“Práticas de Animação”
ano 12 | número 13 | outubro 2020
Entre a proximidade e o afastamento: o papel da animação de idosos em contexto pandémico
Jenny Gil Sousa CICS.NOVA.IPLeiria-iACT, CI&DEI, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Politécnico de Leiria
Resumo Vivemos tempos de exceção. Nunca o mundo partilhou de igual forma, a mesma dor. O ano de 2020 trouxe consigo uma pandemia – COVID 19 – que colocou grandes desafios a todos: governantes, empresários, dirigentes, profissionais das mais variadas áreas e cidadãos no geral. É notícia a nível mundial. Pelas televisões, rádios e jornais percebe-se que o vírus pode infetar qualquer pessoa, mas que é mais impiedoso com os mais velhos. As pessoas idosas são, sem dúvida, as pessoas de maior risco. Este facto acaba por acrescentar pressão às instituições de apoio às pessoas idosas, designadamente, às estruturas residenciais, que não têm olhado a meios para combater a entrada do vírus. Contudo, neste processo, como é que fica a práxis quotidiana dos residentes e qual é o papel da animação de idosos neste âmbito específico? Para dar resposta a estas questões, foi realizado um estudo exploratório no âmbito dos Estudos Culturais que apresenta, num primeiro momento, um enquadramento teórico dos conceitos de envelhecimento, institucionalização e animação de idosos e, num segundo momento, os resultados obtidos a partir da análise de conteúdo das entrevistas semiestruturadas realizadas a 20 pessoas idosas institucionalizadas em estruturas residenciais, na zona centro de Portugal. Os resultados apurados permitem perceber que, segundo a perceção das pessoas idosas institucionalizadas, em contexto pandémico as atividades de animação se revelam ainda mais cruciais no processo de reorganização e ressignificação da sua vivência quotidiana.
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