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O tema da gestão do tempo tem sido alvo de várias publicações e ações de formação, assumindo cada vez mais importância na conjugação da vida pessoal e profissional. A obra “Gestão de Tempo e Organização do Trabalho”, da autoria de Fernado Boavida, foi “pensada para o público em geral”, enquanto “instrumento de grande utilidade para todo o tipo de profissionais, que trabalham individualmente ou em equipa, sujeitos à pressão de produzir os melhores resultados em tempo limitado”. “O livro, editado pela Pactor, permite uma aprendiza gem em várias vertentes, como se lê na sinopse: “planeamento a curto, médio e longo prazo; estabelecer a duração e datas-limite de tarefas; lidar com interrupções e urgências; organizar tarefas e criar agendas e listas; planear ciclos de trabalho e de descanso; gerir reuniões, equipas e projetos; e ser produtivo em teletrabalho.” O autor sustenta que o (in)sucesso pessoal e profissional depende em grande parte da (in)correta gestão do tempo. Se “a tomada de decisões é determinante para atingir bons resultados a nível pessoal e profissional, e com isso, a felicidade”, importa “estudar as decisões pessoais que condicionam a maneira como o tempo é utilizado, assim como os resultados obtidos nas atividades realizadas”. O livro inclui um conjunto de exercícios com o objetivo de consolidar os conceitos apresentados e levar o leitor a colocá-los em prática.
Teatro “Comédia de Bastidores”, no Teatro S. Luiz, em Lisboa
O teatro regressa aos palcos no dia 19 deste mês, de acordo com o plano de desconfinamento anunciado pelo Governo português. No Teatro S. Luiz, em Lisboa, entra em cena a 21 de abril a “Comédia de Bastidores” do dramaturgo britânico Alan Ayckbourn. Esta peça em três atos é “centrada na mudança de sorte de três casais”. A ação “decorre numa celebração do Natal e cada ato acontece na casa de um casal diferente num ano sucessivo”. A peça conta com a encenação de Nuno Carinhas e as interprestações de Benedita Pereira, Catarina Gomes, Paulo Freixinho, Pedro Frias, Pedro Galiza e Sara Carinhas. A história de Alan Ayckbourn procura explorar “o tema do materialismo, o que realmente significa ser rico e as lutas da classe média”.
De 21 de abril a 9 de maio, no Teatro de S. Luiz, em Lisboa*
Exposições “Bilbau e a pintura”, no Guggenheim
No século XIX, o País Basco atravessa um bom momento económico. Essa é também uma época de grande dinamismo artístico, nomeadamente na pintura. A mostra “Bilbau e a pintura”, patente no museu Guggenheim reflete esse momento alto da cultura basca: “Esta exposição contém a história visual de uma cidade, Bilbau do século XIX, que, apesar de ser invadida pelos franceses e sitiada pelos carlistas, de sofrer várias epidemias de cólera ―a primeira, em 1834, e a quarta, em 1893―, se consolida economicamente como uma grande cidade, onde prosperará um número importante de grandes artistas que antes tinham passado por Paris. Através de 27 obras pictóricas, em modo de time-songs ou canções do momento, entra-se na história da cidade. Estes quadros aguçam-nos a capacidade dupla de memória e conhecimento que a grande pintura possibilita.” ‘Tríptico da Guerra’, de Aurelio Arteta, é uma das obras que podem ser apreciadas nesta mostra. Esta composição, datada de 1937, terá sido produzida na mesma época em que Pablo Picasso pintava “Guernica” e ambas denunciam o horror da guerra civil. A obra de Arteta marca o fim deste auge da pintura basca, já que a guerra civil ditaria também um período negro para muitos artistas até aí vinculados à Associação de Artistas Basca. Além de Aurelio Arteta, a mostra inclui obras de Ignacio Zuloaga, Adolfo Guiard, Anselmo Guinea, Manuel Losada, Francisco Iturrino, os irmãos José e Ramiro Arrúe, Gustavo de Maeztu, Ramón Zubiaurre, José Mari Ucelay, entre outros.
Até 29 de agosto, no Museu Guggenheim, em Bilbau
Carlos Cruz-Diez: “O peso da forma”
Terá sido “um dos artistas abstracto-geométricos mais significativos da segunda metade do século XX”, começa por assinalar o Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, no texto sobre a mostra “O peso da forma”, que passa em revista a obra gráfica de Carlos Cruz-Diez, artista nascido em Caracas, em 1923, e falecido em Paris, em 2019). Ficou “conhecido sobretudo pelas suas ‘Fisicromías”, contribuições indeléveis na história da arte ocidental e um exemplo contemporâneo das tensões que opuseram cartunistas e coloristas durante séculos, numa disputa ao mesmo tempo técnica, estética e filosófica”. No domínio do design gráfico, “desempenhou um papel importante no desenvolvimento da indústria editorial venezuelana, ajudando-a a passar de uma empresa de técnicos (tipógrafos, diagramadores e impressores) para outra, onde o design agregou a sensibilidade formal e cromática do artista plástico ao ofício”. Na nota de impresa do Museu Rainha Sofia, destaca-se ainda que “a rápida expansão económica da Venezuela, impulsionada pela indústria do petróleo, exigiu das editoras venezuelanas um conhecimento em termos de comunicação visual de que careciam”, pelo que “os empresários procuraram a ajuda de artistas visuais”, como Carlos Cruz-Diez. A obra deste artista venezuelano “caracteriza-se por uma reflexão - por vezes obsessiva - sobre o que chamamos de peso da forma”. Esse peso é “ao mesmo tempo semântico e estrutural, positivo e negativo, libertador e opressor”. O designer procurou “soluções simples e eficazes”, baseadas “na coexistência ordenada e simbiótica de forma, cor e conteúdo”; Por outro lado, nas suas obras plásticas “parecia que a forma existia apenas para delimitar um espaço de interação cromática que não restringisse a luz e o caráter imaterial da cor”. Cruz-Diez entendeu que, “na arte de sua época, a cor ainda esperava uma solução que revelasse seu caráter mutante e luminoso”. As linguagens que utiliza para o conseguir são “essencialmente a justaposição e sobreposição de ecrãs a cores, vieram diretamente da imprensa, onde a reprodução de uma imagem a cores também se consegue pela superposição de quatro ecrãs a cores com diferentes ângulos de inclinação: um amarelo, um magenta, um azul e um preto”.
Até 21 de junho, no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid* *Estas datas poderão ser alteradas, consoante as regras a estabelecer pela DGS, devido à evolução da pandemia.
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Viagem pelo mundo da música eletrónica, no Google Arts & Culture
O primeiro sintetizador terá sido inventado em 1895, “a primeira pedra” para o lançamento do que poderá ser definido como música eletrónica. A Google Arts & Culture propõe uma viagem pelo universo da música eletrónica através da exposição online “Music, Makers & Machines”. Na verdade são vários os percursos sugeridos, com histórias, imagens e vídeos, reproduçãoes em 3D, etc, que contam a evolução da música eletrónica, recordando nomes como os Beatles, Kraftwer, Daft Punk, Vangelis ou Jean-Michel André Jarre. Nesta plataforma, pode conhecer melhor locais como o clube Tresor techno de Berlim ou a lendária Factory Records de Manchester, saber como Thaddeus Cahill inventou o colossal Telharmonium, uma máquina de produção e de partilha de música pelo telefone com 200 toneladas e 18 metros de comprimento, perceber quais as técnicas por detrás de sons que integram dez das mais icónicas músicas dos últimos 50 anos.