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Setor Imobiliário

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Minsait Payments revela tendências de meios de pagamento pós-pandemia

A acelerada digitalização provocada pela pandemia está a consolidar o uso dos meios de pagamento eletrónicos e a impulsionar o progresso em direção a uma sociedade sem pagamentos em numerário (cashless), de acordo com o “X Relatório de Tendências de Meios de Pagamento”, disponibilizado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

Atransição para a vertente digital, a nível de meios de pagamento, na Europa e não só, reflete-se numa maior multiplicidade de diferentes meios de pagamento, sendo estas algumas das mudanças que têm sido impulsionadas pela pandemia. de acordo com o “X Relatório de tendências de Meios de Pagamento”, compilado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait, em 2020, “mais de 50% da população adulta bancarizada internauta de todos os países analisados reduziu ou abandonou o pagamento com numerário, um dado que em Portugal sobe para 73,9%”.

O estudo foi realizado com a colaboração de analistas financeiros internacionais e incluiu as opiniões de mais de 80 executivos do setor bancário e mais de 4.400 inquéritos a clientes bancários de Portugal, Espanha, itália, Reino unido e América latina, além dos números oficiais publicados pelos diferentes reguladores.

As perspetivas dos inquiridos são coerentes com as dos especialistas entrevistados no estudo, sendo que oito em cada dez concluem que o processo de abandono do pagamento em numerário acelerou, embora três em cada dez vejam um risco de reversão assim que a pandemia termine. A aversão a “mexer” no dinheiro (inclusive nos tPA) condicionou a mudança de hábitos observada, em particular em Portugal, onde quase seis em cada dez inquiridos manifestou esse receio.

Além disso, nove em cada dez executivos concordam que o impacto da pandemia no uso de meios de pagamentos digitais foi positivo, já que acelerou a sua digitalização. contudo, um quarto dos inquiridos refere ainda existir alguma dificuldade de acesso a estes meios de pagamento e cobrança digitais, em particular na América latina.

Cartão é o principal meio de pagamento, mas registam-se alterações

Neste contexto de transição, o cartão bancário continua a ser o principal meio de pagamento para compras em todos os países, enquanto continuam a crescer os pagamentos móveis, as carteiras digitais e os pagamentos a partir da conta. Portugal registou uma considerável subida na preferência pelo pagamento com cartão (58,8% em 2020, contra 47,7% em 2019) face a outros meios.

Além disso, os novos hábitos de consumo adotados fizeram com que o uso de cartões contactless na maioria dos países fosse maior do que o uso através da inserção no terminal. desta forma, 56% dos portugueses utiliza cartões sem contacto para efetuar os pagamentos nos terminais de ponto de venda (POS). Paralelamente, os portugueses também aumentaram o volume de pagamentos com cartão de crédito em quase 14 pontos percentuais (p.p.), passando de 20,7% em 2019, para 34,5% em 2020, para compras de baixo valor, quando antes predominava o pagamento em numerário.

O mesmo estudo adianta que “a crise económica associada à pandemia produziu um declínio generalizado no número de cartões de crédito em quase todos os países analisados. No entanto, Portugal foge à regra, ao registar um aumento de 1,7 p.p., para 63%”. “Portugal está na vanguarda da utilização de múltiplos meios de pagamento. Os portugueses registaram a maior subida no número médio de diferentes meios de pagamento utilizados no mês anterior à realização do inquérito: de 2,8 em 2019 para 3,3 em 2020. Portugal é também o país que mais pagamentos faz a partir da conta bancária (84,3%)”, avança o mesmo documento.

No que se refere a cartões, a modalidade de débito continua a ser a protagonista, em termos de utilização por parte da população, na maioria dos países. Em Portugal, 32,4% da população bancária possuiu dois ou mais cartões de débito.

Portugueses entre os que mais compram online

Outro dos efeitos da covid-19 passou pela transferência das compras para o ambiente de comércio eletrónico, uma tendência reforçada pelos períodos de confinamento e visível na frequência das operações entre os consumidores que já compravam produtos online antes da pandemia. Portugal lidera a lista dos países europeus, com 46,9% dos portugueses a assumir fazer compras online com mais frequência. itália (46%), Reino unido (44%) e Espanha (42%) seguem atrás.

Os portugueses são os que mais utilizam o computador pessoal (81,4% dos inquiridos) para fazer as suas compras online. Na maioria dos outros países analisados, o smartphone assume a liderança. Apesar disso, em Portugal o smartphone foi o dispositivo que mais cresceu, passando dos 50,7% em 2019 para 56,7% em 2020. O tablet é usado por 12,1% dos portugueses. Portugal e o México são os únicos dois países onde as compras através deste dispositivo aumentaram.

O cartão continua a ser o meio de pagamento mais utilizado nas compras online para 83,2% dos portugueses. No entanto, Portugal é onde se mais utiliza o cartão virtual de entre todos os países inquiridos, com 31,5%.

O pagamento móvel em todas as modalidades é outra tendência que continua a crescer na Europa. Portugal é um dos países que mais utiliza aplicações de pagamento entre particulares através do telefone (29,3%), somente atrás da colômbia (46,5%) e Espanha (46,3%). Os portugueses são também dos que mais utilizam o dispositivo móvel em lojas.

Por último, há um consenso sobre a aplicação do fator da dupla autenticação nos pagamentos online, mas com intensidades diferentes. cerca de 45% da população bancarizada portuguesa solicita sempre uma segunda autenticação; 17,8% solicita quando é obrigatório; 33,2% espera que o próprio dispositivo peça a autenticação; e 3,9% não pede em nenhum caso, o que faz de Portugal o país europeu com maior percentagem nesta última variante. Quanto à escolha dos mecanismos de dupla autenticação, Portugal é o país que mais opta pela combinação do PiN com um código via SMS (49,9%). A Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait (do grupo indra), oferece desde há mais de 25 anos capacidades em processamento e soluções inovadoras de pagamentos digitais. Os serviços são transversais a todos os mercados e incluem soluções específicas para entidades financeiras, fintechs, retail, companhias aéreas e empresas de petróleo e gás. 

Novo Banco desafia startups digitais a desenhar soluções inovadoras em parceria com Microsoft e Portugal Fintech

ONovo Banco, atento ao crescimento que se tem vindo a assistir no ecossistema da inovação financeira, em Portugal, e do seu potencial, vai desafiar startups de tecnologia financeira (fintech) a desenhar soluções digitais inovadoras para serem testadas em propostas de valor para os clientes do banco, empresas e particulares, no âmbito do programa Fintech365. O Fintech365 é um programa da Microsoft, desenvolvido pela Portugal Fintech, ao qual, a par do Novo Banco, se associaram mais cinco instituições do setor financeiro e de seguros. Esta cooperação entre fintechs e players da banca e seguros, permitirá gerar sinergias e discutir novas ideias e tecnologias que possibilitem, com o suporte das plataformas tecnológicas da Microsoft, encontrar soluções que acelerem a digitalização do setor financeiro e de seguros, beneficiando, no final da linha, os consumidores dos produtos do setor. O Novo Banco continua assim empenhado em criar soluções inovadoras para os seus clientes, que lhes possibilitem uma melhor experiên-

cia na sua interação com o banco, desígnio esse que, em 2020, mereceu o reconhecimento e distinção em eventos como os Finovate Awards, os Banking tech Awards ou os Portugal digital Awards, com suas as soluções Small Business Finance, Homebuying, Onboarding digital ou, mais recentemente, o NBnetwork+, a serem premiadas. Ainda em 2020, e neste âmbito, o Novo Banco mereceu também a distinção de “Best integrated corporate Banking Site in Western Europe”, pela “Global Finance”. 

Marca AsPortuguesas lança aplicação de realidade aumentada

AsPortuguesas, um novo conceito de calçado que utiliza a cortiça como matéria-prima de base na sua produção, lançou a aplicação AR try-on. A tecnologia, que reforça a presença da marca 100% portuguesa no universo digital, permitirá ao cliente calçar todos os produtos através de realidade aumentada (AR). O aplicativo iOS pretende, assim, oferecer uma experiência real, efetiva e on time aos consumidores, procurando ao mesmo tempo mitigar as diferenças entre compras online e offline. O método é simples: basta escolher um par d’AsPrtuguesas na lista de modelos 3d referenciados quer no site da marca, quer no novo aplicativo, apontar a câmara do telemóvel ou outro dispositivo eletrónico para os pés, e o utilizador estará imediatamente calçado. O efeito é instantâneo, controlando inclusive qualquer ligeiro movimento dos pés do utilizador. de resto, a aplicação AR try-on está preparada para acompanhar os passos dos consumidores, mudando automaticamente o ângulo de captação da câmara. “A capacidade de experimentar AsPortuguesas através do simples uso do telemóvel revoluciona a experiência do consumidor”, resume Pedro Abrantes, cEO d’AsPortuguesas. “A premissa é basilar: auxiliar-nos a perceber e a visualizar como um determinado modelo assenta nos nossos pés ou combina com uma determinada roupa. desta forma, aumentam as probabilidades de efetivarmos a compra correta e, consequentemente, reduzem-se as hipóteses de devolvermos o produto ao lojista”. Mais valias igualmente defendidas por Nuno Barroca, vice-presidente da corticeira Amorim, parceira desde a primeira hora d’AsPortuguesas, e que sublinha que “com a aplicação AR try-on, AsPortuguesas irão, sem dúvida, aproximar-se mais dos consumidores, usando tecnologia que permite, de forma cómoda e intuitiva, interagir com a vasta gama de produtos e auxiliar no processo de decisão. uma inovação no momento certo.” desenvolvida sobretudo a pensar na chamada Geração Z, a aplicação ganha também renovada importância nesta altura, tendo em conta o atual período de confinamento, que impede o acesso às lojas físicas. 

gran tema Fatores macroeconómicos que

marcarão a recuperação em Portugal e em Espanha

A CCILE retomou o ciclo de seminários digitais (webinars), durante o novo confinamento social, para ouvir alguns gestores e especialistas em diversas áreas da economia sobre os fatores que mais influenciarão a esperada recuperação económica para os próximos tempos, quer em Portugal quer em Espanha. Os setores da tecnologia, financeiro e cluster automóvel foram alguns dos que apontaram as perspetivas macroeconómicas que esperam que venham influenciar a recuperação das suas atividades e da economia ibérica em geral.

Textos Susana Marques smarques@ccile.org, Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org e Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

Conhecer algumas das perspetivas a curto e médio prazo traçadas por economistas, governantes e gestores para as economias ibéricas foi o grande objetivo de mais um ciclo de webinars promovido pela câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE), e ao qual assistiram diversos gestores de ambos os países, entre os dias 3 e 9 do mês passado.

Relativamente ao mercado espanhol, as perspetivas são de recuperação, mas com algumas cautelas. Mesmo com a “forte recuperação” esperada para a economia espanhola para este ano, que poderá atingir um crescimento do PiB da ordem dos sete a 8% – de acordo com previsões do Governo espanhol e que dependem de se confirmar a normalização da situação pandémica e da atividade económica para o final do verão –, ainda não será este ano nem no próximo que se atingirão os níveis de riqueza de 2019, antecipa um estudo do BFF Banking Group. O estudo, apresentado num recente webinar pelo responsável deste banco em Portugal, Nuno Francisco, considera que esta recuperação total só ocorrerá em 2023.

Já para a economia portuguesa, de acordo com o Banco de Portugal, as previsões são de uma recuperação do PiB de 3,9% em 2021, abaixo dos 5,4% previstos pelo Governo, o que também não compensará a queda abrupta de 2020. um setor estratégico para a economia ibérica será, sem dúvida, o da indústria e comércio automóveis, como fizeram questão de sublinhar especialistas ligados a este mercado, bem como responsaáveis governamentais dos dois países ibéricos, em mais um webinar promovido para a comunidade empresarial luso-espanhola, que decorreu no passado dia 4. de acordo com os oradores da conferência, o setor contribuiu com 11% para o PiB espanhol e com 7,5% para o PiB português, em 2019. Mas, no ano passado, a produção caiu 20% em Espanha e 23,6% em Portugal.

A recuperação não será fácil, mas várias entidades acreditam que com os apoios europeus previstos, as empresas conseguirão impulsionar os seus projetos de transformação digital e de transição para a mobilidade sustentável, necessários para continuar a desenvolver este cluster. de resto, a forma e a rapidez como a "bazuca" europeia irá chegar às empresas será fulcral para a sobrevivência de muitas delas, como alertaram vários dos participantes das três conferências online realizadas no mês passado.

A transformação digital das empresas representa outro desafio inadiável para quem quer estar

Pandemia trava cluster ibérico da indústria automóvel, que aguarda "bazuca" europeia para acelerar descarbonização e digitalização

Com a produção a cair a dois dígitos, as empresas portuguesas e espanholas do setor automóvel temem perder competitividade, caso não se agilizem a tempo os necessários apoios para impulsionar os projetos de digitalização e de transição para a mobilidade sustentável. Fortemente abalado pela pandemia, este cluster conta com a chamada "bazuca" europeia para continuar a ser referência mundial. Empresários e representantes dos Governos de Portugal e Espanha discutiram as perspetivas, os desafios e as oportunidades que o cluster ibérico tem pela frente, no passado dia 4 de fevereiro, num webinar organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE) e pela Câmara de Comércio Hispano Portuguesa (CHP). Todos os participantes neste webinar concordam que o setor automóvel é para Portugal e para Espanha “um setor-chave”, gerador de emprego de qualidade e dinamizador de algumas das grandes transformações e inovações que estão a acontecer num mundo que se quer mais sustentável. Acresce que é também um dos notórios casos de integração das duas economias. Como contabilizou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Enrique Santos, “o volume de negócios entre os dois países no domínio automóvel, direta e indiretamente, corresponde a quase 20% do total do volume de negócios entre os dois países”. Sendo “uma das mais dinâmicas indústrias”, o setor é “muito relevante pelas exportações que gera, pelo seu valor acrescentado” e por ser “catalisador de outras atividades, elevando a capacidade competitiva dos dois países”, referiu António Calçada, presidente da CHP. A Península Ibérica “enfrenta o desafio tecnológico da descarbonização, o desafio económico de integrar a tecnologia de forma competitiva e acessível ao consumidor e o desafio da modernização da frota”, assinala. António Calçada advoga ainda que “manter o dinamismo da nossa indústria e a qualidade do emprego” depende da “gestão conveniente dos fundos que possam ajudar este setor” e esses apoios “devem incluir todos os elementos da cadeia de valor”. Esta esperada injeção de apoios europeus é “uma oportunidade estimulante” para o setor, concorda Marta Betanzos, embaixadora de Espanha em Portugal, evidenciando que “as indústrias do setor automóvel dos dois países estão profundamente interligadas”, pelo que “a recuperação do abrandamento provocado pela crise pandémica terá melhores resultados se trabalharmos juntos”. O embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes, observou também que “o peso da indústria automóvel nas economias portuguesa e espanhola cresce graças à maior integração das cadeias de valor e do talento existente dos dois lados da fronteira”. Recordando que Portugal é sobretudo forte na área dos componentes para a indústria automóvel, o embaixador referiu a importância do know-how da “indústria de ponta de moldes portuguesa” nesse domínio. Também os governos de Portugal e de Espanha consideram o setor nevrálgico para as duas economias. O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza, salientou a dimensão “fortemente exportadora da fileira automóvel, com 100 mil empregos criados e a estimulação de várias atividades”. A recuperação da economia no segundo semes-

tre em 2020 foi induzida pelas exportações do setor automóvel, indicou o governante, recordando que Espanha absorve grande parte das exportações de Portugal (27%) neste setor e que os dois países têm “verdadeiros interesses estratégicos nesta indústria”. O ministro considera que estamos perante uma oportunidade de “repensar as cadeias de valor à escala global” e que isso “pressiona o posicionamento da indústria ibérica, de forma a estar à altura dos desafios”. Pedro Siza Vieira destacou o pacto para apoiar a competitividade e o “diálogo com o Governo espanhol para questões importantes, como as baterias elétricas”. A ministra da Indústria, Comércio e Turismo do Governo de Espanha, María Reyes Maroto, frisou que o setor contribui com 11% para o PIB espanhol e que o país quer continuar a articular a atividade com Portugal nesta área, para estar na linha da frente da “quarta revolução industrial, em curso, com o desafio da descarbonização e da digitalização para promover as novas formas de mobilidade”. As associações automóveis ibéricas “estão comprometidas com esse objetivo de liderar esta transformação”. A governante assegura que “Espanha está preparada, com empresas de vanguarda e trabalhadores qualificados” e que a prioridade dos investimentos públicos e privados previstos neste domínio nos próximos anos é “desenvolver um ecossistema de mobilidade sustentável e inteligente porque o setor automóvel e a sua transformação é uma prioridade para o Governo”. Entre as metas fixadas para 2030 estão a criação de 100 mil pontos de carregamento de viaturas elétricas, ter 250 mil veículos elétricos a circular e apoiar a cadeia de valor que favoreça a mobilidade elétrica. Para tal serão mobilizados investimentos na ordem dos 1100 milhões de euros, adiantou a ministra, reconhecendo que “a União Europeia proporciona uma oportunidade histórica para acelerar e melhorar”. Cabe às empresas e às instituições estabelecer as sinergias para o fazer, sustenta: “Espanha e Portugal são mercados naturais de crescimento desta área, pelo que há espaço para novos modelos colaborativos no contexto dos apoios da União europeia para desenvolver esta indústria.” Do lado das empresas, a palavra dominante é a urgência, relativamente à chegada dos apoios previstos, já que todos os intervenientes neste webinar reiteram que o setor automóvel foi fortemente abalado pela crise, a meio da revolução da mobilidade. Maria Helena Antolín Raybaud, presidente do grupo Antolín, admite que o impacto da pandemia é brutal e que o setor atravessa uma difícil situação. “Calculamos que os fornecedores do setor terão uma queda sem precedentes na faturação, de menos 20% a 30%, e de 6 a 8% no emprego”, revelou a empresária, reivindicando “medidas urgentes que apoiem as necessidades reais do setor, para que as empresas consigam lutar por uma indústria sustentável e geradora de receitas relevantes para a economia, bem como de milhares de empregos estáveis para os dois países”. A oportunidade é de “reconstrução e de melhoria e para tal é preciso um apoio governamental, que permita pôr em marcha os objetivos que tínhamos em curso”, argumenta María Helena Antolín, pedindo ainda simplificação processual nas candidaturas para os apoios. A empresária diz que o setor “está a trabalhar de forma coordenada e responsável para aceder às ajudas e oxigenar as indústrias”. Em Espanha operam 17 fábricas na produção de veículos, sendo o segundo produtor europeu depois da Alemanha, no entanto produz para marcas estrangeiras. Os centros de decisão não estão em Espanha e só a eficiência garante a permanência destas unidades de produção. A CEO do Grupo Antolín diz que é fundamental

“promover a imagem de Espanha como país de projetos nesta área, apostar em mercados prioritários” e sustenta que “a internacionalização é a chave para enfrentar a crise”. A empresária observa que “a inovação está a ter resultados e por isso produzimos veículos cada vez mais limpos e eficientes e estamos a conseguir reduzir as emissões”. Tendo em conta que “os carros mais antigos são responsáveis por metade das emissões”, a gestora defende que se retirarem de circulação esses carros. “Apoiar a indústria é apoiar o emprego e a inovação e um sem outro não tem futuro”, conclui. O receio de perder competitividade foi também manifestado por Jose Vicente de los Mozos, presidente da Renault Espanha e presidente da Associação Espanhola de Fabricantes de Automóveis e Camiões (Anfac): “Os construtores espanhóis já investiram cerca 13 mil milhões na descarbonização. Há um plano em curso, mas a COVID mudou tudo e a execução está a ser lenta. As empresas precisam de acelerar e tomar decisões. Se não o fizermos, podemos ter problemas de viabilidade, por causa da concorrência dos países do Leste europeu e de Marrocos. Temos que nos antecipar. Os fundos podem ser úteis, se bem usados.” O gestor informou que o comércio caiu 30% e a produção 20%, no ano passado, em Espanha. Atualmente circulam 25 milhões de veículos em Espanha e espera-se que em 2030 circulem apenas 20 milhões e uma queda de 50% nas emissões. Para tal é importante que a transição atenda às necessidades da população, entre veículos elétricos e híbridos. Nem todos estão preparados para esta mudança, pelo que canalizar fundos europeus para a formação dos recursos humanos é determinante, bem como para a inovação dos processos. Como referiu José de los Mozos, “a cadeia de valor dos fabricantes tem vindo a mudar porque se tornou necessário trabalhar com outras empresas energéticas e de tecnologia”. De Portugal, o presidente da associação de fabricantes de componentes para automóveis AFIA, José Couto, considera que “poderemos aprender com esta crise e criar mais valor e riqueza. O líder argumenta que “a oferta da PI é disruptiva face ao resto da Europa” e sublinha que “a indústria portuguesa de componentes cresceu 7% nos últimos 10 anos e na Europa cresceu menos de 3%”. O gestor realça que “a indústria espanhola também vê em Portugal um conjunto de oportunidades para melhorar a sua oferta”. Tudo isto pode ruir, se não chegarem apoios a tempo para “manter o nível de investimento que suporte o nível de competitividade necessário, face a outros blocos que poderão sair desta crise mais fortes do que nós”, alerta. O presidente da AFIA lembra que no final de 2019, a fileira automóvel valia 7,5% do PIB e que 20% do investimento em Portugal é da responsabilidade da indústria do setor. Mais do que nunca, importa “fazer trade off entre saber e empresas e aumentar a competitividade”, salienta, recordando que “a maioria das empresas são PME muito desgastadas com a covid-19”. A sua robustez ajudou a amortecer o impacto inicial da crise: “Mostraram resiliência, mas poderão ter problemas dado o esforço financeiro de investimento. Há que planear como enfrentar estes desafios e fortalecer as cadeias de valor. Estamos num momento único de alteração de paradigma e em 10 anos nada será igual. O ritmo acelerado da tecnologia é um aliado para a superação e reinvenção do modelo de negócio. A robotização dos processos, a inteligência artificial, etc, possibilitarão acelerar os tempos de resposta. Trata-se de um desígnio nacional, considerando a capacidade de arrasto da indústria automóvel, em termos de investigação científica nas universidades e centros tecnológicos.” Em 2020, foram fabricadas 264.236 viaturas em Portugal, menos 23,6% do que no ano de 2019, de acordo com números da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), que adianta que 97% destes veículos se destinam ao mercado externo: Alemanha (20,4%), França (16,2%), Itália (11,7%), Espanha (11%) e Reino Unido (7,6%) são os principais clientes dos carros produzidos em Portugal. “Vamos ter de reiniciar todos os nossos processos de produção” e “melhorar as cadeias logísticas, para nos aproximarmos do centro da Europa, sede de muitas marcas”, sustenta Jorge Rosa, um dos diretores da ACAP, acrescentando que “defender a ferrovia é determinante para a nossa competitividade”. Jorge Rosa sugere ainda que se atraia investimento para o fabrico de baterias e nos semicondutores na PI. O gestor notou ainda que “a pandemia veio mostrar que a autonomia do ocidente face ao oriente ficou mais fraca”. Simplificar o acesso aos apoios e agilizar a cooperação ibérica parece ser a estratégia para superar a crise e muscular um setor que responde por uma parte significativa do PIB português e espanhol. Texto SM

Retoma da economia espanhola dependente de estímulos financeiros

A evolução da economia espanhola até ao final do ano deverá assentar numa recuperação, cuja profundidade dependerá de vários fatores, quer internos quer externos ao país. De acordo com um estudo do BFF Banking Group, intitulado “4º Trimestre de 2020: O lento caminho até à recuperação”, a evolução macroeconómica em Espanha e, em concreto em algumas das suas regiões, dependerá muito sobretudo de dois pilares: o evoluir da crise de saúde pública e controlo da pandemia através da vacinação, e ainda o apoio vindo do Plano de Recuperação da Comissão Europeia. O estudo regular do BFF Banking Group, relativo ao quarto trimestre de 2020, analisa não só a situação económica em Espanha neste período, como perspetiva a evolução para os próximos dois a três anos. Segundo frisa Nuno Francisco, Head of Portugal do BFF Banking Group, que falava num webinar dedicado ao tema “Covid-19 e o panorama económico de Espanha – um longo caminho para a recuperação”, o estudo evidencia que a recuperação este ano será mais ou menos acentuada, em função da evolução de três grandes indicadores: “a evolução dos planos de vacinação que estão em curso, o que irá permitir ir abrindo, de forma parcial, os setores mais expostos” da economia espanhola, como o turismo, hotelaria e restauração, e ainda “a capacidade do Governo de implementar as medidas certas”. Entre estas medidas está a gestão eficiente dos recursos financeiros que serão atribuídos pela União Europeia, no âmbito do plano de combate europeu ao impacto económico da pandemia. No evento online, realizado no passado dia 3, o responsável destacou que em 2020 o PIB espanhol terá tido “uma queda histórica” de 11%, para os 1.119,976 milhões de euros– quando em 2019 tinha crescido 2%. Apesar dessa quebra tão acentuada, nos dois últimos trimestres de 2020, a economia espanhola registou já uma recuperação, sobretudo no terceiro trimestre (crescimento de 16,7% face ao trimestre anterior, em que a queda tinha sido de 17,8%), enquanto no último quarto do ano a subida do PIB foi de apenas 0,4%, o que se terá devido ao novo crescimento dos casos de covid-19 no país, que limitaram mais uma vez a atividade económica. Os fatores que contribuiram mais para a quebra acentuada do PIB espanhol continuam a representar riscos para a economia a curto prazo, considera o mesmo responsável. Tratam-se de cinco riscos, que vão desde a grande dependência do setor dos serviços, nomeadamente a hotelaria, turismo e restauração, até à “dualidade no mercado de trabalho espanhol”, à intensidade do impacto epidemiológico no país, ou ainda à excessiva fragmentação do tecido empresarial, com forte incidência de microempresas e PME, que são mais vulneráveis a paragens da economia. Ao nível do turismo, a perda de receitas da hotelaria terá rondado os 80%, estima ainda o INE espanhol. Um impacto sentido sobretudo nas regiões mais turísticas, como a Andaluzia, Baleares e Canárias, adianta o estudo do BFF Banking Group. Para 2021, “as previsões do Governo espanhol, no cenário intermédio ou normal, indicam um crescimento do PIB à volta de 7,2%, o que é um bom nível de recuperação face às quedas anteriores”, enquanto as da AIReF (Autoridade Independente de Responsabilidade Fiscal) são mais moderadas e apontam para um crescimento da economia de 5,5% (ver mais dados no quadro). Todavia, “estas previsões têm em conta já uma normalização da atividade económica”, por via dos planos de vacinação e da utilização dos fundos de recuperação da UE, ressalva Nuno Francisco. Num nível intermédio, estão as previsões do Banco de Espanha, que apontam para um crescimento do PIB de 6,8%, num cenário-base, e de 8,6%, no cenário mais favorável, para o conjunto deste ano. As previsões de crescimento para 2022

e nível pré-pandemia só será atingido em 2023

e 2023 serão mais modestas, de 4,2 e 1,7%, respetivamente. Assim, “tudo aponta para uma retoma forte da economia em 2021, mas está tudo muito dependente de que não haja mais surpresas na evolução da pandemia, após esta terceira vaga”, conclui Nuno Francisco. A recuperação mais forte sentir-se-á, deste modo, a partir do terceiro trimestre, após a generalização da vacinação até ao final do verão, espera o BFF Banking Group. “Tudo indica que o regresso aos níveis de crescimento pré-pandemia só possa ocorrer, no cenário mais otimista, em 2023”, conclui o mesmo responsável.

Especificidades regionais podem condicionar recuperação

No entanto, há ainda muitos riscos e incertezas a pairar sobre a economia. Uma das condicionantes pode vir também das dificuldades que se possam sentir em cada uma das comunidades autónomas de Espanha e que possam atrasar a recuperação global do país, alerta. Em causa estão as regiões mais afetadas nos últimos meses– como Madrid, Catalunha, Andaluzia, Baleares ou as Canárias, que tiveram uma forte exposição ao turismo, hotelaria e comércio, ou às indústrias têxtil e automóvel, dependentes de cadeias de fornecimentos internacionais (ver quadro na próxima pág.). O evoluir da dívida pública e da consolidação orçamental também pode ser um fator-chave na recuperação económica em Espanha. De acordo com as previsões de base da AIReF, o défice da Administração Pública de Espanha pode atingir os 8% do PIB, este ano, depois de em 2020 ter chegado aos 11%. Quanto aos prazos de pagamentos a fornecedores por parte das entidades regionais nas províncias espanholas, a situação ficou mais controlada com a intervenção do Governo espanhol, que injetou, nos últimos meses, "vários mil milhões de euros num plano financeiro sem precedentes" para as comunidades autónomas, que "evitou uma escalada dos prazos de pagamento face aos seus fornecedores", adiantou Nuno Francisco. Por seu lado, a situação em Portugal ter-se-á agravado, com "derrapagem dos prazos de pagamento aos fornecedores do Estado em 50 ou 60 dias, em média, entre maio e dezembro de 2020".

Políticas monetárias e novo Plano de Recuperação e Resiliência

As políticas monetárias e fiscais da União Europeia, com taxas de juro muito baixas, deverão continuar, por forma a estimular as economias dos 27 Estados-membros. As empresas esperam ainda que surjam medidas de estímulo microeconómico por via do Plano de Recuperação e Resiliência, que irá injetar nas economias dos 27 cerca de 750 mil milhões de euros. Espera-se que estes fundos comecem a ser distribuídos ainda neste semestre (durante a Presidência portuguesa da UE), para que o impacto positivo se sinta ainda este ano, frisa Nuno Francisco. O mesmo responsável defende também que o plano deverá ser concretizado da forma mais célere e eficiente possível, como fator “crítico para a recuperação de toda a economia”. Esta chamada "bazuca financeira permitirá minimizar os impactos sobre a dívida pública de algumas economias, para evitar que os danos que já provocou sobre o potencial de crescimento e os indicadores de dívida pública se convertam em danos estruturais”, acredita Nuno Francisco.

Queda no comércio bilateral

Na introdução do mesmo evento, Miguel Seco, diretor da CCILE, enquadrou, por seu turno, a situação do comércio bilateral entre Espanha e Portugal, onde se espera que tenha ocorrido, no último ano, uma “queda significativa”, que poderá rondar os “três mil milhões de euros” (somando todo o volume de importações e exportações). Assim, Miguel Seco precisou que

os dados acumulados dos 11 primeiros meses de 2020 revelam que as exportações de Espanha para Portugal rondaram os 18.100 milhões de euros, antecipando-se ”uma forte quebra” face ao ano transato. No ano de 2019, as vendas a Portugal totalizaram os 22.100 milhões de euros. Os dados anuais, que foram entretanto conhecidos, confirmam a quebra, com as exportações de Espanha para Portugal em 2020 a fixarem-se em 19.790 milhões de euros (ver págs. 58/59). No total, cerca de 17 mil empresas espanholas exportam para o nosso país, adiantou. Já o comércio de Portugal para Espanha, e de acordo com os dados completos de 2020, sofreu uma queda menor, atingindo 10.746 milhões de euros, enquanto no ano anterior tinha sido de 11.476 milhões. O representante da CCILE destacou ainda a disponibilidade desta Câmara para apoiar os empresários de ambos os países, seja através de conferências, almoços de empresários (atualmente suspensos), centro de arbitragem de conflitos, até à promoção do comércio exterior, por via de missões empresariais, entre outras iniciativas. “Apesar das limitações de reuniões físicas, a Câmara encontra-se disponível a 100%” para os empresários e gestores, sublinha. Quanto ao BFF Banking Group, é um banco especializado na gestão e aquisição sem recurso de créditos comerciais sobre o setor público, tendo como clientes entidades que fornecem a Administração Central, Administração Local, Serviço Nacional de Saúde (SNS) e outras entidades públicas. Está atualmente presente em nove países da Europa, incluindo Espanha e Portugal. Texto CF

Los nuevos negocios de la transición digital con el foco puesto en las personas

Desde hace años oímos hablar de la transformación digital de las empresas. Es decir, de la integración de las nuevas tecnologías en todas las áreas de las compañías para cambiar su forma de funcionar con el fin de optimizar los procesos, mejorar su competitividad y ofrecer un nuevo valor añadido a sus clientes. Una transformación que ha ido avanzando a distinto ritmo pero que sin duda se ha visto impulsada como consecuencia de la pandemia. Este cambio se ha acelerado en todos los sectores. En dicha transformación han surgido nuevos modelos de negocio. No se trata solo de los más punteros, aquellos que se desarrollan en el admirado Silicon Valley, sino de miles de startups que surgen en todo el planeta y que desafían a las empresas a enfocarse en su transformación digital. “Los nuevos jugadores nos llevan a actuar. Son plataformas como Netflix, Amazon, Airbnb.., que traen nuevas formas de actuar y que nos van a forzar a todos a revisar el concepto de fricción y cómo lograr que nuestros clientes vuelvan”, señaló Ricardo Pérez, IE Business School, durante su intervención en el webinar “Transición digital IE Business School/CCILE”, realizado el pasado día 9 de febrero. Se trata de plataformas que llevan a plantearse a las empresas dar la vuelta su modelo operativo. “Cada poco tiempo tenemos una moda y debemos aprender a interpretar mejor que modas vienen para quedarse. Hay que estar preparado para que no venza siempre el hoy. Muchas de las compañías que eran líderes ya no lo son tanto, hay nuevos estándares que nos hacen ver las cosas de distinta forma”, indicó el docente. Es importante tener en cuenta que estas plataformas que han ido surgiendo no son negocios nuevos, sino que utilizan la tecnología para que los intermediarios puedan ac-

tuar de forma más barata. Recordó que “se ha reducido la fricción en los dos lados y se trata de encontrar y cerrar la transición. Normalmente estas plataformas subvencionan a una de las dos partes y cuando reducen los costes tienen más usuarios de un lado”. Señaló también que las plataformas tienen mucho poder y pueden atraer a nuevos jugadores. “Estos efectos de red son enormes y nadie quiere múltiples plataformas en un mismo sector. Todas tienen el mismo problema, el coste de cambiarse de una a otra es muy reducido y trabajan mucho la personalización para que volvamos”. Ricardo Pérez insistió en la importancia que va a tener la personalización de los productos poniendo como ejemplo el caso de Amazon, “con un negocio de plataforma que les permite perder dinero en unas áreas y ganar mucho en otras. Sus ganancias proceden de vender tecnología a terceros”. Resaltó igualmente que es la tecnología la que “permite a los nuevos construir mejores modelos de negocio”. Y otro aspecto importante para tener buenos resultados es el de “entender lo que se quiere y luego invertir”. Y aunque la tecnología sea la protagonista de estos nuevos modelos de negocio dejó para todos una reflexión: “El equipo ganador será el de las personas con las máquinas”.

La transformación digital de MAFPRE

En MAPFRE el proceso de transformación digital se asienta en dos ejes centrales: mejorar la orientación al cliente y alcanzar la excelencia operacional. Para ello están desarrollando proyectos de digitalización con el objetivo de mejorar la eficiencia operacional y el atendimiento al cliente. “Nos hemos basado en la orientación al cliente, es quien impone lo que necesita”, indicó Álvaro Castillo, director comercial MAPFRE, también ponente del webinar. La compañía ha optado por un modelo que facilite la interacción con los clientes. Para ello se han liberado de las operaciones del día a día que no aporta valor invirtiendo más en la relación con el cliente. La digitalización ha permitido a MAPFRE automatizar procesos y apostar en la mejora de la calidad de los servicios y de su relación con los clientes. Castillo señaló que todo el proceso de transformación digital a lo largo de los últimos años ha estado acompañado de una guía de orientación al cliente basado en un “modelo definido, muy particular, y poco extrapolable a otras empresas”. Y todo ello ha dejado ver que “lo importante en la transformación digital son las personas”. El director comercial de MAPFRE aseguró que si no hay cambio cultural de las personas “difícilmente vas a lograr cambiar las experiencias de las personas”. En los últimos años se ha producido una constante evolución de todos los equipos multidisciplinares en los que se promueve el intercambio de ideas y de visiones. Al automatizar y digitalizar los procesos se ha conseguido, por ejemplo, el archivo de la documentación, las inspecciones digitales y el desarrollo de la firma digital, aunque este último punto todavía está en desarrollo. Se ha reforzado igualmente el área de cliente y se han reformulado los simuladores para mejorar la experiencia de uso, tanto para los agentes de la compañía como para el cliente final. Álvaro Castillo señaló la necesidad de contar con un proceso tecnológico que dé agilidad a todas las gestiones. “Faltan algunas cosas, como la firma digital. Nosotros vendemos servicios regulados, con un trasfondo legislativo muy importante. La seguridad jurídica de los contratos, hacerlo de forma digital, necesita una transformación muy importante. Hemos tenido que cambiar de mentalidad”, reconoció Álvaro Castillo. Texto BR

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mais próximo dos clientes, fidelizá-los e, deste modo, aumentar as vendas, numa altura em que os estabelecimentos comerciais são obrigados a manter as portas praticamente fechadas ao público, um pouco por toda a Europa, sendo necessário passar grande parte do esforço de vendas para o online. Esta transição "varre", assim, todos os setores de forma transversal, como enquadraram os oradores do webinar “transição digital iE Business School/ccilE”, realizado no passado dia 9. 

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