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Tesouros pedagógico, ambiental e

Para o coordenador pedagógico do Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes, a Bolsa de Sementes oferece três ganhos imediatos para os envolvidos. O ganho pedagógico possibilita que professores a alunos aprendam a conhecer as espécies florísticas, diferenciando nativas e exóticas. “Este aprendizado é para sempre, e o mais interessante é que esse processo de ensino aprendizagem coloca em prática o conhecimento empírico de pais, tios e avós, que conhecem a floresta e podem passar este conhecimento para os alunos”, esclarece. O segundo ganho é o ambiental, onde a Bolsa de Sementes promove uma diversificação genética das espécies nativas da Mata Atlântica ao distribuir sementes para os viveiros de todo o Brasil.

O terceiro ganho é o financeiro, onde as escolas são premiadas pelo seu empenho em coletar as espécies da Bolsa de Sementes. “Desde 2002 a Bolsa de Semente já protagoniza os três pilares do Desenvolvimento Sustentável, o social, o ambiental e o econômico. E esta certamente é a maior conquista do programa”, comemora. A partir da parceria entre município, Afubra e a Universidade

A proposta para os próximos anos é ampliar o número de espécies a serem coletadas, dando um destaque para as espécies do Bioma Pampa.

Federal de Santa Maria (UFSM), a ação tem por objetivo desenvolver uma educação ambiental através da prática de coleta de sementes de espécies nativas da Mata Atlântica, realizada pelas escolas parceiras. “A proposta para os próximos anos é ampliar o número de espécies a serem coletadas, dando um destaque para as espécies do Bioma Pampa.”

Conforme Fernandes, a ideia também é promover outras ações junto às escolas, como o Projeto NasceVida, que corresponde ao trabalho de recuperação e nascentes realizado pelas escolas parceiras do Verde é Vida. A proposta é formar uma parceria entre a escola, o proprietário da nascente e a Afubra, através do Verde é Vida, de forma a recuperar e proteger nascentes usando mudas produzidas a partir das sementes da Bolsa de Sementes. Outra atividade é o chamado Viveiro Floresta Escolar, que prevê a criação de um viveiro de espécies florestais nativas na escola de forma a subsidiar projetos de recuperação florestal na comunidade e ou região.

Este viveiro receberá sementes da Bolsa de

Sementes da Afubra, bem como orientação da equipe técnica do Departamento Agroflorestal da Afubra sobre planejamento, organização e produção de mudas em um Viveiro Florestal Escolar.

Ao longo dos anos, o professor José Leon lembra que a Bolsa de Sementes sempre passou por mudanças para se adaptar à realidade das escolas parceiras. “Acredito que nos próximos 20 anos isso deve continuar acontecendo, provavelmente estaremos ampliando o número de espécies florestais a serem coletadas, principalmente, aquelas que entrarem na lista de espécies em vias de extinção.” A ampliação no número de escolas e regiões de atuação também deve acontecer, assim como a inclusão de mais espécies do Bioma Pampa – os estudos já tiveram início com escolas da região Sul do Rio Grande do Sul. “A proposta é manter a Bolsa de Sementes em um permanente processo de ampliação e evolução, contribuindo com o desenvolvimento sustentável desta e das futuras gerações.”

Tendo em vista todas as ações desenvolvidas na nossa região pelo Verde é Vida, posso ressaltar a importância de cada uma delas para o crescimento e aprendizado dos alunos. Destaque para a Bolsa de Sementes, uma das ações que vem crescendo e, cada ano que passa, vem aumentando a coleta e o envolvimento das famílias dos alunos. Com o envolvimento dos pais de alunos e comunidade, se desta o aprendizado, conhecimento das árvores e os seus significados. Conseguimos, com isso, a sensibilização das pessoas e a preservação ambiental.

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