícolas, sendo os restantes constituídos por uma variedade de veículos, por vezes classificados como tratores, incluindo quadriciclos, ATV e UTV, manipuladores telescópicos e outro tipo de equipamentos. O seguinte quadro apresenta um panorama do total de matrículas de tratores em cada país, incluindo uma indicação da proporção de matrículas que podem ser classificadas como tratores agrícolas.
Desta forma, as matrículas de tratores agrícolas diminuíram 8,7%, em comparação com 2021, que havia sido o melhor dos últimos largos anos. Ainda assim e excetuando 2021, o total anual de 2022 foi o mais elevado desde 2017, quando os números foram impulsionados antes das alterações regulamentares introduzidas a partir do início de 2018. O número de máquinas registadas em cada mês do ano foi inferior ao do ano anterior, ainda que em todos os meses, os registos tenham sido aproximados ou mesmo superiores à média da época do ano nos três anos anteriores.
O número de tratores matriculados na Europa em 2022 teria sido ainda maior se não fossem as contínuas perturbações nas cadeias de abastecimento mundiais. Estas devem-se principalmente ao impacto a longo prazo da pandemia de Covid-19, mas foram agravadas após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Conduziram ainda a estrangulamentos no fornecimento de matérias-primas e componentes aos fabricantes bem como ao aumento de preços desses mesmos bens.
Embora o impacto dos atrasos tenha diminuído gradualmente ao longo do ano, quando combinado com a forte procura, a perturbação significou que os prazos de entrega dos tratores continuaram significativamente mais longos do que o habitual. No início de 2023, as carteiras de encomendas das empresas ainda correspondem a um período de produção superior a seis meses quando antes da pandemia, o habitual era um período de dois a três meses. Os níveis de stock detidos pelos
concessionários continuam também inferiores ao normal na maioria dos países europeus.
Os fabricantes de tratores também foram afetados negativamente pelos elevados preços da energia e dos combustíveis ao longo de 2022. Este facto conduziu inevitavelmente ao aumento dos preços das máquinas agrícolas, incluindo os tratores.
Apesar dos desafios nas cadeias de abastecimento, a procura por tratores e outras máquinas agrícolas na Europa continua robusta. Para isso contribuíram os fortes preços agrícolas que, embora tenham descido em relação aos picos registados no início da guerra na Ucrânia, mantêm mais cara a maioria dos produtos agrícolas em relação a anos anteriores. De acordo com o índice mundial de preços dos géneros alimentícios publicado todos os meses pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os preços atingiram níveis sem precedentes na primavera de 2022, em especial no caso dos óleos vegetais e dos cereais, dos quais a Ucrânia é um dos principais produtores. No entanto, as fortes colheitas noutros locais ajudaram o sistema alimentar mundial a ajustar-se e permitiram que os preços se estabilizassem.
Embora o elevado nível dos preços dos produtos agrícolas de base seja bem-vindo, os agricultores registaram também um aumento semelhante dos preços de determinados
Carne Lacticínios
Cereais Óleos vegetais Açucar Alimentação
fatores de produção essenciais, como combustíveis, fertilizantes e alimentos para animais. Face à probabilidade de os preços se manterem voláteis durante mais algum tempo, o futuro dos rendimentos agrícolas é altamente incerto.
Embora o panorama da procura tenha permanecido globalmente positivo, este viu-se afetado pelas
condições meteorológicas extremas registadas em 2022. A maior parte do continente registou uma vaga de calor e condições de seca durante o verão, mas a situação foi mais grave no sul da Europa. As condições de seca tiveram um impacto significativo nas culturas e irão propiciar, sem dúvida, um efeito na procura por tratores e outras máquinas agrícolas, nomeadamente em Portugal, Itália e Espanha.
Índice de preço dos alimentos da ONU para a Alimentação e Agricultura
A maior parte do declínio nos registos de tratores agrícolas entre 2021 e 2022 deu-se nas máquinas com menos de 97 kW (130cv). Abaixo deste nível, o número de máquinas registadas foi inferior em 15,2% em relação ao de 2021. Em contrapartida, para as potências mais elevadas, o total anual foi 3,7% superior ao do ano anterior. Significa que estas máquinas de maior dimensão representaram
39 % dos registos europeus em 2022, em comparação com os 35 % em 2021. Tendo em conta os desafios com as cadeias de abastecimento acima
e acima
Fonte: Systematics International
mencionados, as alterações comunicadas para diferentes faixas de potência podem não refletir com precisão a procura por diferentes tipos de tratores.
of which saw very high registrations in 2021, recorded even faster declines in 2022. countries, mainly in Eastern Europe and Scandinavia, did register more agricultural tractors the year before.
As matrículas de tratores agrícolas diminuíram em cada um dos sete maiores mercados europeus em 2022 mas ainda representam quase três quartos dos tratores matriculados na Europa. Os dois maiores mercados europeus continuam a ser a França e a Alemanha [ver quadro], com estes dois países a representarem quase 40% de todos os tratores matriculados no Velho Continente em 2022, ainda que tenham caído 1% e 11%, respetivamente. Itália, Polónia e Espanha, que tiveram registos muito elevados em 2021, sofreram descidas ainda mais drásticas em 2022. Por outro lado, alguns países, principalmente da Europa Oriental e da Escandinávia, matricularam mais tratores agrícolas do que no ano anterior.
associations further commented:
Resto da Europa
Fonte: Systematics International
Na Alemanha, o número de matrículas de tratores ultrapassou mais uma vez a marca dos 30.000. Embora tenha havido um declínio de 11,9% em comparação com o ano anterior, o resultado ainda é notável quando analisado de forma minuciosa. Afinal, o mercado dos grandes tratores (mais de 150cv) aumentou 2,9% e, tal como nos anos anteriores, os segmentos de mercado dos tratores mais pequenos diminuíram (-31,9% para as máquinas com menos de 50cv). O desenvolvimento do mercado seguiu consistentemente a sazonalidade e a tendência do ano anterior (2021) ao longo de 2022, embora a um nível um pouco mais baixo. Durante o ano, o mês de vendas mais forte (tal como nos últimos três anos) foi março.
Em França, as matrículas de novos tratores estabilizaram em 2022, em comparação com 2021, nas 35.577 unidades. Este bom desempenho deve-se principalmente ao aumento das matrículas de tratores convencionais (25.071 unidades, +2%) e tratores plataforma (576 unidades, +47%). Em contrapartida, as matrículas de tratores para espaços verdes e de tratores para vinhas e pomares diminuíram, respetivamente, 8% e 14%. Este ano, as matrículas foram ainda afetadas por dificuldades de entrega.
Em Itália, os dados relativos às matrículas revelam uma contração em todas as principais categorias de veículos. Os tratores diminuíram 17,1%, registando 20.212 matriculados. A diminuição das vendas verificou-se sobretudo nas máquinas de potência média e média-alta, em particular no segmento de 56 kW (76 cv) a 75 kW (102 cv) que, com um total de 4.354 unidades registadas, caiu 43,7% em 2022. Os tratores estreitos diminuíram mais do que os normais, em oposição ao ano anterior: o aumento maior foi nos estreitos (40%) em relação aos normais (34%). Foram também registadas quebras nas ceifeiras-debulhadoras (-9,7%) e nos carregadores telescópicos (-21,2%). Esta contração do mercado pode ser considerada, em parte, como uma queda “técnica”, após a extraordinária evolução registada em 2021 (+35,9% para os tratores, +29,8% para as ceifeiras-debulhadoras e até +56% para os carregadores telescópicos). No entanto, tal também se deve aos conhecidos problemas de abastecimento e aos elevados preços das matérias-primas. Por fim, em 2022, a procura de tecnologia agrícola manteve-se num nível elevado, beneficiando, entre outras coisas, de ferramentas de incentivo público para a compra de máquinas.
No Reino Unido, as matrículas de tratores agrícolas com mais de 50cv (37 kW) em 2022 voltaram a estar próximas das 12.000, o que parece ser a referência atual, uma vez que cinco dos últimos seis anos registaram matrículas a poucas centenas desse nível. O valor anual foi em 4% inferior ao de 2021, mas os totais de ambos os anos teriam sido mais elevados se não fossem as perturbações nas cadeias de abastecimento. Caso as encomendas de tratores se tivessem traduzido em registos ao mesmo ritmo que o normal, poderíamos esperar que fossem registadas mais 4.000 máquinas ao longo dos dois anos; muitas delas podem ainda estar na calha. O cenário foi semelhante para outros tipos de equipamento agrícola. As entregas foram, em média, cerca de 6% inferiores às de 2021 e cerca de 2% abaixo da média dos últimos cinco anos, embora com diferentes tendências consoante os tipos de equipamento. No entanto, um inquérito recente mostrou que a carteira de encomendas pendentes no final de 2022 valia ligeiramente mais do que um ano antes e quase o dobro da média para o final do ano em anos anteriores.
Na Polónia, desde o início de 2022 que ficou claro que esta seria uma fase mais negativa. No que diz respeito aos registos de tratores, o ano terminou com uma quebra de 17% em relação ao ano anterior. No entanto, é preciso lembrar que 2021, apesar da pandemia, foi relativamente bom para o setor. No total, foram registados mais de 14.000 tratores. Olhando para trás, só em 2014 é que tinha havido um resultado comparável com este, pelo que o nível de registos em 2022, que é de 11.727 tratores agrícolas, deve ser visto como positivo. A crise que afeta o país também já bate à porta da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas. Os empresários têm vindo a registar um número muito menor de encomendas de máquinas para os períodos seguintes, o que cria um grande ponto de interrogação sobre o futuro, como se pode ler na pesquisa realizada pela Câmara de Comércio Polaca de Máquinas e Equipamentos Agrícolas, efetuada em outubro e novembro de 2022.
O mercado de tratores em Espanha caiu
14,5% em 2022 (9.242 unidades, excluindo lagartas e outros veículos com homologação de tratores). No que diz respeito aos fatores de procura habituais, a tendência positiva dos preços da produção vegetal e animal ajudou a evitar uma catástrofe nos rendimentos agrícolas após uma seca que afetou quase todas as regiões e culturas. No entanto, o aumento dos preços da energia e dos fertilizantes provocou uma queda no investimento dos agricultores. Em 2022, outros fatores também afetaram a procura de tratores, como a disponibilidade de unidades e o aumento dos preços dos produtos, mas a implementação de um plano de subsídios destinado a promover as tecnologias de agricultura de precisão em maio de 2022 provocou um compasso na tendência descendente do mercado, quando os agricultores decidiram candidatarse a subsídios num total superior a 120 milhões de euros (quando o orçamento inicial era de 29 milhões).
A maioria desses agricultores ainda está à espera da potencial aprovação dos seus pedidos e o mercado é obviamente afetado negativamente pelos atrasos daí resultantes.
214.969 Total
165.228 77% Tratores agrícolas
155.686 Acima de 50 cv
59.283 50 cv e abaixo
Na Bélgica, as matrículas de tratores agrícolas atingiram um total de 3.081 unidades, o que representa menos 11% do que o ano recorde de 2021 (Fonte: Fedagrim). O mercado de máquinas de mais de 50 cv caiu 16% entre janeiro e julho de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. No entanto, as boas vendas no outono ajudaram a amenizar o declínio, o que explica a queda de 6% para este segmento de mercado. Quanto aos tratores com menos de 50 cv, em janeiro de 2022 foram registados mais 59% do que em janeiro de 2021, o que se explica em parte pelas entregas no outono de 2021. Essa queda acentuada coloca o valor de 2022 logo abaixo do de 2020.
Nota:
Os restantes 13% classificados como tratores incluem quadriciclos, ATV e UTV, carregadores telescópicos e outro tipo de equipamentos.
O mercado de tratores na Áustria, embora permaneça a um nível alto, caiu 14,4% em comparação com o ano recorde de 2021, mas ainda ficou cerca de 21% acima do ano pré-Covid de 2019. Digna de realce foi a utilização da capacidade de produção, que aumentou 6,4% e atingiu um nível recorde. Os problemas da cadeia de abastecimento e os consequentes desafios de disponibilidade de peças continuaram a atormentar as empresas. A inflação, os custos voláteis da energia e a guerra na Ucrânia ainda pesam sobre os preços dos fornecedores a montante e dos componentes, prejudicando os resultados das empresas. A transferência da situação precária dos custos para os clientes não é possível ou apenas o é de forma limitada.
Na Turquia, de acordo com o último relatório de 2022, foram matriculados 66.943 tratores, registo superior aos 64.070 de 2021, o que representa um aumento de 4,5%. Entre os segmentos de potência da Turquia, os tratores com 50 cv e acima tiveram a maior quota, com cerca de 95% do ano passado. Para além da procura normal, a preocupação com o aumento dos preços num ambiente em que a inflação continua elevada também afetou as decisões de compra de tratores. Outro fator a desencadear a procura são as taxas de juro dos empréstimos agrícolas, que se mantêm muito baixas em comparação com o atual nível de inflação. Embora a procura estivesse numa direção ascendente, os problemas do lado da oferta impediram que esta satisfizesse plenamente a procura.
Decorria o mês de Maio de 1991 quando ingressou neste mundo das máquinas agrícolas, na FNH então importador da Ford/New Holland.
Depois de duas incursões em diferentes departamentos nessa empresa, foi enviado para França e Inglaterra, quase dois anos em cada país.
As suas qualidades eram evidentes e no ano 2001 regressou a Portugal para assumir o cargo de Diretor Comercial.
São anos de ouro para a New Holland em Portugal que
rapidamente se torna líder de vendas de máquinas agrícolas.
Os resultados são tão evidentes que em 2011 a CNH decide premiá-lo com a nomeação para Diretor Geral para o mercado português tornando a filial portuguesa independente.
Conhecedor da empresa de baixo para cima, do campo às mais altas individualidades, recebeu inúmeras congratulações públicas e reconhecimento internacional que só foi sendo disfarçado pela sua extraordinária simplicidade e humildade. Desde então soube acrescentar à liderança nos tratores, também a liderança em material forrageiro de grande dimensão e incontestável liderança nas máquinas de colheita mecânica (vinha/ olival/amendoal).
A sua proximidade aos restantes colaboradores levaram-no a ser respeitado por todos e a sua marca permanecerá muito para além do seu “reinado”.
Deixa igualmente a melhor e mais bem formada rede de concessionários de máquinas agrícolas a operar no mercado português.
Como tudo o que tem um inicio, também tem um final, ao fim de 32 anos de dedicação total (empenho e muito esforço), onde sempre colocou a marca New Holland à frente dos seus interesses, decidiu retirar-se.
De todos a quem serviu (e foram muitos) fica um agradecimento público.
Da marca a quem dedicou a vida fica um legado de 22 anos de liderança no mercado português.
A 30 de Março reuniramse grande parte dos seus atuais e ex-colegas de trabalho, os concessionários e responsáveis mundiais da marca para lhe agradecerem e prestarem um tributo. Obrigado Fernando Manuel Capelão Garcia.
A CNH Industrial revelou a intenção de adquirir a Hemisphere Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS), empresa especializada em projetar e fabricar sistemas de posicionamento global de precisão e produtos além de tecnologia de sistemas globais de navegação por satélite. Vista como “fundamental” pela CNH Industrial para integrar na sua marca Raven, a Hemisphere GNSS é
uma ferramenta que permite desenvolver “soluções autónomas na agricultura e construção.”
“Esta mudança visa aperfeiçoar o nosso leque de tecnologia de automação e autonomia, além de ampliar a nossa lista de recursos”, disse Marc Kermisch, diretor digital e de informações da CNH Industrial, acrescentando:
“Ter a tecnologia da Hemisphere internamente vai permitir-nos acelerar uma ampla gama dos
nossos programas de tecnologia de precisão, aumentando também a competitividade e flexibilidade do nosso portfólio de agricultura e construção a longo prazo.”
A aquisição da empresa que pertence à Unistrong (empresa constituída na China) está avaliada em 159,5 milhões de euros e apenas deve ficar concluída no decorrer do terceiro trimestre do ano.
CNH Industrial inicia negociações para adquirir a Hemisphere GNSS
Desempenho Controlo Otimização
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Como já vem sendo habitual, a Sociedade Agrícola Alemã (DLG) inquiriu os principais agricultores sobre a força da “imagem de marca” das empresas do sector durante o ano de 2022/23. Os participantes no estudo avaliam o conhecimento que têm da marca, os benefícios, a preferência e a imagem associadas a cada uma delas e os resultados são explanados no DLG ImageBarometer.
Sendo as variações nos fabricantes de máquinas agrícolas particularmente relevantes para os leitores da revista abolsamia, centrámos as nossas atenções neste setor de atividade. Sem grande surpresa, a Fendt continua a ser a marca mais forte em 2022/23, enquanto a John Deere e a Claas voltaram a trocar de posição no pódio.
A empresa alemã sediada em Mannheim ficou à frente da sua rival, mas dada a diferença de menos de uma décima no índice, na verdade esta classificação quase podia ser considerada um empate.
A quebra na posição de liderança da Fendt também é evidente. Habitualmente, a marca alemã posicionava-se confortavelmente na dianteira com uma vantagem de entre sete a nove pontos, mas em 2022/23 resta pouco mais de um ponto de diferença no índice. Como também já vem sendo habitual, os fabricantes Amazone e Lemken seguem muito próximos entre si, mas a alguma distância dos três lugares cimeiros. A Horsch e a Deutz-Fahr
também conseguem manter as suas posições, o que também pode significar que o anterior movimento pendular dos fabricantes de tratores com argumentos fortes em ano da AGRITECHNICA é, provavelmente, coisa do passado. A Kuhn consegue ultrapassar a Krone e alcança a sua melhor classificação de sempre com um honroso 8º
lugar. Por fim, numa verdadeira “competição” dentro do próprio grupo, a Case IH consegue defender, por pouco, o seu lugar entre os dez primeiros contra a New Holland. Globalmente, a Ropa consegue registar o maior aumento de pontuação com +1,4 pontos, seguida da Grimme com +1,3 pontos e da Massey Ferguson, da Steyr e da Holmer com +1,2 pontos cada uma.
Com 460M€ em receitas consolidadas (+19% em relação a 2021) e um lucro líquido de 26,2M€ (+32%), o grupo especializado em produção de maquinaria agrícola cresceu 11% em território europeu e 27% no resto do Mundo. Além dos resultados financeiros positivos, o ano passado trouxe ainda a notícia da devolução da totalidade do capital da empresa às mãos dos fundadores, Andrea e Mirco Maschio, fruto das reaquisições das sociedades financeiras regionais Veneto Sviluppo SpA e Friulia SpA. No ano passado, foi ainda comprada a Free Green Nature Srl, start-up que tem como objetivo projetar, desenvolver e produzir sistemas robóticos para a agricultura e máquinas para controlar vírus e bactérias. Mirco Maschio fez uma análise positiva a 2022: “Estou muito satisfeito com os recordes de resultados, que nos permitiram focar em novos desafios. A aquisição da Free Green Nature ajudanos a trilhar um caminho rumo ao desenvolvimento tecnológico, pois o futuro passa pela inovação.”
O Comité de acionistas do Grupo Claas nomeou Jan-Hendrik Mohr como o novo Diretor-Executivo a partir do dia 1 de abril de 2023, substituindo o experiente Thomas Böck no cargo, após a renúncia deste último para se dedicar a “novos desafios”. O anúncio do adeus foi dado agora mas a decisão já estava a ser pensada há largos meses: “Desde o verão passado que tenho pensado no
meu desejo de assumir novos desafios após mais de 16 anos na Claas, quase quatro deles como Diretor-Executivo. Agora é um bom momento para a mudança: a Claas saiu fortalecida das diferentes crises que ocorreram e encontra-se hoje numa posição muito forte. Du-
rante o meu período como CEO, as vendas subiram até mais de cinco mil milhões de euros.”
Por fim, Cathrina Claas-Mühlhäuser fez rasgados elogios a Thomas Böck e agradeceu-lhe todo o trabalho desenvolvido. “Temos uma grande dívida de
gratidão para com Thomas Böck. É um técnico dotado e um empresário estratégico. A transformação digital do Grupo Claas ficará, para sempre, associada ao seu nome”, confessou a presidente do Conselho de Supervisão do Grupo Claas.
O Grupo Milleuno-Imoco, de Maurizio Maschio e Enrico Polo, anunciou ter dado início a um programa de investimentos que visa adquirir a restante percentagem das ações da Antonio Carraro S.p.A., uma vez que já detinha 50% das mesmas desde o ano 2016. A experiência empreendedora de Maurizio Maschio, atual líder do Grupo Milleuno-Imoco e Presidente da Antonio Carraro, será colocada ao serviço da empresa italiana para atingir objetivos empresariais, com “total respeito pelas suas origens e pela missão do seu fundador Antonio Carraro.” “O plano de investimento é a con-
firmação do quanto eu acredito que a Antonio Carraro S.p.A. é uma fonte de excelência tanto no mercado italiano quanto no internacional e que ainda tem um enorme potencial inexplorado. O Dr. Marcello Carraro man-
ter-se-á na empresa com um papel institucional”, explicou Maurizio Maschio. Já Enrico Polo acredita que esta aquisição levará o Grupo Maschio/ Polo a “obter resultados importantes em termos de crescimento global.”
O Kverneland Group e a Kubota Corporation entraram no mercado crescente da monda mecânica, ao adquirir o fabricante francês BC Technique, conhecido como Phenix Agrosystem.
No primeiro trimestre de 2023, o Grupo Kverneland assinou um acordo para adquirir 100% das ações da empresa BC Technique (França), fabricante líder de sachadores interlinhas, sachadores em estrela, e interfaces de guiamento, que são distribuídos sob a Marca Phenix Agrosystem.
Yasukazu Kamada (presidente e CEO do Kverneland Group) confirmou que os produtos da Phenix Agrosystem reforçam ainda mais o compromisso estratégico do Kverneland Group e da Kubota em oferecer métodos agrícolas sustentáveis, incorporando este importante portfólio de produtos: “Existem sinergias ao reunir
os sistemas de produtos e soluções destas duas empresas e, portanto, também benefícios valiosos para os nossos distribuidores e agricultores.”
O atual proprietário da Phenix Agrosystem, o Sr. Mathias Bounon e a sua equipa permanecem com a BC Technique para apoiar a transição.
A Chouette, fundada em 2015 na França, oferece uma solução de gestão de vinhedos de precisão que otimiza a tomada de decisão dos agricultores.
A Chouette desenvolveu algoritmos e IA exclusivos para analisar imagens tiradas de drones e sensores em trato-
Yasukazu Kamada (Presidente e CEO do Kverneland Group) com Mathias Bounon (proprietário da Phenix Agrosystem).
res para detetar doenças e mapas de vigor das plantas, oferecendo a capacidade de criar mapas de prescrição para otimizar o uso de insumos. Os agricultores podem gerir estas informações através da plataforma web da Chouette, que os auxilia na tomada de decisões.
O posicionamento estratégico da Kubota como líder mundial em agricultura e fabricação de equipamentos, juntamente com a Chouette, acelerará as tecnologias inteligentes na produção agrícola e mudará o negócio da venda de produtos para o fornecimento de soluções abrangentes da empresa. Este é um passo estratégico para a Kubota que tem como objetivo tornar-se um fornecedor de soluções completas na indústria do vinho.
como uma nova empresa sem mudanças em sua estrutura organizacional.
A Trelleborg Wheel Systems junta-se oficialmente à The Yokohama Rubber Co., Ltd., passando a operar como Yokohama TWS. Recorde-se que a Yokohama Rubber Co., Ltd. Adquiriu em 2022 a Trelleborg Wheel Systems, do Trelleborg Group, por 2.074 milhões de euros. A Yokohama TWS operará
A Yokohama Rubber Co., Ltd., com sede em Hiratsuka, Japão, é líder mundial na indústria de pneus e outras aplicações de borracha, como correias transportadoras ou mangueiras. Com receitas de 860,5 billões de ienes (aproximadamente € 6 biliões), a The Yokohama Rubber Co., Ltd. emprega mais de 28.000 pessoas em todo o mundo e está presente em mais de 120 países.
O fabricante sueco adquiriu toda a gama de produtos de sachadores entrelinhas fabricados pelo empresa dinamarquesa.
Descrito como uma combinação perfeita para o portfólio atual da Väderstad, numa fase inicial, o TRV (3,0m a 9,0m) e o TRV Swingking (12m e 18m) serão vendidos sob a marca Thyregod e continuarão a ser fabricados na Dinamarca. Haverá depois um período de transição durante os próximos meses e a Väderstad assumirá então a responsabilidade pelo negócio. A partir de junho do próximo ano, os
sachadores passarão a envergar a marca Väderstad.
Os responsáveis do fabricante sueco acreditam que no futuro, muitos dos agricultores que utilizam semeadores Tempo mudarão para soluções mais mecânicas para o controlo de infestantes. Adicionar um cultivador entrelinhas à gama de produtos também é visto como uma otimização para o futuro conceito Proceed, nas culturas de cereais.
Os formandos: Nelson Carrasquinha (Etelgra), João Rego (CNH), Nuno Nunes (NCN), Diego Martínez (Antinez), António Gonçalves (A. Castanheira Gonçalves & Filho, Lda), João Ribeiro (Reptractor), João Trindade (Maquirural), Maurício Frias (Tractoponte), Pedro Félix (Pelarigo), António Alonso (Agrimog) e Sandra Ciríaco (Samuel Salgado), acompanhados do formador Dário Afonso.
O Auditório 2 da ACAP recebeu no dia 9 de maio a última aula do Curso de Gestão de Pós-Venda para concessionários de máquinas agrícolas, na qual foram entregues os Certificados de Participação aos 11 formandos.
Um projeto pioneiro do DPAI/ACAP que teve a duração de 5 meses e contou com o formador Dário Afonso, o qual agradeceu a “perserverança” de Alexandra Afonso na realização do mesmo e a “vontade” dos formandos: “Tenho experiência suficiente neste ramo para dizer que os formadores e os temas podem ser muito bons que, se os formandos não quiserem, nada se realiza. Conseguimos todos fazer pela primeira vez algo de diferente para o setor de máquinas agrícolas dentro da ACAP.”
Este curso proporcionou, segundo opinião geral dos formandos, uma “abertura de horizontes”, “mudança de mindset”, “criação de amizades” e “conhecimento para ser aplicado nas empresas”, estando já previsto o arranque da 2ª edição a 18 de outubro de 2023.
COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E AUTOMÓVEIS, S.A.
CONCESSIONÁRIO
SEDE
JOÃO DA PESQUEIRA T. 254 489 150 FILIAL
Na entrevista exclusiva à revista abolsamia, Dário Afonso abordou os desafios que se colocam ao setor do comércio da maquinaria agrícola e perspetivou o futuro desta atividade.
Com um currículo invejável nas áreas da gestão, consultoria, formação e coaching, Dário Afonso é o responsável da empresa ACMAutoCoach Management e tem feito um importante e rigoroso trabalho de formação em parceria com diferentes entidades, merecendo natural destaque o desenvolvido diretamente com a SDF Portugal. Envolvido na criação de um grupo de trabalho e de formação dentro da ACAP, Dário Afonso tem uma perspetiva global muito abrangente e tecnicamente
capaz sobre os desafios que o setor da maquinaria agrícola enfrenta, bem como quais serão as ferramentas necessárias para os levar a bom termo.
Num setor que carece de profissionalização para acompanhar a evolução constante na gestão das empresas, e depois de ter dado uma formação de Master em Gestão de pós-venda à rede SDF, será que nos pode traçar um cenário global sobre os desafios que as empresas de comercialização de maquinaria agrícola enfrentam?
Dário Afonso – Antes de mais quero dizer, perentoriamente,
que Portugal tem muitos e bons empresários neste setor e aos quais muito devemos agradecer. Com muito esforço e dedicação conseguiram criar microempresas que hoje já chegaram a pequenas e médias. O grande drama que estamos a viver é que muitos destes empresários precisam de ser gestores. E, como gestores, têm de perceber que, por exemplo, o segmento do pós-venda é crucial para a rentabilidade das suas operações. Ainda há quem veja o pósvenda como um mal necessário e, acredite, quem pensa assim não vai andar por cá muito mais tempo.
Por falar no pós-venda, o right to repair é amplamente debatido por concessionários e agricultores nos EUA e nos Países-Baixos, tendo inclusivamente a John Deere aceitado dar aos seus clientes nos Estados Unidos o direito de reparar os seus próprios equipamentos. Poderá o negócio dos concessionários agrícolas evoluir para instalações de reparação multimarca, aumentando assim o volume de negócio?
O right to repair não é propriamente um conceito novo. Na área dos automóveis ligeiros já existe há imenso tempo e o próprio regulamento do Block Exemption prevê o direito a reparar. O que acontece é que as máquinas agrícolas estão muito mais complexas e tecnologicamente evoluídas. Falamos de telemática, inteligência artificial, condução autónoma... E a verdade é que não temos pessoas tecnicamente preparadas para enfrentar estes desafios. Os próprios gerentes destas concessões ainda não perceberam que o modelo de negócio mudou. O após-venda já não é apenas reparar máquinas ou fazer a manutenção de um trator, há todo um conjunto de soluções e serviços associados
“O principal
que têm de ser colocados ao dispor dos clientes. Veja-se, por exemplo, o smart farming e a agricultura de precisão. Estas empresas vão ter de dar o salto e propor soluções combinadas que passam pela gestão das frotas, smart guidance, etc... Aliás, atualmente já não faz muito sentido diferenciar a venda e o pós-venda, porque o cliente não entende esta divisão. O cliente quer um interlocutor/uma solução. Tão importante como conhecer o seu negócio, o empresário ou o responsável da concessão tem de conhecer o negócio do cliente. Só assim pode ajustar a oferta às necessidades deste e criar soluções combinadas que o tornem um verdadeiro parceiro do seu cliente. Fornecer maquinaria toda a gente pode fazer, ainda para mais na era da internet, o que vai fazer a diferença é saber oferecer ao cliente um conjunto de soluções e serviços que o fidelize. Não se esqueçam que há toda uma nova geração de empresários agrícolas, muito mais formada e com empresas estruturadas, que exige uma solução à sua medida. Colocam o desafio e esperam que o concessionário arranje uma solução integrada que satisfaça as suas necessidades. Mais, muitas destas empresas serão “levadas” a vender serviços de consultoria e formação. No fundo é rentabilizar o know-how que possuem e que pode servir os intentos dos clientes.
O digital é apenas um meio de promoção ou é já um verdadeiro canal de vendas? E estará o setor preparado para o crescimento exponencial desta componente na atividade e nos negócios?
O digital já não é apenas uma forma de comunicar ou dar a conhecer a empresa, hoje é uma inegável ferramenta de vendas. Há esta segunda geração muito mais evoluída e que pretende desenvolver (ou já desenvolveu) aplicações digitais integradas e que vê nesta mudança de paradigma uma inevitabilidade. Na indústria de peças, há empresas a faturar 10 ou 15 milhões de euros que têm, nas suas estruturas internas, programadores a desenvolver soluções digitais cada vez mais evoluídas e eficientes. Não tenho dúvidas que nos próximos anos, o digital fará toda a diferença. Mais uma vez, basta pensar na agricultura de precisão.
O problema é que o setor ainda não está, efetivamente preparado para esta mudança. E a escassez de recursos humanos especializados é, mais uma vez, um handicap. Mas, e verdade seja dita, os próprios construtores de máquinas agrícolas só acordaram para esta realidade há relativamente pouco tempo. É verdade que há empresas que já avaliam os seus concessionários não apenas pelas quotas de mercado, mas também pela quantidade de máquinas que estão ligadas por telemática (connected shares) e permitem obter dados que são essenciais para o desenvolvimento de novos produtos, de novos serviços e estratégias, mas esta ainda não é uma prática generalizada.
O Dário chegou a dizer que há duas áreas em que a digitalização é crucial: a ganhar dinheiro, mas, acima de tudo, a evitar perdê-lo... Pode explicar melhor este conceito?
Quando falo a alguns clientes na digitalização, a primeira pergunta que me colocam é “quanto é que isso vai custar?”. Ainda não sabem do que estou a falar ou qual é a ideia subjacente, mas o custo é sempre a primeira preocupação. Avaliar o retorno é importante, mas isso é fácil quando falamos em promoção nas redes sociais ou em canais digitais, mas não é a isso que me refiro. Há duas áreas que me interessam particularmente e que podem ajudar a reduzir os custos: conhecimento do negócio e a automatização de processos dentro das organizações. Esta parte da digitalização permite que, de forma automática e sem necessitar de duas ou três pessoas a duplicar funções ou a conferir papelada, se automatizem processos que, assim, se tornam mais rápidos e eficientes. Isto numa oficina, por exemplo, é facílimo.
Muitas empresas ainda olham para a formação como um “custo”, quase uma obrigação, e não como uma mais-valia ou um investimento. Acha que esta noção está a mudar?
Isso é uma característica nacional. Tudo o que estiver associado a marketing é um custo e tudo o que estiver associado a formação é um custo. Aliás, quando o negócio “aperta”, estas são as duas áreas que saltam logo das folhas de Excel...
Há duas áreas que me interessam e que podem ajudar a reduzir os custos: o conhecimento do negócio e a automatização de processos dentro das organizações.
Muitos empresários e gestores reconhecem a relevância da formação.
Mas o cenário não é todo negro. Eu conheço o universo da formação há 30 anos e a realidade mudou muito. Quando criei a ACM há 20 anos, 20% da faturação era resultante da formação e 80% da consultoria. Hoje é o inverso. O problema estava, muitas vezes, na credibilização. Ou as pessoas acreditam naquilo que lhes estou a “vender” ou não acreditam. Daí a questão do “será que vale a pena?”.
Há 20 anos a primeira questão que me colocavam quando organizava uma formação era “onde é o almoço ou o jantar?”. Hoje, os participantes são muito mais exigentes, é verdade, mas também estão muito mais predispostos a trabalhar e a tirar partido dos conhecimentos que adquirem. No trabalho desenvolvido com a SDF Portugal, por exemplo, é muito gratificante perceber que os participantes, terminado a formação ou o Master, pedem novas ações. Mesmo no seio da ACAP, quando está a decorrer a formação, muitos dos empresários
e gestores já reconhecem a relevância daquelas ações e pedem para intervirmos nas suas próprias empresas. Há 20 anos nós não ouvíamos isso. Ou seja: já há quem veja a formação como um investimento que se paga a si mesmo.
Os empregadores estão devidamente sensibilizados para a necessidade de dignificar, valorizar e reter o trabalho especializado?
A maioria dos empresários do setor em Portugal ainda tem um problema sério com a gestão de recursos humanos. A minha visão é que temos de dar condições dignas às pessoas para podermos exigir. Tem de haver, de uma vez por todas, uma política coerente de recursos humanos dentro das empresas. Mais, na minha opinião, tem de haver uma política de carreira nas organizações. A tecnologia hoje já nos permite criar diferentes patamares evolutivos junto dos colaboradores, sendo que, a cada novo degrau, corresponde
uma necessidade de formação e um aumento da remuneração. Isto é completamente diferente do que se passa habitualmente. Esta necessidade de criação de uma política de recursos humanos já levou mesmo à duplicação do tempo dedicado a este módulo na formação que fazemos em parceria com a ACAP e o ISCTE. E convém acrescentar que isto resultou da análise dos próprios intervenientes. O problema começa logo no recrutamento. Mais do que uma análise pura e dura do currículo de um candidato, precisamos de uma análise do perfil comportamental do mesmo. Eu prefiro ter na estrutura uma pessoa colaborante e que esteja predisposta a aprender do que alguém que tem um excelente CV, mas não se mostra tão disponível para trabalhar em equipa ou frequentar formações, por exemplo. Essa adequação do candidato à função e à cultura da empresa é, por si só, uma maior garantia de retenção da mão de obra.
A TAFE é um dos maiores fabricantes de tratores a nível mundial e passa a estar presente em Portugal através do Grupo Auto-Industrial. O primeiro modelo chega em setembro e terá 26 cv de potência.
OGrupo Auto-Industrial, através das suas várias empresas, distribui em exclusivo para Portugal marcas de tratores como a Fendt, a Goldoni, a Kubota, a Lovol, ou a Preet. No total, o Grupo ambiciona uma quota de 20% do mercado português de tratores, objetivo delineado pela Administração.
Com este desígnio em mente, a partir de 2023, a marca TAFE, propriedade do grupo
indiano com o mesmo nome e que é o terceiro maior fabricante de tratores do mundo, com 180.000 unidades vendidas por ano, passará a integrar o rol de marcas do Grupo Auto-Industrial.
Tomás Rocha, Administrador Executivo do Grupo Auto-Industrial, em entrevista à revista abolsamia, explica o projeto, que ficou fechado no início deste ano. “Uma marca nova é sempre um desafio. Temos como objetivo dentro do Grupo ter uma
Tomás Rocha, Administrador Executivo do Grupo Auto-Industrial revelou que o objetivo dentro do Grupo é ter uma quota de 20% ou mais do mercado nacional. A TAFE vem para ajudar neste sentido.
quota de 20% ou mais do mercado nacional de tratores. Já lá estivemos muito próximos, quando tínhamos também duas marcas do Grupo Argo. Após a saída dessas duas marcas procurámos outras que ocupassem o seu lugar mas, com uma pandemia pelo meio, o processo demorou um pouco mais do que o esperado. Nesse entretanto, olhando ao sucesso que outras marcas indianas tiveram no nosso mercado, e ao preço crescente dos tratores em geral, achámos que fazia sentido ter uma marca com este perfil”
A marca TAFE, que será distribuída em Portugal pelo Grupo Auto-Industrial, pertence à empresa com o mesmo nome, a TAFE –Tractors and Farm Equipment
Limited, um dos principais fabricantes indianos de tratores, criado em 1960 em Chennai. Com vendas globais na ordem das 180.000 unidades por ano, a TAFE é o terceiro maior fabricante do Mundo de tratores, estando presente em mais de 100 países, e tendo fábricas na Índia e na Turquia. A TAFE também é um dos principais acionistas do Grupo AGCO, que engloba marcas como a Fendt, a Massey Ferguson, a Valtra, ou a Challenger.
Além de tratores, a TAFE e as suas subsidiárias estão também presentes em áreas como as máquinas agrícolas, motores e geradores a diesel, plásticos de engenharia, transmissões e componentes de transmissão, baterias, bombas e cilindros hidráulicos.
Por sua vez, a TAFE – Tractors and Farm Equipment Limited faz parte do The Amalgamations Group, um dos maiores grupos de engenharia da Índia. Composto por 40 empresas, o The Amalgamations Group está envolvido no desenvolvimento e fabricação de motores Diesel, componentes para a indústria automóvel, produtos para engenharia, plantações e serviços, e é um dos principais acionistas do Grupo AGCO.
Apesar de ser o terceiro maior fabricante mundial de tratores, com 180.000 unidades vendidas por ano, a TAFE esteve, até há pouco tempo, praticamente circunscrita ao mercado indiano e a outros mercados periféricos no sudoeste asiático, em África e em alguns países do leste europeu. No entanto, a estratégia mudou no último ano e foi assim que o encontro com a Auto-Industrial se deu. “Em 2022 decidiram entrar no mercado europeu (União Europeia) e iniciaram um processo de pesquisa de possíveis distribuidores para os países que consideraram como tendo maior potencial. No final de 2022 recebemos em Portugal o CEO da TAFE e fechámos o acordo”, revelou Tomás Rocha.
A par de uma rede de distribuição, a TAFE tem estado também concentrada em criar uma verdadeira estrutura europeia, tendo já uma Direção Comercial para a Europa, chefiada por um português, de seu nome João Oliveira, e tendo ainda planeada a construção de um armazém de peças na Europa, que deverá estar pronto dentro de dois ou três anos.
Primeiro um 26 cv, mais tarde até aos 75
Até junho de 2023, a tempo da FNA, chegará um modelo de 26 cv de potência, com motor Mitsubishi em versão ROPS, iniciando-se a comercialização dos tratores TAFE por essa altura. Em setembro de 2023, a tempo da Agroglobal, deverão chegar os modelos de 55, 65 e 75 cv. A empresa responsável pela TAFE dentro do Grupo Auto-Industrial será a Sagar e a rede de concessionários, que está em desenvolvimento, deverá ter, no final de 2024, um total de 24 a 26 distribuidores. Quanto aos objetivos de vendas, apesar de prever um 2023 marcado pela quebra do mercado, Tomás Rocha revela que “gostaríamos de andar na casa das 140 unidades vendidas por ano em 2026”
O Grupo Auto-Industrial, através da Motolusa, assinou também um acordo com uma empresa irmã da TAFE Tractors, a TAFE Power, para a representação e distribuição exclusiva de geradores para Portugal e Cabo-Verde.
Tratores
Com fábricas na Índia e na Turquia, os modelos que chegarão a Portugal serão oriundos da fábrica de Chennai, na Índia, algo que, na opinião de Tomás Rocha, “deixou de ser tema tabu em Portugal” “O tabu quanto à origem da marca, a Índia, já está completamente ultrapassado no mercado português, tal como o atestam as vendas de outros fabricantes já aqui presentes há alguns anos. Além disso, a dimensão do conglomerado do qual faz parte e TAFE, o The Amalgamations Group, bem como os planos ao nível do desenvolvimento do produto para o mercado europeu, dá-nos muita confiança para o futuro. Acreditamos que podemos crescer com a marca”, afirmou.
Motor Mitsubishi
Potência (cv) 26
Tração 4 WD
Transmissão 9 para a frente + 3 para trás Velocidade máxima 25 Km/h
TdF (rpm) 540/750
Capacidade de elevação (kg) 739
Pneus dianteiros 180/85 D 12
Pneus traseiros 8.3 x 20
Travões Imersão em banho de óleo
Capacidade do depósito (L) 23
A AgroRibatejo, empresa histórica a acompanhar o setor das máquinas industriais e agrícolas em Portugal, e especialista na venda de peças e acessórios, orgulha-se de ter clientes fidelizados há mais de 50 anos – “começaram com o avô e já vão nos netos”. O segredo foi uma aposta na qualidade do atendimento ao cliente como estratégia de fidelização e diferenciação face à concorrência. Gonçalo Eloy, Sócio e CEO, falou em entrevista à revista abolsamia sobre a história de sucesso da AgroRibatejo.
atualmente. Só poderia ser assim, porque também o meu avô, e depois o meu pai e o meu tio, cresceram a pulso”, explicando assim a cultura de trabalho das gerações que conduziram os destinos da empresa desde o seu início.
A AgroRibatejo foi fundada a 9 de março de 1954 com o objetivo de comercializar máquinas, peças e acessórios para a grande lavoura e também para algumas máquinas de terraplanagem que na altura constituíam uma inovação no mercado. “Fizemos agora 69 anos. O meu avô, José Virgílio Eloy Godinho, nascido em Lisboa, tinha uma empresa de construção de obras públicas com um parque de máquinas de alguma dimensão mas não havia material para as máquinas, pois era bastante caro. Assim, começou a ir a feiras, sobretudo na Alemanha, de onde trouxe uma
primeira representação. Em 1958, numa feira em Milão, conhece a Berco, uma representada que dura até aos dias de hoje. As coisas correram bem, tanto com as máquinas do meu avô, como com aquelas para as quais ele começou a fornecer material, e, a partir daí, as coisas foram crescendo, muito centradas em material de rasto”.
Quase nos 70: prestes a completar sete décadas e existência, a empresa de Santarém mantém uma equipa estável e aposta num serviço premium.
Vivo nesta casa praticamente desde o berço”, contou Gonçalo Eloy em abertura de conversa. “Acompanhei o meu pai desde sempre neste projeto que é a AgroRibatejo, a menina dos seus olhos e do meu avô. Comecei por trabalhar no balcão de peças, enquanto terminava o ensino superior. Varri pavilhões, descarreguei camiões, arrumei armazéns… só depois assumi responsabilidades comerciais na empresa, como diretor comercial. Mais tarde, cheguei a gerente, cargo que ocupo
A estratégia da empresa está totalmente centrada na fidelização do cliente, explicou Gonçalo Eloy. “Temos clientes com 50 anos de casa, que começaram com o avô e agora vão nos netos. Tentamos fidelizar o cliente não apenas através de um produto de qualidade, mas também de um serviço personalizado com um acompanhamento pós-venda que assegure a sua total satisfação e garanta o bom nome e prestígio das marcas que representamos. Assim, sendo nós armazenistas, temos de estar sempre preparados para responder às necessidades dos clientes e, para isso, temos bastante stock, pois eles não podem estar três ou quatro meses à espera. Infelizmente, é este o prazo atual de entrega por parte dos fabricantes. Produzem depois de terem encomendas não fabricando para stock imediato. Cabe-nos a nós fazer a leitura do mercado”.
Prestes a completar 70 anos de existência, a empresa já vivenciou várias fases do mercado. Hoje, Gonçalo Eloy destaca a concorrência estrangeira como um dos principais desafios e como a AgroRibatejo os tem enfrentado. “Claro que não somos imunes ao produto que vai chegando de outras latitudes, nomeadamente da Ásia, com uma política de preço e não de qualidade, e que, por vezes, nos faz questionar a nossa estratégia. A nível concorrencial,
Sede em Santarém: A fixação da sede da empresa em Santarém deveuse ao facto de ser mais central e do fundador ambicionar abrir sucursais no Porto e em Lisboa, o que aconteceu. “Primeiro estivemos no centro da cidade de Santarém e, mais tarde, passámos toda a operação para a zona industrial”.
por este carinho e respeito que os nossos clientes demonstram. Mostra o brio e o profissionalismo que sempre pautou esta empresa. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para homenagear o meu avô, José Virgílio Eloy Godinho, o meu pai, José Júlio Rosa Eloy, e o meu tio, José Virgílio Eloy. Por todas as dificuldades que passaram no início de actividade, pelo empenho e sacrifício diário, o meu retorno para com eles será continuar a dar tudo por esta casa”
temos tanto a concorrência nacional como a estrangeira. Por vezes, o cliente pode pensar que tem uma mais-valia ao trabalhar com empresas estrangeiras, nomeadamente ao nível do preço, no entanto, as coisas mudam quando precisam de assistência, apoio técnico, transporte, ou nos prazos de pagamento, por exemplo. Diria que seria bom que o consumidor valorizasse mais trabalhar com empresas que estão no nosso país, com quem tem uma casa aberta, e uma “cara” para apresentar. Apesar de existir bastante oferta no mercado percebemos que o nosso cliente sabe que ao comprar aqui tem uma assistência que não encontra noutros sítios”, explicou.
Em relação à tipologia do cliente da AgroRibatejo, o CEO explica que a empresa procura ter resposta para o maior número possível de necessidades. “Vai desde o particular que precisa de um rolamento para arranjar uma mota, uma máquina de lavar a loiça, até aos grandes empresários ligados às pedreiras, obraspúblicas, à floresta ou à agricultura. Seja qual for a peça em falta, nós procuramos uma solução. E é bom perceber, sobretudo em feiras, que estas pessoas se lembram da Agroribatejo. É bom verificar o legado que todos aqueles que por aqui passaram nos deixaram e que é atestado
A AgroRibatejo destaca-se pela longevidade das suas parcerias, como atesta a representação da Berco desde 1958. No entanto, a empresa não deixa de estar atenta ao mercado em busca de oportunidades que satisfaçam necessidades do mercado nacional. “Ao nível da nossa gama de representadas, vamos olhando para o mercado e tentando perceber o que pode fazer falta. Por exemplo, temos uma representação recente, a AMA, de depósitos de combustível transportáveis, e tem sido um negócio interessante, com um crescimento assinalável. Noutros tempos, tivemos charruas e grades de discos, que deixámos porque apareceram bons fabricantes nacionais. Temos de olhar ao que o cliente quer e perceber se existem soluções lá fora que venham responder a necessidades não satisfeitas pelo mercado nacional”.
Em relação ao futuro, Gonçalo Eloy gostaria que o setor fosse mais unido. “Daqui a cinco anos gostava de ver a AgroRibatejo com um crescimento ponderado e a atuar num mercado com menos concorrência. O mercado é cada vez mais agressivo e com menos regras, onde há cada vez menos união do setor. Isto é benéfico para o cliente, mas péssimo para as empresas”.
Novos produtos: A AMA, fabricante de depósitos de combustível transportáveis, é exemplo de uma representação recente e temse revelado “um negócio interessante, com um crescimento assinalável”.
“Só se acrescentarem ao que cá existe”
A empresa especialista em reparação de sistemas diesel, já distinguida com o prémio “Melhor Serviço Diesel em Portugal”, tem desde a sua génese em 1984, o serviço a sistemas de injeção diesel em motores equipados em máquinas agrícolas. Fomos conhecer os laboratórios e a sede da empresa, em Sintra, que prestam apoio a clientes de todo o país.
por Sebastião MarquesOnome Servidiesel surgiu em 1994 mas a empresa já existia há mais de uma década.
Em 1998 passou a ser um Serviço Oficial Diesel Bosch. “Foi uma nomeação muito importante para nós porque nos colocou na “1ª divisão”. Somos apenas 14 as empresas em Portugal e 500 em todo o Mundo. Estar neste patamar obriga-nos a um rigor e investimento muito grandes, pois existem auditorias e controlos constantes por parte das fábricas”. Quem o afirma é Diogo Bordalo, Responsável Técnico do Diesel Center e Manager da Servidiesel, filho do fundador da empresa, Amadeu Bordalo, da qual também faz parte Patrícia Bordalo, Responsável pela Área de Vendas e Apoio ao Cliente.
O principal negócio da empresa, que conta com 40 colaboradores - é, ao dia de hoje, a reparação de sistemas diesel (bombas injetoras e injetores), turbocompressores e filtros de partículas. “A nossa missão é ser um prestador de serviço de excelência em todas as áreas em que estamos presentes”, explicou Amadeu Bordalo. “O nosso trabalho diário é feito maioritariamente com máquinas
que estão fora dos períodos de garantia. O concessionário ou a oficina verifica qual o problema e enviam para nós. Nós desarmamos, fazemos o orçamento, e reparamos o componente. Ao invés de ser necessário colocar uma peça nova, ou reconstruída, com valores
mais altos, há a possibilidade de uma reparação oficial, que é muitas vezes até mais rápida por ser feita cá em Portugal. Assim, somos a solução mais económica com qualidade de fabricante com o menor impacto ambiental”, resumiu.
vindo a apostar cada vez mais no setor agrícola. Nomeadamente, através do trabalho com oficinas multimarca de tratores e alguns concessionários. O setor agrícola é muito mais técnico do que o ligeiro e existe, ao dia de hoje, mais espaço para a reparação em face do componente novo. Mesmo que demoremos mais um dia, compensa ao cliente reparar em vez de mandar vir uma bomba injetora ou injetores novos, por exemplo”, explicou Diogo Bordalo.
Por isso, a empresa tem vindo a apostar em equipamentos de reparação diesel nomeadamente em equipamentos de testes, reparação, afinação e calibração de injetores common-rail de última geração. “Em 2015, devido às exigências do commonrail houve a necessidade de criarmos uma sala denominada “limpa” para fazermos a montagem destes injetores. Falamos de componentes que trabalham acima dos 2000 bares...”, explicou Diogo Bordalo. “Ao nível dos turbos, tem havido uma evolução muito importante dentro da empresa. Praticamente triplicámos a dimensão das nossas instalações. Todos os nossos equipamentos de aferição são da inglesa Turbo Technics Ltd, uma referência na área” Finalmente, sobre os filtros de partículas, Diogo Bordalo explicou que é uma área mais recente na Servidiesel. “Foi algo que iniciámos há cerca de 8 anos porque verificámos que muitos turbos partiam devido à obstrução dos filtros de partículas. Assim, adquirimos um banco de ensaio que nos permite fazer a limpeza e a regeneração”.
Para trabalhar com equipamentos de tecnologia de ponta, a empresa conta com uma equipa bastante jovem. “Hoje, com a evolução tecnológica, precisamos de uma equipa jovem capaz de trabalhar com os equipamentos que temos, sobretudo nos laboratórios”, revelou o Responsável Técnico.
“Em resumo, somos o mais completo especialista para sistemas diesel, contando com a autorização da Bosch para o serviço pós-venda e podendo efetuar intervenções nos componentes diesel dentro dos períodos de garantias dos principais fabricantes”, concluiu Amadeu Bordalo.
A Servidiesel está presente em várias áreas de atuação, nomeadamente automóveis ligeiros, motores marítimos de pesca e recreio, máquinas de terraplanagem, máquinas agrícolas, geradores, camiões ou comboios. As máquinas agrícolas, como tratores ou colhedoras, estão presentes desde o início da empresa, em 1984, mas tem sido uma área com interesse crescente. “Todos os motores diesel dos tratores e máquinas agrícolas estão equipados com os componentes que nós reparamos, nomeadamente, bombas injetoras, injetores, turbos, e a geração mais recente de filtros de partículas. Desde há alguns anos que temos
A formação para empresas como redes de oficinas ou concessionários, em áreas como sistemas diesel, turbos, cuidados de diagnóstico, cuidados a ter na montagem e desmontagem, é outra das áreas de negócio da Servidiesel.
Além de ser um Bosch Diesel Center, a empresa repara também equipamentos Delphi, Motorpal, Yanmar, Stanadyne, Denso, nos turbos, Garrett, Mitsubishi, Schwitzer, Holset, IHI.
Questionado sobre como poderia um concessionário agrícola recorrer ao Serviço de apoio ao cliente, Diogo Bordalo explicou que a empresa tem um call-center que atende via telefone, email e whatsapp mas, em determinados casos também tem a possibilidade de se deslocar ao local. “O cliente telefona para o call-center, coloca a peça numa caixa selada, fazemos a recolha, desmontamos, fazemos um orçamento, e após validação, fazemos a reparação. Em alguns casos já temos peças reconstruídas, caso em que, por ser mais rápido, também propomos essa solução. Tendo sempre também ao nosso dispor componentes novos ou reconstruídos de fábrica. Após a chegada da peça, conseguimos dar um orçamento num prazo máximo de 48h”, explicou.
A empresa tem vindo a apostar em equipamentos de reparação diesel de última geração.
O Entreposto Máquinas revelou recentemente, numa reunião de concessionários TYM, que é o novo importador da TYM Corporation, marca que oficializou a fusão com a Branson no início do ano. O crescimento, apoiado na diversificação da gama de produto, expansão da rede de concessionários e assistência pósvenda, é um objetivo comum e as metas são ambiciosas.
OEntreposto Máquinas realizou, em março, uma reunião de concessionários da TYM em Ílhavo, onde se apresentou como novo importador da marca sul-coreana de tratores, a qual já havia oficializado no início deste ano a fusão com a Branson, marca já distribuída pela empresa sediada nos Olivais. Na presença de altos responsáveis da Entreposto Máquinas, Nuno Santos, diretor comercial do Entreposto Máquinas, apresentou a gama de produto (20 modelos que vão de 20cv a 130cv), deu conhecimento dos
lançamentos previstos de dois tratores de maior potência (T5 115 e T6 130) e revelou os objetivos a 5 anos, integrados numa estratégia de crescimento comum: se a TYM pretende tornar-se num player internacional importante no mercado, o Entreposto Máquinas ambiciona, com esta aliança, estabelecer-se como o principal player agrícola em Portugal.
Refira-se que, em 2023, a TYM espera vender 130 tratores no nosso país mas eleva esse objetivo para 300 vendas em 2027, o que seria um aumento de mais de 50% (53,3%) no espaço de cinco anos. Esta meta é apoiada no aumento da gama de produto, no alargamento da rede de concessionários em todo o território nacional e igualmente num serviço de peças e assistência pósvenda profissionalizado.
No âmbito do evento, que decorreu numa unidade hoteleira de Ílhavo e contou com a presença de cerca de 60 convidados, representantes dos respetivos concessionários, abolsamia entrevistou Cristina Vicente, Gestora de Produto no Entreposto Máquinas.
Após ter comprado a Kukje (empresa que lançou a marca Branson) em 2016, a TYM oficializou, no início deste ano, a fusão com a Branson, que já era distribuída pelo Entreposto Máquinas. Em que medida é uma mais-valia para o Entreposto ser importador da TYM Corporation?
Cristina Vicente (CV) - A TYM é atualmente a maior marca de tratores sul-coreana, está a investir muito em investigação, tecnologia e desenvolvimento de produtos, e os objetivos da marca passam por crescer e apostar muito seriamente na América do Norte e Europa. A partir deste momento vai disponibilizar uma gama de modelos muito variada, abrangente, difícil de igualar e com uma qualidade premium –onde se quer posicionar. Toda esta visão da marca entra nos objetivos do Entreposto Máquinas e, portanto, vemo-la como um parceiro forte e muito importante para continuar na senda de crescimento que temos vindo a preconizar nos últimos anos,
Os modelos Branson irão, no decorrer do próximo ano, passar a designar-se TYM.
com a meta de nos estabelecermos como o principal player agrícola em Portugal. A TYM Corporation tomou a decisão estratégica de consolidar as marcas principais numa só, aproveitando o efeito de escala para se tornar num player internacional importante, sendo este um passo decisivo no projeto de crescimento mundial da TYM a nível global. A nível nacional, seguiremos as linhas estratégicas
da marca, sendo esta data histórica um ponto de viragem no sentido de oferecer aos nossos clientes não só uma maior e melhor gama de produtos, mas também um acompanhamento e aconselhamento cada vez mais profissionalizados, incluindo o Pós-venda: peças e assistência de excelência.
Os tratores Branson vão continuar a ser comercializados? De que modo farão a gestão das duas marcas?
CV - A estratégia definida é a consolidação do grupo dentro de uma marca forte, a TYM, reunindo as valências e pontos fortes de cada uma das marcas anterioresBranson e TYM. Os modelos ainda com etiqueta Branson irão durante o próximo ano passar a chamarse TYM, passando a fazer parte de uma gama mais completa e abrangente.
Na apresentação feita na reunião da TYM, foi estabelecido como objetivo chegar a 2027 com um crescimento superior a 50% nas vendas em relação a este ano. Que argumentos tornam esta uma meta atingível?
CV - O crescimento pretendido pela marca é sustentado pela ampliação da gama de produtos que irá ser significativa, no crescimento orgânico pela expansão da rede de concessionários, e pelo aumento expectável das taxas de penetração, fruto da melhoria contínua quer de equipamentos, quer do nosso acompanhamento e assistência.
Na reunião de concessionários, em Ílhavo, o engenheiro Nuno Santos, Diretor Comercial do Entreposto Máquinas, falou sobre as vantagens de ser o novo importador da TYM em Portugal.
O encontro de concessionários contou com cerca de 60 pessoas, incluíndo alguns altos responsáveis sul-coreanos da TYM Corporation.
pecuária, institucional e serviços, artesanato, restauração, cante alentejano, maquinaria agrícola, atividades pedagógicas e comunicação de boas práticas agrícolas.
por Hugo Neves fotografia abolsamiaFeira foi, mais uma vez, palco privilegiado para a reflexão e debate sobre os grandes temas da atualidade, apresentados nos vários colóquios, seminários e workshops promovidos pela organização e outras entidades ao longo do evento.
Com a visita de mais de 150 mil visitantes, a Ovibeja teve mais de mil expositores, vários pavilhões temáticos dedicados ao agroalimentar,
A organização do evento esteve uma vez mais a cargo da ACOS - Associação de Agricultores do Sul.
“A Ovibeja 2023 foi maior do que a do ano anterior, com mais expositores e visitantes”, avançou à Voz da Planície Rui Garrido, presidente da Direção da ACOS, mostrandose satisfeito com a realização deste ano.
A revista abolsamia marcou presença no certame num dia de intenso calor e uma coisa pudemos constatar, o parque da feira esteve bem composto,
A 39ª edição da Feira, que se realizou entre 27 de abril e 1 de maio sob o tema “Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” contou com cerca de 150 mil visitantes e mais de mil expositores.
repleto de todo o tipo de maquinaria, desde os tratores especializados aos de campo aberto, passando ainda pelos diferentes tipos de alfaias até aos mais recentes reboques lançados no mercado.
A Ovibeja continua e continuará a ser a feira agrícola de referência do sul do país, o que para tal muito contribuiu o trabalho inexcedível dos concessionários da região que não pouparam esforços para levar aos visitantes o que de melhor o mercado tem para apresentar.
Veja a galeria completa flickr.com /abolsamia
Foi uma das principais novidades no certame alentejano: A Borrego Leonor, empresa sediada em Almeirim, passará a explorar o negócio da Samuel Salgado, em Beja e Évora, sob o nome Borrego Leonor Alentejo. A revista abolsamia entrevistou
Paula Borrego, administradora da Borrego Leonor sobre o novo projeto em solo alentejano.
A Borrego Leonor & Irmão S.A passará a explorar o negócio da Samuel Salgado –Produtos agrícolas. Por que decidiu a empresa avançar para este negócio?
temos tido alguns contactos por parte de clientes da zona do Alentejo e, embora com pequena expressão, era um mercado que já estávamos a começar a trabalhar, mas porque eramos procurados pelos clientes. Desta forma, conciliamos os nossos interesses com os dos nossos clientes. O nosso objetivo é poder melhorar e dinamizar o sector agrícola, sobretudo em termos de disponibilidade de produtos, logística e o bom funcionamento das nossas oficinas.
Paula Borrego:
A Borrego Leonor, através da Borrego Leonor Alentejo, passará a explorar o negócio da Samuel Salgado não tendo, na verdade, comprado a Samuel Salgado. Na prática iremos explorar um negócio já existente, mas sob a designação de Borrego Leonor Alentejo.
Estabelecermo-nos no Alentejo não estava nos nossos objetivos imediatos, mas foi uma oportunidade que surgiu e que não podíamos perder. O Alentejo é atualmente um mercado muito importante. É o principal centro agrícola do nosso país. Ultimamente,
Continuarão a existir as mesmas localizações (Beja e Évora) e as mesmas representadas?
Sim, iremos continuar com as representações da Samuel Salgado (a maioria são comuns à Borrego Leonor) e nos mesmos espaços, quer em Beja, quer em Évora.
A Samuel Salgado representava também marcas de tratores, algo que a Borrego Leonor & Irmão S.A não fazia até aqui. Qual será a estratégia da empresa neste tipo de produto?
Curiosamente, no passado a Borrego Leonor já foi representante de uma marca de tratores. Um negócio que depois acabou por abandonar. Com este novo projeto voltaremos às origens e a um negócio iniciado pelo meu pai. A Samuel Salgado é uma das principais representantes de tratores Kubota e o nosso objetivo é continuar, melhorando e reforçando o serviço de assistência por forma a prestar um serviço de excelência aos nossos clientes.
A presença na Ovibeja 2023 acaba por ser um excelente cartão de visita para a Borrego Leonor Alentejo…
Em virtude de a Borrego Leonor ficar a explorar o negócio da Samuel Salgado seria de máxima importância estar presente num certame tão importante na agricultura e na região como é a Ovibeja, e as expectativas foram confirmadas: foi uma ótima experiência, e uma forma de conhecermos atuais e potenciais clientes, dando a conhecer a Borrego Leonor Alentejo. Foi com esse propósito que estivemos presentes – mostrar aos agricultores do Alentejo o que a Borrego Leonor pode oferecer em termos de produtos para a agricultura e em termos de maquinaria.
A Herculano marcou presença na Ovibeja 2023 em parceria com o concessionário Irmãos Luzias. O principal destaque do fabricante oliveirense foi o novo reboque multifunções elevatório, idealizado para a colheita de frutos secos.
Presente com equipamentos da sua linha de reboques, onde pontificavam o monocoque HMB de dois eixos e o multifunções HSE, de reboques espalhadores, com o H2SR, e também de mobilização, com duas grades em exposição, uma HVR e uma HGR, a Herculano aproveitou a Ovibeja para apresentar ao público o seu mais recente lançamento: um reboque multifunções elevatório.
Idealizado para a colheita de frutos secos, este reboque é também capaz de servir outras necessidades, contando com uma plataforma intermédia que trabalha de forma independente do chassis inferior, permitindo uma grande amplitude de basculamento.
www.herculano.pt
João Amaro, Gestor de Produto da Herculano, explicou o processo de desenvolvimento do novo reboque. “Identificou-se que existia a necessidade deste tipo de produto na zona do Alentejo, junto dos nossos parceiros. A crescente produção de frutos secos a nível mundial, ajudou a alavancar a aposta neste reboque. Depois de ter sido efetuada uma vasta análise ao mercado, avançámos para o desenvolvimento, com o compromisso de oferecer uma ferramenta importante para este tipo de cultura, e com um preço competitivo (12.800€+IVA).”
As características diferenciadoras deste equipamento são a caixa metálica basculante à retaguarda, que é removível – e pode, como opcional, ser em inox (para a vinha) -, a pintura alimentar, os circuitos hidráulicos independentes (caixa e chassis inferior), e o ângulo de basculamento 65o. A capacidade é de 7 m3, a massa técnica total é de 8 t, tem uma altura de basculamento útil de 3.75
m, mede 2.10 m de largura e 3.80 m de comprimento. Vem também equipado de série com descanso de fuso galvanizado e válvula de segurança limitadora de basculamento. As rodas de série são 385/65 R22.5 mas, opcionalmente, pode equipar com as seguintes medidas: 425/65 R22.5, 445/65 R22.5, 550/60R22.5 16 PR, 560/60 R22.5.
Utilizado para a colheita da azeitona e da amêndoa, este reboque não necessita de um trator de potência muito elevada, bastando um de 80/ 90cv.
“Sendo a Ovibeja uma feira de referência na região e no país, é fundamental a nossa presença através do nosso excelente parceiro Irmãos Luzias que tem realizado um trabalho importante no crescimento da nossa marca e serviço aos agricultores. Também aproveitámos a nossa presença para apresentar um novo produto, o reboque elevatório idealizado para a colheita de frutos secos que está em ascensão.”
As novidades de produto da Irmãos Luzias na Ovibeja foram a Pick-up Amarok para o setor comercial e o novo Quantum da Case IH para o setor agrícola. Se a primeira já se vê “por todo o lado” no distrito de Beja, o segundo prima pelo “elevado conforto, acesso melhorado ao trator e a fiabilidade” do mesmo.
A Irmãos Luzias marcou, mais uma vez, presença na Ovibeja, onde apresentou, entre várias marcas representadas, duas novidades de produto para o baixo Alentejo. Desde logo a pick-up Amarok, da Volkswagen, que apresenta uma nova versão, com uma gama mais alargada de motorizações e já com caixa manual. “A Amarok é, comercialmente, o nosso principal produto. Na anterior geração, fizemos um ótimo trabalho, basta dar uma volta pelo distrito de Beja
e veem-se estas pick-ups por todo o lado. Esperámos com expetativa por esta versão integralmente nova e as primeiras unidades já vão circular no final de junho”, explicou Vítor Luzia, um dos sócios-gerentes da empresa, antes de indicar as características principais da pick-up: “Com a anterior versão, só tínhamos motores 3.000 V6. Nesta nova versão, a gama de motorizações é mais alargada, haverá um 2.000 com dois níveis de potência de 170 e 204cv. Vamos ter também o motor 3.000 V6 mas com 240cv. E, anteriormente, só disponibilizávamos caixas automáticas, mas esta geração já conta também com caixas manuais.” A desenvoltura nos desafios do campo, aliada ao conforto e à tecnologia disponível, quer para a condução, quer para a interação com os passageiros, são argumentos apontados pela marca para fazer desta geração da Amarok um caso de sucesso na região do baixo Alentejo.
Com 42 anos feitos em fevereiro, a Irmãos Luzias aposta cada vez mais “na formação dos colaboradores, renovação do departamento técnico e na tecnologia das máquinas”, a qual não falta ao segundo trunfo apresentado na Ovibeja: o novo trator Quantum 100F, da Case IH. “É um trator de alta tecnologia, com uma performance distinta, e exige assistência premium. Adapta-se às vinhas e ao olival, tem plataforma plana e uma cabine ergonómica, de nível 4, que oferece maior conforto, comandos e instrumentalização digitais.
O acesso ao trator era um handicap mas é agora uma grande vantagem desta linha, sem ganhar altura. Com as novas regras, temos a questão dos filtros de partículas e do sistema SCR, que ocupa espaço de volumetria, mas a Case IH teve esse cuidado e a visibilidade deste trator é praticamente igual ao modelo anterior”, explicou Manuel Carrasqueira, gestor da área agrícola da Irmãos Luzias. Com uma motorização de 4 cilindros e potências entre 80 e 120cv, o preço varia entre os 80.000 e os 115.000€, dependendo dos extras pretendidos.
A55ª edição da Agrobraga foi considerada um sucesso, assim o provam os números de um evento que durou 4 dias no Forum Altice Braga e contou com 208 expositores presentes, mais 70 do que na edição anterior. O número de visitantes – 45.087 registos de entradas – superou todas as expectativas numa edição que promoveu um total de 62 eventos, entre seminários, conferências e showcookings. Ao todo, foram contabilizadas mais de 50 horas de atividades, nove concursos pecuários com cerca de 500 animais presentes, quase mais duas centenas em relação às previsões iniciais.
A revista abolsamia esteve presente no evento e pudemos constatar a maior afluência de público a partir da tarde de sextafeira, 31 de março, com o sábado e domingo a registarem um fluxo ainda mais elevado. As empresas expositoras, fizeram questão de estar presentes numa das feiras agrícolas mais importantes do país e a organização da Agrobraga começa mesmo a pensar na etapa da internacionalização. “Temos recebido cada vez mais solicitações do setor profissional de outros países que querem integrar a nossa feira”, afirmou Carlos Silva, administrador executivo da InvestBraga, na hora de fazer o balanço do evento.
Com a presença de mais de 450 máquinas agrícolas e cerca de 50 marcas e fabricantes a exporem no Forum Altice Braga, esta foi uma nova prova de vitalidade das empresas num setor que continua a reinventar-se para responder aos desafios do presente e futuro.
Nota final para a visita de 32 escolas, cooperativas e associações, que envolveram, juntas, mais de 1000 pessoas no evento. “São essas crianças os futuros visitantes da Agro. Queremos passar a esta geração a importância da agricultura”, concluiu Carlos Silva. A próxima edição da Agro Braga será entre 21 e 24 de março de 2024 e a InvestBraga, organizadora do evento, já iniciou o processo de comercialização dos espaços disponíveis de forma a propor valores mais vantajosos para os expositores.
A Jopauto, importador exclusivo da Clemens, fabricante alemão especialista em equipamentos para vinha, assinou no início do ano um protocolo com a Universidade de Évora para a realização de eventos de campo para difusão do conhecimento sobre alfaias vinhateiras. A primeira etapa, focada em máquinas para mobilização e monda, teve lugar na Herdade da Mitra, em Évora, no dia 31 de março e juntou mais de 100 pessoas. Além dos equipamentos da Clemens, em trabalho esteve também o Melhor Especializado do Ano 2023: o New Holland T4. 120 F.
por Sebastião Marques fotografia abolsamiaDesde que abrimos a nossa delegação em Vila Real, procurámos estreitar a nossa relação com as instituições de ensino”, começou por explicar Daniel Lopes, Responsável Comercial da Jopauto. “Primeiramente, por uma questão de proximidade, estabelecemos com a Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD), um protocolo para a integração de uma abordagem de campo nas unidades curriculares de viticultura e mecanização agrícola. No entanto, a nossa intenção sempre foi alargar este tipo de iniciativas a um âmbito nacional. Assim, conseguimos este ano replicar com a Universidade de Évora o protocolo que temos com a UTAD. Além desta parceria, queremos ainda estabelecer uma outra com o Instituto Superior de Agronomia, de forma a estarmos presentes em quase todo o território”.
“A ligação ao meio académico faz parte do plano estratégico da
Jopauto, porque consideramos fundamental a partilha de conhecimento, além de ser uma forma interessante de marcar uma presença nacional das marcas que importamos junto daqueles que são os futuros agricultores. Acreditamos que, permitindo aos alunos terem acesso às inovações tecnológicas existentes e futuras, estaremos a contribuir para resolver problemas muito graves da nossa Agricultura, como a falta de mão de obra”, resumiu.
Pelo lado da Universidade de Évora, Anacleto Pinheiro, Professor Associado, destacou a importância da ligação entre o meio académico e o setor empresarial, algo que traz da sua experiência no Reino Unido e Estados Unidos da América. “Tentamos trazer para a Universidade de Évora e, nomeadamente, para a área da mecanização agrária, a abertura que uma Universidade deve ter para a criação e difusão do conhecimento também em parceria com as empresas ligadas ao setor”.
“As fundações desta parceria nasceram na última edição da Feira da Agricultura (2022), em Santarém. A partir daí, desenvolvemos contactos que resultaram na assinatura de um protocolo cujo objetivo é a difusão de conhecimento sobre este tipo de equipamentos junto da comunidade académica. E, assim, chegamos a este primeiro evento, que foi, primeiramente, pensado para alunos da Universidade de Évora, de três unidades curriculares, Agricultura de Precisão, Enologia e Agronomia, e depois estendido a profissionais do setor, contando com um total de cerca de 100 pessoas presentes”, finalizou Anacleto Pinheiro.
Daniel Lopes, Responsável Comercial da Jopauto, apresentou a gama da Clemens. Com uma gama para a vinha bastante ampla, desde equipamentos para tratamentos em sebe até mobilização de solo, a Clemens, pela mão da Jopauto, trouxe para o evento a sua oferta para mobilização ligeira e corte superficial.
A principal novidade foi o intercepas Radius D, a inovação mais recente da marca, apresentado ao público no ano 2022 e lançado no mercado este ano. O exemplar em trabalho no evento foi o primeiro a chegar à Península Ibérica.
A parceria entre a Jopauto e a Universidade de Évora pressupõe a organização de duas demonstrações em campo por ano, tendo a primeira lugar no final do primeiro semestre (março), e outra no final do ano letivo (junho), altura em que, além das máquinas de mobilização de solo poderão também ser realizados alguns tratamentos de sebe, como a desponta ou a aplicação de produtos fitofármacos.
Estiveram presentes cerca de 100 pessoas, entre alunos da Universidade e profissionais do setor. A empresa Fialho, Correia e Lampreia, concessionário New Holland da zona, esteve também presente no evento, disponibilizando o T4 120 F que esteve em trabalho (página 70 da edição 133 da revista).
T4. 120 F
Em representação da New Holland Portugal, empresa que colaborou na organização do evento, esteve João Pedro Rego, Delegado de Serviço da New Holland. Ao especialista de produto e ex-aluno da Universidade de Évora coube a tarefa de resumir em poucas palavras os pontos fortes de um trator que foi vencedor na sua categoria, Melhor Especializado, no concurso Trator do Ano 2023.
“O T4. F é uma adição recente à gama da New Holland, tendo bastantes novidades em relação ao seu antecessor. Os principais destaques deste trator são o motor, um FPT 3600 com alta reserva de binário (40%), a altura ao solo do capot de apenas 1,45m mas concentrando-se todo o sistema de tratamento de gases de escape no compartimento do mesmo, ou uma cabine pensada para o cliente profissional, de plataforma plana, mais espaçosa e ergonómica, com melhor visibilidade e insonorização (74 decibéis), categoria 4 (totalmente pressurizada). É um trator talhado para o agricultor profissional em culturas permanentes, como vinha, pomar ou olival”, finalizou.
AClemens posicionase no mercado como um fabricante de equipamentos para todos os tipos de vinha. Tem, por isso, uma gama de produto bastante ampla, disponibilizando ao produtor desde intercepas, passando por equipamentos para tratamentos em sebe, até mobilização de solo. As máquinas da Clemens destacamse por serem completamente modulares, oferecendo uma grande versatilidade de trabalho ao operador, podendo ser acoplado ao mesmo quadro uma grande variedade de equipamentos.
Pela altura do ano em que se realizou o evento, no final de fevereiro, a Jopauto, importador exclusivo da marca para Portugal, optou por trazer equipamentos para trabalho com intercepas, de mobilização ligeira e deservagem mecânica.
O evento realizado em parceria com a Universidade de Évora serviu também para apresentação em Portugal do novo intercepas da Clemens. Depois do sucesso do Radius SL Plus, chega agora o Radius D, com ainda maior versatilidade do que a versão anterior.
Intercepas Radius D: para solos e infestantes “rijos”
Além dos já conhecidos e experimentados (ver edição 129 da revista) Radius SL Plus, Multi Clean, Finger Hoe e Finger Roller, todos presentes e em trabalho na Herdade da Mitra, a principal novidade foi o intercepas Radius D. É a mais nova
versão do Radius, a linha de equipamentos da Clemens para deservagem mecânica. Apresentado ao público no ano 2022 e lançado no mercado já em 2023, ao contrário do Radius SL Plus, conta com um cilindro de duplo efeito. Assim, além
de poder equipar com todos os equipamentos da versão anterior, como a lâmina e a rotofresa, consegue também trabalhar com uma aiveca de descava (ou aiveca francesa), muito utilizada na viticultura francesa.
Esta aiveca faz um trabalho semelhante ao de uma charrua, deixando a raiz das infestantes ao contrário. Em contextos onde a estrutura radicular das infestantes é muito densa e exista chuva depois da passagem da máquina, uma lâmina não permitirá acabar com as mesmas, sendo assim de extrema utilidade a utilização desta alfaia. Além disso, para vinha em camalhão, a aiveca permite “retirar” o mesmo.
Daniel Lopes, Responsável Comercial da Jopauto, explicou o potencial do Radius D para o nosso mercado.
“Em Portugal, esta máquina destina-se a regiões onde exista muita mobilização de solo na entrelinha e onde, por isso, a terra acaba por se acumular criando uma espécie de
camalhão. Quando o solo está bastante rijo, como acontece em zonas barrentas em anos de seca, a única forma de retirar este camalhão será mesmo com uma aiveca. O ângulo de ataque desta máquina permite cortar e “puxar”. Se em cima desse camalhão houver erva e esta for bastante densa, como aquilo a que vulgarmente chamamos “grama”, fica ainda mais difícil de o retirar. Nesse caso, só mesmo com uma aiveca”.
O Radius D pode trabalhar em vinhas com larguras de 2,20 a 3,20m e a velocidade de trabalho com a aiveca francesa vai dos 2 aos 4 km/h, mas, como explicou Manuel Weber, Responsável Comercial para Espanha e Portugal da Clemens, “esta é uma operação que se faz uma vez por ano, no início da Primavera”. O responsável alemão, presente em Portugal para o evento, aproveitou ainda para reforçar outros pontos fortes desta máquina. “Ao contrário de outros fabricantes, na Clemens o sensor não é “ON/OFF” mas sim progressivo, acompanhando a lâmina a curvatura do sensor. Além disso, a sensibilidade do sensor pode ser ajustada para trabalhar em vinhas novas. Esta alfaia necessita de apenas 10 a 12 litros de óleo do trator, podendo por isso trabalhar com quase todos os tratores. O Radius D tem ainda molas para proteção contra colisão que permitem que a aiveca recue, ultrapassando o obstáculo e regressando à posição de trabalho. A resistência da mola pode ser regulada através da inclusão de mais ou menos placas. O bloco hidráulico presente em todos os equipamentos da marca permite dois ajustamentos, de velocidade e pressão. Esta nova versão tem ainda 25% mais de potência devido a um cilindro de maiores dimensões”, finalizou.
“O nosso objetivo para a rede de distribuição da Clemens em Portugal é termos um representante nas principais zonas de vinha do país. Atualmente, trabalhamos com sete outras empresas concessionárias, que são nossos parceiros. Assim, ao dia de hoje, qualquer viticultor em Portugal terá um representante Clemens próximo de si, disponível para o aconselhar e prestar assistência caso seja necessário”.
Artur Lopes, Responsável do Departamento de Importação da Jopauto.
Além do Radius D, a Jopauto aproveitou ainda para demonstrar o remanescente do portfólio da Clemmens comercializado pela empresa em Portugal, desde máquinas de corte superficial, a equipamentos para mobilização ligeira, a máquinas de lâmina e rotofresa. Conheça em pormenor estes equipamentos na edição 129 da revista.
Finger Hoes: A Clemens vai iniciar uma fase de testes na Herdade do Esporão com Finger Hoes concebidos pela empresa.
Suporte Provitis com MultiClean: um sistema de corte com fio montado num suporte em pórtico Provitis oferecendo maior qualidade de trabalho.
Seja qual for o trabalho no campo, a novíssima série AGRIMAXFACTOR 70 da BKT para tratores é perfeita tanto para transporte como para lavoura. Um design de piso inovador e uma forte lona de carcaça em poliéster proporcionam uma excelente estabilidade lateral e uma resposta de direção mais rápida mesmo para operações de alta velocidade ou serviço intensivo. A área de contacto no terreno aumentada em 5% reduz significativamente a perceção do ruído na cabina, o que representa mais conforto. Além disso, o logótipo exclusivo “E-READY” na parede lateral destaca o compromisso da BKT com a mobilidade elétrica e torna este produto adequado para veículos elétricos. Excelente manuseamento e estabilidade, juntamente com uma maior durabilidade, são características chave que fazem do AGRIMAXFACTOR o pneu certo para a sua segurança e conforto, mesmo em condições de serviço pesado.
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A Multimoto escolheu a Quinta da Lagoalva, em Alpiarça, para lançar o novo modelo ATV da Segway para uso profissional: o Snarler AT6 ST. Esta é uma versão simplificada do SE e mostra-se ágil e capaz para qualquer tipo de trabalho, seja na vinha, no olival ou num amendoal.
Uma versão mais leve, mais acessível, mas também ela reforçada para responder às necessidades do mercado profissional”. Foi com esta breve descrição que os responsáveis da Multimoto nos receberam na Quinta da Lagoalva de Cima, em Alpiarça, durante o lançamento de um novo modelo ATV da Segway mais apropriado para uso profissional. O novo Snarler AT6 ST é uma versão mais ‘solta’ do SE, já que se libertou de vários apetrechos que os clientes consideravam desnecessários para uso profissional e ‘reforçouse’ em alguns pontos úteis:
maior capacidade de resposta do motor, acrescida capacidade de tração de arrasto e de carga nas grelhas, além de um binário mais poderoso para responder aos desafios das tarefas de trabalho.
O estilo felino deste ATV passeou pelos percursos de terra batida, por entre o olival e as vinhas da Quinta da Lagoalva, tendo este modelo ST demonstrado uma desenvoltura apreciável, já que esta versão parte da variante curta que apresenta menor distância entre-eixos, tornandose, assim, especialmente ágil em terrenos difíceis e zonas estreitas e sinuosas. O próprio motor e as alterações efetuadas na
Este modelo da Segway mostrase adaptável a qualquer tipo de trabalho, seja em olival, vinha ou recolha e tratamento de gado.
transmissão CVTech (um evoluído e fiável variador contínuo de controlo eletrónico) contribui para a pujança nos terrenos mais íngremes e instáveis. Com o objetivo de entrar no mercado profissional, para poder responder a uma necessidade manifestada pelos clientes nos últimos dois anos, a Segway resolveu adaptar um modelo capaz de oferecer qualidade e destreza em todo o tipo de trabalhos na vinha, amendoal, olival ou até na recolha e tratamento de gado.
A destreza e força do novo Snarler AT6 ST deram nas vistas durante o percurso de apresentação da Moto4. Convém destacar que, apesar da vocação monolugar, este veículo está homologado para duas pessoas. O caderno de encargos desta proposta da Segway previa uma “melhoria no desempenho” nos trabalhos de campo, como explicou Hugo Santos, diretor comercial da Multimoto.
“
Este Snarler AT6 ST tem uma capacidade de tração de arrasto que ascende aos 600kgs homologados, com 400kgs de capacidade de reboque e 100kgs de capacidade de carga nas grelhas (40 frente/60 atrás). Além disso, apresenta um binário muito interessante de motor, que chega aos 48 Nm à roda”, explicou, acrescentando ainda outras alterações que visaram adaptar este modelo ao mercado profissional:
“Removemos a T-Box, uma tecnologia pioneira da Segway relacionada com a conectividade móvel, retirámos as proteções de plástico que embelezavam as grelhas e trocámos as restantes por umas em plástico injetado que, em caso de risco acidental, não implicam repintura. Tirámos ainda as proteções de mãos e o guincho elétrico passou a ser um acessório, ficando apenas a fixação para o reboque manual. O objetivo foi retirar extras de forma a melhorar a performance e a durabilidade e permitir um preço ainda mais competitivo. Por fim, as únicas cores disponíveis, pelo menos para já, são o laranja e o preto.”
As proteções de plático das grelhas foram retiradas e as carenagens substituídas por um plástico injetado de cor que, em caso de dano, não implicam repintura.
Ainda que o motor seja o mesmo da versão S, um monocilindro a quatro tempos com 567cc e 44,2cv de potência, a capacidade de resposta será diferente por um motivo. “Pegámos no nosso Snarler AT6 SE, um veículo curto de distância entre eixos (130 cms), e implementámos algumas melhorias nos componentes, nomeadamente na performance, com uma aposta central no sofisticado variador CVTech, obtendo uma maior capacidade de resposta do motor com uma superior garantia de qualidade e fiabilidade.” No sistema de travões, também há uma novidade. “Em vez dos quatro discos, este modelo tem agora três discos. Duplo na frente e um disco central ao diferencial traseiro, que atua sobre as duas rodas”, revelou Hugo Santos.
O guincho elétrico, agora opcional,foi trocado por um dispositivo de engate manual, assim como a T-Box (tecnologia relacionada com a conectividade à APP móvel) passa a ser acessório opcional para tornar este modelo mais simples de série.
Como referimos, a retirada de alguns extras, além de melhorar as performances e a fiabilidade, também permitiu uma significativa redução no preço, o que torna este modelo mais competitivo no mercado. “Permite-nos reentrar no mercado profissional com uma aposta mais equilibrada e que vai ao encontro de uma necessidade crescente dos nossos clientes. O PVP é de 6.590€ com IVA incluído, homologação de Trator Agrícola, acrescendo depois as despesas de documentação e transporte.”
Questionado ainda sobre os objetivos da Segway a médio/longo prazo, Hugo Santos explica que os resultados atuais já são muito positivos, “isto tendo em conta que, com um único modelo de 570cc, a Segway consegue estar no terceiro lugar do ranking de vendas de ATV e ter o ATV líder de mercado em 2022 – o Snarler AT6 LX.” Seguidamente, fez uma revelação: “Mas a partir do verão teremos mais novidades. Acreditamos que o lançamento de um ATV com cilindrada abaixo dos 500cc, que se espera ser desvendado na época estival, dar-nos-á outra capacidade de competir com a concorrência mais direta. E depois também teremos um ATV de 1000cc. Chegados a esse patamar, já será uma disputa de igual para igual e aí o objetivo é claro: ser líder de mercado.”
A retirada de vários extras em todas as zonas deste novo modelo ajudou-o igualmente a ter um preço mais competitivo no mercado e estão previstas novidades para o verão.
A empresa de Vila do Conde, representante exclusivo em Portugal, continental e ilhas, da Faresin - fabricante italiano de unifeeds e carregadores telescópicosentregou em abril três dos mais avançados unifeeds automotrizes a chegarem ao nosso mercado. Para se perceber a importância do acontecimento, até Sante Faresin, proprietário da empresa, se deslocou ao nosso país para acompanhar in loco as entregas. A revista abolsamia também marcou presença e aproveitou para conhecer estes equipamentos e as explorações que os adquiriram.
Foram três as máquinas a chegar aos seus destinos no mês de abril, todas da gama Leader PF, a linha de unifeeds de mistura vertical da Faresin, com capacidades que vão dos 11 aos 36 metros cúbicos e um, dois ou três sem-fins. Neste caso, foram dois PF 2.22 Plus Ecomix (dois sem-fins e 22 m3, e um PF 2.20 Plus Ecomix (também com dois sem-fins, mas de 20 m3 de capacidade).
Leader PF:
“Desenvolvemos todos os nossos produtos com um propósito: o bem-estar do animal porque sabemos que se o animal estiver bem vai produzir mais e melhor e, assim, também o produtor estará bem. Para o conseguirmos, temos grande atenção a dois fatores: a homogeneidade da mistura e do corte da fibra”. explicou Sante Faresin sobre o desenvolvimento destas máquinas.
A cuba é fabricada em aço S355 com paredes de 8 mm de espessura e 15-25 mm no fundo (opcionalmente pode ser forrada a inox AISI304-tolva/sem-fins e fundo). A homogeneidade da mistura é garantida pela forma particular do sem-fim e da cuba, que facilita o fluxo do produto, e acelera o movimento ascendente, mantendo a mistura suave. O perfil cónico com um fundo de diâmetro reduzido, contra-facas hidráulicas, e uma velocidade variável do sem-fim de 5 a 50 rpm, são outros pontos fortes da cuba montada nos Leader PF.
O moinho picador é uma das principais vantagens apontadas pelos responsáveis da marca que asseguram uma redução dos tempos de corte da fibra de até 80% quando comparado com sistemas sem moinho. Tal como explicou Sante Faresin, “o unifeed destina-se a alimentar animais ruminantes, e o moinho permite respeitar a sua essência, criando uma mistura semelhante à pastagem que tinham à sua disposição em tempos ancestrais”
Aproveitando ainda a sua presença no nosso país, Sante Faresin entregou também um carregador-telescópico, modelo 626, à empresa dedicada à produção de leite Rogério Amorim, Lda, de Junqueira – Vila do Conde. Na foto: Sante Faresin com Joaquim Martins e Rogério Amorim.
Na fresa, são três as velocidades de rotação (150, 250 e 315 rpm) que permitem ao operador escolher, em qualquer altura, a que melhor se adequa de forma a manter sempre a qualidade e quantidade de fibra necessária. Outras características importantes são a reversão automática, bem como o diâmetro de 600/700 mm (opcional), 2040 mm de largura da fresa, e altura máxima de trabalho de até 6.1 m.
Finalmente, o motor é um FPT de quatro ou seis cilindros, de 170 a 260 cv, Stage V, com intervalos de manutenção a cada 500 horas, ou 1000 horas (opcional).
O posicionamento do NiR na cuba nos unifeeds da Faresin foi um dos principais temas de discussão: porquê na cuba e não na fresa? De forma simples, Sante Faresin explicou que “é a diferença entre ter uma medição real ou uma virtual”
“Com a nossa solução medimos de um modo científico porque a velocidade e a homogeneidade com que o material passa pelo sensor permitem uma leitura fidedigna. Na fase de testes experimentámos outras soluções que outros fabricantes utilizam, mas verificámos que não é possível chegar a leituras fiáveis e fidedignas, nomeadamente porque o volume de material que passa pelo sensor é demasiado heterogéneo. Por isso, preferimos dar aos nossos clientes leituras reais. Um erro de medição, mesmo que pequeno, se feito muitas vezes, em volumes tão grandes como aqueles que se verificam num unifeed, acaba por resultar num grande erro, tendo um impacto significativo nos animais”, sintetizou.
Os dois Leader PF 2.22 Plus Ecomix tiveram como destino o Grupo Campicarn. Sediado
(da esquerda para a direita: José Reis (fundador da Tractorave), Sante Faresin (Presidente Faresin Industries), Manuel Martins (fundador e Presidente do Grupo Campicarn), Edgar Vasconcelos (Gerente da Tractorave) e Paola Bettiol (Responsável Comercial da Faresin Industries).
“Estas entregas são muito importantes tanto para a Tractorave como para a Faresin, tal como atesta a vinda do senhor Sante Faresin. Iniciámos o trabalho com a Faresin em 2007 e, desde aí, construímos um parque de cerca de 100 unifeeds automotrizes da marca em trabalho no nosso país. Estimamos que o parque nacional deste tipo de equipamentos se cifre nos 200, pelo que teremos uma quota de 50% do mercado. Esperamos continuar com uma tendência de crescimento, baseada nesta cultura de proximidade ao cliente final da Faresin através do concessionário. Além da qualidade das máquinas, nós conseguimos sempre ter uma resposta imediata a qualquer problema que possa surgir através do suporte técnico da fábrica, 24 horas por dia, sete dias por semana. Estas máquinas não podem parar e, connosco, não param”.
Edgar Vasconcelos, Gerente da Tractorave
no concelho de Vila Nova de Famalicão, o Grupo iniciou a sua atividade em 1987 inspirado na visão de Manuel Ferreira Martins, que desde sempre esteve ligado ao comércio de carne e gado vivo. A empresa opera essencialmente no mercado nacional, através do comércio tradicional e da moderna distribuição, mas tem sobretudo como grande objetivo: alcançar o mercado internacional que tem vindo a dinamizar e a apostar, pretendendo passar a barreira do mercado europeu e africano, onde já trabalha ativamente.
Como parte da estratégia, o grupo empresarial opta por produzir grande parte da alimentação dos animais das suas explorações agropecuárias, contando com unidades produtivas e industriais localizadas em Barcelos, Braga, Vila Nova de Famalicão, Torres Novas, Sabugal, Águeda e Beja.
Como explicou Manuel Martins, Presidente do Grupo Campicarn, o seu plano estratégico tem prevista a ampliação e renovação das instalações agropecuárias e aquisição de equipamentos, prevendo a aposta na produção nacional. “Neste momento temos quatro explorações, duas já em trabalho, duas começarão ainda em 2023, uma em Barcelos, a outra em Águeda. Uma destas duas máquinas irá para a nossa exploração no Sabugal, a outra para a de Águeda. Até 2025 temos previsto chegar às 10 explorações, num total de 20.000 cabeças de gado bovino. Isto quer dizer que queremos ter um automotriz em cada uma destas dez explorações” Quanto à opção pela Faresin, além da qualidade das máquinas, o Presidente do Grupo Campicarn apontou a confiança na Tractorave. “Adquirimos estas duas máquinas por duas razões: a empresa que representa a Faresin em Portugal, a Tractorave, que nos inspira toda a confiança naquilo que é a assistência pós-venda, e, em segundo lugar, aquilo em que acredito que é a qualidade
destes unifeeds. Temos unifeeds Faresin há muito tempo, mas todos rebocados. Estes são os dois primeiros automotrizes, e também os maiores, com 22m3 que já adquirimos”, finalizou.
Trabalhamos com a Tractorave há quase 17 anos. É um parceiro que desde o primeiro momento percebemos que seria um distribuidor importante. Hoje, no centro de tudo, está o bem-estar animal. Se o animal está bem, vai produzir mais e com maior qualidade. E, se assim for, nós estamos bem. Na Faresin, o mais importante é o bem-estar dos colaboradores, que depois resulta nas melhores máquinas do mundo”.
Sante Faresin, Presidente da Faresin
A terceira máquina entregue do dia foi uma versão ligeiramente mais pequena do que as duas anteriores, um PF 2.20 Plus Ecomix (também com dois sem-fins, mas de 20 m3 de capacidade). Desta feita, a máquina seguiu para a Sociedade Agrícola Silva Ferreira, Lda, em Rio Mau – Vila do Conde. Propriedade de Pedro Ferreira, esta exploração dedica-se à produção de leite, tendo um efetivo de 425 bovinos, com 200 em lactação. “Precisávamos de substituir o nosso unifeed rebocável com fresa, também Faresin, por uma máquina com moinho picador, de forma a processar a fibra, e com uma maior produtividade e eficiência”, explicou Pedro Ferreira.
Sante Faresin visitou também Luis Pereira, gerente da SAG Fonseca Pereira, empresa que, em 2007, comprou o primeiro automotriz Leader vendido em Portugal. A exploração de vacas de leite de Vila do Conde, com um efetivo de 325 bovinos - 160 em lactação – vai hoje na terceira geração de automotrizes Faresin.
A terceira máquina entregue foi para Rio Mau, Vila do Conde, onde Sante Faresin (à direita) entregou o PF 2.20 Plus Ecomix a Pedro Ferreira.
Veja a galeria completa flickr.com /abolsamia
(da esquerda para a direita): Adelino Viso (técnico comercial Tractorave), Edgar Vasconcelos, Paola Bettiol, Luis Pereira (gerente, SAG Fonseca Pereira), e Sante Faresin.
Em abril, fomos até Águeda para experimentarmos em campo duas unidades do modelo 6135 C numa exploração que se dedica à criação de gado. Ao longo de uma jornada de trabalho, distribuímos fardos no estábulo ao início da manhã, fizemos transporte em estrada com uma cisterna Herculano e, em campo, realizámos lavoura numa parcela para milho com uma charrua Pöttinger.
Os tratores Deutz-Fahr 6C apresentam uma estrutura compacta, associada a um nível médio de potência, e as funcionalidades para agricultura de precisão. Posicionamse imediatamente acima dos modelos da série 5 na gama da marca, e imediatamente abaixo dos modelos da série 6.4.
Foi na Agro-Pecuária Irmãos Soares, situada em Óis da Ribeira, Águeda, que tivemos oportunidade de experimentar em campo o Deutz-Fahr 6135 C. Nesta casa dedicada à criação de gado bovino, que conta com a força de trabalho de membros da família pertencentes a três gerações, as tarefas de campo estão a cargo de tratores Deutz-Fahr de diferentes épocas.
Por ocasião desta Prova de Campo, a SDF Portugal pôs à nossa disposição duas unidades do mesmo modelo, uma na versão standard, em cor verde, e uma outra na versão Warrior, com especificações mais altas, e em cor preta.
A série 6C situa-se imediatamente acima da série 5 e imediatamente abaixo da série 6.4, sendo composta por três modelos – 6115C, 6125C e 6135C –, que disponibilizam, respetivamente, 120, 129 e 135 cv de potência nominal.
Para cada um dos modelos, a marca oferece três opões de transmissão: mecânica com três níveis de powershift, RVShift com powershift total (a versão que testámos), e TTV de variação contínua.
O modelo testado, Deutz-Fahr
6135 C, é o mais potente da série 6C. É propulsionado por um motor FARMotion de 4 cilindros, com 3849 cm³ de capacidade, equipado com turbo de geometria variável e ventoinha viscostática eVisco.
A potência nominal situa-se nos 135 cv, sendo disponibilizado um boost que eleva a potência até aos 143 cv, para as tarefas com TDF ou em transporte, a velocidade superior a 15 km/h. Para cumprir a norma de emissões da Fase V, recorre a um sistema DOC+DPF+SCR.
Quanto à manutenção, está definida para intervalos de 600 horas.
A transmissão do modelo testado é uma full powershift desenvolvida internamente pela SDF. Assume a designação RVShift, sendo o
escalonamento de 20 relações sob carga para a frente e 16 para trás. Quanto às gamas, são duas, normal e heavy duty. A comutação entre gamas é feita automaticamente entre as relações 1 e 15, mas, se necessário, o operador pode alternar entre as duas gamas simplesmente premindo um botão.
O utilizador pode optar por selecionar as relações pretendidas através do modo manual ou então pode ativar o modo APS (powershift automático), deixando essa responsabilidade ao sofware que gere a transmissão.
Na prática, em modo APS a transmissão tem um comportamento que se assemelha às caixas automáticas dos automóveis, alternando entre relações sob carga de forma natural e suave.
Dispõe de dois modos de funcionamento: trabalho e transporte. Para cada um destes modos, o operador pode definir a relação mínima e a relação máxima que é utilizada pela caixa usando a função APS. Pode ainda definir, entre 1 e 13, qual é a relação de arranque que é automaticamente engrenada após uma paragem.
Por norma, em modo de trabalho o operador define um leque de relações mais curto e uma relação mais baixa de arranque, e no modo de transporte fará o oposto, definindo uma relação mais alta de arranque, dada a necessidade de rapidez ao entrar numa via, e dada a necessidade de dispor de uma gama mais ampla de relações disponíveis, para um intervalo maior de velocidade.
Entre os opcionais, a Deutz-Fahr disponibiliza o elevador dianteiro com TDF, fornecido pela Sauter.
O inversor é eletro-hidráulico e dispõe de um ajuste de sensibilidade da resposta. É dada ao operador a possibilidade de escolher entre cinco diferentes níveis de sensibilidade.
Com esta funcionalidade ativada, o operador pode imobilizar e retomar a marcha sem recorrer à embraiagem. Na prática, a embraiagem é ativada eletronicamente, sem que o operador tenha de atuar sobre o pedal respetivo.
Neste modelo, o Stop & Go foi melhorado e o operador pode escolher entre três modos diferentes, que variam na forma como se faz a paragem do trator (através do pedal de travão ou através do joystick) e também na forma como é feito o reinício de marcha.
Permite manter uma velocidade constante sem recorrer ao acelerador. Define-se a velocidade pressionando de forma demorada o joystick para a esquerda. Posteriormente, para ativar e desativar o cruise
control, repete-se o mesmo movimento do joystick mas de forma mais rápida. Nas unidades que dispõem de joystick advanced, existe um botão dedicado na lateral do joystick onde também pode ser ajustado o cruise control.
A velocidade máxima de 40 km/h é atingida na relação 17 às 2200 rpm. Nas últimas três relações, o modo Eco permite que o trator atinja a velocidade máxima a regimes mais baixos, se as condições de carga o permitirem, sendo o regime de 1910, 1675 e 1605 rpm, respetivamente nas relações 18, 19 e 20.
MOTOR
Fabricante / modelo FARMotion / 45 Ultra
Sistema de injeção Common-rail com gestão eletrónica
Sistema de tratamento de gases DOC + DPF + SCR
Nível de emissões Fase V
Nº de Cilindros/ cilindrada 4 /3849 cc
Potência nominal 135 cv
Potência máxima 143 cv
Binário máximo / reserva 523 Nm / 21%
Intervalo de manutenção 600 horas
TRANSMISSÃO
Tipo Full Powershift
Configuração 20/16 com gamas Heavy Duty e Normal
Inversor Eletro-hidráulico
Bloqueio dos diferenciais Eletro-hidráulico
Velocidade mínima 1,5 km/h
Velocidade máxima / Eco 40 km/h às 1605 rpm
O apoio de braço da versão RVShift é diferenciado e inclui dois joysticks.
DIREÇÃO
Bomba Dedicada de 43 L/min
Ângulo de viragem 55°
SISTEMA HIDRÁULICO
Tipo (Centro Fechado) Regulação eletrónica e Power Beyond
Fluxo da bomba 90 L/min (120 L/min em opção)
Distribuidores hidráulicos Até um máximo de 10 vias
Capacidade máxima de elevação
TDF
Traseira: 7.000 kg
Frt: 3.000 kg
Acionamento Electro-hidráulico
Regime (rpm) 540, 540 Eco e 1000
Os modelos 6C podem ser configurados com circuito de direção rápida (SDD). Através de uma bomba de rotor duplo, é possível reduzir para metade, de 5,4 para 2,7, o número de voltas do volante necessárias para que as rodas completem um curso completo de viragem.
Como é habitual na marca, o eixo dianteiro conta com discos de travão integrados, o que contribui para uma segurança acrescida. O travão de parque de acionamento hidráulico é outro elemento que merece destaque. Aplica uma pressão constante sobre os discos de travão traseiros, garantindo uma imobilização efetiva do trator e é muito mais prático do que um travão convencional.
O sistema hidráulico pode ser configurado com até 10 vias traseiras e bomba de 120 L/min.
O conjunto motor/ transmissão revelou uma interessante disponibilidade de resposta no decorrer das tarefas realizadas. Mas foi na lavoura que mais nos surpreendeu, com uma resposta progressiva nas situações de variação de carga impostas pelas zonas da parcela que apresentavam maior compactação. Para este comportamento contribui uma caixa que está bem escalonada e que em modo automático permite alternar entre relações de forma natural e suave.
Irmãos Soares
A grande vantagem deste trator em relação ao Deutz-Fahr 5125 que está ao serviço na nossa exploração é ter uma caixa que sem ser de variação contínua, é muito aproximada. E tem uma capacidade de resposta que me surpreendeu, para um trator de 135 cv. Destaco como pontos fortes o conforto da cabine, o conforto proporcionado pela caixa, que é de uso intuitivo, e o sistema de suspensão do eixo dianteiro, que está muito equilibrado.
O trabalho com charrua foi realizado à profundidade de 25 a 30 cm numa parcela adjacente à Lagoa da Pateira, com solo relativamente compactado, onde não foi feita mobilização com charrua nas últimas cinco campanhas. O trabalho foi realizado a uma velocidade a oscilar entre os 8 e os 9 km/h, tendo-se registado um consumo médio de 9,7 litros/hora. Na operação de transporte com cisterna, num percurso maioritariamente plano, o consumo médio registado foi de 4,9 litros/hora.
Os 6C com transmissão RVShift podem ser configurados com sistema hidráulico CCLS (centro fechado com sensor de carga), com fluxo de 90 L/min (concilia uma bomba de 55 e outra de 35 L/min), ou com fluxo de 120 L/min.
Através do iMonitor o operador tem acesso a regular o caudal, entre 1 e 100%, e o tempo de atuação, entre 1 e 60 segundos.
Os tratores com bomba de 120 L/min dispõem de Power Beyond, para trabalharem em parceria com alfaias que requerem óleo em fluxo contínuo.
O sistema hidráulico integra ainda uma funcionalidade de amortecimento de vibração, destinada ao transporte em estrada com alfaias montadas, de forma a poupar os componentes do trator ao stress imposto por solavancos.
O acionamento da TDF é feito de forma proporcional à carga exercida pela alfaia que está a ser utilizada. São três os regimes disponíveis na TDF traseira. Os regimes de 540 e 1000 rpm são atingidos às 1960 rpm do motor, enquanto o regime 540E é atingido às 1593 rpm do motor. Nas unidades configuradas com TDF frontal, o regime de 1000 rpm é atingido às 1950 rpm do motor. É disponibilizada a funcionalidade TDF Auto, que liga e desliga a TDF em função da posição do elevador hidráulico.
Equipada com suspensão mecânica, a cabine apresenta um ambiente de trabalho alinhado com o que é habitual encontrarmos noutros modelos de maior potência da Deutz-Fahr. Existem duas versões disponíveis do apoio de braço: Basic e Advanced. Nesta segunda versão, o joystick principal dispõe de mais botões, o que se traduz num maior número de funções disponíveis: função de inversor, ajuste da velocidade cruise, um botão livre para configuração e uma memória adicional do regime do motor.
“O motor Farmotion, a transmissão RVShift com modo automático, a cabine TopVision de quatro pilares com suspensão mecânica, a suspensão e os travões no eixo dianteiro, o sistema hidráulico load sensing com bomba de 120 L/min, e as ferramentas para agricultura de precisão compõem o leque de argumentos do trator que testámos em campo”.
PONTOS MAIS +
É no InfoCenter de 5”, um visor TFT a cores situado no painel de instrumentos, que o operador pode fazer a maior parte das configurações do motor e da transmissão, e onde tem ainda acesso à visualização de dados de rendimento, consumo ou diagnóstico.
No iMonitor, é possível fazer ajustes mais precisos de algumas funcionalidades disponíveis, incluindo o sistema de gestão de cabeceiras, a telemetria, a condução automática, as diversas ferramentas ISOBUS, ou ainda a ferramenta AutoTurn, que possibilita a programação da viragem automática nas cabeceiras sem a intervenção do operador.
“Este modelo de média potência alterna facilmente entre tarefas muito diversificadas, mostrando-se muito versátil. No transporte, permite fazer deslocações a baixo regime, e com o conforto de uma gestão automática das relações de caixa. No carregador frontal, o fluxo hidráulico proporcionado pela bomba é mais do que suficiente para uma resposta bastante rápida e os comandos do carregador são ergonómicos e intuitivos. Na mobilização de solo, o conjunto motor/transmissão, associado aos pneus Trelleborg que equipavam a unidade de teste, asseguraram um bom poder de tração mesmo em zonas mais difíceis da parcela, onde enfrentámos uma área com água à superfície e algumas zonas com visível compactação”.
Motor e transmissão
Manobrabilidade
Sistema de travagem
Desempenho com carregador
PONTOS MENOS
Espaço para o passageiro Dimensão da caixa de ferramentas
Carregador não antecipa o fim do curso de elevação
Versão Warrior
Para além da cor preta, esta versão distinguese por disponibilizar mais funcionalidades no apoio de braço, e diversos outros pormenores, entre eles: cobertura do tapete da cabine, faróis Led no capot, rádio com Bluetooth e assento profissional com ajuste automático de peso e porta documentos.
Com o nível de equipamento standard, a unidade em teste é comercializada em Portugal por um montante de 140.680 Eur + IVA. A versão Warrior tem um acréscimo de preço de 2500 Eur + IVA.
Silenciosamente, como não poderia deixar de ser, a eletrificação total ou parcial irá tomar conta das soluções de mobilidade e da agromecânica. A oferta de tratores elétricos e híbridos cresceu muito em 2022 e o ritmo não irá abrandar em 2023. Fazemos um balanço do que aconteceu em 2022, o que nos espera em 2023 e quais serão as principais inovações num futuro próximo.
Falar de eletrificação na agromecânica pode suscitar emoções mistas. Há sempre um certo entusiasmo quando se aproxima a passos largos uma revolução tecnológica sem paralelo na história recente, mas, por outro lado, os desafios que se colocam face às particularidades deste setor de atividade suscitam dúvidas e incertezas nos fabricantes e utilizadores de máquinas agrícolas.
No espaço de apenas alguns anos, foram apresentados variadíssimos projetos diferentes, e envolvendo diversos segmentos de mercado, que vão dos veículos autopropulsionados aos equipamentos. A fim de evitar ainda maiores confusões, vamos centrar as atenções deste artigo nas novidades em tratores elétricos e híbridos, deixando de lado toda a restante agromecânica com emissões zero.
O último modelo, seguindo uma ordem cronológica, a juntar-se à inovadora categoria de tratores elétricos é o New Holland T4 Electric Power, o protótipo revelado no evento CNH Industrial Tech Day realizado em Dezembro no Arizona. O projeto baseia-se num motor elétrico capaz de desenvolver cerca de 90 kW (120 cv) de potência e 440 Nm de binário, que será alimentado por uma bateria exclusiva com capacidade de oferecer até um
dia inteiro de utilização com apenas uma carga e que será recarregável em apenas 1h. O trator, cuja produção terá início no final de 2023, possui um sistema de tração dupla e pode atingir velocidades de até 40 km/h nas ligações por estrada. O T4 Electric Power foi desenvolvido em colaboração com a Monarch Tractor, uma empresa californiana de tratores especializados, na qual a CNH Industrial detém uma participação desde 2021.
Durante o Verão de 2022, a anteriormente referida Monarch Tractor (empresa especializada em tratores elétricos) marcou a atualidade ao anunciar o início da produção em série de um veículo elétrico completo chamado MK-V, equipado com uma unidade de propulsão capaz de fornecer 30 kW (40 cv) de potência contínua. Apesar
do seu design não se coadunar perfeitamente com os padrões estilísticos agrícolas a que estamos habituados, o MK-V merece, no entanto, atenção e um lugar na nossa visão geral em virtude da sua tecnologia de hardware e software de alta qualidade que é o resultado de diferentes parcerias estratégicas globais.
Na Eima em Bolonha, o trator Keestrack B1e, 100% elétrico, estava em destaque no stand da Goldoni. Esta máquina deriva da aliança tecnológica assinada pelo grupo belga com a empresa suíça Rigitrac, que já se tinha tornado protagonista no universo da eletrificação de tratores em 2018 com o seu próprio modelo totalmente elétrico, o SKE 50.
A Keestrack juntou-se ao novo projeto de trator elétrico do fabricante suíço, o SKE 40, e decidiu concentrar a sua produção, já a partir do Verão de 2023, na fábrica italiana de Migliarina di Carpi, prevendo uma distribuição subsequente do modelo com as duas marcas: Rigitrac SKE 40 na Suíça, Áustria e sul da Alemanha; Keestrack B1e no resto da Europa e fora do Velho Continente. O trator possui cinco motores elétricos: um dedicado à tração, dois para as tomadas de força frontal e traseira, um para acionar o elevador e o distribuidor mais um quinto para a bomba de calor. De acordo com os engenheiros, a potência total que pode ser gerada é de 108 cavalos (80 kW). A bateria, integrada ao longo do chassis para uma melhor distribuição de peso, permite uma autonomia de 4 a 6 horas, dependendo da aplicação; é quase totalmente recarregada (80%) em menos de 2 horas através de uma tomada convencional.
A Antonio Carraro também esteve em destaque na Eima de 2022 com o SRX Hybrid e o eSP 100% elétrico, ambos desenvolvidos em colaboração com a Ecothea (uma start-up do Politécnico de Turim). O trator SRX Hybrid articulado isodiamétrico reversível já tinha sido antecipado na edição anterior (2021) do evento baseado em Bolonha, com a sua pintura especial em tom verde “escaravelho”. Reproposto com uma cor mais clássica, este veículo apresenta uma nova arquitetura de transmissão (registada com a patente industrial ACHybrid) na qual é inserido um motor elétrico de cerca de 20 kW (27 cv) entre o motor diesel de três cilindros com 75 cavalos (55 kW) e a caixa de velocidades, atingindo assim uma potência combinada de 102 cavalos (75 kW). Por outro lado, o eSP 100% elétrico baseia-se no modelo convencional SuperPark concebido para manutenção urbana e jardinagem profissional. O eSP é alimentado exclusivamente por um motor elétrico de aproximadamente 25 kW de potência (34 cv), alimentado por um conjunto de baterias com uma capacidade de 32 kWh, que pode ser recarregado quer através da rede doméstica quer de uma ficha Tipo 2.
Em Bolonha, os holofotes também incidiram sobre o Landini REX4 Híbrido, o protótipo que marca mais um passo em frente no processo de eletrificação dos tratores Argo e que retoma a batuta do projeto anterior chamado “Electra - Híbrido Evolutivo” apresentado em 2020. A sigla Full Hybrid não deve induzir em erro: este é um veículo híbrido que também pode funcionar, se necessário, em modo totalmente elétrico. De facto, este novo trator combina um motor Diesel de 75 cavalos (55 kW) com uma unidade elétrica de 34 cavalos (25 kW) de potência contínua. Como mencionado acima, o sistema foi desenvolvido para poder funcionar também em modo cem por cento elétrico, assegurando uma autonomia máxima de 2 horas e uma potência de 68 cavalos (50 kW) permitida pelo booster.
O software de controlo inteligente PMS (Power Management System) supervisiona continuamente o funcionamento dos dispositivos individuais e identifica o ponto ótimo de funcionamento das unidades de propulsão. O motor a combustão, em momentos de baixa carga mecânica, recarrega a bateria de acordo com um algoritmo proprietário que analisa os fluxos de energia e implementa a estratégia mais conveniente; a capacidade de regenerar energia durante as desacelerações e as travagens aumenta consideravelmente a eficiência do sistema.
A máquina de melhor desempenho da gama agrícola Dieci apresenta as vantagens mecatrónicas da transmissão HVT1: uma transmissão hidromecânica Power Split de variação automática contínua da velocidade. Assim nasceu o Agri Max Power X2. Pela primeira vez no mundo, um manipulador telescópico monta esta inovadora transmissão, única no género.
Graças à parceria com a Dana Inc., a Dieci satisfaz o desejo de versatilidade dos agricultores e oferece uma máquina de alto desempenho como um trator, tanto em velocidade como em tração, superando os limites típicos do sobreaquecimento.
A Kubota entra no desafiante segmento dos tratores elétricos com o lançamento do trator compacto LXe-261, um modelo totalmente elétrico que estará disponível para aluguer na Europa a partir da Primavera de 2023. O motor síncrono trifásico é capaz de fornecer uma potência de 26 cavalos (19 kW); a bateria é dimensionada para fornecer entre 4 e 6 horas de funcionamento e pode ser recarregada em apenas uma hora. A transmissão hidrostática HST com três gamas permite um controlo preciso e suave da máquina.
A velocidade máxima é ligeiramente inferior a 20 quilómetros por hora, a bomba hidráulica oferece um caudal de 20 litros por minuto e a capacidade de elevação nas rótulas é de 970 quilos. Desempenho suficiente para realizar trabalhos leves de transporte e paisagismo, o que representa um ponto de partida concreto a partir do qual se pode continuar a desenvolver soluções inovadoras e tecnologicamente evoluídas neste campo.
O primeiro trator elétrico a chegar ao mercado português foi o Farmtrac 25G, como reportámos na edição de dezembro de 2021 da revista.
Num dossier sobre tratores elétricos e híbridos, não devem ser subestimadas as propostas de emissões zero da Farmtrac, cujas máquinas são importadas e distribuídas em Portugal pelo Entreposto Máquinas. Após a antevisão do trator totalmente elétrico Farmtrac 26 E, no final de 2017, e o Farmtrac Hybrid, revelado na Agritechnica 2019, agora as atenções recaem no novo modelo totalmente elétrico Farmtrac 25 G HST. Já homologado e disponível na tabela de preços, este veículo está equipado com um motor elétrico de 20 cavalos de potência (15 kW) ligado a uma transmissão hidrostática com tração integral, sendo capaz de atingir uma velocidade máxima de 20 km/h. A versão vista em exposição estava equipada com uma unidade de corte ventral e um carregador frontal, demonstrando a sua apreciável versatilidade operacional.
Entre os nomes mais ativos da mecanização agrícola na corrida à eletrificação, temos sempre de mencionar o fabricante alemão Fendt, que em 2017 parecia ter definido o ritmo com a apresentação do conceito de e100 Vario integralmente elétrico. Na verdade, o projeto necessitava de alguns anos de aperfeiçoamento e, de acordo com fontes credíveis, parece estar agora perto do lançamento no mercado. De acordo com a ficha técnica, o Fendt e100 Vario tem um motor elétrico de 68 cv (50 kW) responsável pelo acionamento da transmissão de variação contínua, que é combinado com um conjunto de baterias de 100 kWh. A autonomia é de cerca de cinco horas de funcionamento em condições reais. Em comparação com o primeiro protótipo, a empresa sediada em Marktoberdorf implementou algumas atualizações. O trator está agora equipado com um conector Tipo 2 e pode ser recarregado até 80 por cento em apenas 40 minutos. O sistema de gestão térmica, com uma bomba de calor elétrica única, permite, numa questão de minutos, pré-aquecer a bateria até ao seu estado de funcionamento adequado no Inverno e arrefecê-la no Verão; a mesma tecnologia é utilizada para controlar a temperatura na cabine.
A Fendt também chegou a apresentar em 2013 o X Concept, um trator baseado na série 700 Vario, que era alimentado por um motor diesel AGCO Power de 4 cilindros com uma potência de 147 kW (200 cv) e que integrava um alternador/gerador de alto desempenho. O compacto, mas potente, motor diesel deixava muito espaço para colocar os componentes necessários à tecnologia elétrica, por exemplo, o referido alternador, a eletrónica de potência, a cablagem e o permutador de calor especializado. O alternador é posicionado entre o motor e a transmissão. Assim, o trator inclui um interface de alta tensão, para além das ligações hidráulicas e da tomada de força, que permite alimentar implementos elétricos. A única questão é que a oferta de implementos era, e ainda é, em parte, relativamente escassa.
No que diz respeito a esta tecnologia, a John Deere já anunciou o lançamento de vários modelos elétricos e híbridos até 2026. Até porque a posição maioritária que detém na Kreisel Electric, especialista em tecnologia de baterias, permite à marca um importante knowhow nessa área.
Ainda em 2022, a marca revelou a segunda parte do projeto GridCON, nomeadamente o protótipo autónomo chamado Sesam 2, uma evolução do conceito revelado em 2019 em que o veículo era alimentado diretamente com um longo cabo enrolado numa bobina. A solução revolucionária da marca do veado parece, porém, destinada a um futuro ainda mais distante. Já na área da tecnologia híbrida, o mesmo discurso feito para o Sesam 2 aplica-se na perfeição ao sistema Steyr Hybrid Drivetrain Konzept, uma transmissão elétrica com potencial para alimentar um trator leve e de alta potência, proporcionando vantagens no consumo de combustível de 8%, em média.
Segundo a marca, este sistema seria muito mais eficiente a reter as capacidades em subidas, por exemplo. Isto é impulsionado principalmente pela aplicação da tecnologia de super condensador, que permitiria aumentar a potência do trator quando há maior necessidade, proporcionando uma aceleração até 25% mais rápida. O mesmo se aplica quando se trabalha no campo com implementos, cobrindo assim picos de carga em aplicações de alto calado.
Já a inovadora transmissão eAutoPowr da John Deere parece estar realmente mais avançada e próxima da possível passagem à produção.
Muito interessante é igualmente o protótipo da Solis, uma marca representada em Portugal pela empresa Agricortes, com sede em Leiria. Neste caso, trata-se de um trator compacto 100% elétrico chamado Solis 26 Electric. Este caracteriza-se por uma potência de 24 cavalos (quase 18 kW); um compacto
Apresentado na EIMA 2022, o Solis 26 Electric foi abordado com maior detalhe na edição 134 da revista.
AUGA
Por vezes, as maiores curiosidades e inovações surgem nos locais mais inusitados. Falamos, por exemplo, do híbrido lituano Auga M1 “behemoth”. Com 6m de comprimento e 4m de altura, é alimentado a bio metano e eletricidade e tem uma potência máxima anunciada de 400 cv.
A conceção patenteada pela empresa permite ao trator acomodar cilindros de gás bio metano maiores. O trator Auga M1 utiliza um sistema híbrido de biometano/elétrico. Quando o trator está em funcionamento, o motor de combustão interna alimentado por bio metano gera energia e transmite-a diretamente para os motores elétricos que fazem girar as rodas.
Finalmente, é de salientar que não houve mais notícias sobre o trator híbrido da Carraro Agritalia que foi mostrado na Eima 2018, caracterizado por uma “unidade de potência” composta pelo motor Deutz TCD de três cilindros com 75 cavalos (55 kW) combinado com um motor elétrico de 27 cavalos (20 kW). Considerando o knowhow de primeira linha da sua afiliada Drive Tech, a marca dos “Três Cavalinhos” estará muito provavelmente de volta, e a galope, com novos e engenhosos desenvolvimentos.
O EOX 175 é um trator elétrico (dotado de cabine ou num formato 100% autónomo) que foi apresentado em 2019 e que é equipado com um extensor de autonomia que pode funcionar a gasóleo, a biogás, a GNC e, numa evolução de 2021, a hidrogénio, fornecendo energia através de uma pilha de combustível (fuel-cell). Além disso, o EOX 175 possui uma distância entre vias variável, direção às duas ou às quatro rodas com controlo por GPS e tração integral. Todo o sistema de armazenamento, utilização da energia e o recurso ao extensor de autonomia é de controlo totalmente eletrónico, tornando a sua utilização especialmente simples, mas eficiente. Com a direção integral, o círculo de viragem é de apenas 9,6 m. Assim, o EOX combina a agilidade de um pequeno trator com larguras de via que podem ir dos 2,25 metros aos 3,20 metros. Com uma altura ao solo de 70 cm, pode conduzir através de qualquer cultura sem danos.
Há mais de 30 anos que existem tratores elétricos e os principais desafios ainda só foram parcialmente resolvidos. O mais evidente prende-se com a capacidade das baterias e os respetivos tempos de carregamento. Face a um trator equipado com motor de combustão, o elétrico tem uma menor autonomia e exige tempos de “abastecimento” muito mais longos. Por outro lado, temos a vantagem da fiabilidade (um trator elétrico tem muito menos peças móveis), dos custos de utilização, que podem chegar a ser metade dos associados a um trator Diesel, e, curiosamente, há um dado que penaliza os automóveis tradicionais, mas que no caso dos tratores até pode ser um atributo. Falamos do acréscimo de peso, da forma como o mesmo é distribuído e onde é colocado, já que nos tratores até pode servir como uma forma de assegurar uma maior capacidade de tração. Outros atributos dos tratores elétricos são a superior eficiência dos motores, já que estes perdem menos energia sob a forma de calor, e a disponibilidade de binário. Convém relembrar que, num motor elétrico, o binário está disponível de imediato desde o momento do arranque. Para acelerar o processo de eletrificação, temos assistido a uma corrente de fusões, aquisições e participações das grandes empresas de agromecânica em firmas ligadas a tecnologias de baterias, de motores elétricos, de sistemas de carregamento ou até a parcerias estratégicas entre os grandes construtores. A John Deere, por exemplo, adquiriu uma participação numa empresa (Kreisel) ligada à tecnologia de baterias e a Monarch Tractor recebeu recentemente uma participação minoritária da CNH Industrial que partilhará a tecnologia de tratores elétricos e autónomos da empresa californiana em toda a carteira de marcas da CNH AG.
Numa tentativa de resolver o problema da autonomia, a John Deere tentou remediar estas questões com o seu protótipo de
GridCON alimentado por cabo. Ao contrário dos anteriores protótipos alimentados por bateria, este trator totalmente elétrico e autónomo fornece até 400 cv (300 kW) de potência e é alimentado por uma ligação através de um cabo elétrico desde as imediações do campo até ao trator através de um tambor que transporta quase 1.000 metros de cabo.
O passo seguinte na evolução está a poucos anos de distância e irá modificar por completo a forma como vemos e utilizamos os tratores elétricos. Falamos das baterias sólidas que garantem
uma densidade energética muito superior – muito maior capacidade para a mesma volumetria –, como também permitem capacidades de recarga muito superiores sem se deteriorarem ou sobreaquecerem. Apesar de muitos especularem que antes de 2030 não teremos acesso a este tipo de bateria, alguns grandes construtores (nomeadamente a Samsung) já vieram a lume afirmar que, em 2025, já poderemos começar a ver este tipo de baterias em utilização numa menor escala, nomeadamente em veículos híbridos plug-in, que precisam de baterias.
Para acelerar o processo de eletrificação, temos assistido a uma corrente de fusões, aquisições e participações das grandes empresas de agromecânica em firmas ligadas a tecnologias de baterias, de motores elétricos, de sistemas de carregamento ou até a parcerias estratégicas entre os grandes construtores.
Velocidade alta, capacidade de travagem, suspensão hidropneumática às quatro rodas, desenho estrutural à margem dos padrões, vários modos de direção, espaço e conforto a bordo. A estes traços de identidade que já vêm de trás, a JCB acrescentou ao Fastrac 4220 uma brisa de contemporaneidade que se materializada no novo ambiente de trabalho iCon.
OFastrac foi-nos apresentado em Staffordshire, Inglaterra, perto das instalações principais da JCB, mais precisamente em Wootton Estate, uma propriedade agrícola que pertence a Lord Bamford, o presidente e proprietário da companhia. No decorrer do evento, a JCB proporcionounos um verdadeiro banquete, com várias unidades do Fastrac 4220 postas à nossa disposição, cada uma dedicada a uma tarefa específica, a demonstrar a versatilidade destes tratores.
O painel de instrumentos junto ao volante foi atualizado face à anterior geração, sendo agora totalmente digital.
A série 4000 é composta pelos modelos 4160, 4190 e 4220, que disponibilizam, respetivamente, 178, 210 e 240 cv de potência máxima.
O interface iCon destaca-se pela sua acertada ergonomia e nível de personalização dos comandos.
O autoguiamento Twin-steer é gerido através de monitores Trimble e recorre a duas antenas, uma delas posicionada na traseira do trator.
A série 4000 foi lançada em 2014 e no ano seguinte estivemos em Inglaterra para a conhecer numa sessão de testes em campo (abolsamia edição 99). Voltámos a encontrar os Fastrac no nosso caminho quando visitámos um prestador de serviços da costa vicentina, e depois também numa sessão organizada na Feira de Santarém em 2019 quando o motor passou a ser Fase V. No início de 2022, a marca fez uma atualização de funcionalidades, repensou o interface de comandos, e candidatou o Fastrac 4220 ao prémio Tractor of the Year, tendo este modelo acabado por ser distinguido com o galardão Sustainable TOTY 2023. Decorria ainda o mês de setembro quando voltámos a Inglaterra com a equipa do TOTY para descobrir o que mudou nesta nova geração.
O motor de 6 cilindros e 6,6 litros que propulsiona este modelo é fornecido pela AGCO Power e cumpre as normas da Fase V. Disponibiliza 218 cv de potência nominal e 240 cv de potência máxima. A manutenção é feita a cada 600 horas.
A JCB recorre à transmissão de variação contínua do Grupo AGCO, que é utilizada por exemplo nos Fendt 700 Vario Gen6. Com duas gamas, permite alcançar uma velocidade de 60 km/h a um regime de 1750 rpm, sendo a velocidade máxima de 63 km/h. Com o novo interface, deixa de ser necessário predefinir o uso do pedal de condução ou do joystick, podendo o condutor alternar entre um e outro durante a operação. E foi adicionado um novo modo de comando da transmissão, que se assemelha ao padrão seguido pelas outras marcas.
No novo modo JCB Pro, o movimento do joystick para a frente e para trás altera a velocidade de avanço, para a esquerda faz de inversor (como nos Fendt) e para a direita dá acesso a ajustes mais precisos de velocidade.
Mas o software dá ao condutor a possibilidade de optar pelo modo JCB Classic, que vinha de trás nos Fastrac, e que para alguns operadores fará mais sentido, em que ao deslocar o joystick para a esquerda ou direita altera a velocidade de avanço, e para a frente e para trás altera o sentido de marcha.
Desenvolvida pela JCB para uso agrícola nos Fastrac, é francamente uma das cabines mais confortáveis e funcionais do segmento.
Com a estética exterior e a parte estrutural do trator a manteremse inalteradas, a brisa de contemporaneidade que a JCB pôs nos Fastrac está no interior da cabine e deve-se ao novo interface de comandos iCon.
Este é constituído por um apoio de braço redesenhado, e por um monitor posicionado no campo de visão do condutor, que substitui o anterior monitor colocado no pilar B da cabine. Na prática, o interface iCon oferece um posto de trabalho mais ergonómico, e um software mais rápido, mais personalizável, associado a novas funcionalidades e com compatibilidade ISOBUS.
Alguns fabricantes de alfaias trabalham em parceria com a JCB e propõem soluções de equipamentos exclusivas para utilização nos Fastrac.
Quanto ao joystick multifunções, totalmente distinto do anterior, integra 9 botões, sendo cinco deles personalizáveis. Existe ainda um segundo joystick para controlo de funções hidráulicas, entre elas, o controlo de um carregador frontal.
O sistema de gestão de viragens nas cabeceiras foi revisto. Pode agora comportar mais perfis de operador e a memorização de um maior número de sequências, para trabalhar com combinações de alfaias ou com equipamentos que sejam mais complexos.
O motor e a transmissão estão completamente instalados no interior de um chassis, protegidos de forças torcionais. Tal como o chassis e o sistema de suspensão de ambos eixos, os próprios eixos são fabricados internamente pela JCB, embora integrando alguns componentes fornecidos pela Dana.
Fabricante / modelo AGCO Power
Nº de cilindros /cilindrada 6 / 6.596 cm³
Potência nominal /máx. com boost 218 cv / 240 cv
Binário máximo 1000 Nm
Nível de emissões Fase V
Configuração Variação contínua
Velocidade máxima / Eco 60 km/h às 1750 rpm
HIDRÁULICO
Capacidade de elevação
Traseira: 8.000 kg
Ft: 3.500 kg
Fluxo da bomba (opcional) 195 L/min
DIMENSÕES
Distância entre eixos
2.980 mm
Carga máx. admissível 14.500 kg
Uma funcionalidade ainda não disponibilizada pela JCB, e da qual se sente a falta comparativamente com os modelos de topo da concorrência, é um sistema para manobras automatizadas na cabeceira.
Os responsáveis da marca revelam no entanto que estão a desenvolvê-lo, prevendo que fique disponível num período até três anos.
A telemetria Livelink da JCB está disponível para o Fastrac e é monitorizada a partir de uma sala de operações no quartelgeneral da marca, em Rocester, no condado de Staffordshire.
Os travões são de disco externos, a seco, às quatro rodas, com ABS. Esta arquitetura garante maior performance de travagem e uma melhorada refrigeração, facilitando também a manutenção já que o acesso aos componentes está facilitado.
As quatro rodas direcionais são um traço marcante no Fastrac. Com o eixo traseiro bloqueado só as rodas da frente é que viram. Mas é possível optar por um modo em que as rodas de ambos os eixos viram, seja em estilo caranguejo ou normal. A viragem do eixo traseiro responde progressivamente em função da
velocidade, deixando automaticamente de atuar acima dos 25 km/h.
O modo da direção pode ser configurado em combinação com a sequência de viragem nas cabeceiras. Isto permite que ao longo da torna se faça as correções de trajetória apenas com as rodas dianteiras, e que a direção do eixo traseiro seja ligada assim que se eleva a alfaia, para virar num espaço mais reduzido. Possui ainda a funcionalidade RapidSteer, para manobrar a direção com um menor número de voltas do volante.
Esta funcionalidade exclusiva dos Fastrac possibilita que o eixo dianteiro e o eixo traseiro sejam autoguiados de forma separada, obedecendo às ordens de dois recetores GPS distintos, um instalado na frente da cabine e o outro instalado na traseira, sobre o sistema hidráulico. Revela-se útil sobretudo para tarefas de precisão quando se trabalha em pendentes. A possibilidade de autoguiar o eixo traseiro, permite que a direção deste eixo compense e corrija o desvio imposto pela inclinação do terreno. O sistema foi desenvolvido em parceria com a Trimble, funciona com recurso a monitores adicionais desta marca, e segundo a JCB é muito requisitado sobretudo por produtores de hortícolas que procuram uma precisão milimétrica.
O deck é um espaço livre situado imediatamente atrás da cabine, sobre o eixo, que não existe em tratores de formato convencional. Este espaço dispõe de um sistema de engate rápido que permite adicionar um bloco de lastragem até 900 kg ou outros acessórios. Há fabricantes de alfaias que trabalham em parceria com a JCB e fornecem equipamentos compatíveis com o deck, como é o caso de um pulverizador de barra com depósito traseiro e dianteiro ou até mesmo um sistema de engate para semi-reboques rodoviários.
Com maior largura de via do que os seus irmãos, o Rex 4-120 GT é um trator pensado para culturas especializadas como as vinhas largas, os pomares ou o olival. O sistema de direção ADS e a transmissão parcialmente robotizada são elementos que acrescentam conforto ao operador.
Foi o representante da Landini no prémio Trator do Ano, tendo disputado a categoria Melhor Especializado 2023. Foi nesse contexto que o experimentámos na Alemanha, durante uma sessão de condução organizada pela marca.
A série Rex 4
São quatro as variantes que compõem a série Rex 4: F (para pomares), S (para pomares estreitos), V (para vinhas estreitas) e GT (para campo aberto e pomares de maior espaçamento). Diferenciamse maioritariamente a nível das dimensões gerais, e em particular a nível da cabine e largura de via.
O modelo Rex 4-120 GT é o mais potente da série, tendo abaixo dele os modelos Rex 4-80 GT, Rex 4-90 GT, Rex 4-100 GT, e Rex 4-110 GT. Estes cinco modelos cobrem uma faixa de potência que vai dos 75 aos 112 cv.
Fornecido pela Deutz, o motor de 4 cilindros e 2,9 litros garante
neste modelo testado uma potência máxima de 112 cv. Cumpre a norma de emissões da Fase V, recorrendo para isso a um sistema combinado DOC+DPF+SCR que se encontra instalado no interior do capot.
O intervalo de manutenção foi alargado, passando agora para as 1.000 horas de utilização.
O depósito de combustível encontra-se por detrás e sob a cabine, estando o bocal de enchimento situado junto ao pilar traseiro esquerdo. A bateria e o reservatório do Ad Blue estão no compartimento do motor.
Comparativamente com marcas concorrentes que neste segmento utilizam motores de cilindrada mais alta e a que está associado um mais elevado nível de ruído, este Deutz revelou-se com um funcionamento suave e silencioso, devendose também a ele as dimensões compactas que o trator apresenta.
Desenvolvida internamente pela Argo Tractors, a transmissão tem um escalonamento 32/16 (HML) ou, em opção, de 48/16 (HML + creeper). Podemos alternar entre as quatro relações sob carga de
O sistema de tratamento de gases está acomodado dentro do capot.
O sistema hidráulico de centro aberto e controlo eletrónico pode ser configurado com até 4 distribuidores traseiros mecânicos ou eletro-hidráulicos. Em posição central, pode ter até 4 distribuidores eletro-hidráulicos e uma válvula de retorno livre.
A TDF traseira pode ser de duas ou de quatro velocidades e a TDF dianteira está configurada para um regime de 1.000 rpm. Ambas são de acionamento eletro-hidráulico.
O elevador dianteiro e também a TDF fazem parte dos equipamentos opcionais.
modo robotizado (APS – Auto PowerShift) ou de modo manual através do joystick multifunções SmartPilot. Já a passagem de gamas é feita em modo manual através de uma alavanca colocada junto à base do assento.
MOTOR
O ambiente a bordo está em linha com a restante gama da Landini.
Fabricante / modelo Deutz / TCD 2,9 L4
Nº de cilindros /cilindrada 4 / 2.900 cm³
Potência nominal /máx. com boost 104 cv / 112 cv
Binário máximo 420 Nm / 30%
Nível de emissões Fase V
TRANSMISSÃO
Configuração Semi-Powershift
Velocidade máxima / Eco 40 km/h às 1750 rpm
HIDRÁULICO
Capacidade de elevação
Traseira: 4.500 kg
Ft: 1.400 kg
Fluxo da bomba (opcional) 58 L/min / 88 L/min
DIMENSÕES
Distância entre eixos 2.140 mm
Carga máx. admissível 5.250 kg
Assente numa estrutura de quatro pilares, a cabine apresenta-se com um piso quase plano, ligeiramente ondulado ao centro. O sistema de suspensão mecânica, desenvolvido em parceria com a ZF-Sachs, conta com hidro-sinoblocos na frente e amortecedores atrás.
A bordo, o posto de condução proporciona um bom acolhimento ao operador, com o ambiente de comandos a seguir a linha do que encontramos nos tratores de maior dimensão da Landini. O cliente pode optar por configurar a cabine com filtros de carbono ativo e pressurização, obtendo assim uma proteção de categoria 4.
O sistema de direção ADS apresenta algumas particularidades. A firmeza dos movimentos do volante é proporcional à velocidade de avanço e o volante faz automaticamente um regresso à posição central após uma viragem na cabeceira.
Em opção, o eixo dianteiro pode ser configurado com suspensão e com travões de disco banhados a óleo.
A Landini disponibiliza o acesso a um serviço de telemetria para que o gestor de uma exploração possa integrar este trator numa frota e tenha acesso em tempo real a diversas informações sobre o seu funcionamento. Este serviço permite ainda realizar remotamente o diagnóstico de anomalias e atualizações de software.
Outros extras que fazem parte do catálogo são a compatibilidade ISOBUS (Task-Controller), e, através da parceria com a Topcon, o sistema de autoguiamento.
com a icónica folha iluminada da New Holland. Foi adotada uma abordagem à iluminação inspirada na marca, com a icónica folha da New Holland a dar literalmente a sua forma ao design da iluminação. Desde as folhas iluminadas do capô e do pilar C até à faixa de luz LED que envolve o tejadilho traseiro da cabina, a iluminação tornou-se mais do que uma mera função, tornou-se um elemento central do design.
O protótipo do trator T7 Methane Power LNG (gás natural liquefeito) da New Holland é o vencedor do Green Good Design Award 2023. O prémio é organizado pelo Chicago Athenaeum: Museu de Arquitetura e Design e o Centro Europeu de Arquitetura, Arte, Design e Estudos Urbanos e identifica e destaca os exemplos mais importantes de design sustentável a nível mundial, com o objetivo de desenvolver um programa de sensibilização do público em geral sobre quais as empresas globais que estão a fazer o melhor trabalho em matéria de design sustentável para os nossos ambientes mundiais.
Apresentado pela primeira vez durante o CNH Industrial Tech Day, em dezembro de 2022 em Phoenix, no Arizona, o T7 Methane Power é o primeiro trator a GNL do mundo. Baseia-se na herança do T6 Methane Power comercializado,
movido a gás natural comprimido, mas este novo modelo irá mais do que duplicar a autonomia dos atuais produtos da New Holland movidos a metano.
Uma estética inspirada da equipa de design interna da CNH Industrial apresenta um trator com uma nova cor “Clean Blue” que realça os combustíveis alternativos sustentáveis.
Inspiradas na própria natureza, as características exteriores totalmente novas enquadramse no novo estilo de design característico da marca, que pode ser visto no capô redesenhado
A cabina do trator possui um tejadilho em cúpula em todo o comprimento para proporcionar uma melhor visibilidade e maior sensação de espaço.
A cabina do trator possui um tejadilho em cúpula em todo o comprimento para proporcionar uma melhor visibilidade e maior sensação de espaço. O inovador apoio de braço SideWinder Ultra, o novo e maior ecrã tátil IntelliView 12, e o visor CentreView montado no volante do cubo fixo tornam o trabalho intuitivo, enquanto os bancos ergonomicamente moldados em pele e Alcântara com riscas contrastantes e logótipo bordado conferem um aspeto desportivo, para além de serem confortáveis. O protótipo do T7 Methane Power LNG representa um passo em frente no caminho para a estratégia de agricultura neutra em carbono da New Holland. Pode ser movido a biometano liquefeito proveniente de estrume e chorume animal, proporcionando um melhor funcionamento sem emissões de carbono. Esta solução integra-se perfeitamente na abordagem proposta pela Bennamann, a empresa start-up sediada no Reino Unido que iniciou uma parceria com a New Holland e que se concentra na inovação em torno da recolha, processamento e armazenamento de metano fugitivo, com o objetivo de desbloquear os benefícios da economia circular para os clientes e proporcionar uma revolução de energia limpa local.
Com excelentes resultados nos testes de desempenho pedidos pela revista especializada inglesa Profi, o ágil quatro cilindros da Claas obteve um consumo de combustível de 270 g/kWh (mais 25 g/kWh AdBlue) no teste DLG PowerMix e 351 g/kWh (+ 32 g/kWh AdBlue) nos ciclos de transporte PowerMix, superando os testes de campo anteriores
(edição Profi – abril 2023) em quase 3% e 16,1% respetivamente. Os resultados iniciais do travão da TDF mostraram que o Arion 470 é mesmo potente e eficiente: dos 155 cv, 144 estão disponíveis na tomada de força. O binário máximo é de 600 Nm, aumentando o binário em 34%. E o consumo no teste do dinamómetro de rolos
é 270 g/kWh mais 21 g/ kWh de AdBlue – o “milagre da economia” supera os valores médios dos testes DLG PowerMix. Nos valores de trabalho pesado e semi-pesado com charruas e cultivadores, o Arion 470 consumiu cerca de 6%
menos do que a média e provou ser ainda mais eficiente durante o transporte: o valor de consumo atingiu 351 g/kWh (mais 32 g/kWh AdBlue) a 40 km/h, ou seja, 16,1% abaixo da média.
Com o intuito de melhorar a segurança e reduzir o stress dos operadores, a Valtra passa a disponibilizar um sistema de câmaras que identifica pessoas e veículos que se desloquem na proximidade de um trator.
O sistema faz uso de uma câmara traseira e de duas câmaras laterais instaladas na frente, sendo estas especialmente úteis durante a utilização de alfaias instaladas em posição frontal que dificultam a aproximação a um cruzamento para se obter a necessária visibilidade sobre a via.
O equipamento Valtra Unlimited View permite ao condutor a visualização de três perspetivas num monitor: esquerda, direita e traseira. O sistema muda automaticamente para a câmara
traseira – pode fornecer imagens a partir do topo da cabine do trator ou a partir da traseira de um reboque ou cisterna – quando o trator estiver a recuar, e para as câmaras dianteiras quando é ligada a sinalização de pisca.
As câmaras têm a particularidade de detetar pessoas e tráfego automóvel, no sentido de prevenir a ocorrência de acidentes.
A visualização das imagens fornecidas pelas câmaras é acompanhada de avisos acústicos e de um grafismo vermelho que identifica as pessoas ou veículos que estejam a circular na via.
Este sistema de câmaras é um equipamento extra fornecido e instalado pelo Unlimited Studio, o atelier de personalização da Valtra situado na fábrica de Suolahti.
A John Deere pretende definir novos padrões na tecnologia de agricultura de precisão nos seus tratores do ano de fabrico de 2024, integrando os novos monitores CommandCenterTM G5 em todas as máquinas das séries 6,7,8 e 9 para aumentar o conforto na condução para os operadores. Os novos CommandCenterTM G5Plus incluem de série a documentação, Data Sync, conectividade JDLinkTM, aplicação de taxa variável, controlo de secções e guiamento AutoTracTM em todos os tratores de 6 cilindros das séries 6R, 7, 8 e 9. O CommandCenterTM G5Plus, de 12,8 polegadas, é 33% maior que o monitor anterior, apresentando uma alta definição de 1080P e um processador muito mais rápido. Com esta atualização, “os clientes deverão alcançar os mais elevados níveis de eficiência e facilidade de utilização na agricultura de precisão e ter tratores preparados para o futuro”, segundo referia o comunicado da John Deere.
John
novos padrões na agricultura de precisão aumentam conforto na condução
Criada em colaboração com a empresa italiana de design Pininfarina, a nova série TE6 propõe um conceito de trator multifuncional para vinhas estreitas que se inspira no conceito de trator com quadro elevado.
A nova série TE6 inspira-se no Straddle Trator Concept, um protótipo de design futurista que venceu os prémios Good Design e German Design em 2022, e é composta por dois modelos: TE6.120N e TE6.150N.
Estes novos tratores foram concebidos a pensar nas mais prestigiadas regiões produtoras de vinho, adaptando-se às vinhas estreitas francesas e a qualquer terreno com características semelhantes. Um dos pontos fortes desta
série é ser multifuncional, já que dispõe de três zonas de independentes de engate para múltiplas combinações possíveis de acessórios. Estão pensados para permitir um engate rápido adicional, inferior a 10 minutos no caso do pulverizador, e para permitir ao operador manter as ferramentas acopladas sem sair da cabina, poupando tempo e maximizando a eficiência.
Os TE6 equipam com visor Intelliview IV Plus e os seus ecrãs de visão traseira proporcionam um maior controlo do trator. Já o sistema de telemetria My PLM Connect permite aos operadores gerir os dados em tempo real, no trator ou remotamente.
Os tratores desta série serão fabricados em Coëx, França, onde a marca também produz as máquinas de vindimar, colhedoras de azeitona e outros tratores com quadro elevado. Têm a chegada ao mercado prevista para o final de 2023.
Utilizadas em diversas aplicações, seja em linhas de produção de unidades industriais, seja em máquinas individuais ou em componentes, as calhas articuladas E4.1R da igus são compostas de elos com rolamentos que exigem uma menor força de acionamento, o que contribui para reduzir os custos com energia elétrica.
Em cursos de movimento mais pequenos, o consumo de energia não é um problema porque os plásticos de elevada performance da igus garantem um funcionamento com baixo atrito. Para cursos mais longos, com várias dezenas de metros, e cargas elevadas, até 100kg/m, os coeficientes de atrito aumentam e, como consequência o consumo de energia também aumenta.
Isto afeta linhas de produção completas, máquinas individuais ou componentes, tais como as calhas articuladas que guiam os cabos elétricos e as mangueiras hidráulicas nas fábricas.
Por norma, em muitas aplicações a parte superior de uma calha articulada desliza na parte inferior. No caso da igus, há 20 anos que a marca dispõe de calhas articuladas para cursos longos, em que a parte superior rola sobre a parte inferior, reduzindo o atrito e o desgaste.
“Devido ao aumento dos preços e dos custos da energia, muitas empresas industriais têm-se interessado em medidas para reduzir os custos. Perguntam-se como podem reduzir os custos operacionais com os componentes que estão a ser utilizados, tais como as calhas articuladas, especialmente em longos cursos com cargas elevadas”, diz Jörg Ottersbach, chefe da unidade de negócio de calhas da igus.
“Para responder a esta questão, oferecemos novas versões das nossas
calhas E4.1, as E4.1R, com rolamentos integrados. Esta série é uma das nossas calhas articuladas mais vendidas e uma solução universal para 90% das aplicações deslizantes”, conclui.
Os rolamentos reduzem a força de acionamento em 37%, poupança que minimiza as necessidades energéticas. Outra particularidade positiva é que as E4.1R funcionam de forma mais suave graças aos rolamentos, permitindo a redução do ruído e das vibrações. Os elos das calhas articuladas com rolamentos são também totalmente compatíveis com todo o sistema modular da série E4.1, de modo a que os sistemas anteriores possam ser adaptados. Para além das alturas interiores de 42 e 56mm, estão também disponíveis as E4.1R na altura de 80mm.
Para além de várias larguras e raios, a igus dispõe de um total de mais de 900 versões para aplicação personalizada.
A empresa NR (Nelson Reis), sediada em Torres Vedras, é especializada no fabrico de equipamento e maquinaria hidráulica e acaba de lançar o novo pulverizador automotriz NR 500/25PK 4RD. Apostando na elevada capacidade de manobra em espaços reduzidos sem afetar o piso, este sistema de pulverização alimentado por um motor Diesel Perkins de 25 cv permite uma capacidade máxima de elevação de 3000 mm (mínimo de 2300 mm). Equipado com um depósito de 500 litros e bicos duplos orientáveis, tem um débito de 50 l/min. Além disso, o sistema de pulverização conta com electroválvulas, turbinetes (500 mm) de rotação variável e toda a velocidade de tratamento é controlada de forma eletrónica (CEV).
As dimensões relativamente compactas (2550 mm de comprimento, 820 mm de largura de vias e 730 mm de largura de trabalho) e baixo peso (850 kg em vazio), tornam este pulverizador automotriz da NR muito ágil e a solução ideal para operar em locais em que a liberdade de movimentos é mais restrita. Para facilitar toda a operação, o NR 500 pode ser controlado através de uma consola eletrónica.
Por uma questão de gestão de recursos, o Grupo AGCO decidiu encerrar a fábrica de Waldstetten, onde eram produzidos os reboques para forragem, e investiu numa nova linha de montagem em Wolfenbüttel, a fábrica onde já eram produzidas as enfardadeiras de fardos redondos.
Entre a modernização da linha das enfardadeiras e a construção da nova linha para os reboques, ao longo dos últimos três anos o Grupo Agco investiu nesta fábrica mais de 20 milhões de euros.
Anteriormente produzidos em Waldstetten, na zona de Estugarda, os reboques autocarregadores Fendt Tigo passam agora a sair de uma nova linha de montagem situada em Wolfenbüttel, na zona de Hannover.
O investimento numa nova linha de produção demonstra a aposta da Fendt neste segmento de produto para os anos vindouros. “Decorrente da sua história, os reboques autocarregadores Fendt beneficiam de uma excelente reputação junto dos clientes como um produto premium. São
uma máquina chave na gama de produto da Fendt”, afirmou Christoph Gröblinghoff, vicepresidente e diretor da Fendt. As fábricas de Waldstetten e de Wolfenbüttel passaram a pertencer ao Grupo AGCO quando em 2017 esta empresa adquiriu a divisão de forragem da Lely.
Por uma questão de gestão de recursos, o Grupo AGCO decidiu encerrar a fábrica de Waldstetten, onde eram produzidos os reboques para forragem, e investiu numa nova linha de montagem em Wolfenbüttel.
O fabricante alemão, especialista em reboques e cisternas, já havia apresentado no passado o Striegel - uma grade - e o Dexter - para trabalho na linha - ambas soluções para monda mecânica. Agora surge o RollHacke que, de acordo com os responsáveis da marca, não apenas controla as infestantes, como também quebra a crosta superficial do solo, ajudando na germinação das culturas, mas sem afetar as raízes mais profundas, já que apenas mobiliza superficialmente. Com 6.5 m de largura de trabalho, a velocidade de trabalho está entre os 15 e os 20 km/h, fazendo até 10 ha/h.
Denominado FireSafe, o sistema patenteado pelo fabricante dinamarquês Siwi permite que o trator seja rapidamente desacoplado da enfardadeira caso esta se incendeie.
Depois de estudar uma série de incidentes, a empresa descobriu que vários condutores de tratores tentaram desligar a enfardadeira a arder, no entanto, devido à rápida progressão das chamas, não tiveram tempo de desligar todas as ligações hidráulicas e elétricas que, e para salvar o trator, foram arrancadas resultando numa dispendiosa reparação. Adequado para montagem em todas as enfardadeiras como uma extensão da ligação K80, o FireSafe compreende uma unidade de fixação rápida para ligações hidráulicas e elétricas e uma outra que é inserida na barra de tração. Em caso de incêndio na enfardadeira, tudo o que o operador precisa de fazer é abrandar, ligar um interruptor na caixa de controlo na cabina e premir um botão. Este procedimento desconecta automaticamente as duas unidades, permitindo que o trator se afaste rapidamente numa questão de segundos.
Para levar a telemetria às alfaias que não dispõem de um sistema eletrónico próprio, como as gadanheiras ou os encordoadores, a Krone apresentou o SmartConnect Solar, que recebe energia de um pequeno painel solar.
Nas máquinas que dispõem de um sistema eletrónico próprio, como as automotrizes para forragem, a Krone disponibiliza o sistema de telemetria SmartConnect.
Para os equipamentos mais simples, a marca passa a disponibilizar uma caixa que não depende do sistema eletrónico de uma máquina, podendo ser utilizada de uma forma mais flexível em
O SmartConnect Solar encontrase instalado numa caixa estanque, protegido de água, lama e poeira.
qualquer tipo de alfaia, seja ela da marca Krone ou não.
O SmartConnect Solar encontra-se instalado numa caixa estanque, protegido de água, lama e poeira, não necessitando de uma fonte de alimentação externa. Dispõe de um recetor GPS e de um modem com cartão multirede, e permite enviar em tempo real diversos dados, tais como: localização, velocidade, horas de funcionamento, distância percorrida, posição de trabalho ou de transporte, número de percursos (no caso de um reboque), superfície trabalhada, bem como o estado de carga da bateria.
Os dados transferidos por este dispositivo podem ser consultados através do portal mykrone.green, dedicado à telemetria da Krone.
Concebido para ser utilizado nas culturas de milho, beterraba sacarina e vegetais, o Preparator tem discos na zona dianteira para abrir a superfície e minimizar a perturbação dos elementos seguintes. Montados numa barra separada, pares de discos ondulados flanqueiam cada braço limitando o lançamento de terra. Estes deslizam hidraulicamente para a frente e para trás para variar
a quantidade de terra retida na faixa cultivada. Logo atrás surgem mais pares de discos ondulados encarregues de criar uma inclinação correta. A disposição das três fileiras independentes de discos de cultivo, que podem ser ajustados hidraulicamente, permite criar uma fileira perfeitamente cultivada e pronta a ser semeada. A ação deste cultivador termina com um anel
de rolos Guttler Prisma para quebrar quaisquer torrões que tenham passado através do sistema, bem como consolidar a linha deixando-a pronta e à prova de intempéries. A versão de 3 metros com seis braços para um espaçamento de linha de 500mm começa nos 27 000€, aproximadamente - o auto-reset hidráulico acrescenta mais 3400€.
A Grange acaba de anunciar o lançamento comercial do novo Strip-Till Preparator um inovador cultivador para preparação de linhas de sementeira.
Serão em breve distribuídos através da rede de revendedores da marca New Holland.
A CNH Industrial adquiriu uma participação minoritária de 10% na Stout Industrial Technology, uma start-up criada em 2019 e sediada nos EUA que desenvolveu um inovador sachador controlado por software baseado em inteligência artificial (IA).
Este implemento combina câmaras e IA para uma inovadora tecnologia de
visão que permite à máquina distinguir as culturas das ervas daninhas. Uma vez identificadas, o implemento mobiliza o solo e remove as ervas daninhas, sem utilizar produtos químicos. O objetivo desta tecnologia é simplificar o cultivo e a monda, permitindo executar várias tarefas em simultâneo, poupando tempo e recursos financeiros, até porque, como referido, evita o recurso a
produtos químicos e reduz a dependência de mão de obra. A velocidade de trabalho varia entre 0.5 e 1 hectares por hora, dependendo das condições.
A plataforma existente da Stout expande a oferta de produtos de monda mecânica
e espera-se que acelere o desenvolvimento de mais soluções de mobilização da CNH Industrial. As máquinas Stout serão em breve distribuídas através da rede de revendedores da marca New Holland.
O Oxin, da Smart Machine Company, é um robot multitarefas totalmente autónomo para manter vinhas e pomares seguros, eficientes e sustentáveis. Pode controlar até três alfaias ao mesmo tempo para tarefas como corte/estilhaçamento, mulching, mobilização, pulverização, poda verde, desfolhação pneumática e aplicação de herbicida. O Oxin está disponível com vários motores de combustão interna (Diesel), bem como com um motor elétrico alimentado por um pack de baterias. A escolha da unidade motriz afeta o peso em vazio, que pode variar entre os 1.200 e os 3.200 kg. O robot tem dois rastos e pode trabalhar até aos 6 km/h. A capacidade de controlar com precisão até três implementos ao mesmo tempo, combinada com a capacidade de operar frotas de máquinas remotas com um único operador, proporciona uma proposta de valor acrescentado para os produtores.
O Oxin pode operar em percursos e completar tarefas pré-definidas, utilizando o LiDAR (sofisticado sistema de medição ótica) e câmaras para condução e ajustes/controlo dos implementos em tempo real. As missões e as informações dos blocos são registadas pelos clientes utilizando dispositivos de registo RTKGPS, para criar percursos de condução de linha de base e identificar os perigos e os limites das parcelas. Uma vez registadas as parcelas e criadas as missões, estes ficam disponíveis para os operadores e podem ser implementadas em diferentes robots com implementos e configurações operacionais adequadas ao trabalho em questão.
e autónomo para vinhas e
A Associação Europeia dos Fabricantes de Pneus e Borracha (ETRMA) lançou a aplicação Agro Tyre Pressure. Esta associação que reúne construtores como a Bridgestone, Continental, Cultor, Firestone, Kleber, Maximo, Michelin, Mitas, Nokian, Taurus, Trelleborget e a Vredestein, anuncia a nova aplicação como a única a agrupar as tabelas de pressão, o índice de carga e de velocidade das marcas que representa. As informações sobre as pressões corretas a serem aplicadas aos pneus agrícolas são essenciais para utilizá-los em condições ideais de segurança,
consultar a documentação do fabricante para definir a pressão correta. Ao selecionar a carga, a velocidade, o tamanho e a marca do pneu, esta nova aplicação para smartphone permite um acesso fácil e rápido aos dados corretos da pressão recomendada. A aplicação Agro Tyre Pressure está disponível para os sistemas operativos iOS e Android e nos seguintes idiomas: inglês, francês, alemão e polaco.
A Michelin lançou uma nova versão do pneu Michelin Evobib, “o primeiro pneu agrícola do mercado concebido para utilização com sistemas CTIS (Central Tire Inflation System – teleinsuflação)”, proporcionando “excelente desempenho em estrada e no campo, graças à sua tecnologia adaptável”. Se “no campo, a superfície de contacto é maximizada graças ao desenho da banda de rolamento, e a sua estrutura de muito baixa pressão (tecnologia Michelin Ultraflex) reduz a compactação do solo e melhora a capacidade de tração do tractor”, já “em estrada, a redução da superfície de contacto e o taco central contínuo reduzem a resistência ao rolamento, aumentando a duração do pneu e reduzindo o consumo de combustível.” Tem como características principais a variação da superfície de contacto de 47% entre a estrada e o campo, aumento de 15% da tração em comparação
com um pneu VF da concorrência com desenho híbrido e o consumo de combustível próximo do obtido com o pneu de estrada padrão. Visando equipar tratores com potências entre 200 e 300 cv, o pneu Michelin EVOBIB ficou disponível a partir de 1 de Abril em duas medidas: VF 710/70 R 42 e VF 600/70 R 30.
Sensivelmente cinco meses depois de ter entrado no segmento das lagartas de borracha - apresentou, no último SIMA (Paris) em novembro, as Agriforce BK T71, apropriadas para a agricultura -, a BKT lançou uma nova série de lagartas de borracha para aplicações na indústria e setor da construção. Falamos das Multiforce BK T91: “Concebidas para resistir a superfícies difíceis como asfalto agressivo, lama, destroços, terrenos acidentados e rochas. Feita com materiais resistentes à abrasão e ao desgaste, a nova série de lagartas assegura uma longa vida útil do produto. Ao mesmo tempo, a linha proporciona uma condução confortável e segura aos operadores.” Segundo a BKT, o primeiro padrão de lagartas industriais “é o produto
perfeito para ser colocado em carregadores de lagartas compactos que operam em condições difíceis.” Além disso, o Multiforce BK T91 foi reforçado “com cordas de aço de alta resistência para um melhor desempenho, reduzindo o período de inatividade e os custos de
Conheça a pressão recomendada para diferentes pneus numa única aplicação
prolongada, baixo desgaste e a excelente relação qualidade/ preço”, confessou Ângelo Noronha, presidente da Yokohama para a Europa.
O francês Olivier Gayet, prestador de serviços que usa os Alliance Agri Star II, não esconde a satisfação. “Trabalhámos 1.000 horas, fizemos transporte e, com estes pneus, nunca tivemos problemas de tração relacionados com a aderência ao piso, seja em estrada ou campo”, explicou.
pneu em 25% e reduz a pressão no solo até 20%”, explicou Pavel Kott, gestor de produto para pneus agrícolas da Mitas. Lançado numa única medida –560/60R22.5 IMP – este pneu pode ser usado em on-road e off-road, graças ao eficiente sistema de autolimpeza. “Proteção máxima do solo e maior capacidade carga” são atributos que poderão levar o agricultor a apostar num pneu “capaz de operar com pressões mais baixas sem limitar sua vida útil.”
Uma vasta gama de peças sobressalentes e acessórios para ceifeiras-debulhadoras e enfardadeiras.
A convite da Unitractores, a revista abolsamia deslocou-se à região centro do país para assistir à demonstração de um inovador reboque de combate a incêndios florestais desenvolvido pela Kesla. Com a época estival à porta, esta solução poderia fazer realmente a diferença para algumas autarquias tão fustigadas por este fenómeno sazonal, mas também para proprietários de grandes manchas de floresta que poderiam, assim, proteger da melhor maneira a sua fonte de receitas.
Com temperaturas anormalmente altas para a época do ano, bem-dita a hora em que a Kesla apresentou um inovador reboque de combate a incêndios em áreas de floresta e mato, uma ferramenta com um grande potencial, não apenas para os corpos de bombeiros, mas em especial para os proprietários de grandes manchas florestais e para as autarquias. Mas afinal, que reboque é este e o que tem de inovador? Partindo de um reboque florestal “convencional”,
os finlandeses da Kesla adotaram um módulo independente de combate a incêndios. Ainda que possa ser utilizado em todo o tipo de terrenos, a verdade é que este reboque está especialmente vocacionado para o combate a incêndios em áreas florestais e de mato. Um dos atributos é que este dispõe de tração própria, numa configuração 4x2 ou 4x4, uma vantagem inegável em utilização fora de estrada.
O módulo independente acoplado ao reboque é
O módulo independente acoplado a um reboque florestal Kesla dispõe um tanque de 10,5 m3 de capacidade e dois canhões de água alimentados por uma bomba com 6 bar de pressão.
constituído por um tanque com 10,5 m3 (10 500 litros) de capacidade, dois canhões de água, um deles integrado na lança de uma grua Kesla dotada de uma garra, e, claro, uma bomba de água com 6 bar de pressão. Quando em ordem de funcionamento, o conjunto pesa cerca de 17 toneladas, sendo que a tara em vazio ronda as 6,5 toneladas. De destacar ainda que a unidade de combate a incêndios possui hidráulicos independentes que facilitam o engate a qualquer trator agrícola.
Com um débito de 130/200 L/ minuto, o canhão traseiro pode ser operado a partir da cabine do trator e permite variar não só o caudal (na potência máxima, o jato tem um alcance de até 30 metros) como leque, criando, por exemplo, uma imensa cortina de água que protege o conjunto e ajuda a reduzir a temperatura e a extinguir o ponto de ignição. O outro canhão, igualmente operado a partir do trator agrícola, está integrado na lança da grua e associado a uma garra que permite pegar em objetos ainda em combustão e extinguir a fonte de calor. Este procedimento é especialmente útil nas fases de rescaldo, como pudemos observar na demonstração a que abolsamia assistiu a convite da Unitractores, representante em exclusivo destes produtos para Portugal.
Outros dados a reter centram-se na preocupação da Kesla com a segurança dos veículos e com a versatilidade dos mesmos. Em relação ao primeiro ponto, a marca finlandesa decidiu criar um tanque dividido em 8
módulos unidos, permitindo esta partição atenuar a deslocação da água em movimento e diminuir, por exemplo, o efeito de pêndulo quando operamos o trator e o reboque. Já em relação à versatilidade, uma das preocupações da Kesla foi assegurar que, quando o módulo de combate de incêndios não
O inovador reboque de combate a incêndios florestais foi desenvolvido em exclusivo pela finlandesa Kesla, representada em Portugal pela Unitractores.
está a ser necessário, pode ser, facilmente, retirado e guardado, restando o reboque florestal que tem uma variedade de funcionalidades por si só.
Outra das particularidades deste reboque é que pode ser 100% autónomo no reabastecimento de água. Para isso conta com três formas de atestar o tanque. A primeira é recorrer a uma fonte externa que poderia encher o mesmo a partir da abertura superior. Outra solução seria conectar uma mangueira à bomba inferior, posicionada na traseira. Por fim, a forma mais disruptiva é utilizar a garra para posicionar uma bomba de sucção incluída que pode ser colocada pela grua numa fonte de água externa, seja ela um rio, uma vala ou um lago.
Na mesma ocasião, e mais uma vez a convite da Unitractores, assistimos à demonstração de uma máquina de rastos equipada com um destroçador que podem ser operados remotamente até uma distância de 500 metros. Em conversa com a revista abolsamia, os responsáveis da italiana FAE (nos destroçadores, a marca é representada em Portugal pela Herkulis) não esconderam o orgulho neste robot destroçador operado remotamente e num conjunto de acessórios (alguns ainda em desenvolvimento) que permitem transformar esta “ferramenta” num poderoso auxiliar na limpeza de áreas florestais e na manutenção de caminhos e ferrovias, por exemplo. “Ao contrário de alguns dos nossos concorrentes, nós começámos no sentido oposto. A FAE já possuía no seu portfólio máquinas grandes e robustas e apenas reduzimos as dimensões, mantendo a robustez. É por isso que este RCU-75 (existe uma variante mais pequena com um motor de apenas 55 cv) pesa o
dobro dos concorrentes diretos e é capaz de operar em inclinações de até 55° em todas as direções. Além disso, o destroçador que equipa este robot é capaz de triturar com facilidade vegetação de até 15 cm de diâmetro”, afirmou Davide Baratta, diretor de vendas da FAE.
O destroçador de rastos da FAE pode ser operado remotamente até 500 metros de distância e lida perfeitamente com vegetação de até 15 cm de diâmetro.
Mais uma vez, a demonstração a que assistimos foi esclarecedora das imensas capacidades deste destroçador de controlo remoto. Com o operador a uma distância segura, pudemos observar como o RCU-75 abria autênticos corta-fogos em combinação com o reboque de combate a incêndios da Kesla. Indiferente às adversidades do terreno, os 75 cv do motor Kohler permitiam subir, descer e enfrentar inclinações consideráveis (longitudinais e laterais), enquanto as lagartas de borracha mantinham a tração em todo o tipo de terreno. Enquanto isso, o conjunto de 28 lâminas e dentes do destroçador BL2/RCU enfrentava a vegetação e pequenas árvores com uma facilidade desconcertante e quase imune a pedras e outros obstáculos, abrindo zonas de mato com 1480 mm de largura (a largura total do conjunto é de 1776 mm). O controlo remoto inclui um conjunto muito ergonómico de comandos e conta com um ecrã de 3,5” para gestão de todo o tipo de funções.
24 a 26 de maio
Expo Forest Mogi Guaçu
Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil)
Maior feira especializada do setor florestal da América Latina, onde são apresentadas ao ar livre diversas novidades técnicas dos equipamentos florestais.
1 a 3 de junho
Swedish Forestry Expo
Solvalla, Bromma (Suécia)
O ponto de encontro para a indústria florestal profissional em grande escala.
15 a 17 de junho
Asturforesta
Monte Armayán, Tineo Astúrias (Espanha)
Única feira florestal espanhola de caráter internacional, reúne os profissionais da indústria da madeira e silvicultura.
22 a 24 de junho
Euroforest
Saint-Bonnet-de-Joux (França)
O ‘salão florestal’ de referência na Europa aberto à natureza.
Luzerna (Suíça)
Maior mostra suíça da floresta, com caráter internacional.
28 a 31 de julho
Foire de Libramont
Libramont-Chevigny (Bélgica)
Feira agrícola e florestal ao ar livre, a maior da Bélgica.
7 a 9 de setembro
Eko-Las
Mostki k. Swiebodzina (Polónia)
Feira Florestal, Indústria Madeireira e Proteção Ambiental.
30 set. a 3 out.
Woodtech
Istambul (Turquia)
Feira Internacional de Máquinas para Processamento de Madeira, Ferramentas Manuais, Ferramentas de Corte.
março 2024 (Datas a designar)
LAS-Expo 2024
Kielce (Polónia)
A Feira da Indústria Madeireira e Gestão de Recursos Florestais terá expostas máquinas para profissionais.
O armazenamento correto é uma parte essencial da manutenção. A Stihl, um dos principais fabricantes a nível mundial, ensina-o como manter a sua foice a motor ou motorroçadora em excelentes condições quando não for usada por longos períodos de tempo. Nesta edição, falamos-lhe sobre o armazenamento da motorroçadora a gasolina.
Preparação para o armazenamento: esvaziar o depósito de combustível
Para a motorroçadora ficar pronta a armazenar, limpe bem a ferramenta e esvazie completamente o depósito de combustível. Certifiquese de que o carburador também está vazio, deixando a foice a motor ou motorroçadora funcionar em regime de ralenti até o motor parar. Verifique se a ferramenta está suja e coloque-a num local protegido dos elementos atmosféricos para secar.
Preparação para o armazenamento: verificar a vela de ignição
Remova a vela de ignição da motorroçadora. Se os elétrodos apresentarem uma cor castanho-clara, a vela de ignição está OK; caso contrário, tem de ser limpa ou substituída.
Como saber se a vela de ignição da minha motorroçadora está inutilizada?
Na maioria dos casos, poderá identificar uma vela inutilizada pelas incrustações e depósitos visíveis nos elétrodos. Se os elétrodos apresentarem uma cor castanho-clara uniforme, sem quaisquer depósitos brancos ou pretos, significa que a vela de ignição está completamente funcional.
Depois, limpe a lâmina de corte ou guarde o fio de corte da motorroçadora em água (os fios de corte precisam de humidade para se manterem elásticos durante mais tempo) e, de preferência, pendure-a para um armazenamento seguro e ocupando pouco espaço.
A cabeça de corte de árvores, produto patenteado pela empresa sediada em Alcanede, tem diversos modelos em função das necessidades (corte duplo ou simples). As principais vantagens apontadas são o corte limpo e junto ao chão, a facilidade de operação em terrenos inclinados através do movimento rototilt e de encaixe na árvore. Com o acumulador é ainda possível cortar diversas árvores sem necessidade de as colocar no chão.
1 2 3 4 5 6 7
Corte limpo
Lâminas passam uma pela outra Sistema de Tilt e Inclinação
Operador tem maior visibilidade
Acumulador
Pode cortar até 3, 4 árvores sem necessitar de as colocar no chão cada vez que faz essa operação
Corte rente ao chão
Facilidade em terrenos inclinados e de encaixe da árvore
Provenientes do pinhal produtor de semente, gerido pelo Centro PINUS em Valença, estas sementes resultam do Programa de Melhoramento Genético de Pinheiro-Bravo.
Nas instalações do Centro Nacional de Sementes Florestais (CENASEF), em Amarante, decorre a fase de processamento das pinhas colhidas (3,5 toneladas), entre janeiro e fevereiro, pelos escaladores da gerida pelo ICNF.
Estas sementes passam a ser as segundas, a nível nacional, com a categoria “qualificada” e poderão ser adquiridas por viveiristas e serem usadas já na próxima campanha de
plantação. Resultado do cruzamento dos melhores exemplares de pinheiro-bravo de todo o país, incluindo de locais emblemáticos, como a Mata Nacional de Leiria, o potencial das futuras plantas são do interesse dos produtores florestais, ao permitirem ganhos genéticos médios de 21% em diâmetro e 12% em altura, o que proporciona um aumento significativo da rentabilidade na produção de pinhal.
21% em diâmetro e 12% em altura.
Onde posso obter esta semente?
A comercialização será feita pelo CENASEF - Centro Nacional de Sementes Florestais com a categoria “qualificada”. O Centro PINUS criou a marca “+PINUS” para a semente proveniente dos seus pomares e irá passar a divulgar, anualmente, onde poderá ser adquirida planta produzida com essa semente. Notícia publicada originalmente pelo Centro Pinus.
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No cumprimento do DecretoLei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.
Usados: Deutz DX 3.50 c/carr. frontal • Fendt Farmer 309 LSA c/ cab. • Same (3) Delfino 35, Explorer 85, Minitauros 60 2RM • Gad. Kubota c/ 8 discos corte • Unifeed Gilioli 7 m3
Usados: Agrifull Jolly 50 • JD 2200 c. front. • Lamborghini Crono 60 c/grua • NH 45-66S • Same Solaris 25 • Steyr 540 • Armador camalhões C.Magli • Charruas usadas várias • Colh. milho 1L Mengele • Enfard. NH 271 • Reboque fixo • Fresas usadas várias • Sem. Agrovil 2 linhas, Pijuca mec. • Triturador • Volta-fenos 2mts.
Usados: Charrua Galucho 2F 14”
• Desensilador Tico-Tico Agrovil • Espalhador de palha morra • Rectrofresa Lemken 3mts • Semeador de erva Amazone
Usados: Fiat 420 • JD 3040 • Lamborghini R3 100T • Renault Temis 610 X • Charrua Esperanças 10 pol. • Charrua Galucho
F16 • Enfarda. Pottinger
F125 Pro • Pulverizador
Tomix 600L • Rotorfresa 2,60mts. • Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original
Usados: Tratores Claas (3) Arion 800, 530, Arion 550 Cebis • Ceif. debu. Claas Lexion 415 • Jaguar 850 • Enfard.: McHall (2) F5600, F550, Fusion 2 (combi.) • Máq. Rega Basil 90mm • Motobombas Perkins (3) 3”, 4” e 5”
Usados: Tratores: • NH TN95FA cab.
20.000€ • NH TS110A cab.
38.000€ • McCormick C70
LC 17.000€ • Valpadana
3675 p/ peças • Grade discos Herculano HPR/E
16-26 5.500€
Usados: Grua florestal Costa, G3000 • Motoenxada Gemar, MZ 100 - 1040 • Trator convencional Hinomoto, E-23 • Trator convencional Nibbi, 342 • Trator convencional Iseki, 3210 • Trator convencional Kubota, L 2900
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Usados: Trator convencional Renault, 640RZ
• Ceif.deb. NH, TC56 • Char. Galucho, OVLAC
SF6, 2F 16, 3F 12, 3F 13, SF5-4 • Kverneland, LD85
6, PB100 • Cult. Maschio, Dracula 4,30mts • Enfard. NH, BB950 • Ensiladora
Claas, Jaguar 690 • G. discos Galucho, GAVR 44X24
• Rastos Bargam, 3700
FOX • Rototerra Lely, 3m
Usados: Reboques Galucho 12.000Kg, 5.000Kg • Grade discos Galucho NA2C 20-22 • Pijuca 4 corpos esp. vinha • Rototerra
Maschio S Cobra 2,5m. • Charruas: Galucho (3) SF3 12-20”, 2F-10”, 3F-14” • Espalhador C.Magli plást. microgranulador • Polv. Gaysa c/barra hidra. 14 mts • Sachador 3 linhas hidra • Gerador Himoinsa 41KVA
Usados: Ford 6610 • Deutz Agrotron M610
• Lamborghini 774- 70 N • NH TN75 VA •
SHIBAURA S 435 • Gadanheiras várias
Usados: Ford 2600
MF (3) 1030 DT, 165, 65
Same 90 Explorer DT
Usados: Tratores: Fendt, Farmer 250 S • Claas, Ares 836 RZ • Deutz-Fahr, Agroplus S90 • Volta-fenos: Krone, Swadro 42 • Vicon, RS/4V • Chiseis: Hibema, 9/13 c/ Rolo
• Gil, 5 Braços • Cisterna Joper, 6000 Lts • Capin. Galucho, CM-1800 • Destr. Serrat, 1.80MTS • Enfard. Krone, BIG PACK 1270
• Gadan. Vicon, 6 discos - Extra 428 • Krone, Active Mow R200 • Easy Cut R 280
• G. discos Galucho, GLHR 26x26, GLHR 24x26, Fialho, 18X26 • Pulverizador Tomix, P9 600 • Retroesc.Case, 580SR
MAIS INFO+ www.abolsamia.pt/pt/assinaturas
Portugal Europa
1 ano (5 revistas) 30€
1 ano (5 revistas + 1 Anuário) 45€
2 anos (10 Revistas) 55€ 105€
2 anos (10 Revistas + 2 Anuários) 80€ 150€
Só o Anuário 20€ 40€
New Holland T4.110F entregue ao cliente José Rodrigues (Carção-Vimioso)
Foto esq. p/ dir.: José Rodrigues e André Martins (Varanda & Cordeiro)
Varanda & Cordeiro
New Holland T5.110 Utility Dual Command entregue ao cliente Calf, Lda (Arouca) Foto esq. p/ dir.: Luís Fernandes e Miguel Fernandes (clientes)
New Holland T5.120 entregue à Sociedade Agrícola Paulo e Marisa, Lda (Barcelos) Foto esq. p/ dir.: Luís Arantes, Maria de Lurdes e João Gonçalves
Brás & Vasconcelos
New Holland T5.80 PS entregue ao cliente Manuel Humberto Melo (Ilha TerceiraAçores) Foto esq. p/ dir.: Duarte Melo, Manuel Humberto Melo e Diogo Lima (Parreira Azor)
Parreira Azor
New Holland Boomer
25 entregue ao cliente
Américo Batista (Janeiro de Cima - Fundão)
Foto esq. p/ dir.: Américo
Batista, Maria de Lurdes
Batista (esposa) e Fábio
Antunes (Adelino Lopes Nogueira & Filhos).
New Holland T5.90 Cabinado entregue ao cliente Mário
Paulo de Lama (Missa -Montalegre)
Foto esq. p/ dir.: Mário Paulo de Lama e Joaquim Caldeira (comercial).
Américo Pousa
New Holland T5.100 DC entregue ao cliente Horário Predileto, Lda (Ferreira do Alentejo) Foto esq. p/ dir.: Mário Cananão (Etelgra), Luis Profeta (Etelgra) e Paulo Fernandes (cliente)
Etelgra
Etelgra
New Holland T5.120 Duall Command entregue ao cliente Moragri SA Foto esq. p/ dir.: Pedro Rita (Etelgra) Nuno Simeão (operador)
New Holland T4.90F entregue ao cliente Luís António (Lousã) Foto esq. p/ dir.: Ricardo Silva (Silvagriauto), Luís António e José Cascão (Agro Mecânica das Meãs)
Silvagriauto
New Holland T5.110 DC entregue ao cliente Carlos Costa (Campeã, Vila Real) Foto: Carlos Costa (cliente), sentado no trator
Jopauto
Silvagriauto
Dois New Holland Boomer 45 entregues aos clientes Brigitte Warnecke e Arn Warnecke (Pedrógão Pequeno - Sertã) Foto esq. p/ dir.: António Silva (Silvagriauto), Brigitte Warnecke e Arn Warnecke, e Ricardo Silva (Silvagriauto)
Jopauto
New Holland T4.75S entregue ao cliente Daniel Santos (Vila Cova e Mascoselo - Vila Real) Foto esq. p/ dir.: Daniel Santos e dois operadores no trator
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Com este suporte, podem ser instaladas duas robustas, mas leves, despontadoras para operar duas linhas completas ao mesmo tempo, quer em terreno plano, quer com inclinações laterais.
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