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Minsait Payments revela tendências de meios de pagamento pós-pandemia A acelerada digitalização provocada pela pandemia está a consolidar o uso dos meios de pagamento eletrónicos e a impulsionar o progresso em direção a uma sociedade sem pagamentos em numerário (cashless), de acordo com o “X Relatório de Tendências de Meios de Pagamento”, disponibilizado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
transição para a vertente digital, a nível de meios de pagamento, na Europa e não só, reflete-se numa maior multiplicidade de diferentes meios de pagamento, sendo estas algumas das mudanças que têm sido impulsionadas pela pandemia. De acordo com o “X Relatório de Tendências de Meios de Pagamento”, compilado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait, em 2020, “mais de 50% da população adulta bancarizada internauta de todos os países analisados reduziu ou abandonou o pagamento com numerário, um dado que em Portugal sobe para 73,9%”. O estudo foi realizado com a colaboração de analistas financeiros internacionais e incluiu as opiniões de mais de 80 executivos do setor bancário e mais de 4.400 inquéritos a clientes bancários de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e América Latina, além dos números oficiais publicados pelos diferentes reguladores. As perspetivas dos inquiridos são coerentes com as dos especialistas entrevistados no estudo, sendo que oito em cada dez concluem que o processo de abandono do pagamento em numerário acelerou, embora três em cada dez vejam um risco de reversão assim que a pandemia termine. A aversão a “mexer” no dinheiro (inclusive nos TPA) condicionou a mudança de hábitos observada, em particular em Portugal, onde quase seis em cada dez inquiridos manifestou esse receio. Além disso, nove em cada dez exe28 ACT UALIDAD€
MARÇO DE 2021
cutivos concordam que o impacto da pandemia no uso de meios de pagamentos digitais foi positivo, já que acelerou a sua digitalização. Contudo, um quarto dos inquiridos refere ainda existir alguma dificuldade de acesso a estes meios de pagamento e cobrança digitais, em parti- 2019, para 34,5% em 2020, para compras de baixo valor, quando antes precular na América Latina. dominava o pagamento em numerário. O mesmo estudo adianta que “a criCartão é o principal meio de pagamento, mas registam-se alterações se económica associada à pandemia Neste contexto de transição, o car- produziu um declínio generalizado tão bancário continua a ser o principal no número de cartões de crédito em meio de pagamento para compras em quase todos os países analisados. No todos os países, enquanto continuam entanto, Portugal foge à regra, ao rea crescer os pagamentos móveis, as gistar um aumento de 1,7 p.p., para carteiras digitais e os pagamentos a 63%”. “Portugal está na vanguarda da utipartir da conta. Portugal registou uma considerável subida na preferência lização de múltiplos meios de pagapelo pagamento com cartão (58,8% mento. Os portugueses registaram a em 2020, contra 47,7% em 2019) face maior subida no número médio de diferentes meios de pagamento utilia outros meios. Além disso, os novos hábitos de con- zados no mês anterior à realização do sumo adotados fizeram com que o uso inquérito: de 2,8 em 2019 para 3,3 em de cartões contactless na maioria dos 2020. Portugal é também o país que países fosse maior do que o uso atra- mais pagamentos faz a partir da conta vés da inserção no terminal. Desta bancária (84,3%)”, avança o mesmo forma, 56% dos portugueses utiliza documento. No que se refere a cartões, a modalicartões sem contacto para efetuar os pagamentos nos terminais de ponto dade de débito continua a ser a protade venda (POS). Paralelamente, os gonista, em termos de utilização por portugueses também aumentaram o parte da população, na maioria dos volume de pagamentos com cartão de países. Em Portugal, 32,4% da popucrédito em quase 14 pontos percen- lação bancária possuiu dois ou mais tuais (p.p.), passando de 20,7% em cartões de débito.