Conectadas pela Lusofonia

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Conectadas pela Lusofonia

Por: Regan Andringa-Seed, Quinn Corrêa & Anika Velasco

1 Índice Introdução 2 Lusofonia 3 “Vidas em Portugues” - Regan Andringa-Seed 4-5 O mundo dos falantes de português é maior que você pensa - Quinn Corrêa 6-7 Portugal 8 Uma Carta do Porto - Anika Velasco 9-11 Uma Carta Para Minha Prima - Quinn Corrêa 12-13 Angola 14 Uma Carta de Angola - Regan Andringa-Seed 15-16 “Minha história também é importante” - Anika Velasco 17-18 Moçambique 19 A mulher: reverenciada ou condenada? - Anika Velasco 20-21 A condição da mulher em Moçambique - Regan Andringa-Seed 22-23 Cabo Verde 24 O vídeo de Cabo Verde 25 Sobre as Autoras 26

Introdução

Oi!

Este livrinho é uma reflexão de nossos pensamentos, emoções e as novas coisas que nós aprendemos durante nossa aula de Português 303-0 na Northwestern University! É uma coleção de nossos textos e o vídeo que fizemos durante o trimestre. O curso era sobre o mundo lusófono, com ênfase nos países Portugal, Angola, Moçambique, e Cabo Verde. Nós lemos e discutimos livros e artigos sobre eventos atuais e ideias fundamentais relevantes aos países lusófonos. Outro aspecto muito importante da nossa aula foi assistir filmes baseados em Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde. Através da literatura e o filme, pudemos aprender mais sobre os países e pessoas lusófonas ao redor do mundo.

Nós temos uma ligação especial com um dos países que estudamos neste trimestre: Portugal. Anika passou o outono em Lisboa, Portugal e ela gostou de aprender um sotaque novo.

Regan também foi a Lisboa para visitar Anika, e ela gostou de comer pastéis de nata! Regan e Anika praticaram seus sotaques com pessoas portuguesas, e quando Anika foi a aula de Português, falava com um sotaque português forte. Quinn vai estudar em Lisboa também no outono do ano 2023!

Nós esperamos que quando você leia nosso livrinho, você pense sobre como uma língua pode conectar pessoas em todo mundo. Português é uma língua bonita e especial que os falantes usam no Brasil, países na África, Europa e na Ásia. Nós queremos que você aprenda um novo conceito e tenha um bom tempo no mundo lusófono!

Boa leitura a todos!

Regan, Quinn & Anika <3

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Lusofonia

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“Vidas em Português”: Um filme que vai fazer questionar o que significa ser falante do português

Regan Andringa-Seed

O que você pensa ao imaginar uma pessoa que fala português? Um jogador de futebol brasileiro? Um europeu chique no elétrico de Lisboa? Um cozinheiro de comida japonesa em Tóquio? Provavelmente não é a última resposta. Mas, você sabe que mais de 300,000 pessoas no Japão falam português? No Japão, além das comunidades chinesas e coreanas, os brasileiros são a maior comunidade de imigrantes no país.

O filme “Vidas em Português” explora esse tema da lusofonia, ou seja, os países e comunidades do mundo onde a gente fala português. Acho que todos podem aprender algo do filme porque a comunidade de usuários de português no mundo é incrivelmente diversa e rica de matizes. Através do filme, você vai viajar para o Brasil, Macau, Goa, Angola, Moçambique, Japão, e Portugal. Desde Arthur Mussa Conselho e os outros trabalhadores de desminagem em Moçambique até Naoki Ikawa e os outros cozinheiros num clube no Japão, é muito surpreendente onde se pode encontrar o português. Todas as pessoas no filme falam português, mas suas experiências cotidianas e suas relações com a língua parecem noite e dia.

Eu sou uma pessoa que está aprendendo o português mas não me considero uma parte da lusofonia. Ao assistir esse filme, foi muito interessante sentir e presenciar a conexão feita possível pelo português. Ao ouvir e entender as pessoas ao redor do mundo, embora tenham sotaques muito distintos, eu me sinto empoderada. Também acho que é muito importante reconhecer que esses países agora estão unidos pela língua, mas estes laços têm suas origens na colonização por parte de Portugal. O espectador pode observar no filme como o conhecimento dessa história afeta as relações das pessoas com a língua portuguesa. Todo o filme baseia-se nas entrevistas de várias pessoas, e a paixão e as opiniões das pessoas brilham através da obra.

Por exemplo, Teresa Salgueiro, uma cantora portuguesa, fala da "distância que existe entre as duas maneiras de ser”, ou as duas maneiras distintas de falar a língua portuguesa no Brasil e em Portugal. Ela menciona a influência multicultural no Brasil, com as pessoas indígenas e da África, que por causa da escravidão e a colonização criaram uma versão diferente do idioma. João Ubaldo Ribeiro, um escritor brasileiro, descreve o idioma de Portugal como o “portuges padrão" e o idioma do Brasil como a "língua brasileira”. As pessoas das ex-colônias

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estão recuperando suas identidades independentes de Portugal, o país colonizador, através do idioma.

Sobretudo, eu recomendo que todos vocês assistam ao filme "Vidas em Português", mesmo que vocês não falem português. A história da colonização é um dos aspectos fundamentais que influencia o estado do mundo hoje em dia, então todos têm uma responsabilidade para aprender sobre esse legado. Ademais, o português é a sexta língua mais falada no mundo, e vale a pena aprender sobre essa bela língua e as pessoas cujas vidas ela toca.

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O mundo dos falantes de português é maior que você pensa

Durante o fim da semana passada, eu assisti a um filme que se chama “Vidas em Português”. O filme tem entrevistas com falantes de português em todas as partes do mundo. Eu passei muito tempo, quando assisti ao filme e depois, onde eu fiquei pensando sobre minha parte no mundo das falantes de português. Minha habilidade de falar português é muito especial porque minha família fala português e também, eu falo três línguas agora. Este filme explora o mundo da lusofonia e as vidas das pessoas moçambicanas, brasileiras, portugueses, e goesas. Todas as pessoas têm uma história importante para a lusofonia e quando uma pessoa assiste ao filme, pode aprender mais sobre diferentes experiências.

Qual é sua opinião?

Quando eu penso na língua portuguesa, eu penso no Brasil. Toda minha família brasileira fala português, e porque eu queria me sentir mais próxima a eles, eu comecei a aprender português. A língua portuguesa, para mim, é do Brasil. Mas, para muitos falantes de português, a língua é muito diferente. Eu uso português em minhas aulas de português e para me conectar com minha família pelo Whatsapp (um app muito popular no Brasil). Também, eu falo português nos Estados Unidos, um país que não tem o português como língua oficial. Essa experiência com português é completamente diferente das experiências dos falantes nativos. Eu falo português na escola ou com membros da família, mas tipicamente eu falo inglês. Para falantes nativos dos países que falam português, eles usam português o tempo todo. Eles se comunicam com gírias e sentimentos que só pessoas fluentes podem compreender. Eu tenho dificuldade quando eu quero expressar pensamentos mais elaborados. Português é uma língua muito bonita e complexa. A língua tem sotaques diferentes, palavras diferentes, e um significado diferente para pessoas dos países diversos. Quando eu assisti ao filme “Vidas em Português”, achei a diversidade fascinante. As pessoas têm vidas complicadas no mundo todo, mas todas falam a mesma língua. Qual foi sua experiência ao assistir ao filme?

Quando eu assisti ao filme, meu primeiro pensamento foi “Eu estou surpresa que eu possa compreender o que todas as pessoas dissem!”. Com sotaques e palavras diversas, eu precisava gastar mais tempo tentando entender o que eles estavam dizendo. Quando o filme tinha entrevistas com brasileiros, eu conseguia acompanhar. Mas quando o filme tinha entrevistas com pessoas dos países asiáticos, como Macau e Timor-Leste, eu fiquei confusa e necessitei mais

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tempo. Uma coisa muito interessante do filme foi as pessoas que têm as mesmas experiências nas vidas mas estão em lugares completamente diferentes. Um menino explica sua vida em um hotel com sua família. Ele fala sobre as partes difíceis sobre sua vida, mas ele tem esperança com seu futuro. Um homem de Goa fala sobre sua casa, que pertencia à sua família por centenas de anos. Quando ele mora em casa, quer praticar sua música e caminhar perto de casa. Uma mulher de Portugal fala sobre a importância da colonização, mas também da criação da língua portuguesa. Ela explica a beleza de português e o orgulho dela sobre sua língua. Muitas pessoas no filme falam sobre coisas novas para mim e explicam suas vidas com uma língua comum. Eu fiquei feliz pela minha capacidade de entender as histórias de outras.

Por que as pessoas devem assistir ao filme?

As pessoas deveriam assistir esse filme porque o mundo da lusofonia é muito profundo e intrincado. Durante o filme, muitas pessoas falam sobre suas experiências da vida e as coisas mais importantes. Algumas pessoas falam de português e o impacto que sentiram quando se comunicaram com português. Especialmente com as crianças, a habilidade de falar sua língua materna é muito importante e elas se sentem mais conectadas com sua cultura. O mundo é maior do que os falantes de português pensam e aprender sobre outras que falam a mesma língua é muito importante. Também estamos experimentando uma mudança ocasionada com a globalização e é mais fácil viajar e conhecer novas pessoas. Eu acho que muitas pessoas que assistem a esse filme, vão ter uma experiência fundamental e querem saber mais sobre diferentes culturas.

O que podem aprender?

Uma pessoa pode aprender muito. Primeiro, o filme fala sobre os países e regiões onde cidadãos falam português. Segundo, o filme tem entrevistas com pessoas que vivem em todos os lugares e trabalham em campos muito diferentes. Todos falam sobre suas experiências com português e sua conexão com sua cultura no português. Mais importante, o filme discute como as pessoas podem ser muito diversas, mas têm a língua e algumas influências em comum. O filme conta uma história pessoal para falantes de português e quando uma pessoa fala português, ele necessita aprender sobre as vidas das outras.

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Portugal

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Uma Carta do Porto

Querida amiga,

Bom dia menina! Kkkkk os portugueses sempre estão dizendo “bom dia”, “bom dia” e sempre referem-se a mim com “menina” que tive que fazer o mesmo com você. A visita a Portugal tem sido incrível! Tenho visitado várias partes do país inteiro, e todas são tão bonitas. Portugal tem uma combinação de beleza natural e estruturas históricas, as quais não esperava que fossem tão magníficas. A semana passada estive em Lisboa por uns dias para passear pela capital e depois viajei ao sul de Portugal, a Lagos, para passar tempo nas praias lá. Neste momento, estou escrevendo esta carta desde o meu hotel no Porto. Como descrever o Porto… nunca vi outra cidade que tenha a mesma energia do Porto.

Tive que tomar um autocarro de Lisboa para chegar ao Porto e a viagem durou quatro horas. Ao final da viagem, fiquei impaciente para chegar. Até houve um ponto durante o passeio onde pensei: Talvez não devesse ter planejado visitar o Porto se soubesse que ficaria tão longe de Lisboa. Não sei se lembra, mas só estou ficando em Portugal por dez dias antes de ir para a Espanha e depois regressarei à casa. Com tão pouco tempo, cada minuto era precioso. Mas não se preocupe! Assim que vi a ponte sobre o Rio Douro, eu soube que isto valeria a pena.

A cidade do Porto é tão bela, mas também tão antiga. A verdade é que acho que parte de sua beleza vem da sua antiguidade. Aprendi que houve um terremoto enorme no ano 1755 que destruiu grande parte de Lisboa, mas quase não afetou o Porto. Disseram-me que só três edifícios da cidade inteira foram destruídos por causa do desastre natural. As ruas na cidade são realmente pequenas, que tenho medo de ser atropelada embora esteja caminhando pela calçada! Os edifícios têm um toque encantador porque as fachadas são muito coloridas e combinam com o telhado de uma maneira tão particular que pareceu que estivesse vivendo dentro de um conto de fadas. Se tivesse que escolher minha cidade favorita entre Lisboa e Porto, sem hesitação escolheria o Porto.

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O que eu tenho notado especialmente no Porto é que, como no Brasil, a religião forma uma parte grande da sociedade portuguesa . Há tantas igrejas aqui! Entrei em uma das igrejas – a Igreja de Santa Clara – e foi muito interessante. A igreja estava coberta de detalhes intrincados forrados com ouro. Fazia-me lembrar muito da Igreja de São Francisco em Salvador na Bahia. Mesmo assim, a igreja de Santa Clara tinha um aspecto que, embora fizesse sentido, surpreendeu-me! O ouro da igreja é do Brasil. É ouro que foi levado do Brasil quando ainda era uma colônia portuguesa. Isso foi um pouco chocante porque dei-me conta da maneira em que a colonização do Brasil claramente forma parte da cultura portuguesa. A igreja não tinha nenhuma informação explícita sobre a origem do ouro – eu só descobri isso porque perguntei a um dos empregados lá sobre oouro. A igreja representa uma maneira de como Portugal ainda está colhendo certos frutos da época da colonização

Portugal é tão pequeno (nada como o Brasil!) que depois de visitar a igreja peguei um autocarro por trinta minutos para chegar à Praia dos Ingleses, que dava para o oceano atlântico. Enquanto via o pôr-do-sol, jantei um hambúrguer do restaurante que ficava lá na praia! Embora fosse um ambiente incrível, tenho que admitir que o hambúrguer estava muito ruim. Em meus dias aqui em Portugal, não encontro nada tão bom como a comida brasileira. Esse hambúrguer convenceume que os

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portugueses não conhecem a churrascaria e isso entristece-me muito. Que daria para poder ensinar aos portugueses como cozinhar carne de verdade. Aliás, eles não sabem o que perdem!

Depois que o sol se pôs, regressei ao meu hotel e agora estou lhe escrevendo. Amanhã vou acordar cedo para assistir a uma excursão de barco pelo Rio Douro. Estou muito entusiasmada por isso! Escreverei logo para você! Aqui estou desejando que as duas possamos voltar e explorar Portugal juntas.

Beijinhos, Anika

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Uma Carta Para Minha Prima

Oi Juliana!

Como vai, tudo bem? Eu sinto muito a falta de você e sua família. Como estão eles? Você começou seu mestrado agora? Eu estou muito orgulhosa de você, Juli! Esta é a minha primeira semana em Portugal e eu quero fazer tudo.

Durante meu primeiro dia, eu estava com muito fuso horário. Estou no Porto, Portugal, (eu tinha um voo directo) a segunda maior cidade de Portugal! Eu caminhei pelas ruas ao lado de meu hotel e vi os azulejos em paredes da cidade. Depois, eu fui a uma petiscaria perto do meu hotel, que se chama Cinderela e eu comi MUITO! Meu jantar foi queijo, peixe, pão fresco, e eu bebi um pouco do vinho (um alvarinho!). Eu caminhei a meu hotel e escutei todos os sotaques. Eu não pude compreender tudo porque os sotaques eram muito marcados e eu falo português brasileiro! Eu acho que, com o tempo, eu posso aprender a sonoridade do português de Portugal. Meu segundo dia foi muito divertido! Eu fui ao Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Eu vi uma exposição que se chama “Micro|Macro”. Eu pensei sobre minha responsabilidade no mundo e todas as pessoas que eu conheci. Você teria amado essa exposição, com a foto pequenina e as pinturas enormes. Eu necessitei de comida e fui ao café comer pastéis de nata, café, e sanduíches. A comida estava deliciosa! Eu conheci um novo amigo da França e nós falamos sobre nossas casas e famílias! Ele é de uma região da França, chamada Burgundy, e está aqui porque ele quer ver mais do mundo. Nós fomos ao Jardins do Palácio de Cristal juntos. As flores eram exóticas e havia muitas fontes. Eu caminhei até todos os jardins por duas horas e escutei a música ao vivo. Uma banda tocava música viva durante minha visita! Essa experiência foi muito especial! Eu fui ao meu hotel, depois, porque tinha feito uma reserva em um restaurante com estrela Michelin. Tal reserva foi um presente para mim porque eu sou uma fã de peixe. O restaurante (Antiqvvm) foi espectacular, com peixe perfeito, vegetais com tempero que complementava os sabores, e harmonizações de vinhos. Eu passei duas horas com uma refeição deliciosa e pessoas que também gostam de comida.

Meu terceiro e último dia no Porto foi triste porque eu gostava mais da cidade mas do que eu pensava antes da minha visita. Primeiro, eu fui à Livraria Lello que é um museu e também uma livraria. A arquitetura era magnífica, com vitrais e uma escada incrível. Eu comprei dois

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livros, um em português e um em inglês. Eu fui a uma catedral romana católica que se chama “Sé”. Essa catedral era muito bonita e silenciosa, com muitas pessoas rezando. Desculpe-me, mas eu necessitava de mais ruído, e fui ao concerto na Casa da Música. Eu assisti Música e Mito, um concerto poderoso e forte. Esse dia foi muito longo e eu queria comer algo que fosse muito delicioso. Então, eu fui a um restaurante com muito peixe e sobremesa. Eu fiz uma nova amizade com uma senhora idosa. Ela vivia no Porto pela muita da sua vida e gostava da cidade. Nós falamos das minhas experiências favoritas no Porto e que eu necessitava fazer antes de sair. Ela recomendou que eu visse um nascer do sol sobre o oceano.

Antes de partir para Lisboa, eu acordei mais cedo e aluguei uma bicicleta para chegar à praia. Eu vi o nascer do sol e dancei sozinha na praia. Depois, eu peguei o trem e fui para Lisboa.

Em comparação com o Brasil, o Porto é muito menor que muitas cidades brasileiras porque só tem 230 mil pessoas. São Paulo tem 12.33 milhões de pessoas. Também, a cidade do Porto é muito velha que todas as cidades no Brasil, que foi fundada em 1123. Como o Rio, a cidade do Porto está ao lado do oceano. Os portugueses queriam fundar suas cidades ao lado da água, porque usavam os rios e oceanos para transportar mercadorias. Em relação à cultura, o Porto e algumas partes do Brasil são muito similares. O Porto tem uma cultura musical interessante, com fado, um tipo de música das ruas de Portugal. O Brasil tem samba, uma dança e tipo de música, e bossa nova, música especial para os brasileiros. A música e a fé arte são muito importantes para os dois países. Finalmente, o Porto tem castelos antigos e coisas especiais de Portugal, como o vinho do porto, uma longa história de monarquia, e está muito perto de todo o resto de Portugal (porque é um país pequeno)!

Eu tive boas experiências no Porto e estou muito feliz por visitar Lisboa. Eu quero ver as ruas difíceis e as montanhas! Também, eu espero conhecer novas pessoas e passar tempo em lugares diferentes e legais! Eu vou enviar fotos para você no Whatsapp. Beijos e abraços para você e sua família! Eu te amo tanto!!

XOXO Quinn

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Angola

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Uma Carta de Angola

Regan Andringa-Seed

Minha querida amiga,

Olá a partir de Angola! Estou escrevendo-lhe para que você saiba que eu cheguei bem em Angola e para contar-lhe sobre minhas aventuras! Faz só uma semana que eu estou aqui em Angola, e eu já descobri muitas coisas. Nos últimos dias explorei Luanda, a capital do país. Ontem eu visitei a Fortaleza de São Miguel, que foi construída no século XVI pelo Governador, Paulo Dias de Novais. Você sabia que o nome original de Luanda era São Paulo da Assunção de Loanda? Eu acho que é muito interessante que os portugueses repetissem os nomes das cidades nas suas colônias. Eu também aprendi que Angola foi a última colônia portuguesa para ganhar sua independência. Foi uma colônia até 1975. Agora, depois da guerra de independência e a guerra civil, a Fortaleza de São Miguel é um museu sobre a história militar do país. Fora do museu, também é impossível esquecer que a guerra civil durou até 2002. Milhões de pessoas morreram e agora Angola tem uma das populações mais jovens do mundo – 70% das pessoas têm menos de 24 anos de idade. Infelizmente, a cidade de Luanda tem muita desigualdade social, com “musseques” na periferia da cidade que são semelhantes às favelas do Brasil.

Apesar dos desafios da colonização e da guerra civil, a cultura de Angola é incrivelmente rica e eu gosto muito da comida e das tradições. Os angolanos (e eu, agora!) comem muito funge, uma comida feita de farinha de mandioca ou milho, dependendo da região. A mandioca em geral é uma parte grande da gastronomia angolana. Kizaca, por exemplo, é um prato feito das folhas da mandioca. Embora eu achasse que seria difícil encontrar comida vegetariana em Angola, é muito fácil! Durante nosso jantar ontem, também vimos uma performance de kizomba, uma dança angolana. Eu anexei uma foto da performance para você ver! Angola tem muitos estilos de dança incríveis - você lembra a canção Danza Kuduro? Era muito popular nos anos de 2010. Kuduro é outro tipo de dança angolana!

Outro dia eu visitei uma escola, e isso foi muito interessante. Na escola, os alunos estavam praticando para representar uma peça chamada “As Aventuras de Ngunga”, que fala de um jovem durante a guerra de independência de Angola. Eu estava perguntando a uma professora sobre o sistema de educação em Angola, e ela me disse que ainda hoje há muitas pessoas

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analfabetas em Angola e como mulher é especialmente comum não terminar a escola primária. A professora deseja que o governo invista mais na educação, no nível da primária e da universidade. Agora, a maioria dos estudantes angolanos têm que viajar para Portugal ou outro país para assistir à universidade. Eu também acho que o governo deve fazer mais para promover a educação, e eu estava pensando muito nesse tema por o resto do dia. Em comparação com os Estados Unidos, e até os outros países da África, Angola fica atrás nas taxas de alfabetização. Antes, era difícil entender as diferenças entre minha vida nos Estados Unidos e a vida num lugar onde apenas 71% da população pode ler. Agora eu me sinto agradecida pelas oportunidades que eu tenho tido por causa da educação e pelas normas de gênero que permitem a busca de uma carreira. A peça “As Aventuras de Ngunga” também promove a importância da educação para as crianças de Angola e serve como exemplo de como a educação pode facilitar mudanças sociais e políticas. Eu acho isso especialmente importante em Angola, onde a educação ficou em segundo plano durante a guerra civil. Como Pepetela, o autor, comunica na história, a gente comum de Angola deve valorizar a escola porque dá-lhes o poder para realizar seus objetivos e melhorar seus futuros. Minha vida seria completamente diferente sem a educação, e eu espero que o povo angolano possa ter as mesmas oportunidades no futuro.

Nos próximos dias da minha viagem, espero que eu possa ver mais da natureza do país. Luanda é uma cidade muito bonita com muitas praias, mas tenho ouvido da selva e das cascatas de Angola e acho que essas são coisas turísticas que não posso perder. Então, tenho que viajar para o interior do país para encontrar as cascatas de Kalandula, que é a segunda maior cascata na África! Eu também li num jornal sobre a parte de Angola que fica na selva do Congo. A floresta de Cabinda lá tem muita biodiversidade e eu acho que uma visita a esta parte do país seria muito legal, mas infelizmente não acho que haja tempo suficiente nesta viagem. Suponho que tenho que voltar para Angola outra vez no futuro (talvez você possa vir também)!

Querida amiga, espero que você goste dessa narrativa das minhas aventuras. Eu estaria muito feliz se recebesse uma atualização sobre o que tem feito nas últimas semanas. Estou ansiosa por nossa reunião!

Um abraço, Regan

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“Minha história também é importante”: Uma história não contado de uma rapariga que cresceu da guerra de independência

(Uma extensão de As Aventuras de Ngunga por Pepetela)

Eu fui filha da guerra de independência de nosso país. Naquela época, vivia no interior do país, em um kimbo afiliado à missão do MPLA. Estava tão perto do conflito violento todo o tempo. Não é que eu estivesse tentando me meter no meio dos conflitos, é que estava cercada pela guerra a todos lados. Visões de armas e sons de rachaduras não eram coisas estranhas para mim porque eu vivia com os guerrilheiros no meu kimbo.

Aos treze anos, eu fiquei apaixonada e também fiquei casada. Tristemente, não eram com o mesmo homem. Tinha-me apaixonado por um miúdo – independente e corajoso, inteligente também – mas miúdo. Mas, ele foi um dia de repente. Embora estávamos em uma guerra lutando por valores excepcionais, minha família ainda tinha problemas ordinários, como temos algo para comer? Meus pais, velhos e sem dinheiro, casaram-me com um senhor do kimbo em troca de um alambamento. O miúdo veio para visitar-me e para convencer-me de fugir do meu marido, mas eu o mandei embora.

Dois anos passaram. A gente sempre falava da guerra, dos portugueses, de nossas chances de ganhar. O barulho político cresceu, com certos kimbos virando um contra o outro embora todos estávamos lutando contra os portugueses. Transforme-me em uma mulher. Torneime mãe e adicionei outro papel aos que já tinha – de ser filha bondosa e mulher atenciosa. Eufórica, senti quando descobri que esta guerra finalmente tinha acabado. Pensei que a libertação era nossa! Mas em breve, percebi que embora tivéssemos ganhado nossa independência, eu seguiria sem minha própria independência do meu marido.

As coisas mudaram. Princípios baseados no socialismo científico foram expostos constantemente a todos que podiam ouvir. Meu marido começou a participar em discussões políticas sobre o futuro do comunismo no país. Mas não muito mudou para mim. Ficava em casa cuidando dos meu filhos e meus pais, sendo abusada por meu marido e sempre tendo tempo para preparar a comida três vezes por dia.

Afinal, um dia, meus pais morreram de malária (em paz descansem) e eu percebi que talvez eu também pudesse ganhar minha própria independência. Soube que era hora de deixar meu marido quando chegou um homem ao meu kimbo. Ele era um homem de Luanda que era

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professor. Algo do seu rosto fazia-me lembrar do miúdo que tinha tentado convencer-me a fugir do kimbo há anos atrás. Quando abriu sua boca para dizer seu nome, eu soube que ele era esse menino. O nome que disse era o nome que eu o tinha dado. Até quando era miúdo, nunca foi muito bom em desistir. Algumas noites depois, fugi com ele com meu filho em um braço e uma bolsa cheia de minha vida inteira no outro.

Tem sido quinze anos desde essa noite onde ganhei minha independência. Vivo em Luanda com meu filho. Uma das primeiras coisas que fiz quando cheguei à cidade foi tomar aulas para aprender a escrever e ler. Sem muito dinheiro e com a necessidade de comer, foi difícil mas cheguei a fazer as aulas e aprender a escrever. Desde então, estou escrevendo e lendo – meu trabalho atual e minha paixão eterna. E o miúdo-que-se-transformou-em-homem? Ele nunca teve o hábito de ficar em só um lugar. Ele viaja pelo país, ensinando a miúdos e adultos para que possam ampliar seus horizontes. Sempre estarei agradecida por seu papel em minha vida.

Fui filha da guerra de independência de nosso país. Agora sou uma mulher do meu país, escrevendo minha própria história e assegurando minha independência através das minhas letras. Meu nome é Uassamba e minha história também é importante.

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Moçambique

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A mulher: reverenciada ou condenada?

A igualdade para mulheres é um objetivo que Moçambique está atualmente trabalhando para cumprir. As mulheres em Moçambique enfrentam muitos desafios nas suas vidas cotidianas, as quais limitam suas habilidades de avançar socialmente e financeiramente. A desigualdade das mulheres é sustentada por sistemas sociais e políticas que elevam o homem sobre a mulher. Uma tensão que está surgindo é entre as comunidades rurais e mais patriarcais e as cidades e centros de governo. A desigualdade de gênero tem uma ligação forte com certas tradições históricas em Moçambique. Se o governo e povo moçambicano quer lutar pela igualdade de gênero, vão ter focarem nas causas culturais.

A condição da mulher em Moçambique é desafiante porque muitas mulheres, especialmente nas zonas rurais, são desempoderadas. Os principais problemas são violência física, assédio sexual, discriminaça no trabalho e o casamento jovem. No tema dos casamentos prematuras, em 2018, foi reportado pelo UNICEF que uma em cada duas raparigas em Moçambique foram casadas antes dos 18 anos. Muitas famílias casaram suas filhas quando ainda eram novas para poder pagar as despesas materiais (Matias 2018). Embora os casamentos prematuras sejam ilegais (de acordo com a Constituição da República de Moçambique), as tradições da família dirigem podem permitir isso (Matias 2018). Assim é que os casamentos prematuros ainda acontecem.

Além da cultura da família, as religiões Bantu também afetam a percepção da mulher na sociedade. As pessoas Bantu colocam as mulheres em uma posição social importante, onde elas podem ter poder político. As mulheres são honradas e, até os Luba (um grupo específico das pessoas Bantu) acreditam que só as mulheres são suficientemente poderosas para serem possuídas por os espíritos maiores (“Central Bantu Religions”). Alguns grupos associam as mulheres especificamente com a fertilidade e a vida (“Central Bantu Religions”). Ainda assim, as religiões Bantu também têm aspectos que diminuem a reputação das mulheres.

Alguns grupos consideram a mulher a ter o potencial de ser amaldiçoada. Quando algo muito mal acontece nas suas comunidades, as mulheres são primariamente culpadas. De acordo com a escritora Paulina Chiziane, as mulheres são castigadas porque “é o sangue pode das duas menstruações, dos seus abortos, dos seus nado-mortos que infertiliza a terra, polui os rios, afasta

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as nuvens e causa epidemias, atrai inimigos e todas as catástrofas” (6). Na sua obra, Eu, Mulher…, Chiziane enfatiza como sua infância estava cheia de comentários, ideias e estruturas patriarcais tal como assim. Ela expande nesta ideia, mencionando como os homens ao redor dela a objectificaram, como algo para ser consumida (Chiziane 15). Embora ela seja uma escritora talentosa, ainda tem que balancear as demandas feitas a ela para limpar e cozinhar (Chiziane 14). O contexto religioso e a conta de Chiziane demonstram a tensão que certas mulheres vivem – de ser reverenciada mas também condenada.

Atualmente, o governo moçambicano, assim como ONGs e indivíduos (como Chiziane) estão tomando medidas para promover a igualdade de gênero em vários níveis. Pessoas acreditam que o governo deve fazer mais para proteger os direitos das mulheres (Matias 18). Especialmente, eles pedem que o governo se envolva mais nas regiões mais rurais. A condição da mulher é mais precária nos campos. Para combater a desigualdade de gênero, os diferentes atores (governo, ONG, indivíduos) vão ter que juntar e trabalhar para um objetivo comum com medidas específicas.

Bibliografia

“Central Bantu Religions.” Encyclopedia of Religion. Encylopedia.com. 14 Feb. 2023. <https://www.encyclopedia.com>

Chiziane, Paulina. “Eu, Mulher… por uma nova visão do mundo.” Eu, Mulher…. Nandyala, 2013, pp. 6-15.

Matias, Leonel. “Igualdade para mulheres é progresso para todos.” Deutsche Welle. Dw.com. 3 Aug. 2018. <https://www.dw.com/pt>

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A condição da mulher em Moçambique

Um país em desenvolvimento, Moçambique tem muitos desafios para abordar com respeito às mulheres e a igualdade de género. Embora a porcentagem de mulheres no Parlamento, no ano de 2021, fosse 42.4%, essa visibilidade não corresponde aos mesmos tipos de avanços nos setores produtivos e acadêmicos. Esse foi o comentário de Graça Machel, Presidente do Fundo de Desenvolvimento da Comunidade, durante uma mesa redonda para o dia internacional da mulher no ano de 2018. O progresso na representação das mulheres no governo não está provocando mudanças para a maioria das mulheres no país. Então, quais são os maiores desafios que as mulheres moçambicanas enfrentam na vida diária?

Uma aspecto extremamente importante é a violência contra as mulheres e o assédio sexual. A cultura moçambicana não protege as mulheres e as raparigas contra a violência; ao contrário, em alguns casos as leis a possibilitam. Por exemplo, existe uma lei que, no caso de um homem que viole uma mulher ou criança, descriminaliza o homem se aceita casar-se com a vítima do estupro. No ano de 2018, 16.4% das mulheres entre 15 e 49 anos reportaram que foram vítimas de violência doméstica. Isso significa que aproximadamente 1.33 milhões de mulheres e adolescentes moçambicanas são submetidas à violência e abuso a cada ano, de uma população de 15 milhões de mulheres no total. O sistema político, além de revogar as leis que protegem os homens abusivos e violentos, deve mudar a promoção da proteção proativa das mulheres do país com legislação que criminalize a violência contra mulheres.

Outro problema que as mulheres moçambicanas enfrentam, além da violência de abuso, é o casamento e a gravidez entre mulheres menores de 18 anos. A taxa de nascimento para adolescentes entre 15-19 anos é 180 em cada 1,000. Não há proteção para os menores de 18 anos para impedir o casamento prematuro. Além disso, até o ano de 2015 apenas 55.5% das mulheres tiveram acesso aos recursos necessários para o planejamento familiar.

As mulheres em Moçambique, cientes dos desafios que elas encaram a cada dia, estão expressando suas experiências através da literatura e arte para aumentar a conscientização dos problemas. Paulina Chiziane, uma autora moçambicana e a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, escreveu “As Cicatrizes do Amor” dentro desse espaço feminista. O conto menciona muitos dos assuntos mais problemáticos para as mulheres. Mostra a hierarquia

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onde as mulheres sempre vivem sob o poder dos homens, e as situações desesperadas e difíceis que as mulheres enfrentam, se não seguem as regras da sociedade. Chiziane abre seu texto com uma descrição dessa situação, descrevendo a posição das “mulheres sentadas na areia e os homens nas cadeiras”. Chiziane, através da personagem principal, defende as mulheres, falando que “a culpa cabe às mães mas é de toda a sociedade”. Essa afirmação contextualiza as decisões impossíveis que as mães tomam como resultados da influência da cultura patriarcal. Esse tipo de trabalho é muito importante porque trouxe à atenção nacional e internacional a situação da mulher moçambicana.

De acordo com os dados do World Bank, no ano de 2003, 54.1% das mulheres moçambicanas achavam que a ação do marido bater na sua esposa seria justificada se ela discutisse com ele, recusasse sexo com ele, queimasse a comida, ignorasse as crianças, ou saisse da casa sem dizer-lhe. No ano de 2015, mais de uma década depois, essa porcentagem havia caído a 13.3% das mulheres. As crenças estão mudando, pelo menos entre as mulheres, que elas não têm que suportar uma cultura de opressão e perigo. Ainda assim, 13.3% das mulheres representam milhões de mulheres que toleram abuso porque acham que é simplesmente o caminho das coisas. Espero que no futuro, o governo e a sociedade ofereçam os recursos e o apoio necessário para que essas mulheres aprendam a acreditar em seu valor próprio e seu direito de segurança.

Bibliografia

Chiziane, Paulina. “As Cicatrizes do Amor.” As Mãos dos Pretos. Antologia do Conto Moçambicano. Ed. por Nelson Saúte. 3 ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2007. Impresso. Matias, L. M. "Igualdade para mulheres é progresso para todos". DW. Web. 7 março de 2018.

https://www.dw.com/pt-002/mo%C3%A7ambique-igualdade-para-mulheres-%C3%A9progresso-para-todos/a-42897817.

The World Bank. “Women who believe a husband is justified in beating his wife (any of five reasons) (%) - mozambique.” The World Bank Data.

https://data.worldbank.org/indicator/SG.VAW.REAS.ZS?locations=MZ.

UN Women. “Country fact sheet: UN Women Data Hub”. Country Fact Sheet | UN Women Data

Hub. https://data.unwomen.org/country/mozambique.

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Cabo Verde

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Vídeo de Cabo Verde

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Sobre as Autoras

Regan Andringa-Seed é uma estudante de quarto ano na Northwestern University. Ela está cursando neurociência e espanhol. Nascida em Ann Arbor, Michigan e crescida em Chapel Hill, Carolina do Norte, ela mora agora em Evanston, Illinois. No seu tempo livre, ela gosta de passar tempo fora - gosta de caminhar, acampar, andar de caiaque, e mais!

Blog: https://reganandringa-seed.wixsite.com/website

Quinn (Quinnzinha) Corrêa é uma estudante de segundo ano (bebezinha) na Northwestern University. Ela estuda sociologia, português e negócios. Ela originalmente é de Nova Jersey mas tem família de Belém, Brasil. No seu tempo livre, ela trabalha como tutora para o programa Books & Breakfast e passa tempo com suas amigas, Regan e Anika.

Blog: https://quinncorrea2025.wixsite.com/portugu-s-202-blog

Anika Velasco é uma estudante de terceiro ano na Northwestern University. Ela estuda psicologia com minors em português e estudos legais. Nascida em Lima, Peru e criada em Evanston, ela tem muito interesse por línguas e pelas experiências culturais ao redor do mundo. Durante o outono de 2022, ela estudou no extranjeiro em Lisboa, Portugal. No seu tempo livre, ela pinta, toca o ukulele e brinca com seus gatos.

Blog: https://anikavelasco2024.wixsite.com/portugues

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