Actualidade Economia Ibérica - nº 285

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Economia ibérica março 2021 ( mensal ) | N.º 285 | 2,5 € (cont.)

Fatores macro

que marcarão a recuperação em Portugal e em Espanha PÁG. 32

Programa Apoiar: uma alternativa sólida de financiamento no contexto pandémico? pág. 04

A investigação do LNEG para tornar Portugal mais eficiente e sustentável pág. 14


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Índice

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DR

Nº 285 - março de 2021

Actualidad

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo

Grande Tema 32.

Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro

Fatores macroeconómicos que marcarão a recuperação em Portugal e em Espanha

Colaboraram neste número Eduardo Serra Jorge, Márcia Farias, Nuno Almeida Ramos e Patrícia de Jesus Monteiro Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org

Opinião 40.

42.

Alterações ao regime excecional de mora no pagamento das rendas - Eduardo Serra Jorge Recursos alternativos à insolvência - Patrícia de Jesus Monteiro

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong

Atualidade 20.

Baukonzept quer expandir na Península Ibérica a implementação de soluções de construção inovadoras

22.

Auara demuestra la viabilidad de su modelo empresarial con impacto social

E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Entrevista 20. Atualidade 24. Marketing 28. Ciência e Tecnologia 40. Advocacia e Fiscalidade 44. Setor Imobiliário 46. Fazer Bem 52. Vinhos & Gourmet 56. Setor Automóvel 58. Intercâmbio Comercial 60. Oportunidades de Negócio 62. Calendário Fiscal 63. Bolsa de Trabalho 64. Espaço de Lazer 66. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

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Por Márcia Farias*

Programa Apoiar: uma alternativa

sólida de financiamento no contexto pandémico?

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o contexto da vivida situação pandémica e da consequente declaração do estado de emergência em Portugal desde novembro passado, o Executivo criou o Sistema de Incentivos à Liquidez, designado por Programa Apoiar, aplicável em território nacional continental. Este instrumento de apoio à tesouraria das empresas foi criado para mitigar os impactos negativos causados pela pandemia, nomeadamente nos setores mais afetados, sendo estes, sobretudo, os dependentes do mercado interno e do turismo, a Restauração e a cultura. Dado que o tecido empresarial português é composto, em grande parte, por micro e pequenas empresas, estas foram, por conseguinte, as primitivas destinatárias deste Programa, por forma a assegurar e a preservar a respetiva liquidez no mercado e a continuidade da atividade económica durante e após o surto pandémico. Com efeito, financiada exclusivamente com fundos europeus ao abrigo da iniciativa Coronavirus Response Investment Initiative, a primeira fase do Programa Apoiar, que compreendeu as medidas “Apoiar.PT” e “Apoiar Restauração”, afigurava ser um importante recurso de financiamento dos fundos de maneio para as empresas, sob a forma de subvenção não reembolsável e com a taxa de financiamento de 20% do montante da diminuição

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da faturação da empresa (na “Apoiar. PT” com o limite máximo de 7.500 euros para as microempresas e de 40 mil euros para as pequenas empresas). Todavia, estas medidas não abrangeram desde logo todo o universo das empresas efetivamente afetadas pela pandemia e em necessidade de apoios financeiros para promover a liquidez, a eficiência operacional (em virtude das necessidades de proteção dos trabalhadores e implementação de medidas de segurança e higiene), a manutenção de emprego e a saúde financeira de curto prazo, o que urgiu corrigir. É, pois, deste modo que, em janeiro de 2021 – e, desta feita, através da aplicação de recursos nacionais como fontes de financiamento (através do Compete 2020) –, que foi alargado o Programa Apoiar que se estrutura agora não só nas medidas “Apoiar.PT” e “Apoiar Restauração”, como também nas medidas “Apoiar + Simples” e “Apoiar Rendas”. Atentemos nas principais alterações ao Programa Apoiar. Em primeiro lugar, cumpre salientar que as alterações introduzidas ao Programa Apoiar se revestem de significativa importância, porquanto o universo de beneficiários do “Apoiar.PT” e “Apoiar Restauração” foi alargado para contemplar, além das microempresas e pequenas e médias empresas, as empresas com mais de 250 trabalhadores cujo volume anual de faturação não exceda os 50 milhões de euros, as quais são

responsáveis por milhares de postos de trabalho a preservar. Além do mais, foram flexibilizados os critérios de elegibilidade dos beneficiários e condições de acesso ao “Apoiar. PT” no que respeita aos capitais próprios e à diminuição de faturação, a qual apenas contemplava as perdas de faturação registadas nos três primeiros trimestres e passou agora a abranger todo o ano de 2020. Tão mais importante foi a introdução da possibilidade de uma empresa com dívidas à Autoridade Tributária (AT) e à Segurança Social apresentar a respetiva candidatura, desde que proceda à respetiva regularização até à confirmação do termo de aceitação. Quanto à taxa de financiamento continua a ser de 20% do montante da diminuição da faturação da empresa, com o limite máximo de €10.000,00 para as microempresas, de €55.000,00 euros para as pequenas empresas e de €135.000,00 para as médias empresas e para as empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica que, não sendo PME, empregam 250 pessoas ou mais e cujo volume anual de faturação não excede os 50 milhões de euros. No caso das micro e pequenas empresas cuja atividade principal se encontra encerrada por determinação legal ou administrativa, o limite máximo referido é alargado para €55.000,00, no caso das microempresas, e para €135.000,00, no caso das


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pequenas empresas. Igualmente ajustado foi o “Apoiar Restauração” ao atual cenário de confinamento obrigatório na sequência do reforço das restrições determinadas à suspensão ou encerramento de determinados tipos de atividades, instalações e estabelecimentos, visto que foi criado num âmbito totalmente distinto de restrições horárias de funcionamento. Não obstante as alterações que foram realizadas às medidas “Apoiar.PT” e “Apoiar Restauração” certo é que estas estão, de momento, suspensas para novas candidaturas desde o passado dia 5 de fevereiro, em virtude de ter sido atingido o limite orçamental previsto para o efeito. Ora, nesta conformidade, muitas empresas não tiveram a possibilidade de submeter as suas candidaturas tendo perdido a oportunidade de solicitar os referidos apoios. Neste sentido, consideramos necessário que o Executivo revisite esta matéria e, bem assim, reforce o limite orçamental concedido para estes apoios considerando a sua importância para as empresas

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que tentam sobreviver em plena crise provocada pela pandemia. Caso venha a verificar-se, tal seguiria apenas a tendência de reativação de medidas anteriormente adoptadas pelo próprio Executivo, à semelhança do que temos vindo a assistir ultimamente. No que às novas medidas diz respeito, o “Apoiar Rendas”, como evidencia a própria designação, foi criado no âmbito do arrendamento para fins

não habitacionais, a par das restantes medidas já lançadas (diferimentos no pagamento das Rendas vencidas em determinados períodos, criação de linhas de crédito, suspensão da eficácia de determinados efeitos associados ao regime dos contratos de arrendamento, como a execução de garantias, a cessação do contrato, entre outras). Além dos demais critérios de elegibilidade e condições de acesso, salientamos PUB

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opinião opinión que é beneficiário elegível do “Apoiar Rendas” o arrendatário num contrato de arrendamento para fins não habitacionais, registado no Portal das Finanças, com início em data anterior a 13 de março de 2020 e relativamente ao qual, à data da candidatura, não exista ou seja ineficaz qualquer causa de cessação do contrato. O beneficiário deve ainda, entre outros requisitos, declarar uma diminuição da faturação comunicada à Autoridade Tributária no sistema e-Fatura de, pelo menos, 25% em 2020, face ao ano anterior, ou, no caso de empresas que iniciaram atividade no ano de 2019, declarar uma diminuição da faturação média mensal comunicada à Autoridade Tributária no sistema e-Fatura de, pelo menos, 25% em 2020, face à média mensal do período de atividade decorrido até 29 de fevereiro de 2020, considerando apenas os meses civis completos. A taxa de financiamento a atribuir neste âmbito é de 30% ou 50% do valor da renda mensal de referência (a dezembro de 2020) até ao limite máximo de €1.200,00 ou €2.000,00 mensais e por estabelecimento, durante seis meses, consoante a diminuição de faturação (comunicada à AT através do sistema e-Fatura) seja entre 25% a 40% ou superior a 40%, respetivamente. Já o “Apoiar + Simples” visa Apoiar os empresários em nome individual sem contabilidade organizada com trabalhadores a cargo, atenta a importância que estes representam em termos económicos e sociais, em particular nos setores já mencionados, sendo a taxa de financiamento também de 20% do montante da diminuição da faturação com o limite máximo de quatro mil euros por empresa. Adicionalmente, cumpre referir que tanto no “Apoiar.PT” como no “Apoiar + Simples” foi criado um apoio extraordinário à manutenção da atividade em 2021, equivalente ao incentivo apurado correspondente ao 4.º trimestre de 2020, que visa compensar antecipadamente as empresas 6 ACT UALIDAD€

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pelas eventuais perdas de faturação que poderão vir a registar, na sequência do atual confinamento, que se destina, pois, a garantir um reforço de tesouraria para fazer face aos compromissos de curto prazo. Este reforço de liquidez é ainda acompanhado por uma antecipação da segunda tranche do pagamento do apoio referente aos três primeiros trimestres de 2020, inicialmente prevista para ocorrer 60 dias úteis após o primeiro pagamento, e que poderá ser solicitada de imediato. Não obstante extravasar o Programa Apoiar, consideramos importante fazer uma pequena referência à criação do programa Garantir cultura vocacionado para mitigar os impactos da crise pandémica no setor cultural, sob a forma de fundo perdido, no valor de 42 milhões de euros, destinado a: (i) pessoas singulares e entidades de todos os setores artísticos, para programação cultural; (ii) entidades que explorem salas de espetáculos ao vivo e de cinema independente; e (iii) produtores, promotores e agentes de espetáculos artísticos, com o compromisso de programação. Pelo exposto, e numa tentativa de resposta à questão que nos propusemos responder no presente artigo, é nosso entender que as empresas nacionais terão com estes instrumentos de apoio uma alternativa que será tão sólida quanto, por um lado, a efetiva diminuição de faturação por estas registada, como, por outro lado, a conjugação das candidaturas a estas medidas com os demais mecanismos criados para o efeito da mitigação do impacto negativo da pandemia por parte do tecido empresarial. Significa isto que, em determinados casos, o Programa Apoiar poderá revelar-se insuficiente para fazer efetivamente face às dificuldades financeiras resultantes da aplicação das medidas restritivas de prevenção e combate à pandemia. De facto, a primeira fase do Programa Apoiar acabou por se mostrar desajustada, uma vez que determinava a exclusão de várias empresas

que revelaram também dificuldades resultantes da pandemia e das medidas restritivas em vigor. As novas alterações ao Programa Apoiar pretenderam, pois, corrigir esta situação, através do alargamento do mesmo a mais empresas potencialmente beneficiárias. Não obstante, é certo que, ainda assim, muitas empresas ficarão excluídas do âmbito destas medidas, quer por não cumprirem os requisitos necessários para apresentar as respetivas candidaturas ou quer pelo facto de, preenchendo todos os critérios, não as apresentarem até que seja alcançado o limite para o orçamento disponível para este incentivo, ficando, assim, excluídas. Por outro lado, de salientar que as empresas que se candidatem a estes apoios, durante a concessão dos mesmos, ficam impedidas de distribuir lucros e dividendos, sob qualquer forma (nomeadamente a título de levantamento por conta), de fazer cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo, de despedimento por extinção do posto de trabalho, ou de despedimento por inadaptação, nem iniciar os respetivos procedimentos, e, naturalmente, de cessar a atividade. Nesta conformidade, estes apoios trazem obrigações sérias para as empresas, que devem ser bem ponderadas antes de ser submetida qualquer candidatura. Por fim, cumpre referir que o Programa Apoiar, apesar das suas limitações em termos de orçamento, afigura ser ajustável ao contexto vivido, permitindo ao Governo o acompanhamento e adaptação do mesmo à realidade do tecido empresarial Português, em virtude da evolução da situação pandémica. Naturalmente, os próximos anos determinarão, a médio e longo prazo, as consequências económicas e financeiras desta difícil fase para as empresas e para as pessoas, no geral.  *Advogada da Teresa Patrício & Associados-Sociedade de Advogados E-mail: mf@tpalaw.pt


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Renovação da Linha de Seguro de Créditos de Curto Prazo com Garantia do Estado para Exportações fora da OCDE A Linha de Seguro de Créditos à Exportação de Curto Prazo para países fora da OCDE, que é gerida pela COSEC no âmbito do sistema de seguros com garantia do Estado (SCGE), foi renovada, em janeiro, por despacho do Ministério da Economia e Transição Digital e do Ministério das Finanças, e abrange agora transações a partir de 10 mil euros. Agora, a linha conta com uma dotação global de 300 milhões de euros para disponibilizar às empresas portuguesas que queiram exportar para estes destinos. Através desta linha, podem ser cobertas operações de exportação de bens e serviços para mercados fora da OCDE, desde que as mesmas apresentem incorporação nacional relevante, e que o prazo de pagamento dessas vendas seja até dois anos. Entre as novas condições de cobertura, destacam-se: a redução do montante mínimo das candidaturas, que passa de 20 mil euros para 10 mil euros, podendo, assim, serem abrangidas transações de valor mais reduzido;

o montante máximo de cobertura passa de 98 para 90%, cabendo aos exportadores suportar o diferencial não coberto. A Linha de Seguro de Créditos à Exportação de Curto Prazo com garantia do Estado garantiu, desde o seu lançamento, em 2009, mais de dois mil milhões de euros, potenciando exportações de 7,8 mil milhões de euros, e já foi procurada por cerca de duas mil empresas que vendem para mercados fora da OCDE. Só no último ano, o número de mercados de destino das exportações cobertas ao abrigo desta linha foi de 95, aumentando 14% face a 2019. “A renovação desta linha é fundamental, na medida em que permite apoiar as empresas nas suas vendas internacionais para mercados de maior risco e, sobretudo, pela capacidade que confere aos exportadores em diversificar mercados”, afirma Maria Celeste Hagatong, presidente do conselho de administração da COSEC. “No âmbito dos seguros de créditos com garantia do Estado, a

COSEC fez um investimento determinante ao nível da digitalização, que permitiu que esta solução se mantivesse totalmente operacional mesmo durante o período de confinamento que teve início no segundo trimestre de 2020, e durante o qual a COSEC esteve em teletrabalho. Só no primeiro semestre de 2020, a procura nesta linha aumentou 34% face ao mesmo período de 2019, o que não impediu a redução do nosso prazo médio de decisão. Em 2021, continuaremos a apoiar as empresas portuguesas através desta Linha, com melhorias permanentes ao serviço que prestamos”. Atualmente, todo o processo desta linha de seguro de créditos é realizado online, desde a apresentação das candidaturas, na plataforma SCGEnet, à avaliação e decisão no âmbito da autonomia de decisão da COSEC|SCGE, e à própria contratação dos seguros, com emissão e disponibilização dos documentos contratuais aos segurados na mesma plataforma.

Iberdrola vence adjudicação de postos de carregamento em Montalegre, Beja, Bragança e Castelo Branco A Iberdrola venceu a adjudicarregamento ultra-rápidos ta este momento para capacitar o país cação de três postos de carde 150 kW, dos primeiros a das estruturas e recursos necessários regamento duplos de 22 kW serem instalados no nosso à transição energética no período pósem Montalegre e de três pospaís. Os postos de carrega- -pandemia”. Pedro Torres, responsável tos de carregamento ultramento serão propriedade da pela Smart Mobility Iberdrola Portugal, -rápidos de 150 kW em Beja, MOBI.E, mas operados pela considera que “estas adjudicações refleBragança e Castelo Branco. Iberdrola. O fornecimento e tem o empenho da Iberdrola com a mobiAs ligações de ambas adjuinstalação estarão concluí- lidade elétrica no nosso país. Começar dicações estão integradas dos até 31 de outubro de por municípios do interior é para nós na MOBI.E, rede portuguesa 2021. A operação decorrerá importante, pois demonstra que a trande carregamento de veículos até 31 de dezembro de 2031. sição energética deve estar ao alcance elétricos em espaços públicos. São postos de carregamento que são, de todos, servindo todas as populações. Em Montalegre, os postos de carrega- tecnologicamente, os mais avançados Independentemente das circunstâncias”. mento instalados são propriedade do do mercado, e que permitem o carrega- “A Iberdrola é pioneira mundial em tranmunicípio e a Iberdrola será o seu opera- mento integral da bateria (até 80%) de sição energética e uma das líderes em dor durante três anos. um veículo 100% elétrico em cerca de 20 mobilidade elétrica e queremos que esta Em Beja, Bragança e Castelo Branco minutos, dependendo do veículo. nossa experiência esteja também ao sera operação consiste no fornecimento, “A Iberdrola acredita na recuperação viço dos portugueses”, adianta o mesmo instalação e operação de três postos de económica verde, por isso, aprovei- responsável.

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MAPFRE é a primeira seguradora em Portugal a garantir certificação de garantia de prestação de serviços em situação de crise A MAPFRE é a primeira seguradora em Portugal a obter o certificado em Gestão da Continuidade do Negócio pela AENOR – ISO 22301, garantindo que a companhia é capaz de assegurar a prestação de serviços perante qualquer contingência ou crise. “Estamos muitos satisfeitos por obter este reconhecimento, especialmente num contexto difícil como o que estamos a viver, pois foi graças ao esforço e dedicação de toda a equipa que vimos esta garantia ser atribuída. Este é também um importante marco para a MAPFRE, já que representa o aumento da nossa capacidade de resistência e resiliência face a um possível incidente ou situação de crise”, frisou Luis Anula, CEO da MAPFRE em Portugal (na foto). A norma internacional ISO 22301, atribuída pela AENOR (Associação Espanhola de Normalização e Certificação) assegura que a MAPFRE

é capaz de dar uma resposta eficaz, salvaguardando os interesses de todos os clientes, colaboradores e parceiros, bem como a reputação, a marca, os processos e as atividades críticas. A AENOR (Associação Espanhola de Normalização e Certificação) é uma entidade privada sem fins lucrativos cuja atividade contribui para a melhoria da qualidade e competitividade das empresas, dos seus produtos e serviços. Em Portugal desde 1986, a MAPFRE Seguros possui uma rede de mais de 100 lojas em todo o país. A nível internacional, a MAPFRE é a maior multinacional de seguros de origem espanhola do mundo e o terceiro maior grupo segurador na América Latina e líder em Não Vida na região. Com 26 milhões de clientes, obteve em 2019 cerca de 28 mil milhões de euros de receitas, com um lucro de 609 milhões.

BPI registou lucros consolidados de 104,8 milhões de euros em 2020 O Banco BPI registou um lucro líquido de 104,8 milhões de euros em 2020, o que corresponde a uma quebra de 68% face ao resultado obtido no ano anterior, devido à contabilização de imparidades de crédito, nomeadamente relacionadas com a crise. O banco vai distribuir 13 milhões de euros em dividendos, mas só em setembro de 2021, como anunciou o seu presidente executivo, João Pedro Oliveira. “Na atividade em Portugal, o BPI obteve 84,3 milhões de euros em resultado líquido recorrente”, menos 64% do que o resultado de 2019, depois de constituir

151 milhões de euros de imparidades de crédito líquidas, incluindo imparidades não alocadas de 97 milhões, para prevenir potenciais impactos da pandemia, adianta o BPI. O contributo para o lucro consolidado das participações minoritárias que o BPI tem no angolano BFA e no BCI foi de 38,6 milhões de euros. Segundo João Pedro Oliveira, “os proveitos core mostraram resiliência, mantendo-se praticamente inalterados face a 2019 e conseguimos subir a margem financeira, em contraciclo com o mercado”.

Breves Exportações do setor da saúde mais do que duplicaram na última década A saúde tem sido um dos principais motores da economia nacional. Na última década, cresceu 150%, de forma sustentada, o que demonstra a resiliência de um setor que muito tem contribuído para a balança comercial portuguesa. De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), tendo como fonte o INE, as exportações em saúde cresceram, em 2020, 11,1%, em contraciclo com a balança comercial portuguesa, que decresceu 10%. Os valores de crescimento da saúde estão fortemente alicerçados nos produtos farmacêuticos de base, que aumentaram mais de 25%, e em preparações farmacêuticas, que cresceram 11%. Se em 2019 as exportações em saúde ultrapassaram os 1.500 milhões de euros, em 2020 atingiram 1.749 milhões. Valores que espelham um setor em permanente crescimento, mesmo durante a pandemia, adianta o Health Cluster Portugal, associação privada sem fins lucrativos que reúne atualmente mais de 180 associados, incluindo instituições de I&D, universidades, hospitais, empresas farmacêuticas, de biotecnologia, tecnologias médicas e serviços. Estes dados reforçam o peso da saúde na economia nacional e refletem o esforço que tem sido feito pelas diferentes entidades no sentido de consolidar a presença de Portugal nos mercados externos. Em Portugal, a saúde representa um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de nove mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando quase 300 mil pessoas. Grande maioria dos colaboradores satisfeita com teletrabalho A quinta edição do estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano “Índice da Excelência” revela que o teletrabalho agrada à maioria dos colaboradores, mas sem ser em tempo integral. A iniciativa, que contou com a participação de quase centena e meia de organizações, procurou mais uma vez identificar e premiar as empresas em Portugal que mais investem e apostam em boas práticas de recursos humanos. Mais de 70% dos participantes no estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano sente-se satisfeito ou muito satisfeito com as novas formas de trabalho. Apenas 7% refere sentir insatisfação com o trabalho remoto. A satisfação é maior entre os colaboradores das médias empresas, vindo esta insatisfação na maioria de participantes de grandes empresas. A iniciativa revela ainda 25% dos participantes apenas teve a experiência do teletrabalho com o contexto de pandemia, ao passo que mais de metade

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Breves dos participantes já tinha realizado a prática do trabalho remoto antes da pandemia. O estudo desenvolvido pela Neves de Almeida HR Consulting em parceria com a Human Resources Portugal, a “Executive Digest” e o ISCTE Executive Education, abordou nesta edição a questão do impacto para os colaboradores das novas formas de trabalho e das medidas implementadas pelas organizações em reação à situação pandémica. Certif destaca grande procura na área de produtos para exportação Apesar das restrições impostas pela pandemia, em 2020, a Certif conseguiu manter a sua atividade principal, a certificação de produtos e serviços (em conjugação com a Marcação CE), ao nível do ano anterior, graças a uma grande “dinâmica dos clientes atuais, com novos processos, destacando-se o setor elétrico” e a construção civil, num total de 269 produtos certificados e 56 esquemas de certificação. Quanto aos produtos “destinados à exportação, foram emitidos vários certificados CB para equipamentos elétricos, o que reforça o papel da Certif neste domínio”. “Uma grande parte destas certificações envolve produtos para exportação, continuando a Certif a desenvolver, em parceria com organismos estrangeiros, processos que se destinam somente à obtenção de certificações indispensáveis ao acesso a esses mercados”, destaca ainda a associação.

Startup portuguesa quer liderar produção de bioetanol na Europa e conquista distinção da “BfK Awards” A Stex, criada em 2019 depois de quatro anos de investigação científica no Brasil, e que desenvolve tecnologias verdes para a produção de biocombustíveis líquidos, pré-bióticos e proteínas a partir de biomassas residuais ou resíduos em escala industrial, foi distinguida com o “Born from Knowledge Awards”, atribuído pela Agência Nacional de Inovação, no âmbito da “7ª Edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”. Como enquadramento, de destacar que, em 2018, a União Europeia aprovou a RED II, que obrigará o setor dos transportes a incorporar, no mínimo, 3,5% de biocombustíveis que provenham de resíduos até 2030. Tendo em conta que não há produtores deste tipo de biocombustíveis em Portugal e, na Europa, a produção é incipiente, foi criada a Stex, que desenvolveu um processo inovador, que não parte de açúcares ou hidratos de carbono, como fazem outros fabricantes. Estas alternativas, além de não serem as mais sustentáveis, ainda competem com a produção de alimentos, o que aumenta os seus preços. A solução da Stex assenta numa biorrefinaria, que transforma resíduos florestais, agrícolas ou lixo urbano em bioetanol. “Trata-se de um biocombustível avançado, uma vez que é feito a partir de matéria celulósica residual e não compete com a produção de alimentos”, explica a startup portuguesa.

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Santander lança serviço gratuito para transferências em dólares e isenta comerciantes Os clientes do Santander em Portugal vação do grupo na área de “Pagamentos”. já podem efetuar transferências interna- “Com este tipo de funcionalidades, o cionais em dólares de uma forma sim- Santander pretende tornar-se na melhor ples, rápida e sem comissões através plataforma de serviços financeiros do da app One Pay FX. mundo, criando soluções que simplifiO serviço, que já estava disponível para quem a vida financeira dos clientes”, afirtransferências em libras para bancos ma o banco. no Reino Unido, passa, assim, a incluir Por outro lado, o Santander suspendeu a também transferências em dólares para cobrança de comissões nos POS a todos qualquer banco nos EUA. Neste caso, os comerciantes que não faturem em o Santander estabeleceu um protocolo fevereiro, por forma a minorar os efeitos com o Bank of America que, por sua vez, da pandemia covid-19. De acorco com o garante a entrega em qualquer banco dos banco, a medida seria reavaliada no final Estados Unidos. de fevereiro, em função do contexto. O One Pay utiliza o xCurrent (tecnologia Para o segmento horeca, e com o propóbaseada em blockchain), desenvolvido sito de apoiar a atividade do take-away pela norte-americana Ripple, na qual e entregas, o banco mantém também a o fundo de capital de risco Santander isenção total de comissões, que já estaInnoventures investiu em 2015. va em vigor, na aquisição de novos O One Pay insere-se na estratégia de ino- POS até 30 de março de 2021.

Millennium bcp eleito “Best Foreign Exchange Provider” em Portugal O Millennium bcp acaba de ser distingui- do preço e inovação na tecnologia. A do pela revista “Global Finance“ como revista considerou ainda contribuições de “Best Foreign Exchange Provider em analistas da indústria, executivos emprePortugal”, para 2021. O Bank Millennium e sariais e especialistas em tecnologia. o Millennium bim também foram galardoa- Esta é a terceira distinção que o Millennium dos com a mesma distinção, na Polónia e bcp recebe desta revista especializada, em Moçambique, respetivamente, tendo o no espaço de um ano. Em 2020, a Global grupo Millennium bcp alcançado o pleno Finance já tinha distinguido o Millennium nas principais geografias em que opera. bcp como Best Consumer Digital Bank Para Miguel Maya, CEO do Millennium em Portugal e como Best Corporate/ bcp, “esta distinção da Global Finance Institutional Information Security and expressa o reconhecimento externo pela Fraud Management na Europa Ocidental. competência e empenho dos profissio- “A agitação do ano passado no comérnais do grupo em disponibilizar um ser- cio transfronteiriço e nas cadeias de viço excecional aos Clientes, oferecen- entrega destaca a importância de um do-lhes soluções competitivas, fiáveis e bom parceiro cambial”, afirma Joseph adaptáveis”. D. Giarraputo, editor e diretor editorial da A escolha do vencedor da categoria de “Global Finance”. “Neste mundo em rápida “Best Foreign Exchange Provider“ incluiu mudança, os bancos com fortes departacritérios como volume de transações, mentos cambiais podem ajudar a guiar os quota de mercado, âmbito de cobertura seus clientes através de tempos turbulenglobal, serviço ao cliente, competitividade tos”, conclui o editor da “Global Finance”.


Gestores

Repsol fecha 2020 com lucro ajustado de 600 milhões e acelera transição energética A Repsol obteve, no exercício de 2020, um resultado líquido ajustado de 600 milhões de euros. Esta variável mede especificamente o desempenho dos negócios da empresa, que tiveram um resultado positivo num contexto complicado marcado pela crise sanitária global. Este bom comportamento refletiu-se também num fluxo de caixa das operações positivo para todos os negócios e que, para o conjunto do grupo, alcançou os 3.197 milhões de euros. A pandemia da covid-19 gerou uma crise mundial sem precedentes, que para o setor energético teve consequências como a drástica queda dos preços dos hidrocarbonetos e dos seus produtos derivados e uma grande contração na procura. A cotação média do Brent caiu 35%, com mínimos que chegaram aos 15 dólares por barril em abril, enquanto a do gás Henry Hub desceu 19%. Neste contexto extraordinário, a companhia deu prioridade à continuidade da sua atividade, apesar da queda da procura, consciente do caráter essen-

cial que os seus produtos e serviços têm para a sociedade. Assim, desde o início da crise sanitária, a Repsol manteve em funcionamento as suas instalações, garantindo fornecimentos indispensáveis, como a energia ou as matérias-primas necessárias para o fabrico de um grande número de produtos sanitários. A companhia apresentou, a 26 de novembro, o seu novo Plano Estratégico 2021-2025, que marcará a sua transformação nos próximos anos e permitirá acelerar na transição energética de forma rentável e maximizando o valor para os seus acionistas. Graças a este plano, a Repsol avançará no seu objetivo de ser uma empresa com zero emissões líquidas em 2050. Com estas premissas, durante o exercício, a Repsol colocou em marcha várias iniciativas que, além de permitirem que se aproximasse do seu compromisso de ser uma empresa com zero emissões líquidas em 2050, ajudarão à recuperação económica do país.

Insolvências caem, assim como criação de novas empresas Depois da evolução registada nos últimos anos e de um recorde em 2019, as constituições de empresas desceram 24% em 2020. Os setores do alojamento e restauração, transportes e serviços gerais foram os que registaram os maiores recuos na constituição de empresas face a 2019, uma vez que foram também os mais afetados pela pandemia. A análise das constituições por regiões revela que se registou um recuo na esmagadora maioria dos distritos do litoral face a 2019, enquanto todos os distritos do interior registaram aumentos de novas empresas. Em 2020, as constituições no interior representaram 18% do total

do país, um crescimento de três pontos percentuais relativamente a 2019, adianta o “Barómetro Dinâmica Empresarial em 2020” da Informa D&B. Foram encerradas 13.362 empresas em 2020, menos 25,1% do que no ano anterior. O setor dos transportes foi o único com mais encerramentos. Na maioria dos setores, os valores são semelhantes aos de 2019, mas em alguns nota-se já uma subida, como é o caso do alojamento e restauração, com mais 106 casos do que em 2019. As indústrias mantiveram-se como o setor com maior número de novas insolvências em 2020 (586 casos).

em Foco

Vítor Fernandes, que até outubro do ano passsado ocupava o cargo de administrador do Novo Banco, vai ser o chairman do Banco Português de Fomento. Anteriormente, integrou também a administração do BCP, da Caixa Geral de Depósitos, tendo sido ainda presidente executivo da Seguradora Mundial Confiança.

Nuno Henriques é o novo CEO da Santander Asset Management (SAM) em Portugal. O responsável está na gestora de ativos desde 2001 e era, desde 2019, administrador executivo da SAM e do Santander Pensões. Substitui no cargo Joaquim Calça e Pina, que esteve à frente da SAM durante sete anos, mas que, entretanto, se reformou. De 2004 a 2019, Nuno Henriques foi diretor da área de Investimento de Gestão de Carteiras, tendo sob sua responsabilidade a definição e gestão de carteiras de investimento de Clientes Institucionais e de Private Banking. Anteriormente passou pela área de Gestão de Fundos Mobiliários e Fundos de Pensões, onde foi responsável pela gestão de quatro fundos de ações portuguesas e internacionais e pela área de trading. Antes de incorporar a SAM, esteve no Santander de Negócios Portugal, onde entrou em 1998, desempenhando funções no departamento de Tesouraria – Derivados e Produtos Estruturados. Rui Nabeiro lidera o ranking dos líderes com melhor reputação em 2021, elaborado pela consultora Onstrategy. Este foi o resultado do levantamento sobre a “Relevância e Reputação e Relação Emocional e Racional dos líderes empresariais com os cidadãos Portugueses”, que consolida a informação referente aos 12 meses de 2020, no âmbito do estudo anual “RepScore”, cobrindo todo o período pré e de pandemia. Este trabalho é desenvolvido de uma forma contínua ao longo do ano e em conformidade com a certificação das normas ISO 20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO 10668 (avaliação financeira). Numa escala de 100 pontos, e entre um conjunto de mais de uma centena de líderes que foram identificados de forma espontânea e avaliados de forma induzida ao nível de atributos emocionais (admiração, relevância, confiança, preferência, recomendação) e racionais (governo e ética, liderança e visão, resultados financeiros), o estudo destaca em primeiro lugar o líder da Delta, com 74,2 pontos, seguindo-se gestores como Alexandre Fonseca, da Altice, Paulo Macedo, da CGD, ou Miguel Stilwell de Andrade, da EDP, ou Fernando Ulrich, do BPI. A consultora frisa que “estes gestores lideram organizações em indústrias que se destacaram na sua exposição, atuação e relevância durante o ano de 2020, num cenário crítico de pandemia”.

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Breves EDP instalará paneles solares en 300 restaurantes de Burger King en España EDP ha alcanzado un acuerdo con Burger King España para impulsar el autoconsumo de energía renovable en los locales de la firma de restauración con la instalación de paneles fotovoltaicos en cerca de 300 restaurantes en España, informaron las compañías. Este plan de autoconsumo energético se implantará durante este año en los cerca de 300 restaurantes modelo ‘free standing’ (de construcción independiente) de la cadena que explota en España y Portugal la firma Restaurant Brands Iberia. Además, los restaurantes ‘free standing’ de nueva construcción incorporarán el autoconsumo solar. En total, el plan supone la instalación de más de 12.000 módulos fotovoltaicos que ocuparán una superficie de 25.000 metros cuadrados, equivalentes a casi cuatro campos de fútbol. Las instalaciones de autoconsumo de la cadena de restauración alcanzarán una potencia total instalada de más de 5 megavatios (MW), que permitirán generar la energía equivalente al consumo eléctrico medio de más de 2.000 hogares. Lidl invertirá 85 millones en levantar un nuevo almacén logístico en Madrid La cadena de supermercados invertirá 85 millones de euros en levantar un nuevo almacén logístico en la Comunidad de Madrid, después de adquirir un terreno de 150.000 metros cuadrados en Parla. De esta manera sumará tres almacenes en la región, ya que la futura instalación se sumará a los que ya tiene en Alcalá de Henares y Pinto, que entre ambos suman una superficie de más de 90.000 metros cuadrados. El primero cuenta con 45.000 metros cuadrados y fue inaugurado en 2016, para dos años después ampliarlo hasta los 61.000 metros cuadrados actuales. Este almacén conllevó una inversión de 92 millones de euros y presta servicio a las tiendas de Lidl en Madrid y en otras zonas del centro del país, siendo, según la empresa, “uno de los centros logísticos más grandes, tecnológicamente avanzados y sostenibles del grupo en el mundo”. Sobre el nuevo almacén en Parla, la empresa dice que “la operación se enmarca en la decidida apuesta de la cadena de supermercados por seguir creciendo de forma sostenida en España”. Naturgy presenta al Gobierno un plan para instalar 120 hidrogeneras Naturgy ha presentado al Gobierno español un megaplan para la construcción de una red nacional de repostaje de hidrógeno, en el entorno urbano e interurbano, mediante la instalación de hasta un total de 120 hidrogeneras, impulsando así la movilidad sostenible en la Península Ibérica. La energética ha trasladado la propuesta a los ministerios para la Transición Ecológica

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Endesa construirá en Madrid la mayor electrolinera de España Endesa X y Eysa ha sellado un acuerdo por el cual construirán y operarán un parking público completamente automatizado que contará con la mayor electrolinera con carga ultrarrápida de España. El aparcamiento cuenta con más de 160 plazas disponibles. Se encuentra en un punto neurálgico de la capital, cerca de tres vías principales como son la carretera de circunvalación M40, la A-5 y la M-511, y junto a la estación de metro ligero Ciudad de la Imagen. Este nuevo aparcamiento está llamado a ser el espacio de referencia de recarga de vehículos eléctricos de mayor infraestructura en España con más de 225 metros cuadrados de extensión. En el hub se desplegarán ade-

más diferentes tecnologías punteras de recarga para adecuarse a las necesidades de los usuarios. Este proyecto nace por la apuesta de la Comunidad de Madrid y su Consejería de Medio Ambiente, Ordenación del Territorio y Sostenibilidad por la movilidad eléctrica, potenciando así las nuevas tecnologías y sistemas de TIC que permiten el uso inteligente de medios para los desplazamientos.

Junta y agentes sociales firman la Estrategia Logística de Extremadura Guillermo Fernández Vara, presidente de la Junta de Extremadura, ha suscrito el pasado día 19 de febrero, en Mérida, con las secretarias generales de UGT, Patrocinio Sánchez, y CC.OO., Encarna Chacón, y con el secretario general de la CREEX, Francisco Javier Peinado, una Estrategia Logística para Extremadura, un pacto cargado de simbolismo, según ha señalado el presidente, por ser capaces de tomar decisiones de futuro “conscientes de que vivimos en un tiempo en el que debemos pensar en el pasado, en el hoy y en el mañana”. Los objetivos de esta Estrategia son la conformación de áreas logísticas, dotar de infraestructuras logísticas a las empresas para mejorar su competitividad, centros de transportes y corredores, que se irán desarrollando en los próximos años con un concepto de intermodalidad que incluye varios tipos de transportes. Precisamente en este concepto de intermodalidad se ha referido el presidente de la Junta a la apuesta por un tren de alta velocidad para viajeros y mercancías, decisión que no fue una casualidad,

sino muy meditada, según ha asegurado, porque “se pretende no solo que los ciudadanos lleguen más pronto a los sitios, se trata de acercar nuestros productos a Europa y al resto del mundo, a los puertos nacionales e internacionales”. Contempla igualmente esta Estrategia Logística la cooperación público-privada y la cooperación entre operadores e incentivar la I+D+I en este sector. El presidente de la Junta ha hablado también de que la Estrategia prevé poner a disposición de las empresas 400 hectáreas de suelo, además de una inversión de 700 millones de euros, que podrá generar unos 12.000 puestos trabajo, una repercusión en el PIB regional del 3.3 y una emisión de Co2 de 160.000 toneladas anuales. Adelanta que “ estamos sembrando para los nuevos empleos, buscamos otros con más futuro, más especializado, con salarios más adecuados, que generen economía y otros empleos, nuevos escenarios, nuevos productos, nuevos territorios en los que vender, formar parte del entramado logístico mundial y confluir en las mejores condiciones”.


Cepsa invierte 400 millones en la mejora de su eficiencia energética

Cepsa ha invertido más de 400 millones en sus centros industriales de España a lo largo de 2020, de los que la mayor parte han ido destinados a proyectos de eficiencia energética. Las principales inversiones han recaído en las plantas químicas y de refino de San

Roque (Cádiz) y Palos de la Frontera (Huelva). En el caso de la Refinería Gibraltar-San Roque, se han destinado a las paradas realizadas a lo largo del año para mantenimiento y mejoras operativas, correspondiendo el 70% de la inversión a proyectos de eficiencia energética de las unidades. Por su parte, en la Planta Química Puente Mayorga (Cádiz) Cepsa implantó una tecnología desarrollada por la propia compañía junto a UOP para eliminar el ácido fluorhídrico en la fabricación de LAB, la materia prima de los biodetergentes.

CaixaBank lanza una división para impulsar su negocio con el sector de la hostelería CaixaBank reafirma su apuesta por el sector de la restauración, uno de los más castigados por el Covid. Así, ha lanzado CaixaBank Food&Drinks, una nueva división de negocio creada para impulsar el mercado hostelero a través de un modelo de proximidad con bares, restaurantes y cafeterías, que se articulará a través de un servicio especializado y omnicanal. El objetivo es apoyar al mercado hostelero y ofrecer a los negocios de esta actividad una atención personalizada con productos y servicios que

se adapten a sus necesidades específicas, tanto financieras como de gestión, e incluso con servicios no financieros que aporten valor añadido a sus negocios en ámbitos como la formación y el asesoramiento. CaixaBank cuenta con más de 80.000 clientes del sector de la hostelería. Actualmente, uno de cada cuatro establecimientos hosteleros son clientes de CaixaBank y la entidad financiera es líder según la facturación anual del sector a través del pago con tarjeta, con un 25,5% de cuota, según datos del propio banco.

Iberdrola impulsará la eólica marina flotante en España Iberdrola proyecta el que será el mayor parque eólico marino flotante de España, al que destinaría más de 1.000 millones de euros de inversión para la puesta en marcha de 300 MW de energía limpia en la costa española. Este proyecto innovador y pionero sería punta de lanza para el desarrollo de hasta 2.000 MW eólicos marinos flotantes que la compañía ha identificado y que podrían levantarse en la costa gallega, la andaluza o en las Islas Canarias.

La instalación renovable se convertiría en polo de industrialización y empleo en el país: el estudio, diseño e ingeniería podría iniciarse este año y hasta su entrada en operación, prevista en 2026, generaría más de 2.800 empleos anuales y requeriría la participación de 66 empresas y centros tecnológicos españoles, incluyendo 52 pymes. A corto plazo, en el escenario 2021-2022 y antes el arranque de la fase de construcción, la iniciativa podría generar entre 1.000 y 2.000 empleos.

Breves y el Reto Demográfico; de Industria, Comercio y Turismo y de Ciencia e Innovación. El proyecto cuenta con una primera fase que pasa por la instalación de unas 38 hidrogeneras, según ha informado la compañía. Según ha detallado la empresa que preside Francisco Reynés, la iniciativa plantea en esta primera etapa dos modelos de hidrogeneras: 20 de ellas con producción de hidrógeno “in situ” en la instalación por medio de un electrolizador o una planta externa; y 18 sin producción “in situ”. En todas ellas, el hidrógeno se suministrará a los vehículos por medio de un surtidor adaptado a las necesidades de estos. Generali y Banca March firman un acuerdo de bancaseguros para los próximos 10 años Banca March y Generali han firmado un acuerdo para la distribución de seguros entre todos los clientes del grupo bancario por un periodo de 10 años. La alianza engloba la distribución de seguros de automóviles, hogar, decesos, accidentes, comercio, pymes, D&O (directors & officers), embarcaciones de recreo, responsabilidad civil y vida riesgo. De este modo, Banca March podrá reforzar la digitalización de su oferta aseguradora, gracias a la combinación del ‘know-how’ de Generali, con la capacidad comercial de los gestores y las bases tecnológicas del banco. Los clientes de la entidad financiera podrán acceder en exclusiva a los seguros del ramo de No Vida, tanto a través de los canales digitales del banco, como de las 146 oficinas de la entidad. Concretamente, la fórmula adoptada en el caso de los seguros de Vida Riesgo y Accidentes es el coaseguro al 50% a través de la filial March Vida del grupo bancario. Andbank España experimenta en 2020 el mayor crecimiento de su historia Andbank España, entidad especializada en banca privada, cerró 2020 con un volumen de negocio de 13.065 millones de euros. Esta cifra supone un incremento del 23% con respecto al año anterior, el mayor crecimiento del banco desde que empezó a operar en España en el año 2012. La positiva evolución de la entidad viene dada principalmente por el aumento de clientes en Andbank España, la incorporación de banqueros y “la rentabilidad de las inversiones gestionadas”, explica el banco. En este sentido, destaca que las carteras de los clientes de la entidad obtuvieron una revalorización media del 7,4%. En 2020, Andbank España ha llevado a cabo varias operaciones de consolidación en banca privada. Adquirió el negocio de Esfera Gestión en el mes de marzo y de la firma especializada en banca privada Bank Degroof Petercam Spain en el mes de junio.

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A investigação do LNEG para tornar Portugal mais eficiente e sustentável

A produção de hidrogénio verde, a integração de energias renováveis em edifícios urbanos, o mapeamento e a exploração dos recursos geológicos estão entre as prioridades do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. Teresa Ponce de Leão, presidente deste laboratório público, destaca alguns dos contributos mais relevantes do organismo, que opera com financiamento do Estado e da União Europeia. O desafio da transição energética e a exploração sustentável e eficiente dos recursos energéticos e geológicos do país são os seus principais desígnios.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

uais são os projetos mais relevantes do LNEG?

Somos uma instituição de investigação e desenvolvimento que concentra a sua atividade no conhecimento e no bom uso dos recursos naturais do nosso país, nomeadamente nas energias renováveis, da eficiência energética e dos recursos geológicos. Como nos posicionamos estra-

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tegicamente em contribuir para a agenda 2030 com projetos alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável identificamo-nos como contribuindo para “Construir um futuro mais limpo e melhor”, sendo este o nosso lema. Identificando alguns projetos que alinham com este posicionamento, podendo ser desenvolvidos com financiamento nacional ou euro-

peu ou ainda através de contratos com empresas, a título exemplificativo das duas formas de financiamento, destaco: O “Mapping the H2 potential for H2 projects in Portugal”, que nos permitirá aumentar o conhecimento relativamente aos recursos naturais disponíveis para a produção do hidrogénio verde em particular o acesso a fontes de água, à disponibilidade


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Teresa Ponce de Leão Presidente do LNEG

de recursos renováveis para a sua produção, ao acesso às infraestruturas e ao acesso às diferentes formas de armazenamento devidamente enquadrado pelas restrições associadas ao terreno e ao ambiente; O “Study regarding decision support for H2 projects deployment in Portugal”, contrato já finalizado, estudou diferentes formas de uso de diferentes tipos de água, desde a água do mar às águas residuais; O projeto “Babet-Real5 – New technology and strategy for a large and sustainable deployment of second generation biofuel in rural areas” (Programa Horizon 2020). Este projeto, finalizado em 2020, estudou a cadeia de valor que permite produzir biocombustíveis de segunda geração, isto é, que cumprem com as obrigações impostas na certificação de sustentabilidade desta fonte de energia; Na área de ener-

gia no ambiente construído, por exemplo o projeto IDEAS “Novel building Integration Designs for increased Efficiencies in Advanced climatically tunable renewable energy Systems”, que estuda como integrar sistemas de energia renováveis a custos reduzidos no edificado urbano, para habitação, edifícios público e comerciais; O projeto Improvement-“Integration of combined cooling, heating and power microgrids in zero-energy public buildings under high power quality and continuity of service requirements”, no âmbito do Programa Interrreg Sudoe, tem como objetivo renovar/converter edifícios públicos, existentes, em edifícios com necessidades de energia quase nulas, integrando micro-redes de energia renovável com geração combinada de calor, frio e eletricidade e sistemas de armazenamento.

E no domínio da geologia?

O LNEG é ainda através das suas competências geológicas, o Serviço Geológico Português sendo membro titular dos Serviços Geológicos Europeus, EuroGeoSurveys. As principais áreas de investigação nesta área são a Geo-informação, a Geologia e Perigosidade geológica, os Recursos geológicos e a Tecnologia mineral. O LNEG desenvolveu ainda um potente GeoPortal, onde disponibiliza ao utilizador toda a sua informação georreferenciada, seja de geologia seja de energia. A atividade neste campo consiste no desenvolvimento do conhecimento geológico do país e a sua transposição para mapas geológicos, produzindo cartografia geológica básica e temática, apoiada por levantamentos de campo sistemáticos a várias escalas de detalhe e por métodos Ma m Ar Rç Ço O d De E 2021

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indiretos de trabalho, atualmente disponíveis. Cobre um amplo espectro: geologia aplicada, hidrogeologia, geologia costeira, riscos geológicos, geotermia, armazenamento geológico, recursos minerais e património geológico. A investigação aplicada de depósitos minerais para inventário, caracterização, processamento e valorização do potencial de recursos minerais para a economia é outro pilar do plano de investigação. Relativamente às Matérias-Primas Críticas (MPC), importa referir que depende de vários fatores geológicos, políticos e técnicos. A procura de novas fontes de matérias-primas está condicionada pelas tecnologias emergentes e fatores económicos. As matérias-primas são consideradas “críticas” quando o seu risco de fornecimento e impacto económico é considerado elevado relativamente a outras matérias-primas. Destaco o mapa de “Depósitos de Matérias-Primas Críticas em Portugal Continental” que constitui uma compilação de ocorrências e 16 ACT UALIDAD€

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depósitos conhecidos que contêm alguma das MPC de acordo, com a última lista publicada em setembro de 2020. O LNEG contribui assim para um incremento do conhecimento das MPC em território nacional. Também o projeto FRAME “Forecasting and Assessing Europe’s Strategic and Raw Materials Needs” com financiamento Horizon 2020, cujo objetivo é estudar as matérias-primas críticas e estratégicas na Europa. Também de destacar o projeto EXPLOR A/ALENTEJO2020 – concluído recentemente e que teve apoio dos programas Alentejo2020, Portugal2020 e FEDER. Este projeto concretizou a transferência de conhecimento para empresas e universidades, no quadro da Estratégia de Especialização Inteligente da Região do Alentejo. Serão editados quatro mapas de depósitos minerais, escala 1:200 000, correspondentes à zona Sul de Portugal. Além de projetos, em geral com financiamento Europeu ou através de Fundos Estruturais, o LNEG

desenvolve estudos, relatórios e pareceres em várias áreas, onde destaco vários exemplos: Na área dos Materiais para a Energia, através de estudos de corrosão para as empresas tendo desenvolvido um Atlas Nacional para a corrosão; Nas políticas públicas, no apoio à definição de estratégias nacionais, como o plano nacional da eólica, o plano solar para o Sul de Portugal ou mais recentemente na Estratégia Nacional para o Hidrogénio; Na revisão e transposição da diretiva europeia para as renováveis RED II, em particular na legislação para os gases renováveis; No ordenamento do território através da aplicação do conhecimento dos recursos e riscos geológicos para a avaliação de projetos de índole diversa. Que impacto têm ou poderão ter para a indústria nacional os projetos que o LNEG está a desenvolver?

O LNEG em geral não produz produtos, mas antes, apoia com o seu conhecimento, o desenvolvimento de processos. Os nossos parcei-


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ros são nacionais e internacionais. Como referido acima e ligando aos projetos referidos temos empresas na área do hidrogénio verde e as empresas mineiras. Quem são os principais parceiros do LNEG? Com que universidades trabalham?

Para o LNEG, o sucesso não está mais no segredo, mas na capacidade de ter boas colaborações, daí ter sido a nossa aposta integrarmos e sermos reconhecidos pelas mais importantes redes europeias e mesmo internacionais. Entre outras participações, o LNEG é membro fundador desde 2008 e membro do Executive Committee da European Energy Research Alliance, vice-presidente da European Sustainable Energy Innovation Alliance, membro do Executive Committee do EuroGeoSurveys, tendo assumido a presidência durante três anos, membro do Committee for Energy Research and Technology da International Energy Agency e membro ainda de vários grupos de trabalho, membro da International Renewable Energy Agency desde a entrada em Portugal em 2012, membro da Asociación de Servicios de Geologia Y Minería IberoAmericanos que junta a Ibéria aos países da América Latina, mas com estreita ligação ao USGS, serviços geológicos dos EUA. Temos parcerias com as principais

universidades nas nossas áreas de competência, desde o Minho ao Algarve. A demonstrar essa colaboração publicámos recentemente o livro ”Fórum Energias Renováveis 2020”, onde está bem patente essa colaboração. Como se processa a Vossa relação com as empresas?

A nossa relação com as empresas advém em geral do reconhecimento pela sociedade dos resultados que publicamos ou dos resultados que resultam de colaborações bem-sucedidas. Qual é o orçamento anual do LNEG?

Num orçamento total de 17,2 milhões de euros, 9,6 milhões de euros têm origem no orçamento do Estado. Quantas pessoas emprega o LNEG?

Nós fomos contemplados com o processo de regularização de trabalhadores precários. Esta integração permitiu rejuvenescer os nossos quadros. Neste momento, com a integração dos chamados PREVPAP contamos com 271 trabalhadores, 114 investigadores.

A integração dos projetos do antigo INETI está concluída?

O INETI, instituto multidisciplinar, atuava em áreas como a saúde, alimentar até à energia, antecedeu o LNEG e foi extinto por resolução de conselho de ministros. O LNEG, organismo novo, criado na mesma RCM, herdou as pessoas e os projetos ligados à energia e geologia. Os que foram transferidos para o LNEG foram todos concluídos. Todas as formas de energia renovável se complementam de alguma forma. Portugal está no bom caminho para potenciar essa complementaridade no futuro?

O Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal) deixa claro que para uma Europa 100% descarbonizada em 2050 a Europa aposta em primeiro lugar, ou se quisermos de forma mais transversal a todos os setores, na eficiência energética; em segundo lugar, na exploração massiva das fontes renováveis que como sabemos têm características regionais; em terceiro lugar, no complemento com gases renováveis, onde se insere o hidrogénio verde. São várias fontes de energia que têm de ser geridas de forma integrada tendo ainda atenção às características regionais. Os níveis de eólica nos países do norte são superiores, enquanto o potencial solar é MARÇO DE 2021

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superior no sul. A digitalização é o elemento que permite otimizar essa integração assim como a sua ligação às infraestruturas. Até que ponto a pandemia, que veio baixar os níveis de poluição, também não irá retardar a adoção de práticas mais sustentáveis pelos organismos públicos e pelas empresas?

A pandemia veio baixar os níveis de poluição pois a atividade económica reduziu drasticamente. No entanto também veio demonstrar e por isso acelerar a viabilidade de aumentarmos fortemente a penetração das energias renováveis no sistema sem

problemas para a sua gestão. Portugal continua a ser dos países com preços do gasóleo mais atrativos do que o da gasolina. Qual é sua opinião sobre a melhor forma de incentivar a compra de veículos menos poluentes?

Os incentivos fiscais e de facilitação na circulação, vantagens no estacionamento, corredores específicos e nas portagens, são aqueles que têm tido sucesso noutros países. Uma disseminação alargada dos benefícios a longo prazo, nomeadamente demonstrando o custo-benefício, seria benéfica. Também será necessário capilarizar a rede de carregamentos nomeadamente através de legislação específica para as cidades. Qual será a intervenção do LNEG, caso Portugal avance na produção de lítio?

O LNEG produz conhecimento na área da geologia e terá sempre um papel técnico quer na avaliação do recurso, na sua viabilidade de exploração e da transformação do produto explorado em concentrados de lítio.

Como potenciam os ativos da Litoteca do LNEG?

A Litoteca disponibi-

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liza nos seus três arquivos de amostras de subsolo, localizados nas regiões norte (S. Mamede Infesta), centro (Alfragide) e sul (Aljustrel), informação científica a investigadores, estudantes, autarquias locais, organismos e empresas. Disponibilizamos consulta online da base de dados de sondagens, Sondabase, com informação sobre a localização e objetivo e a possibilidade de consulta presencial e amostragem mediante autorização salvaguardadas questões de confidencialidade. Estes elementos são muito úteis às empresas que se dedicam à atividade de exploração mineral. O que podemos esperar do LNEG, nos próximos anos?

O LNEG percorreu um percurso de focalização e especialização nas suas áreas de enfoque. Criou uma nova área de economia de recursos que visa aportar a componente de viabilidade técnico-económica aos diferentes projetos para que os investimentos possam ser decididos com base em informação sob a forma de indicadores segundo os critérios da sustentabilidade. O LNEG pretende ainda contribuir para que os projetos, que sejam financiados, quer a fundo perdido quer seja através da banca, sejam devidamente comparados em função dos seus indicadores de sustentabilidade. O LNEG trabalha para dar contributos de valor acrescentado com vista à total descarbonização em 2050. 



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Baukonzept quer expandir na Península Ibérica a implementação de soluções de construção inovadoras A Baukonzept, uma empresa recentemente criada em Braga para dar soluções avançadas de impermeabilização de edifícios, quer continuar a expandir-se em Portugal, Espanha e outras regiões da Europa.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Baukonzept, uma empresa marcas de referência neste segmento impermeabilização de edifícios, “às recente especializada na área de atividade, que se reveste de grande quais oferecemos formação gratuita da impermeabilização de capacidade técnica. para garantir a correta aplicação dos edifícios, quer continuar a A empresa conta com quatro colabo- nossos sistemas e transmitir o conheexpandir-se em Portugal e radores no quadro. Um destes encontra- cimento das normas e boas práticas em mais alguns países europeus, com -se a operar a partir da filial da empresa dos mercados do norte da Europa”, enquadra Nelson Carvalho. “A empresa destaque para Espanha. A empresa foi criada em 2019, por Nelson Carvalho fornece ao mercado ibérico não apenas A empresa de Braga sistemas de impermeabilização selecio(na foto), gestor que nasceu e viveu nados, de elevada qualidade e sustendurante muitos anos na Alemanha e conta com fornecedo- táveis em termos de ciclo de vida, mas que está ligado desde longa data tamres do norte da Europa, também um serviço de apoio técnico bém ao universo da construção civil. aos projetistas e às empresas que, direta Depois de iniciado a sua carreira “altamente qualificaou indiretamente, atuam nesta área. numa construtora portuguesa, Nelson dos” na vertente da A empresa conta com o apoio e a Carvalho foi, durante uma década, de fornecedores do norte country manager para Portugal de uma impermeabilização de experiência da Europa, com um corpo técnico empresa alemã que produz sistemas de edifícios, desde as fun- altamente qualificado e com uma expeimpermeabilização líquidos e é líder no adquirida ao longo de várias seu segmento na Alemanha, a Johannes dações até à cobertura riência gerações”, precisa o gestor. Graças ao Enke. Nelson Carvalho acabou por trazer know-how de várias décadas destes o conceito para Portugal, criando a em Espanha, localizada na Andaluzia. fornecedores na “arte de tornar edifícios Baukonzept-Soluções Técnicas para O target da Baukonzept são os pro- à prova de água, desde as fundações até Construção, com sede em Braga e que fissionais da engenharia e construção, à cobertura, a Baukonzept será o intercomercializa soluções e produtos das e ainda as empresas especializadas na locutor destas empresas para o mercado 20 ACT UALIDAD€

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ibérico e propõe-se a ajudar os seus ção técnica e de clientes a melhorar significativamente a ser acompanhaqualidade das impermeabilizações dos da por um bom seus edifícios”. planeamento para “Outro target da nossa empresa é a garantir melhores indústria, onde problemas de imper- resultados a longo meabilização nas unidades de produção prazo. Um edifípodem levar a prejuízos elevados e cio mal vedado onde a correta escolha de materiais e é o pesadelo de das técnicas de aplicação têm um papel qualquer dono fundamental em termos de segurança e de obra e signide estabilidade da atividade”, completa fica em muitos Nelson Carvalho. casos intervenções A distribuição dos sistemas de imper- morosas e dispenmeabilização comercializados pela diosas, pelo que Baukonzept é garantida através de parcei- somos da opinião ros de revenda. Para tal, a empresa conta que as técnicas de impermeabilização com uma rede de vários revendedores são um nicho da construção que, apesar que no seu conjunto contabilizam à volta de muitas vezes desvalorizado, merece de 20 pontos de venda na Península a atenção e o investimento de todos os Ibérica, dos quais 16 em Portugal, três agentes que intervêm neste mercado. Os em Espanha e um em Gibraltar”, terri- preços praticados e exigidos aos instalatório onde a Baukonzept tem já clientes dores na área das impermeabilizações são na maioria dos casos demasiado baixos (foto em cima). A aposta na Península Ibérica prende- para a importância que as mesmas têm -se com alguma falta de conhecimento, no bom funcionamento e na durabiorganização e boas práticas no que diz lidade do edificado”, comenta Nelson respeito aos trabalhos de impermeabiliza- Carvalho. ção. Temos em Portugal e Espanha uma mão de obra que, na nossa opinião, con- Setor da construção menos afetado segue ser mais talentosa e eficiente que pela pandemia Sendo uma empresa “recente, a a de alguns países mais avançados, no entanto a mesma precisa de mais forma- Baukonzept tem obviamente sofrido os efeitos da pandemia”, mas, mesmo assim, devido ao planeamento inicial que foi feito, foi possível “suportar os efeitos de uma forma relativamente tranquila. Felizmente para nós, ao contrário de outros setores, a construção não tem sido das atividades mais afetadas e contamos com o apoio dos nossos fornecedores e parceiros de

revenda. Em conjunto, temos procurado soluções que nos permitam operar da melhor forma possível dentro das restrições existentes. Pensando na segurança dos nossos clientes, colaboradores e da sociedade no seu todo, adaptamos a nossa forma de comunicar com o mercado, apostando em formação e no acompanhamento à distância e procurando criar novos canais de distribuição dos produtos. Temos esperança que seja possível controlar a pandemia num espaço previsível de tempo, de modo a normalizar as relações com os nossos clientes e mitigar os efeitos que a covid-19 possa ter na economia e, consequentemente, na atividade em que estamos inseridos”, destaca o responsável. “Já a pensar no futuro e na transição digital, estamos a preparar a empresa para também poder fornecer serviços nesta área, nomeadamente no que diz respeito ao BIM (building information modeling). Queremos desta forma não só criar mais valências para a Baukonzept mas também, em colaboração com os nossos fornecedores, oferecer ao setor AEC ferramentas que lhes permitam ter informação e software de produto facilmente enquadrável nos seus projetos e que garantam o planeamento eficaz, desde a sua conceção até à construção, incluindo todo o ciclo de vida, a manutenção e a sustentabilidade dos materiais empregues”.  MARÇO DE 2021

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Auara demuestra la viabilidad de su modelo empresarial con impacto social Auara Social Enterprise es una nueva empresa social tiene como razón de ser llevar agua potable allí donde más se necesite. Con un minucioso plan de negocio y una cuidada estrategia de crecimiento ha conseguido ser una empresa rentable en el plazo de tres años. Cuenta con un modelo de negocio poco extendido en mercados como el español pero que encaja cada vez mejor en mundo más comprometido con la sociedad y el medio ambiente.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

l modelo de empresa social sigue estando poco desarrollado en países como España. Se trata de Desque que comenzó, una compañía con un impacto Auara Social Enterprise positivo en el medioambiente o en la sociedad pero que al mismo tiempo ha realizado 94 resulta rentable como negocio. Pero preproyectos, en 17 países, cisamente lo que en teoría parece sencillo en la práctica puede no serlo. En España, gracias a los cuales no existe una figura jurídica propia han llevado agua y hay pocos ejemplos que sirvan de guía para quien arranca un proyecto de potable a cerca de 57 estas características. Con esta situación, mil personas se encontró Antonio Espinosa de los Monteros (foto en la pág. seg.), un joven arquitecto que, en 2016, junto con otros Enterprise, empresa que destina el 100% dos socios, puso en marcha Auara Social de sus dividendos a proveer de agua

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potable a poblaciones que carecen de ella. La idea surgió dos años antes, después de un viaje de Antonio Espinosa de los Monteros a Etiopía, donde había participado en la construcción de un hospital. A lo largo de su carrera estuvo en distintos proyectos sociales en países africanos y asiáticos y allí se dio cuenta de que “la falta de agua potable es la pobreza más básica y más dura que existe”. Tras ese viaje coincidió con su amigo del colegio Pablo Urbano que estudiaba Ingeniería Industrial y estaba como voluntario en una empresa social. “Decidimos juntar las ideas para generar impacto a través del agua”, cuenta Antonio Espinosa de los Monteros, quien hoy ocupa el cargo


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de CEO de la empresa. Acudieron a ver a Luis de Sande, un ex compañero de trabajo del padre de Antonio Espinosa de los Monteros, para que les realizase el business plan. “Se involucró tanto que es el tercer socio y el director financiero”. Durante dos años trataron de salvar todas las trabas que fueron encontrando para arrancar de cero el proyecto. Quisieron crear la primera botella en Europa 100% reciclada y aunque fue difícil lo hicieron posible. De esta forma salieron al mercado en 2016, aunque el lanzamiento del producto fue duro. “Resulta difícil hacerte un hueco en el mercado del agua, hay que ir dando a conocer el producto y ganando la confianza”, señala el CEO de Auara. Poco a poco fueron ganando espacio en el canal horeca, en restaurantes y hoteles, mientras que la entrada en los lineales de supermercado se quedó para una segunda fase. Fase de crecimiento A pesar de las dificultades iniciales, en su tercer año operativo alcanzaron el break even, cerrando 2018 con más de un millón de euros en ventas. De esta forma demostraban la viabilidad de su innovador modelo empresarial, en el que la rentabilidad es el camino para generar impacto social. “Nuestro plan y nuestro modelo de negocio estaban diseñados para crear una compañía que no demandara financiación irresponsable, que no muriera de crecimiento o por abarcar demasiado mercado desde el inicio, estableciendo fases de desarrollo capaces de generar ingresos constantes y escalables, y con una base sólida que nos permitiera obtener los recursos necesarios para abordar cada fase de crecimiento”, explica Luis de Sande, director financiero y cofundador de Auara. También en 2018 sellaron una alianza estratégica de comercialización con el grupo Calidad Pascual, que le ha permitido amplificar su llegada a todo el territorio nacional y pasar con eficiencia y rentabilidad a la siguiente fase, de expansión y diversificación. Tras lanzar el agua mineral natural en dos formatos (medio litro y litro y medio) que proviene de tres manantiales españoles, en 2019 lanzaron el agua natural con

gas en lata de 330 ml. hecha con material 100% reciclable y 70% reciclado; y más tarde su nueva gama Planet Drinks, los primeros refrescos funcionales, ecológicos y de comercio justo del mundo. “El 2019 también fue un año muy bueno para nosotros y empezamos el 2020 muy fuerte, doblando facturación y con buenas perspectivas”, recuerda el socio fundador. Pero la pandemia afectó gravemente al negocio ya que “el 90% de las ventas es en canal Horeca que depende en gran parte de la restauración y hoteles”. Por ello el 2020 “fue un año de supervivencia para preparar el 2021 y seguir por la senda negativa”, matiza. De momento van a relanzar los refrescos ecológicos y tienen en mente otros lanzamientos de proyectos en otras categorías.

El plan de internacionalización estaba previsto en un principio para 2021, empezando por Europa, pero se ha retrasado como consecuencia de los efectos de la pandemia. Para conseguir llevar a cabo todo este desarrollo, la empresa social ha realizado diferentes rondas de financiación, sincronizadas con las necesidades de cada una de sus fases de crecimiento, buscando en cada caso los inversores más adecuados y avanzando en nivel de profesionalidad y sofisticación financiera. “Hemos invertido 500 mil euros a través de préstamos participativos”, explica el CEO. Con un equipo de 10 personas siguen trabajando por llevar agua potable a distintos rincones del planeta. Desque que comenzó, Auara ha realizado 94 proyectos, en 17 países, gracias a los cuales han llevado 72 millones de litros de agua potable a cerca de 57 mil personas. Antonio Espinosa de los Monteros cree que en España no han cambiado demasiado las cosas en lo que a la parte legislativa se refiere para poner en marcha una empresa social y cree necesaria establecer su definición. Peor sí ve “una evolución cultural”. En general, en el entorno empresarial, “todo lo que es impacto social en la cadena de valor va a pesar más y las personas tienden a identificarse con estas marcas”. En el caso de Auara, sigue el modelo Muhammad Yunus, el cual determina que la empresa social no puede tener ánimo de lucro.  MARÇO DE 2021

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Santander é o “Banco mais reputado e relevante” em Portugal S

O “Global RepScore Pulse” é um estudo anual da OnStrategy, realizado em parceria com o Corporate Excellence Foundation, que avalia os níveis emocional e racional de reputação das organizações e das marcas junto dos cidadãos portugueses. Trata-se de um trabalho desenvolvido de forma contínua ao longo do ano e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira). 

Foto Sandra Marina Guerreiro

antander é a marca com a melhor reputação e maior relevância da banca em Portugal, segundo o mais recente estudo “Global RepScore Pulse”, publicado pela OnStrategy. A consultora destaca as marcas que mais se evidenciaram em 2020, num cenário de pandemia, tendo analisado atributos como notoriedade, admiração, relevância, confiança, preferência e recomendação. É a quinta vez consecutiva que o Santander obtém a melhor posição do setor bancário neste ranking.

Repsol “no topo” das preferências dos consumidores A

Repsol foi distinguida, novamente, por três dos principais sistemas de avaliação das marcas em Portugal. Em todos os galardões, para além dos demais atributos como a disponibilidade, a proximidade e a confiança, ficou patente a qualidade do atendimento ao Cliente, refletida nas classificações obtidas pela empresa nas diferentes distinções. Líder Ibérica em estações de serviço, com cerca de quatro mil postos, repartidos por todos os distritos do país, a empresa conseguiu, arrecadar os grandes prémios, melhorando em praticamente todos os atributos em análise, através da capacidade de adaptação e filosofia de melhoria contínua. “Num ano atípico e desafiante, as nossas estações de serviço permaneceram sempre abertas para os nossos clientes, que, perante tamanha mudança nos seus hábitos, rotinas e consumos puderam contar com alguma previsibilidade, a de 24 ACT UALIDAD€

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que estaríamos prontos, preparados e com vontade de os receber”, afirma Rui Aires, responsável pelo Negócio das Estações de Serviço da Repsol em Portugal. As edições do último ano, marcadas pela pandemia, alcançaram números recordes de votantes e de categorias em avaliação e expressaram as novas exigências dos consumidores com as marcas, dando grande enfoque à vertente da higiene. As infraestruturas da Repsol corresponderam às novas exigências, merecendo a distinção dos portugueses. “Soubemos adaptar-nos às exigências. Aprendemos a sorrir com os olhos. Aprendemos a sorrir mesmo perante os constrangimentos. Aprendemos a sorrir pelo e para os clientes, em todos os momentos. Iniciamos 2021 com as energias e expectativas fortalecidas. Com vontade de fazer mais e melhor”,

acrescenta Rui Aires. Os prémios em três dos principais sistemas de avaliação em Portugal corroboram a importância que a Repsol dá à qualidade no atendimento ao cliente e o respetivo reconhecimento destes. E porque a relação com o cliente é contínua, a marca tem vindo, também e cada vez mais, a apostar na excelência do serviço nas diversas plataformas de avaliação online, fomentando e aumentando o contacto e a proximidade nas várias etapas da experiência do consumidor, alcançando, assim, elevados índices de satisfação. 


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Linde recebe novamente “Prémio Cinco Estrelas” na categoria de cuidados de saúde ao domicílio A Linde Saúde, empresa que se dedica à prestação de cuidados de saúde ao domicílio e que tem como objetivo proporcionar uma melhor qualidade de vida aos doentes com patologias crónicas, sobretudo de foro respiratório, venceu o “Prémio Cinco Estrelas 2021”, pelo terceiro ano consecutivo, na categoria “Cuidados de Saúde no Domicílio”. Entre as marcas avaliadas, a Linde Saúde registou uma pontuação global de 75,7%, um aumento de 0,5% face ao ano anterior. O “Prémio Cinco Estrelas” avalia vários produtos, serviços e marcas, organizados em diferentes categorias. E, esta distinção, assenta num

sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, através de uma avaliação rigorosa de vários critérios, entre os quais a satisfação, confiança na marca e inovação. “A Linde Saúde trabalha todos os dias para prestar cuidados domiciliários de elevada qualidade, centrados e adaptados às necessidades do doente e dos seus cuidadores. Este é assim um importante reconhecimento e impulso para motivar todos os colaboradores a trabalhar com empenho e dedicação. Para os mais de 75 mil doentes que acompanhamos diariamente, este é um selo que constitui uma garantia de

qualidade, um verdadeiro serviço cinco estrelas”, afirma João Tiago Pereira, Business Development & Product Manager da Linde Saúde. Nos principais aspetos avaliados na categoria dos cuidados de saúde ao domicílio, a Linde Saúde obteve o nível mais elevado na recomendação (8,26), seguido de 8,00 na satisfação/experimentação, a confiança na marca com 6,85 e a inovação com 6,13. Para avaliar estes resultados foram realizadas diferentes técnicas de estudos de mercado para a recolha de informação, nomeadamente, focus group, testes de experimentação e um estudo de mercado à marca, realizado por uma entidade independente. 

Transformar a casa com os tons marcantes da Barbot O novo ano trouxe muita vontade de mudança a todos. E, a nível de tendências de decoração, 2021 será ser marcado pelos tons relacionados com a natureza. Com as alterações climáticas na ordem do dia, há uma preocupação crescente com a preservação do planeta e as cores-tendência espelham isso mesmo. Estão para ficar os verdes, brancos, beges, cinzas e vermelhos. A estética boémia em torno dos materiais naturais é uma ótima escolha para quem privilegia o estilo minimalista. Conheça as cores em torno da natureza no catálogo Barbot e inspire-se: 172 Bege Rosado, 286 Verde Tomilho e 291 Pólen. A nossa casa foi em 2020 o nosso refúgio e guarda as nossas memórias. Saiba que tons como o 259 Azul Celeste garantem uma narrativa rica

em torno de texturas, em qualquer que seja a divisão! Além disso, este tom transmite a calma e tranquilidade que precisamos para atravessar momentos desafiantes. As cores vivas e inovadoras reforçam a nossa relação com a tecnologia e como esta se funde perfeitamente em ambientes quotidianos – uma ótima ligação com o que foi este ano e com o que virá em 2021. Misturamos, assim, o sintético e o natural, o modernismo e o minimalismo. Os tons profundos e vivos, como o 247 Lilás Subtil, 295 Mogli e o 282 Verde Safari, marcam o ritmo que quer dar à sua casa. A cor que escolhemos para a casa é

também uma forma de nos expressarmos. Os tons alegres e modernos unem-se para levar alegria e segurança à sua casa. As cores vibrantes permitem-nos uma exploração sensorial, a cada divisão. Entre elas destacam-se os rosas, os roxos e o preto, tal como o tom 302 Chocolate Negro que pode encontrar no catálogo de interiores da marca.  MARÇO DE 2021

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Novo serviço do El Corte Inglés contempla um ano de entregas gratuitas R eceber em casa encomendas do El Corte Inglés gratuitas durante um ano, entre outras vantagens exclusivas, é a proposta do novo serviço Plus, lançado em janiero por esta cadeia comercial. Assim que efetuar o registo e pagamento deste serviço, que custa 19,90 euros por ano, não serão cobradas taxas de entrega ao cliente durante um ano, sempre que os seus pedidos forem superiores a 19 euros em “Entregas Standard”; de 40 euros ou mais euros em pedidos “Entrega no Dia”; e de 100 euros ou mais em pedidos de “Supermercado”. Sempre que o cliente fizer uma compra online através do El Corte Inglés Plus, é automaticamente ativado para a morada

indicada. É ainda possível, a qualquer momento, consultar a prazo de validade do serviço, bastando para isso aceder à conta pessoal do cliente. O cliente pode receber qualquer produto das categorias de supermercado, Club del Gourmet, moda e acessórios, perfumaria, casa e decoração, tecnologia, informática, eletrodomésticos, desporto, bebés, livros, brinquedos, gaming e papelaria. De fora ficam artigos volumosos, nomeadamente peças de puericultura pesada, TV’s, grandes eletrodomésticos, móveis, máquinas de fitness ou bicicletas. O serviço está, assim, disponível

para mais de 500 mil produtos, em todo o país com o serviço de “Entrega Standard”, e prevê ainda “vantagens exclusivas”, anuncia o grupo retalhista. De frisar que os pedidos com entrega no próprio dia são garantidos nos concelhos de Almada, Amadora, Cascais, Gaia, Gondomar, Lisboa, Loures, Maia, Matosinhos, Odivelas, Oeiras, Porto, Seixal, Sintra e Valongo. 

Gráfica com 116 anos lança loja online com produtos exclusivos

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undada em 1905, a Peninsular – Papelaria & Artes Gráficas é das empresas mais antigas da Invicta que, após cinco gerações, se viu obrigada a reinventar o seu negócio, para fazer frente à crise pandémica. Assim, a empresa lançou uma loja online, com notebooks (na foto), envelopes, livros de honra e muito mais, Ao longo das suas cinco gerações, foram muitas as propostas paraa empresa mudar de instalações, especialmente nos últimos anos, mas foram todas rejeitadas. A Câmara Municipal do Porto e empre-

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sas como a Gran Cruz, Sogevinus, David Rosas, AEP, Exponor, Hotel Dom Henrique, Rui Paula e José Avillez, e tantas outras de renome nacional e internacional, são alguns dos principais clientes destes artesãos de trabalhos gráficos. Mas também os turistas não resistiam aqui a entrar para conhecer a empresa centenária e aproveitar para levar um souvenir produzido no local, fosse um postal ou um caderno. “A ideia de transportar os nossos produtos para uma loja online era algo que ambicionávamos há já algum tempo, mas sem dúvida que com a pandemia sentimos a necessidade de acelerar todo esse processo e apresentarmos uma alternativa aos nossos clientes pordeque o movimento na cidade do porto decresceu acentuadamente”, refere Diogo Barbedo, sócio-gerente,

que já faz parte da quinta geração da Peninsular. “Com o passar das gerações, sempre houve uma vontade de modernizar procedimentos e a oferta, apesar de preservarmos com um enorme orgulho e respeito todo o nosso background. Toda a evolução dos equipamentos de tipografia, para offset e depois digital, foi sempre acompanhada com o sentido de preservar o nosso passado”. “Gostamos de ter tudo em harmonia. Inclusive alguns trabalhos, chegam a passar por estas três técnicas de impressão tão distintas. Mesmo as máquinas mais antigas, com mais de cem anos, ainda hoje funcionam e são usadas todos os dias”, comenta. Na loja online, os notebooks são as pérolas da casa. De diferentes cores e tamanhos (A5 e A6), são sete as coleções distintas de notebooks desta marca centenária, que um dia quer criar um museu para expor produtos e equipamentos antigos da empresa. 


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Carmo Wood apresenta novo soalho em madeira de pinho maciço A Carmo Wood, empresa portuguesa líder no segmento de madeiras, acaba de lançar uma novidade no mercado, o novo soalho em madeira de pinho maciço (na foto). Com mais de 40 anos de expertise, a Carmo Wood aposta agora também nos espaços interiores com um novo soalho que alia a nobreza e tradição da madeira de pinho maciço nacional à qualidade reconhecida a todos os produtos Carmo Wood. A estética natural da madeira e as suas tonalidades e texturas únicas faz com que o novo soalho Carmo Wood seja a escolha ideal para projetos de interior diferenciadores, sustentáveis, e onde se pretende

um design natural ou ecológico. Duradouro e estável, o novo soalho beneficia da ampla experiência da Carmo Wood no tratamento de madeiras. O tratamento incolor aplicado mantém a cor e aspeto naturais da madeira e torna o soalho naturalmente mais duradouro. Este produto tem garantia Carmo Wood de 10 anos. O novo soalho é macheado e biselado nos dois lados e “produzido sob os melhores standards euro-

peus”, garante a marca portuguesa. Cada tábua tem espessura, largura e comprimento fixos – 21X140X2000 milímetros. Está disponível também rodapé para complementar. 

Whirlpool, Hotpoint e Indesit destacadas pelos consumidores portugueses

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ela nona edição consecutiva, a “Consumer Choice” dá a conhecer as melhores marcas em Portugal, sendo o sistema de avaliação de marcas número um, e onde o nível de satisfação e aceitabilidade do consumidor é a principal métrica avaliativa, tendo por objetivo dar a conhecer as marcas que mais satisfazem o consumidor, ajudando-o a fazer uma compra informada. A “Escolha do Consumidor” elege

as marcas que se destacam pela sua performance ao longo do ano, através de um processo que envolve a identificação dos atributos mais importantes para os consumidores e uma avaliação efetiva das marcas de cada categoria, permitindo aferir aquelas que representam os maiores índices de satisfação, intenção de compra e recomendação. Na edição de 2021, a Whirlpool, a Hotpoint e a Indesit, três marcas da Whirlpool Corporation, foram distinguidas como “Boa Escolha 2021”, pelos consumidores portugueses, na categoria de fornos. As “Boas Escolhas” em cada categoria,

são as marcas que conseguem obter uma excelente classificação, não sendo, no entanto, líderes na categoria de produto, entre as marcas analisadas. Entre os atributos avaliados que contribuíram para a classificação dos Fornos Whirlpool, Hotpoint e Indesit como “Boa Escolha 2021”, destacam-se a sua facilidade de operação, qualidade, fiabilidade, segurança, eficiência energética e facilidade de limpeza. Para Lluis Diaz, Marketing manager da Whirlpool Ibéria, “O reconhecimento e preferência dos consumidores é fundamental para nós. Estes são resultados que nos deixam orgulhosos e nos motivam a continuar a criar eletrodomésticos de qualidade e desempenho excecionais, que vão de encontro às necessidades do consumidor e facilitam o seu dia a dia em casa”. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR MARÇO DE 2021

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Minsait Payments revela tendências de meios de pagamento pós-pandemia A acelerada digitalização provocada pela pandemia está a consolidar o uso dos meios de pagamento eletrónicos e a impulsionar o progresso em direção a uma sociedade sem pagamentos em numerário (cashless), de acordo com o “X Relatório de Tendências de Meios de Pagamento”, disponibilizado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

transição para a vertente digital, a nível de meios de pagamento, na Europa e não só, reflete-se numa maior multiplicidade de diferentes meios de pagamento, sendo estas algumas das mudanças que têm sido impulsionadas pela pandemia. De acordo com o “X Relatório de Tendências de Meios de Pagamento”, compilado pela Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait, em 2020, “mais de 50% da população adulta bancarizada internauta de todos os países analisados reduziu ou abandonou o pagamento com numerário, um dado que em Portugal sobe para 73,9%”. O estudo foi realizado com a colaboração de analistas financeiros internacionais e incluiu as opiniões de mais de 80 executivos do setor bancário e mais de 4.400 inquéritos a clientes bancários de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e América Latina, além dos números oficiais publicados pelos diferentes reguladores. As perspetivas dos inquiridos são coerentes com as dos especialistas entrevistados no estudo, sendo que oito em cada dez concluem que o processo de abandono do pagamento em numerário acelerou, embora três em cada dez vejam um risco de reversão assim que a pandemia termine. A aversão a “mexer” no dinheiro (inclusive nos TPA) condicionou a mudança de hábitos observada, em particular em Portugal, onde quase seis em cada dez inquiridos manifestou esse receio. Além disso, nove em cada dez exe28 ACT UALIDAD€

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cutivos concordam que o impacto da pandemia no uso de meios de pagamentos digitais foi positivo, já que acelerou a sua digitalização. Contudo, um quarto dos inquiridos refere ainda existir alguma dificuldade de acesso a estes meios de pagamento e cobrança digitais, em parti- 2019, para 34,5% em 2020, para compras de baixo valor, quando antes precular na América Latina. dominava o pagamento em numerário. O mesmo estudo adianta que “a criCartão é o principal meio de pagamento, mas registam-se alterações se económica associada à pandemia Neste contexto de transição, o car- produziu um declínio generalizado tão bancário continua a ser o principal no número de cartões de crédito em meio de pagamento para compras em quase todos os países analisados. No todos os países, enquanto continuam entanto, Portugal foge à regra, ao rea crescer os pagamentos móveis, as gistar um aumento de 1,7 p.p., para carteiras digitais e os pagamentos a 63%”. “Portugal está na vanguarda da utipartir da conta. Portugal registou uma considerável subida na preferência lização de múltiplos meios de pagapelo pagamento com cartão (58,8% mento. Os portugueses registaram a em 2020, contra 47,7% em 2019) face maior subida no número médio de diferentes meios de pagamento utilia outros meios. Além disso, os novos hábitos de con- zados no mês anterior à realização do sumo adotados fizeram com que o uso inquérito: de 2,8 em 2019 para 3,3 em de cartões contactless na maioria dos 2020. Portugal é também o país que países fosse maior do que o uso atra- mais pagamentos faz a partir da conta vés da inserção no terminal. Desta bancária (84,3%)”, avança o mesmo forma, 56% dos portugueses utiliza documento. No que se refere a cartões, a modalicartões sem contacto para efetuar os pagamentos nos terminais de ponto dade de débito continua a ser a protade venda (POS). Paralelamente, os gonista, em termos de utilização por portugueses também aumentaram o parte da população, na maioria dos volume de pagamentos com cartão de países. Em Portugal, 32,4% da popucrédito em quase 14 pontos percen- lação bancária possuiu dois ou mais tuais (p.p.), passando de 20,7% em cartões de débito.


Ciencia y tecnología Portugueses entre os que mais com- para 56,7% em 2020. O tablet é usado pram online por 12,1% dos portugueses. Portugal e Outro dos efeitos da covid-19 passou o México são os únicos dois países onde pela transferência das compras para o as compras através deste dispositivo auambiente de comércio eletrónico, uma mentaram. tendência reforçada pelos períodos de O cartão continua a ser o meio de confinamento e visível na frequência pagamento mais utilizado nas compras das operações entre os consumidores online para 83,2% dos portugueses. No que já compravam produtos online entanto, Portugal é onde se mais utiliza antes da pandemia. Portugal lidera a o cartão virtual de entre todos os países lista dos países europeus, com 46,9% inquiridos, com 31,5%. dos portugueses a assumir fazer comO pagamento móvel em todas as mopras online com mais frequência. Itália dalidades é outra tendência que conti(46%), Reino Unido (44%) e Espanha nua a crescer na Europa. Portugal é um (42%) seguem atrás. dos países que mais utiliza aplicações de Os portugueses são os que mais utili- pagamento entre particulares através do zam o computador pessoal (81,4% dos telefone (29,3%), somente atrás da Coinquiridos) para fazer as suas compras lômbia (46,5%) e Espanha (46,3%). Os online. Na maioria dos outros países portugueses são também dos que mais analisados, o smartphone assume a li- utilizam o dispositivo móvel em lojas. derança. Apesar disso, em Portugal o Por último, há um consenso sobre a smartphone foi o dispositivo que mais aplicação do fator da dupla autenticacresceu, passando dos 50,7% em 2019 ção nos pagamentos online, mas com

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intensidades diferentes. Cerca de 45% da população bancarizada portuguesa solicita sempre uma segunda autenticação; 17,8% solicita quando é obrigatório; 33,2% espera que o próprio dispositivo peça a autenticação; e 3,9% não pede em nenhum caso, o que faz de Portugal o país europeu com maior percentagem nesta última variante. Quanto à escolha dos mecanismos de dupla autenticação, Portugal é o país que mais opta pela combinação do PIN com um código via SMS (49,9%). A Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait (do grupo Indra), oferece desde há mais de 25 anos capacidades em processamento e soluções inovadoras de pagamentos digitais. Os serviços são transversais a todos os mercados e incluem soluções específicas para entidades financeiras, fintechs, retail, companhias aéreas e empresas de petróleo e gás.  PUB

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Novo Banco desafia startups digitais a desenhar soluções inovadoras em parceria com Microsoft e Portugal Fintech O Novo Banco, atento ao crescimento que se tem vindo a assistir no ecossistema da inovação financeira, em Portugal, e do seu potencial, vai desafiar startups de tecnologia financeira (fintech) a desenhar soluções digitais inovadoras para serem testadas em propostas de valor para os clientes do banco, empresas e particulares, no âmbito do programa Fintech365. O Fintech365 é um programa da Microsoft, desenvolvido pela Portugal Fintech, ao qual, a par do Novo Banco, se associaram mais cinco instituições do setor finan-

ceiro e de seguros. Esta cooperação entre fintechs e players da banca e seguros, permitirá gerar sinergias e discutir novas ideias e tecnologias que possibilitem, com o suporte das plataformas tecnológicas da Microsoft, encontrar soluções que acelerem a digitalização do setor financeiro e de seguros, beneficiando, no final da linha, os consumidores dos produtos do setor. O Novo Banco continua assim empenhado em criar soluções inovadoras para os seus clientes, que lhes possibilitem uma melhor experiên-

cia na sua interação com o banco, desígnio esse que, em 2020, mereceu o reconhecimento e distinção em eventos como os Finovate Awards, os Banking Tech Awards ou os Portugal Digital Awards, com suas as soluções Small Business Finance, Homebuying, Onboarding Digital ou, mais recentemente, o NBnetwork+, a serem premiadas. Ainda em 2020, e neste âmbito, o Novo Banco mereceu também a distinção de “Best Integrated Corporate Banking Site in Western Europe”, pela “Global Finance”. 

Marca AsPortuguesas lança aplicação de realidade aumentada A sPortuguesas, um novo conceito de calçado que utiliza a cortiça como matéria-prima de base na sua produção, lançou a aplicação AR try-on. A tecnologia, que reforça a presença da marca 100% portuguesa no universo digital, permitirá ao cliente calçar todos os produtos através de realidade aumentada (AR). O aplicativo IOS pretende, assim, oferecer uma experiência real, efetiva e on time aos consumidores, procurando ao mesmo tempo mitigar as diferenças entre compras online e off line. O método é simples: basta escolher um par d’AsPrtuguesas na lista de modelos 3D referenciados quer no site da marca, quer no novo aplicativo, apontar a câmara do telemóvel ou outro dispositivo eletrónico para os pés, e o utilizador estará imediatamente calçado. O efeito é instantâneo, controlando inclusive qualquer ligeiro movimento

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dos pés do utilizador. De resto, a aplicação AR try-on está preparada para acompanhar os passos dos consumidores, mudando automaticamente o ângulo de captação da câmara. “A capacidade de experimentar AsPortuguesas através do simples uso do telemóvel revoluciona a experiência do consumidor”, resume Pedro Abrantes, CEO d’AsPortuguesas. “A premissa é basilar: auxiliar-nos a perceber e a visualizar como um determinado modelo assenta nos nossos pés ou combina com uma determinada roupa. Desta forma, aumentam as probabilidades de efetivarmos a compra correta e, consequentemente, reduzem-se as hipóteses de devolvermos o produto ao lojista”. Mais valias igualmente defendidas por Nuno Barroca, vice-presidente da Corticeira Amorim, parceira desde a primeira hora d’AsPortuguesas, e que sublinha

que “com a aplicação AR try-on, AsPortuguesas irão, sem dúvida, aproximar-se mais dos consumidores, usando tecnologia que permite, de forma cómoda e intuitiva, interagir com a vasta gama de produtos e auxiliar no processo de decisão. Uma inovação no momento certo.” Desenvolvida sobretudo a pensar na chamada Geração Z, a aplicação ganha também renovada importância nesta altura, tendo em conta o atual período de confinamento, que impede o acesso às lojas físicas. 


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grande tema gran tema

Fatores macroeconómicos que

marcarão a recuperação em Portugal e em Espanha A CCILE retomou o ciclo de seminários digitais (webinars), durante o novo confinamento social, para ouvir alguns gestores e especialistas em diversas áreas da economia sobre os fatores que mais influenciarão a esperada recuperação económica para os próximos tempos, quer em Portugal quer em Espanha. Os setores da tecnologia, financeiro e cluster automóvel foram alguns dos que apontaram as perspetivas macroeconómicas que esperam que venham influenciar a recuperação das suas atividades e da economia ibérica em geral.

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org, Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org e Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

onhecer algumas das perspetivas a curto e médio prazo traçadas por economistas, governantes e gestores para as economias ibéricas foi o grande objetivo de mais um ciclo de webinars promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), e ao qual assistiram diversos gestores de ambos os países, entre os dias 3 e 9 do mês passado. Relativamente ao mercado espanhol, as perspetivas são de recuperação, mas com algumas cautelas. Mesmo com a “forte recuperação” esperada para a economia espanhola para este ano, que poderá atingir um crescimento do PIB da ordem dos sete a 8% – de acordo com previsões do Governo espanhol e que dependem de se confirmar a normalização da situação pandémica e da atividade económica para o final do verão –, ainda não será este ano

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nem no próximo que se atingirão os níveis de riqueza de 2019, antecipa um estudo do BFF Banking Group. O estudo, apresentado num recente webinar pelo responsável deste banco em Portugal, Nuno Francisco, considera que esta recuperação total só ocorrerá em 2023. Já para a economia portuguesa, de acordo com o Banco de Portugal, as previsões são de uma recuperação do PIB de 3,9% em 2021, abaixo dos 5,4% previstos pelo Governo, o que também não compensará a queda abrupta de 2020. Um setor estratégico para a economia ibérica será, sem dúvida, o da indústria e comércio automóveis, como fizeram questão de sublinhar especialistas ligados a este mercado, bem como responsaáveis governamentais dos dois países ibéricos, em mais um webinar promovido para a comunidade empresarial luso-espanhola, que decorreu no passado

dia 4. De acordo com os oradores da conferência, o setor contribuiu com 11% para o PIB espanhol e com 7,5% para o PIB português, em 2019. Mas, no ano passado, a produção caiu 20% em Espanha e 23,6% em Portugal. A recuperação não será fácil, mas várias entidades acreditam que com os apoios europeus previstos, as empresas conseguirão impulsionar os seus projetos de transformação digital e de transição para a mobilidade sustentável, necessários para continuar a desenvolver este cluster. De resto, a forma e a rapidez como a "bazuca" europeia irá chegar às empresas será fulcral para a sobrevivência de muitas delas, como alertaram vários dos participantes das três conferências online realizadas no mês passado. A transformação digital das empresas representa outro desafio inadiável para quem quer estar


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Pandemia trava cluster ibérico da indústria automóvel, que aguarda "bazuca" europeia para acelerar descarbonização e digitalização Com a produção a cair a dois dígitos, as empresas portuguesas e espanholas do setor automóvel temem perder competitividade, caso não se agilizem a tempo os necessários apoios para impulsionar os projetos de digitalização e de transição para a mobilidade sustentável. Fortemente abalado pela pandemia, este cluster conta com a chamada "bazuca" europeia para continuar a ser referência mundial. Empresários e representantes dos Governos de Portugal e Espanha discutiram as perspetivas, os desafios e as oportunidades que o cluster ibérico tem pela frente, no passado dia 4 de fevereiro, num webinar organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE) e pela Câmara de Comércio Hispano Portuguesa (CHP). Todos os participantes neste webinar concordam que o setor automóvel é para Portugal e para Espanha “um setor-chave”, gerador de emprego de qualidade e dinamizador de algumas das grandes transformações e inovações que estão a acontecer num mundo que se quer mais sustentável. Acresce que é também um dos notórios casos de integração das duas economias. Como contabilizou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Enrique Santos, “o volume de negócios entre os dois países no domínio automóvel, direta e indiretamente, corresponde a quase 20% do total do volume de negócios entre os dois países”. Sendo “uma das mais dinâmicas indústrias”, o setor é “muito relevante pelas exportações que

gera, pelo seu valor acrescentado” e por ser “catalisador de outras atividades, elevando a capacidade competitiva dos dois países”, referiu António Calçada, presidente da CHP. A Península Ibérica “enfrenta o desafio tecnológico da descarbonização, o desafio económico de integrar a tecnologia de forma competitiva e acessível ao consumidor e o desafio da modernização da frota”, assinala. António Calçada advoga ainda que “manter o dinamismo da nossa indústria e a qualidade do emprego” depende da “gestão conveniente dos fundos que possam ajudar este setor” e esses apoios “devem incluir todos os elementos da cadeia de valor”. Esta esperada injeção de apoios europeus é “uma oportunidade estimulante” para o setor, concorda Marta Betanzos, embaixadora de Espanha em Portugal, evidenciando que “as indústrias do setor automóvel dos dois países estão profundamente interligadas”, pelo que “a recuperação do abranda-

mento provocado pela crise pandémica terá melhores resultados se trabalharmos juntos”. O embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes, observou também que “o peso da indústria automóvel nas economias portuguesa e espanhola cresce graças à maior integração das cadeias de valor e do talento existente dos dois lados da fronteira”. Recordando que Portugal é sobretudo forte na área dos componentes para a indústria automóvel, o embaixador referiu a importância do know-how da “indústria de ponta de moldes portuguesa” nesse domínio. Também os governos de Portugal e de Espanha consideram o setor nevrálgico para as duas economias. O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza, salientou a dimensão “fortemente exportadora da fileira automóvel, com 100 mil empregos criados e a estimulação de várias atividades”. A recuperação da economia no segundo semes-

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tre em 2020 foi induzida pelas exportações do setor automóvel, indicou o governante, recordando que Espanha absorve grande parte das exportações de Portugal (27%) neste setor e que os dois países têm “verdadeiros interesses estratégicos nesta indústria”. O ministro considera que estamos perante uma oportunidade de “repensar as cadeias de valor à escala global” e que isso “pressiona o posicionamento da indústria ibérica, de forma a estar à altura dos desafios”. Pedro Siza Vieira destacou o pacto para apoiar a competitividade e o “diálogo com o Governo espanhol para questões importantes, como as baterias elétricas”. A ministra da Indústria, Comércio e Turismo do Governo de Espanha, María Reyes Maroto, frisou que o setor contribui com 11% para o PIB espanhol e que o país quer continuar a articular a atividade com Portugal nesta área, para estar na linha da frente da “quarta revolução industrial, em curso, com o desafio da descarbonização e da digitalização para promover as novas formas de mobilidade”. As associações automóveis ibéricas “estão comprometidas com esse objetivo de liderar esta transformação”. A governante assegura que “Espanha está preparada, com empresas de vanguarda e trabalhadores qualificados” e que a prioridade dos investimentos públicos e privados previstos neste domínio nos próximos anos é “desenvolver um ecossistema de mobilidade sustentável e inteligente porque o setor automóvel e a sua transformação é uma prioridade para o Governo”. Entre as metas fixadas para 2030 estão a criação de 100 mil pontos de carregamento de viaturas elétricas, ter 250 mil veí-

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culos elétricos a circular e apoiar a cadeia de valor que favoreça a mobilidade elétrica. Para tal serão mobilizados investimentos na ordem dos 1100 milhões de euros, adiantou a ministra, reconhecendo que “a União Europeia proporciona uma oportunidade histórica para acelerar e melhorar”. Cabe às empresas e às instituições estabelecer as sinergias para o fazer, sustenta: “Espanha e Portugal são mercados naturais de crescimento desta área, pelo que há espaço para novos modelos colaborativos no contexto dos apoios da União europeia para desenvolver esta indústria.” Do lado das empresas, a palavra dominante é a urgência, relativamente à chegada dos apoios previstos, já que todos os intervenientes neste webinar reiteram que o setor automóvel foi fortemente abalado pela crise, a meio da revolução da mobilidade. Maria Helena Antolín Raybaud, presidente do grupo Antolín, admite que o impacto da pandemia é brutal e que o setor atravessa uma difícil situação. “Calculamos que os fornecedores do setor terão uma queda sem precedentes na

faturação, de menos 20% a 30%, e de 6 a 8% no emprego”, revelou a empresária, reivindicando “medidas urgentes que apoiem as necessidades reais do setor, para que as empresas consigam lutar por uma indústria sustentável e geradora de receitas relevantes para a economia, bem como de milhares de empregos estáveis para os dois países”. A oportunidade é de “reconstrução e de melhoria e para tal é preciso um apoio governamental, que permita pôr em marcha os objetivos que tínhamos em curso”, argumenta María Helena Antolín, pedindo ainda simplificação processual nas candidaturas para os apoios. A empresária diz que o setor “está a trabalhar de forma coordenada e responsável para aceder às ajudas e oxigenar as indústrias”. Em Espanha operam 17 fábricas na produção de veículos, sendo o segundo produtor europeu depois da Alemanha, no entanto produz para marcas estrangeiras. Os centros de decisão não estão em Espanha e só a eficiência garante a permanência destas unidades de produção. A CEO do Grupo Antolín diz que é fundamental


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“promover a imagem de Espanha como país de projetos nesta área, apostar em mercados prioritários” e sustenta que “a internacionalização é a chave para enfrentar a crise”. A empresária observa que “a inovação está a ter resultados e por isso produzimos veículos cada vez mais limpos e eficientes e estamos a conseguir reduzir as emissões”. Tendo em conta que “os carros mais antigos são responsáveis por metade das emissões”, a gestora defende que se retirarem de circulação esses carros. “Apoiar a indústria é apoiar o emprego e a inovação e um sem outro não tem futuro”, conclui. O receio de perder competitividade foi também manifestado por Jose Vicente de los Mozos, presidente da Renault Espanha e presidente da Associação Espanhola de Fabricantes de Automóveis e Camiões (Anfac): “Os construtores espanhóis já investiram cerca 13 mil milhões na descarbonização. Há um plano em curso, mas a COVID mudou tudo e a execução está a ser lenta. As empresas precisam de acelerar e tomar decisões. Se não o fizermos, podemos ter problemas de viabilidade, por causa da concorrência dos países do Leste europeu e de Marrocos. Temos que nos antecipar. Os fundos podem ser úteis, se bem usados.” O gestor informou que o comércio caiu 30% e a produção 20%, no ano passado, em Espanha. Atualmente circulam 25 milhões de veículos em Espanha e espera-se que em 2030 circulem apenas 20 milhões e uma queda de 50% nas emissões. Para tal é importante que a transição atenda às necessidades da população, entre veículos elétricos e híbridos. Nem todos estão preparados para

esta mudança, pelo que canalizar fundos europeus para a formação dos recursos humanos é determinante, bem como para a inovação dos processos. Como referiu José de los Mozos, “a cadeia de valor dos fabricantes tem vindo a mudar porque se tornou necessário trabalhar com outras empresas energéticas e de tecnologia”. De Portugal, o presidente da associação de fabricantes de componentes para automóveis AFIA, José Couto, considera que “poderemos aprender com esta crise e criar mais valor e riqueza. O líder argumenta que “a oferta da PI é disruptiva face ao resto da Europa” e sublinha que “a indústria portuguesa de componentes cresceu 7% nos últimos 10 anos e na Europa cresceu menos de 3%”. O gestor realça que “a indústria espanhola também vê em Portugal um conjunto de oportunidades para melhorar a sua oferta”. Tudo isto pode ruir, se não chegarem apoios a tempo para “manter o nível de investimento que suporte o nível de competitividade necessário, face a outros blocos que poderão sair desta crise mais fortes do que nós”, alerta. O presidente da AFIA lembra que no final de 2019, a fileira automóvel valia 7,5% do PIB e que 20% do investimento em Portugal é da responsabilidade da indústria do setor. Mais do que nunca, importa “fazer trade off entre saber e empresas e aumentar a competitividade”, salienta, recordando que “a maioria das empresas são PME muito desgastadas com a covid-19”. A sua robustez ajudou a amortecer o impacto inicial da crise: “Mostraram resiliência, mas poderão ter problemas dado o esforço financeiro de investimento. Há que planear como enfrentar estes desafios e fortalecer as

cadeias de valor. Estamos num momento único de alteração de paradigma e em 10 anos nada será igual. O ritmo acelerado da tecnologia é um aliado para a superação e reinvenção do modelo de negócio. A robotização dos processos, a inteligência artificial, etc, possibilitarão acelerar os tempos de resposta. Trata-se de um desígnio nacional, considerando a capacidade de arrasto da indústria automóvel, em termos de investigação científica nas universidades e centros tecnológicos.” Em 2020, foram fabricadas 264.236 viaturas em Portugal, menos 23,6% do que no ano de 2019, de acordo com números da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), que adianta que 97% destes veículos se destinam ao mercado externo: Alemanha (20,4%), França (16,2%), Itália (11,7%), Espanha (11%) e Reino Unido (7,6%) são os principais clientes dos carros produzidos em Portugal. “Vamos ter de reiniciar todos os nossos processos de produção” e “melhorar as cadeias logísticas, para nos aproximarmos do centro da Europa, sede de muitas marcas”, sustenta Jorge Rosa, um dos diretores da ACAP, acrescentando que “defender a ferrovia é determinante para a nossa competitividade”. Jorge Rosa sugere ainda que se atraia investimento para o fabrico de baterias e nos semicondutores na PI. O gestor notou ainda que “a pandemia veio mostrar que a autonomia do ocidente face ao oriente ficou mais fraca”. Simplificar o acesso aos apoios e agilizar a cooperação ibérica parece ser a estratégia para superar a crise e muscular um setor que responde por uma parte significativa do PIB português e espanhol. Texto SM

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Retoma da economia espanhola dependente de estímulos financeiros A evolução da economia espanhola até ao final do ano deverá assentar numa recuperação, cuja profundidade dependerá de vários fatores, quer internos quer externos ao país. De acordo com um estudo do BFF Banking Group, intitulado “4º Trimestre de 2020: O lento caminho até à recuperação”, a evolução macroeconómica em Espanha e, em concreto em algumas das suas regiões, dependerá muito sobretudo de dois pilares: o evoluir da crise de saúde pública e controlo da pandemia através da vacinação, e ainda o apoio vindo do Plano de Recuperação da Comissão Europeia. O estudo regular do BFF Banking Group, relativo ao quarto trimestre de 2020, analisa não só a situação económica em Espanha neste período, como perspetiva a evolução para os próximos dois a três anos. Segundo frisa Nuno Francisco, Head of Portugal do BFF Banking Group, que falava num webinar dedicado ao tema “Covid-19 e o panorama económico de Espanha – um longo caminho para a recuperação”, o estudo evidencia que a recuperação este ano será mais ou menos acentuada, em função da evolução de três grandes indicadores: “a evolução dos planos de vacinação que estão em curso, o que irá permitir ir abrindo, de forma parcial, os setores mais expostos” da economia espanhola, como o turismo, hotelaria e restauração, e ainda “a capacidade do Governo de implementar as medidas certas”. Entre estas medidas está a gestão eficiente dos recursos financeiros que serão atribuídos pela União Europeia, no âmbito do plano de combate europeu ao impacto económico da pandemia. No evento online, realizado no passado dia 3, o responsável desta-

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cou que em 2020 o PIB espanhol terá tido “uma queda histórica” de 11%, para os 1.119,976 milhões de euros– quando em 2019 tinha crescido 2%. Apesar dessa quebra tão acentuada, nos dois últimos trimestres de 2020, a economia espanhola registou já uma recuperação, sobretudo no terceiro trimestre (crescimento de 16,7% face ao trimestre anterior, em que a queda tinha sido de 17,8%), enquanto no último quarto do ano a subida do PIB foi de apenas 0,4%, o que se terá devido ao novo crescimento dos casos de covid-19 no país, que limitaram mais uma vez a atividade económica. Os fatores que contribuiram mais para a quebra acentuada do PIB espanhol continuam a representar riscos para a economia a curto prazo, considera o mesmo responsável. Tratam-se de cinco riscos, que vão desde a grande dependência do setor dos serviços, nomeadamente a hotelaria, turismo e restauração, até à “dualidade no mercado de trabalho espanhol”, à intensidade do impacto epidemiológico no país, ou ainda à excessiva fragmentação do tecido empresarial, com forte incidência de microempresas e PME, que são

mais vulneráveis a paragens da economia. Ao nível do turismo, a perda de receitas da hotelaria terá rondado os 80%, estima ainda o INE espanhol. Um impacto sentido sobretudo nas regiões mais turísticas, como a Andaluzia, Baleares e Canárias, adianta o estudo do BFF Banking Group. Para 2021, “as previsões do Governo espanhol, no cenário intermédio ou normal, indicam um crescimento do PIB à volta de 7,2%, o que é um bom nível de recuperação face às quedas anteriores”, enquanto as da AIReF (Autoridade Independente de Responsabilidade Fiscal) são mais moderadas e apontam para um crescimento da economia de 5,5% (ver mais dados no quadro). Todavia, “estas previsões têm em conta já uma normalização da atividade económica”, por via dos planos de vacinação e da utilização dos fundos de recuperação da UE, ressalva Nuno Francisco. Num nível intermédio, estão as previsões do Banco de Espanha, que apontam para um crescimento do PIB de 6,8%, num cenário-base, e de 8,6%, no cenário mais favorável, para o conjunto deste ano. As previsões de crescimento para 2022


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e nível pré-pandemia só será atingido em 2023 e 2023 serão mais modestas, de 4,2 e 1,7%, respetivamente. Assim, “tudo aponta para uma retoma forte da economia em 2021, mas está tudo muito dependente de que não haja mais surpresas na evolução da pandemia, após esta terceira vaga”, conclui Nuno Francisco. A recuperação mais forte sentir-se-á, deste modo, a partir do terceiro trimestre, após a generalização da vacinação até ao final do verão, espera o BFF Banking Group. “Tudo indica que o regresso aos níveis de crescimento pré-pandemia só possa ocorrer, no cenário mais otimista, em 2023”, conclui o mesmo responsável.

Especificidades regionais podem condicionar recuperação No entanto, há ainda muitos riscos e incertezas a pairar sobre a economia. Uma das condicionantes pode vir também das dificuldades que se possam sentir em cada uma das comunidades autónomas de Espanha e que possam atrasar a recuperação global do país, alerta. Em causa estão as regiões mais afetadas nos últimos meses– como Madrid, Catalunha, Andaluzia, Baleares ou as Canárias, que tiveram uma forte exposição ao turismo, hotelaria e comércio, ou às indústrias têxtil e automóvel, dependentes de cadeias de fornecimentos internacionais (ver quadro na próxima pág.). O evoluir da dívida pública e da consolidação orçamental também pode ser um fator-chave na recuperação económica em Espanha. De acordo com as previsões de base da AIReF, o défice da Administração Pública de Espanha pode atingir os 8% do PIB, este ano, depois de em 2020 ter chega-

do aos 11%. Quanto aos prazos de pagamentos a fornecedores por parte das entidades regionais nas províncias espanholas, a situação ficou mais controlada com a intervenção do Governo espanhol, que injetou, nos últimos meses, "vários mil milhões de euros num plano financeiro sem precedentes" para as comunidades autónomas, que "evitou uma escalada dos prazos de pagamento face aos seus fornecedores", adiantou Nuno Francisco. Por seu lado, a situação em Portugal ter-se-á agravado, com "derrapagem dos prazos de pagamento aos fornecedores do Estado em 50 ou 60 dias, em média, entre maio e dezembro de 2020".

Espera-se que estes fundos comecem a ser distribuídos ainda neste semestre (durante a Presidência portuguesa da UE), para que o impacto positivo se sinta ainda este ano, frisa Nuno Francisco. O mesmo responsável defende também que o plano deverá ser concretizado da forma mais célere e eficiente possível, como fator “crítico para a recuperação de toda a economia”. Esta chamada "bazuca financeira permitirá minimizar os impactos sobre a dívida pública de algumas economias, para evitar que os danos que já provocou sobre o potencial de crescimento e os indicadores de dívida pública se convertam em danos estruturais”, acredita Nuno Francisco.

Políticas monetárias e novo Plano de Recuperação e Resiliência

Queda no comércio bilateral

As políticas monetárias e fiscais da União Europeia, com taxas de juro muito baixas, deverão continuar, por forma a estimular as economias dos 27 Estados-membros. As empresas esperam ainda que surjam medidas de estímulo microeconómico por via do Plano de Recuperação e Resiliência, que irá injetar nas economias dos 27 cerca de 750 mil milhões de euros.

Na introdução do mesmo evento, Miguel Seco, diretor da CCILE, enquadrou, por seu turno, a situação do comércio bilateral entre Espanha e Portugal, onde se espera que tenha ocorrido, no último ano, uma “queda significativa”, que poderá rondar os “três mil milhões de euros” (somando todo o volume de importações e exportações). Assim, Miguel Seco precisou que

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os dados acumulados dos 11 primeiros meses de 2020 revelam que as exportações de Espanha para Portugal rondaram os 18.100 milhões de euros, antecipando-se ”uma forte quebra” face ao ano transato. No ano de 2019, as vendas a Portugal totalizaram os 22.100 milhões de euros. Os dados anuais, que foram entretanto conhecidos, confirmam a quebra, com as exportações de Espanha para Portugal em 2020 a fixarem-se em 19.790 milhões de euros (ver págs. 58/59). No total, cerca de 17 mil empresas espanholas exportam para o nosso país, adiantou. Já o comércio de Portugal para Espanha, e de acordo com os dados completos de 2020, sofreu uma queda menor, atingindo 10.746 milhões de euros, enquanto no ano anterior tinha sido de 11.476 milhões. O representante da CCILE destacou ainda a disponibilidade desta

Câmara para apoiar os empresários de ambos os países, seja através de conferências, almoços de empresários (atualmente suspensos), centro de arbitragem de conflitos, até à promoção do comércio exterior, por via de missões empresariais, entre outras iniciativas. “Apesar das limitações de reuniões físicas, a Câmara encontra-se disponível a 100%” para os empresários e gestores, sublinha.

Quanto ao BFF Banking Group, é um banco especializado na gestão e aquisição sem recurso de créditos comerciais sobre o setor público, tendo como clientes entidades que fornecem a Administração Central, Administração Local, Serviço Nacional de Saúde (SNS) e outras entidades públicas. Está atualmente presente em nove países da Europa, incluindo Espanha e Portugal. Texto CF

Los nuevos negocios de la transición digital con el foco puesto en las personas Desde hace años oímos hablar de la transformación digital de las empresas. Es decir, de la integración de las nuevas tecnologías en todas las áreas de las compañías para cambiar su forma de funcionar con el fin de optimizar los procesos, mejorar su competitividad y ofrecer un nuevo valor añadido a sus clientes. Una transformación que ha ido avanzando a distinto ritmo pero que sin duda se ha visto impulsada como consecuencia de la pandemia. Este cambio se ha acelerado en todos los sectores. En dicha transformación han surgido nuevos modelos de negocio. No se trata solo de los más pun-

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teros, aquellos que se desarrollan en el admirado Silicon Valley, sino de miles de startups que surgen en todo el planeta y que desafían a las empresas a enfocarse en su transformación digital. “Los nuevos jugadores nos llevan a actuar. Son plataformas como Netflix, Amazon, Airbnb.., que traen nuevas formas de actuar y que nos van a forzar a todos a revisar el concepto de fricción y cómo lograr que nuestros clientes vuelvan”, señaló Ricardo Pérez, IE Business School, durante su intervención en el webinar “Transición digital IE Business School/CCILE”, realizado el pasado día 9 de febrero. Se trata

de plataformas que llevan a plantearse a las empresas dar la vuelta su modelo operativo. “Cada poco tiempo tenemos una moda y debemos aprender a interpretar mejor que modas vienen para quedarse. Hay que estar preparado para que no venza siempre el hoy. Muchas de las compañías que eran líderes ya no lo son tanto, hay nuevos estándares que nos hacen ver las cosas de distinta forma”, indicó el docente. Es importante tener en cuenta que estas plataformas que han ido surgiendo no son negocios nuevos, sino que utilizan la tecnología para que los intermediarios puedan ac-


tuar de forma más barata. Recordó que “se ha reducido la fricción en los dos lados y se trata de encontrar y cerrar la transición. Normalmente estas plataformas subvencionan a una de las dos partes y cuando reducen los costes tienen más usuarios de un lado”. Señaló también que las plataformas tienen mucho poder y pueden atraer a nuevos jugadores. “Estos efectos de red son enormes y nadie quiere múltiples plataformas en un mismo sector. Todas tienen el mismo problema, el coste de cambiarse de una a otra es muy reducido y trabajan mucho la personalización para que volvamos”. Ricardo Pérez insistió en la importancia que va a tener la personalización de los productos poniendo como ejemplo el caso de Amazon, “con un negocio de plataforma que les permite perder dinero en unas áreas y ganar mucho en otras. Sus ganancias proceden de vender tecnología a terceros”. Resaltó igualmente que es la tecnología la que “permite a los nuevos construir mejores modelos de negocio”. Y otro aspecto importante para tener buenos resultados es el de “entender lo que se quiere y luego invertir”. Y aunque la tecnología sea la protagonista de estos nuevos modelos de negocio dejó para todos una reflexión: “El equipo ganador será el de las personas con las máquinas”.

La transformación digital de MAFPRE En MAPFRE el proceso de transformación digital se asienta en dos ejes centrales: mejorar la orientación al cliente y alcanzar la exce-

mais próximo dos clientes, fidelizá-los e, deste modo, aumentar as vendas, numa altura em que os estabelecimentos comerciais são obrigados a manter as portas pra-

lencia operacional. Para ello están desarrollando proyectos de digitalización con el objetivo de mejorar la eficiencia operacional y el atendimiento al cliente. “Nos hemos basado en la orientación al cliente, es quien impone lo que necesita”, indicó Álvaro Castillo, director comercial MAPFRE, también ponente del webinar. La compañía ha optado por un modelo que facilite la interacción con los clientes. Para ello se han liberado de las operaciones del día a día que no aporta valor invirtiendo más en la relación con el cliente. La digitalización ha permitido a MAPFRE automatizar procesos y apostar en la mejora de la calidad de los servicios y de su relación con los clientes. Castillo señaló que todo el proceso de transformación digital a lo largo de los últimos años ha estado acompañado de una guía de orientación al cliente basado en un “modelo definido, muy particular, y poco extrapolable a otras empresas”. Y todo ello ha dejado ver que “lo importante en la transformación digital son las personas”. El director comercial de MAPFRE aseguró que si no hay cambio cultural de las personas “difícilmente vas a lograr cambiar las experiencias de las personas”. En los últimos años se ha produ-

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cido una constante evolución de todos los equipos multidisciplinares en los que se promueve el intercambio de ideas y de visiones. Al automatizar y digitalizar los procesos se ha conseguido, por ejemplo, el archivo de la documentación, las inspecciones digitales y el desarrollo de la firma digital, aunque este último punto todavía está en desarrollo. Se ha reforzado igualmente el área de cliente y se han reformulado los simuladores para mejorar la experiencia de uso, tanto para los agentes de la compañía como para el cliente final. Álvaro Castillo señaló la necesidad de contar con un proceso tecnológico que dé agilidad a todas las gestiones. “Faltan algunas cosas, como la firma digital. Nosotros vendemos servicios regulados, con un trasfondo legislativo muy importante. La seguridad jurídica de los contratos, hacerlo de forma digital, necesita una transformación muy importante. Hemos tenido que cambiar de mentalidad”, reconoció Álvaro Castillo. Texto BR

ticamente fechadas ao público, um todos os setores de forma transverpouco por toda a Europa, sendo sal, como enquadraram os oradores necessário passar grande parte do do webinar “Transição digital IE esforço de vendas para o onli- Business School/CCILE”, realizado ne. Esta transição "varre", assim, no passado dia 9.  MARÇO DE 2021

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Alterações ao regime excecional de mora no pagamento das rendas

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situação pandémica em Portugal que, em março de 2020, provocou o primeiro Decreto do Estado de Emergência seguido de rigoroso confinamento, reduziu, de forma abrupta e drástica, a generalidade dos rendimentos das pessoas e das famílias. No entanto, pelo lado da despesa não houve redução visível de custos e em muitas situações registou-se, ao invés, um agravamento (nomeadamente, os custos resultantes do encerramento generalizado e obrigatório das escolas e estabelecimentos equiparados). Com o objetivo de conter danos maiores e procurar atender às necessidades das pessoas, foi aprovada e publicada a Lei nº 4-C/2020, de 6 de abril, que criou o “Regime excecional para as situações de mora no pagamento da renda devida nos termos de contratos de arrendamento urbano habitacional e não habitacional, no âmbito da pandemia covid-19”. Na sequência deste regime excecional que visava acautelar as situações de mora e evitar a resolução de contratos de arrendamento, foi publicada a Portaria 91/2020, de 14 de abril, que definia os modos de execução daquela Lei, nomeadamente os termos em que é efetuada a demonstração da quebra de rendimentos para efeito de aplicação daquele regime excepcional a situa40 ACT UALIDAD€

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Por Eduardo Serra Jorge*

ções de incapacidade de pagamento sem juros, com período de carêndas rendas habitacionais devidas a cia até 31 de dezembro de 2020, a partir de 1 de abril de 2020. conceder pelo IHRU, no montanEm virtude da evolução da situate do diferencial do valor da renda ção pandémica, dos sucessivos condevida e que esteja acima da taxa finamentos, das constantes restride esforço de 35% do rendimento ções de alguns direitos e dos seus destinado à renda para habitação efeitos nos domínios económico e do agregado familiar. Assim, é social, o referido regime de exceção prorrogada a vigência do referido foi sofrendo ajustes e alterações, apoio financeiro até 1 de julho em sucessivas leis que visavam a sua de 2021 e aberto a novos pedidos adaptação à realidade vigente. que possam ocorrer a desde 1 de Em função dessas alterações, janeiro de 2021. impunha-se a revisão dos termos - Novas condições: Por outro lado, regulamentados pela Portaria é reduzida a taxa de esforço dos 91/2020, procurando assegurar a arrendatários, relativa ao pagacorreta execução do regime excemento da renda que serve de cional para as situações de mora referência para efeito de acesso no pagamento das rendas habitaao apoio financeiro do IHRU cionais, estabelecido pela Lei nº mencionado. Esta taxa passa de 4-C/2020, de 6 de abril e sucessivas 35% para 30%, considerando-se, alterações. agora, para cálculo do diferencial Foi, assim, publicada a Portaria de renda, o esforço de 30% do 26-A/2021, de 1 de fevereiro, que rendimento do agregado familiar altera a Portaria 91/2020 de 14 de destinado ao pagamento da renda abril e da qual resultam: devida pelo arrendatário. - Novos prazos: É prorrogada a - Comparticipações financeiras não vigência do apoio financeiro, con- reembolsáveis: É conferida, aos cedido pelo Instituto da Habitação mutuários destes empréstimos e da Reabilitação Urbana (IHRU) sem juros do IHRU, com baixo aos arrendatários, até 1 de julho rendimentos, a possibilidade de de 2021. A Portaria 91/2020 pre- requererem a conversão desses vira que os arrendatários que, em empréstimos em comparticipafunção das medidas tomadas no ções financeiras não reembolsáâmbito do combate à pandemia veis. Estes requerimentos serão sofressem uma redução superior analisados em função dos coma 20% do seu rendimento, podeprovativos de rendimento, que riam recorrer a um empréstimo deverão situar-se em torno dos


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

100% do valor da renda, e da verificação de estes arrendatários não usufruírem já de outros apoios à renda por parte do IHRU. Mantêm-se em vigor as restantes normas regulamentares da Portaria 91/2000, de 14 de abril, no apoio

ADVOCACIA E FISCALIDADE

às situações de mora e de impossi- e quanto às formas de demonsbilidade de resolução de contratos tração da quebra de rendimentos entrados em incumprimento por ocorrida.  motivo das medidas tomadas no âmbito do combate à pandemia da * Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria covid-19, nomeadamente quanto José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com ao apoio concedido aos estudantes

CRS Advogados abre escritório no Porto

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CRS Advogados integrou na sua equipa o advogado Filipe Pereira Duarte (na foto, o segundo a contar da esq.), que irá coordenar o novo escritório da sociedade na cidade do Porto. Filipe Pereira Duarte iniciou o seu percurso profissional em 2008 e transita da Abreu Advogados (Porto) para a CRS Advogados (Porto). Possui uma larga experiência na negociação e resolução de litígios judiciais, participou em diversas operações nos setores financeiro e empresarial, no acompanhamento de processos de insolvência e recuperação de empresas, bem como, na área de Direito Imobiliário. Contribuiu em 2017 para a elaboração do Projeto de Código de Recuperação e Insolvência para Timor-Leste e é autor de artigos sobre matérias relacionadas com as áreas de Direito Imobiliário e de

Insolvência e Recuperação de Empresas. O advogado é natural de Viana do Castelo e mestre em Direito, pela Universidade Nova de Lisboa. É ainda presidente da direção regional do Porto da ANJAP – Associação Nacional dos Jovens Advogados Portugueses. Nuno Pereira da Cruz (na foto, primeiro da esq.), managing partner da CRS Advogados, justificou a abertura do novo escritório com a necessidade da “proximidade com os seus clientes ser fundamental para os ajudar a superar a crise atual. Decidimos abrir um escritório no Porto, porque, nos últimos anos, fomos conquistando clientes no norte do país e queremos estar presentes neste momento difícil. Assumimos este risco, tal como os nossos clientes também assumem constantemente quando criam o seu negócio. Queremos fazer parte da

recuperação da economia e muito desse impulso passa pelo tecido empresarial do norte, com o qual nos identificamos. Acreditamos no projeto que temos vindo a construir nestes cinco anos e queremos continuar a inovar e a crescer. É um desafio, mas no passado já demonstrámos estar à altura dos desafios. Será mais um para vencer”, concluiu Nuno Pereira da Cruz. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ ccile.org Fotos DR

Em trânsito: » O advogado português João Vieicio, tecnologias emergentes e estratégias de desenra de Almeida (na foto) foi convidavolvimento sustentável - na era da Quarta Revolução do para advisory board do World Industrial. Economic Forum. João Vieira de O Advisory Board, cuja nomeação ocorre apenas por Almeida é o único europeu no órconvite, funcionará ainda como embaixador desta orgão de aconselhamento da iniciaganização, trabalhando para a inspiração e motivação tiva “New Champions”, do World da sustentabilidade e inovação das empresas. Economic Forum. A iniciativa “New Champions” reú» A BAS Sociedade de Advogados ne empresas de todo o mundo, com elevado potencial integrou na sua equipa três advogade crescimento e vontade de constituírem uma força dos: Beatriz Correia Mendes (a foto) de mudança económica e social a nível global. e José Sousa Carneiro, que foram Fundado em 1971, o World Economic Forum reúne nomeados associados da BAS, e anualmente em Davos e, em 2007, lançou o projeto Mariana Silva Antunes, que vem reNew Champions, para unir e potenciar organizações forçar a equipa de Contencioso Civil viradas para o futuro, com novos modelos de negó- e Laboral, Insolvência e Direito Civil. Ma m Ar Rç Ço O d De E 2021

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Recursos alternativos à insolvência

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erante a situação absolutamente excecional perpetrada pela covid-19 as pessoas singulares e coletivas ficaram abruptamente sem recursos financeiros para fazer face às suas responsabilidades, no seu dia a dia, provocando um descontrolo generalizado nas contabilidades das famílias e das empresas. Existem possibilidades de recuperação das empresas em situação económica difícil previstas na nossa lei, tanto judiciais como extrajudiciais. Importa esclarecer que a reestruturação do passivo prevista no plano de recuperação pode traduzir-se em várias possibilidades: 1. Moratórias; 2. Perdão/ diminuição de parte do capital da dívida; 3. Redução das prestações mensais/ períodos de carência do pagamento do capital da dívida/ conversão de créditos em capital social, entre outras; 4. Planos de pagamento. No plano de recuperação, também deve ser ponderado as possíveis dificuldades que possam existir na efetiva implementação das medidas tomadas. Em casos de força maior as empresas podem socorrer-se do despedimento coletivo de trabalhadores. Na verdade, é imperioso existir uma mediação entre credores (inclui-se o Estado, a Autoridade Tributária e a Segurança Social) e devedores, para permitir aos credores a aceitação de perdões de juros/coimas pelo atraso no cumprimento das obrigações vencidas, acordos de pagamento, redução do valor da dívida e renegociação dos contratos pode ser uma alternativa sem recurso ao regime automático de

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“cobrança coerciva”. Contávamos já no nosso regime com o Processo Especial de Revitalização – “PER”– , o Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas – “RERE”– e, agora, o Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas – “PEVE”. Com o PEVE, o espírito do legislador visa abranger todas as empresas que, comprovadamente, se encontrem “em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente ou atual” em virtude da pandemia da doença covid-19” mas que ainda sejam suscetíveis de viabilização. A lei dispõe ainda de um regime “excecional e temporário”, que permite a “prorrogação do prazo para conclusão das negociações encetadas com vista à aprovação de plano de recuperação ou de acordo de pagamento”, bem como “de concessão de prazo para adaptação da proposta de plano de insolvência”. São elegíveis todas as empresas que, a 31 de dezembro de 2019, tenham registado um ativo superior ao passivo. Em síntese, os meios existentes para evitar a insolvência são: 1) Processo extraordinário de viabilização de empresas (PEVE): é um processo judicial, que foi criado propositadamente nesta fase de pandemia, dirigido a empresas que se encontrem em situação económica difícil, em situação de insolvência iminente ou em situação de insolvência atual, desde que, em qualquer caso, essa situação resulte do impacto da pandemia da doença covid-19 e, que ainda sejam suscetíveis de viabilização, visa obter negociações com os credores com vista à aprovação de um acordo de viabilização, com uma restrutura-

Por Patrícia de Jesus Monteiro*

ção do seu passivo, conferindo-lhe a possibilidade de continuar a exercer a sua atividade e, assim, evitar a insolvência. O PEVE estará em vigor até 31 de dezembro de 2021. 2) Processo especial de revitalização (PER): é um processo especial para empresas que se encontram em situação económica difícil ou em situação de insolvência meramente iminente, mas que sejam suscetíveis de recuperação por terem viabilidade económica, e destina-se a obter acordos com os credores para a aprovação de um plano de recuperação, conferindo-lhe a possibilidade de continuar a exercer a sua atividade económica, e assim, impedir a insolvência de empresas. 3) Regime extrajudicial de recuperação de empresas (RERE): permite às empresas um acordo com os seus credores, com o objetivo de uma celebração de uma reestruturação empresarial que vise a viabilidade e manutenção da atividade. 4) Processo Especial para Acordo de Pagamento (PEAP): permite aos particulares que estão numa situação económica difícil estabelecer uma negociação entre os credores. Importa assim referir que estas alternativas à insolvência só poderão ser aplicadas desde que sejam consideradas em tempo útil e devidamente estruturadas. Por fim, quando não há recuperação possível, os particulares e representantes legais da empresa têm o dever de apresentar a respetiva empresa à insolvência. 

*Advogada PJM Advogados E-mail: pjm@pjmadvogados.com


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Construção vai crescer até 3,2% em 2021 O setor da construção em Portugal deverá manter a sua evolução globalmente positiva este ano, com o intervalo de previsão de crescimento a apontar para 1,2% a 3,2%, num valor médio de 2,2%. Trata-se de circunstâncias inéditas e ainda muito imprevisíveis, devido à pandemia de covid-19. A informação da “Conjuntura da Construção de janeiro”, agora divulgada pela AICCOPN-Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas e pela AECOPS-Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços, mostra que a generalidade das previsões divulgadas pelas principais entidades nacionais e internacionais indicam que Portugal deverá regressar a uma trajetória de crescimento a partir deste ano, mantendo-se o contexto de incerteza devido à pandemia e ao seu impacto. As projeções do Banco de Portugal apontam para

um crescimento da economia de 3,9% em 2021 e de 4,5% em 2022, depois da quebra de 7,6% do PIB estimada pelo INE para 2020. No ano passado, a construção de habitação manteve um nível de elevada procura em Portugal, e, segundo as associações, “continuou a beneficiar de um enquadramento macroeconómico marcado por taxas de juro historicamente baixas”. Até novembro de 2020, registou-se uma redução homóloga do número de fogos licenciados em construções novas de 1,3% e de 8,1% das obras de reabilitação de edifícios residenciais. Este

ano, as previsões apontam para uma descida da produção entre -2% e 0%, (-1% em média) uma interrupção da trajetória iniciada em 2014 que se deve “a um elevado nível de incerteza que poderá conduzir ao abrandamento de investimentos já previstos, bem como ao impacto da quebra ocorrida no licenciamento de obras pelas Câmaras Municipais”. 

JLL apoia SPX na compra do The Keys, na Quinta do Lago

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SPX – International Asset Management adquiriu o The Keys, projeto residencial inserido na Quinta do Lago, por um valor superior a 95 milhões de euros. Integrando-se neste prestigiado complexo turístico-residencial em Almancil, no Algarve, o The Keys será agora desenvolvido pelo novo proprietário, contando com um total de 72 unidades residenciais, numa área

residencial acima do solo de 45 mil metros quadrados. A SPX foi apoiada neste negócio pela consultora imobiliária JLL, que realizou os processos de due dilligence comercial e técnica, definiu o novo produto a desenvolver e apoiou a elaboração das estratégias de preço e de comercialização dos fogos. Quanto à assessoria jurídica, a SPX contou com a equipa liderada por João Torroaes Valente, da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados. “Trata-se de um projeto numa localização ímpar e com um enorme

potencial de valorização, que reflete bem as oportunidades que o mercado português oferece a investidores com um perfil de value add, ou seja, players que têm uma perspetiva de longo prazo e que estão dispostos a investir nos ativos para lhes adicionar valor. Numa altura em que continua a existir bastante liquidez a nível global, este tipo de investimento é muito importante para o mercado português”, afirma Gonçalo Santos, Head of Development, da JLL. A SPX, sigla que significa Schneider, Pandolfi e Xavier, apelidos dos seus fundadores, é hoje uma das maiores gestoras de fundos independente do Brasil. Conta com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Nova Iorque e Washington, tendo sob gestão ativos no valor aproximado de 40 mil milhões de reais (seis mil milhões de euros). 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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sector inmobiliario

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Millennium bcp utilizará apenas eletricidade 100% verde em 2021 E m 2021, toda a eletricidade que o Millennium bcp utilizar nas suas instalações em Portugal será 100% verde, num mix de energia produzida pela central fotovoltaica do banco e de energia adquirida com certificado de origem renovável. “O Millennium bcp assumiu perante a sociedade portuguesa que seria protagonista no processo de transição energética e que o faria através de alterações à sua política de crédito, do desenvolvimento de capacidades de assessoria aos Clientes, mas também, porque sabemos a importância do exemplo, de alterações às suas práticas e atuações. A utilização apenas de eletricidade

100% verde já em 2021 sinaliza bem a importância que damos aos aspetos relacionados com temas ESG (Environmental, Social and Governance)”, salientou Miguel Maya, presidente da comissão executiva do Millennium bcp. Já no ano 2020 foi dado um primeiro passo neste sentido, com toda a eletricidade usada pelo Millennium bcp nas suas instalações dos serviços centrais (Taguspark) a ser de proveniência renovável. Este ano foi dado mais um passo no caminho da sustentabilidade, com toda a eletricidade usada pelo Millennium bcp em Portugal (serviços centrais e sucursais) a ter origem em fontes

renováveis. A central fotovoltaica que o Millennium bcp tem nas suas instalações no Taguspark é composta por 3.703 painéis, instalados em três edifícios e é responsável, atualmente, por cerca de 10% de toda a energia consumida pelo banco nos serviços centrais. No esforço de mitigação das Alterações Climáticas, também as emissões de GEE (gases com efeito de estufa) têm vindo a registar uma diminuição consistente ao longo dos anos, o que permitiu já, no período 2012-2019, uma redução das emissões atribuíveis ao Millennium bcp de cerca de 46%. 

Tetra Pak é a única empresa do setor a ser reconhecida pela CDP com a qualificação máxima A

Tetra Pak, empresa líder mundial em soluções de processamento e embalagem alimentar, foi novamente reconhecida internacionalmente pela sua ação contra as alterações climáticas e proteção das florestas. A Tetra Pak torna-se, pelo quinto ano consecutivo, a única empresa fornecedora de embalagens de cartão a obter a classificação de duplo “A” na prestigiada ‘Lista A’ da CDP, uma organização sem fins lucrativos que se dedica à consciencialização global de investidores, empresas, cidades, estados e regiões para a importância da gestão do seu impacte ambiental. A Tetra Pak é uma das poucas empresas (1%) que obtiveram a classificação de duplo ‘A’, entre as mais de 5.800 empresas que foram classificadas, tendo por base dados obtidos através de questionários elaborados pela 46 act ualidad€

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CDP em 2020. Devido à sua ação significativa e comprovada sobre os riscos climáticos e a desflorestação, a Tetra Pak torna-se líder devido à sua ambição, ação e transparência no plano contra as alterações climáticas a nível mundial. O processo anual de divulgação e qualificação ambiental da CDP é amplamente reconhecido como uma referência na transparência ambiental corporativa. Em 2020, mais de 515 investidores com mais de 106 mil milhões de dólares em ativos e 150 compradores principais, com 4 mil milhões de dólares em despesas de aquisição, solicitaram às empresas que divulgassem os seus dados sobre o respetivo impacte ambiental, riscos e oportunidades, através da plataforma da CDP, tendo mais de 9.600 empresas respondido a essa solicitação.

A CDP utiliza uma metodologia detalhada e independente para avaliar estas empresas, classificando-as desde A (a pontuação mais alta), até D (a pontuação mais baixa), com base no caráter exaustivo da sua divulgação, na identificação e gestão dos riscos ambientais e na demonstração das melhores práticas associadas à liderança ambiental, tais como a definição de metas ambiciosas e relevantes. A pontuação atribuída pela CDP no que se refere à proteção das florestas é efetuada através de uma análise dos quatro produtos que causam um nível mais elevado de desflorestação: produtos de madeira, produtos pecuários, a soja e o óleo de palma. As empresas têm de obter a classificação “A” em pelo menos um destes produtos de risco florestal para que possam integrar a “Lista A” das Florestas. 


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Endesa quer investir 2.900 milhões de euros em projetos de hidrogénio verde A Endesa submeteu ao Ministério de Transição Ecológica uma carta de interesse para desenvolver na Espanha, tanto na Península como em áreas extra-peninsulares, até 23 projetos relacionados ao hidrogénio verde. O volume de investimento associado a todos eles, incluindo o investimento destinado às centrais renováveis que irão alimentar o funcionamento dos electrolisadores, é de cerca de 2.900 milhões de euros. Os projetos incluem diferentes ações em toda a cadeia de valor do hidrogénio verde: da produção ao consumo. “A Endesa quer mostrar seu claro compromisso com o hidrogénio verde como peça chave no processo de transição energética e descarbonização da economia. São objetivos nos quais trabalhamos há anos e que têm marcado a nossa estratégia de substituição progressiva da produção térmica por produção reno-

vável. Os 23 projetos de hidrogénio verde que agora apresentamos estão associados a uma capacidade de energia renovável de quase 2.000 MW ”, destaca o diretor-geral de Geração da Endesa, Rafael González. Esta potência representa mais da metade dos 3.900 MW que a empresa anunciou que iniciará em Espanha entre 2021 e 2023, de acordo com a atualização do seu plano estratégico anunciado no final de novembro passado. A concretização destes projetos contribuirá de forma decisiva para a concretização dos objetivos fixados para a primeira fase (2020-2024) do Roteiro do Hidrogénio, definido pelo Governo. Todos os projetos de produção de hidrogénio contemplam investimentos em parques de produção renováveis dedicados à alimentação dos eletrolisadores. Embora não exclusivamente,

uma vez que também têm a opção de despejar o excedente de eletricidade gerado na rede. O projeto mais avançado, até ao momento, é o desenvolvido em As Pontes (A Coruña) e contará com um electrolisador de 100 MW e seis parques eólicos associados, com uma capacidade total de 611 MW, cuja construção implicaria a criação de cerca de 1.600 empregos durante os 18 meses de construção. A construção do eletrolisador, que levaria cerca de 24 meses desde seu início, empregaria cerca de 120 pessoas. Sua operação e manutenção, por cerca de 20 anos, exigiria o trabalho de cerca de 100 pessoas. O investimento total do projeto As Pontes atingirá 738,2 milhões de euros e o funcionamento do complexo que teria uma produção de 10 mil toneladas de hidrogénio verde. 

Adecco distribui computadores para aulas online de crianças A

s aulas à distância estão de volta e a Adecco Portugal vai distribui computadores para suprir as necessidades dos alunos que, a 8 de fevereiro, irão recomeçar as aulas a partir de casa e não têm equipamento para o fazer. A empresa de recursos humanos e outsourcing fez o levantamento do equipamento informático usado e em bom estado, mas disponível na empresa, e reuniu alguns computadores pessoais, sendo que estes vão ser divididos entre os filhos dos seus funcionários e ao Agrupamento de Escolas de Quinta do Conde, onde foram detetadas necessidades das crianças e identificadas as garantias para uma correta distribuição dos laptops atribuídos. “É fundamental as crianças terem acesso universal à educação e não podemos depender do Estado para resolver todos

os problemas perante uma calamidade causada por fatores exógenos. A sociedade civil pode e deve mobilizar-se, contribuir e atenuar o drama da desigualdade”, justifica Carla Rebelo, diretora geral da Adecco Portugal, em nota de imprensa. Esta iniciativa “PC Educação para todos”, a circular nas redes sociais com o hashtag #PCeducacaoparatodos espera ter um “efeito de polarizador” noutras empresas, motivando uma onda de união e ajuda aos que dela precisam. Os colaboradores vieram agradecer a iniciativa em primeira mão. “As famílias viram-se obrigadas a adaptar-se a esta nova realidade da escola online, porém sem recursos informáticos suficientes para fazer face às necessidades. Este apoio da Adecco só vem evidenciar o compromisso da empresa para com o

bem-estar das suas pessoas e da sociedade em geral”, refere Susana Ferreira, funcionária da Adecco Portugal, “Nem todas as famílias têm possibilidade de adquirir um computador, pelas mais diversas razões, e o apoio do estado relativamente a esta situação não chega a todas as famílias (apenas abrange os alunos do escalão A). Os alunos de outros escalões, mesmo que as famílias não tenham possibilidades para adquirir equipamento informático, ficam automaticamente excluídos” refere também Joana Caetano, funcionária da empresa. “Com a campanha “PC Educação para todos”, a Adecco pretende dar um exemplo de união e solidariedade, numa intervenção ágil e rápida, que contribui para resolver o drama da desigualdade e acudir à importância e emergência da educação”, conclui ainda a diretora-geral.  março de 2021

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NOS e União das Misericórdias Portuguesas reforçam a parceria para inovação social A

NOS e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) renovam um acordo que visa a criação de um conjunto de benefícios no âmbito das comunicações eletrónicas e serviços conexos para as Santas Casas de Misericórdia em Portugal, bem como a implementação de projetos e soluções tecnológicas inovadoras com impacto social, principalmente dirigidas ao apoio domiciliário sénior. O protocolo, já celebrado em 2018 e que agora se renova, estabelece uma parceria para a implementação de iniciativas transversais na área das comunicações e da digitalização em prol de atividades de apoio social, e possibilita o acesso das 387 Misericórdias ativas em Portugal aos serviços de telecomunicações da NOS, com condições preferenciais. Face ao atual contexto de pandemia, soluções que permitam acelerar

a inovação tecnológica de entidades de apoio social podem contribuir diretamente para o combate ao isolamento e garantir a continuidade de atividades de assistência. Este acordo reforça o compromisso da NOS em ser o motor da transformação digital da sociedade portuguesa e permite, igualmente, uma redução de custos para as Misericórdias, servindo diretamente a missão da UMP que passa por orientar, coordenar, dinamizar e representar as Santas Casas, defendendo os seus interesses e organizando serviços de interesse comum. Nos serviços abrangidos neste protocolo incluem-se a voz móvel, envio massivo de SMS, internet móvel, voz fixa, televisão, gestão de frotas, videovigilância, e-mail, Wi-Fi nas instalações, acesso remoto seguro, videoconferência, sinalética digital, solução de armazena-

mento e partilha de ficheiros em cloud e virtualização de serviços de IT e Telco. Para Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, “a continuidade desta parceria representa uma vertente importante para a sustentabilidade das instituições, possibilitando-lhes o acesso a serviços e ferramentas tecnológicas que se revelam determinantes nas várias atividades de apoio social prestadas”. De acordo com Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS, “com a UMP iniciámos um caminho de inovação social e colocámos a tecnologia ao serviço da atividade das Misericórdias. Agora, vamos mais longe, e abrimos a porta para a criação de novas respostas digitais que permitam aumentar a eficiência dos cuidados em função das necessidades das pessoas idosas, das suas famílias e cuidadores”. 

Sociedade Ponto Verde e Delta contam piadas “recicladas” A

SPV e a Delta Cafés voltam a juntar-se para fazer da pausa para o café um momento especial, neste caso com mais humor e mais gargalhadas. “Piadas Recicladas” é o tema da nova edição colecionável de pacotes de açúcar, onde as piadas ganham uma nova vida através de conteúdos relacionados com a reciclagem e com os processos que dela derivam. A nova coleção pretende, de forma descontraída e divertida, passar a mensagem da reciclagem enquanto anima a pausa para café. “Esta iniciativa vem proporcionar alegria à vida dos portugueses quando todos nos vemos obrigados a esconder o sorriso. Além disso, nada melhor do que juntar o humor ao conhecimento sobre a reciclagem para perceber a importância que esta tem para o ambiente e para a sustentabi48 ACT UALIDAD€

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lidade”, refere Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde. A junção das marcas Delta e Sociedade Ponto Verde já vem de longa data e esta é já a terceira coleção de pacotes de açúcar temáticos dedicados à reciclagem. É, sem dúvida, uma excelente oportunidade de trazer ao cidadão conteúdo relevante, com grande proximidade, ao mesmo tempo que duas marcas potenciam sinergias na comunicação para a sustentabilidade. “Que nome se dá a um ecoponto que está sempre a postos?

Ecopronto.”, “Porque é que as garrafas cumprem sempre a sua palavra? Porque o prometido é de vidro.”, “Porque é que o ecoponto amarelo refila tanto? Porque passa a vida a levar tampas.”, são algumas das piadas reformuladas pela SPV em conjunto com a Delta Cafés, que vêm dar mais humor à reciclagem e torná-la num ato mais descomplicado. 


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Mercadona adere ao movimento Unidos Contra o Desperdício A Mercadona aderiu ao Movimento Unidos Contra o Desperdício, um movimento que pretende chamar a atenção para o desperdício alimentar. Assente em comunicação e de caráter informativo, nasce a 29 de setembro de 2020 o primeiro dia instituído pelas Nações Unidas como “Dia Mundial de Consciencialização para as Perdas e o Desperdício Alimentar”, que pretende desenvolver um conjunto de ações ao longo do ano, com o apoio dos seus fundadores, a fim de consciencializar a sociedade para a importância do tema. Na política da Mercadona estão incluídas algumas medias de combate ao desperdício tais como: uma gestão de stock rigorosa, o que otimiza o controlo das quantidades por forma a evitar/reduzir os excedentes; a doação de produtos ótimos para consumo cujo prazo de validade se aproxima do fim, o que permite à empresa não desperdiçar bens essenciais, e, desta forma, a Mercadona doa diariamente de cada uma das suas 20 lojas à cantina social respetiva; vender qualidade

priorizando-a sobre a estética, exemplo disso é o serviço de sumo de laranja espremido na hora, que é proveniente de laranjas de alta qualidade, mas que, devido à sua aparência ou menor tamanho, teriam uma saída mais difícil no mercado pela via normal (expositor de frescos). Francisco Mello e Castro, Coordenador Executivo do Movimento Unidos Contra o Desperdício, declara que “A chegada da Mercadona ao Unidos Contra o Desperdício é mais um passo importante naquela que é a principal missão deste Movimento. Poder contar com um player com uma dimensão ibérica de enorme relevância e que tem no seu ADN uma enorme preocupação em torno do tema do desperdício alimentar é, sem dúvida nenhuma, uma ótima notícia.” Ana Mendia, Diretora de Responsabilidade Social da Mercadona Portugal, afirma que “Foi com muito gosto que recebe-

mos o convite para nos associarmos ao Movimento Unidos Contra o Desperdício. Vemos no Movimento um veículo para consciencializar, motivar e difundir o que de bem já se faz nesta área. Na Mercadona, trabalhamos consciencializados para esta realidade ao longo de toda a cadeia de negócio. Desde a definição de produto, que começa nos nossos centros de coinovação com a colaboração dos nossos “Chefes” (assim nos referimos aos nossos clientes), passando pelo nosso Modelo de Qualidade Total, até à organização dos produtos dentro das nossas lojas, onde promovemos o consumo do útil e do necessário.” 

Imprensa Nacional-Casa da Moeda fornece cartões sustentáveis à presidência portuguesa da UE A

Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) forneceu à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 os cartões de identificação adotados pelo processo de acreditação, reciclados e amigos do ambiente. Construídos em PETG reciclado, estes estão pensados para contribuírem com um menor impacto ambiental no planeta. Todos estes cartões são assegurados pelo núcleo de acreditação da estrutura de missão da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (EMPPUE). Os cartões identificam todos os que pretendam aceder aos eventos organizados pela PPUE 2021.

Com design concebido pela estrutura de missão, coube à INCM a produção e impressão do verso do cartão. Já foram produzidos e entregues cerca de 20 mil cartões, estando mais dois mil prontos para ser entregues. Todo o ciclo de vida deste produto foi analisado, desde a origem das matérias-primas, à produção e fim de ciclo, de forma a avaliar como é que o PETG reciclado seria a melhor opção de material para os novos cartões. Andreia Cardoso, gestora de Inovação na INCM, explica que “o uso de materiais reciclados deve ser uma medida básica e obrigatória para a melhoria da qualidade ambiental. Este compromis-

so, juntamente com a quebra do ciclo de desperdício e aumento da reciclabilidade, terão um impacte ambiental inimaginável”. O PETG reciclável é um tipo de poliéster que não liberta substâncias perigosas, do início ao fim do seu ciclo de vida. Este tipo de constituição permite que a sua reciclagem e incineração se realize sem emissão de gases nocivos. É ainda uma alternativa com eficiência energética: ao reciclar o plástico, 80% da energia total gasta no fabrico de novos produtos de plástico é economizada, bem como a redução da quantidade de plásticos virgens e consumo de água.  MARÇO DE 2021

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Papiro poupa cerca de 14 mil árvores em 2020 A

Papiro, empresa portuguesa que tem como atividade principal o fornecimento de soluções integradas de gestão documental, apresentou hoje os dados relativos ao ano de 2020, no âmbito do serviço de destruição documental, onde refere ter poupado um total de 13.750 árvores e enviado mais de 750 toneladas de papel para reciclagem, o que resulta num crescimento de 57% face ao ano anterior. Num claro contributo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nomeadamente a garantia de padrões de consumo e produção sustentáveis, a Papiro enviou ainda cerca de 2.500 contentores para reciclagem, em mais de 500 pontos de recolha a nível nacional. Luís Bravo, CEO da Papiro relembra que “apesar de tudo o que se está a passar no mundo, concretamente com a pandemia covid-19, a preocupação com o meio ambiente tem de estar presente e integralmente

enraizada na organização das empresas, principalmente nas que gerem grandes quantidades de arquivo e documentação”. “Este é o forte contributo da Papiro”, finaliza. A empresa estima, ainda, uma poupança de energia de 7.425.000 kilowatts, 74.250.000 litros de água e 1925.770.308 toneladas de dióxido de carbono, no decorrer do ano passado. O serviço de destruição documental da Papiro dispõe de condições diferenciadoras, utilizando o mais avançado equipamento do mercado, que assegura a destruição com a garantia de irrecuperabilidade e ilegibilidade dos documentos, de acordo com os requisitos da norma DIN 66399 e em conformidade com a norma ISO 27001 – Segurança da Informação,

ISSO 14001 – Gestão Ambiental e ISO 9001:2015 – Qualidade. Presente no mercado desde 2001, a Papiro disponibiliza serviços e soluções tecnológicas às empresas e instituições na resolução dos complexos problemas relacionados com a preservação, segurança e acessibilidade aos seus registos e informação, independentemente do suporte em que a referida informação se encontra depositada. Recentemente, a Papiro foi comprada pela EAD – Empresa de Arquivo e Documentação. 

BPI e BPI Gestão de Ativos aderem ao United Nations Global Compact O Banco BPI e a BPI Gestão de Ativos acabam de formalizar a adesão ao UN Global Compact (UNGC), iniciativa mundial de cidadania empresarial que lhes permite aceder a programas de sustentabilidade segundo as mais avançadas tendências internacionais. As duas entidades do Grupo CaixaBank juntam-se à BPI Vida e Pensões, signatária desde 2020, e, através do Global Compact Network Portugal, assumem o compromisso de aplicar os Dez Princípios do UN Global Compact na sua estratégia, cultura e operações diárias. Paralelamente, o BPI e a BPI Gestão de Ativos vão envolver-se em projetos colaborativos que promovam os objetivos mais amplos de desenvolvimento das

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Nações Unidas, em particular os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2020, o BPI e a Fundação ”la Caixa” através das suas iniciativas deram um contributo para a totalidade dos 17 ODS, em matéria de compromisso com: Pessoas, Sociedade, Planeta e Alianças e Parcerias estratégicas. A adesão ao Global Compact insere-se igualmente na estratégia de Investimento Responsável da BPI Gestão de Ativos, que se torna na primeira Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo (SGOIC) portuguesa a aderir a esta iniciativa das Nações Unidas. Em maio de 2019, a BPI Gestão de Ativos já se tinha tornado signatária dos Princípios para o Investimento Responsável (UNPRI)

das Nações Unidas e em dezembro do mesmo ano aderiu à iniciativa Climate Action 100+. O United Nations Global Compact é uma iniciativa na área de cidadania empresarial, que teve a sua origem numa proposta do Secretáriogeral da ONU, Kofi Annan, no ano 2000. Assenta em dez Princípios Fundamentais, nas áreas dos direitos humanos, práticas laborais, proteção ambiental e anticorrupção, e visa promover o compromisso público e voluntário das empresas em cumpri-los, bem como alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos na Cimeira das Nações Unidas. O Global Compact conta com mais de 12 mil empresas presentes em mais de 160 países. 


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fazer bem

Primavera doa 50 computadores a alunos carenciados P ara apoiar o regresso de alguns alunos ao ensino online, a Primavera BSS e a Student Keep, projeto solidário de promoção da igualdade de acesso ao ensino, distribuíram 50 computadores pelos alunos mais carenciados dos agrupamentos escolares das regiões do Alentejo e Algarve. As verbas para aquisição dos computadores foram angariadas pela tecnológica, através da comercialização do livro infantil solidário “Salvador, o pequeno herói”, sendo posteriormente transferidas para a Student Keep, que adquiriu o material informático e entregou os equipamentos à DireçãoGeral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST), entidade responsável pela identificação dos agrupamentos escolares com maiores necessidades e respetiva entrega aos agregados familiares. Rui Nuno Castro, responsável pelo projeto Student Keep, salienta a impor-

tância deste apoio numa altura em que a ausência de tecnologia pode pôr em causa o futuro de milhares de jovens. “Numa era em que tudo caminha para o digital, facilmente poderemos imaginar o impacto da exclusão digital nos jovens, particularmente em pandemia, em que o acesso ao ensino passa por modelos online. Todos podemos fazer algo para ajudar e iniciativas como esta da Primavera são fundamentais neste apoio à inclusão digital”. Além desta iniciativa “no início da pandemia, a Primavera BSS formou professores para a utilização de tecnologias de suporte às aulas online, tendo como grande propósito promover a educação e a literacia digitais”, explica Ângela Brandão, vice-presidente da tecnológica. “O futuro é, sem dúvida, digital e enquanto sociedade temos de conseguir que todos os jovens, mesmo os mais necessitados, tenham acesso à

educação e à tecnologia para se poderem preparar da melhor forma para esse futuro. É nessa perspetiva digitalmente inclusiva que estamos a colocar os nossos esforços, apoiando esta causa, na qual nos envolvemos de uma forma muito especial, através deste conto infantil, que pode ser adquirido por famílias e educadores, mas que simultaneamente disponibilizámos às bibliotecas de todos os agrupamentos escolares do país”. “Salvador, o pequeno herói” é um conto infantil publicado pela Primavera BSS com uma dupla missão: ajudar os mais pequenos a compreender a atual pandemia e, por outro lado, angariar fundos para a disponibilização de equipamento informático para as crianças e jovens sem condições de acesso às aulas online. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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MARÇO DE 2021

AC T UA L I DA D € 51


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Adega de Cantanhede arrecada prémios, incluindo da “The Wine Advocate” E m 2020, os vinhos da Adega de Cantanhede conquistaram 126 prémios nacionais e internacionais, merecendo especial destaque oito Grandes Medalhas de Ouro, 44 Medalhas de Ouro e 10 pontuações acima dos 90 pontos em revistas internacionais da especialidade. Depois do Nossa Missão Baga Pre-Phylloxera tinto 2016 ter sido eleito para integrar o “TOP 100 Wine Discoveries 2020”, da publicação “Robert Parker - The Wine Advocate”, foi divulgada a lista de vencedores do “Concurso de Vinhos CA 2020”, onde se confirma que “é da Bairrada o melhor vinho tinto – também ele um Baga em extreme – desta competição. Se o Foral de Cantanhede Gold Edition Baga tinto 2011 chegou ao topo do pódio, ao arrecadar a Grande Medalha de Ouro na categoria de vinhos tintos, o Marquês de Marialva Arinto

Reserva branco 2019 conquistou uma Medalha de Ouro. Em comum, têm o terroir de Cantanhede e a autoria a cargo da Adega de Cantanhede, o que é revelador de um trabalho de qualidade e muita consistência. São ainda ambos monocastas: se o primeiro dá palco à Baga, a casta rainha da Bairrada; o Marquês de Marialva elege a Arinto, amplamente conhecida e usada nas várias regiões vitivinícolas portuguesas. Curioso o facto de serem duas castas que primam por uma elevada acidez, o que dá origem a vinhos vibrantes, com bom potencial de guarda e perfil gastronómico. Fundada em 1954 por uma centena de viticultores, a Adega de Cantanhede conta hoje com 500 viticultores associados ativos e uma produção anual de seis milhões a sete milhões de quilos de uva, constituindo-se como o principal produtor

da Região Demarcada da Bairrada, representando cerca de 40% da produção global da região. Hoje certifica cerca de 80% da sua produção, sendo líder destacado nas vendas de vinhos Bairrada DOC e Beira Atlântico IGP. Reconhecendo a enorme competitividade existente quer no mercado nacional como internacional, a evolução qualitativa dos seus vinhos é o resultado da mais moderna tecnologia, com foco na qualidade e segurança alimentar (Adega Certificada pela norma ISO 9001:2015, e mais recentemente pela IFS Food 6.1.), mas também da promoção das castas portuguesas, que sempre guiou a sua estratégia, particularmente das variedades tradicionais da Bairrada – Baga, Bical e Maria Gomes – mas também de outras castas que encontram na Bairrada um terroir de eleição, como sejam a Touriga Nacional, Aragonez e Arinto, 

Herdade das Servas estreia o monocasta Parcela C, sob a chancela da Single Vineyard

A

família Serrano Mira – proprietária da Herdade das Servas, no Alentejo, e da Casa da Tapada, nos Vinhos Verdes – acrescentou ao seu portefólio um novo Single Vineyard. Ambos tintos, depois do primeiro – o Herdade das Servas Parcela V, da colheita de 2011, lançado em 2016 – segue-se agora o Herdade das Servas Parcela C, de 2016. Com origem na vinha da Cardeira Velha, é 100% 52 ACT UALIDAD€

MARÇO DE 2021

feito com uvas da casta Carignan, sendo, por isso, um tinto fresco e elegante, bem revelador da casta. A família Serrano Mira tem um cuidado particular na preservação do património das suas Vinhas Velhas, procurando que se expressem na plenitude em vinhos cuidados e detalhados, como é o caso deste. Com origem em Espanha, é uma variedade de uva que se dá bem em regiões com muitas horas de sol e solos pouco férteis, fatores que limitam a produção e, por conseguinte, aumentam a qualidade e longevidade dos vinhos a que dá origem. É uma casta vigorosa, com maturação tardia, película grossa e mosto de elevada acidez natural, que se reflete em vinhos frescos e elegantes. “Carignan foi uma casta bastante pre-

sente no Alentejo de outrora, quase extinta nos dias de hoje e pensamos que nunca antes foi engarrafada em estreme nesta região”, revela o produtor. O Herdade das Servas Parcela C tinto 2016 mostra todo o caráter e a frescura das uvas de Carignan, neste caso, plantadas em vaso – logo, de baixa produtividade–, numa parcela de 13 hectares, que data de 1974 e está na Vinha da Cardeira Velha. Depois de desengaçadas, as uvas fizeram a maceração pré-fermentativa durante 48 horas, em lagares de mármore. A fermentação foi feita em lagar e em cubas de inox com controlo de temperatura. Seguiuse um estágio de um ano, em barricas novas de carvalho francês, e depois o estágio em garrafa na cave da Herdade das Servas. 


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Barca-Velha 2011 chega ao mercado em abril

D

epois de em outubro passado, como medida de precaução e como recomendam as boas práticas enológicas após um rearrolhamento, ter decidido adiar o lançamento de Barca-Velha 2011, a Sogrape anuncia agora que o vinho chega finalmente ao mercado em abril. Para o Presidente da empresa, Fernando Cunha Guedes, “Entre todos os Barca-Velha, e por todos os episódios que o seu lançamento encerra, 2011 é o maior símbolo de uma busca apaixonada pela perfeição”. Dez anos depois de uma vindima excecional na região do Douro, Barca-

Velha 2011 quer fazer jus aos seus antecessores, mostrando que “o vinho é que manda!”. O comentário é do enólogo Luís Sottomayor, responsável máximo pela decisão de trazer BarcaVelha à luz do dia. “Depois do rearrolhamento efetuado em setembro, o vinho tem demonstrado uma excelente evolução, estando já a revelar em pleno o seu bouquet”. O comentário do enólogo surge no final da prova efetuada há dias, que libertou o Barca-Velha 2011 para o mercado, trazendo aos seus fãs boas notícias: o 2011 está aí, para dar continuidade ao sonho de Fernando Nicolau de Almeida, que em 1952 decidiu criar um vinho tinto do Douro assente na mesma filosofia de qualidade e de guarda dos Portos Vintage! Na opinião do enólogo Luís Sottomayor,

vinte colheitas depois, surge mais uma edição que promete prestar homenagem à arte de saber esperar para descobrir “um vinho cheio de garra, com enorme maturidade, que reflete na perfeição o terroir do Douro Superior”. Com uma cor rubi profunda, Casa Ferreirinha Barca-Velha 2011 apresenta um aroma muito complexo, com destaque para as especiarias como a pimenta, as notas balsâmicas, a cedro e caixa de tabaco, frutos vermelhos, como a ameixa madura, ardósia e uma madeira de grande qualidade, bem integrada. Na boca, tem uma acidez vibrante, muito viva, taninos muito firmes, notas de especiarias, frutos pretos e sabores balsâmicos. O final é extremamente longo, de grande elegância e complexidade. O ano de 2011 registou um inverno frio e muito chuvoso, o que contribuiu para a reposição das reservas de água no solo. Entre o final da primavera e o início do outono, o clima foi seco. O verão ameno e a disponibilidade de água no solo permitiram uma maturação das uvas muito equilibrada, segundo destacou o produtor duriense. 

Pouca Roupa apresenta dois vinhos vegan L ançados no mês passado, os novos vinhos da João Portugal Ramos vieram aumentar a gama do Pouca Roupa. São três as referências a experimentar, todas de 2020 e duas delas vegan, o que representa uma novidade dentro das sugestões deste produtor de vinhos do Alentejo. Este é o caso do Pouca Roupa Rosé e Pouca Roupa Branco. Apenas são usadas proteínas de origem vegetal nos processos de clarificação do vinho, o que faz com que fiquem mais limpos e conservados por mais tempo. O Pouca Roupa é uma marca da João Portugal Ramos criada já em 2014 pelo enólogo João Maria Portugal Ramos, filho do produtor alentejano

João Portugal Ramos. Assumindo desde sempre um posicionamento “mais jovem e uma linguagem mais próxima dos clientes”, a João Portugal Ramos veio há poucas semanas diversificar a sua oferta, com esta nova colheita de 2020. Os três vinhos vão estar à venda nas garrafeiras e nos supermercados a um preço recomendado de 4,49 euros. Nas notas de prova, o vinho branco introduz algum sabor a fruta tropical e deve ser acompanhado com peixe, marisco ou pastas. Já o rosé, apresenta uma cor salmão e serve de aperiti-

vo, ou para acompanhar saladas ou pratos orientais. Quanto ao tinto, apresenta-se com aromas a frutos vermelhos, cereja e amora. Esta será uma boa escolha para beber com pratos de caça, de comida típica portuguesa ou carnes vermelhas, realça o produtor alentejano. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile Fotos DR

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Toyota Yaris Cross híbrido Mais eficiente e espaçoso Toyota Yaris Cross é a primeira incursão da marca no concorrido segmento dos SUV utilitários. Eficiência, baixas e emissões e até tração integral.

O

Fotos DR

Yaris Cross beneficia da apresenta emissões de apenas 120 g / quarta geração da tecno- km de CO2 e a versão AWD-i menos logia híbrida da Toyota. A de 135 gramas/ quilómetro. Toyota foi pioneira no uso de tecnologia Full Hybrid em automóveis do segmento B com a introdução do primeiro Yaris Hybrid em 2012. Desde então, mais de meio milhão foram vendidos na Europa, tornando-se um sucesso, não só como modelo, mas na consciencialização do público relativamente à eletrificação. O novo sistema híbrido tem uma potência máxima de 116 cavalos. Atenção especial foi dada à entrega de energia, tornando o sistema muito responsivo e rápido. Em termos de eficiência de emissões, o modelo de tração dianteira 56 ACT UALIDAD€

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Mantendo proporções relativamente compactas, recordamos que o novo Yaris é dos modelos mais pequenos do seg-


sector automóvil Setor automóvel

mento, contamos agora com mais 240 milímetros de comprimento, para um comprimento total de 4.180 milímetros. É também 20 milímetros mais largo e 90 milímetros mais alto que o Yaris. Quanto ao design, encontramos uma abordagem mais convencional do que aquela que foi adotada no Toyota C-HR. Olhamos para o pequeno Toyota Cross Yaris e encontramos mais semelhanças com o Toyota RAV4. Sem surpresa, encontramos no interior do Toyota Yaris Cross exatamente as mesmas soluções do seu irmão mais citadino e do seu irmão mais espigado, o Toyota GR Yaris. Naturalmente, fruto das proporções mais generosas da carroçaria, poderemos encontrar mais espaço para os

passageiros e respetivas bagagens, ainda que nesta primeira fase a Toyota não tenha revelado os números. No porta-malas, por exemplo, a versatilidade foi reforçada. O piso pode ser ajustado em altura e também pode ser dividido em dois, dependendo das necessidades. Existe até um sistema de cintas que permite prender objeto sem ter que se preocupar com as curvas das nossas estradas. Tal como no Yaris, também neste Toyota Yaris Cross a marca nipónica seguiu o estilo «nimble diamond», algo como diamante ágil, tentando transportar para as linhas da carroçaria as formas angulares e robustas do diamante. Um dos recursos que define o novo Yaris Cross como um SUV autêntico,

é a disponibilidade de um sistema inteligente de tração às quatro rodas, um recurso exclusivo na sua classe para um modelo híbrido. O sistema AWD-i fornece estabilidade e tração adicionais em condução diária, em condições de piso precárias e em superfícies com baixa aderência. O sistema elétrico, é mais compacto e pesa menos que as unidades AWD mecânicas, ajudando o Yaris Cross Hybrid AWD-i a obter melhor consumo de combustível e emissões de CO2, do que qualquer um de seus concorrentes com tração integral. Em Portugal, o novo B-SUV da Toyota vai estar disponível apenas associado à motorização 1.5 Hybrid de 116 cavalos que já conhecemos do Yaris.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial hispanoportugués en 2020

S

e acaban de hacer públicas a través de la plataforma Datacomex de la Secretaria de Estado de Comercio las estadísticas oficiales del comercio exterior español referentes al conjunto del año 2020, periodo en el que el comercio bilateral registra importantes descensos como consecuencia naturalmente del impacto económico y social a nivel mundial de la pandemia, que tuvo su inicio en marzo de 2020. En 2020 el comercio entre los dos países superó los 30.536,95 millones de euros, lo cual representa una quiebra del 8,9 % respecto al año 2019 en el que se alcanzaron los 33.527,31 millones. De la cifra total, 19.790,94 millones de euros corresponden a las ventas españolas y 10.746,01 millones a las compras españolas de Portugal. Se mantiene, por tanto, un superávit que supera los 9.044,92 millones de euros y una tasa de cobertura del 184,2%.

A pesar de esta evolución negativa el mercado portugués mantiene un peso muy importante en el comercio exterior español como se comprueba en los cuadros 2 y 3 que recogen la evolución mensual del comercio en los dos últimos años. Portugal ocupa el cuarto puesto entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,2% y la sétima posición entre los principales proveedores de España cuyo peso relativo asciende a los 4,1%. En la distribución geográfica por CC.AA., Cataluña encabeza la lista de la oferta española, con 4.212,94 millones de euros (21,3% sobre el total de las ventas españolas a Portugal), seguido de Madrid, con 3.397 millones (17,2%) y Galicia, con 2.729,24 millones (13,8%). Por lo que a la demanda española se refiere, Madrid lidera el ranking, con 1.757,09 millones de euros (16,3%), seguido de Cataluña, com 1.713,76 millones (15,9%), y en la tercera posición Ga-

licia, con 1.702,3 millones (15,8% sobre el total de las compas a Portugal). Este conjunto de tres CC.AA. representó, en dicho periodo, el 51% del comercio hispano portugués. Se mantiene la estructura a groso modo de la distribución sectorial de los años anteriores en la cual la partida 87-Vehiculos automóviles; tractor (ventas por valor de 1.659,4 millones de euros y compras por 1.293,4 millones), que lidera ambas listas y , por tanto con un importante peso en el comercio bilateral. Destacan entre los principales productos de la demanda española la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos, con 878 millones de euros, seguido de la 39-Materias plásticas; sus manufacturas, con 742,9 millones, la 27-Combustibles, aceites minerales, con 545,1 millones, y la 72-Fundición, hierro y acero, con 499 millones. Este conjunto de seis partidas, que utiliza la nomenclatura Taric (Clasi-

Balanza

1. Balanza comercial España - Portugal en 2020 VENTAS ESPAÑOLAS 20

COMPRAS ESPAÑOLAS 20

VENTAS COMPRAS Cober 20 % ESPAÑOLAS 19 ESPAÑOLAS 19

Saldo 19

Cober 19 %

ene

1 778 762,75

1 003 845,34

774 917,41

177,19

1 823 840,83

960 298,52

863 542,31

189,92

feb

1 724 629,55

1 005 714,30

718 915,25

171,48

1 755 163,11

914 935,68

840 227,43

191,83

mar

1 581 766,04

906 741,35

675 024,69

174,45

1 901 704,13

996 118,03

905 586,10

190,91

abr

1 055 661,19

571 257,22

484 403,97

184,80

1 816 842,48

870 141,62

946 700,86

208,80

may

1 336 168,90

598 908,11

737 260,79

223,10

1 991 625,80

1 008 735,83

982 889,97

197,44

jun

1 718 689,32

852 608,01

866 081,31

201,58

1 765 524,30

931 033,62

834 490,68

189,63

jul

1 814 995,51

994 977,75

820 017,76

182,42

1 992 577,95

1 064 763,40

927 814,55

187,14

ago

1 489 093,95

758 815,50

730 278,45

196,24

1 562 980,51

690 813,31

872 167,20

226,25

sep

1 825 809,88

1 005 194,80

820 615,08

181,64

1 840 716,01

943 141,36

897 574,65

195,17

oct

1 906 349,26

1 017 340,08

889 009,18

187,39

2 129 627,07

1 103 675,11

1 025 951,96

192,96

nov

1 870 842,64

1 049 345,10

821 497,54

178,29

1 879 903,40

1 019 957,16

859 946,24

184,31

dic

1 688 171,73

981 264,79

706 906,94

172,04

1 690 769,87

972 423,36

718 346,51

173,87

19 790 940,72

10 746 012,35

9 044 928,37

184,17

22 151 275,46

11 476 037,00

10 675 238,46

193,02

Total

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

58 ACT UALIDAD€

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Saldo 20


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España 2020

ficación arancelaria integrada de los países comunitarios) representan el 41,1% del total de las compras españolas a Portugal. Respecto a la distribución sectorial de las ventas españolas que se recoge en el cuadro 5 destaca la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos, con 1.554,2 millones de euros, seguido de la partida 85-Aparatos y material eléctricos, con 1.464 millones, la 39-Materias plásticas; sus manufacturas, con 1.084,8 millones, la 27-Combustibles, aceites minerales, con 896,4 millones, y la partida 72-Fundición, hierro y acero, con 690,4 millones. Este conjunto de seis partidas, que acumula un total de 7.349,2 millones de euros, representa el 37,1% del total de la oferta española a Portugal. A la hora de elaborar este documento y según una proyección recientemente publicado por la Cámara de España, en términos generales, el sector exterior volverá a crecer el año de 2021, las exportaciones españolas de bienes y servicios crecerán 13,6% y la compra de bienes y servicios un 13,3% y ello nos permite ser optimistas y afirmar que el comercio bilateral consiga niveles de recuperación superiores a estas cifras a lo largo del año. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal 2020 Orden Sector

Importe

1

001 Francia

42 177 220,49

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1 293 365,78

2

004 Alemania

29 567 071,55

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

878 027,78

3

005 Italia

20 471 987,27

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

742 857,44

4

010 Portugal

19 790 940,72

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

545 114,66

5

006 Reino Unido

17 014 247,60

5

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

499 046,14

6

400 Estados Unidos

12 196 099,23

6

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

466 021,34

7

003 Países Bajos

9 080 983,94

7

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

391 929,72

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

377 471,36

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

8

720 China

8 168 862,83

8 9

9

204 Marruecos

7 381 362,75

10

017 Bélgica

7 256 643,21

11

060 Polonia

5 991 227,88

12

039 Suiza

5 110 129,71

13

052 Turquía

4 260 747,24

14

412 México

3 215 834,15

15

732 Japón

2 518 425,19

16

030 Suecia

2 458 689,65

17

061 República Checa

2 415 914,10

10 746 012,34

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal 2020 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1 659 413,94

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

1 554 208,63

3

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

1 464 044,75

18

508 Brasil

19

038 Austria

2 212 498,93

4

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

1 084 769,32

20

952 Avituallamiento terceros

2 101 277,46

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

896 431,66

205 647 835,90

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

690 377,65

274 597 539,36

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

648 703,66

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

8

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

546 815,42

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

498 194,17

SUBTOTAL TOTAL

2 257 672,00

355 046,26

TOTAL

3.Ranking principales países proveedores de España 2020 Orden País

19 790 940,72

Importe

1

004 Alemania

2

720 China

29 333 254,74

3

001 Francia

28 522 238,20

4

005 Italia

17 803 188,74

5

400 Estados Unidos

14 051 802,23

6

003 Países Bajos

12 623 619,56

7

010 Portugal

10 746 012,34

8

006 Reino Unido

9 365 843,47 6 916 869,39

6.Evolución del intercambio comercial 2020

34 148 038,59

9

017 Bélgica

10

204 Marruecos

6 363 424,18

11

052 Turquía

6 314 263,13

12

060 Polonia

5 608 668,49

13

288 Nigeria

3 887 366,44

14

039 Suiza

3 836 684,14

15

061 República Checa

3 661 308,54

16

508 Brasil

3 515 427,42

17

412 México

3 458 834,30

18

664 India

3 297 547,23

19

959 Países y territorios no determinados.Intraco. 732 Japón

3 055 030,98

20

TOTAL Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

2 909 429,32

7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal 2020 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 20

COMPRAS ESPAÑOLAS 20

Cataluña

4 212 941,33

Madrid, Comunidad de

Madrid, Comunidad de

3 397 003,03

Cataluña

1 757 095,25 1 713 759,10

Galicia

2 729 242,09

Galicia

1 702 301,50 1 096 935,89

Andalucía

1 980 324,17

Andalucía

SUBTOTAL

209 418 851,43

Castilla-La Mancha

1 449 457,96

Castilla y León

917 901,99

TOTAL

261 175 457,71

Comunitat Valenciana

1 355 096,66

Comunitat Valenciana

842 636,76

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

MARÇO DE 2021

AC T UA L I DA D € 59


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

DP201102

Licenciado/a em contabilidade, economia ou finanças, com cinco anos de experiência e fluente em espanhol e inglês

OP210101

Distribuidores de equipos de estética

DP201102

Fabricantes de máquinas zanjadoras

DP201101

Empresas españolas de ferreterías

DP201001

Empresas portuguesas para a venda dos seus serviços/produtos relacionados com a Gestão Documental de fornecedores, empresas contratadas e prestadores de serviços

DP200902

Empresas españolas fabricantes de productos sin gluten (galletas y tortas)

DP200901

Empresas en el sector automovilístico

DP200702

Representantes comerciales y distribuidores en el sector vitivinícola, venta de cápsulas para vino, vino espumoso y aceite

DP200701

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Fabricantes portugueses de equipamentos de proteção individual Empresas portuguesas distribuidoras de frutas Empresas de elevadores hidráulicos para piscinas Importadores/distribuidores portugueses de cervejas artesanais Empresas portuguesas que produzem tecidos têxteis para hospitais e farmácias Empresas portuguesas de cebolas e batatas Empresas dedicadas à pesca Farmácias, hospitais e dentistas em Portugal

DE201102 DE201101 DE201002 DE201001 DE200701 DE200601 DE200504 DE200503

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

60 ACT UALIDAD€

MARÇO DE 2021


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

MARÇO DE 2021

AC T UA L I DA D € 61


calendário fiscal calendario fiscal >

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Março Declaração a enviar/Obrigação

Prazo Imposto Até

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica mensal e pagamento do IVA respetivo correspondente às operações efetuadas em janeiro/2021

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de fevereiro/2021

Entidades empregadoras

10

IRS/IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a fevereiro/2021

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

15

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em fevereiro/2021

Sujeitos passivos do IVA

22

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em fevereiro/2021

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

22

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a fevereiro/2021

Entidades empregadoras

22

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em fevereiro/2021

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

31

IRS

Comunicação da opção pelo regime de contabilidade organizada

Sujeitos passivos de IRS (Categoria B)

Através da declaração de alterações

31

IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial industrial ou agrícola

1ª prestação - 50% ou a totalidade do PEC. Não aplicável no período de início de atividade e no seguinte e dispensa em certas situações

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em janeiro/2021

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

31

IRC

Envio da declaração para opção (ou alterações) pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2020 noutro Estado-membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

62 ACT UALIDAD€

MARÇO DE 2021

O prazo de entrega da declaração foi alargado até ao dia 20 e o pagamento do imposto até ao dia 25, devido aos efeitos da pandemia covid-19

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

BE200147

M

BE200148

F

17/03/1992

BE200149

F

12/04/1995

BE200150

F

BE200151

F

BE200152

F

19/01/1992

BE200153

F

BE200154

Área de Atividade

ESPANHOL/ INGLÊS

ARTE / GRAFISMO E COMUNICAÇÃO

ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

INGLÊS/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

01/12/1975

ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL

M

18/02/1993

ESPANHOL

ADVOCACIA

BE200155

F

23/10/1980

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA

BE200156

M

ESPANHOL/ALEMÃO/INGLÊS/PORTUGUÊS/ITALIANO

COMERCIAL DE MÁQUINAS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL

BE200157

F

BE200158

F

06/03/1979

INGLÊS

ADVOCACIA

INGLÊS/ ESPANHOL/PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS / COMÉRCIO EXTERNO MARKETING

BE200159

F

ESPANHOL/INGLÊS/PORTUGUÊS

BE200160

F

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

DESIGNER DIGITAL

BE200161

F

ESPANHOL/PORTUGUÊS/INGLÊS

Gestão de StockS / Logística / Transporte

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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novembro de 2014

ac t ua l i da d € 63


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Livros

“Génio e Ansiedade - Como os Judeus mudaram o mundo 18471947” Marx, Freud, Proust, Einstein, Kafka, Wittgenstein, Sarah Bernhardt, Amadeo Modigliani, entre outros, são algumas das personalidades conhecidas de origem judaica referidas na obra do historiador Norman Lebrecht “Génio e Ansiedade - Como os Judeus mudaram o mundo 1847-1947”. O autor debruça-se sobre este período de 100 anos e conta a história de homens e mulheres, que ajudaram a transformar o mundo, referindo as suas proezas, mas também as contrariedades das suas vidas: “Muitos são sobejamente conhecidos –. Outros desapareceram da memória coletiva, apesar do seu impacto indelével no nosso quotidiano. Sem Karl Landsteiner, não haveria transfusões sanguíneas. Sem Paul Ehrlich não teríamos quimioterapia. Sem Siegfried Marcus não existiria o automóvel a gasolina. Sem Rosalind Franklin a genética seria bem diferente. Sem Fritz Haber não haveria culturas suficientes para alimentar a população atual. O que é que estes visionários têm em comum? As suas origens judaicas. O dom de pensar fora da caixa. O raciocínio rápido. Em 1847, menos de 0,25% da população era de origem judaica, contudo eles moldaram o século XX e viram o que os outros não conseguiram.” O autor, também de origem judaica, nasceu em 1948 em Inglaterra, e já editou mais de uma dezena de livros, sendo igualmente habitual crítico de música clássica.

64 act ualidad€

março de 2021

Teatro

“À Espera de Godot”, no Teatro S. João, no Porto Entre Vladimir e Estragon acontece um dos mais representados diálogos do mundo. Sabemos que esperam Godot, mas nunca saberemos quem é Godot. A peça “À Espera de Godot “, de Samuel Beckett regressa aos palcos portugueses, desta vez, ao Teatro Nacional de São João, no Porto. “Alguém escreveu que é uma peça onde ‘nada acontece, duas vezes’. Há uma árvore que reverdece na passagem do primeiro para o segundo ato. Há as botas de Estragon e o chapéu de Vladimir, dois palhaços-vadios que esperam e esperam. Samuel Beckett deu sólidos contributos para que a peça permanecesse num limbo de ambiguidade. Disse que “Godot” descendia de “godillots”, calão francês para… ‘botas’.” Estas pistas integram a sinopse do Teatro São João sobre a peça que o dramaturgo irlandês escreveu em francês e que foi publicada em 1052. O espetáculo estará em cena (sujeito a confirmação, devido aos condicionalismos que possam existir por causa da pandemia) pela mão de Gábor Tompa: “Encenador cosmopolita e multipremiado, diretor artístico do Teatro Húngaro de Cluj, na Roménia, desde 1990, e presidente da União dos Teatros da Europa desde 2018, Gábor Tompa é uma personalidade cuja importância extravasa os palcos. O crítico Georges Banu descreve-o como um ‘construtor de pessoas e de lugares’, um artista que olha com relutância para o ‘realismo’, um descendente de Kantor e ‘irmão’ de Josef Nadj. O Teatro Nacional São João convida-o para dirigir esta ‘tragicomédia em dois atos’, que ele tem visitado com regularidade, como um maestro que recria, com músicos diferentes, uma ‘estrutura musical de uma assombrosa precisão’.” Além de Vladimir e Estragon, integram a história as personagens Pozzo e Lucky. A interpretação é da responsabilidade de João Melo, Maria Leite, Mário Santos e Rodrigo Santos. A peça foi escolhida para o fim das comemorações do centenário do teatro São João: “O Centenário termina aqui, com À Espera de Godot. ‘Talvez devêssemos recomeçar tudo’, pondera Vladimir. ‘Pode-se começar de onde se quiser’, afirma Estragon.” De 7 a 27 de março, no Teatro Nacional de S. João, no Porto*

Seminário sobre Shakespeare no Teatro D. Maria II Escreveu peças no século XVI que continuam a ecoar nos palcos de todo o mundo. William Shakespeare é um dos dramaturgos mais conhecido, reconhecidos, estudados e representados de sempre. O Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, dedica-lhe um ciclo de seminários: “Um seminário para ler um autor fundador. Ao longo de quatro sessões via Zoom, serão lidas quatro peças de Shakespeare, todas a dialogarem com o nosso tempo” O tiro de partida foi dado por Macbeth, no passado dia 13 de fevereiro. Segue-se no dia 13 de março, a peça Rei Lear, a tragédia sobre um rei inglês, considerada uma das obras-primas de Shakespeare. O texto, de 1605, foi inspirado por antigas lendas bri-


espacio de ocio

tânicas e conta a história de um rei que enlouquece depois de ter sido traído por duas das suas três filhas, a quem tinha confiado o poder de governar. A leitura escolhida para dia 17 de abril recaiu na peça “A Tempestade”, uma tragicomédia, que muitos especialistas dizem que poderá ter sido a última peça escrita por Shakespeare. O autor situa a ação numa ilha remota para caracterizar o lado mais manipulador da política. O ciclo termina com a peça “Júlio César”, uma das diversas peças romanas escritas pelo autor inglês. A tragédia retrata a conspiração contra o ditador romano Júlio César, que culminou com o seu assassinato. O seminário é coordenado por Ana Luísa Amaral e é uma das atividades mantida pelo Teatro D. Maria durante o período de confinamento. Da programação atual deste teatro nacional, constam também várias peças de teatro, que podem ser visionadas online, por um preço de três euros. De 13 de fevereiro a 15 e maio, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa*

Exposições

Celeste Garrido e Manuel Vilariño, no MARCO O Museu de Arte Contemporânea de Vigo (MARCO) acolhe até 4 de abril as exposições “Seda de Cavalo”, de Manuel Vilariño, e “Os teus olhos dizem o que a tua boca cala”, de Celeste Garrido. A primeira é a maior mostra até à data com obras do fotógrafo e poeta, Premio Nacional de Fotografia 2007. Comissariada por Fernando Castro Flórez, a exposição conta a trajetória do artista, através de uma seleção de obras —fotografias, insta-

espaço de lazer

lações, videos, e também uma parte da sua produção poética. A artista galega Celeste Garrido “tem uma ampla trajetória em projetos teóricos e expositivos muito relacionados com identidade e com questões de género”. Esta mostra, “específica para o MARCO, foi desenhada a partir de uma cuidada seleção de obras em distintos formatos –na sua maioria de nova produção– que constroem um relato em torno da temática do corpo como material, como suporte, como sujeito e como recetor, com especial alusão ao corpo feminino e ao vestido como símbolo”. Até 4 de abril, no MARCO, em Vigo *Estas datas poderão ser alteradas, consoante as regras a estabelecer pela DGS, devido à evolução da pandemia. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Os clássicos de Gabriel Grun, em Madrid O argentino Gabriel Grun especializou-se em pintura figurativa, com fortes influências renascentistas, barrocas e da escola Flamenca. Na exposição “Arcanos, Sátiros e Al Alegorias”, patente no Centro de Artes de Vanguarda e Residência Artística Internacional em Madrid, a Neomudéjar, podemos ver influências de Ribera, Durero, Van Eyck ou Da Vinci. “O seu assombroso trabalho se diz herdeiro de uma arte clássica, não deixando de usar uma linguagem pessoal e um universo diferencial, que também evoca pontualmente pinceladas surrealistas”, lê-se na sinopse da mostra. Entre as obras, destaque para os retratos e autorretratos, evocação de temas clássicos como o ocultismo e o imaginário mitológico, pintados a óleo, com cores fascinantes, elaboradas de forma artesanal: utiliza óleos, pigmentos, minerais. Como o próprio pintor, nascido em 1978, advoga a arte dos nossos antepassados que perdura e recheia os museus de todo o mundo já não precisa de provar nada, usa uma linguagem que trans-

cende e prevalece. A pintura de Gabriel Grun é elaborada com precisão cirúrgica. “A obra respira uma contenção brilhante que irradia para lá do que a tela deixa ver. O retrato como linguagem universal, transcende a alegoria de muitos dos seus quadros. O detalhe preciso, invisível, obriga a um tempo de observação. Cada trabalho é uma mensagem codificada, uma suposição precisa que requer observação, paciência e conhecimento”, refere a sinopse. Até 28 de março, na La Neomudéjar, em Madrid março de 2021

ac t ua l i da d € 65


espaço de lazer

espacio de ocio

últimas

últimas

Statements Para pensar

“Dada a importância do setor turístico para Portugal, isto irá provavelmente atrasar a plena recuperação económica do país (...) [ainda assim] o choque da covid-19 será temporário (...) Embora esta crise vá ter, inevitavelmente, graves consequências para muitos trabalhadores e empresas, particularmente os mais expostos à atividade, a procura turística em Portugal deverá regressar aos níveis pré-pandemia” Análise da DBRS, realçando que Portugal recebeu, entre 2010 e 2012, em média, 14 milhões de turistas não residentes por ano, tendo este número aumentado para 27 milhões em 2019. Em 2020, oor efeito da pandemia, Portugal registou apenas 10,6 milhões de turistas e 26 milhões de dormidas (o valor mais baixo desde 1993) o que afetou o desempenho do PIB nacional, “Expresso”, 8/2/21

“As características que, antes da crise, tornaram Portugal atrativo para os visitantes a nível global irão manter-se durante muito tempo após a pandemia” Idem, ibidem

“O principal objetivo [do Portal da Inovação] é potenciar a inovação colaborativa em Portugal” João Neves, secretário de Estado Adjunto e da Economia, apelando à necessidade de várias entidades juntarem esforços em torno da recuperação da economia portuguesa, “Expresso”, 16/2/21

“Temos já em Portugal uma estrutura de produção de conhecimento avançado bastante consolidada e qualificada (...) [Falta ainda reforçar] os mecanismos de valorização desse conhecimento e da sua absorção pelas empresas, que nos últimos anos têm colaborado cada vez mais com as entidades do ensino superior e com as infraestruturas tecnológicas, no sentido de encontrar respostas para os seus desafios tecnológicos” António Bob Santos, administrador da Agência Nacional de Inovação, “Expresso”, 16/2/21

“O atraso de cinco semanas no plano de vacinação para imunizar a população contra o SARS-CoV-2 pode custar à Europa cerca de 90 mil milhões de euros, se o ritmo do processo não acelerar” Estimativas da Euler Hermes, publicadas no estudo “Vaccination delay to cost Europe

66 ACT UALIDAD€

MARÇO DE 2021

EUR90bn in 2021”, frisando que para alcançar o objetivo da CE de vacinar 70% da população adulta até ao verão de 2021, o processo terá de ser seis vezes mais rápido, pois ao ritmo atual demorará um ano mais, 19/2/21




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